ANÁLISE DE INDICADORES DE MANUFATURA: A IMPLEMENTAÇÃO DO INDICADOR DE EFICIÊNCIA GLOBAL DO EQUIPAMENTO EM UMA EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA



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Transcrição:

JOSÉ LUIZ ALTELINO ANÁLISE DE INDICADORES DE MANUFATURA: A IMPLEMENTAÇÃO DO INDICADOR DE EFICIÊNCIA GLOBAL DO EQUIPAMENTO EM UMA EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA Taubaté SP 2003

Altelin, Jsé Luiz Análise de Indicadres de Manufatura: A Implementaçã d Indicadr de Eficiência Glbal d Equipament em uma Empresa Autmbilística/ Jsé Luiz Altelin.- Taubaté: UNITAU, 2003. 123f. : il. Orientadr: Prf. Mestre Augustinh Ribeir da Silva C-rientadr: Prf. Dr. Antôni Paschal Del Arc Junir Mngrafia (MBA) Universidade de Taubaté, Departament de Ecnmia, Ciências Cntábeis e Administraçã, 2002. 1. Administraçã da Prduçã 2. Indicadres de Manufatura 3. OEE 4. Manufatura Celular Mngrafia. I. Universidade de Taubaté. Departament de Ecnmia, Ciências Cntábeis e Administraçã. II. Títul.

JOSÉ LUIZ ALTELINO ANÁLISE DE INDICADORES DE MANUFATURA: A IMPLEMENTAÇÃO DO INDICADOR DE EFICIÊNCIA GLOBAL DO EQUIPAMENTO EM UMA EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA Mngrafia apresentada para btençã d Certificad de Especializaçã pel Curs de Pós Graduaçã MBA em Gerência de Prduçã e Tecnlgia Departament de Ecnmia, Ciências Cntábeis, Administraçã e Secretariad da Universidade de Taubaté. Área de Cncentraçã: Prduçã Orientadr: Prf. Mestre Augustinh Ribeir da Silva C-rientadr: Prf. Dr. Antni Pascal Del' Arc Júnir Taubaté SP 2003

2 JOSÉ LUIZ ALTELINO ANÁLISE DE INDICADORES DE MANUFATURA: A IMPLEMENTAÇÃO DO INDICADOR DE EFICIÊNCIA GLOBAL DO EQUIPAMENTO EM UMA EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Data: 13 / 09 / 2003 Resultad: Aprvad COMISSÃO JULGADORA Prf. Mestre Augustinh Ribeir da Silva Assinatura: Prf. Dr. Edsn Aparecida de Araúj Querid de Oliveira Assinatura: Prf. Dr. Antni Pascal Del Arc Junir Assinatura:

3 Dedic este trabalh à minha espsa, Maria Clara, pel api, incentiv, cmpanheirism e cmpreensã e em memória de meus pais.

4 AGRADECIMENTOS A Deus, pr me permitir vivenciar mments de engrandeciment pessal. A Prf. Paul Remi Guimarães Sants, pela cntribuiçã e incentiv na elabraçã desta mngrafia. A Prf. Mestre Augustinh Ribeir da Silva, pela rientaçã, dedicaçã e incentiv n desenvlviment desta mngrafia e à sua família pela cmpreensã e amizade. A Prf. Dr. Antni Pascal Del' Arc Júnir, pela rientaçã e auxíli na realizaçã desta mngrafia. A Prf. Dr. Edsn Aparecida Araúj Querid de Oliveira, pela rientaçã e auxíli na realizaçã desta mngrafia. A Sr. Antni Luis Gmes de Susa que rientu cm suas bservações e cnselhs, mstrand-me qual seria melhr caminh a tmar na realizaçã desta mngrafia. A Paul César, amig, que ajudu muitas vezes cedend seu cmputadr para digitaçã desta mngrafia. As amigs Eder Cassettari e Luis Mraes que me ajudaram cm suas rientações quant à bibligrafia a pesquisar. À empresa, que permitiu desenvlviment d trabalh, e as seus clabradres. A tds que direta u indiretamente cntribuíram para a realizaçã desta mngrafia.

