Palavras-chave: NEIO, poder de mercado, cimento, organização industrial.

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ROBUSTEZ DOS MODELOS DA NEW EMPIRICAL INDUSTRIAL ORGANIZATION (NEIO) COM APLICAÇÃO AO MERCADO BRASILEIRO DE CIMENTO. Rodrgo Marah Zedan Abrl de 2005 RESUMO O rabalho vsa analsar a meodologa NEIO aplcando modelos esácos e dnâmcos para o mercado braslero de cmeno sendo consderado como mercado relevane a dvsão regonal do mercado. A déa é verfcar a robusez da abordagem NEIO em respeo às prncpas crícas e verfcar se é possível prescndr da observação drea de cusos varáves e margnas em esudos empírcos de poder de mercado. Os resulados prncpas apresenam robusez para ambas versões do modelo com mplcações de exercíco de poder de mercado por pare das empresas maor poder de mercado para mercados com menos empresas e vce-versa. ABSTRACT Ths wors analyzes a new emprcal ndusral organzaon (NEIO) model ha esmaes conduc whou accounng or margnal cos daa. The man proposon s o verfy he robusness of a sac and a dynamc verson of a NEIO model usng he regonal brazlan cemen mare. Also he man crcs o NEIO models are me and he man resuls are ha boh versons seems robus and ha frms n he cemen mare exercse mare power n a collusve manner wh regons wh less frms havng a more collusve conduc. Palavras-chave: NEIO poder de mercado cmeno organzação ndusral. JEL code: L - Producon Prcng and Mare Srucure. Esse exo é um resumo do segundo ensao da ese de douorado Ensaos sobre Poder de Mercado apresenado ao IE/UFRJ em março de 2005. emal do auor: rodrgo_zedan@homal.com

. Um modelo da New Emprcal Indusral Organzaon (NEIO) aplcada ao mercado de cmeno braslero 2 Rodrgo M Zedan. A Nova Organzação Indusral Empírca (New Emprcal Indusral Organzaon - NEIO). A abordagem radconal para analsar poder de mercado é conhecda como paradgma esruura-condua-desempenho (ECD). Desde o rabalho ponero de Ban (95) o foco analíco dessa abordagem envolve algumas caraceríscas: () a relação preço-cusos (desempenho) poda ser observada dreamene de dados conábes; () um conjuno de varáves capuram as dferenças esruuras das ndúsras; e () o rabalho empírco em como objevo esmar a relação enre esruura e desempenho (Bresnahan989 3 e Fuza 200). Ou seja essa abordagem mplca uma relação esável e causal enre a esruura da ndúsra a condua das empresas e o desempenho de mercado. A ípca análse ECD consse em especfcar uma medda de desempenho de mercado e um conjuno de varáves esruuras que suposamene explcam as dferenças de desempenho ner-ndúsras. A mensuração do poder de mercado nos modelos ECD enão sera normalmene fea comparando-se o preço com o cuso margnal das frmas que operam em um deermnado mercado. Dado que o preço é claramene observável poder-se-a mensurar o grau de poder de mercado das frmas se o cuso margnal das mesmas pudesse ser calculado. Denro dessa abordagem enão desenvolveram-se dversos pos de modelos empírcos ulzando-se dados de panés analsando mudanças conjecuras esudos de evenos que afeam o preço das ações mudanças na produvdade da ndúsra para medr performance ec. (Marn 200). Dessa forma análses ECD assumem que meddas de poder de mercado podem ser calculadas ulzando-se dados conábes dsponíves o que permra por exemplo consrur aproxmações do índce de Lerner e lucros econômcos. A análse empírca da abordagem ECD é crcada por uma sére de razões: é assumdo que a esruura da ndúsra deermna causalmene seu desempenho quando o desempenho pode nfluencar a esruura da ndúsra; meddas de concenração pouco refleem o nível de poder de mercado de uma ndúsra já que não levam em cona as elascdades ncenvos aos produores e enrada poencal de compedores (Borensen e all 999); nformações correas sobre cusos margnas podem não exsr exse uma lmação dos dados dsponíves além da dfculdade de usar dados de cross-secon para denfcar parâmeros esruuras (Fuza 200). Especfcamene dversos auores (por exemplo Bresnahan 982 Lau 982 ec) observaram que cusos margnas fundamenas para análse de poder de mercado da forma 2 Resumo do 2o ensao da ese de douorado: Ensaos sobre Poder de Mercado IE/UFRJ 2005. emal do auor: rodrgo_zedan@homal.com. 3 Bresnahan T.F. (989) Emprcal Sudes of Indusres wh Mare Power n Handboo of Indusral Organzaon Volume 2 Chaper 7.

radconal podem não ser observáves dadas as caraceríscas da ndúsra. Isso sgnfcara que seja pela endogenedade das varáves esruuras ou pela pouca confabldade de dados conábes as formas radconas de calcular poder de mercado baseados no paradgma ECD mplcaram em resulados errôneos para medr o desempenho das ndúsras. A abordagem da nova empírca organzação ndusral (New Emprcal Indusral Organzaon NEIO) segue algumas hpóeses do paradgma ECD mas não a formulação empírca baseada em cusos margnas muas vezes com ênfase em modelos de Teora dos Jogos que enfazam a condua. O grau de poder de mercado é denfcado e esmado aravés da análse da condua das empresas ou seja pelo comporameno mplíco das empresas observado nos dados de preço e quandade de equlíbro de mercado exsndo dferenes modelos NEIO para mercados de produos homogêneos e dferencados (Chaurved e Bandyopadhyay 200). O desenvolvmeno da NEIO enão ena aferr o grau de poder de mercado aravés da denfcação de um parâmero de condua com modelos que assumem cusos margnas não observáves. Fuza (200) resume as dferenças enre as abordagens da ECD e NEIO na fgura. Fgura ECD vs. NEIO ECD NEIO Margens preço-cuso (desempenho) Margens preço-cuso não são assumdas como observáves; podem ser dreamene cuso margnal (CMg) não pode ser observado dreamene; observadas em dados conábes. Varação cross-secon na esrura podem ser capurada por um pequeno número de meddas observáves. Trabalho empírco deve ser dedcado a esmar a relação de forma reduzda enre esruura e desempenho. Dados usualmene exraídos de esaíscas ndusras ofcas. Undade de observação é o seor/ndúsra. CMg ou é nferdo ou smplesmene não calculado. Idossncrasas própras de seores ndvduas; analsas não confam em comparações ner-seoras e levam em cona o dealhameno nsuconal na avalação da condua das frmas. Condua da frma e da ndúsra são vsas como parâmeros a serem esmados; equações comporamenas que defnem preço e quandade são esmadas e seus parâmeros são relaconados a noções analícas da condua da frma e da ndúsra. Naureza da nferênca de poder de mercado é clara pos as hpóeses alernavas consderadas (nclusve a de ausênca de neração esraégca) são explcadas. Novas fones de dados são acessadas ou consruídas dferenes das radconas. Undade de observação é a frma. Fone: Fuza (200) p. 399. e Bresnahan (989). Baer e Bresnahan (992) cam 3 formas de deecar poder de mercado economercamene: a) resposa dos preços a varações na elascdade preço da demanda b) resposa dos preços a varações no cuso margnal c) deecção de múlplos regmes de preços. O modelo canônco da NEIO segue o prmero grupo e é o de Bresnahan (982) e Lau (982) que analsa a exsênca de poder de mercado aravés de varáves que modfcam (roaconam) a função demanda de mercado. Nesse modelo são consruídas a curva de demanda e relações de ofera 4 que deermnam um equlíbro de mercado. A déa 4 Não são consruídas curvas de ofera no sendo esro da eora econômca. Curvas de ofera somene são defndas em mercados compevos dado que elas assumem ndependênca da decsão dos agenes econômcos (Marn 200).

