Um Estudo da Série de Vendas de Automóveis no Brasil através de Métodos Clássicos de Previsão de Demanda

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Um Estudo da Série de Vendas de Automóveis no Brasil através de Métodos Clássicos de Previsão de Demanda"

Transcrição

1 Um Estudo da Série de Vendas de Automóveis no Brasil através de Métodos Clássicos de Previsão de Demanda Autoria: André Assis de Salles, Paula Evaristo Arantes, Carolina Campos Tavares A necessidade de projeção de demanda é comum em processos de planejamento e controle. Entretanto, com a crescente necessidade de reduzir os custos de produção, a previsão dos níveis de venda se tornou vital para a empresa, à medida que a mesma proporciona uma redução dos erros da quantidade a ser fabricada e, por conseguinte uma diminuição dos custos desnecessários em armazenagem, mão de obra, transporte e capital empatado. Este trabalho procura apresentar as principais evoluções no estudo de previsão de séries temporais. Assim como verificar a performance de predições para mercado de automóveis brasileiro, através de modelos construídos a partir de metodologias clássicas oriundas da literatura de métodos econométricos e de séries temporais. As informações utilizadas neste trabalho são de séries temporais mensais de vendas de automóveis no Brasil, para o período de janeiro de 2000 até dezembro de 2008, disponíveis no web-site da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores ANFAVEA. Essas informações podem ser consideradas representativas da produção automobilística brasileira, uma vez que essa entidade que congrega as principais montadoras presentes no país. Após a aplicação das metodologias baseadas na análise de regressão, em modelos de amortecimento exponencial e em modelos auto-regressivos integrados e de médias móveis, ou simplesmente modelos ARIMA, foi possível definir um mais adequado para previsão da demanda de automóveis do país, dentre os estimados no desenvolvimento desta pesquisa. O modelo de regressão linear simples com os dados de vendas, sem levar em consideração, os dados da série de variação das vendas obteve a pior performance. O modelo que apresentou a melhor performance dentre esses foi um modelo construído a partir de modelos ARIMA, em particular, um modelo ARIMA com sazonalidade ou um modelo SARIMA, quando utilizados dados da variação da produção. Deve-se ressaltar que alguns métodos não foram considerados na construção dos modelos aqui utilizados. Dessa forma em pesquisas que, por ventura, possam vir a ser desenvolvidas a partir deste trabalho deve-se ter como sugestão a utilização de modelos clássicos vetoriais auto-regressivos e, principalmente, de modelos Bayesianos. Além disso podem ser consideradas outras metodologias tais como redes neurais e lógica fuzzy. Por fim espera-se que os resultados aqui apresentados possam vir a contribuir para estudos de planejamento e controle da produção da indústria automobilística, importante setor da economia brasileira. 1

2 1. Introdução As empresas e indústrias buscam uma relação de suas vendas com fatos históricos de forma a poderem fazer projeções para o futuro que possibilitam melhorias no planejamento e redução de custos, dentre outros benefícios. Dessa forma, constata-se a importância do exercício de prever, especialmente quando se trata de prever vendas, lembrando ser a demanda por determinado produto o ponto inicial do planejamento de produção. E que previsão, ou predição, é o exercício de estimar, ou calcular, um valor antecipadamente, procurando diminuir a incerteza através da antecipação de uma ocorrência. Em geral o exercício de prever está baseado em dados históricos, ou em séries temporais. Existem diversas metodologias, técnicas e modelos de previsão. Dentre as metodologias mais difundidas na literatura podem ser destacas: análise de regressão, médias móveis, decomposição clássica, amortecimento exponencial, modelos auto-regressivos integrados e de médias móveis, métodos Bayesianos, redes neurais e algoritmos genéticos. O objeto desse estudo é a previsão de demanda para a indústria automobilística, que tem sua relevância para que o planejamento, e até a reestruturação, do setor aconteça de maneira organizada após a recente crise financeira, iniciada em setembro de 2008, que atingiu toda a economia mundial e, por conseguinte, afetou profundamente o setor. Dessa forma este trabalho procura estudar as vendas de automóveis no Brasil, através de métodos de previsão de demanda disponíveis na literatura, projetando de maneira mais precisa possível a demanda do mercado de automóveis brasileiro, a partir de informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). Essas informações podem ser consideradas representativas da produção automobilística brasileira, uma vez que essa entidade que congrega as principais montadoras presentes no país. As metodologias utilizadas neste trabalho se baseiam na análise de regressão linear, em modelos de amortecimento exponencial e em modelos auto-regressivos integrados e de médias móveis, ou simplesmente modelos ARIMA. A seção seguinte trata do mercado automobilístico brasileiro. E o restante do trabalho está organizado da seguinte forma: na seção 3, adiante, é apresentada uma breve resenha sobre os modelos de previsão na seção 4 é descrita a abordagem metodológica enquanto na seção 5 é apresentada a análise dos resultados obtidos e as considerações finais. Por fim estão listadas as referências utilizadas neste trabalho. 2. O mercado de automóveis no Brasil dados utilizados Os dados disponíveis do setor são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). Esta associação, fundada em 1956, é composta de empresas fabricantes, com instalações industriais no Brasil, de: autoveículos, ou seja, de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus e de máquinas agrícolas automotrizes, ou seja, tratores de rodas e de esteiras, colheitadeiras e retroescavadeiras. Visto que o foco do trabalho aqui apresentado é a venda automóveis, apenas serão considerados na análise os dados referentes aos mesmos. O período da série histórica definida para o trabalho começa no ano de janeiro de 2000 e vai até o final de Procurando estudar o comportamento do processo estocástico que representa a venda de automóveis no Brasil, pode-se observar uma ocorrência deste processo, no período mais recente, por intermédio do gráfico com a produção anual de automóveis no Brasil apresentado na figura 1. Adiante nas tabelas 1 e 2 estão os dados das vendas mensais de automóveis, de janeiro de 2000 até dezembro de Os dados utilizados neste trabalho, para compor a série temporal mensal de vendas de automóveis no Brasil, foram do período de janeiro de 2000 até agosto de Assim os dados que não constam da 2

3 nas tabelas 1 e 2 são complementados com as informações apresentadas na figura 2, com a evolução recente das vendas de automóveis no Brasil de janeiro a agosto de Figura 1: Produção de Automóveis no Brasil Na figura 1 pode-se observar o crescimento da produção de automóveis no Brasil. Enquanto nas tabelas 1 e 2, a seguir, juntamente com as informações apresentadas na figura 2, adiante, pode-se observar a evolução das vendas mensais de automóveis no país, objeto de análise desenvolvida na presente pesquisa. Tabela 1: Vendas mensais de automóveis no Brasil ( jan / set / 2004) Ano Mês Veículos Ano Mês Veículos Ano Mês Veículos 2000 Janeiro Agosto Março Fevereiro Setembro Abril Março Outubro Maio Abril Novembro Junho Maio Dezembro Julho Junho Janeiro Agosto Julho Fevereiro Setembro Agosto Março Outubro Setembro Abril Novembro Outubro Maio Dezembro Novembro Junho Janeiro Dezembro Julho Fevereiro Janeiro Agosto Março Fevereiro Setembro Abril Março Outubro Maio Abril Novembro Junho Maio Dezembro Julho Junho Janeiro Agosto Julho Fevereiro Setembro