5 SUMÁRIO Lista de figuras...7 Lista de siglas...8 Resum...9 Abstract...10 1. Intrduçã...11 1.1 Justificativa d trabalh...11 1.2 Objetiv...12 1.3 Imprtância d trabalh...12 1.4 Delimitaçã d estud...13 1.5 Tip de pesquisa...13 1.6 Estrutura d trabalh...13 2. Revisã Bibligráfica...15 2.1 Administraçã da prdutividade...18 2.2 Participaçã ds empregads nas tmadas de decisã...22 3. Sistema de Prduçã da Indústria Autmbilística...27 3.1 Intrduçã...27 3.2 Evluçã Histórica da Frd Mtr Cmpany...28 3.3 Evluçã Histórica da Tyta Mtr Cmpany...32 3.4 Sistema de Prduçã Frd...35 3.4.1 As fases de implementaçã...41 3.4.2 As ferramentas de implementaçã...43 3.4.3 Os indicadres...46 3.4.4 O prcess de avaliaçã...48 3.5 Sistema de Prduçã Tyta...48 3.5.1 As ferramentas e técnicas...50 3.5.2 Cnsiderações d Sistema de Prduçã Tyta...54 4. Indicadres d Sistema de Prduçã Frd...56 4.1 FTTC First Time Thrugh Capacity (Capacidade de fazer cert da primeira vez)...56

6 4.2 BTS - Build t Schedule (Atendiment d prgrama de prduçã)...59 4.3 DTD - Dck t Dck (Temp de dca a dca)...61 4.4 OEE - Overall Equipment Effectiveness (Efetividade glbal d equipament)...63 5. Implementaçã e análise d indicadr OEE.. Overall Equipment Effectiveness...66 5.1 Implementaçã d indicadr OEE - Overall Equipment Effectiveness...66 5.2 Análise da aplicaçã d indicadr OEE - Overall Equipment Effectiveness...71 5.3 Cnsiderações...74 6. Cnclusã...75 6.1 Sugestões para trabalhs futurs...75 7. Referências bibligráficas...77

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Diferenças entre empresas industriais e de serviçs...15 Figura 2 - Mdel de sistema de prduçã...16 Figura 3 - Representaçã clássica de um sistema de prduçã...17 Figura 4 - Mdel de reaçã em cadeia de Deming...19 Figura 5 - Imprtantes cntribuições para abrdagem científica...21 Figura 6 - Imprtantes cntribuições para abrdagem cmprtamental...22 Figura 7 - Resultads psitivs e negativs de stress...24 Figura 8 - Três fatres determinantes da mtivaçã...25 Figura 9 - A pirâmide de necessidades de Maslw e suas implicações...26 Figura 10 - Mdel d Sistema de Prduçã Frd...37 Figura 11 - Fc n cnsumidr...38 Figura 12 - A imprtância das pessas n sistema...39 Figura 13 - A imprtância d sistema de manutençã...40 Figura 14 - O cntrle da prduçã...40 Figura 15 - Dads para cálcul d BTS - "Build t Schedule"...59 Figura 16 - Planilha gerada eletrnicamente - BTS - "Build t Schedule"...66 Figura 17 - Relaçã das perdas cm temp...67 Figura 18 - Exempl d frmulári diári de brd d OEE...68 Figura 19 - Planilha para cálcul manual d OEE...69 Figura 20 - Planilha eletrônica d OEE - Históric das perdas d OEE...70 Figura 21 - Planilha eletrônica d OEE - Overall Equipment Effectiveness...71 Figura 22 - Fatres que influenciam na análise d Indicadr OEE Overall Equipment Effectiveness...73

8 LISTA DE SIGLAS BTS - Build T Schedule (Atendiment d prgrama de prduçã) DTD - Dck T Dck (Temp de dca a dca) FPS - Frd Prductin System (Sistema de Prduçã Frd) FTPM - Frd Ttal Prductive Maintenance (Manutençã prdutiva ttal da Frd) FTTC - First Time Thrugh Capacity (Capacidade de fazer cert da primeira vez) ISPC - Inspectin Statin f Prcess Cntrl (Cntrle de prcess na estaçã de trabalh) JIT - Just-In-Time (N temp cert) MTBF - Mean Time Between Failure (Temp médi entre as falhas) MTTR - Mean Time T Repair (Temp médi para repar) OEE - Overall Equipment Effectiveness (Efetividade glbal d equipament) OTED - One Tuch Exchange f Dies (Mudança de prcess sem alterações de ferramental) SHARP - Safety and Health Assessment Review Prcess (Prcess de avaliaçã de saúde e segurança) T I M - Time Integrad de Manufatura TPM - Ttal Prductive Maintenance (Manutençã prdutiva ttal) TPS - Tyta Prductin System (Sistema de Prduçã Tyta) WERS - Wrldwide Engineering Release System (Sistema mundial de liberaçã de engenharia)

