Dispositivos intracardíacos implantáveis no tratamento da insuficiência cardíaca. José Ricardo Cardiologista da Clinical Girassol 08/11/2017
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- Maria das Neves Neto Duarte
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1 Dispositivos intracardíacos implantáveis no tratamento da insuficiência cardíaca José Ricardo Cardiologista da Clinical Girassol 08/11/2017
2 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA >23 milhões de doentes a nível mundial; 1-2% de da pulação nos países desenvolvidos. adultos Prevalência de 10% entre pessoas > 70 anos. Incidência relativamente estável; prevalência crescente. EUA: ~ doentes em estadio D end-stage HF (ACC/ AHA) 1. Taxa de mortalidade aos 5 anos: 80%).
3 PREVALÊNCIA MUNDIAL DA IC
4 IC EM ÁFRICA Ausência de informação A IC em África tem uma etiologia bastante diferente da classicamente descrita na Europa, está relacionada com o grau de desenvolvimento do continente e atinge predominantemente uma população jovem. Bongani Mayosi et. al. Em 2007, conseguiu reunir uma amostra de mais de doentes oriundos de 8 Países africanos e mostrou que a hipertensão arterial é a principal causa de insuficiência cardíaca em África (23%) Falar de Insuficiencia Cardíaca especificamente na África Sub- Sahariana parece a partida não se justificar, pois a etiologia e a clínica da insficiência cardiaca deveriam ter um padrão universal Albertino Damasceno 1as Jornadas Lusofonas de CARDIOLOGIA
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6 HOSPITALIZAÇÕES - MORTALIDADE Cada ano, mais de um milhão de hospitalizações ocorrem com o diagnóstico principal de IC (USA). 1 O aumento de hospitalizações por IC, está associado ao aumento da mortalidade por essa causa. 2 1 Lloyd-Jones D, et al. Circulation. 2010;121:e Setoguchi S, et al. Am Heart J. 2007;154:
7 EVOLUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA NYHA CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV
8 EVOLUÇÃO ECG NA IC A diminuição da força contráctil na IC, muitas vezes é acompanhada ou causada pela falta de sincronismo entre as camaras cardíacas ou das paredes de cada camara cardíaca sendo a mais relevante a do VE durante a sístole. Electrocardiograficamente, a assincronia do VE é traduzida pelo bloqueios de ramo esquerdo (BRE)
9 BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO Registrado pela primeira vez por Willem Einthoven em 1894 um traçado não docuentado até a altura Anos mais tarde ficou definido que o mesmo correspondia a um bloqueio de ramo esquerdo (BRE) QRS > 120 mseg BRE 0,1 a 1% da população geral V1: QS largo V6: R larga e alta Ausência de Q em D1 14 a 47% de pacientes com IC V5 e V6. Em IC Alterações da repolarização. É um marcador de risco cardiovascular O Segmento ST e a Onda T são opostos ao QRS (Depressão de ST e T negativa em V5-V6) 1. Preditor independente da mortalidade por IC
10 ASSINCRONIA Assincronia é definida como movimiento atípico paradoxal ou não coordenado das paredes cardíacas Assincronia eléctrica Interventricular Assincronia mecánica Aurículoventricular Intramural? Intraventricular
11 TRATAMENTO DA IC Classe I Classe II Classe III Classe IV Cirurgia Transplante Otimização TT Nitrato-hidralazina (IIaB) Espironolactona (IB) Diuréticos (IB) Digitálicos (IIbB) Inibidores dos canais if (IIaB) Inibidor dos receptores da angiotensina e da neprilisina (IB) Betabloqueadores Inibidores da Enzima Conservadora Angiotensina ou ARAII Restrição de sódio (2g/dia) Adequação da Atividade Física (IA) (IB) 1,5-2 l/dia restrição hídrica
12 TRATAMENTO DA IC Avanço na terapêutica farmacológica permitiu significativamente a morbilidade e mortalidade Doentes com Insuficiência Cardíaca (IC) refratária à terapêutica farmacológica Terapêutica de ressincronização cardíaca *European Society of Cardiology
13 Na década de 1930 o primeiro marca-passo do mundo foi inventado por Hyman. 1958, Arne H.W. Larsson recebe o primeiro marcapasso implantável do mundo, desenvolvido pelo Engenheiro Dr. Rune Elmqvist e implantado pelo Dr. Ake Senning Cazeau em 1994 estimulação do ventrículo esquerdo através seio coronário 1999, a estimulação cardíaca em três câmaras é utilizada pela primeira vez. Em 2013, é lançado e obtida a aprovação do CE Mark para o primeiro marca-passo sem eletrodos do mundo.