4 Tabela 2: Vendas mensais de automóveis no Brasil ( out / dez / 2008) ANO MÊS REAL ANO MÊS REAL ANO MÊS REAL 2004 Outubro Março Agosto Novembro Abril Setembro Dezembro Maio Outubro Janeiro Junho Novembro Fevereiro Julho Dezembro Março Agosto Janeiro Abril Setembro Fevereiro Maio Outubro Março Junho Novembro Abril Julho Dezembro Maio Agosto Janeiro Junho Setembro Fevereiro Julho Outubro Março Agosto Novembro Abril Setembro Dezembro Maio Outubro Janeiro Junho Novembro Fevereiro Julho Dezembro Figura 2: Evolução das vendas de veículos no Brasil em 2009 A partir das informações apresentadas, anteriormente, será estudado o comportamento das vendas mensais de automóveis no Brasil, visando a elaboração de modelos de previsão que possibilitem a feitura de previsões confiáveis para os agentes econômicos envolvidos no planejamento e controle da produção automobilística brasileira. A seguir é feita uma breve resenha sobre metodologias que vem sendo utilizadas no desenvolvimento de modelos de previsão. 3. Modelos de previsão: uma breve resenha Outra metodologia muito difundida é a análise de regressão. A análise de regressão é uma das técnicas mais aplicadas para análise de dados, sendo utilizada na explicação de uma ou mais variáveis, através de uma ou mais variáveis independentes, ou explicativas. Dessa 4

5 forma a análise de regressão pode ser uma metodologia eficiente para o estudo de séries temporais, como por ser visto em Gujarati (2006). Embora seja uma metodologia bem difundida, a bastante tempo, O modelo de amortecimento exponencial foi desenvolvido, primeiramente, durante as décadas de 50 e 60 a partir de trabalhos de Brow, Holt e Winters, continua sendo muito utilizado com resultados muitas vezes satisfatórios. Há quinze diferentes métodos de amortecimento exponencial que consistem em: cinco diferentes tipos de tendência, sem tendência, aditiva, dupla aditiva, multiplicativa e dupla multiplicativa e três diferentes tipos de sazonalidade, sem sazonalidade, aditiva e multiplicativa. Gooijer & Hyndman (2006) colocam que, dentre as combinações possíveis, os métodos que mais se destacam são: o amortecimento exponencial simples, sem tendência e sem sazonalidade, o método linear de Holt, tendência aditiva e sem sazonalidade, e os métodos Holt & Winters aditivo e multiplicativo: tendência aditiva e sazonalidade aditiva, tendência aditiva e sazonalidade multiplicativa, respectivamente. O trabalho de Box & Jenkins (1976) que integrava dois métodos de conhecimentos já desenvolvidos, transformando-os em uma nova abordagem para a previsão de séries temporais, conhecido atualmente com método ARIMA. A partir da publicação do trabalho de Box & Jenkins (1976) e da ampla divulgação dos modelos ARIMA, métodos automáticos de previsão, associada a facilidade de utilização propiciou previsões mais confiáveis em diversas áreas de pesquisa. Mas com a intensificação do uso dos modelos ARIMA, algumas deficiências foram encontradas como, por exemplo, a não adequação do método a séries que possuem sazonalidade. Para amenizar esta falta, foram desenvolvidas variações do modelo ARIMA, como o SARIMA que ao incluir a letra S visar a garantir a inclusão da influência da sazonalidade durante a previsão. Para um maior conhecimento a respeito dos modelos ARIMA pode-se recorrer a Gujarati (2006), a Fava (2000) ou a Enders (2004). Outro método que merece destaque é o Data Mining, ou mineração de dados, definido por Viglioni (2007) como o processo de procurar padrões em grandes bases de dados. Os padrões procurados podem ser: regras de associações, seqüências temporais e dados para classificação de itens ou agrupamentos. Mineração de dados é definida, também, como uma um método científico voltado para extração de informações úteis de um grande banco de dados, como observado em Crone (2009). Mineração de dados é uma técnica composta por um conjunto de ferramentas que através do uso de algoritmos de aprendizado, redes neurais ou estatísticas, permite buscar em uma grande base de dados as informações que aparentemente estão escondidas, possibilitando rapidez na diminuição da incerteza e, por conseguinte, agilidade na tomada de decisões. Não se pode deixar de ressaltar a importância de uma metodologia de certa forma recente que já tem apresentado ganhos significativos em diversos campos e especialmente no campo de previsão de séries temporais, de acordo com Zanini (2000), a utilização de redes neurais. Zanini (2000) também afirma que a motivação original desta metodologia foi modelar a rede de neurônios humanos visando compreender o funcionamento do cérebro. Entretanto, atualmente as pesquisas nesse campo de conhecimento não estão mais atreladas às peculiaridades do funcionamento do cérebro humano e sim se difundindo através de diferentes campos de atuação, como para previsão através das redes neurais artificiais. Gooijer & Hyndman (2006) colocam que a principal idéia de uma rede neural artificial é que os inputs, ou as variáveis dependentes, são filtrados por um ou mais camadas ocultas, onde cada uma é constituída por unidades ocultas ou nós até atingirem a variável final output. Para Zanini (2000), conceitualmente uma rede neural artificial é um dispositivo tanto capaz de processar a informação de forma distribuída quanto de incorporar conhecimento através de exemplos. Trata-se, portanto, de um processador capaz de extrair conhecimento experimental disponibilizando-o para uso pratico. Zanini (2000) ainda afirma que uma grande vantagem do uso de redes neurais é a capacidade de resolver problemas sem a necessidade de definição de 5

6 regras ou de modelos explícitos, isto possibilita tratar de situações onde é difícil criar modelos adequados a realidade, ou em situações com freqüentes mudanças no ambiente. Sendo assim, métodos fundamentados em redes neurais são eficientes e capazes de resolver uma gama de problemas importantes. Por fim, vale comentar os avanços possibilitados pelo desenvolvimento do teorema Bayesiano. Segundo Alba & Mendoza (2007) afirmam que uma análise bayesiana completa pode levar a uma escolha ótima entre um grupo de alternativas de inferências, levando em consideração todas as fontes de incerteza do problema e as conseqüências de cada escolha que pode ser realizada. Além disso, vale destacar, segundo Barros & Oliveira (2007), que sua aplicação se estende desde a construção de algoritmos de aprendizagem em inteligência artificial até a modelagem para a neurociência, bem como para previsão de séries temporais. Alba & Mendoza (2007) afirmam que uso da análise Bayesiana em previsão de séries temporais, gera um ponto e um intervalo de previsão através da combinação de todas as informações e fontes de incertezas em uma distribuição preditiva para valores futuros. A metodologia Bayesiana foi inicialmente desenvolvida na Inglaterra em meados da década de 70, a partir do trabalho de Harisson & Stevens (1976). Durante os anos oitenta, sofreu importantes desenvolvimentos, que estão sistematizados no livro de West & Harisson (1989). As principais características da metodologia são, primeiro a de reincorporar do antigo conceito de modelo de decomposição da tendência, ciclo e sazonalidade, que embora tenha sido abandonado pela metodologia de modelos ARIMA, vista anteriormente, o mesmo apresenta a vantagem de conferir interpretação aos modelos segundo a utilização do ferramental de espaço de estados, que permite a atualização dinâmica dos modelos a cada instante de tempo, conferindo forte poder preditivo aos mesmos e terceiro as possibilidades de incorporação de informações externas na modelagem, através de intervenções. O objetivo central da análise Bayesiana de séries temporais é fornecer modelos robustos de previsão de observações futuras, como observado por Barreto & Andrade (2004) apud Silva (2008). Uma observação futura é descrita, sob o ponto de vista Bayesiano, por uma distribuição condicional aos dados passados, denominada distribuição preditiva. Além dessas metodologias, mencionadas anteriormente, outras foram levantadas por Gooijer & Hyndman (2006), tais como: a abordagem para séries multivariadas através de modelos dinâmicos, a necessidade do desenvolvimento de modelos com procedimentos de seleção efetivos para uso de dados e conhecimentos anteriores, a melhoria dos intervalos de previsão e modelos não gaussianos. Portanto, torna-se evidente que no campo de pesquisas em previsão de demanda ainda há muito que ser desenvolvido nos próximos anos. 4. Abordagem metodológica Os métodos de análise de séries temporais podem ser classificados para a análise em séries estacionárias e não-estacionárias. Dada a importância da estacionariedade para um estudo de um processo estocástico existem vários métodos para testar a hipótese de estacionariedade de uma serie temporal. A estacionariedade de uma série temporal identifica a presença de movimentos, ou da componente tendência na série. Quando a série é dita não estacionária a mesma apresenta movimentos crescentes, ou decrescentes, que qualificam a existência da componente tendência. Já quando a série é dita estacionária, a média, a variância e a autocovariância não se altera no tempo, ou seja, a média e a variância são constantes finitas e a autocovariância depende somente da defasagem. Os testes aplicados na série estudada foram os testes de raízes unitárias: o teste de Dickey-Fuller, teste DF, e o teste de Dickey-Fuller Aumentado, teste ADF. Para uma descrição detalhada dos testes de estacionariedade pode-se recorrer a Gujarati (2006) e Enders (2004). 6