9 ALTELINO, Jsé Luiz. Análise de Indicadres de Manufatura: A Implementaçã d Indicadr de Eficiência Glbal d Equipament em uma Empresa Autmbilística. Taubaté, 2003. p. 78 Mngrafia (Especializaçã pel Curs de Pós Graduaçã MBA em Gerência de Prduçã e Tecnlgia) Departament de Ecnmia, Ciências Cntábeis, Administraçã e Secretariad da Universidade de Taubaté. RESUMO As cndições de um mercad altamente cmpetitiv e glbalizad exigem das empresas uma grande flexibilidade, tant ns seus prcesss prdutivs, quant ns seus prcesss administrativs. A prcura incessante pr melhres métds de trabalh e prcesss de prduçã cm bjetiv de se bter melhria de prdutividade cm menr cust, prduts cm preç menr, agregad a uma melhr qualidade, faz cm que um gerente de prduçã necessite de indicadres cnfiáveis para que suas ações pssam atender s bjetivs apresentads pela empresa. Send assim, esta mngrafia tem cm bjetiv analisar a implementaçã de um ds indicadres que suprtam a tmada de decisã n Sistema de Prduçã Frd, OEE - Overall Equipment Effectiveness, u seja, eficiência glbal d equipament, descrevend sua imprtância para s times integrads de manufatura e cm se realiza a análise deste indicadr dentr ds times integrads de manufatura. Além diss, será feita uma pequena abrdagem de mais alguns indicadres tais cm: FTTC - First Time Thrugh Capacity, DTD - Dck T Dck e BTS - Built T Schedule e que a cmbinaçã destes indicadres cm OEE - Overall Equipment Effectiveness favrece gerenciament e as tmadas de decisões n sistema prdutiv. Desta maneira, este estud mstra uma implementaçã d OEE para s prcesss prdutivs e exemplifica que, após uma implantaçã, a disciplina na cleta ds dads e nas reuniões para análises das infrmações faz cm que a equipe de trabalh prmva seu cresciment buscand uma mair prdutividade, uma reduçã ds custs peracinais, uma melhr qualidade para seus prduts, frtalecend, desta maneira, um prcess prdutiv previsível e, cnseqüentemente, prjete uma melhr sustentabilidade para que a empresa suprte a cmpetitividade d mercad intern e extern. Palavras-chave: Administraçã da prduçã, Indicadres de manufatura, OEE, JIT, Manufatura celular.

10 ALTELINO, Jsé Luiz. Manufacturing Indicatrs Analysis: The Implementatin Overall Equipment Effectiveness Indicatr in an Autmbile Cmpany. Taubaté, 2003. p. 78 Mngraph (Specializatin Curse f Pst Graduatin MBA in Management f Prductin and Technlgy) - Department f Ecnmy, Accunting and Business Management, University f Taubaté, Taubaté, Sã Paul State, Brazil. ABSTRAT The cnditins fr a highly cmpetitive and glbal market demand great cmpany flexibility, bth in its prductive, as in its administrative prcesses. The incessant search fr better wrk methds and prductin prcesses with the bjective f btaining prductivity imprvement with the smallest cst, prducts with smallest price, aggregate t a better quality, it makes with that a prductin manager needs reliable indicatrs s that his actins can met the bjectives established by the cmpany. This way, this mngraph have the bjective analyzing the implementatin ne f the Indicatrs manufacturing that supprt the decisins int Frd Prductin System, the OEE - Overall Equipment Effectiveness, describing its imprtance t the integrated manufacturing teams and hw the analyse f this indicatr is dne inside these integrated manufacturing teams. Furthermre, a little barding f mre else manufacturing Indicatrs will be dne: FTTC - First Time Thrugh Capacity, DTD - Dck T Dck and BTS - Built T Schedule, and the cmbinatin these indicatrs with the OEE - Overall Equipment Effectiveness prmtes the managing and supprts the decisin in the prductive prcess. Finally, this study t shw an implementatin f OEE - "Overall Equipment Effectiveness" fr the prcesses and t give an example that, after an implantatin, the discipline t cllect the data and meetings fr analyse, makes wrk team prmtes its grwth, lking fr a larger prductivity, a reductin f the peratinal csts, prmtes a better quality fr the prducts, strengthening a previsible prductive prcess and cnsequently, prjects a better sustainability fr the cmpany t supprt the cmpetitiveness in the internal and external market. Key Wrds: Administratin f the prductin, manufacture Indicatrs, OEE, JIT, Manufactures cellular

