Aprendizagem e Desenvolvimento Motor
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- Renata Peralta Neiva
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1 Aprendizagem e Desenvolvimento Motor NUNO PIMENTA Curso de Treinadores de Futebol Grau I
2 Desenvolvimento Humano Desenvolvimento é o estudo do conjunto de transformações do desenvolvimento humano ao longo da vida, tendo em consideração a influência dos fatores genéticos e ambientais. No desenvolvimento são estudados os mecanismos adaptativos ao nível morfológico, maturacional e motor.
3 Conceitos do Desenvolvimento Humano O Desenvolvimento Motor está diretamente dependente do entendimento dos conceitos gerais do Desenvolvimento Humano: 1. Continuidade: em cada idade existem características específicas; 2. Totalidade: a grande variedade de domínios do comportamento tornam o desenvolvimento humano num processo muito complexo; 3. Especificidade: a realização de uma destreza motora depende da especificidade do programa motor de cada uma;
4 Conceitos do Desenvolvimento Humano 4. Natureza Progressiva: o elevado número de intervenientes no desenvolvimento humano, implica um elevado número de transformações; 5. Individualidade: a uma idade cronológica corresponde diferentes estados maturacionais;
5 Desenvolvimento Humano Fases e Caraterísticas Caraterísticas Fase Idade Acentuada redução de capacidades Senescência A partir de anos Ligeira edução de capacidades Estabilidade físico motora Adulto Maturo Adulto Jovem Até anos Fim do crescimento em altura Aumento ponderal Pico do crescimento em altura Especialização/ combinação de skills Movimentos fundamentais Movimentos rudimentares Adaptações iniciais Crescimento Fetal Morfogénese/ Organogénese Adolescência Tardia Período Pubertário Período Pré Pubertário 2ª Infância 1ª Infância Tardia 1ª Infância Inicial Neonatal Fetal Embrionário anos anos Até 9/10 anos Até 6/7 anos Até 2º ano 0 2 meses 8ª 40ª Semana Até 8ª semana
6 Desenvolvimento Motor Assim, as adaptações afetivas, cognitivas e psicomotoras resultantes do processo de desenvolvimento motor, são condicionadas pelos seguintes processos: Crescimento Experiência/ aprendizagem Desenvolvimento Motor Maturação Adaptação
7 Desenvolvimento Motor Assim, o desenvolvimento motor deve ser entendido pela associação dos aspetos do comportamento e controlo motor determinantes na evolução do indivíduo; Tratam se de estádios de performance motora adaptados a cada fase da vida do ser humano; Esse desenvolvimento processa se em três níveis: comportamental, cognitivo e biológico;
8 Desenvolvimento Motor É um processo dinâmico de melhoria, que implica uma mudança, uma evolução, crescimento e avanço. Pode ser: Biológico Crescimento e diferenciação das células de acordo com uma função especifica. alterações da composição e funcionamento das células; maturação dos sistemas e orgãos; aquisição de novas funções
9 Desenvolvimento Motor Comportamental Desenvolvimento de competências numa variedade de domínios integrados; relaciona o psíquico e social. Competências 1) Sociais 2) Intelectuais 3) Emocionais 4) Bem-Estar
10 Desenvolvimento Motor Desta forma podemos dizer que o desenvolvimento motor é o produto da interação entre os vários processos a que o corpo está sujeito: Crescimento: alterações quantitativas observadas nas estruturas corporais; transformações hipertróficas e hiperplásticas; Maturação: desenvolvimento de funções, órgãos e condutas determinadas filogeneticamente;
11 Crescimento Alterações dimensionais da morfologia Elaboração > Degradação (Hammond, 1971) Aumento ou diminuição do número de células. Crescimento positivo / negativo (Roche & Sun, 2003) Aumento ou diminuição que se reflete no tamanho ou na massa corporal, resultante de um mudanças ocorridas desde a conceção e ate ao final da vida. (Haywood & Getchell, 2001)
12 Crescimento Como? 1)Hiperplasia 2)Hipertrofia 3)Acreção Aumento do número de células Aumento do tamanho das células Aumento das substâncias intercelulares (Malina & Bouchard, 2002) Hiperplasia Hipertrofia
13 Crescimento Todos os processos ocorrem durante o crescimento variando a predominância de cada um deles. Período crítico Fase de rápido aumento do número de células. A sua ocorrência e duração apresentam se específicas de cada tecido.
