DESENVOLVIMENTO DE NABO FORRAGEIRO COM ADUBAÇÃO NITROGENADA DEVELOMENT OF TURNIP FORAGE AS NITROGEN FERTILIZATION
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1 DESENVOLVIMENTO DE NABO FORRAGEIRO COM ADUBAÇÃO NITROGENADA DEVELOMENT OF TURNIP FORAGE AS NITROGEN FERTILIZATION Murilo Sugahara (1) Anna Carolina de Oliveira Souza (1) Pollyanna Akemi Teraoka (1) Celso Antonio Jardim (2) Claudenir Facincani Franco (2) Resumo O nabo forrageiro destaca-se pelo elevado ter de óleo e qualidade do biodiesel produzido desse óleo. A cultura apresenta resposta em produtividade com uso de adubação, porem pouco se sabe sobre o desempenho diante do nitrogênio que é o elemento mais exigido e extraído por diversas culturas. Assim, objetivou-se estudar o uso de nitrogênio em cobertura no desenvolvimento inicial de nabo forrageiro. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. Foram estudadas 5 doses de Nitrogênio (0; 25; 50; 100 e 200 kg ha -1 ) em cobertura. As plantas foram avaliadas com 60 dias após a semeadura em: altura, número de folhas e diâmetro do caule. As plantas de nabo forrageiro não foram influenciadas pela adubação nitrogenada em cobertura para altura, número de folhas e diâmetro de caule aos 60 dias após a germinação. Palavras-chave: Raphanus sativus. Nitrogênio. Biometria. Adubação mineral. Abstract The radish has in its grain a high oil content with excellent quality for use as biodiesel. Culture responds in productivity with the use of fertilizers and nitrogen is the most required element and drawn by different cultures. Thus, the objective was to study the use of nitrogen in coverage in the early development of turnip. The experiment was conducted in a completely randomized design with 4 repetitions. They studied five doses of nitrogen (0, 25, 50, 100 and 200 kg ha -1 ) in coverage. The plants were evaluated 60 days after sowing in height, leaf number and stem diameter. The radish plants were not affected by nitrogen fertilization for height, number of leaves and stem diameter at 60 days after germination. Keywords: Raphanus sativus. Nitrogen. Biometrics. Mineral fertilizer. 1 Graduação na Fatec de Jaboticabal. Tecnologia em Biocombustíveis na Fatec de Jaboticabal. murilo_sugahara@hotmail.com; annacarolinasouza@hotmail.com 2 Doutor em Agronomia pela FCAV/UNESP. Docente da Fatec de Jaboticabal. pro.ritacvm@fatecjaboticabal.edu.br; celso.aj@bol.com.br; cfafranc@hotmail.com Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal, v. 7, Suplemento. 126
2 1 Introdução O nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. oleiferus) é uma planta anual, herbácea, ereta e ramificada da família Brassicaceae muito importante para rotação de culturas pois, tem elevada produção de massa verde e uma rápida e grande liberação de nutrientes contidos em sua biomassa residual para as culturas sucessoras (CARGNELUTTI FILHO et al., 2012). Esta oleaginosa apresenta-se como uma excelente fonte para produção de biodiesel pois, suas sementes têm um elevado teor de óleo de alta qualidade, destacando-se a maior estabilidade oxidativa, menor degradação e menor quantidade de resíduos sólidos no biodiesel gerado pelo óleo desta cultura (CREMONEZ et al., 2013). Contudo, sobre a cultura do nabo forrageiro existem poucos trabalhos e informações técnicas de cultivo, aspectos econômicos, sociais, produtivos, ambientais e energéticos (CREMONEZ et al., 2013). O nitrogênio é o nutriente mais limitante para a produtividade das plantas pois, desempenha importantes funções do metabolismo e na nutrição das plantas entretanto, em condições de deficiência ocorre desordem nutricional com queda de produção e em condições de excesso ocorre aumento na incidência de pragas e doenças com queda de produção e redução no teor de óleo, tornando-se necessário maior conhecimento sobre o comportamento de adubação, principalmente em oleaginosas com potencial de exploração econômica (SOUZA et al., 2014). Em um trabalho com adubação orgânica e mineral, foi observado que a cultura responde em produtividade de grãos e de óleo com o uso de adubação (FRANCO et al., 2014). Assim, objetivou-se estudar o uso de nitrogênio em cobertura no desenvolvimento inicial de nabo forrageiro. 2 Material e Métodos O experimento foi conduzido na faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Unesp, Campus de Jaboticabal, situada na latitude de 21º S e longitude de 48º W. O clima, de acordo com a classificação de Köppen, é do tipo Aw, tropical úmido com estação chuvosa no verão e seca no inverno e altitude média de 565 m. O solo da área experimental é classificado como LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico, textura argilosa (EMBRAPA, 2013), relevo com declividade de 6%, caracterizado suave ondulado. Os resultados da análise química do solo, obtidos anteriormente a implantação do experimento encontram-se na Tabela 1. Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal, v. 7, Suplemento. 127