11 1. INTRODUÇÃO 1.1 Justificativa d trabalh Ns dias atuais trna-se necessári saber qual a tendência de uma linha de prduçã em relaçã a sua eficiência, seja ela prduzind smente um tip de prdut u prduzind váris mdels de prdut. Para tant devems ter indicadres cnfiáveis que pssam dar infrmações crretas e que estas, bem aplicadas pr um gerente de prduçã, farã cm que prcess tenha ganhs na qualidade, diminuiçã de custs e melhrias nas relações humanas das pessas que clabram neste prcess prdutiv. Smente cm dads cnfiáveis pderã ser geradas ações que irã refletir na reduçã ds desperdícis d sistema prdutiv. Dentr deste sistema prdutiv existem inúmers fatres que influenciam n sucess e n ganh de prdutividade. Neste trabalh será dada ênfase n que se pde realizar de diferente n prcess prdutiv, cm reduçã ds custs através de melhrias ds equipaments, melhrias de qualidade, melhr temp de atendiment ds prgramas de prduçã e temp desta cadeia de valres. Sabe-se que imprtante é ter indicadres previsíveis e rbusts na tmada de decisã, para melhrar desempenh u para bter s resultads cnfrme planejad, atingind assim s bjetivs pré-estabelecids. Neste mund glbalizad, mudanças rápidas estã crrend a cada instante em tdas as áreas d cnheciment human, principalmente nas ecnômica e scial, fazend cm que seja necessári que as empresas repensem suas frmas de administraçã. O planejament de rçaments anuais em paralel cm um planejament estratégic (de frma que se cnsiga prever as cndições de mercad que irã enfrentar n futur) é uma das cndições básicas para se manter cmpetitiv. Para tant, faz-se necessári saber qual a tendência de uma linha de prduçã para que sejam tmadas ações crretas, as quais vã gerar aument de prdutividade, ganhs de qualidade, diminuiçã ns custs peracinais e melhrias nas relações humanas, (inclusive melhrias na capacitaçã da mã-de-bra).

12 1.2 Objetiv Esta mngrafia tem cm bjetiv analisar a implementaçã de um ds indicadres que suprtam a tmada de decisã n Sistema de Prduçã Frd, OEE - Overall Equipment Effectiveness, u seja, eficiência glbal d equipament, descrevend sua imprtância para s times integrads de manufatura e cm se realiza a análise deste indicadr dentr ds times integrads de manufatura. O OEE - Overall Equipment Effectiveness é frmad pel índice de dispnibilidade, índice de eficiência e índice de qualidade; a multiplicaçã destes índices resulta n indicadr OEE - Overall Equipment Effectiveness, u seja, quant mais próxim de 100%, melhr será a eficiência glbal deste equipament que está send analisad. Vist que índice de dispnibilidade define quant seu maquinári é rbust e previsível, ele dará cmparativ da quantidade de peças que fi prjetada e quant realmente este equipament está prduzind, cm a finalidade de frnecer infrmações para que se pssam tmar ações de melhrias de aument de capacidade, quand nvs negócis necessitam de mair demanda u quand, para balanceament d prcess, necessita-se quebrar gargals, niveland assim a demanda. Além diss, será feita uma pequena abrdagem de mais alguns indicadres tais cm: FTTC - First Time Thrugh Capacity (Capacidade de prduzir cert da primeira vez), DTD Dck T Dck (Temp de dca a dca, u seja, temp decrrid entre recebiment da matéria-prima até a expediçã ds prduts acabads) e BTS Built T Schedule (Atendiment d prgrama de prduçã, u seja, capacidade de prduzir cnfrme prgrama de prduçã). A cmbinaçã destes indicadres cm OEE - Overall Equipment Effectiveness (Eficiência glbal d equipament) favrece as tmadas de decisões n sistema prdutiv. 1.3 Imprtância d trabalh As atividades de prduçã cnstituem a base d sistema ecnômic de uma naçã, uma vez que ela é respnsável direta pela transfrmaçã ds recurss humans, de capital e de materiais em bens e serviçs de mair valr. A administraçã da prduçã é uma tarefa de extrema imprtância para mei sóci-ecnômic, pis é através de seu sucess que bens e serviçs chegarã a cnsumidr e que, em cnseqüência, retrnarã à empresa cm capital.

