Sementes de Girassol: alguns comentários

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1 Sementes de Girassol: alguns comentários Maria Helena Fagundes Outubro/ Introdução O Brasil é um produtor pouco expressivo de girassol grão, tendo participado com aproximadamente 0,5% da produção mundial nos últimos dois anos: 0,42% em 2000 e 0,45% em Verifica-se, no entanto, que a produção nacional cresceu 317% nos últimos cinco anos, passando de 15,8 mil toneladas em 1998 para 66 mil toneladas em 2002, acompanhando o crescimento do consumo interno e deslocando progressivamente as importações do grão. As importações de girassol grão reduziram-se de US$ 3,4 milhões e 6,4 mil toneladas em 1998 para US$ 1,5 milhões e 3,6 mil toneladas em 2001, sendo que, até junho/2002, foram realizadas importações de US$ 504,5 mil e 1,2 mil toneladas. Esse quadro revela uma retomada importante da produção de girassol no país e um momento oportuno para o incentivo da produção de sementes dessa oleaginosa, considerando-se o quadro atual de dependência de importações de sementes de girassol para a continuidade do seu cultivo no país. 2. Cenário internacional O girassol (Helianthus annuus L.) está entre as cinco maiores culturas oleaginosas produtoras de óleo vegetal comestível do mundo (6,5% da produção mundial de oleaginosas na safra 2001/02), ficando atrás apenas da soja (56,8% do total), do algodão (11,3% do total), da colza/rapeseed (11,1% do total) e do amendoim (10,23% do total). Verifica-se, no entanto, um decréscimo de 10,6% na produção mundial de girassol/grão, que passou de 23,8 milhões de toneladas em 1996 para 21,2 milhões de toneladas em Os maiores produtores mundiais de girassol em 2002 foram: antiga União Soviética (sendo que Rússia e Ucrânia produzem 95% da produção do antigo bloco) com 26,54% da produção mundial; Argentina (17,40%);União Européia (14,15% da produção mundial ); Estados Unidos (7,43%); China (7,05%) e Índia (6,82%). O Brasil produziu 66 mil toneladas (ou 0,31% da produção mundial). Os demais países produziram 4,9 milhões de toneladas (ou 21,74% da produção total). A produção mundial total foi de 21,27 milhões de toneladas (ver quadro e gráfico a seguir). A Argentina, que já produziu 7,1 milhões de toneladas em 1998, diminuiu sua produção para 6 milhões de toneladas em 1999 e 3,7 milhões em A previsão é que a produção argentina desta oleaginosa cresça para 4 milhões de toneladas em 2003.

2 A Índia aumentou sua produção no período, de 1,3 milhão de toneladas em 1996 para 1,45 milhão em 2002, com uma previsão de produzir 1,63 milhão de toneladas em O Brasil mais do que duplicou sua produção no período, passando de 30 mil t em 1996 para 66 mil t em 2002 (ou + 120%). Girassol: Produção mundial e de alguns países (Em1000t e%daproduçãototal) País (prev) Mundo ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% ,00% Antiga USSR ,13% ,32% ,12% ,10% ,32% ,11% ,54% Argentina ,69% ,70% ,66% ,09% ,89% ,10% ,40% ,43% União Européia ,32% ,40% ,77% ,81% ,79% ,21% ,15% ,81% China ,57% ,07% ,50% ,63% ,12% ,37% ,05% ,84% Índia ,53% ,95% ,51% ,79% ,46% ,37% ,82% ,10% Estados Unidos ,78% ,19% ,98% ,25% ,10% ,91% ,43% ,27% Brasil 30 0,13% 30 0,13% 49 0,18% 97 0,36% 97 0,42% 100 0,43% 66 0,31% 66 0,29% Outros ,99% ,44% ,08% ,97% ,12% ,29% ,74% ,72% Fonte: USDA e Conab. 3. Cenário nacional De acordo com dados da Conab, a produção de girassol grão no Brasil cresceu de 15,8 mil t em 1998 para 66 mil t em 2002 (+ 317%), enquanto a área aumentou de 12,4 mil ha para 45,6 mil ha no mesmo período (+ 267%). A produtividade da cultura cresceu 13,5% entre 1998 e 2002, havendo atingido um máximo de 1.679,3 kg/ha em 2000 (ver quadro a seguir). 2