cenral do modelo é que se a função demanda for roaconada ao longo de seu exo (.e. for modfcada a elascdade-preço da demanda) pode-se verfcar se há ou não presença de poder de mercado por pare das frmas aravés da denfcação do parâmero de condua e da forma que a recea margnal assume. No caso de mercados compevos cuja regra de maxmzação de lucro por pare das empresas é a de PCmg o preço de equlíbro permanecera nalerado enquano que na presença de poder de mercado mudanças na elascdade-preço da demanda modfcam a decsão óma de preços da frma. Nese caso o grau de poder de mercado podera ser nferdo pela dferença enre o novo preço de mercado e o preço do mercado compevo e pela proxmdade dese novo preço em relação ao preço de monopólo. Assm os modelos da NEIO enam denfcar o parâmero de condua ndreamene aravés de uma demanda dervada. Esse parâmero denfcado sera um parâmero de condua médo revelando o comporameno das empresas nesse mercado. Dado que o modelo é consruído com dados para o mercado como um odo não há verfcação do poder de mercado ndvdual. Dada a Fgura 2 o racocíno segue: P Fgura 2 Modfcações no Equlíbro de Mercado E E2 MC C D2 MC M MR2 D MR Bresnahan (982) Tome-se funções lneares ncas de demanda (D) e recea margnal (MR). O cuso margnal ambém é uma função lnear mas dvdda em cuso margnal em concorrênca perfea (MCC) e carel perfeo ou monopólo (MCM). Assm E é o equlíbro de quandade seja para concorrênca perfea ou monopólo. Grando-se a curva de demanda (D) ao longo do pono E em-se E2 o que modfca a curva de recea margnal de MR para MR2. E connua sendo o equlíbro para concorrênca perfea mas o equlíbro para

o caso de monopólo ou carel perfeo enconra-se agora em E2. Se a curva de demanda somene se desloca um novo pono de equlíbro sera enconrado mas sera gual para ambos os casos. Formalmene a roação da curva de demanda é fea pela nrodução da varável exógena Z na equação da demanda. Essa varável é exógena podendo ser caracerzada como renda ou alguma oura varável de demanda. Uma mudança na renda ou em oura varável de demanda represenada por Z desloca a curva de demanda podendo ser caracerzada como choque de demanda. Assm Bresnahan (982) reescreve a demanda lnear: 2 α 0 + αp + α Z + ε () para: α 0 + αp + α 2PZ + α 3Z + ε (2) A caracerísca prncpal é que Z nerage com P de forma que mudanças em PZ e Z combnam elemenos ano de roação como de deslocameno da curva de demanda (Bresnahan 982). Para os modelos esácos baseados no de Bresnahan (982) e Lau (982) a caracerísca mas relevane é a ulzação de Z para consrur PZ pos assm é garanda a consrução da roação da curva de demanda que perme deermnar o parâmero de condua médo. PZ enão orna-se uma varável que muda as caraceríscas da demanda por neragr com o preço. O erro padrão de () e (2) são as varáves não observadas de demanda e da relação de ofera assumdas aleaóras. Em muos casos preço e quandade de cada frma não são observadas esmando-se uma forma reduzda da recea margnal da empresa que mplca em uma relação de ofera de mercado. A relação de ofera no modelo canônco de Bresnahan (982) oma a forma: P c( W β ) λ. h( Z α) + η (3) onde: é quandade P preço Z é uma varável exógena (normalmene a renda) no lado da demanda W represena varáves exógenas no lado da ofera P + h( ) é a recea margnal e P +λh( ) é a recea margnal como percebda pela frma. As varáves da demanda enconram-se em h( ) porque afeam a recea margnal como percebda pelas empresas. Mas anda P +λh( ) é a forma geral de se escrever recea margnal enquano em modelos de varação conjecural P +λh( ) P+ θdp/dq.. Nos modelos de varação conjecural P+ θdp/dq. represena o equlíbro das empresas pos mosra como a recea margnal das empresas vara com mudanças na quandade produzda. Nos modelos da NEIO P+λh( ) represenam o parâmero de condua médo pos a análse não se dá ao nível da empresa e dessa forma P+λh( ) represena o ganho margnal das empresas com varação na quandade produzda pelo mercado. Dessa forma (3) é uma equação que relacona cuso margnal com recea margnal percebda não preço. Os parâmeros da demanda esão do lado h( ) porque afeam a recea

margnal. λ é o novo parâmero e mede o poder de mercado das frmas ou parâmero de condua médo. Se λ 0 êm-se concorrênca perfea pos P Cmg. Se λ a suação é de carel perfeo com o preço sendo aquele gual ao de um monopólo. Se λ /n êm-se o equlíbro smérco de Courno no qual as empresas se comporam como se esvessem maxmzando o lucro em um jogo de Courno de um eságo com odas as empresas do mesmo amanho. Sendo a demanda (como em ) e o cuso margnal lneares em-se: P 2 λ ( / α ) + β 0 + β + β W + η (4) Como () fo ransformada em (2) a relação de ofera ambém é modfcada pos como Bresnahan (982) argumena grafcamene λ em (4) não é observável dreamene pos não se sabe se ao esmar a equação 4 se esá esmando P Cmg ou MC Rmg como vso na fgura. O deslocameno da curva de demanda va levar a um novo equlíbro mas o novo equlíbro não dará nformações sobre o poder de mercado das empresas. Para sso deve-se roaconar a curva de demanda pos uma elascdade-preço dferene gera um novo equlíbro somene se as empresas em poder de alerar o preço. Assm ao se nroduzr Z pode-se dferencar o equlíbro e (4) passa a: λ. + β 0 + β + β W + η (5) α + α 3Z P 2 e λ é denfcado com λ 0 ransformando (5) em P β 0 + β + β 2W + η ou seja P Cmg. A formulação esáca de Bresnahan (982) enão nsere o ermo PZ para que a curva de demanda possa ser roaconada modfcando-se sua elascdade e denfcando-se λ. A deermnação economérca do racocíno econômco expresso na fgura 2 depende da ulzação de modelos de equações smulâneas. A equação de demanda e a relação de ofera deermnam smulaneamene preço e quandade de equlíbro daí a necessdade de um modelo que leve em cona al smulanedade na esmação das curvas e a ulzação de mínmos quadrados em dos eságos com o problema da nconssênca dos parâmeros resolvdo ulzando-se varáves nsrumenas 5 dado que a presença de uma varável explcava endógena gera vés e nconssênca do esmador de mínmos quadrados ordnáros. 5 A écnca consse em esmar prmeramene a curva de demanda ulzando-se as varáves prédeermnadas de ofera para denfcar a demanda com P & como nsrumeno de P para resolver o problema de endogenedade de P. A déa é que com sso se possa denfcar a curva de demanda separando os ponos P e do equlíbro de mercado para denfcar prmero a curva de demanda e depos a relação de ofera.