13 A administraçã da prduçã é a atividade pela qual s recurss, fluind dentr de um sistema definid, sã reunids e transfrmads de uma frma cntrlada, a fim de agregar valr de acrd cm s bjetivs empresariais. Para tant, um gerente de prduçã é respnsável pel planejament, rganizaçã e cntrle das atividades de transfrmaçã. 1.4 Delimitaçã d estud Devid às inúmeras variáveis que envlvem indicadr OEE - Overall Equipment Effectiveness, a revisã bibligráfica realizu-se abrdand a administraçã de prduçã e perações, vist que a prdutividade está diretamente ligada a índice de dispnibilidade, qual é um ds índices que cmpõem este indicadr. Realizu-se a revisã sbre sua base histórica e a imprtância d indivídu na administraçã da prdutividade. Este estud também mstra a necessidade de se ter cntrle da prduçã para assegurar atendiment ds pedids na data prevista e em menr cust. 1.5 Tip de pesquisa As atividades de transfrmaçã pdem ser divididas em três partes para fins didátics. A primeira englba prjet d prdut e planejament d prcess; a segunda apresenta planejament e cntrle da prduçã; e a terceira, a manutençã. Esta pesquisa se prpõe a estudar a que se refere a segunda parte das atividades de transfrmaçã, planejament e cntrle da prduçã. 1.6 Estrutura d trabalh Esta pesquisa será dividida em capítuls, send segund capítul a apresentaçã da abrdagem teórica e uma revisã bibligráfica da administraçã da prduçã e perações. O terceir capítul apresenta a evluçã histórica das mntadras Frd Mtr Cmpany e Tyta Mtr Cmpany.

14 O quart capítul apresenta s indicadres de manufatura FTTC, BTS e DTD e OEE delineand critéris para aplicaçã e exempls de cálcul de sua aplicabilidade. O quint capítul apresenta s elements que cmpõem indicadr OEE - Overall Equipment Effectiveness cm seus respectivs frmuláris usads n sistema prdutiv de uma indústria autmbilística e a metdlgia de aplicaçã deste indicadr n time integrad de manufatura. O sext capítul apresenta as cnclusões a que a pesquisa chegu e as sugestões para trabalhs futurs. E, pr fim, sétim capítul traz as referências bibligráficas utilizadas n decrrer desta mngrafia.

15 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A administraçã da prduçã_ embra cnfundida cm uma atividade fabril, ist é, um lcal de máquinas, nde prduts estã send manufaturads, pessas se deslcand de um lugar para utr, de uma atividade para utra_ cmpõese de atividades industriais e serviçs, nde a atividade industrial gera um prdut físic, tangível cm, pr exempl, um veícul e seus cmpnentes, um eletrdméstic. Uma atividade de serviç gera uma açã cm, pr exempl, suprte gerencial para sluçã de um prblema de qualidade u a assistência técnica para instalaçã de uma nva máquina. Verifica-se que pde haver smente atividades de serviçs, ist é, empresas de serviçs, cm exempl uma empresa de cnsultria. Pr utr lad, para que prduts e serviçs sejam ferecids a cliente, a cnsumidr, as atividades crrespndentes devem ser planejadas, rganizadas e cntrladas, cnfrme Mreira (1998, pg. 3): A administraçã de prduçã e perações é camp de estud ds cnceits e técnicas aplicáveis à tmada de decisões na funçã de prduçã (empresas industriais) u perações (empresas de serviçs). Ist justifica pr que assunts tã diferentes naquil que clcam à dispsiçã ds clientes pssam ser estudads em cnjunt. Cnfrme Figura 1, sã mstradas as diferenças entre empresas industriais e de serviçs, vist que muitas empresas cnstituem suas atividades cm industriais e de serviçs. Características Indústrias Serviçs Prdut Físic Intangível Estques Cmum Impssível Padrnizaçã ds insums Cmum Difícil Influência da mã-de-bra Média/Pequena Grande Padrnizaçã ds prduts Cmum Difícil Figura 1 Diferenças entre empresas industriais e de serviçs Fnte: Mreira (1998, p. 3)

