Eficácia e Combinação de Políticas Econômicas Eficácia em termos internos Regras de combinação Limites do modelo http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/
Eficácia na busca de equilíbrio interno Modelo de macro aberta: 16 situações possíveis = f( regime cambial; grau de mobilidade de K ) => em que situações é necessário utilizar determinada política econômica + qual deve ser o instrumento de política econômica a ser adotado.
Conclusões sobre Regimes de Câmbio e Mobilidade de Capital e => só política fiscal = f( condição: certa mobilidade de K ) e => política monetária perde toda autonomia = f( R anula o movimento inicial de M s ) e => margem-de-manobra maior = f( variações da taxa de câmbio restabelecem automaticamente equilíbrio de BP ) determinante: grau de mobilidade de K => política monetária é tão mais eficaz / política fiscal tão menos eficaz = f( quanto mais forte for a mobilidade de K )
Sem Mobilidade de Capital: expansão fiscal ( G) com regime de câmbio fixo ( e) i BP 0 LM 1 i 2 i 1 i 0 C A B LM 0 IS 1 IS 0 0 Y 0 Y 1 Y
Câmbio flexível, mobilidade forte e políticas econômicas G => i > i* => K* + K forte => BP > 0 => e => e r (apreciação deteriora competitividade) => DD* (queda da demanda estrangeira) => Y (efeito depressivo) => limita/anula efeito expansionista da política fiscal vs. M s => e (depreciação) => DD* (efeito estimulante sobre demanda estrangeira) => reforça estímulo inicial da política monetária efeito crowding-out financeiro limitado = f( afluxo de K* ) + substituição por crowding-out cambial = f( e ): (X M) = f( e r )
Mobilidade de Capital Relativamente Forte: expansão fiscal ( G) com regime de câmbio flexível (e ) i LM 0 i 1 i 2 i 0 A C B BP 1 BP 0 IS 1 IS 2 IS 0 0 Y 0 Y 2 Y 1 Y
Mobilidade Imperfeita de Capital: expansão monetária ( Ms) com regime de câmbio flexível (e ) i LM 0 LM1 BP 0 i 0 A C BP 1 i 1 B IS 1 IS 0 0 Y 0 Y 1 Y 2 Y
Validade das conclusões Conclusões = f( flutuação cambial garantir sempre equilíbrio externo ). Em outro caso, a restrição externa (imobilidade de capital) limita a possibilidade de sucesso da política econômica => necessidade de combinar instrumentos, para a busca simultânea de equilíbrio interno e externo.
Sem Mobilidade de Capital: combinação ótima de políticas econômicas Expansão monetária ( M s ) e expansão fiscal ( G) com desvalorização cambial ( e ) bem sucedida. i i 0 A BP 0 BP 1 B LM 0 LM 1 IS 1 IS 0 0 Y 0 Y 1 Y
Situações de dilema por falta de um instrumento de política e + K => política monetária não é instrumento independente = f( só política fiscal age sobre equilíbrio interno ). dilema = f( em certas situações, política fiscal tem efeitos contraditórios sobre equilíbrio interno e sobre equilíbrio externo ) situação de (BP < 0) e (Y < Y p e ): G => Y + N => M => déficit BP. situação de (BP > 0) e (Y > Y p e ): G => P + aproxima da renda de equilíbrio => M => superávit BP.
Dilema em país estruturalmente deficitário Figura: dilema entre equilíbrio interno ou externo em país estruturalmente deficitário: BTC < 0 = f( N ) ou BTC > 0 = f( N ): política expansionista ou recessiva? i BTC 1 Desemprego Superávit Sem Dilema 2 Desemprego Déficit? Dilema 3 Inflação Déficit Sem Dilema 0 Y btc Y pe Y
Dilema em país estruturalmente superavitário Figura: dilema entre equilíbrio interno (com inflação) ou externo em país estruturalmente superavitário: Y => M => (BTC = 0) + (Y 1 > Y p e ) => P i 1 Desemprego Superávit Sem Dilema 2 Inflação Superávit? Dilema BTC 3 Inflação Déficit Sem Dilema 0 Y pe Y btc Y
Saída teórica do dilema Saída teórica do dilema: usar mais um instrumento relativo à busca do equilíbrio externo, ou taxa de câmbio, ou políticas comerciais (tarifas, cotas, etc.) mobilidade de K => G => i > i* => BCA > 0 => introdução do 2º instrumento (abertura financeira) => saída da contradição entre objetivos de equilíbrio interno e externo. mundo real: dispor de mais instrumentos do que objetivos = REGRA DE TINBERGEN
Regras de Combinação de Políticas Econômicas regra de Tinbergen: condição necessária, mas não suficiente, para que política econômica seja eficaz, é que exista tanto instrumentos independentes quanto objetivos a atender. regra de Mundell: regra da atribuição dos instrumentos: é conveniente atribuir à política monetária a busca do equilíbrio externo e à política fiscal a busca do equilíbrio interno.
Regra de Mundell Regra de Mundell: a cada instrumento deve ser atribuída a perseguição do objetivo para o qual ele tem a eficácia relativa mais forte. política fiscal: G vs. (Y < Y p e ): desemprego / G vs. (Y > Y p e ): inflação política monetária: M s vs. (BP < 0): déficit / M s vs. (BP > 0): superávit / via relação i / K regra válida com e + K : próximo da realidade = f( intervenções das AM mesmo com e não conseguem restabelecer rapidamente equilíbrio do BP ) => restrição externa sobre política econômica semelhante em e ou e.
Regra de Mundell Regra de Mundell = visão de equilíbrio externo = f( efeito atração / repulsão de i sobre K*): pertinente em curto prazo => restrição externa permanece em médio ou longo prazo => refinanciamento de dívida externa. Equilíbrio do BP em longo prazo = f( 1. afluxo de novo K* compensando pagamento de juros e amortizações da dívida passada; OU 2. superávit do BTC ) = f( ajustamento cambial estrutural )
Limites do Modelo 1. entradas de capital resultam em saídas posteriores de capital => risco da armadilha da dívida externa. 2. em longo prazo, equilíbrio do BP supõe flutuação do BTC em torno do equilíbrio. 3. o modelo IS-LM-BP não integra o mecanismo de formação dos preços => dilema inflação vs. desemprego.
Limite da fuga para diante no endividamento Armadilha da dívida = f( serviço da dívida passada) => dívida para pagar dívida X chega o momento que os credores internacionais se recusam a refinanciar o país devedor => impõem ajuste cambial => em médio e longo prazo, empréstimos não constituem solução para o déficit do BTC. Caso dos Investimentos Diretos Estrangeiros => repatriamento de lucros e dividendos => não se pode contar exclusivamente com IDE para compensar, em longo prazo, o déficit permanente do BTC.
Modelo IS-LM-BP: preços rígidos antes do pleno-emprego Hipótese de oferta agregada de bens e serviços perfeitamente elástica em situação de desemprego => DDA => Y + N > P vs. P = f( Y > Y p e ) = f( OFA inelástica ) experiência real: estímulo à demanda => efeitos simultâneos sobre preços, produção e emprego => busca de pleno-emprego => choque tanto com problema do equilíbrio externo quanto com problema da estabilidade de preços. dilema inflação-desemprego: neste modelo, só pode ser analisado com DDA / OFA => NGP
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