3 Girassol: Produção, área e produtividade ¹ 1998 a Produção ( Em 1000 t) 15, ,4 56,3 66 Área (Em 1000 ha) 12,4 44, ,6 Produtividade (Em kg/ha) 1.274, , , , ,4 Fonte: Conab. ¹ A Conab passa a acompanhar a produção de girassol somente a partir de A produção de girassol/grão concentra-se nos estados de Goiás (70% da produção na safra 2002); Mato Grosso do Sul (12,6% da produção na safra 2002); e Rio Grande do Sul (8,1% na safra 2002), sendo Paraná e Mato Grosso responsáveis por aproximadamente 9,3% da produção total em Nos sistemas agrícolas já implantados, existem espaços físicos e/ou agronômicos que podem ser ocupados pelo girassol visando o estabelecimento de sistemas agrícolas mais diversificados, como é o caso do girassol no sistema "safrinha" em Goiás. Trata-se de uma oleaginosa que apresenta características agronômicas importantes, como uma maior resistência à seca, ao frio e ao calor do que a maioria das espécies normalmente cultivadas no Brasil. Adicionalmente, apresenta ampla adaptabilidade às diferentes condições edafoclimáticas e seu rendimento é pouco influenciado pela latitude, altitude e pelo fotoperíodo. Graças a essas características, apresenta-se como uma opção nos sistemas de rotação, consórcio e sucessão de culturas nas regiões produtoras de grãos (o seu ciclo vegetativo varia entre 90 a 130 dias, dependendo da cultivar) 1. Girassol: Calendário de plantio Centro Oeste Paraná Rio Grande do Sul São Paulo Fonte: Embrapa. início de janeiro a 15 de fevereiro de agosto a outubro julho/agosto fevereiro/março O aproveitamento do girassol é muito grande: (i) no caso de seus grãos, estes podem ser consumidos como alimentação humana ou animal; (ii) as suas raízes promovem considerável reciclagem de nutrientes, além de matéria orgânica após colheita; (iii) as hastes servem para silagem e para adubação verde além de serem utilizadas como material de forro acústico; (iv) a sua associação com a apicultura permite a produção de 20 a 40 kg de mel por hectare de cultura. 1 A introdução de uma nova cultura em um sistema produtivo depende da disponibilidade de tecnologia que assegure sua produção, da sua capacidade de inserir-se na cadeia agroalimentar e da sua rentabilidade econômica. Os resultados dos trabalhos de pesquisa agronômica demonstram a existência de um acervo de tecnologias que garante o desenvolvimento da produção de girassol para diferentes regiões brasileiras em condições favoráveis em termos de rendimento físico por hectare. A sua inserção na cadeia produtiva também está assegurada, considerando que utiliza a mesma estrutura disponível para a soja. È importante lembrar que o girassol, em função da época de semeadura, irá ocupar parte ociosa dos fatores de produção existentes para soja e milho, tanto na propriedade rural quanto nas plantas industriais (Embrapa, Circular Técnica nº 13, 1997). 3