7 Após os testes da estacionariedade da serie estudada foram desenvolvidos modelos de séries temporais procurando examinar o processo estocástico em questão, caracterizando seu comportamento e permitindo que através disso que previsões sejam feitas. Para a realização da previsão de demanda da série em estudo neste trabalho foram construídos modelos baseados: no amortecimento exponencial, método de Holt e método de Winters na análise de regressão, regressão linear simples e na metodologia de Box & Jenkins, ou dos modelos ARIMA. Os resultados obtidos são apresentados a seguir. 5. Análise dos resultados obtidos e considerações finais A série temporal será analisada de duas formas: com base nos dados reais do mercado de automóveis e com base na variação das vendas do mercado de automóveis, calculada através do logaritmo neperiano da razão das vendas no período t, ou atual, pelo período t -1, ou período anterior. Os gráficos com as duas séries estão, respectivamente, nas figuras 3 e 4, a seguir. Os resultados serão apresentados para a previsão através de cada um dos métodos separadamente. Por fim, os modelos serão comparados segundo as medidas de ajustamento ou performance apresentadas no capítulo anterior, e será apresentada a previsão de vendas de carros no Brasil para os meses e anos posteriores com base no modelo selecionado Figura 3: Série de vendas de automóveis no Brasil Através do teste de Dickey-Fuller Aumentado pode-se concluir que a série de vendas de automóveis é não-estacionária. Sendo assim, será necessário diferenciar a série a fim de tornála estacionária para então ser confeccionado o correlograma e posteriormente ser possível determinar o melhor modelo ARIMA a ser utilizado. De forma a tentar obter resultados satisfatórios do ponto de vista da escolha do modelo procurou-se diferenciar a série, inicialmente com defasagens 1 e 2, e proceder ao teste de estacionariedade e aos correlogramas. As equações de diferenciação da série podem ser representadas da seguinte forma:, para a defasagem de ordem 1 e, para a defasagem de ordem 2. Através do teste ADF conclui-se que é possível utilizarmos a série com a defasagem de ordem um para os próximos passos, pois a mesma se apresenta como 7

8 estacionária. Para a série diferenciada de ordem 2. O resultado é o da não estacionariedade. Diante do resultado apresentado, opta-se pela utilização, para a série original de vendas de automóveis, da diferenciação de ordem 1:. 0,4 0,3 0,2 0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 Figura 4: Variação logarítmica da série de vendas de automóveis no Brasil Com o objetivo de introduzir outro tipo de diferenciação a série temporal foi utilizada a diferenciação através de logaritmo neperiano. Conclui-se pelo teste de Dickey-Fuller Aumentado que a série de variação de vendas de automóveis é estacionária. O resultado do modelo de regressão linear simples para a série de vendas, o único modelo de regressão estimado, tendo o tempo como variável explicativa apresentou resultados bons: o coeficiente de explicação foi de 83%, com erro padrão da regressão de 27236,35 e a estatística F igual a 560,97 com um valor p bem próximo de zero. E a série da variação das vendas foi omitida pois os resultados dos modelos construídos utilizando-se os outros métodos foram bem superiores como se pode observar adiante. No que se refere ao modelo de amortecimento exponencial foram utilizados os métodos de Holt e Winters. A determinação dos parâmetros α, β e γ foi realizada utilizando-se o suplemento Solver, do Microsoft Excel. O resultado para o modelo de Holt da série de vendas de automóveis no Brasil pode ser representado pelas seguintes equações (α=0,721 β=0): O resultado para o modelo de Holt da série de vendas de automóveis no Brasil pode ser representado pelas seguintes equações (α=0,721 β=0): 8

9 O resultado para o modelo de Winters pode ser representado pelas seguintes equações (α=0,866 β=0,003 γ=0,590): De forma análoga, o resultado para o modelo de Holt da variação logarítmica da série de vendas de automóveis no Brasil pode ser representado pelas seguintes equações (α=0,057 β=0,018): O resultado para o modelo de Winters da variação logarítmica da série pode ser representado pelas seguintes equações (α=0,195 β=0,003 γ=0,023): Para aplicação dos modelos ARIMA observou-se os testes de estacionariedade, antes da implementação desses modelos. Inicialmente após a série ter sido transformada em estacionária procurou-se definir o modelo ARIMA que melhor representa a série. Para tal, foi utilizado o software SPSS que determina o melhor modelo a ser utilizado para a série inserida. A função ARIMA resultante do ajuste feito pelo software foi um SARIMA, modelo ARIMA com sazonalidade. O resultado foi: ARIMA(0,0,4)(0,1,1). Em uma etapa posterior foram utilizados os dados com variação das vendas, ou como designado aqui variação logarítmica, a assim como para a função anterior, foi utilizado o software SPSS para estimar o melhor modelo ARIMA e o resultado foi: ARIMA(0,0,0)(1,0,1). Com base nos quatro métodos testados, foi construída uma tabela de resultados para auxiliar na escolha do método que melhor explica a série de vendas de automóveis no Brasil. Vale ressaltar que os valores resultantes de alguns testes são altos, devido ao valor também alto nos dados originais. Após a análise da tabela 3 adiante, com os resultados de vários critérios de performance dos modelos, observa-se claramente que o modelo que menos se ajusta aos dados da série temporal é a projeção feita a partir da regressão linear simples, o que já era esperado visto que este tipo de modelo tende a não absorver o comportamento de tendência e sazonalidade apresentado pelos dados. Entretanto, pode ser verificado que os modelos ARIMA, tanto o diferenciado quanto o logarítmico, apresentaram resultados satisfatórios quanto ao ajuste do modelo. A seguir está apresentada a mesma tabela anterior destacando o melhor valor encontrado em cada tipo de indicador, e a partir disto verifica-se que o modelo ARIMA logarítmico apresenta o melhor 9

10 ajuste dentre os modelos apresentados, ficando logo na frente do modelo ARIMA diferenciado. Portanto, torna-se evidente que o melhor modelo testado para ser utilizado na previsão de automóveis no Brasil é o ARIMA(0,0,0)(1,0,1) a partir de uma diferenciação logarítmica ( ). 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 Real Previsto Figura 5: Real vs. Previsto para a série logarítmica Modelo SARIMA original Real Previsto Figura 6: Real vs. Previsto para a série logarítmica Modelo SARIMA transformado 10