.2 A formulação dnâmca de um modelo da NEIO. Pare das crícas às formulações NEIO que seguem Bresnahan (982) e Lau (982) (mas sobre sso abaxo) deve-se ao caráer esáco dos modelos dervados dessa abordagem. De fao dado que pare da neração esraégca das empresas pode revelar esraégas de longo prazo modelos esácos não se apresenam capazes de reer nformações sobre um parâmero de condua que apresenara caraceríscas de curo prazo dversas daquelas de longo prazo. Com a déa de analsar formulações dnâmcas e adapar a leraura NEIO a uma abordagem baseada em neração esraégca dnâmca Karp e Perloff (989) Deodhar e Sheldon (996) Agnger e all (995) Seen e Salvanes (999) e Naane (2002) formularam modelos dnâmcos NEIO para esmar parâmeros de condua de longo prazo. A raconaldade é a de que a neração esraégca enre as empresas levara a um equlíbro de longo prazo mplcando um parâmero de condua esável de longo prazo. No curo prazo conudo podera haver um parâmero dferene a ser ajusado pela condua das empresas do seor. Os rabalhos de Seen e Salvanes (999) e Naane (2002) seguem essa mesma raconaldade assm como o presene rabalho..2. A raconaldade da formulação dnâmca o mecansmo de correção de erros (ECM) e Conegração. Se exse um relaconameno de equlíbro enre duas séres de empo x e y do po y αx a dferença enre as séres {y αx } coném nformação sobre a forma que se dá o processo de reorno ao equlíbro já que o ssema va se mover em dreção ao equlíbro se nele não esver (Banerjee e all 993). Em parcular {y - αx - } represena o desequlíbro prévo e é uma varável explcava úl para prever o próxmo movmeno de y. Esse ermo enão é chamado de mecansmo de correção de erros (error-correcon mechansm ou ECM) e pode ser ncluído em regressões dnâmcas. O parâmero α verdadero da sére de longo prazo {y - αx - } não é conhecdo mas sso não mpede o ECM de ser úl já que esse parâmero desconhecdo pode ou ser esmado prevamene ou esmado no processo de modelagem da varável de neresse. Mas anda o mecansmo geral de correção de erros pode ser mosrado ser equvalene a váras ouras ransformações de um modelo lnear qualquer que ncorpora valores passados ano da varável de neresse quano das varáves explcavas (Banerjee e all 995). Conudo para garanr um modelo ECM deve-se deermnar a própra exsênca de um relaconameno enre as séres de empo. O conceo de co-negração é relevane denro da análse economérca porque perme descrever a exsênca de um relaconameno esaconáro (equlíbro) enre duas ou mas séres de empo. Isso sgnfca que enquano as séres podem apresenar médas varâncas e covarâncas dversas e que varam com o empo alguma combnação lnear dessas séres que defne o relaconameno de equlíbro em propredades ndependenes do empo. 6 Como exemplo nuvo: omando-se duas séres de consumo agregado e PIB ambas varam de forma dferene ao longo do empo 6 Banerjee A. Dolado J. Galbrah J.W. Hendry D.F. (993) op. c. p. 36. radução lvre

sendo que o consumo pode apresenar crescmeno menor ou maor que o PIB no curo prazo mas em séres de longo prazo exse um claro relaconameno enre as duas séres. A relação enre o ECM e co-negração é dado pelo eorema de represenação de Granger. Esse eorema mosra que um ssema co-negrado de varáves pode ser represenado de rês dferenes formas: um veor auoregressvo (VAR) ECM e uma forma de médas móves. Essas represenações são odas somórfcas e o eorema pode ser demonsrado de rês formas equvalenes (Banerjee e all 993). Deve-se noar anda que o modelo de correção de erros é uma ransformação lnear de um auoregressve-dsrbued model (ADL). A dferença é que em uma forma ECM o modelo apresena parâmeros descrevendo o comporameno do ajuse de um desvo de curo-prazo que são medaamene provdos pela regressão (Banerjee e all 993). Exsem dferenes ransformações do modelo geral de correção de erros enre elas as de Bewley (979) Bärsden (989) e Phllps e Lorean (99)..2.2 A formulação dnâmco dos modelos NEIO na leraura. Seen e Salvanes (999) desenvolvem seu argumeno dnâmco omando como base o modelo de Bresnahan (982). A novação do modelo esá em nserr o mecansmo de correção de erros (ECM). Como já observado o que modelos com ECM razem de novo para a leraura é a formulação dnâmca que rabalha com dados não esaconáros e permem desvos de curo-prazo de um equlíbro mas geral de longo prazo (Seen e Salvanes 999). Normalmene funções lneares ou logarímcas são as formas funconas escolhdas por serem mas smples. Dada a forma funconal o modelo geral é esmado. São enão feos eses para verfcar se os coefcenes são sgnfcavos e se os erros são aleaóros. O modelo fnal deve sasfazer a eora econômca as condções esaíscas e ser ão smples quano possível. No modelo de Seen e Salvanes (999) a equação que descreve a demanda dnamcamene é: α 0 + α + α P P + α z Z + α pz PZ + 0 0 + γ [ θpp θzz θzppz ] + ε (6) 0 α j onde: θ j e j P Y Z PZ γ é a quandade P é preço Z é o veor das varáves exógenas que afeam a elascdadepreço da demanda no caso consumo prvado e o preço do salmão nore-amercano. θp mede o efeo de longo prazo esaconáro de P em. γ é um parâmero de ajuse do equlíbro de longo prazo ou seja mede o quano o pono de equlíbro de curo prazo esá afasado do equlíbro de longo prazo. A ransformação do ECM ulzado por Seen e Salvanes (999) é a de Bärsden (989). Como mosrado abaxo (7) é lnear porque os

auores ulzam uma ransformação baseada no eorema de represenação de Granger para ornar o modelo esmável com demanda e relação de ofera lneares. Assm ] [ zp z p PZ Z P θ θ θ γ é o mecansmo de correção de erros ransformado de um VAR segundo Bärsden (989). Analogamene ] [ W W P Λ ξ ξ é a ransformação lnear para a relação de ofera. O benefíco da ransformação de Bärsden (989) esá no fao de que o mecansmo de correção de erros é lnear o que possbla uma regressão drea das equações do ssema. Assm é ulzado o resíduo do VAR acma para a esmação de mínmos quadrados em dos eságos. A curva de ofera 7 enão é: + + + + + 0 0 0 0 w p W P P λ β β β β ] [ W W P η ξ ξ ψ + Λ + (7) onde: ) ( PZ P Z θ +θ e: ψ β ξ ψ β ξ ψ λ W w Λ No modelo PZ cumpre a função de modfcar a elascdade-preço da demanda para nvesgar o grau de poder de mercado. Anda como afrmam Seen e Salvanes (999): A formulação de correção de erros mplca ano uma medda de curo prazo de λ: λ 0 quano uma medda de longo prazo Λ. A relação de ofera em (8) ncorpora cusos de ajuse e perme desvos de curo prazo da resrção de que cuso margnal deve gualar a recea margnal percebda faores que são mporanes em esudos de cusos (Lucas 967; Fresen 992). Assm ulza-se o resíduo obdo da esmação VAR - ] [ zp z p PZ Z P θ θ θ γ - como ermo de correção de erros na equação de demanda que é enão esmada por 2 eságos..3 Mercado de Cmeno no Brasl. A aplcação da abordagem da NEIO nesse rabalho será fea para o mercado braslero regonal de cmeno. A escolha do mercado de cmeno deve-se a X faores: apresena produo homogêneo o que perme aplcar dreamene a abordagem sem reescrever o modelo para permr dferencação de produo; é caracerzado normalmene como um olgopólo o que sgnfca a predsposção de um resulado colusvo para o modelo; em sdo sujeo a dferenes esudos de poder de mercado o que perme cero grau de comparação com ndcadores enconrados na leraura. 7 Na verdade esa não é uma curva de ofera no sendo radconal da palavra mas sm uma curva de recea margnal. A déa que surge em Brasnahan e Lau é a de que se P>Rmg há poder de mercado mas sso só pode ser observado se houver uma mudança na elascdade-preço da demanda.