4 Mais recentemente, o Agricultural Research Service do United States Department of Agriculture (USDA/ARS), descobriu que o girassol pode tornar-se uma fábrica de látex e borracha, que poderia substituir importações norteamericanas no valor de US$ 1 bilhão em borracha natural e de US$ 8 bilhões em bens que contêm 350 mil toneladas de borracha (informações para o ano 2000), reduzindo a dependência daquele país dessas importações e também da dependência de borracha sintética feita a partir do petróleo. A indústria brasileira iniciou o aproveitamento do girassol como oleaginosa no início dos anos 60, quando a agroindustrial Aguapeí Ltda estimulou seu cultivo com o apoio da área de pesquisa e da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo na parte de extensão. A produção cresceu até 1966 quando sofreu ataque de ferrugem causada pelo fungo Puccinia helianthi, paralisando-se, a partir dessa época, as atividades agrícola e industrial. Por volta de 1970, a SANBRA e a Anderson Clayton fomentaram novamente o cultivo do girassol. No entanto, as variedades resistentes à ferrugem eram pouco produtivas e os preços estavam em declínio. O primeiro cultivar de girassol desenvolvido no Brasil foi o IAC Anhandy, pelo Instituto Agronômico de Campinas. Hoje, de acordo com os dados do Serviço Nacional de Proteção de Cultivares, não existe nenhuma cultivar de girassol protegida (cuja exploração dependa de autorização por parte dos titulares da proteção). Existem, no entanto, 73 cultivares registradas, aptas a serem produzidas e comercializadas no país, tanto de responsáveis nacionais como estrangeiros. As cultivares (híbridos e variedades) nacionais e estrangeiras mais utilizadas atualmente no país são: Híbridos: Agrobel 910: para óleo; Agrobel 920: para alimento de pássaros e óleo; Agrobel 960: para óleo; todas as sementes da Agrobel pertencem à Agromania S/A (Argentina); BRS 191 (Embrapa), da Embrapa: para óleo; Morgan 734 e Morgan 742, da DINAMILHO Carol Produtos Agrícolas Ltda, da Dow Agrosciences): para pássaro, óleo e silagem; Cargill 11, da Monsanto do Brasil Ltda, para óleo; Rumbosol 91, da J.C.G. - Genética e Tecnologia Agropecuária Ltda: para adubação verde e silagem. Variedades: Embrapa 122 (Embrapa) : para óleo e adubação verde; Catissol 01 (CATI- Coord. de Assistência Técnica Integral, Departamento de Sementes e Mudas, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo): para silagem, adubação verde e óleo; IAC Uruguai (Inst. Agronômico de Campinas): para silagem e adubação verde. 4

5 4. Comércio exterior de sementes de girassol O quadro a seguir apresenta o comércio exterior brasileiro de sementes de girassol, em quantidade (Q) e valor (V), entre 1997 e 2002 (até junho): Comércio exterior brasileiro de sementes de girassol para semeadura Quantidade (Q) em kg valor (V) em US$ Fob (NCM ) Países V/Q (até jun) Total (jun) V/Q % total V/Q % total V/Q % total V/Q % total V/Q % total V/Q % total V/Q % total Exp totais V ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% Q ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% Argentina V ,1% ,3% ,6% ,86% Q ,0% ,1% ,5% ,25% Paraguai V 45 1,9% 786 4,7% 230 0,4% ,42% Q 12 2,0% ,9% 350 1,5% ,58% Angola V ,0% 531 0,71% Q ,0% 48 0,17% Imp totais V ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% Q ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% Argentina V ,0% ,9% ,8% ,0% ,0% ,0% ,96% Q ,0% ,9% ,7% ,0% ,0% ,0% ,96% Austrália V ,2% ,03% Q ,3% ,04% Estados Unidos V ,1% ,01% Q ,1% ,00% Fonte: MDIC. No período entre 1997 e 2002 (até junho), o Brasil exportou sementes de girassol no valor de US$ 2,3 mil (612 kg) em 1997; US$ 16,7 mil (5,3 t) em 1998; US$ 54,8 mil (22,6 t) em 1999; e US$ 531 e 48 kg em 2001, destinadas em sua quase totalidade para a Argentina (com exportações residuais para o Paraguai). Não houve exportações em 2000 e 2002 (até junho). No que se refere às importações, estas alcançaram um pico em 2000, com US$ 934,7 mil e 252,3 toneladas, diminuem em 2001 (US$ 507,7 mil e 111,7 t), mas aumentam em 2002 (até junho) com importações de US$ 650,4 mil e 156,8 toneladas. As importações têm origem em sua quase totalidade na Argentina, com importações residuais dos Estados Unidos em 1998 e da Austrália em Cabe mencionar que a Tarifa Externa Comum (TEC) para a semente de girassol assim como para a totalidade das sementes é de 0%. Em 2002 (até junho), as importações de sementes de girassol representaram 10,2% (US% 650,4 mil) do total de importações de sementes de grãos e fibras pertencentes à pauta da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) que foi de US$ 6,37 milhões, ficando atrás apenas das importações de semente de milho (US$ 4,56 milhões e 71,48% do total) e de trigo (US$ 1,08 milhões e 17,05% do total). 2 2 No que se refere ao complexo girassol, o Brasil é importador líquido de girassol grão, farelo e óleo (com exceção de farelo em 2002), sendo que as importações de grão e óleo declinam ao longo do período 1998 a 2002 (até junho), enquanto as importações do farelo crescem ao longo de todo o período 1998 a Essas importações do complexo girassol se originam principalmente na Argentina: 74,2% em 2002; 79,6% em 2001; e 69,1% em 2000, sendo o restante das importações originárias dos outros países do Mercosul. Prevê-se que a Argentina, que vem diminuindo substancialmente sua produção, passe a produzir 4 milhões de toneladas de grão de girassol em 2002/03. A tabela a seguir detalha o comportamento do comércio exterior do complexo girassol nos cinco últimos anos: 5