11 Tabela 2: Análise comparativa entre modelos MODELOS HOLT WINTERS Regressão ARIMA (i) (ii) t (i) (ii) t (i) (i) t (ii) t MEDIDAS DE AJUSTAMENTO OU PERFORMANCE MSE PRESS AIC BIC 9,01E+251 2,81E+249 9,07E+253 3,23E+251 2,94E+252 2,35E+251 2,24E+249 MAPE 10,5% 12,3% 10,0% 12,0% 37,8% 10,2% 9,9% ( ) t Os valores foram calculados a partir dos resultados transformados Uma vez selecionado o modelo ARIMA(0,0,0)(1,0,1), estimado a partir dos dados obtidos com diferenciação, ou variação logarítmica, calculou-se a previsão das vendas nos meses seguintes de 2009 e O gráfico com a continuação da série é observado a seguir e a tabela com os valores projetados mais abaixo Real Previsto Figura 7: Série de vendas de automóveis no Brasil Após a aplicação das metodologias de amortecimento exponencial e ARIMA foi possível definir qual o melhor modelo para a previsão de demanda de automóveis do país, neste caso o modelo ARIMA(0,0,0)(1,0,1) a partir de uma diferenciação logarítmica. Todavia, vale ressaltar que, devido a algumas dificuldades encontradas ao longo deste trabalho como a restrição do tempo, alguns métodos não foram considerados para a modelagem. 11

12 Tabela 3: Projeção da série de vendas de automóveis no Brasil PERÍODO PROJEÇÃO PERÍODO PROJEÇÃO set/ mai/ out/ jun/ nov/ jul/ dez/ ago/ jan/ set/ fev/ out/ mar/ nov/ abr/ dez/ Assim como continuação do estudo aqui desenvolvido são sugeridos alguns modelos para posteriores pesquisas, tais como testes com modelos de vetores auto-regressivos, como feito em trabalho de Bayer et al. (2007) sobre o estudo do comportamento de preços de carne bovina, aplicação de redes neurais artificiais, como em estudo de Flores & Werner (2007) sobre previsão de vendas de máquinas agrícolas, e o desenvolvimento de modelos Bayesianos para o estudo mais aprofundado do comportamento do processo estocástico em questão. Deve-se ressaltar que alguns métodos não foram considerados na construção dos modelos aqui utilizados. Dessa forma em pesquisas que, por ventura, possam vir a ser desenvolvidas a partir deste trabalho deve-se ter como sugestão a utilização de modelos clássicos vetoriais auto-regressivos e, principalmente, de modelos Bayesianos. Além disso podem ser consideradas outras metodologias tais como redes neurais e lógica fuzzy. Por fim espera-se que os resultados aqui apresentados possam vir a contribuir para estudos de planejamento e controle da produção da indústria automobilística, importante setor da economia brasileira. Referências bibliográficas ALBA, Enrique, MENDOZA, Manuel. Bayesian Forecasting Methods for Short Time Series Disponível em: < Acesso em: 23 nov BARROS, Vicente Pereira de, OLIVEIRA, Evaldo Araújo de. Do Plausível ao Provável: Um Breve Ensaio Histórico. Ciências e Cognição. São Paulo, v. 11, pp , jul Disponível em: < Acesso em: 23 nov BAYER, Fábio et al. Modelo de Vetores Autoregressivos no Monitoramento do Preço do Boi Gordo: Uma Ferramenta Auxiliar na Tomada de Decisão. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu, BOX, G. E. P., JENKINS, G. M.. Time Series Analysis: Forecasting and Control. San Francisco. Holden-Day CRONE, S., Mining the past to determine the future: Comments, International Journal of Forecasting, v. 25, ENDERS, Walter. Applied Econometric Time Series. 2 ed. New York: Wiley, FAVA, Vera Lúcia. Metodologia de Box-Jenkins para Modelos Univariados. In: VASCONCELOS, Marco Antônio, ALVES, Denisard. Manual de Econometria. São Paulo: Atlas,

13 FLORES, João WERNER, Liane Aplicação de Redes Neurais Artificiais à Previsão de Venda de Máquinas Agrícolas. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu, GOOIJER, Jan G. de, HYNDMAN, Rob J. 25 years of Time Series Forecasting, International Journal of Forecasting, v. 22, pp , GUJARATI, Damodar. Econometria Básica. 4 ed. São Paulo: Campus, HARRISON, P. J., STEVENS, C. F.. Bayesian Forecasting, Journal Royal Statist. Soc. (serie B), 38, HARRISON, P. J., WEST, M.. Bayesian forecasting and Dynamic Models. Springer- Verlag, New York, MATOS, Rogério. Modelos Bayesianos de Previsão Aplicados à Análise do Comportamento da Produção Industrial de Minas Gerais. UFJF: SILVA, Fabyano Fonseca e, et al. Comparação Bayesiana de Modelos de Previsão de Diferenças Esperadas nas Progênies no Melhoramento Genético de Gado Nelore. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, v. 43, n. 1, pp , jan Disponível em: < Acesso em: 23 nov VIGLIONI, Giovanni. Metodologia para Previsão de Demanda Ferroviária Utilizando Data Mining. Rio de Janeiro, (Tese de Mestrado em Engenharia de Transportes do IME). WERNER, Liane, RIBEIRO, José Luis Duarte, Previsão de Demanda: Uma Aplicação dos Modelos Box-Jenkins na Área de Assistência Técnica de Computadores Pessoais. Gestão e Produção, São Carlos, v. 10, n. 1, abr ZANINI, Alexandre. Redes Neurais e Regressão Dinâmica: Um Modelo Hibrido para Previsão a Curto Prazo da Demanda de Gasolina Automotiva no Brasil. Rio de Janeiro, (Tese de Mestrado em Engenharia Elétrica da PUC-RIO). Sites consultados ANFAVEA. < Acesso em: 21 nov

ESTUDO DE PREVISÃO DE DEMANDA PARA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS DE DIAGNÓSTICO

ESTUDO DE PREVISÃO DE DEMANDA PARA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS DE DIAGNÓSTICO ESTUDO DE PREVISÃO DE DEMANDA PARA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS DE DIAGNÓSTICO Andréa Crispim Lima dekatop@gmail.com Manoela Alves Vasconcelos manoelavasconcelos@hotmail.com Resumo: A previsão de demanda

Leia mais

Uma aplicação de Inteligência Computacional e Estatística Clássica na Previsão do Mercado de Seguros de Automóveis Brasileiro

Uma aplicação de Inteligência Computacional e Estatística Clássica na Previsão do Mercado de Seguros de Automóveis Brasileiro Uma aplicação de Inteligência Computacional e Estatística Clássica na Previsão do Mercado de Seguros de Automóveis Brasileiro Tiago Mendes Dantas t.mendesdantas@gmail.com Departamento de Engenharia Elétrica,

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

Modelagem da Venda de Revistas. Mônica Barros. Julho de 1999. info@mbarros.com 1

Modelagem da Venda de Revistas. Mônica Barros. Julho de 1999. info@mbarros.com 1 Modelagem da Venda de Revistas Mônica Barros Julho de 1999 info@mbarros.com 1 Modelagem Matemática e Previsão de Negócios Em todas as empresas, grandes e pequenas, é necessário fazer projeções. Em muitos

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Este capítulo é divido em duas seções, a primeira seção descreve a base de

Este capítulo é divido em duas seções, a primeira seção descreve a base de 30 3. Metodologia Este capítulo é divido em duas seções, a primeira seção descreve a base de dados utilizada, identificando a origem das fontes de informação, apresentando de forma detalhada as informações

Leia mais

ESTUDO DO EFEITO DAS AÇÕES DE MARKETING SOBRE O FATURAMENTO DE UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE DO SUL DE MINAS GERAIS UTLIZANDO TÉCNICAS DE SÉRIES TEMPORAIS

