CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.
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1 CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS. Pedro Silvério Xavier Pereira (1) ; Marice Cristine Vendruscolo (2) ; Astor Henrique Nied (3) ; Rivanildo Dallacor (4) ; Marcelo da Silva Lima Pereira Costa (5) 1 Acadêmico do curso de Agronomia UNEMAT. Campus Universitário de Tangará da Serra. pedrobambui@hotmail.com; 2 Professora Orientadora, Depto de Agronomia, UNEMAT. maricevendruscolo@yahoo.com.br ; 3 Professor Depto de Agronomia, UNEMAT. astornied@yahoo.com.br ; 4 Professor Depto de Agronomia, UNEMAT. rdallacort@gmail.com 5 Acadêmico do curso de Agronomia- UNEMAT. Campus niversitário de Tangará da Serra marcelosilva_ch@hotmail.com RESUMO: O Pinhão manso (Jatropha curcas L.), pertencente a família Euphorbiaceae, por ser uma cultura perene e que nunca foi pesquisada com profundidade, tem-se a necessidade de conhecer a densidade ideal de plantas para o plantio. Com o objetivo de avaliar o crescimento da cultura em diferentes densidades de plantas o experimento foi conduzido no Campo Experimental da UNEMAT, Campus de Tangará da Serra - MT, no período de 17/11/2007, onde ocorreu a semeadura, até os 287 dias. Foi adotado o delineamento em blocos casualizados, os tratamentos constituídos pelas densidades de 500, 1000, 1500, 2000, 2500 plantas ha -1 com quatro repetições. Avaliaram-se as variáveis: altura das plantas, número de ramos primários por planta e por hectare, número de folhas por planta e por hectare, diâmetro do caule, e distância mínima entre plantas. A altura e a distância mínima entre as plantas foram avaliadas utilizando uma trena, o diâmetro do caule foi avaliado com um paquímetro, já o número de ramos e folhas foram avaliados por contagem. Utilizou-se do quadro de análise de variância e da análise de regressão linear. Observou-se efeito linear significativo das densidades de plantas sobre as variáveis do número de folhas por planta, do diâmetro do caule, do número ramos por ha -1, da altura de plantas e efeito quadrático significativo sobre a variável da distância mínima entre plantas, exceto para o número de ramos primários por planta e número de folhas por ha -1, onde não houve efeito significativo. Os coeficientes de determinação verificados foram de 99,77% para o número de folhas por planta, 95,15% para o diâmetro do caule, 97,5% para a distância mínima entre plantas, 89,9% para o número de ramos por ha -1 e 82,63% para a altura das plantas. Pode-se afirma que ocorre efeito significativo das densidades de plantas de pinhão manso sobre o número de folhas por planta, do diâmetro do caule, da distância mínima entre plantas, do número de ramos por ha -1 e altura de plantas. Palavras-chave: espaçamento, plantio, perene, altura. INTRODUÇÃO O Pinhão manso (Jatropha curcas L.), pertencente a família Euphorbiaceae, é uma cultura perene está sendo considerado uma opção agrícola para o Brasil por ser uma espécie nativa, exigente em insolação e com forte resistência a seca.
2 Segundo Carnielli (2003), é uma planta oleaginosa viável para a obtenção do biodiesel, pois produz, no mínimo, duas toneladas de óleo por hectare, levando de três a quatro anos para atingir a idade produtiva, que pode se estender por 40 anos. O aumento das áreas de plantio de pinhão manso contribui na fixação da mão-de-obra na zona rural, principalmente para pequenos produtores rurais. Por ser perene, também contribui para a conservação do solo e reduz o custo de produção, fator importante para sua viabilidade econômica. No entanto, a falta de conhecimento científico sobre essa cultura dificulta a exploração do máximo de sua produtividade (AZEVEDO, 2006). Por ser uma cultura perene, que nunca foi pesquisada com profundidade, tem-se a necessidade de conhecer a densidade ideal para o plantio, pois torna-se inviável reajustar a densidade de plantas depois que a cultura está com vários anos de implantação. Bem como, a utilização de recomendações de outros estados tornase um risco muito elevado pelas condições ambientais específicas desta região. O objetivo deste presente trabalho é avaliar o crescimento da cultura em diferentes densidades de plantas. MATERIAIS E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Campo Experimental da UNEMAT, Campus de Tangará da Serra - MT, localizado geograficamente a 14 o de latitude Sul e 57 o de longitude Oeste, com altitude média de 320 metros. O clima da região é o tropical úmido megatérmico (Aw), com temperaturas elevadas, chuva no verão e seca no inverno. O solo é