14 Inicialmente o marcapasso foi utilizado no tratamento de bradiarritmias, evoluindo rapidamente (com a incorporação de outras funções) para o tratamento de outras entidades patológica Taquiarritmias (prevenção de morte súbita) CDI Insuficiência Cardíaca (Tratamento de Ressincronização Cardíaca) CRT-D e CRT-P Actualmente, desempenha outras funções importantíssimas como o armazenamento da informação relacionada com o ritmo cardíaco e congestão pulmonar.
15 TRATAMENTO DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍC NA IC A TRC ou CRT refere-se a um pacemaker de múltiplos locais que oferece pacing simultâneo na aurícula direita, ventrículo direito e ventrículo esquerdo, tornando-se um dispositivo electrónico implantável capaz de corrigir a dissincronia mecânica presente.
16 INDICAÇÕES PARA CRT ESC - Guidelines de ICC, 2012 ESC Guidelines de Pacing e CRT, 2013 ACC / AHA Guidelines de ICC, 2013 ESC Guidelines de ICC, 2016
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20 BENEFICIOS DARESSINCRONIZAÇÃO NA IC Classe funcional Qualidade de vida FEVE AD SC Tolerância ao exercicio VD I. Mitral Diámetros e volúmenes Arritmias Iternamtos Mortalidade
21 BENEFICIOS DA RESSINCRONIZAÇÃO EM RELAÇÃO A MORTALIDADE Companion (1520) Care-HF (813) Int J Cardiol. 2003;87: Eur Heart J 2006;27: MADIT CRT: 1820 ptes. 29% redução de morte e internamentos
22 BENEFICIOS DA RESSINCRONIZAÇÃO EM RELAÇÃO A HOSPITALIZAÇÃO CRT is proven to reduce Heart Failure hospitalizations across all CRT-Indicated patient populations. 1,2 Class II Indicated 53% Reduction in Heart Failure Hospitalization 1 REVERSE Clinical Trial n = Year after Implant Class III/IV Indicated 52% Reduction in Heart Failure Hospitalization 2 CARE HF Clinical Trial n = Linde C, et al. J Am Coll Cardiol. 2008;52: Cleland J, et al. N Engl J Med. 2005;352:
23 REVERSE 610 casos-fevi 40% CRT-ON CRT-OF RAFT 1798 casos-fevi 30% Clase II-III DAIs vs DAIs-R Mortalidad MADIT-CRT 1820 casos-fevi 30% DAIs vs DAIs-R Mortalidad Internamentos - remodelagem J Am Coll Cardiol 2008;52: N Engl J Med 2009; 361: N Engl J Med 2010; 363:
24 FACTORES QUE PODEM CONDICIONAR A RESPOSTA AO CRT 30% dos pacientes submetidos a CRT são não respondedores
25 OS NÚMEROS DA RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA Units per m i l l i o n inhabitants /year Units per m illion inhabitants in the year 2011 ltaly Germany Netherlands Denmark Czech Europe UK France Sweden Belgium & Lux Austria Poland Switzerland Norw ay Finland Portugal Spaiṉ Source: Eucomed (w w w.eucomed.org/medical-technology/facts-figures ) Joumal 2013 ;34 : E U I I O P E A N $O CICTV or CAROCIIOG'f
26 REALIDADE ANGOLANA
27 REALIDADE ANGOLANA 24.3milhões de habitantes 18 provincias Início de pacing decada de 90 3 centros actualmente em funcionamento (2 privados e 1 publico) 2 cardiologistas na área de arritmologia e 1 Cirurjao cardiotorácico 2 Cardiopneumologistas
28 OS NÚMEROS DA RESSINCRONIZAÇÃO EM ANGOLA Clinica Girassol (sub. Gerador) Clinica S. Esperança Hospital J. Machel - - -
29 AS NOSSAS DIFICULDADES Défice em recursos humanos e técnicos Falta de informação/formação Dificuldades socioeconómicas Dificuldades socioculturais
30 OS NOSSOS DESAFIOS Trabalhar no sentido de aumentar o numero de profissionais e centros no país. Formar e informar a população e a classe medica em relação o procedimento.
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32 Novas tecnologias em Ecocardiografia
33 OBRIGADO
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