ESTUDO DO EFEITO DAS AÇÕES DE MARKETING SOBRE O FATURAMENTO DE UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE DO SUL DE MINAS GERAIS UTLIZANDO TÉCNICAS DE SÉRIES TEMPORAIS ESTUDO DO EFEITO DAS AÇÕES DE MARKETING SOBRE O FATURAMENTO DE UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE DO SUL DE MINAS GERAIS UTLIZANDO TÉCNICAS DE SÉRIES TEMPORAIS Maria de Lourdes Lima Bragion 1, Nivaldo Bragion 2,

Leia mais

PRO FOR WINDOWS (FPW)

PRO FOR WINDOWS (FPW) INTRODUÇÃO OAO FORECAST PRO FOR WINDOWS (FPW) Considerações Básicas Introdução ao Forecast Pro Software para análise e previsão de séries temporais. Características importantes Roda sob as diversas versões

Leia mais

PREVISÃO DE VENDAS DE CERVEJA PARA UMA INDÚSTRIA DE RIBEIRÃO PRETO

PREVISÃO DE VENDAS DE CERVEJA PARA UMA INDÚSTRIA DE RIBEIRÃO PRETO PREVISÃO DE VENDAS DE CERVEJA PARA UMA INDÚSTRIA DE RIBEIRÃO PRETO José Gilberto S. Rinaldi (UNESP/Presidente Prudente) Randal Farago (Faculdades Integradas FAFIBE) Resumo: Este trabalho aborda técnicas

Leia mais

PESQUISA OPERACIONAL: UMA ABORDAGEM À PROGRAMAÇÃO LINEAR. Rodolfo Cavalcante Pinheiro 1,3 Cleber Giugioli Carrasco 2,3 *

PESQUISA OPERACIONAL: UMA ABORDAGEM À PROGRAMAÇÃO LINEAR. Rodolfo Cavalcante Pinheiro 1,3 Cleber Giugioli Carrasco 2,3 * PESQUISA OPERACIONAL: UMA ABORDAGEM À PROGRAMAÇÃO LINEAR 1 Graduando Rodolfo Cavalcante Pinheiro 1,3 Cleber Giugioli Carrasco 2,3 * 2 Pesquisador - Orientador 3 Curso de Matemática, Unidade Universitária

Leia mais

6 Construção de Cenários

6 Construção de Cenários 6 Construção de Cenários Neste capítulo será mostrada a metodologia utilizada para mensuração dos parâmetros estocásticos (ou incertos) e construção dos cenários com respectivas probabilidades de ocorrência.

Leia mais

Sérgio Rangel Fernandes Figueira (1) Adhemar Sanches (2) Ana Claudia Giannini Borges (1) David Ferreira Lopes Santos (1)

Sérgio Rangel Fernandes Figueira (1) Adhemar Sanches (2) Ana Claudia Giannini Borges (1) David Ferreira Lopes Santos (1) Técnicas de cointegração na análise dos impactos dos preços do etanol, da gasolina e da massa salarial sobre a demanda por gasolina no Brasil no período de 2005 até 2011. Sérgio Rangel Fernandes Figueira

Leia mais

ADM041 / EPR806 Sistemas de Informação

ADM041 / EPR806 Sistemas de Informação ADM041 / EPR806 Sistemas de Informação UNIFEI Universidade Federal de Itajubá Prof. Dr. Alexandre Ferreira de Pinho 1 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) Tipos de SAD Orientados por modelos: Criação de diferentes

Leia mais

Uma proposta de gráfico de controle EWMA com dados sazonais

Uma proposta de gráfico de controle EWMA com dados sazonais Uma proposta de gráfico de controle EWMA com dados sazonais Leandro Callegari Coelho (UFSC) leandroah@hotmail.com Robert Wayne Samohyl (UFSC) samohyl@yahoo.com Resumo: A importância do controle estatístico

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

Auditoria como ferramenta de gestão de fornecedores durante o desenvolvimento de produtos

Auditoria como ferramenta de gestão de fornecedores durante o desenvolvimento de produtos Auditoria como ferramenta de gestão de fornecedores durante o desenvolvimento de produtos Giovani faria Muniz (FEG Unesp) giovanifaria@directnet.com.br Jorge Muniz (FEG Unesp) jorgemuniz@feg.unesp.br Eduardo

Leia mais

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 NOTAS CEMEC 01/2015 REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 Carlos A. Rocca Lauro Modesto Santos Jr. Fevereiro de 2015 1 1. Introdução No Estudo Especial CEMEC de novembro

Leia mais

Modelo SARIMA: um estudo de caso sobre venda mensal de gasolina

Modelo SARIMA: um estudo de caso sobre venda mensal de gasolina Modelo SARIMA: um estudo de caso sobre venda mensal de gasolina Ana Julia Righetto 1 Luiz Ricardo Nakamura 1 Pedro Henrique Ramos Cerqueira 1 Manoel Ivanildo Silvestre Bezerra 2 Taciana Villela Savian

Leia mais

3 Previsão da demanda

3 Previsão da demanda 42 3 Previsão da demanda Este capítulo estuda o processo de previsão da demanda através de métodos quantitativos, assim como estuda algumas medidas de erro de previsão. Num processo de previsão de demanda,

Leia mais

06 a 10 de Outubro de 2008 Olinda - PE

06 a 10 de Outubro de 2008 Olinda - PE 06 a 10 de Outubro de 2008 Olinda - PE Nome do Trabalho Técnico Previsão do mercado faturado mensal a partir da carga diária de uma distribuidora de energia elétrica Laucides Damasceno Almeida Márcio Berbert

Leia mais

Módulo 4 PREVISÃO DE DEMANDA

Módulo 4 PREVISÃO DE DEMANDA Módulo 4 PREVISÃO DE DEMANDA Conceitos Iniciais Prever é a arte e a ciência de predizer eventos futuros, utilizando-se de dados históricos e sua projeção para o futuro, de fatores subjetivos ou intuitivos,

Leia mais

Modelagem do total de passageiros transportados no aeroporto internacional de Belém: Um estudo preliminar

Modelagem do total de passageiros transportados no aeroporto internacional de Belém: Um estudo preliminar Modelagem do total de passageiros transportados no aeroporto internacional de Belém: Um estudo preliminar Núbia da Silva Batista ¹ Cássio Pinho dos Reis ² Flávia Ferreira Batista ² 3 Introdução Inaugurado

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada Disciplina de Mineração de Dados

Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada Disciplina de Mineração de Dados Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada Disciplina de Mineração de Dados Prof. Celso Kaestner Poker Hand Data Set Aluno: Joyce Schaidt Versão:

Leia mais

4 Avaliação Econômica

4 Avaliação Econômica 4 Avaliação Econômica Este capítulo tem o objetivo de descrever a segunda etapa da metodologia, correspondente a avaliação econômica das entidades de reservas. A avaliação econômica é realizada a partir

Leia mais

Planejamento e Controle da Produção I Prof. M.Sc. Gustavo Suriani de Campos Meireles

Planejamento e Controle da Produção I Prof. M.Sc. Gustavo Suriani de Campos Meireles PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Planejamento e Controle da Produção I Prof. M.Sc. Gustavo Suriani de Campos Meireles Trabalho para composição da avaliação

Leia mais

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Introdução Objetivos da Gestão dos Custos Processos da Gerência de Custos Planejamento dos recursos Estimativa dos

Leia mais

Sistema de mineração de dados para descobertas de regras e padrões em dados médicos

Sistema de mineração de dados para descobertas de regras e padrões em dados médicos Sistema de mineração de dados para descobertas de regras e padrões em dados médicos Pollyanna Carolina BARBOSA¹; Thiago MAGELA² 1Aluna do Curso Superior Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Leia mais

Mamão Hawai uma análise de preços e comercialização no Estado do Ceará.