16 A administraçã da prduçã e perações (APO) é a administraçã d sistema de prduçã de uma rganizaçã, que transfrma s insums ns prduts e serviçs da rganizaçã, (GAITHER e FRAZIER, 2001, p.5). Segund Gaither e Frazier (2001, p. 14-15), um sistema de prduçã é frmad pr insums (materiais, pessal, capital, serviçs públics e infrmaçã), pr um sistema de transfrmaçã e pr prduts. Este sistema recebe tais insums, mdificand-s num subsistema de transfrmaçã para prduts e serviçs desejads, vist que parte da parcela d prdut é mnitrada pr um subsistema de cntrle que visa frnecer infrmaçã de feed back as gerentes. Quand este prdut nã atende as terms de qualidade, cust e quantidade, nã pdem ser tmadas ações crretivas n sistema, cm se pde bservar na Figura 2 deste mdel de sistema de prduçã. Entradas Subsistema de transfrmaçã Saídas Externas Legais/Plíticas Sciais Ecnômicas Tecnlógicas Mercad Cncrrência Infrmaçã sbre prdut Desejs d cliente Recurss primáris Materiais e supriments Pessal Capital e bens de capital Serviçs públics Físic (manufatura, mineraçã) Serviçs de lcaçã (transprtes) Serviçs de trca (venda a varej/venda pr atacad) Serviçs de armazenament (armazéns) Outrs serviçs privads (segurs, finanças, imbiliáris,de pessal,etc) Serviçs gvernamentais (municipal, estadual, federal) Saídas Diretas Prduts Serviçs Saídas indiretas Impsts Remunerações e saláris Desenvlviments tecnlógics Impact Ambiental Impact sbre empregad Impact sbre a sciedade Infrmaçã de feed back Subsistema de cntrle Figura 2 Mdel de sistema de prduçã Fnte: Gaither e Frazier (2001, p. 15)

17 Segund Martins e Laugeni (1999, p.1), a funçã prduçã, entendida cm cnjunt de atividades que levam à transfrmaçã de um bem tangível em utr cm mair utilidade, acmpanha hmem desde sua rigem. Quand plia a pedra a fim de transfrmá-la em utensíli mais eficaz, hmem pré-históric estava executand uma atividade de prduçã. Nesse primeir estági, as ferramentas e s utensílis eram utilizads exclusivamente pr quem s prduzia, u seja, inexistia cmérci, mesm que de trca u escamb. O sistema de prduçã é um ente abstrat, que indica cnjunt de atividades e perações inter-relacinadas, necessárias à prduçã de bens u serviçs. N sistema de prduçã, distinguem-se s insums (matérias-primas, pessal, máquinas, capital, knw-hw, etc.), sistema de cnversã, as saídas (prduts e/u serviçs) e subsistema de cntrle, cuja funçã é mnitrar s utrs elements d sistema de prduçã, (MOREIRA, 1998, p. 20). Cnfrme Martins e Laugeni (1999, p. 371), cnjunt de tds s recurss necessáris, tais cm instalações, capital, mã-de-bra, tecnlgia, energia elétrica, infrmações e utrs, sã s inputs que serã transfrmads em utputs, u seja, prduts manufaturads, serviçs prestads e infrmações frnecidas pelas funções de transfrmaçã, cm decisões, prcesss, regras heurísticas, algritms matemátics, mdels de simulaçã, julgament human e utras, cm se pde bservar na Figura 3, uma representaçã clássica de um sistema de prduçã. Empresa A m b i e n t e Mã-de-bra Capital Energia Outrs insums I n p u t s Funções de transfrmaçã O u t p u t s Prduts Serviçs A m b i e n t e Frnteira d sistema Figura 3 - Representaçã clássica de um sistema de prduçã Fnte: Martins e Laugeni (1999, p. 371) Prtant, quant melhr a administraçã d sistema de prduçã de uma rganizaçã, tant melhr será esta empresa frente a mercad cmpetitiv glbal.

18 2.1 Administraçã da Prdutividade A empresa deve evidenciar cm estã send gerenciads seus recurss e, para tant, sua prdutividade pde ser expressa de várias maneiras, dependend de quem a esteja definind. O term prdutividade fi utilizad pela primeira vez pel ecnmista francês Quesnay, em 1766, e, em 1883, ecnmista Littre, também francês, definiu term cm sentid de capacidade de prduzir, (MARTINS e LAUGENI,1999, p.373). Entretant é necessári que administradres e gerentes tenham nções e saibam definir a palavra prdutividade, u seja, a prdutividade refere-se a mair u menr aprveitament ds recurss nesse prcess de prduçã nde insums sã cmbinads para frnecer uma saída, ist é, diz respeit a quant se pde prduzir partind de uma certa quantidade de recurss. Desta maneira, um cresciment da prdutividade implica em um melhr aprveitament ds empregads, das máquinas, da energia, ds cmbustíveis cnsumids, da matéria-prima, entre utrs. Segund Megginsn, Msley e Pietri Jr. (1998, p.534), prdutividade é a quantidade de bens u serviçs prduzids pr um empregad em determinad períd de temp, levand-se em cnsideraçã a qualidade. Pde-se simplificar a prdutividade cm send um índice btid pela relaçã entre que fi prduzid e ttal ds recurss gasts nesta prduçã. Assim send, pde-se ter a seguinte relaçã: (1) Prduzid Prdutividade Recurss Analisand cada um ds elements desta relaçã, verifica-se tda a eficácia d gerenciament adtad na empresa. O numeradr reflete as cnseqüências de um planejament, quantidades, qualidade d prdut, da prgramaçã da prduçã, ds estques, da relaçã cm mercad frnecedr, da manutençã ds equipaments, etc. O denminadr reflete s resultads da frma cm tds s recurss fram cnsumids, pdend-se incluir também neste denminadr s valres crrespndentes as recurss humans, percebend-se assim a influência d desempenh ds recurss humans sbre a prdutividade. Cm cresciment da prdutividade, diminuem s custs de prduçã u ds serviçs prestads e, cnseqüentemente, a empresa pderá ferecer a mercad