A ndúsra de cmeno apresena como barrera à enrada relevane no molde da confguração de mercado canas de dsrbução. Dado que cmeno é um produo que apresena uma relação peso/valor econômco grande não é vável economcamene o ranspore do produo por longas dsâncas já que sso mplcara crescene parcpação de cusos de ranspore no oal de cusos do produo. Como observou Haguenauer (997) 8 a proxmdade ao cenro consumdor consu mporane fone de poder de mercado dada a relevânca do cuso de ranspore no preço fnal de cmeno. O mercado naural esmado pelos especalsas do seor é o suado a uma dsânca máxma de 300m da fábrca ou cerca de 500m em áreas de menor densdade populaconal como as regões Nore e Nordese. Como ouro exemplo para os EUA em 977 82.5% da dsrbução de cmeno concenrava-se num rao de 320m enquano 94.5% em menos de 500m (Rosembaum 986 apud Marn 200) não há razão para que essa suação enha mudado consderavelmene desde enão. A avdade é consderada uma avdade de capal nensvo devdo ao grande nvesmeno necessáro para mplanação de uma undade. Esma-se que para planas de grande pore os nvesmenos se suem na faxa de US$ 5000/onelada/ano de clínquer/cmeno englobando equpamenos e consruções e não sendo compuados errenos jazdas de calcáro e capal operaconal. No oal o nvesmeno ascende a valores enre US$ 8000 a US$ 20000//ano de cmeno. A endênca da ndúsra é de escalas de produção elevadas (de a 5 mlhões /ano) de modo a dlur o cuso fxo e assegurar mas rápdo reorno do nvesmeno (BNDES 995). Essas economas de escala enão são muo relevanes e aladas ao cuso assocado à operação com elevados níves de ocosdade explca a exsênca de fluxos de cmeno a dsâncas maores nclusve exporações muas vezes a cusos margnas (Haguenauer 997 p. 33). Conudo o seor de cmeno não apresena grande dnamsmo ecnológco com a grande úlma mudança endo ocorrdo nos anos 70 quando fo dfunddo no mundo o processo de produção por va seca. (Texera e all 2003). A produção naconal de cmeno porland apresena alo grau de concenração sendo dvdda em dez grupos ndusras como mosra a Tabela. Tabela Produção de cmeno em 2002 por grupo ndusral Grupos Indusras Ton em 2002 % em 2002 Vooranm 5.773.88 45% Nassau 4.704.709 24% Cmpor 3.76.539 99% Holcm 3.36.283 87% Camargo Côrrea 3.056.974 80% Lafarge 2.660.662 70% CP Cmeno.942.230 5% Soecom.5.73 29% Iambé 884.90 23% Cplan 80.460 2% Toal 38.027.36 000% Fone: SNIC 2002. 8 p. 33.

Meddo pelo CR4 o grau de concenração sera de 0725 enquano pelo Índce de Herfndahl (HHI) de 022058 ambos valores sgnfcavos em ermos de concenração ndusral. Conudo dadas as caraceríscas do seor cmeno prncpalmene o fao dos alos cusos de dsrbução a análse da concenração naconal é nsufcene para medr o poder de mercado local das empresas já que ese é dvddo regonalmene pelos cusos de dsrbução. Adconalmene alos cusos de ranspore ambém mplcam em aumeno no número de undades ndusras e espalhameno geográfco. No caso da produção de cmeno naconal a produção dos dez grupos ndusras é dvdda em 58 undades ndusras espalhadas pelo erróro braslero. Esse número pouco em varado ao longo dos ano já que em 992 esse número era de 60 e em 998 de 62 fábrcas. A produção regonal por grupo ndusral enconra-se na Tabela 2. Tabela 2 - Produção por Grupo Indusral e Regão 200/02 oneladas. Grupos Indusras Prod. em 200 Prod. em 2002 % em 2002 n o de undades Regão Nore Nassau.83.077.88.445 000% 2 TOTAL NORTE.83.077.88.445 2 Regão Nordese Nassau 2.072.39 2.289.506 32% 6 Vooranm 3.406.684 3.324.786 453% 3 Lafarge 364.477 2.073 6% Cmpor.396.834.60.792 29% 4 TOTAL NORDESTE 7.240.386 7.346.57 4 Regão Cenro-Oese Vooranm 2.42.64 2.065.52 508% 3 Cplan 735.699 80.460 99% Camargo Côrrea 5.666 463.056 4% Cmpor 730.569 730.94 79% TOTAL CENTRO-OESTE 4.20.575 4.068.862 6 Regão Sudese Vooranm 6.065.857 5.678.227 297% 7 Nassau.272.97.226.758 64% Cmpor 669.626 657.34 34% Holcm 3.54.554 3.36.283 74% 5 Camargo Côrrea 2.732.073 2.593.98 36% 4 Lafarge 2.703.485 2.539.589 33% 6 Soecom.43.90.5.73 58% CP Cmeno 2.02.737.942.230 02% 4 TOTAL SUDESTE 20.5.204 9.09.258 29 Regão Sul Vooranm 4.680.4 4.705.653 745% 4 Cmpor 72.636 724.03 5% 2 Iambé 877.463 884.90 40% TOTAL SUL 6.279.240 6.34.594 7 Toal Brasl 38.938.482 38.027.36 58 Fone: SNIC 2002. A correne de comérco para o seor cmeno é normalmene consderada como desprovda de mporânca já que pelas suas caraceríscas de non-radable o produo apresena baxa possbldade de compeção nernaconal seja va mporação ou exporação. De fao os dados de exporação e mporação para 2002 apresenam pequena parcpação no oal consumdo. O volume mporado em 2002 fo de 45.650 oneladas aproxmadamene

04% do oal consumdo enquano as exporações foram de 0.350 aproxmadamene 03% do oal produzdo 9. A demanda por cmeno é pulverzada não havendo ndícos de poder de mercado do lado da demanda já que uma méda de 70% da produção é vendda para revendedores ndependenes. Denro da leraura somene um esudo apresena resulados economércos para o seor de cmeno no Brasl. Texera e all (2003) esmam a elascdade-preço da demanda agregada para o período 986-2002. O modelo de demanda esmada fo lnear com a quandade de demanda sendo dependene do preço de cmeno area bra índce do valor do aluguel de máqunas e equpamenos índce de saláro da mão-de-obra lgada à consrução cvl e PIB. Além das varáves explcavas supracadas foram adconadas uma varável dummy para o período pós-real e uma varável de endênca. Os dados foram deflaconados por rês índces de preços dferenes: INCC IGP-DI e IGP-OG. Os resulados após eses que reduzram o modelo foram de que a demanda por cmeno no Brasl apresena elascdade varando enre 02855 e 0353..3. Os Dados. Os dados para o desenvolvmeno do modelo podem ser dvddos em: cusos (deslocadores de ofera) preço índce de avdade da consrução cvl (deslocador de demanda) e consumo. Os dados de cuso envolvem aqueles dados para a produção do cmeno que é produzdo a parr da msura de calcáreo argla e area que são levados poserormene ao forno aé a emperaura de fusão ncpene. O produo resulane é o clínquer o qual moído e msurado à pequena percenagem de gesso resula como produo fnal no cmeno comum. Assm os dados de cusos levanados ncluem séres de preços dos nsumos báscos. As séres de area calcáreo e saláro do seor foram pesqusados juno à SIDRA ssema de nformação do IBGE o qual ambém fornece o índce de avdade do seor de consrução cvl varável que afea a demanda da ndúsra de cmeno. Preço do cmeno se refere ao cmeno mas comum CP-32 saco de 50g. Saláro é meddo por hora de rabalho. Preço da area se refere ao mero cúbco de area para cmeno enquano o do calcáreo é por qulograma. A sére de consumo (em oneladas) é provenene do Sndcao Naconal da Indúsra de Cmeno (SNIC). Todas essas séres são mensas e regonas compreendendo o período de janero de 99 a dezembro de 2002 sendo porano 44 observações. Para essas séres os dados regonas foram calculados como médas smples dos dados esaduas. O índce de avdade de consrução cvl ambém é mensal mas fo ulzada uma proxy regonal consderando-se que o índce somene exse para capas. Todos os dados são dados de aacado uma vez que são levanadas para a formaação do índce de consrução cvl do IBGE ou são coleados pelo SNIC. Todas as séres foram deflaconadas ulzando-se o IGP-M do IBGE. Esse índce fo escolhdo por ser de ampla aceação e por apresenar dados no período escolhdo. Também reflee varação de preços no aacado em vez de varejo encaxando-se melhor no caso do cmeno nsumo da consrução cvl. Texera e all (2003) esam seu modelo para 9 As exporações esveram concenradas na regão cenro-oese para países fronerços especalmene Paragua e Bolíva enquano as mporações foram em sua maor pare fea por mporadores da Regão Nore caracerzada por um monopólo local.