14 Crescimento Processo complexo, biologicamente organizado, regulado por fatores que influenciam a estatura da criança como a sua composição corporal durante a fase de crescimento Fatores Genéticos Nutricionais Idade Sexo Atividade física Equilíbrio hormonal
15 Crescimento Configuração da curva da velocidade de crescimento 1ª INFÂNCIA: Desaceleração 2ª INFÂNCIA: Estabilidade puberdade: salto de crescimento
16 Crescimento Curvas de velocidade de crescimento do altura (cm por ano) Existem dois picos de crescimento em altura. 10 a 13 Anos 13 a 16 Anos Take-Off
17 Crescimento Curvas de velocidade de crescimento do peso (kg por ano) 1ª INFÂNCIA: DESACELERAÇÃO 2ª INFÂNCIA: ESTABILIDADE PUBERDADE: SALTO DE CRESCIMENTO 10 a 13 Anos 13 a 16 Anos O pico de crescimento no peso também é diferente ao longo da infância e entre rapazes e raparigas
18 Crescimento 1º ano de vida crescimento cerca de 25cm; 2º ano cerca de 12 13cm Aqui atinge se aqui cerca de 50% da altura do adulto O tamanho que o adulto atinge é geralmente 3.5 vezes àquele do nascimento
19 Crescimento PESO CORPORAL TOTAL Músculo Rapazes anos: hipertrofia e %Gordura anos: força de preensão duplicada NASCIMENTO Fibras e músculos formados Após 6 meses do pico de crescimento, ocorre o pico de ganho de massa muscular pela maior produção de testosterona CRESCIMENTO comprimento e espessura das fibras musculares Beunen et al., 1988; Rogol et al., 2002)
20 Crescimento Salto de Crescimento Pubertário Modificação da composição corporal em consequência do crescimento muscular e esquelético, e conjuntamente com as variações na quantidade e distribuição da massa adiposa. Desenvolvimento dos sistemas circulatório e respiratório, conduzindo ao aumento da força e da resistência, de um modo mais acentuado nos rapazes.
21 Maturação É o processo de transformação qualitativa das estruturas, órgãos e tecidos dos sistemas vivos que os preparam para níveis mais elevados de organização e funcionamento. Este processo encontra se associado ao tempo (idade) crescimento, determinando o desenvolvimento. Processo biológico que determina a velocidade e o momento do crescimento e que difere de indivíduo para indivíduo genético
22 Maturação FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO MATURACIONAL: Bioculturais, genéticos, endócrinos, nutricionais condições sociais variação racial/étnica Desnutrição crónica e doenças infantis condições ambientais e familiares atividade física tendência secular
23 Maturação O processo de maturação tem 2 componentes: timing e tempo timing refere se a idade em que os eventos maturacionais específicos acontecem (idade da menarca, do desenvolvimento do peito, do aparecimento dos pelos púbicos, ou do crescimento máximo durante a adolescência. Tempo momento em que a maturação progride, quão rapidamente ou lentamente o individuo passa pelas fases iniciais da maturação até ao estado maduro (Baxter Jones et al, 2005).
24 Maturação Idade Cronológica / Idade Biológica Crianças da mesma idade podem apresentar níveis de maturidade biológica muito distintos, sendo essas diferenças particularmente comuns nas idades compreendidas desde a infância até à adolescência.
25 Maturação Mesma idade cronológica (14 anos) Diferentes estádios de maturação
26 Maturação Formas de avaliar o estado maturacional Maturação somática Maturação sexual (indicadores sexuais secundários) Maturação dentária Maturação óssea Etc..
27 Desenvolvimento Motor Aprendizagem: mudança durável do comportamento que ocorre como resultado da prática (experiência); Adaptação: resposta do organismo face a condições envolventes determinadas; reorganização das capacidades individuais ao nível orgânico e comportamental;
28 Fases do Desenvolvimento Motor
29 Fases do Desenvolvimento Motor
30 Iniciação Desportiva Pirâmide Desportiva Especialização Diminui o nº praticantes Orientação Formação
31 Movimentos Reflexos São as primeiras formas de movimentos involuntários Resposta ao toque, som, luz.
32 Movimentos Rudimentares São as primeiras formas de movimentos voluntários Ocorrem desde o nascimento até cerca dos 2 anos
33 Movimentos Rudimentares Em condições normais, a sua sequência de aparecimento é altamente previsível, no entanto, essas mudanças encontram se diretamente ligadas ao ambiente e características de cada indivíduo.
