Produtividade, Estrutura e Morfogênese do Panicum maximum cv. Mombaça Produzidos em Sistemas Silvipastoris com diferentes densidades de plantas nativa
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1 Produtividade, Estrutura e Morfogênese do Panicum maximum cv. Mombaça Produzidos em Sistemas Silvipastoris com diferentes densidades de plantas nativa Jhone Tallison Lira de Sousa 1, Luciano Fernandes Sousa 2 1 Aluno do Curso de Zootecnia; Campus de Araguaína; PIBIC/CNPq; jhone-zoot@hotmail.com 2 Orientador do Curso de Zootecnia; Campus de Araguaína; luciano.sousa@mail.uft.edu.br RESUMO; Objetivou-se com esse trabalho avaliar a produtividade, estrutura e morfogênese do Panicum maximum cv. Mombaça produzidos em sistemas silvipastoris com diferentes densidades de plantas nativa. O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus de Araguaína TO. Os sistemas foram compostos de três densidades de plantas nativas 0%, 25%, 50% em pastagem de Panicum maximum cv. Mombaça. Os níveis de sombreamento influenciaram negativamente algumas características produtivas do capim mombaça, como MS/Ton/ha e número de perfilhos/m 2, influenciando também as características climáticas do solo. Contudo mais estudos devem ser realizados para que se possa determinar o melhor nível de sombreamento que resulte em maior produtividade. Palavras-chave: produção; raleamento; sombreamento; umidade INTRODUÇÃO As árvores, além de serem cada vez mais necessárias para melhorar a produção, qualidade e a sustentabilidade das pastagens, contribuem para o conforto dos animais, pela provisão de sombra, atenuando as temperaturas extremas e diminuindo o impacto de chuvas e vento (CARVALHO, 2002), o que pode resultar em maior produtividade animal (CASTRO et al., 2008). Os sistemas de produção animal baseados em práticas silvipastoris (SSP), são combinações de árvores, pastagens e herbívoros domésticos, localizados em mesmo local, manejados de maneira integrada, objetivando o aumento da produção por unidade de área visando o desenvolvimento sustentável da propriedade. Objetivou-se com esse trabalho avaliar a produtividade, estrutura e morfogênese do Panicum maximum cv. Mombaça produzidos em sistemas silvipastoris com diferentes densidades de plantas nativa.
2 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus de Araguaína - TO, que está localizado nas coordenadas , de latitude sul, e de longitude oeste e 152,0 m de altitude na Amazônia Oriental Brasileira. Os sistemas foram compostos de três densidades de plantas nativas 0%, 25%, 50% em pastagem de Panicum maximum cv. Mombaça. As densidades foram estabelecidas de acordo com a ocorrência das plantas na área e as densidades estabelecidas mediante raleamento sistematizado. A área experimental foi de 2 ha dividida em três pastos onde foram estabelecidos as áreas de coleta de forragem todas essas georreferenciadas. Foi feita avaliação dos números de perfilhos, por unidade de área. Contando-se o número de perfilhos da área de um quadrado 1m/1m, para que possa estimar também a taxa de acúmulo de forragem (TAF) durante o período de descanso. A altura do dossel foi estimada através da medição da altura em 05 pontos por parcela, ao qual foi feita por meio de régua graduada, Para se estimar a disponibilidade de forragem verde e a relação folha/colmo foi feito corte, em cada parcela, para colher uma amostra de 1 m 2 a 5 cm do solo e levando posteriormente ao laboratório, para separação do material vivo do material morto e em seguida as lâminas foliares dos colmos