19 prduts cm preç menr, agregad a uma melhr qualidade, melhrand assim sua cndiçã de cmpetitividade, aumentand sua participaçã n mercad e seu lucr. Send assim, gerentes e supervisres, em qualquer nível da rganizaçã, devem ter cm priridade aument da prdutividade, disseminand tais cnheciments pr tda a fábrica, pis é através desde aument que se btêm cndições para a reduçã ds preçs, aument ds lucrs e segurança n trabalh. Para a btençã de aument da prdutividade, requerem-se mudanças na tecnlgia, na qualidade e na frma de rganizaçã de trabalh, u em tdas em cnjunt. Para tant, cnfrme Megginsn, Msley e Pietri Jr. (1998, p.534), pde-se dizer que de nada valeria aument da prdutividade se a melhria da qualidade nã acmpanhasse tal resultad, pis, cm certeza uma melhr qualidade refletirá num aument de prdutividade cm se pde bservar na Figura 4. Melhr qualidade Os custs diminuem pr causa de mens repetiçã, mens errs, mens demras e melhr us de temp e materiais A prdutividade melhra Atinge mercad cm melhr qualidade e menr preç Prprcina empreg, empreg e mais empreg Mantém-se ns negócis Figura 4 Mdel de reaçã em cadeia de Deming Fnte: Megginsn, Msley e Pietri Jr. (1998, p. 534) Cm aument d lucr, a empresa terá melhres cndições de investir em seu cresciment, melhrar sua participaçã frente às necessidades da sciedade em que ela está integrada e, cnseqüentemente, ist melhrará as cndições de trabalh e s benefícis para seus empregads, (MOREIRA, 1998, p.599-605). Cm surgiment ds trabalhs de Frederick W. Taylr, n fim d sécul XIX, ns Estads Unids, iniciu-se a sistematizaçã d cnceit de prdutividade, que, n tcante, fi uma abrdagem sistemática para melhrar a eficiência d trabalhadr, melhrand as cndições de trabalh, aumentand a prduçã e, cnseqüentemente, prpiciand melhres saláris.

20 A prcura incessante pr melhres métds de trabalh e prcesss de prduçã tinha cm bjetiv bter melhria da prdutividade cm menr cust pssível. Essa prcura ainda hje é tema central em tdas as empresas, mudandse apenas as técnicas utilizadas. A análise da relaçã entre utput _ u, em utrs terms, uma medida quantitativa d que fi prduzid, cm quantidade u valr das receitas prvenientes da venda ds prduts u serviçs finais_ e input _ u, em utrs terms, uma medida quantitativa ds cnsums, cm quantidade u valr das matérias-primas, mã-de-bra, energia elétrica, capital, instalações prediais, etc_ ns permite quantificar a prdutividade, que sempre fi grande indicadr d sucess u fracass das empresas. À medida que crescem as vantagens cmpetitivas de uma empresa, aumenta sua parcela d mercad. Assim, em uma situaçã nrmal de mercad ligplista, uma empresa só sbrevive enquant mantém alguma vantagem cmpetitiva sbre seus cncrrentes. Quant mais vantagens dispõem, tant melhr, (MARTINS e LAUGENI, 1999, pág.9). Cnfrme Gaither e Frazier (2001, p.11), entre as duas grandes guerras, entretant, cmeçu a surgir ns Estads Unids uma filsfia entre s gerentes segund a qual s trabalhadres eram seres humans e deviam ser tratads cm dignidade n trabalh. Esta filsfia mstru pela primeira vez que s fatres humans afetavam a prdutividade. N entant, Megginsn, Msley e Pietri Jr. (1998, p.60) cnsideram que empregad desta épca havia de ter uma bediência incntestável, pis s administradres cnsideravam ist cm um us válid da autridade. Pde-se verificar que a filsfia da administraçã e a prática resultante ds cnceits estejam se desenvlvend durante séculs, mas para tant a principal respnsabilidade d administradr é planejar, dirigir e cntrlar s ats ds subrdinads, para bter deles mais eficiência. Segund Gaither e Frazier (2001, p.12), depis da Segunda Grande Mundial s pesquisadres das perações militares e suas abrdagens encntraram seu caminh de vlta para as universidades, indústrias, agências gvernamentais e firmas de cnsultria. Cnfrme Figura 5, sã apresentads s principais persnagens na abrdagem da administraçã científica e suas cntribuições para melhrar a administraçã de prduçã.