do tipo Latossolo Vermelho Distroférrico, de textura muito argilosa. No período de 17/11/2007 onde ocorreu a semeadura até os 287 dias após a mesma. Foi adotado o delineamento em blocos casualizados, sendo os tratamentos definidos pelas densidades de plantas. As densidades correspondem de 500, 1000, 1500, 2000, 2500 plantas ha -1. Cada parcela constituiu-se de uma área total de 500 m² com cinco linhas de plantas, onde duas linhas e uma planta em cada extremidades das parcelas foram utilizadas como bordadura, utilizando-se, portanto, três linhas centrais como úteis e as plantas das extremidades destas linhas foram consideradas como bordadura. A fertilidade do solo da área experimental foi verificada para as profundidades de 0-20, de e de cm. A correção de acidez e fertilidade do solo foram feitas de acordo com a análise do solo, porém com base nas recomendações técnicas da cultura da seringueira por falta de informações a respeito do assunto. O preparo do solo foi realiza com uma gradagem seguida de uma subsolagem e posteriormente mais uma gradagem para incorporar o calcário. A cultura foi implantada pela semeadura direta no dia 17 de novembro de 2007 e transplante das mudas que apresentaram problemas de desenvolvimento. Foram avaliadas as variáveis: altura das plantas, número de ramos primários por planta e por hectare, número de folhas por planta e por hectare, diâmetro do caule, e distância mínima entre plantas. A altura e a distância mínima entre as plantas foram avaliadas utilizando uma trena, o diâmetro do caule foi avaliado com um paquímetro e o número de ramos e folhas foram avaliados por contagem. Utilizou-se do quadro de análise de variância e da análise de regressão linear (STORCK, 2000). RESULTADOS E DISCUSSÕES
3 De acordo com os resultados obtidos (Figura 1), verifica-se que ocorreu efeito linear significativo das densidades de plantas sobre as variáveis do número de folhas por planta e por ha -1, do diâmetro do caule, do número ramos por ha -1 e da altura de plantas. Para a variável da distância mínima entre plantas o efeito das densidades de plantas foi quadrático. Observa-se que o efeito do aumento de densidades de plantas ocorreu de forma negativa para as variáveis do número de folhas por planta, do diâmetro do caule, da altura de plantas e da distância mínima entre plantas, com um coeficiente de determinação de 99,77%, 95,15%, 82,63%, 97,5% e respectivamente. Esse fato pode ser explicado, possivelmente, devido ao aumento da competição entre as plantas nas diferentes densidades. Já para a variável número de ramos por ha -1 observa-se que o efeito do aumento da densidades de plantas é de forma linear e positiva, com coeficiente de determinação de 89,9%. a b d c e Figura 1. Modelos de regressão ajustados para o número de folhas por planta (a), diâmetro do caule (b), altura das plantas (c), distância mínima entre plantas (d) e número de ramos primários por ha -1 (e) nas diferentes densidades de plantas ha -1 (DENS) de pinhão manso.unemat,tangará da Serra, 2008.
4 Para as variáveis número de ramos primários por planta e do número de folhas por hectare observou-se que não houve feito significativo das densidade pelo teste F a 5% de probabilidade. A ausência do efeito das densidades sobre o número de ramos primários por planta pode ser explicado, possivelmente, devido que o número de ramos seja determinado geneticamente, e sobre o número de folhas por hectare por ser influenciado pela redução da precipitação pluviométrica registrada no período. CONCLUSÃO Existe efeito significativo das densidades de plantas de pinhão manso sobre o número de folhas por planta, do diâmetro do caule, da altura de plantas, da distância mínima entre plantas e do número de ramos por ha -1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, H. Avaliação Preliminar do Potencial do Pinhão Manso para a Produção de Biodiesel. Pinhão manso é lançado pelo presidente Lula como opção para o biodiesel Vegetal é de fácil cultivo. Hoje em Dia, 8 a 14/01/2006, Disponível em: < Acesso em: 12/09/2006, BIODIESELBR. Aspectos gerais da cultura da Jatropha curcas. 2006, 4p. Disponível em: Acesso em: 14/08/2008. SATURNINO, H. M., et al. Cultura do pinhão-manso (Jatropha curcas L.). Produção de oleaginosas para biodiesel, EPAMIG, Informe Agropecuário, Belo Horizonte, V. 26, n. 229, 2005, p STORCK, L. (Org.) Experimentação vegetal. Santa Maria: Ed. UFSM, p. TEIXEIRA, L.C. Potencialidades de oleaginosas para produção de biodiesel. Informe Agropecuário, v.26, n.229, p.18-27, 2005.
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