do material vivo, os mesmos foram secos em estufa de ventilação forçada a 65º C e pesados havendo assim a possibilidade de determinar matéria seca total por hectare. O acúmulo de forragem também foi calculado subtraindo-se da disponibilidade de forragem verde ao final do período de descanso. Após cada corte, no início do período de descanso, foi estimada a densidade de perfilhos contando se o número de perfilhos em uma área de 1.0 m x 1.0 m. Análise da estrutura do Panicum maximum - capim mombaça, submetido a três níveis de sombreamento. A temperatura do solo foi estimada utilizando termômetro especifico para esse fim. A umidade do solo foi estimada retirando-se amostras do solo e secando-as em estufa 105ºC. Os dados foram submetidos à análise de variância, estudando-se os efeitos do nível de sombreamento (densidades de palmeiras de babaçu).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1, são apresentados os dados do número de folhas totais, taxa de acúmulo de forragem, tonelada de matéria seca por hectare e relação folha colmo durante os meses de novembro e dezembro de 2012 e janeiro de Pode-se observar na Tab. 1, para o mês de novembro que os tratamentos com maior número de folhas foram o controle com 0% de sombreamento e o com 25% de sombreamento. Esse fato se repetiu em dezembro. Isso pode ter ocorrido porque os níveis mais baixos de sombra fornecem mais luminosidade para as forragem que respondem com maior número de folhas pois a produtividade dessas está diretamente ligadas a quantidade de foto assimilados que são produzidos em função do aporte de luz. Tabela 1. Número de folhas totais, taxa de acúmulo de forragem acúmulo de matéria seca de colmo, acúmulo de matéria seca de folha, tonelada de matéria seca por hectare, relação folha colmo durante os meses de novembro e dezembro de 2012 e janeiro de Número de Folhas Totais Taxa de Acúmulo de forragem 0% 4,5Aa 4,0Ab 3,27Ac 0% 99,13Aa 79,78Ab 55,96Ac 25% 4,27Aa 4,27Aa 3,22Ab 25% 67,80Ba 75,14Ba 52,27Ab 50% 3,8Ba 3,5Bb 3,26Ab 50% 62,51Ba 58,75Ba 61,92Aa CV 13.84% CV 22,95% Médias 3.74 Médias 66,85 MS/Ton/ha Relação folha colmo 0% 3,16Aa 3,34Aa 2,07Ab 0% 7,61Ac 118,42Aa 67,84Ab 25% 1,94Ba 1,44Bb 1,17Bb 25% 4,16Ab 24,43Bab 47,29Aa 50% 0,72Ca 0,33Cb 0,59Ca 50% 8,76Aa 17,19Ba 66,15Aa CV 20,87% CV 83,4% Médias 1,24 Médias 38,73 Novembro (Nov), Dezembro (Dez), Janeiro (Jan), Matéria Seca (MS), Tonelada (Ton), hectare (ha) níveis de sombreamento 0%, 25% e 50%, Coeficiente de Variação (CV), Sombreamento/Mês (S/M). Na Tabela 1, pode-se observar que para novembro, dezembro e janeiro que a produção de matéria seca por hectare foi diminuindo de acordo com os níveis mais autos de sombreamento, isso pode ter ocorrido pois o maior aporte de radiação solar no tratamento controle pode ter aumentado o nível de foto assimilados produzindo mais tecidos vegetais. Para relação folha colmo (tabela 1), não houve diferença significativa para os meses de
4 novembro e janeiro, apenas o mês de dezembro apresentou maior relação nos tratamentos de 0% e 25% podendo ter sido influenciados pelos mesmos fatores citados anteriormente. Na Tabela 2, são apresentados os dados do número de perfilhos por metro quadrado, índice de área folear, perda de forragem durante os meses de novembro e dezembro de 2012 e janeiro de Pode-se observar na Tab 2, que a altura do pasto não foi influenciada no mês de janeiro, contudo em dezembro as maiores alturas observadas foram para o tratamento com maior nível de sombreamento (50%), isso pode estar relacionado