34 Movimentos Rudimentares Estabelecem a transição entre as formas reflexas de motricidade e os padrões fundamentais de movimento. Esta fase do desenvolvimento é muito rica nas descobertas das primeiras possibilidades intencionais de resposta
35 Movimentos Rudimentares Estabilizadores Sustentações sentado 1. Controla a cabeça em linha reta com o tronco final do 1º mês 2. Sentar 3-8 meses
36 Movimentos Rudimentares Estabilizadores Sustentações de pé 1. Ficar de pé meses
37 Movimentos Rudimentares Locomotores Deslocamentos 1. Arrastar-se 6 meses 2. Gatinhar 9-11 meses 3. Caminhar meses
38 Movimentos Rudimentares Manipulação 1. Alcançar 4-5 meses 2. Agarrar 5-14 meses 3. Largar meses
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40 Estabilizadores Movimentos Fundamentais Locomotores Manipulativos
41 Movimentos Fundamentais Estabilizadores Locomotores Manipulativos Equilíbrio dinâmico Andar Alcançar e segurar Equilíbrio estático Correr Receber e lançar Movimentos axiais Saltar/saltitar Chutar
42 Movimentos Fundamentais 3 Estádios de desenvolvimento Inicial 1ªs tentativas pouco controlo do movimento Elementar Aumento do controlo do movimento ainda sem fluência Aquisição da sincronia espaço temporal Maturo Bom nível de controlo > fluência / eficiência (= ou similar aos movimentos adultos)
43 Movimentos Fundamentais Estabilizadores 2-7 anos Equilíbrio estático: Apoio reduzido Inicial Elementar Maturo
44 Movimentos Fundamentais Locomoção 2-7 anos Correr
45 Movimentos Fundamentais Manipulação 2-7 anos Chutar Inicial Elementar Maturo
46 Movimentos Fundamentais 3 Estádios de desenvolvimento Inicial Correr Elementar Driblar Maturo Correr e Driblar O alcance do estágio maduro apesar de estar relacionado com o avanço da idade cronológica, não depende unicamente dela, mas também do crescimento, maturação e vivência/estimulação.
47 Movimentos Fundamentais 3 Estádios de desenvolvimento Programas de treino/instrução podem aumentar o desenvolvimento dos padrões motores fundamentais, além do nível atingido apenas pela maturação. Além de ser mais efetivo do que um programa de brincadeiras livres, mesmo quando realizado pelos pais.
48 Movimentos Fundamentais 3 Estádios de desenvolvimento O tamanho, forma, e textura do objeto utilizado, e as características da tarefa podem influenciar dramaticamente o desempenho dos movimentos fundamentais
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50 Movimentos Especializados Refinamento e junção dos movimentos fundamentais resultando no surgimento de novos padrões motores. + =
51 Movimentos Especializados +
52 Movimentos Especializados Estágio de transição: 7 10 anos Estágio de aplicação: anos Estágio de utilização ao longo da vida: 14 anos em Diante Dependente dos movimentos fundamentais, porém não é necessário estar no estágio maduro em todos para se chegar à fase motora especializada
53 Movimentos Especializados Estágio de transição 7 aos 10 anos Início da tentativa de combinação dos movimentos fundamentais Aumento no interesse por práticas mais complexas (desportos, lutas, danças)
54 Movimentos Especializados Estágio de aplicação 11 aos 13 anos Reconhecimento real do seu potencial motor; Melhora da performance; Interesse na prática desportiva e do treino; Melhor execução de técnicas desportivas específicas.
55 Movimentos Especializados Utilização ao longo da vida desde os 14 Evitar especialização e restrição do repertório motor Especialização precoce x iniciação precoce
56 Especialização Precoce e Abandono Precoce Especialização precoce baseia se na antecipação do processo de especialização numa modalidade; Consiste num aumento da exigência e complexidade dos processos de treino traduzidos num maior volume e intensidade do mesmo, pouco adaptados ao processo de formação do atleta; Poderá apresentar algumas consequências nefastas para o atleta: o Lesões; o Elevado desgaste físico, emocional e psicológico; o Incapacidade funcional e cognitiva; o Abandono das atividades letivas; o Abandono precoce da prática desportiva
57 Sobrevalorização da vitória
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59 Formação e/ou Especialização Apráticadesportivadascriançasejovensnãopodeteramesma orientação da Especialização e do Alto Rendimento e deve distinguir se claramente da prática desportiva dos adultos, assumindo caraterísticas próprias relativamente à sua natureza, objetivos e enquadramento.