6 Em Goiás, estado responsável por 70% da produção brasileira de girassol/grão na safra 2002, a participação e os preços praticados das diferentes sementes na produção do estado é a seguinte: Participação na produção e preços de sementes no estado de Goiás (agosto/2002) Semente Participação na produção Preço Agrobel (importada) 60% R$ 28,00/kg Morgan (importada) 25% R$ 23,00/kg BRS 191(nacional) 7,5% R$ 19,00/kg Cargill (nacional) 7,5% R$ 19,00/kg Fonte: Caramuru Alimentos e Embrapa. 5. Estimativa do quadro de suprimento de sementes de girassol 5.1. Produção de sementes de girassol No que se refere aos dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) sobre produção de sementes no Brasil, temos que, entre 1997 e 2001, a produção de sementes de girassol (sunflower seed seed) cresceu 400%, passando de 264 t para t ( ver quadro a seguir) 3. Apesar de os dados da FAO mostrarem um crescimento importante na produção de sementes de girassol, alcançando toneladas na safra 2001 (dado repetido para a safra 2002), quando se compara estas informações com a produção de sementes fiscalizadas/certificadas, nota-se que estas representam apenas 12,4 % do dado levantado pela FAO para o ano de Cabe lembrar que somente são incluídas na pauta da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), podendo ser objeto de Empréstimo do Governo Federal (EGF), as sementes fiscalizadas/certificadas. Sementes de girassol: produção (1997 a 2001) Complexo Girassol: Comércio exterior de grão, farelo e óleo 1998 a 2002 (até junho) Em US$ Girassol Exp/Imp Grão Exp Imp Saldo Farelo Exp Imp Saldo Óleo Exp Imp Saldo Complexo Exp Imp Saldo Fonte: MDIC/Alice. A Tarifa Externa Comum para o complexo girassol é a seguinte: grão 9,5%; farelo 7,5%; óleo bruto 11,5%; e óleo refinado 13,5%. 3 A Abrasem (Associação Brasileira de Produtores de Sementes) não possui informações estatísticas sobre a produção brasileira de sementes de girassol. 6