21 Persnagem Cntribuiçã Henri Fayl (1841-1925) Desenvlveu as funções universais da administraçã. Desenvlveu s princípis universais da administraçã. Frederick Winslw Taylr (1856-1915) Princípis da administraçã científica. Princípi da exceçã. Estud de temp e mviments. Análise de métds, padrões, planejament e cntrle. Prgrama de incentiv a trabalhadr. Filsfia da participaçã ns lucrs pel aument da prdutividade. Carl G. Barth (1860-1939) Desenvlveu a régua de cálcul. Henry L. Gantt (1861-1919) Desenvlveu s métds de prgramaçã da prduçã, usu métds gráfics e criu gráfic de Gantt. Sistemas de pagament pr incentiv. Abrdagem humanística a trabalhadr e treinament. Henry Frd (1863-1947) Expandiu a prduçã em massa e a linha de mntagem. Frank B. Gilbreth (1868-1924) Expandiu s princípis d estud de temps e mviments. Cntrats de cnstruçã, cnsultria e therbligs. Mrris L. Cke (1872-1960) Aplicaçã da administraçã científica à educaçã e a gvern Lillian M. Gilbreth (1878-1972) Pineira da seleçã, clcaçã e treinament pessal. Estuds da fadiga, ergnmia. Harringtn Emersn (1885-1931) Princípis da eficiência, ecnmia de milhões de dólares em ferrvias. Métds de cntrle. Figura 5 - Imprtantes cntribuições para abrdagem científica Fnte: Megginsn, Msley e Pietri Jr. (1998, p. 43-48), Gaither e Frazier (2001, p. 8-11), Chiavenat (2000, p. 49-53)

22 2.2 Participaçã ds empregads nas tmadas de decisã Visualizand que cmprtament human influência diretamente ns resultads da prdutividade, faz-se necessári uma revisã sbre a abrdagem cmprtamental, também denminada rgânica u humanística, a qual tentu preencher as lacunas da abrdagem científica, nde fram descberts nvs fatres que afetavam a prdutividade e mral ds empregads cntribuind para identificar, islar e revelar a imprtância ds fatres humans e sciais n relacinament rganizacinal. Cnfrme a Figura 6, sã apresentads s principais persnagens na abrdagem da administraçã cmprtamental e suas cntribuições para melhrar a administraçã de prduçã e perações. Persnagem Cntribuiçã Rbert Owen (1771-1858) Hug Munsterberg (1863-1916) Respnsabilidade scial, eliminar as influências de um ambiente hstil. Pai da administraçã pessal. Ênfase à necessidade de se estudar cmprtament human, além d estud da administraçã científica. Max Weber (1864-1920) Mary Parker Flter (1868-1933) Chester Barnard (1886-1961) Teria da burcracia na administraçã. Desenvlviment da Lei da Situaçã (análise de cm lidar cm cnflit). Cnceit de integraçã na resluçã de cnflit. Ênfase na rganizaçã cm sistema. Desenvlviment da teria da aceitaçã da autridade. Gerge Eltn May (1880 1974) Oliver Sheldn (1894-1951) Mviment das relações humanas. Ênfase na imprtância d element human para aumentar a prdutividade. Filsfia da respnsabilidade scial. Nçã que uma empresa tem alma. Figura 6 Imprtantes cntribuições para abrdagem cmprtamental Fnte: Megginsn, Msley e Pietri Jr. (1998, p. 49-51), Gaither e Frazier (2001, p. 11), Chiavenat (2000, p. 49-53)