Políticas Econômicas
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- Diana Vidal de Santarém
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1 Políticas Econômicas Sem Mobilidade de Capital Política monetária e política fiscal em regime de câmbio fixo e em regime de câmbio flexível
2 Políticas monetária e fiscal em economia aberta Modelo IS-LM em economia fechada = problema da escolha entre dois objetivos de combate: 1. o desemprego ou 2. a inflação = f(curva de Phillips) => sem estagflação. Modelo IS-LM-BP = dois problemas para a política econômica (sem inflação: Y i < Y pe ): equilíbrio interno (pleno emprego) versus externo (equilíbrio do BP) => estudar 1. em que medida e 2. sob quais condições, esse dilema pode ser superado pela política econômica.
3 Modelo Mundell-Fleming Mundell e Fleming => integração da restrição externa, devido à mobilidade internacional de capitais, no modelo keynesiano (com desemprego). condições da restrição externa = f( grau de mobilidade internacional de capitais: 1. imobilidade; 2. perfeita mobilidade; 3. imperfeita ) efeitos de políticas monetária e fiscal expansionistas = f( desemprego ou capacidade ociosa ) = simétricos aos efeitos de políticas contracionistas (antiinflação).
4 Razões para adoção da hipótese de imobilidade de capitais em curto prazo 1. pedagógica: limites do quadro irrealista => aproximação da realidade com mobilidade de capital imperfeita. 2. histórica: restrições da política econômica pré-liberalizações financeiras (regime Bretton Woods) 3. política econômica: equilíbrio do BTC é objetivo maior dos governos, para evitar a armadilha da dívida e/ou a dependência do BCA.
5 Políticas econômicas na ausência de mobilidade de capital imobilidade de capital em curto prazo = f( sem influência das variações das taxas de juros ) => só X e M podem modificar o saldo do BP = BTC imobilidade de capital em qualquer taxa de juros => curva BP = reta vertical + posição = f( renda Y e não dos juros i ) => inelástica aos juros.
6 Políticas com Imobilidade de Capitais e Câmbio Fixo A política monetária, é totalmente ineficaz para aumentar o produto real = f ( falta autonomia para controlar a conversão entre moeda nacional e divisas ) = f( abertura externa ) A política fiscal é igualmente ineficaz para aumentar o produto real = f( efeito esvaziamento financeiro: > G => > M d com M s /P dada => > i => < I )
7 Modelo IS-LM-BP sem Mobilidade de Capital (BP Vertical): expansão monetária ( M s ) com regime de câmbio fixo ( e ). LM 0 LM 1 (para a direita) equilíbrio temporário em Y 1 : B Y 0 Y 1 => (X - M) => BP < 0 => R => M s => LM 1 LM 0 (para a esquerda) política monetária ineficaz (desequilíbrio anterior: A) > N
8 Sem Mobilidade de Capital: expansão monetária ( M s ) com regime de câmbio fixo ( e ) i BP 0 LM 0 A LM 1 i 0 i 1 B IS 0 0 Y 0 Y 1 Y
9 Modelo IS-LM-BP sem Mobilidade de Capital (BP Vertical): expansão fiscal ( G) com regime de câmbio fixo ( e). IS 0 IS 1 (para a direita) equilíbrio temporário em Y 1 : B ( i > K) Y 0 Y 1 => (X - M) => BP < 0 => R => M s => LM 1 LM 0 (para a esquerda) política fiscal ineficaz (novo equilíbrio C com i 2 e Y 0 ) > N
10 Sem Mobilidade de Capital: expansão fiscal ( G) com regime de câmbio fixo ( e) i BP 0 LM 1 i 2 i 1 i 0 C A B LM 0 IS 1 IS 0 0 Y 0 Y 1 Y
11 Taxa de Câmbio Fixada Manutenção do regime de câmbio fixo => intervenções do BACEN no mercado de câmbio contra tendências de depreciação ou apreciação da moeda. Todo déficit de BP (BTC) representará saída de divisas vendidas pelo BACEN a taxa constante contra a moeda nacional => R => M s => i => I => Y (sem atração de K*)
12 Ineficácia das políticas de demanda para retomada do crescimento restrição externa + câmbio fixo => recessão que remete ao ponto-de-partida. em curto prazo, BACEN pode praticar expansão do crédito interno compensadora da compra da moeda nacional contra divisas = f( evitar a recessão ). estratégia não sustentável em médio prazo = f( persistência do déficit externo => tendência à depreciação => intervenções do BACEN para sustentar a taxa de câmbio oficial => esvaziamento das reservas cambiais ).
13 Conclusão do Modelo IS-LM-BP e + imobilidade de capitais => políticas de demanda são impotentes para atingir o pleno emprego e o equilíbrio de BP em simultâneo = f( existe somente determinado nível de renda que assegura este equilíbrio externo e está abaixo do nível de pleno emprego => aproximação de Y pe => déficit externo BTC < 0)
14 Dilema Equilíbrio Interno vs. Equilíbrio Externo 1. política de comércio exterior, que estimule as exportações e freie as importações, reequilibra o BP. 2. política comercial protecionista: cotas, restrições, tarifas, subvenções, etc. 3. desvalorização cambial: adaptação inevitável a déficit duradouro nos pagamentos externos que incapacita a sustentação da taxa de câmbio oficial.