60 Futebol do Ensinar ao treinar Uma das questões com que o treinador se depara é quando deve ensinar ou treinar ; Na verdade a fronteira é muito ténue exigindo se uma atuação que possibilite as que os dois processos funcionem em simultâneo, com a prevalência de um deles em função do contexto; Escola Formação competição Ensinar Treinar
61 Aprendizagem e Performance A aprendizagem define se como uma mudança relativa e permanente no comportamento potencial que ocorre como resultado de uma prática reforçada. Por outro lado a performance apresenta se como a transição da aprendizagem para o comportamento.
62 Aprendizagem e Performance Características Aprendizagem Inobservável Afetado por fatores como dificuldade de interpretação, atenção, memorização, etc Performance Comportamento observável Afectado por factores como motivação, cansaço, etc Estudo de um movimento/ gesto técnico-táctico Execução do movimento/gesto técnico-tático Utilizado sobretudo na escola. Utilizado sobretudo no treino e competição. São pois dois termos que, embora diferentes, se complementam...
63 Aprendizagem e Performance Características A performance entendida como o comportamento observável, decorre de uma correta aprendizagem do gesto/ movimento. Ao nível desportivo é necessário conhecer e adquirir os pressupostos básicos de um determinado desporto (na escola), para depois conseguir atingir a melhor performance no treino ou competição. A aprendizagem constitui se como o limite superior da performance.
64 Habilidade motora Representa qualquer tarefa, simples ou complexa que, por intermédio da exercitação, pode passar a ser efetuada com elevado grau de qualidade, podendo chegar à automatização. (Magill, 2001)
65 A habilidade do indivíduo cumprir a tarefa por meio da interacção com o ambiente determina sua capacidade funcional. A capacidade funcional é definida pela ausência de dificuldades no desempenho de certos gestos e atividades da vida quotidiana.
66 Habilidade como indicador de qualidade de desempenho Define o grau de competência subjetiva ou objetivamente determinada pelo nível de produtividade em torno de um desempenho esperado que gira em torno de 70 80%. A regularidade dos índices esperados, é um fator importante para determinar se efetivamente o indivíduo é ou não habilidoso em determinado ação motora.
67 Habilidade O nível de habilidade que os indivíduos conseguem alcançar depende: Da quantidade e qualidade das suas experiências práticas Das capacidades que trazem consigo
68 Habilidade vs capacidade Habilidade Desenvolvida como resultado da prática Capacidade Geneticamente determinada e pouco modificável pela prática ou pela experiência O NÍVEL de habilidade que os indivíduos conseguem alcançar depende: Das capacidades que trazem consigo da quantidade e da qualidade das suas experiências práticas
69 Capacidades performance e o indivíduo possui níveis elevados das capacidades importantes para a performance de uma tarefa ESPECÍFICA... Então, deverá ser capaz de executar a tarefa a um nível mais elevado do que outro indivíduo que possui níveis baixos destas capacidades.
70 Capacidades motoras Capacidades Condicionais Capacidades Coordenativas Força Velocidade Resistência Flexibilidade Diferenciação quinestésica Cap. de Reação Ritmo Equilíbrio Orientação espacial Fontes energéticas Processos nervosos
71 Capacidades condicionais São essencialmente determinadas pelas componentes energéticas, predominando os processos de obtenção e transformação de energia ao nível da estrutura muscular e dos diversos órgãos carácter quantitativo. Capacidades coordenativas Podem ser entendidas como uma classe das capacidades motoras, determinadas na sua maioria pelo funcionamento do sistema nervoso central (SNC) carácter qualitativo Decisiva no controlo, precisão, direção e alteração do movimento.
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73 Adaptação aguda da FC durante o exercício
74 Adaptações agudas dos músculos durante o exercício Aumento da frequência, do número e do tipo de fibras musculares recrutadas. Exercício Aeróbio vs Anaeróbio
75 Adaptações agudas durante o exercício
76 Adaptações crónicas Diminuição da FC em repouso
77 Adaptações crónicas Hipertrofia Muscular / Aumento Força
78 Adaptações crónicas Aumento do VO2 máximo O consumo máximo de oxigénio durante o exercício é calculado através da diferença do conteúdo de oxigénio entre o ar inspirado e o ar expirado função cardíaca e pulmonar.