elascdade ulzando rês deflaores dferenes. As dferenças enre seus resulados são pouco expressvas. Dessa forma opou-se por ulzar o índce de nflação mas aceo para o mercado sem esar-se a sensbldade do modelo a dferenes índces. As caraceríscas esaíscas de cada varável são apresenados na abela 3. Tabela 3 Esaíscas Descrvas das Varáves para o Mercado Braslero de Cmeno. Regão Esaísca P W W 2 W 3 Y PZ Z Méda 9.463 9733 2.764 7.507 0.46 34768 88 03.870 Mínmo 4.537 53423 2.200 4.423 0.343 669 468 79.038 Nore Máxmo 24.887 220555 3.606 22.609 0.62 3922982 2366 33.950 Desv-Pad.399 45732 0.23.290 0.039 37885 86.7 Varânca.958 2090 6 0.053.663 0.002 0050 6 34435 84.79 Méda 8.297 444493 3.337 2.788 0.355 364485 769 00.453 Mínmo 3.888 27465 2.552 6.97 0.268 2946202 309 70.453 Nordese Máxmo 24.634 07275 4.663 28.944 0.47 3922982 2382 7.532 Desv-Pad.657 43748 0.320.659 0.029 78042 99 3.60 Varânca 2.744 206630 6 0.02 2.75 0.00 36980 6 39657 44.693 Méda 8.7 50668 5.242 3.808 0.22 3557808 75 99.432 Mínmo 4.382 92300 4.09 27.527 0.85 3378829 342 72.723 Sudese Máxmo 23.89 2038296 6.739 40.05 0.277 4376456 268 6.345 Desv-Pad.430 30937 0.409 2.99 0.05 98654 76.68 Varânca 2.045 955650 6 0.68 4.835 0.000 394630 6 30977 54.2 Méda 6.937 463252 3.762 24.07 0.60 3668924 636 97.075 Mínmo 4.599 384 2.703 20.952 0.24 3475883 250 69.260 Sul Máxmo 23.538 630072 4.766 30.78 0.23 4525276 2007 23.950 Desv-Pad.236 85262 0.303.444 0.03 20799 52.7 Varânca.528 72690 6 0.092 2.086 0.000 42930 6 23049 24.79 Méda 7.546 22245 3.744 30.525 0.224 364485 695 98.668 Cenro- Mínmo 4.398 27857 2.982 26.06 0.2 2946202 27 70.652 Oese Máxmo 32.345 339000 4.862 39.622 0.368 3922982 2645 25.437 Desv-Pad.7 47663 0.306 2.5 0.025 78042 84 2.288 Varânca 2.927 2270 6 0.094 4.627 0.00 36980 6 33779 50.997 3.5 O modelo esáco aplcado ao mercado braslero regonal de cmeno No caso de Bresnahan (982) o processo para denfcação de poder de mercado enão pode ser descro em eapas. No modelo de cmeno desenvolvdo para as regões brasleras a formulação esáca segurá a equação abaxo. Nesse caso deve-se esmar (8) equvalene para o mercado de cmeno sendo a equação: α 0 + αpp + αyy + αzz + αpzpz + ε (8) com

regão analsada; consumo de cmeno porland; P preço do cmeno porland; Y nível de avdade econômca; Z índce de avdade do seor de consrução cvl. Dessa forma a demanda por cmeno sera uma função do preço do nível de avdade econômca em geral e do nível de avdade do seor de consrução cvl em parcular. A varável PZ relacona preço e o nível de avdade servndo para roaconar a curva de demanda. Denro da leraura exsem váras formas de deermnar a varável que va roaconar a curva de demanda. Buschena e Perloff (99) ulzam duas varáves de endênca para represenar Z no seu esudo do mercado de cocos. Suomnem (99) Shaffer (993) e Seen e Salvanes (999) ncluem a renda além do preço de um bem subsuo. Alexander (988) ulza somene o preço de um bem subsuo e Jung e Seldom (995) usam o número de novos produos nroduzdos no mercado no seu esudo de propaganda. Somene uma varável é necessára para denfcar a roação na curva de demanda (Bresnahan 982). No presene esudo somene o índce de avdade do seor de consrução cvl será ulzado como forma de neragr com o preço do cmeno. Cmeno não apresena bens subsuos e o nível de avdade econômca represena muo mas uma forma de deermnar o crescmeno da demanda ao longo do empo como pare da neração de curo prazo com o preço do cmeno. Pela fala de subsuos por sua vez o índce de avdades da consrução cvl represena mudanças na qualdade da demanda drea por cmeno sendo que ela pode ser uma medda melhor de mudanças no comporameno da demanda. Com as esmavas de α Z e α PZ cra-se a varável. Daí pode-se esmar a α P +αpz relação de ofera (9) e λ é denfcado: P β + β + β W + β W + β W λ + η 0 W W 2 2 W 3 3 (9) com: W preço do saláro médo da ndúsra de cmeno; W 2 preço da area; W 3 preço da cal. Após as esmações ulzando-se os mínmos quadrados em dos eságos com as varáves nsrumenas sendo odas as pré-deermnadas excluídas (dados de cuso saláro area e calcáreo - para denfcar a curva de demanda além das endógenas defasadas) para cada regão os resulados das equações de demanda por regão são revelados na abela 5.

Tabela 4 Coefcenes esmados por mínmos quadrados em dos eságos da formulação esáca da equação de demanda. Varável Nore Nordese Sudese Sul Cenro-Oese parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p α P -0576 0.03-8050.4 0.385-70384 0.003-29735 0.006-9587.3 0.024 α PZ -62.2 0.085-65.5 0.022-227.7 0.252-04.0 0.223-2.8 0.65 α Z 824.7 0.020 8627.9 0.000 7062.8 0.000 3204.5 0.04 60.8 0.007 α Y 0.005 0.652 0.58 0.064 0.730 0.000 0.5 0.008 0.075 0.055 α 0 265768 0.03 4748.2 0.849 529244 0.005 826247 0.000 257095 0.03 R 2 ajus. 0.445 0.524 0.679 0.578 0.4089 elasc. ε pp -0.03-0.39-0.47-0.84-0.58 ε pz 0.498.223 0.83 0.302 0.60 Todos os coefcenes apresenam os snas esperados pela eora econômca: a relação enre preço e quandade é nversamene proporconal enquano a varável Z que represena o índce de avdade da consrução cvl relacona-se dreamene com a quandade demandada de cmeno. A relação PZ varável que serve para roaconar a curva de demanda no modelo e funcona como elascdade-preço da demanda apresena snal negavo o que ambém é esperado pela eora. Os valores de R 2 ajusado apresenam valores razoáves. Com os valores apresenados na abela 9 são cradas as varáves para denfcar-se λ. O cálculo das elascdades seguu a forma padrão. A elascdade-preço da demanda ε pp é dada por: ε pp [ α p + α pz Z].[ P/ ] (0) _ e a elascdade-renda por: ε pz [ αp + α pz P].[ Z/ ] () Os snas das elascdades apresenam-se em conformdade com a eora econômca negavo para elascdade-preço da demanda e posvo para elascdade-renda. Também a elascdade-preço da demanda revela-se como nelásca para odas as regões o que é esperado pela eora dado que o cmeno não apresena subsuos e é essencal na consrução cvl. A relação de ofera expressa na equação (9) enão pode ser esmada ambém ulzando-se mínmos quadrados em dos eságos com o índce de avdade a renda e a varável PZ sendo os nsrumenos para denfcar a relação de ofera. Os coefcenes esão dsposos na abela 5. _