Mamão Hawai uma análise de preços e comercialização no Estado do Ceará. Mamão Hawai uma análise de preços e comercialização no Estado do Ceará. Débora Gaspar Feitosa Freitas 1 José Nilo de Oliveira Júnior 2 RESUMO O Brasil é o principal produtor mundial de mamão e tem grande

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

É POSSÍVEL ATINGIR A META DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A DOAÇÃO ESPONTÂNEA?

É POSSÍVEL ATINGIR A META DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A DOAÇÃO ESPONTÂNEA? É POSSÍVEL ATINGIR A META DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A DOAÇÃO ESPONTÂNEA? Rejane Corrêa da Rocha 1, Thelma Sáfadi 2, Luciane Texeira Passos Giarola 3 INTRODUÇÃO É considerado doador todo o cidadão que

Leia mais

7.Conclusão e Trabalhos Futuros

7.Conclusão e Trabalhos Futuros 7.Conclusão e Trabalhos Futuros 158 7.Conclusão e Trabalhos Futuros 7.1 Conclusões Finais Neste trabalho, foram apresentados novos métodos para aceleração, otimização e gerenciamento do processo de renderização

Leia mais

SisDEA Home Windows Versão 1

SisDEA Home Windows Versão 1 ROTEIRO PARA CRIAÇÃO E ANÁLISE MODELO REGRESSÃO 1. COMO CRIAR UM MODELO NO SISDEA Ao iniciar o SisDEA Home, será apresentada a tela inicial de Bem Vindo ao SisDEA Windows. Selecione a opção Criar Novo

Leia mais

REFORÇO DE PROGRAMAÇÃO ESTRUTURADA EM LINGUAGEM C PARA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

REFORÇO DE PROGRAMAÇÃO ESTRUTURADA EM LINGUAGEM C PARA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA REFORÇO DE PROGRAMAÇÃO ESTRUTURADA EM LINGUAGEM C PARA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA Andréa Willa Rodrigues Villarim (Voluntário) Marcelo Pereira Rufino (Bolsista) Larissa Aguiar (Bolsista) Nady Rocha

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

Indústria. Prof. Dr. Rudinei Toneto Júnior Renata de Lacerda Antunes Borges

Indústria. Prof. Dr. Rudinei Toneto Júnior Renata de Lacerda Antunes Borges A Sondagem Industrial (SI) e o Índice de Confiança (ICEI) são elaborados pela unidade de Política Econômica da Confederação Nacional das s (CNI) em conjunto com as Federações das s dos 23 estados brasileiros

Leia mais

DATA WAREHOUSE. Introdução

DATA WAREHOUSE. Introdução DATA WAREHOUSE Introdução O grande crescimento do ambiente de negócios, médias e grandes empresas armazenam também um alto volume de informações, onde que juntamente com a tecnologia da informação, a correta

Leia mais

Modelo Cascata ou Clássico

Modelo Cascata ou Clássico Modelo Cascata ou Clássico INTRODUÇÃO O modelo clássico ou cascata, que também é conhecido por abordagem top-down, foi proposto por Royce em 1970. Até meados da década de 1980 foi o único modelo com aceitação

Leia mais

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA 58 FUNDIÇÃO e SERVIÇOS NOV. 2012 PLANEJAMENTO DA MANUFATURA Otimizando o planejamento de fundidos em uma linha de montagem de motores (II) O texto dá continuidade à análise do uso da simulação na otimização

Leia mais

A metodologia ARIMA (Auto-regressivo-Integrado-Média-Móvel),

A metodologia ARIMA (Auto-regressivo-Integrado-Média-Móvel), nfelizmente, o uso de ferramentas tornais de previsão é muito pouco adotado por empresas no Brasil. A opinião geral é que no Brasil é impossível fazer previsão. O ambiente econômico é muito instável, a

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Análise de séries temporais aplicada aos valores do salário mínimo necessário do Brasil

Análise de séries temporais aplicada aos valores do salário mínimo necessário do Brasil Análise de séries temporais aplicada aos valores do salário mínimo necessário do Brasil Talita Tanaka Fernandes Jacqueline Meneguim Manoel Ivanildo Silvestre Bezerra 3 Luiz Ricardo Nakamura Introdução

Leia mais

5 A Utilização da Técnica do Espaço Nulo e dos Atributos Baseados na Escolha de Coeficientes de Autocorrelações

5 A Utilização da Técnica do Espaço Nulo e dos Atributos Baseados na Escolha de Coeficientes de Autocorrelações 5 A Utilização da Técnica do Espaço Nulo e dos Atributos Baseados na Escolha de Coeficientes de Autocorrelações Este capítulo apresenta uma nova proposta que consiste em empregar os atributos baseados

Leia mais

Matlab - Neural Networw Toolbox. Ana Lívia Soares Silva de Almeida

Matlab - Neural Networw Toolbox. Ana Lívia Soares Silva de Almeida 27 de maio de 2014 O que é a Neural Networw Toolbox? A Neural Network Toolbox fornece funções e aplicativos para a modelagem de sistemas não-lineares complexos que não são facilmente modelados com uma

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

Nota Técnica 113/2007 SRD/SRE/ANEEL Metodologia para Projeção de Investimentos para o Cálculo do Fator X Contribuição da Audiência Publica 052/2007

Nota Técnica 113/2007 SRD/SRE/ANEEL Metodologia para Projeção de Investimentos para o Cálculo do Fator X Contribuição da Audiência Publica 052/2007 Nota Técnica 113/2007 SRD/SRE/ANEEL Metodologia para Projeção de Investimentos para o Cálculo do Fator X Contribuição da Audiência Publica 052/2007 1 1. Estrutura do Trabalho : De forma que se pudesse

Leia mais

MINERAÇÃO DE DADOS EDUCACIONAIS: UM ESTUDO DE CASO APLICADO AO PROCESSO SELETIVO DO IFSULDEMINAS CÂMPUS MUZAMBINHO

MINERAÇÃO DE DADOS EDUCACIONAIS: UM ESTUDO DE CASO APLICADO AO PROCESSO SELETIVO DO IFSULDEMINAS CÂMPUS MUZAMBINHO MINERAÇÃO DE DADOS EDUCACIONAIS: UM ESTUDO DE CASO APLICADO AO PROCESSO SELETIVO DO IFSULDEMINAS CÂMPUS MUZAMBINHO Fernanda Delizete Madeira 1 ; Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder 2 INTRODUÇÃO Data

Leia mais

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida 1 O que é o Protocolo em Rampa O protocolo em rampa é um protocolo para testes de esforço que não possui estágios. Nele o incremento da carga se dá de maneira

Leia mais

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I Curso de Graduação em Administração Administração da Produção e Operações I 22º Encontro - 11/05/2012 18:50 às 20:30h COMO SERÁ NOSSO ENCONTRO HOJE? - ABERTURA - CAPACIDADE E TURNOS DE TRABALHO. 02 Introdução

Leia mais

Estrutura do Trabalho: Fazer um resumo descrevendo o que será visto em cada capítulo do trabalho.

Estrutura do Trabalho: Fazer um resumo descrevendo o que será visto em cada capítulo do trabalho. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ A monografia é um texto escrito contendo o resultado da pesquisa realizada como trabalho de conclusão do curso de especialização. Os itens básicos a constarem da monografia

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Introdução Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software Os modelos de processos de desenvolvimento de software surgiram pela necessidade de dar resposta às

Leia mais

APLICAÇÃO DE MAPAS MENTAIS DURANTE O BRAINSTORM DE UM JOGO DIGITAL

APLICAÇÃO DE MAPAS MENTAIS DURANTE O BRAINSTORM DE UM JOGO DIGITAL APLICAÇÃO DE MAPAS MENTAIS DURANTE O BRAINSTORM DE UM JOGO DIGITAL Davi Shinji Mota Kawasaki (PIBIC/Fundação Araucária), José Augusto Fabri (Orientador), e-mail: davishinjik@gmail.com; fabri@utfpr.edu.br.