79 Aprendizagem Pressupostos Aquisição: Transformação da resposta enquanto praticamos e repetimos uma tarefa; Retenção: Memorização das respostas motoras; Transfer: Capacidade para abordar novos desafios com base em aprendizagens anteriores;
80 Que tipo de prática? Prática Variada Prática Constante Repetição de variantes da mesma tarefa, ou seja, variações da mesma habilidade Prática da mesma tarefa sempre nas mesmas condições de realização, experimentando apenas uma variação da tarefa motora. A prática variada produz efeitos positivos na retenção e no transfer de aprendizagem, embora dificulte ou interfira com a performance durante a aquisição (Barreiros, 1992)
81 Como devo proceder? Instrução Demonstração Questionar Reporta-se às informações sobre o objetivo, a especificação (o que fazer) e o modo de execução (como fazer) da tarefa. Refere-se à imagem, ou seja, à apresentação visual da tarefa motora a realizar A transmissão de informações verbais (instrução) contribui para a correta execuçãoeparaacapacidade de detetar e corrigir os erros efetuados. Um dos efeitos da observação de um movimento demonstrado (demonstração) é odeconduziro sujeito a extrair informações relevantes para a organização e execução da ação motor.
82 Informação de Retorno do Resultado (IRR) Mecanismo de retroalimentação de qualquer sistema processador de informação. No treino desportivo produz se maioritariamente sob a forma de feedbacks toda a informação recebida durante ou depois da execução da habilidade motora. Intrínseca Informação de Retorno Extrínseca
83 Mecanismo de Feedback Cada uma destas fases apresenta características diferentes: Recepção da Informação Exterior (bola, colegas, adversário) Do seu corpo (posição,espaço, deslocamentos) Tomada de decisão Construção de uma solução com base em: Informações recebidas; Memória anterior; Selecção (gesto técnico ou atitude táctica) Resposta Desencadeamento de uma acção: Movimento; Gesto Técnico FEED - BACK Aferências (Inputs) Tratamento de dados Eferências (Out puts)
84 Informação de Retorno do Resultado (IRR) Informação de retorno sobre o resultado, intrínseca: Conjunto de informações sensoriais (propriocetiva, sensoriais, auditiva) usadas pelo indivíduo para avaliar o que se passou (informação intrínseca); Informação de retorno sobre o resultado, extrínseca: Informação do resultado medido da performance, que é a resposta dada ao executante por algum meio artificial, seja visual, ou verbal. Frequência relativa de IRR: Representa a relação entre o total de ensaios e o nº de ensaios efetuados com IRR; IRR diferida: quando se fornece informação ao individuo referente a um ensaio após um intervalo de tempo em que a tarefa é repetida um certo nº de vezes; IRR compactada ou sumariada: informação condensada referente a um conjunto de ensaios de cada vez
85 Informação de Retorno do Resultado (IRR) Redução da Frequência Relativa de IRR Provoca efeitos nulos ou com tendência negativa em termos temporários, ou seja, durante a prática propriamente dita No entanto, nas fases de retenção e transfer, a redução desta variável parece provocar efeitos positivos Uma diminuição da frequência relativa de IRR parece produzir um efeito positivo na fase de retenção
86 Informação do Retorno do Resultado (IRR) IRR diferida IRR compactada ou sumariada IRR diferida e sumariada levam o sujeito a utilizar e privilegiar a informação intrínseca na fase de aquisição, favorecendo o processo de aprendizagem. Necessidade de se dar mais informação de retorno ao indivíduo na prática, em fases iniciais de aprendizagem; Reduzir progressivamente a IRR favorecendo a concentração do atleta nas sensações próprias da ação realizada.
87 Informação do Retorno do Resultado (IRR) Em suma: A performance é influenciada positivamente pelo aumento da IRR; No entanto, são nulos efeitos do aumento da precisão de IRR em termos duradouros; Em suma, um excesso ou um deficit informacional podem produzir efeitos semelhantes, e, em ambos os casos contrários ao desejável em termos de aprendizagem; O deficit informacional impede o atleta de elaborar as correspondências adequadas; O aumento exagerado produz uma sobrecarga informacional que interfere provavelmente nas operações de comparação com o objetivo e as sensações intrínsecas;
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