Tabela 5 Coefcenes esmados por mínmos quadrados em dos eságos da formulação esáca da relação de ofera. Nore Nordese Sudese Sul Cenro-Oese β W 0.55549 0.40372 0.97346-0.053364 0.27455 valor-p [0.4092] [0.24473] [0.34399] [0.8429] [0.4890] β W2 0.3869 0.5298 0.23746 0.34654 0.37544 valor-p [0.00000] [0.00000] [0.00000] [0.00000] [0.00000] β W3 0.58827 8.95842 35.972734 33.09903 5.0378 valor-p [0.0000] [0.39] [0.00000] [0.00000] [0.0030] Β -0.00005-0.0000-0.000003-0.00002-0.00008 valor-p [0.00522] [0.0830] [0.32324] [0.008] [0.0908] -λ 0.82927 0.3034 0.23334 0.73888 0.87990 valor-p [0.02328] [0.032] [0.0477] [0.075] [0.03878] β 0 6.84853 2.74345 2.059929 4.889606.893867 valor-p [0.00000] [0.05392] [0.2486] [0.0087] [0.38724] R 2 ajus. 0.568448 0.602685 0.62745 0.604030 0.435557 As relações de ofera ambém apresenam valores com snas condzenes com a eora econômca. Os valores dos β W cada um represenando uma varável de ofera são posvos para odas as regões à exceção da relação enre saláro e preço para a Regão Sul. Os valores de λ esão correlaconados em ermos de ordem com o grau de concenração dos mercados como mosrado na abela 6. Tabela 6 Parâmero de condua empresas e fábrcas para o mercado braslero de cmeno por regão. Regão HHI λ Courno Fábrcas Empresas Nore.000 0.829.000 2 Nordese 0.35 0.303 0.250 4 4 Sudese 0.74 0.23 0.25 29 8 Sul 0.588 0.739 0.333 7 3 Cenro-Oese 0.343 0.880 0.250 6 4 A abela 6 mosra que exse uma relação de ordem enre o Índce de Herfndahl regonal 0 e a varável λ que mede poder de mercado no modelo esáco NEIO. Conudo embora ambém vare enre 0 e λ é menor para odas as regões. 0 O índce de Herfndahl (IHH) é ulzado para medr o grau de concenração varando de 0 a com os exremos represenando concorrênca perfea e monopólo respecvamene. Sua fórmula é Σ s 2 em que s é a parcpação relava do elemeno no valor oal do conjuno consderado. Nese rabalho o IHH é calculado com base na parcpação relava de cada empresa na regão.

.4. Teses de Raz Unára e Conegração para a Formulação Dnâmca. O ese de esaconaredade é o Dcey-Fuller aumenado. São ulzados duas versões do ese para esar conra esaconaredade e esaconaredade com endênca lnear daí serem ulzados as versões ADF 2 e ADF3. A hpóese nula H(0): z() é um processo de raz unára (sem e com endênca) I(): a 0. A hpóese alernava (H): z() é esaconáro (sem e com endênca): a < 0. A esaísca de ese é o valor- de a. O amanho da defasagem padrão é p [cn^r] onde: n44 c 5 e r.25. O ese é bcaudal a 95% de confança. Ulzando os mesmos eses ADF para deermnar raz unára pode-se exrar a defasagem de cada varável para se deermnar o modelo dnâmco aravés de Aae (989). Os resulados dos eses enconram-se na abela 3. Tabela 7 Defasagens para cada varável. Nore Nordese Sudese Sul Cenro-Oese Varável Def. Es. Def. Es. Def. Es. Def. Es. Def. Es. W 3-3.6 2-2.257 6 -.74 5-2.748 5-2.629 W 2 6 0.382 2 0.83 5.38 3 0.233 2 0.979 W 3 2-6.62 4-7.243 4-7.392 5-8.837 3-7.245 PZ 6 0.403 5 0.550 5 0.59 5 9.870 2 0.57-0.05.696 0.460 2 0.28 4 2.498 P 8 5.672 2 0.797 3 0.266 3-0.229 3 0.876 9 9.93 2 22.277 6 23.56 2 2.22 6 20.058 Y 22.8 22.84 0.46 2-0.52 4.405 Z 6 3.744 8 0.498 5 0.59 5 9.87 0.439 Todos os valores são sgnfcavos a 5%..4. Teses de Conegração. Para assegurar a exsênca de uma solução de longo prazo deve-se esar para conegração. Para sso é ulzado o ese de Johansen e Juselus (990). Para enconrar as possíves combnações lneares que analsam se a dferença das séres é esaconára os dados são dvddos em dos as relações de demanda e ofera. Dessa forma se os eses demonsrarem que há conegração pode-se conclur que as varáves que compõe demanda e ofera apresenam relações de longo prazo e a análse dnâmca é válda. A ordem escolhda para o modelo VAR(p) é p pos esá se analsando se exse um veor I(0) para séres I(). Charemza e Deadman (997) mosram que esar e analsar conegração ulzando um modelo VAR e a meodologa de Johansen e Juselus (990) é melhor que o méodo de equação smples de Engle-Granger para deermnados modelos já que a meodologa de Johansen e Juselus (990) consdera odas as varáves como endógenas. São dos os possíves eses para conegração ulzando-se a abordagem de Johansen e Juselus (990). O prmero é o ese máxmo egenvalue enquano o segundo é um ese de raço. Para o prmero a hpóese nula é a de que há r veores conegrados conra a Os resulados concluem por processos I().

alernava de que são n+ veores. Para o segundo a hpóese nula é a de que há no máxmo r veores de conegração conra a hpóese alernava de que são r máx os veores de conegração. Para ambos os eses os resulados suporam conegração e os resulados para o ese de raço enconram-se nas abelas abaxo. Para a equação de demanda os resulados esão apresenados na abela 9 2. Tabela 8 Conegração na equação de demanda. r Nore Nordese Sudese Sul Cenro-O valor c.5% 0 32.3 33.9 5.7 09. 3.3 33.3 8.8 03.2 9.4 69.9 87.6 27.3 2 47.7 33.7 34. 36.6 35.2 2.3 3 8.9 8.5 22.6 9..2 4.6 4 3.4 6.2 4.2 6.8 6.8 2. Para a relação de ofera os resulados enconram-se na abela 0. Tabela 9 - Conegração na relação de ofera r Nore Nordese Sudese Sul Cenro-O valor c.5% 0 74.9 34.3 97.5 34.7 42 33.3 27.7 3.3 37.9 02.8 35.9 27.3 2 99.3 84.2 6.3 9. 0.8 2.3 3 4.4 65. 34.8 35.6 26.8 4.6 4 3.3 0.3 7. 9.9 0.2 2. Os resulados aponam para quaro veores de conegração para cada relação de demanda e ofera em cada regão. Fo ulzado o sofware Evews para reduzr a um veor sgnfcavo para ser ulzado na ransformação de Bärsden (989)..4.2 Teses de Separabldade. Emprcamene a denfcação do nível de compeção da ndúsra ulzando-se um modelo NEIO como o descro acma é mpossível se e somene se a função demanda nversa for separável em um veor de varáves exógenas Z esse é o eorema de mpossbldade de Lau (982). Isso sgnfca na práca que α pz 0. Caso α pz 0 ornase mpossível a denfcação de λ pos a função demanda α 0 + αpp + αyy + αzz + ε somene apresenará deslocameno e não roação e como já observado nesse caso não se pode denfcar se o novo equlíbro é dferene para os casos de concorrênca perfea e mperfea. O ese para deermnar a separabldade segue Seen e Salvanes (999) e Naane (2002) com um ese de exclusão mposos como resrção nula para PZ no α pz para esmar a equação de demanda. Para esar α pz 0 ulza-se um ese de lelhood rao. Prmeramene esma-se o modelo compleo e resolve-se o problema egenvalue e depos esma-se o modelo com α pz 0 e os egenvalues resros ^ ^ λ >... > λ r são calculados. As esaíscas de ese 2 Os valores crícos são rerados das abelas A e A2 de Johansen e Juselus (990).