7 Em t Produção de sementes de girassol Fonte: FAO. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo apresenta os seguintes valores para a produção de sementes de girassol em 2001 e 2002 (em relatório de junho/2002): 2001 Sementes de Girassol: Produção em São Paulo (2001 e 2002) - Em t e ha Cultivar Classe Área Plantada (ha) Área cancelada (ha) Produção estimada (t) Produção colhida (t) Sementes aceitas(t) BRS 1919 Fisc 12, , Catissol 01 Fisc 137,28 15,00 14,00 4,15 2,86 Catissol 01 Certif 40, ,00 2,58 2,01 IAC Uruguai Fisc 72, ,00 11,07 11,07 Total 261,28 15,00 354,00 17,80 15, Catissol Fisc 65, , Total 65,00 50,00 Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. De acordo com essas informações, a produção de sementes fiscalizadas/certificadas em São Paulo passou de uma produção estimada de 354 t em 2000/01 (as quais resultaram em 17,8 t de produção colhida - 5% da produção estimada - e 15,94 t de sementes aceitas - 4,5% da produção estimada), para 50 t em 2001/02, caindo 85,8%. No que se refere ao quadro de oferta e demanda de sementes de girassol, optou-se por utilizar as informações da Embrapa, as quais serão apresentadas a seguir Quadro de oferta e demanda de sementes de girassol A produção de sementes fiscalizadas/certificadas de girassol, conforme dados da Embrapa 4, para as sete principais cultivares, foi a seguinte nas quatro últimas safras: Sementes de Girassol: Produção nacional de sementes fiscalizadas/certificadas 1999 a 2002 Em t Cultivar Catissol IAC Uruguai Embrapa ,5 4,75 6,3 BRS Rumbosol Rumbosol Cargill TOTAL ,5 164,75 203,3 Fonte: Embrapa. 4 Os principais campos de produção de sementes de girassol estão em Catalão (Goiás); Biriguí (São Paulo); Guaíra (São Paulo); e Dourados (Mato Grosso do Sul). 7

8 Para o total das cultivares, a produção evoluiu de 125 t em 1999 para 203,3 t em 2002, ou seja, um crescimento de 62,6% em quatro anos, acompanhando a expansão dessa lavoura no país. Levando-se em consideração: (i) as informações sobre produção de sementes de girassol da Embrapa; (ii) uma taxa de utilização de sementes de girassol de 100% (demanda potencial igual à demanda efetiva); (iii) uma quantidade média de sementes de 4 kg/ha; (iv) (v) (vi) os dados sobre área cultivada com girassol/grão da Conab; para a safra de girassol grão 2003, considerou-se: (a) que será repetida a área plantada com girassol de 2002, de 45,6 mil ha, ocasionando uma demanda de 182,4 t de sementes; (b) produção de 203,3 t de sementes da safra 2002 a ser utilizada na safra 2003; (c) exportações nulas e importações iguais às ocorridas em 2002 de 156,8 t; e desconsiderando-se a formação de estoques (em toneladas): encontra-se o quadro de oferta e demanda de sementes, de 2000 a 2002, e uma estimativa para a safra 2003 (em toneladas): Sementes de girassol: quadro de oferta e demanda 2000 a 2003 (estimativa) Em toneladas Oferta/Demanda (estimativa) Demanda potencial/efetiva 232,00 148,00 182,40 182,40 Produção (ano anterior) 125,00 209,50 164,75 203,30 Exportações 0,000 0,048 0,000 0,000 Importações 252,30 111,70 156,80 156,80 (Prod - Exp + Imp) - Demanda 145,30 173,15 139,15 177,70 Fonte:Embrapa e MDIC. Para os quatro anos considerados, existem excedentes de oferta 5 disponível (produção - exportações + importações) em relação à demanda potencial/efetiva : 145,3 t em 2000; 173,2 t em 2001; 139,15 t em 2002; e 177,7 t em 2003 (estimativa). No entanto, esses dados não consideram uma quantidade até agora não adequadamente quantificada, e que se refere a sementes de girassol destinadas à alimentação de pássaros. Apesar de constatarem-se excedentes de oferta, esses resultados podem não representar a realidade, principalmente devido à existência, ao longo do período analisado, de significativas importações. 5 Aproximadamente 85% da produção de sementes no país são armazenadas apenas entre o período de colheita e plantio da próxima safra. 8