Leia mais

Utilização de Planilhas Excel na Engenharia Civil

Utilização de Planilhas Excel na Engenharia Civil Utilização de Planilhas Excel na Engenharia Civil Alexandre Negredo, Kevin Barros Ulhoa¹; Medeiros G. C.² ¹ ² Grupo PET Estruturas Universidade Católica de Brasília (UCB) Curso de Graduação em Engenharia

Leia mais

Aspectos do Ajustamento Sazonal das Séries da Pesquisa Mensal do Comércio

Aspectos do Ajustamento Sazonal das Séries da Pesquisa Mensal do Comércio Aspectos do Ajustamento Sazonal das Séries da Pesquisa Mensal do Comércio O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda não divulga as séries da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) com ajustamento

Leia mais

Alocação de Recursos em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária: uma abordagem da Teoria do Portfólio

Alocação de Recursos em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária: uma abordagem da Teoria do Portfólio Alocação de Recursos em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária: uma abordagem da Teoria do Portfólio FERNANDES, Kellen Cristina Campos 1 ; FIGUEIREDO, Reginaldo Santana 2 Escola de Agronomia e Engenharia

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Indicadores sócio-econômicos. Campos Gerais. Paraná.

PALAVRAS-CHAVE Indicadores sócio-econômicos. Campos Gerais. Paraná. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( x ) TRABALHO

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES NA RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA DE PROGRAMAÇÃO LINEAR. Cintia da Silva Araújo, Tiago de Souza Marçal, Magda Aparecida Nogueira

UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES NA RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA DE PROGRAMAÇÃO LINEAR. Cintia da Silva Araújo, Tiago de Souza Marçal, Magda Aparecida Nogueira UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES NA RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA DE PROGRAMAÇÃO LINEAR Cintia da Silva Araújo, Tiago de Souza Marçal, Magda Aparecida Nogueira 1 Centro de Ciências Agrárias-Universidade Federal do Espírito

Leia mais

5 Análise prospectiva dos investimentos das EFPC

5 Análise prospectiva dos investimentos das EFPC 5 Análise prospectiva dos investimentos das EFPC Nesta seção serão apresentados os resultados encontrados para os diversos modelos estimados. No total foram estimados dezessete 1 modelos onde a variável

Leia mais

Simulação Transiente

Simulação Transiente Tópicos Avançados em Avaliação de Desempenho de Sistemas Professores: Paulo Maciel Ricardo Massa Alunos: Jackson Nunes Marco Eugênio Araújo Dezembro de 2014 1 Sumário O que é Simulação? Áreas de Aplicação

Leia mais

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução GERAÇÃO DE VIAGENS 1.Introdução Etapa de geração de viagens do processo de planejamento dos transportes está relacionada com a previsão dos tipos de viagens de pessoas ou veículos. Geralmente em zonas

Leia mais

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques "O plano de negócios é o cartão de visitas do empreendedor em busca de financiamento". (DORNELAS, 2005) A partir

Leia mais

LIDANDO COM SAZONALIDADES NO PROCESSO LOGÍSTICO

LIDANDO COM SAZONALIDADES NO PROCESSO LOGÍSTICO LIDANDO COM SAZONALIDADES NO PROCESSO LOGÍSTICO Praticamente todos os processos logísticos estão sujeitos a algum tipo de sazonalidade. A humanidade e seus grupos sociais, desde tempos remotos, sempre

Leia mais

Decomposição da Inflação de 2011

Decomposição da Inflação de 2011 Decomposição da de Seguindo procedimento adotado em anos anteriores, este boxe apresenta estimativas, com base nos modelos de projeção utilizados pelo Banco Central, para a contribuição de diversos fatores

Leia mais

PRINCÍPIOS DE INFORMÁTICA PRÁTICA 08 1. OBJETIVO 2. BASE TEÓRICA. 2.1 Criando Mapas no Excel. 2.2 Utilizando o Mapa

PRINCÍPIOS DE INFORMÁTICA PRÁTICA 08 1. OBJETIVO 2. BASE TEÓRICA. 2.1 Criando Mapas no Excel. 2.2 Utilizando o Mapa PRINCÍPIOS DE INFORMÁTICA PRÁTICA 08 1. OBJETIVO Aprender a utilizar mapas, colocar filtros em tabelas e a criar tabelas e gráficos dinâmicos no MS-Excel. Esse roteiro foi escrito inicialmente para o Excel

Leia mais

Governança da Capacidade de TI

Governança da Capacidade de TI Coordenadoria de Tecnologia da Informação Documentos Formais Governança da Sumário 1 Introdução... 03 2 Políticas do Documento de Governança da... 04 3 Governança da... 05 4 Principais Serviços para Governança

Leia mais

NECESSIDADES DE PREVISÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS. Mayara Condé Rocha Murça TRA-53 Logística e Transportes

NECESSIDADES DE PREVISÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS. Mayara Condé Rocha Murça TRA-53 Logística e Transportes NECESSIDADES DE PREVISÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Mayara Condé Rocha Murça TRA-53 Logística e Transportes Setembro/2013 Introdução Estimativas acuradas do volume de produtos e serviços processados pela

Leia mais

Técnicas para Programação Inteira e Aplicações em Problemas de Roteamento de Veículos 14

Técnicas para Programação Inteira e Aplicações em Problemas de Roteamento de Veículos 14 1 Introdução O termo "roteamento de veículos" está relacionado a um grande conjunto de problemas de fundamental importância para a área de logística de transportes, em especial no que diz respeito ao uso

Leia mais

Construção de Modelos de Previsão de Risco de Crédito Utilizando Técnicas de Estatística Multivariada

Construção de Modelos de Previsão de Risco de Crédito Utilizando Técnicas de Estatística Multivariada MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Construção de Modelos de Previsão de Risco de Crédito Utilizando Técnicas de Estatística Multivariada Equipe

Leia mais

28/9/2010. Paralelismo no nível de instruções Processadores superescalares

28/9/2010. Paralelismo no nível de instruções Processadores superescalares Arquitetura de Computadores Paralelismo no nível de instruções Processadores superescalares Prof. Marcos Quinet Universidade Federal Fluminense P.U.R.O. Processadores superescalares A partir dos resultados

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Capítulo 7 Medidas de dispersão

Capítulo 7 Medidas de dispersão Capítulo 7 Medidas de dispersão Introdução Para a compreensão deste capítulo, é necessário que você tenha entendido os conceitos apresentados nos capítulos 4 (ponto médio, classes e frequência) e 6 (média).

Leia mais

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE Fonte: http://www.testexpert.com.br/?q=node/669 1 GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE Segundo a NBR ISO 9000:2005, qualidade é o grau no qual um conjunto de características

Leia mais

Roteiro para planejamento de cenários na gestão financeira

Roteiro para planejamento de cenários na gestão financeira Roteiro para planejamento de cenários na gestão financeira Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores A sua empresa sabe como se preparar para as incertezas do futuro? Conheça

Leia mais

tipos de métodos, técnicas de inteligência artificial e técnicas de otimização. Por fim, concluise com as considerações finais.

tipos de métodos, técnicas de inteligência artificial e técnicas de otimização. Por fim, concluise com as considerações finais. 1. Introdução A previsão de vendas é fundamental para as organizações uma vez que permite melhorar o planejamento e a tomada de decisão sobre o futuro da empresa. Contudo toda previsão carrega consigo

Leia mais

O PROJETO DE PESQUISA. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza

O PROJETO DE PESQUISA. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza O PROJETO DE PESQUISA Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza ROTEIRO Escolher um tema de pesquisa Por onde começar? Ler para aprender Estrutura do Projeto de Pesquisa A Definição