r são defndas como LR [ r( N 2)] T ln{ λ / λ } com uma dsrbução ququadrado com r(n-s) graus de lberdade onde s é o número de parâmeros ndependenes no modelo resro (Johansen e Juselus 990). Os resulados esão na abela 26. A hpóese nula de que Z é separável é rejeada para odas as regões o que sgnfca que pode-se ulzar PZ para denfcar λ. ^ ^ Tabela 0 Esaíscas de ese e valor críco para ese de separabldade. Nore Nordese Sudese Sul Cenro-Oese valor c.5% 278.52 49.06 73.74 68.93 8.93 9.49.4.3 Teses de Mudança Esruural. Teses de esabldade esruural são usados para verfcar a robusez do modelo dadas mudanças na esruura de mercado demanda efeos de regulação e mudanças ecnológcas. Dessa forma se o modelo apresena esabldade esruural pode-se consderar que os coefcenes esmados são consanes ao longo do empo e nesse caso o parâmero de condua méda enconrado não apresenara grandes desvos de curo ou longo prazos. O ese ulzado é uma evolução do ese de esabldade esruural de Chow. O ese padrão de Chow envolve a dvsão dos dados ao meo com a subseqüene esmação das equações em separado para cada sub-grupo. Os resulados são enão comparadas aravés de um F- ese padrão que resrnge os coefcenes das novas esmações para os da versão orgnal e compara o soma do quadrado dos resíduos. A versão recursva do ese consse em crar a parr de n observações esmações das equações para n+ observações n+2 aé N. Os valores crícos são dervados de um F-ese padrão como na versão smples do ese e uma probabldade é assocada com a esabldade das varáves e com a N-ésma observação. A hpóese nula é de que os coefcenes são esáves. Para o ese fo consderada a formulação dnâmca do modelo de cmeno dado que se essa versão mas geral apresena um parâmero de condua esável de longo prazo é razoável assumr que o mesmo ocorre na formulação esável. Os resulados esão apresenados na abela. Como se pode verfcar é razoável assumr a esabldade do parâmero de condua para odas as regões dado que não há razão para rejear qualquer das hpóeses nulas. Tabela Resulados do ese de esabldade de Chow Regão Chow Esruural Chow Prevsão Esaís-F Probab. Esaís-F Probab. Nore 0.0572 0.99996 0.0000977 0.99228 Nordese 0.0790 0.999885 0.00060 0.974623 Sudese 0.0006.000000 0.0000066 0.997946 Sul 0.00428 0.999996 0.00070 0.99395 Cenro-Oese 0.000372.000000 0.0000073 0.997850

.5. Esmando a formulação dnâmca. A formulação dnâmca fo esmada segundo Seen e Salvanes (999) e Naane (2002). A prncpal caracerísca do modelo como observado anerormene é o mecansmo de correção de erros. Também como nos auores supracados a formulação dnâmca fo esmada com a ransformação de Bärsden (989). Assm a equação de demanda do modelo esmada va mínmos quadrados em dos eságos fo ransformada para o caso do cmeno para: + + + + + 0 0 0 0 y z P Y Z P α α α α α 0 ] [ zp z p pz PZ Z P PZ ε θ θ θ γ α + + (2) onde: PZ Z P Y e j j j γ α θ A relação de ofera: + + + + + 0 0 0 0 w p W P P λ β β β β ] [ W W P η ξ ξ ψ + Λ + (3) onde: ) ( PZ P Z θ +θ e: ψ β ξ ψ β ξ ψ λ W w Λ Para deermnar o de cada uma das equações acma para cada regão foram ulzadas as defasagens prevamene deermnadas. Os resulados enconram-se na abela 2. Tabela 2 Coefcenes esmados por mínmos quadrados em dos eságos para a formulação dnâmca da eq. de demanda Nore Nordese Sudese Sul Cenro-Oese coefc. parâm valor-p parâm valor-p parâm valor-p parâme valor-p parâme valor-p α 0 26324 0.590-82022 0.889-693278 0.934 3034592 0.594 2347675 0.003 α q 0.689 0.000 0.50 0.000 0.599 0.000 0.607 0.000.74 0.09 α q2 0.247 0.043 0.38 0.00 0.26 0.277 0.243 0.070-3.072 0.003 α q3-0.43 0.245 n/p n/p 0.20 0.35 n/p n/p 7.902 0.004 α q4 0.03 0.4 n/p n/p 0.045 0.707 n/p n/p -.249 0.33 α q5-0.074 0.578 n/p n/p -0.90 0.52 n/p n/p -5.02 0.008 α q6 0.45 0.234 n/p n/p 0.59 0.033 n/p n/p -9.8 0.002 α q7-0.00 0.930 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p α q8 0.038 0.988 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p α q9 0.000 0.868 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p

coefc. Nore Nordese Sudese Sul Cenro-Oese parâm valor-p parâm valor-p parâm valor-p parâme valor-p parâme valor-p α P0 3293.7 0.998 58643 0.686 87066 0.636-22274 0.554 52862 0.003 α P -3642 0.776-3669 0.392-559 0.934 4040 0.844-4052 0.034 α P2-4520.4 0.70-7746 0.232-79378 0.202 48309.2 0.245-507.7 0.966 α P3 3788.5 0.739 n/p n/p -37999 0.736-286 0.743 2027 0.330 α P4-6965.9 0.557 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p α P5-4496.9 0.700 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p α P6 002.9 0.449 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p α P7-47.9 0.26 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p α P8-964.6 0.67 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p α Y0 0.0 0.55 0.068 0.707 0.063 0.777 0.06 0.674 0.529 0.004 α Y -0.03 0. -0.096 0.402-0.248 0.08-0.030 0.623 0.950 0.04 α Y2 n/p n/p n/p n/p n/p n/p -0.028 0.652-0.236 0.004 α Y3 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p -0.998 0.004 α Y4 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p 0.74 0.00 α PZ0-79.5 0.998-757.7 0.677-225.0 0.634 2424.2 0.553-235.7 0.23 α PZ 46.7 0.735 389.4 0.388 59.3 0.932-79.9 0.94 362.4 0.023 α PZ2 66.0 0.67 967.2 0.222 997.6 0.97-624.5 0.279-285.4 0.004 α PZ3-35.2 0.777 80.7 0.303 396.0 0.756 237.6 0.803 n/p n/p α PZ4 74.2 0.562-98.0 0.222 5. 0.920 44.2 0.522 n/p n/p α PZ5 69.6 0.58-66.7 0.25 62. 0.557 36.9 0.529 n/p n/p α PZ6 20. 0.335 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p α Z0 46.3 0.555 36344. 0.635 50043 0.528 37584.5 0.579 9024.7 0.002 α Z -268.6 0.632-994.6 0.230-895 0.506-72.6 0.954 78.3 0.743 α Z2-090.2 0.668-6762 0.234-5739 0.230 0686.7 0.240 n/p n/p α Z3 59.0 0.63-524.4 0.702-0493 0.65-450.5 0.777 n/p n/p α Z4-2050.6 0.408 2360. 0.375-3952 0.33-722.5 0.24 n/p n/p α Z5-723.6 0.999-586.7 0.702 55 0.460 509.2 0.657 n/p n/p α Z6 234.0 0.255 98.0 0.843 n/p n/p n/p n/p n/p n/p γ 465.7 0.999-838.7 0.689 9223.7 0.47-3050.0 0.736 0988 0.006 Longoprazo θ p 2.254 0.556 4.365 0.925 3.738 0.829-5.648 0.957 8.035 0.568 θ y 0.000 0.552 0.000 0.975 0.000 0.536 0.000 0.95 0.000 0.577 θ z 0.997 0.555-9.766 0.92 5.425 0.790-2.323 0.786 0.74 0.304 θ pz -0.054 0.556-0.048 0.938-0.042 0.832 0.064 0.956-0.02 0.05 R 2 ajus. 0.94 0.86 0.935 0.754 0.638 elasc. ε pp -0.274-0.069-0.098-0.06-0.622 ε pz 0.3 0.94 0.742.648 0.650 Os resulados para a relação de ofera enconram-se na abela 3.

