HIV/AIDS Pediatria Sessão Clínica do Internato Revisão Teórica. Orientadora: Dra Lícia Moreira Acadêmico: Pedro Castro (6 Ano)

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1 HIV/AIDS Pediatria Sessão Clínica do Internato Revisão Teórica Orientadora: Dra Lícia Moreira Acadêmico: Pedro Castro (6 Ano)

2 AIDS Conceito Doença que manifesta-se por infecções comuns de repetição, infecções oportunistas e neoplasias, sem evidência de imunodeficiência primária.

3 AIDS Histórico 1981: 1 caso registrado em Atlanta. 1982: primeiras notificações no Brasil. 1984: primeira criança notificada no Brasil : 120mil casos no país (3,5% crianças com menos de 15 anos).

4 Epidemiologia Transmissão Sexual: 59,5% (> 12 anos de idade). Drogas Endovenosas: 21,9% (> 12 anos de idade). Transmissão Vertical: 15-40% de mães infectadas. Transfusão: crianças 7,0%; adultos 3,5%. Transmissão na Adolescência: Sangue e hemoderivados, abusos sexuais, uso de drogas endovenosas, predomínio do sexo masculino. Pacientes menores de 13 anos: 3,3%.

5 Estimativas de gestantes infectadas pelo Ano de Nascimento HIV Brasil, Taxa de Natalidade População Taxa de infecção em gestantes Número de gestantes infectadas , , , , , , , , , , , , , ,

6 Estimativa do número total de casos por Transmissão Materno-Infantil, segundo o ano de nascimento. Brasil, Ano de nascimento Número de gestantes infectadas Proporção de gestantes tratadas Taxa de transmissão maternoinfantil Número de nascidos vivos infectados , , , ,33 0, ,66 0, ,3 0, ,08 0,

7 , Estimativa do número total de casos por Transmissão Materno-Infantil vivos no ano de 2000, segundo o ano de nascimento. Brasil, Ano de Nascimento Número de nascidos vivo infectados Probabilidade de sobrevivência Número de casos vivos em , , , , , ,

8 Etiologia Agente Etiológico Retrovírus linfotrópico HIV. Subtipos HIV-1: mais comum, dividido em 9 cepas (A-I). HIV-2: principalmente na África, transmissão menos eficaz, doença mais indolente.

9 Imunopatogenia Imunidade Celular Imunodeficiência Infecções bacterianas de repetição (criança). Infecções oportunistas e/ou neoplasias (crianças e adultos). Crianças mais novas: n Ly e T4/T8 15% normal.

10 Quadro Clínico Assintomátios e inespecíficos Mais freqüentes: - Dificuldade em crescer. - Candidíase oral persistente. - Infiltrado pulmonar crônico. -Hepatoesplenomegalia. - Linfoadenopatia. - Rash, infecções virais e bacterianas recorrentes.

11 Características do HIV na Criança Sarcoma de Kaposi, linfoma de células B e outros tumores: raros na infância. Hipergamaglobulinemia: mais na criança. Pneumonite crônica intersticial: mais na criança. Aumento das parótidas: comum na infância. Doença neurológica progressiva: mais na criança. Sepse bacteriana: principal problema pediátrico. Linfopenia: menos comum na infância. Doença pulmonar: maior causa de morbimortalidade Tuberculose: 1 a manifestação AIDS (mais em adulto).

12 Características do HIV na Criança Pneumonia Linfóide Intersticial: - Mais comum em criança com mais de 1 ano. - Doença pulmonar de evolução crônica. - Freqüentemente aumento de outros tecidos linfóide. - Taquipnéia, tosse,,cianose, baquetamento. Pneumonia por P. carinii: - Infecção oportunista mais freqüente em criança com AIDS. - Diagnóstico definitivo em lactentes é difícil.

13 Categorias Clínicas para Crianças Categoria N: Não sintomático Crianças sem qualquer sinal ou sintoma considerado como resultado da infecção por HIV ou com apenas uma das condições na Categoria A. Categoria A: Levemente sintomática Categoria B: Moderadamente sintomática Categoria C: Intensamente sintomática

14 Classificação Classificação proposta pelo CDC para a infecção pelo HIV em crianças (1994) CATEGORIAS CLÍNICAS sinais ou sintomas CATEGORIAS IMUNOLÓGICAS N ausentes A leves B moderados 1. sem supressão N1 A1 B1 C1 2. supressão moderada N2 A2 B2 C2 3. supressão severa N3 A3 B3 C3 C severos