Leia mais

Complemento II Noções Introdutória em Redes Neurais

Complemento II Noções Introdutória em Redes Neurais Complemento II Noções Introdutória em Redes Neurais Esse documento é parte integrante do material fornecido pela WEB para a 2ª edição do livro Data Mining: Conceitos, técnicas, algoritmos, orientações

Leia mais

Decidir como medir cada característica. Definir as características de qualidade. Estabelecer padrões de qualidade

Decidir como medir cada característica. Definir as características de qualidade. Estabelecer padrões de qualidade Escola de Engenharia de Lorena - EEL Controle Estatístico de Processos CEP Prof. MSc. Fabrício Maciel Gomes Objetivo de um Processo Produzir um produto que satisfaça totalmente ao cliente. Conceito de

Leia mais

Microsoft Project 2003

Microsoft Project 2003 Microsoft Project 2003 1 [Módulo 4] Microsoft Project 2003 2 Definindo durações Inter-relacionamentorelacionamento Caminho crítico Microsoft Project 2003 3 1 Duração das Atividades Microsoft Project 2003

Leia mais

Este trabalho tem como objetivo propor um modelo multicritério para a priorização dos modos de falha indicados a partir de uma aplicação do processo

Este trabalho tem como objetivo propor um modelo multicritério para a priorização dos modos de falha indicados a partir de uma aplicação do processo 1 Introdução A atual regulamentação do setor elétrico brasileiro, decorrente de sua reestruturação na última década, exige das empresas o cumprimento de requisitos de disponibilidade e confiabilidade operativa

Leia mais

Dimensionamento dos Estoques

Dimensionamento dos Estoques Administração Dimensionamento, Planejamento e Controle de Profª. Patricia Brecht Dimensionamento dos s Cada área possui interesse em aumentar os níveis de estoque para garantir a segurança e reduzir o

Leia mais

Ajuste de Modelo de Previsão Para Dados de Séries Temporais de Abate Suino no Brasil

Ajuste de Modelo de Previsão Para Dados de Séries Temporais de Abate Suino no Brasil Ajuste de Modelo de Previsão Para Dados de Séries Temporais de Abate Suino no Brasil Marcus Vinicius Silva Gurgel do Amaral 1 Taciana Villela Savian 2 Djair Durand Ramalho Frade 3 Simone Silmara Werner

Leia mais

4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes

4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes 4 Arquitetura básica de um analisador de elementos de redes Neste capítulo é apresentado o desenvolvimento de um dispositivo analisador de redes e de elementos de redes, utilizando tecnologia FPGA. Conforme

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

Manual Do Usuário Processo Aditivo de Prazo

Manual Do Usuário Processo Aditivo de Prazo Manual Do Usuário Processo Aditivo de Prazo Versão 1.0 Agosto 2015 2 SUMÁRIO 1 OBJETIVO... 3 2 INTRODUÇÃO... 3 3 ACESSANDO O SISTEMA DE GESTÃO DE PROCESSOS... 4 4 CONFIGURANDO O IDIOMA DO SISTEMA... 5

Leia mais

Projeto Você pede, eu registro.

Projeto Você pede, eu registro. Projeto Você pede, eu registro. 1) IDENTIFICAÇÃO 1.1) Título do Projeto: Você pede eu registro. 1.2) Equipe responsável pela coordenação do projeto: Pedro Paulo Braga Bolzani Subsecretario de TI Antonio

Leia mais

Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Gestão e Tecnologia da Informação - Turma 25 20/03/2015. Big Data Analytics:

Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Gestão e Tecnologia da Informação - Turma 25 20/03/2015. Big Data Analytics: Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Gestão e Tecnologia da Informação - Turma 25 20/03/2015 Big Data Analytics: Como melhorar a experiência do seu cliente Anderson Adriano de Freitas RESUMO

Leia mais

Na medida em que se cria um produto, o sistema de software, que será usado e mantido, nos aproximamos da engenharia.

Na medida em que se cria um produto, o sistema de software, que será usado e mantido, nos aproximamos da engenharia. 1 Introdução aos Sistemas de Informação 2002 Aula 4 - Desenvolvimento de software e seus paradigmas Paradigmas de Desenvolvimento de Software Pode-se considerar 3 tipos de paradigmas que norteiam a atividade

Leia mais

Engenharia de Software II: Desenvolvendo o Orçamento do Projeto. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br

Engenharia de Software II: Desenvolvendo o Orçamento do Projeto. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Engenharia de Software II: Desenvolvendo o Orçamento do Projeto Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Sumário Criação do Plano de Gerenciamento de Custos do Projeto Estimar os Custos Determinar

Leia mais

Caracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios.

Caracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios. Conteúdo programático: Elementos armazenadores de energia: capacitores e indutores. Revisão de características técnicas e relações V x I. Caracterização de regime permanente. Caracterização temporal de

Leia mais

CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 2 SUMÁRIO Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Análise macroeconômica... 6 3. Análise do setor de seguros 3.1. Receita de

Leia mais

RELACÃO CANDIDATOS E VAGAS NO VESTIBULAR PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS DE 2007/1 A 2010/2 - UNEMAT/ CUTS

RELACÃO CANDIDATOS E VAGAS NO VESTIBULAR PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS DE 2007/1 A 2010/2 - UNEMAT/ CUTS RELACÃO CANDIDATOS E VAGAS NO VESTIBULAR PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS DE 2007/1 A 2010/2 - UNEMAT/ CUTS TARDIVO, Wagner Antonio 1 Tangará da Serra/MT - dezembro 2010 Resumo: A relação

Leia mais

ANEXO 2 - INDICADORES EDUCACIONAIS 1

ANEXO 2 - INDICADORES EDUCACIONAIS 1 ES R O D A C I D N I 2 O X E N A EDUCACIONAIS 1 ANEXO 2 1 APRESENTAÇÃO A utilização de indicadores, nas últimas décadas, na área da educação, tem sido importante instrumento de gestão, pois possibilita

Leia mais

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING Uma aplicação da Análise de Pontos de Função Dimensionando projetos de Web- Enabling Índice INTRODUÇÃO...3 FRONTEIRA DA APLICAÇÃO E TIPO DE CONTAGEM...3 ESCOPO DA

Leia mais

Gráfico 1: Goiás - Saldo de empregos formais, 2000 a 2013

Gráfico 1: Goiás - Saldo de empregos formais, 2000 a 2013 O perfil do mercado de trabalho no estado de Goiás reflete atualmente as mudanças iniciadas principalmente no final da década de 1990, em que se destacam o fortalecimento do setor industrial e sua maior

Leia mais

a 1 x 1 +... + a n x n = b,

a 1 x 1 +... + a n x n = b, Sistemas Lineares Equações Lineares Vários problemas nas áreas científica, tecnológica e econômica são modelados por sistemas de equações lineares e requerem a solução destes no menor tempo possível Definição

Leia mais

Metodologias de Desenvolvimento de Sistemas. Analise de Sistemas I UNIPAC Rodrigo Videschi

Metodologias de Desenvolvimento de Sistemas. Analise de Sistemas I UNIPAC Rodrigo Videschi Metodologias de Desenvolvimento de Sistemas Analise de Sistemas I UNIPAC Rodrigo Videschi Histórico Uso de Metodologias Histórico Uso de Metodologias Era da Pré-Metodologia 1960-1970 Era da Metodologia

Leia mais

**Docentes do Centro Universitário Filadélfia- Unifil. computação@unifil.br

**Docentes do Centro Universitário Filadélfia- Unifil. computação@unifil.br COMPARATIVO DE PRODUTIVIDADE ENTRE UM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE COM A ABORDAGEM DE LINHA DE PRODUTO DE SOFTWARE COM O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE TRADICIONAL.(2011) **Docentes

Leia mais