Tabela 3 - Coefcenes esmados por mínmos quadrados em dos eságos para a formulação dnâmca da relação de ofera coefc. Nore Nordese Sudese Sul Cenro-Oese parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p β 0 2.848 0.02.075 0.578.083 0.68 0.90 0.625-0.437 0.897 β P 0.06 0.039 0.9 0.90 0.79 0.058 0.052 0.593-0.057 0.540 β P2-0.082 0.337 0.36 0.23 0.09 0.842 0.90 0.03-0.073 0.443 β P3-0.027 0.730 n/p n/p -0.09 0.854 0.08 0.354 0.095 0.478 β P4-0.65 0.02 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β P5 0.036 0.609 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β P6 0.3 0.076 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β P7-0.08 0.234 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β P8-0.057 0.374 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β q0 0.000 0.060 0.000 0.274 0.000 0.252 0.000 0.037 0.000 0.499 β q 0.000 0.630 0.000 0.28 0.000 0.580 0.000 0.70 0.000 0.046 β q2 0.000 0.988 0.000 0.635 0.000 0.409 0.000 0.309 0.000 0.407 β q3 0.000 0.550 n/p n/p 0.000 0.064 n/p n/p 0.000 0.793 β q4 0.000 0.29 n/p n/p 0.000 0.059 n/p n/p 0.000 0.435 β q5 0.000 0.665 n/p n/p 0.000 0.86 n/p n/p 0.000 0.045 β q6 0.000 0.405 n/p n/p 0.000 0.85 n/p n/p 0.000 0.045 β q7 0.000 0.938 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β q8 0.000 0.693 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β q9 0.000 0.402 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β W0-0.056 0.060 0.347 0.370 0.09 0.609-0.065 0.835-0.96 0.700 β W -0.50 0.24 0.298 0.432-0.99 0.388 0.258 0.362-0.32 0.784 β W2 0.906 0.030-0.028 0.973-0.456 0.047-0.225 0.407.005 0.028 β W3 0.569 0.250 n/p n/p -0.423 0.062-0.836 0.002.097 0.04 β W4 n/p n/p n/p n/p 0.29 0.336-0.332 0.239-0.592 0.95 β W5 n/p n/p n/p n/p -0.545 0.0 0.253 0.383 -.25 0.03 β W6 n/p n/p n/p n/p 0.35 0.534 n/p n/p n/p n/p β W20 0.386 0.000 0.557 0.000 0.227 0.00 0.83 0.006 0.235 0.002 β W2 0.78 0.09-0.282 0.00-0.250 0.000 0.00 0.885-0.032 0.698 β W22-0. 0.48-0.02 0.473 0.3 0.08 0.244 0.00 0.3 0.20 β W23 0.242 0.002 n/p n/p -0.4 0.028 0.045 0.550 n/p n/p β W24-0.04 0.40 n/p n/p 0.052 0.394 n/p n/p n/p n/p β W25 0.2 0.07 n/p n/p 0.056 0.30 n/p n/p n/p n/p β W26-0.33 0.053 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p β W30 8.33 0.000 7.786 0.83 42.069 0.000 25.63 0.000 7.038 0.00 β W3.869 0.40 7.854 0.69 4.809 0.096 0.848 0.909 20.030 0.000 β W32 7.99 0.00 7.599 0.92-0.323 0.973-3.765 0.07-4.320 0.438 β W33 n/p n/p -.500 0.704 9.40 0.33 7.432 0.29 2.038 0.83 β W34 n/p n/p n/p n/p 7.230 0.079-3.530 0.579 n/p n/p β W35 n/p n/p n/p n/p n/p n/p -0.22 0.987 n/p n/p -λ 0 0.469 0.045 0.88 0.84 0.095 0.499 0.27 0.075 0.27 0.304 λ 0.039 0.863-0.83 0.93-0.029 0.835-0.3 0.360-0.299 0.039 λ 2 n/p n/p n/p n/p n/p n/p 0.084 0.498 0.070 0.628

coefc. Nore Nordese Sudese Sul Cenro-Oese parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p parâme valor-p λ 3 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p -0.056 0.683 λ 4 n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p n/p -0.05 0.902 ψ -0.978 0.597-0.486 0.56-0.373 0.954 -.644 0.656 2.509 0.699 longoprazo ξ q -0.582 0.49 0.057 0.577-0.36 0.560-0.54 0.583-0.448 0.08 ξ w 0.36 0.088 0.209 0.843-0.5 0.36-0.027 0.838 0.052 0.72 ξ w2-8.095 0.00 3.088 0.798-46.225 0.083 0.074 0.664 0.82 0.860 ξ w3 0.479 0.076-0.387 0.327 0.254 0.523 0.32 0.5 0.05 0.435 Λ -0.582 0.49 0.057 0.577-0.36 0.560-0.54 0.583-0.448 0.08 R 2 ajus. 0.87 0.659 0.764 0.77 0.558.6. Crícas aos modelos NEIO Como já observado a raconaldade dos modelos NEIO é esabelecer emprcamene o parâmero de condua aravés de varações da elascdade-preço da demanda sem observar dados conábes. Dado seu aparecmeno recene na leraura somene nos úlmos anos começaram a surgr crícas às formulações dos modelos empírcos NEIO. Essas crícas anda não esão consoldadas em um corpo formal 3 conudo e por sso foram compladas aravés da leraura. As crícas aos modelos NEIO podem ser resumdas em: fala de relação com a eora; vés das formas funconas; fala de raameno de mudanças ecnológcas; defnção de mercado; hpóeses sobre o comporameno da função de demanda e relação de ofera..6. Fala de relação com a eora Modelos como os descros pela NEIO enam modelar um fenômeno dnâmco (.e. ação e reação) denro de uma abordagem esáca (Sexon e Zhang 2000). Dado esse racocíno as formulações dnâmcas de Karp e Perloff (989) Deodhar and Sheldon (996) Seen e Salvanes (999) e Naane (2002) 4 seram a melhor forma de raar o parâmero de condua. Mas um dos mas mporanes avanços na leraura de organzação ndusral fo o da obenção da habldade de análse de jogos mul-períodos com equlíbro olgopolísco (Sheldon e Sperlng 200). Em parcular Fudenberg and Trole (989) enre ouros mosraram que é possível ober-se equlíbro não-cooperavo colusvo em jogos repedos fnas vezes. Isso é reforçado por Slade (995) que sugere que jogos esácos de um período são rejeados pelos dados o que mplca que modelos esácos com dados de séres de empo são compaíves com a leraura. Mas anda Docner (992) Cabral (995) e Agnger e Pfaffermayr (997) demonsraram que meddas esácas de poder de mercado coném sufcene nformação para resolver o jogo dnâmco mplíco 3 Váras das crícas abaxo enconram-se em Sheldon e Sperlng (200) e/ou Sexon e Zhang (2000) mas nem odas. 4 Embora esses não sejam os prmeros modelos a enar mpor uma dnâmca na abordagem NEIO são os prmeros modelos geras.