15 Classificação Categorias imunológicas baseadas na contagem de linfócitos CD4+ proposta pelo CDC (1994) IDADE DA CRIANÇA < Doze meses Um a cinco anos Seis a doze anos CATEGORIA IMUNE número/ml (%) número/ml (%) número/ml (%) Categoria1 > 1500 ( >25 ) > 1000 ( >25 ) > 500 ( >25 ) sem supressão Categoria 2 supressão 750 a 1499 (15 a 24) 500 a 999 (15 a 24) 200 a 499 (15 a 24) moderada Categoria 3 < 750 ( <15) < 500 ( <15) < 200 ( <15) supressão severa

16 Infectada por HIV Diagnóstico <18 meses: sabidamente positiva ou nascida de mãe HIV (+), com resultados positivos em duas tomadas separadas (excluindo sangue do cordão). Ou preenche critérios para diagnóstico de AIDS. 18 meses: presença de anticorpos contra HIVpositivos ou preenche qualquer dos critérios de AIDS.

17 Fluxograma para utilização de testes de quantificação de RNA visando a detecção da infecção pelo HIV em crianças com idade entre 2 meses e 2anos, nascidas de mães infectadas pelo HIV Mãe Criança com idade de 2 a 24m (1 teste) Detectável Abaixo do limite de dectecção Repetir o teste imediatamente com nova amostra (2 teste) Repetir o teste após 2 meses (2 teste) Detectável Abaixo do limite de dectecção Detectável Abaixo do limite de dectecç Criança infectada Repetir o teste após 2 meses (3 teste) Repetir o teste imediatamente com nova amostra (3 teste) Criança provavelmente não infectada Detectável Abaixo do limite de dectecção Detectável Abaixo do limite de dectecção Criança infectada Criança provavelmente não infectada Criança infectada Criança provavelmente não infectada

18 Tratamento Suporte Nutricional Suporte Psicossocial Drogas Anti-Retrovirais Drogas antiretrovirais disponíveis para uso em pediatria. zidovudina(azt) didanosina (ddi) Inibidores da nucleosídeos lamivudina(3tc) transcriptase reversa análogos estavudina (d4t) zalcitabina (ddc) Inibidores da transcriptase reversa Inibidores da protease não nucleosídeos nevirapina delavirdina ritonavir nelfinavir

19 Tratamento A terapia antiretroviral está indicada para crianças infectadas pelo HIV que apresentam sintomas clínicos da doença (categoria clínica A, B ou C) ou evidência de comprometimento imune (categoria imune 2 ou 3). Iniciar: 2 inibidores de transcriptase associados ou não a um inibidor da protease. Brasil(MS): AZT+ddI ou AZT+3TC.

20 Indicações para início de terapia anti-retroviral em crianças HIV-infectadas, de acordo com a classificação do CDC/1994 Alteração imunológica N A B C Ausente(1) N1 A1 B1 C1 Moderada(2) N2 A2 B2 C2 Grave(3) N3 A3 B3 C3

21 Profilaxia Uso de AZT para reduzir a transmissão perinatal do HIV ÉPOCA VIA DOSE Gravidez (iniciar a partir da 14 a semana) Durante o parto Recém-nascido Iniciar nas 1 as 8 a 12 horas de vida até 6 semanas Oral Endovenosa Oral 100mg 5x ao dia 2mg/kg na 1a hora e 1mg/kg nas horas subseqüentes até o parto 2mg/kg cada 6 horas

22 Recomendações da profilaxia primária de P. carinni para crianças nascidas de mães soropositivas para HIV Idade Recomendações Nascimento até 4 a 6 semanas Não indicar profilaxia 4 a 6 semanas a 4 meses Indicar profilaxia 4 a 12meses - Criança infectada pelo HIV ou infecção indeterminada - Infecção excluída (criança não infectada) - Iniciar ou manter profilaxia - Não indicar/ suspender

23 Calendário de Imunizações para Crianças Infectadas pelo HIV Idade (meses) Vacina (n da dose) RN Hep B(1), BCG 1 Hep B(2) 2 DPT(1), Hib(1), Polio(1) 4 DPT(2), Hib(2), Polio(2) 6 DPT(3), Hib(3), Polio(3), Hep B(3), Influenza(1) 7 Influenza(2) 9 Sarampo 12 Hib(3 ou 4), Hep A(1) 15 Tríplice Viral 18 DPT(4), Polio(4), Hep A(2) 24 Pneumocócica

24 A criança é alegria como o raio do sol e estímulo como a esperança Coelho Neto Fim

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