CONSORCIO DE MILHO COM BRACHIARIA BRINZANTHA

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1 CONSORCIO DE MILHO COM BRACHIARIA BRINZANTHA Leydinaria Pereira da Silva¹; Aurélio Vaz-de-Melo 2 ; 1 Aluna do Curso de Química Ambiental da UFT; Campus de Gurupi; nara-lin@hotmail.com ;PIVIC/UFT 2 Professor de Química Ambiental da UFT; Campus de Gurupi; vazdemelo@uft.edu.br. RESUMO: Objetivou-se com este trabalho avaliar a resposta de híbridos experimentais de milho submetidos a diferentes densidades de Brachiaria brizantha cv. Marandú em casa de vegetação. Com delineamento experimental em blocos inteiramente casualizados, em esquema fatorial 6 x 5 (seis híbridos experimentais de milho oriundos do grupo de Melhoramento de Forrageiras Tropicais, sob cinco densidades de plântulas de capim Brachiaria Brizantha cv. Marandú), em quatro repetições. As unidades experimentais foram constituídas de sacos plásticos de cinco dm -3. Foram avaliadas as seguintes características: Massa fresca da parte aérea (MFPA) e Massa seca da parte aérea (MSPA). De modo geral o híbrido experimental de milho UFT-40 foi o mais influenciando negativamente pelo aumento da densidade de plântulas de brachiaria em ambas as características. Já o híbrido UFT-18 pode ser recomendado para o sistema de consórcios devido o mesmo apresentar maior tolerância ao aumento da densidades de plântulas de brachiaria.. Palavras-chave: Consorcio Brachiaria Brizantha, densidades diferentes. INTRODUÇÃO O milho é cultivado em todos os Estados do Brasil e em quase todas as propriedades agrícolas, tanto na agricultura familiar quanto na de exportação. Além de está presente em todas as cadeias produtivas animais. Uma cultura de diversificada utilização na sociedade moderna e um dos produtos agrícolas de ampla distribuição mundial, tanto na produção, quanto no consumo. Dentre as espécies originárias das Américas, o milho é, certamente, o de maior importância econômica e social em nível

2 mundial. Em termos de área semeada e de produção de grãos é o segundo cereal de maior importância no Brasil. Sendo que, apenas nos últimos anos, perdeu a primeira colocação para a cultura da soja (VILARINHO, 2005). No sistema de integração lavoura-pecuária, por meio da consorciação de duas gramíneas, a forrageira tem função de fornecer alimento para exploração pecuária, a partir do final do verão até início da primavera, e, posteriormente, de formação de palhada, para o cultivo da cultura produtora de grãos, em sistema plantio direto (BORGHI e CRUSCIOL, 2007). O consorcio de culturas produtoras de grão e forrageiras tropicais é possível, graças ao diferencial de tempo e espaço, no acúmulo de biomassa entre as espécies (KLUTHCOUSKI e YOKOYAMA, 2003). De acordo com Jakelaitis et al. (2004), a competição existente entre as espécies pode inviabilizar o cultivo consorciado. Porém, o conhecimento no comportamento das espécies, pela competição por fatores de produção, torna-se de grande importância no êxito da formação de pastagem no período de outono inverno, e na produção satisfatória de cultura produtora de grãos. Trabalhos com o cultivo consorciado de milho e Brachiaria brizantha cv. Marandú demonstram a viabilidade deste sistema de produção. Esse sistema pode vir a ser uma alternativa ao agricultor e ou agropecuarista, visto que, em muitas regiões do Brasil o cultivo de safrinha tem apresentado insucesso, face à baixa disponibilidade hídrica e irregularidade na precipitação pluviométrica no período outono/inverno (ZANINE et, al. 2006). MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos foram conduzidos na Universidade Federal do Tocantins, TO, (280 m de altitude, nas coordenadas S e W), no Campus Universitário de Gurupi, em Gurupi TO. O experimento foram instalado em casa de vegetação com delineamento experimental em blocos inteiramente casualizados, em esquema fatorial 6 x 5 (seis híbridos experimentais de milho oriundos do grupo de Melhoramento de Forrageiras Tropicais, sob cinco densidades de plântulas de capim Brachiaria Brizantha cv. Marandú), em quatro repetições. As unidades experimentais foram constituídas de sacos