ao estiolamento da planta, pois as plantas submetidas a sombreamento alongam o colmo em busca de maior luminosidade. Na Tabela 2 pode-se observar que o número perfilhos /m 2, teve relação negativa com o sombreamento. Segundo Bahmani et al., 2000, sob baixa irradiância, o suprimento de foto assimilados é alocado preferencialmente para os perfilhos já existentes, em detrimento das gemas axilares, inibindo a produção de novos perfilhos. Tabela 2. Altura do pasto, número de Perfilhos por metro quadrado, índice de área folear, perda de forragem durante os meses de novembro e dezembro de 2012 e janeiro de Altura do pasto Número Perfilhos /m 2 0% 58,66Ba 61,66Aa 62,50Aa 0% 583,3Aab 658,8Aa 542,2Ab 25% 64,50ABa 59,16ABa 55,00Aa 25% 411,1Ba 328,8Ba 337,7Ba 50% 72,86Aa 51,20Bc 59,25Ab 50% 209,3Ca 181,3Ca 149,0Ca CV 13,72% CV 28,91% Médias 60,63 Médias 302,48 Novembro (Nov), Dezembro (Dez), Janeiro (Jan), níveis de sombreamento 0%, 25% e 50%, Coeficiente de Variação (CV), Sombreamento/Mês (S/M). Na Tab. 3, são apresentado os dados de temperatura do solo durante os meses de novembro e dezembro de 2012 e janeiro de 2013, e de umidade do solo durante os meses de novembro e dezembro de Pode-se observar na Tab. 3 que a temperatura de solo (TS) teve um comportamento linear decrescente de acordo com que se aumentava o sombreamento, isso pode ter ocorrido pois no sub-bosque com a sombra dos arvores nativas, sem a incidência direta dos raios solares o solo permaneceu com a temperatura abaixo do solo exposto a incidência direta do
5 sol. Contudo quando se observa a umidade do solo (US), ver-se que essa tem uma tendência a aumentar com os níveis de sombreamento. Castro et al. (1999) observaram mudanças microclimáticas em ambiente sombreado artificialmente onde predominaram temperaturas amenas, umidade relativa do ar ligeiramente mais alta e elevado teor de umidade do solo. Tabela 3. Temperatura do solo durante os meses de novembro e dezembro de 2012 e janeiro de 2013, e de umidade do solo durante os meses de novembro e dezembro de Temperatura do solo Umidade do Solo S/M Nov Dez Jan S/M Nov Dez 0% 28,02Ab 25,28Ac 29,57Aa 0% 18,04Ba 19,17Ca 25% 26,80Ba 24,14Bb 26,52Ba 25% 18,43Bb 23,34Ba 50% 25,29Ca 23,45Cb 24,92Ca 50% 23,84Ab 29,44Aa CV 4,61% CV 6,73% Médias 25,93 Médias 22,04 Novembro (Nov), Dezembro (Dez), Janeiro (Jan), níveis de sombreamento 0%, 25% e 50%, Coeficiente de Variação (CV), Sombreamento/Mês (S/M). Os níveis de sombreamento influenciaram negativamente algumas características produtivas do capim mombaça, como MS/Ton/ha e número de perfilhos/m 2, influenciando também as características climáticas do solo. Contudo mais estudos devem ser realizados para que se possa determinar o melhor nível de sombreamento que resulte em maior produtividade. LITERATURA CITADA CARVALHO, M. M.; ALVIM, M. J.; XAVIER, F. D.; et al. Estabelecimento de sistemas silvipastoris: ênfase em áreas montanhosas e solos de baixa fertilidade. Juiz de Fora - MG: EMBRAPA - CNPGL, p. (Circular Técnica, 68). CASTRO, A. C.; LOURENÇO JÚNIOR, J. B.; SANTOS, N. F. A.; et al. Sistema silvipastoril na Amazônia: ferramenta para elevar o desempenho produtivo de búfalos. Revista Ciência Rural, v. 38, n. 8, p , CASTRO, C. R. T.; GARCIA, R.; CARVALHO, M. M. et al. Produção forrageira de gramíneas cultivadas sob luminosidade reduzida. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 28, n. 5, p , AGRADECIMENTOS "O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil"
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