3 Tabela 1. Resultados da análise química do solo (0-20cm) antes da instalação do experimento, em Latossolo Vermelho Eutroférrico, em Jaboticabal-SP, Prof. ph M.O. P resina H + Al K Ca Mg SB CTC V - cm - - CaCl2 - - g dm mg dm mmolc dm % , ,4 22,0 19,0 42,4 60, , ,7 12,0 7,0 19,7 41,7 47 O preparo de solo foi convencional com uma aração e duas gradagens. A semeadura foi realizada com o cultivar IPR 116, no espaçamento de 0,45m, utilizando-se 30 sementes por metro linear, na densidade de semeadura equivalente a 666,7 mil sementes ha -1. Foram aplicados mecanicamente no sulco de semeadura 200 kg ha -1 de adubo formulado (NPK) e em cobertura 50 kg de K2O ha -1 com Cloreto de Potássio. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de cinco doses de N em cobertura (0, 25, 50, 100, 200 kg de N ha -1 ) na forma de nitrato de amônio, aplicado aos 30 dias após a germinação em filete contínuo a 10 cm da linha de cultivo. Cada parcela foi formada por 5 linhas com 4m de comprimento, e foi considerada como área útil as 3 linhas centrais desprezando 0,5 m de cada extremidade. Aos 60 dias após a germinação foram coletadas cinco plantas na área útil de cada parcela, tomadas ao acaso e plantas foram avaliadas em: altura de plantas - medidas da superfície do solo a extremidade superior da haste principal; número de folhas - contado a partir de folhas totalmente desenvolvidas; diâmetro do caule - medindo-se o diâmetro a 3 cm da superfície do solo em cm com auxílio de paquímetro digital. Destaca-se que neste período as plantas atingiram valor superior a 50% do florescimento. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e os efeitos significativos para doses de N foram avaliados por meio de análise de regressão polinomial. 3 Resultados e Discussão Para altura, número de folhas, diâmetro do caule, massa de folhas fresca, massa fresca do caule e massa seca total das plantas de nabo forrageiro não houve efeito da adubação nitrogenada em cobertura (Tabela 2). No presente trabalho as plantas apresentaram de 51 a 72 cm altura média aos 60 dias após a germinação, enquanto foram encontrados altura aos 120 dias variando entre 63 a 71 cm por (MORAIS; SANTOS; ROSSETTO, 2014) e de 102 a 130 cm por (FRANCO et al., 2013). Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal, v. 7, Suplemento. 128
4 Tabela 2. Variáveis de crescimento de nabo forrageiro IPR 116 aos 60 dias após a emergência. Jaboticabal, SP, N Altura Número de folhas Diâmetro do caule kg ha -1 cm mm 0 71,75 8,00 14, ,50 6,50 15, ,00 10,25 13, ,50 7,50 12, ,25 7,00 11,80 Teste F 1,67 ns 2,31 ns 1,70 ns ns, **, *- não significativo e significativo a 1% e 5% de probabilidade, respectivamente. Para o número de folhas foi observado valores médios de 7 a 10 folhas por planta aos 60 dias após a germinação, enquanto foram encontraram aos 120 dias valores de 17 a 19 folhas por planta por (MORAIS; SANTOS; ROSSETTO, 2014). Com relação ao diâmetro do caule os valores médios encontrados variaram de 11,8 a 15,3 mm aos 60 dias após a germinação, enquanto foram observados aos 120 dias valores de 7,5 a 8 mm. (MORAIS; SANTOS; ROSSETTO, 2014) e 5,2 a 10,7 mm por (FRANCO et al., 2013). A altura e o diâmetro do caule são características importantes quando se objetiva colheita mecanizada, desejando-se uniformidade na lavoura para uma colheita mecanizada adequada, sendo que essa desuniformidade pode limitar o uso da colheita mecanizada e do plantio em grandes áreas devido a perdas na colheita (PIVETTA et al., 2012). 4 Conclusões As plantas de nabo forrageiro não foram influenciadas pela adubação nitrogenada em cobertura para altura, número de folhas e diâmetro de caule aos 60 dias após a germinação. Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal, v. 7, Suplemento. 129
5 Referências CARGNELUTTI FILHO, A. et al. Estimativa da área foliar de nabo forrageiro em função de dimensões foliares. Bragantia, v. 71, n. 1, p , CREMONEZ, P. A. et al. Nabo forrageiro: do cultivo a produção de biodiesel. Acta Iguazu, v. 2, n. 2, p , EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Sistema brasileiro de classificação de solos. 3ª ed. Rio de Janeiro; p. FRANCO, C. F. et al. Desenvolvimento de nabo forrageiro com resíduo sólido orgânico urbano compostado. Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal, v. 5, n. Suplemento, p. 1 4, FRANCO, C. F. et al. Produção de nabo forrageiro com resíduo compostado. In: 9 o CONGRESSO INTERNACIONAL DE BIOENERGIA. Anais...SÃO PAULO: MORAIS, C. S. B. DE; SANTOS, L. A. S. DOS; ROSSETTO, C. A. V. Desempenho agronômico da cultura do nabo forrageiro influenciado pelos resíduos de plantas de girassol. Biosci. J., v. 30, n. 1, p , PIVETTA, L. G. et al. Avaliação de híbridos de girassol e relação entre parâmetros produtivos e qualitativos. Revista Ciência Agrinômica, v. 43, n. 3, p , SOUZA, A. P. DE et al. Desenvolvimento inicial de gergelim com adubação nitrogenada. Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal, v. 6, n. Suplemento, p. 6 10, Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal, v. 7, Suplemento. 130
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