3 plásticos de cinco dm -3. Cada parcela experimental foi constituída por uma plantas da cultura combinando com uma densidades de capim Brachiaria (0, 2, 4, 6 e 8). A adubação foi realizada com base na análise química do solo, segundo a recomendação para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 5 a Aproximação (RIBEIRO et. al, 1999). Os tratos culturais foram realizados sempre que necessário, de acordo com as recomendações técnicas para a cultura do milho (GALVÃO e MIRANDA, 2004). No estádio de seis folhas de milho completamente desenvolvida foram realizadas as seguintes avaliações: Massa fresca e seca da parte aérea da planta de milho. Os dados referentes a massa seca e fresca da parte aérea de milho em função do acréscimo da densidades do capim brachiaria foram submetidos a análise de regressão. RESULTADOS E DISCUSSÃO Todos os híbridos apresentaram resposta linear em função do acréscimo na densidade de plântulas de brachiaria por vaso. Os coeficientes de determinação foram significativos (p 0,01) em todos os modelos referentes a cada híbrido de milho. O mesmo foi observado no coeficiente de regressão. A massa seca total de milho foi influenciada de forma negativa em função do acréscimo da densidade de brachiaria (Figura 1), onde o aumento na densidade promoveu redução na massa seca dos híbridos de milho, com maior influencia no híbrido UFT-40, ao qual teve um menor coeficiente da regressão (-0,23). Já o híbrido UFT-25, apresentou a menor redução na massa seca à medida que se aumentava a densidade, sendo o coeficiente da regressão (-0,12). Contudo, na ausência de competição com a brachiaria o hibrido UFT-40 apresenta a maior massa seca. Isso pode ser observado na sua maior constante da regressão (3,03).

4 Figura 1. Massa seca da parte aérea de híbridos de milho em função da densidade de Brachiaria brizantha em cultivo consorciado, aos 25 dias após a germinação, Gurupi- TO, O fato de ocorrer a redução da massa seca à medida que se aumenta a densidade de plântulas de brachiaria, pode ser justificado pelo aumento na competição entre as espécies por água, luz e nutrientes, estando de acordo com Forsthofer et al. (2006) onde afirmam que o rendimento de milho depende da quantidade, eficiência de interceptação e da conversão da radiação solar absorvida em massa seca. Similar redução foi observada na massa fresca (Figura 2), onde o híbrido que se destacou com a menor redução da massa fresca da parte aérea do milho em função do aumento da densidade da brachiaria foi o UFT-18, com o coeficiente de regressão de - 0,82 o que induz a dizer que o mesmo é o híbrido mais tolerante à competição com a brachiaria para essa característica. O híbrido UFT-40 foi o que apresentou a maior

5 redução de massa fresca da parte aérea, com o coeficiente da regressão de -1,69. Contudo, na ausência de competição com a brachiaria o hibrido UFT-40 apresenta a maior massa fresca. Isso pode ser observado na sua maior constante da regressão (20,27). Figura 2. Massa fresca da parte aérea de híbridos de milho em função da densidade de Brachiaria brizantha em cultivo consorciado, aos 25 dias após a germinação, Gurupi- TO, De modo geral o híbrido experimental de milho UFT-40 foi o mais influenciando negativamente pelo aumento da densidade de plântulas de brachiaria em ambas as características. Já o híbrido UFT-18 pode ser recomendado para o sistema de consorcios devido o mesmo apresentar maior tolerância ao aumento da densidades de plântulas de brachiaria.

6 LITERATURA CITADA BORGHI, E.; CRUSCIOL, C. A. C. Produtividade de milho, espaçamento e modalidade de consorciação com Brachiaria brizantha em sistema plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.42, n.2, p , fev GALVÃO, J. C. C.; MIRANDA, G. V. Tecnologias de produção do milho. Viçosa: UFV, KLUTHCOUSKI, J.; YOKOYAMA, L.P. Opções de integração lavoura-pecuária. In: KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L.F.; AIDAR, H. Integração lavoura-pecuária. 1.ed. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, P VILARINHO, A. A. A importância do melhoramento genético na cultura do milho. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Boa Vista, <Disponível em: Acessado em: 14 de AGOTO de ZANINE, A. de M.; SANTOS, E.M.; FERREIRA, D. de J.; CARVALHO, G.G.P. de. Potencialidade da integração Lavoura-Pecuária: relação planta-animal. Revista Eletrônica de Veterinária, v. 7, Disponível em: < Acesso em: 14 de AGOSTO de 2013