15 Soluções Paliativas Política Comercial Protecionista: 1. cotas e restrições às importações; 2. tarifas aduaneiras que elevem os preços dos produtos estrangeiros; 3. subvenções que abaixam os preços dos produtos nacionais exportados. => medidas compensatórias pelos parceiros comerciais => Com.Ex. => Y* => X. Desvalorização Cambial => e r + combinação de políticas expansionistas sustenta novo equilíbrio geral versus parceiros comerciais consideram-na política comercial agressiva que visa a desfavorecer os concorrentes estrangeiros => retaliação.
16 Modelo IS-LM-BP sem Mobilidade de Capital (BP Vertical): combinação ótima de políticas econômicas Expansão monetária ( M s ) e expansão fiscal ( G) com desvalorização cambial ( e ) bem sucedida. LM 0 LM 1 (para a direita) e IS 0 IS 1 (para a direita) N + BP < 0 desequilíbrio externo temporário em Y 1 : B = f( Y => M) e => e r => (X - M) => BP 0 BP 1 (novo equilíbrio geral B mais próximo do pleno emprego)
17 Sem Mobilidade de Capital: combinação ótima de políticas econômicas i BP 0 BP 1 LM 0 i 0 A B LM 1 IS 1 IS 0 0 Y 0 Y 1 Y
18 Taxa de câmbio endógena Déficit ou superávit externo => e : compra ou venda de divisas contra moeda nacional pela AM versus e : alta ou baixa da taxa de câmbio até o desaparecimento do desequilíbrio do BP. e => não há um único nível de renda real que permite o equilíbrio => qualquer que seja Y, a taxa de câmbio se ajusta pelas forças de mercado, logo que aparece a tendência ao déficit ou ao superávit => mercado de câmbio não sofre intervenção de política econômica = f( automatismo ) => não há política cambial.
19 Representação gráfica do regime de câmbio flexível 1. BP sempre cortará a LM e a IS no ponto que ambas se cruzam = f(qualquer desequilíbrio de BP será corrigido por e ) => BP = f( e r ) 2. Y potencializada por e + por seu efeito sobre as X = f( e r ) 3. LM controlável pelo BACEN: M s deixa de flutuar = f( R ) 4. e + K => M s f ( BCA )
20 Modelo IS-LM-BP sem Mobilidade de Capital (BP Vertical): expansão monetária ( M s ) com regime de câmbio flexível ( e ) LM 0 LM 1 (para a direita) equilíbrio temporário em Y 1 : B Y 0 Y 1 => (X - M) => BP < 0 => e => e r => BP 0 BP 1 + ( X M ) => IS O IS 1 (para a direita) política monetária eficaz (novo equilíbrio em Y 2 : C) => N
21 Sem Mobilidade de Capital: expansão monetária ( M s ) com regime de câmbio flexível ( e ) i BP 0 BP 1 LM 0 LM 1 i 0 i 1 A B C IS 1 IS 0 0 Y 0 Y 1 Y 2 Y
22 Modelo IS-LM-BP sem Mobilidade de Capital (BP Vertical): expansão fiscal ( G) com regime de câmbio flexível ( e ) IS 0 IS 1 (para a direita) equilíbrio temporário em Y 1 : B ( i > K) Y 0 Y 1 => (X - M) => BP < 0 => e => e r => BP 0 BP 1 + ( X M ) => IS 1 IS 2 (para a direita) política fiscal eficaz (novo equilíbrio C em Y 2 porém com i > K) => N
23 Sem Mobilidade de Capital: expansão fiscal ( G) com regime de câmbio flexível ( e ) i BP 0 BP 1 LM 0 i 1 B C i 0 A IS 2 IS 1 IS 0 0 Y 0 Y 1 Y 2 Y
24 Aparente final do dilema e : M s ou G => Y => M => BTC < 0 => R => M s => i => I => Y => N Aparentemente, a contradição entre a busca de equilíbrios interno e externo, constatada em e, desaparece em e => elimina o equilíbrio externo como objetivo da política econômica = f( ajuste automático propiciado pelas variações da taxa de câmbio ) => subsiste o objetivo de pleno emprego com dois instrumentos para atendê-lo: 1. a moeda e 2. o orçamento fiscal.
25 Manutenção do dilema Haveria o desaparecimento do dilema de política econômica caso os fluxos comerciais entre países reagissem infinitamente rápido às variações da taxa de câmbio (e ). Realidade = reação lenta => manutenção do desequilíbrio do BP em curto ou médio prazo => restrição sobre política econômica semelhante à do e => mantém o dilema. Mesmas objeções apresentadas quanto à eficácia da desvalorização cambial se aplicam à da depreciação livre.
26 Experiência histórica Flexibilidade cambial => forte volatilidade de e => clima de incerteza => risco cambial em economias abertas = f( ê ) => governos agem limitando as flutuações da taxa de câmbio, mesmo que o regime oficial seja flexível. e => não garantem sempre o reequilíbrio automático e instantâneo do BP = manutenção da restrição externa => necessário dispor de instrumento suscetível de agir diretamente sobre o equilíbrio do BP = moeda = f( certa mobilidade internacional de capitais ).
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