9 Relativos Relativo (estimativa) Produção interna (menos) demanda (t) -107,00 61,50-17,65 20,90 Importações/demanda (%) 108,75% 75,47% 85,96% 85,96% Se considerarmos apenas a produção interna de sementes em comparação com a demanda, somente em 2001 (excedente de 61,5t) e 2003 (estimativa de excedente de 20,9 t) ela foi suficiente para atender a demanda interna. Em 2000 e 2002 houve insuficiência da produção interna de 107 t e 17,65 t, respectivamente. Se compararmos as importações com a demanda interna, temos os seguintes relativos: 108,75% em 2000; 75,47% em 2001; 85,96% em 2002; e 85,96% em 2003 (estimativa). O quadro acima de oferta e demanda de sementes de girassol revela a grande dependência da cultura na contínua importação de sementes, as quais são comercializadas no país a preços entre 20% e 50% superiores às cultivares nacionais. 6. Comentários finais O país é um importador líquido do complexo girassol, sendo efetuadas significativas importações de grão, farelo e óleo, num montante total de US$ 15,1 milhões em 2001 e exportações de US$ 364,3 mil, ocasionando um deficit no complexo de US$ 14,8 milhões. Até junho/2002, o deficit comercial do complexo girassol foi de US$ 1,3 milhão, devido, principalmente, às importações de grão e óleo. A produção nacional é realizada com uma produtividade que oscilou entre e kg/ha entre 2000 e 2002, compatível com a produtividade de a kg/ha da produção de girassol na Argentina. A produção de sementes em quantidades apropriadas e adaptadas aos diferentes usos da cultura é imprescindível para que se prossiga o desenvolvimento dessa lavoura no país, evitando-se o seu retrocesso como aconteceu em período recente. A necessidade de substituir importações agrícolas em áreas em que o país é competitivo e a existência de um amplo mercado consumidor interno, transforma a cultura do girassol em uma oportunidade importante para o crescimento da produção agrícola, principalmente pelas suas características agronômicas de produção em regime de safrinha. Referências - Castro, César et al, A Cultura do Girassol, Circular Técnica nº 13, Embrapa, Cavasini Jr, Carlos Paulo A Cultura do Girassol, Livraria e Editora Agropecuária, RS, Site do USDA/ERS/Oil Crops Outlook - Site USDA/FAS - Production Estimates and Crop Assessment Division, diversas estatísticas - Site do MAPA/Serviço Nacional de Proteção de Cultivares - Site do MDIC/Sistema Alice - Conab/Sistema de Avaliação de Safras - Associação Brasileira de Produtores de Sementes/Abrasem, anuários - Caramuru Alimentos - Secretarias Estaduais de Agricultura/MAPA - Clovis T. Wetzel, - Concentração no Mercado de Sementes, Embrapa, Brasília, abril/2001, mimeo - A Indústria Brasileira de Sementes Breve Histórico, Comentários e Tendências, Embrapa/SPSB, mimeo, Brasília, junho/1999 9

10 - O Cenário da Semente no Brasil, Embrapa, Brasília, mimeo, junho/ Sementes de Algodão no Centro-Sul, , Embrapa, Brasília, mimeo, fevereiro/ Iwao Miyamoto, - Importância da nova lei de sementes para o agronegócio brasileiro, abril/2002, mimeo. - Perspectivas para o mercado de sementes: regional e nacional do trigo em 2002/03, APASEM/ABRASEM, setembro/2002, mimeo. - Vandana Shiva, Biopirataria A pilhagem da natureza e do conhecimento, Editora Vozes, Maria Helena Fagundes MAPA/Conab/Sugof Tel: (61) mf.fagundes@conab.gov.br 10

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