ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS DE PODER DE MERCADO NO SEGMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE GASOLINA C NO BRASIL, DE 2002 A

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1 ROSANGELA AARECIDA SOARES FERNANDES ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS DE ODER DE MERCADO NO SEGMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE GASOLINA C NO BRASIL, DE 22 A 28 Tese apresenada à Unversdade Federal de Vçosa, como pare das exgêncas do rograma de ós-graduação em Economa Aplcada, para obenção do íulo de Docor Scenae. VIÇOSA MINAS GERAIS- BRASIL 2

2 ROSANGELA AARECIDA SOARES FERNANDES ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS DE ODER DE MERCADO NO SEGMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE GASOLINA C NO BRASIL, DE 22 A 28 AROVADA: 2 de AGOSTO de 2. rof. Cleber Barbosa rof. Alexandre Bragança Coelho (Co-orenador) rof a. Slvnha no Vasconcelos rof. João Eusáquo de Lma (Co-orenador) rof. Marcelo José Braga (Orenador)

3 AGRADECIMENTOS A Deus, pelas oporundades conceddas, sabedora, força e por esar sempre lumnando meus camnhos. Aos meus pas pelos ensnamenos mas mporanes para mnha vda e pelo apoo que me permram superar odos os obsáculos e chegar ao fnal dessa jornada. Ao meu orenador Marcelo José Braga pela orenação, confança e pacênca dspensadas. Aos meus conselheros Alexandre Bragança Coelho e João Eusáquo de Lma pelas conrbuções e sugesões proposas na mnha ese. Aos professores do Deparameno de Economa Rural, pelos ensnamenos comparlhados, por conrbuírem para mnha formação acadêmca.em especal, agradeço ao professor Maurnho Luz dos Sanos pelas oporundades conceddas, pelo carnho e aenção dspensadas a mm durane o mesrado e douorado. A professora Elane pela amzade, boas conversas e valosas sugesões ao rabalho de ese. A odos os funconáros do Deparameno de Economa Rural, pela aenção e colaboração no da-a-da. A Unversdade Federal de Vçosa, por meo da equpe do rograma de ós- Graduação em Economa Aplcada, pela oporundade de realzação do douorado, e ao CNq, pela bolsa de esudos. Ao Alexandre Gerváso pela mensa ajuda, pacênca e preseza que ano conrbuíram na fase ncal desse rabalho. Ao Vladmr por er, ncalmene, me ajudado a desvendar o modelo dnâmco. A Gracela, pelos consanes quesonamenos e dscussões sobre a meodologa ulzada. Aos amgos Alan, Alne e Norbero pela amzade, apoo e por comparlharem os momenos bons e dfíces do mesrado e douorado. A Aracy, Dêns, Dnlson, Jean, Mrelle, Talles e Vanessa, pela boa convvênca, amzade e poucos momenos de desconração. Aos meus amgos Robera e Sergnho pela amzade e por esarem sempre dsposos a me ajudar. A grande e nseparável amga, Crsane Márca, por er escuado mnhas lamenações e não er me dexado dessr. A odos aqueles que, de manera drea ou ndrea, conrbuíram para a realzação desa ese.

4 BIOGRAFIA Rosangela Aparecda Soares Fernandes, flha de Nelson Gomes Fernandes e Helena Soares Fernandes, nasceu em Ro omba, MG, no da de ouubro de 979. Em março de 2, ncou o Curso de Cêncas Econômcas na Unversdade Federal de Vçosa, graduando-se em julho 24. Em março 25, ngressou-se no rograma de ós-graduação, em nível de Mesrado em Economa Aplcada, da Unversdade Federal de Vçosa, submeendo-se a defesa de ese em dezembro de 26. Em março de 27, ngressou no curso de Douorado em Economa Aplcada no Deparameno de Economa Rural da Unversdade Federal de Vçosa, submeendo-se a defesa de ese em agoso de 2. Em feverero de 2, ngressou no quadro de docenes da Unversdade Federal Rural do Ro de Janero (UFRRJ).

5 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS...v LISTA DE FIGURAS......v RESUMO...v ABSTRACT...x INTRODUÇÃO..... Consderações ncas O problema e a sua mporânca Hpóese Objevos REFERENCIAL TEÓRICO A Organzação Indusral e o aradgma Esruura Condua- Desempenho A Teora da Nova Organzação Indusral Empírca (NEIO) Revsão de leraura dos rabalhos da NEIO rncpas crícas aos modelos da Nova Organzação Indusral Empírca METODOLOGIA Delmação do mercado relevane do produo Mensuração das elascdades-preço drea e cruzada Delmação do mercado a parr análse da relação enre os preços Esaconaredade e o ese de raz unára Tese de Conegração Tese de causaldade de Granger Modelos de deermnação do grau de poder de mercado Formulação esáca do modelo de Bresnahan (982) A reformulação dnâmca do modelo de Bresnahan (982) Abordagens dnâmcas de Seen e Salvanes (999) e Hjalmarsson (2) Méodo de Esmação Deermnação da perda de bem-esar (DWL) Varáves e Fone de dados RESULTADOS E DISCUSSÃO Delmação do mercado relevane dos combusíves líqudos, gasolna C e álcool hdraado, no segmeno de dsrbução v

6 4..2. Delmação do mercado relevane de produo a parr das relações de preços, Brasl e regões Idenfcação do grau de poder de mercado exercdo pelas dsrbudoras de gasolna C a parr do modelo esáco Idenfcação do grau de poder de mercado exercdo pelas dsrbudoras de gasolna C: modelo dnâmco RESUMO E CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS... 3 v

7 LISTA DE TABELAS Tabela - arcela de mercado e razão de concenração das maores empresas dsrbudoras de gasolna C no Brasl, percenual em volume de vendas... 5 Tabela 2 Índces parcas de concenração de mercado nas regões brasleras no ano de 28, percenual em volume de vendas... 5 Tabela 3 - Esaíscas descrvas das varáves envolvdas na esmação dos modelos esáco e dnâmco para a deermnação do grau de poder de mercado das dsrbudoras de gasolna C, Brasl e regões, 22 a Tabela 4 Elascdades preço drea e cruzada, gasolna C e álcool hdraado, de curo e de longo prazo obdas a parr da equação de demanda na formulação esáca e dnâmca Tabela 5 Resulados do ese ADF a parr do procedmeno descro em Enders (995)... 8 Tabela 6 Relações de conegração enre o preço de gasolna C e álcool hdraado pracados pelas dsrbudoras Tabela 7 Teses de raz unára nos resíduos das equações de conegração enre os preços de gasolna C e álcool hdraado, Brasl e regões Tabela 8 Teses do raço e do máxmo auovalor para co-negração enre os preços da gasolna C e álcool hdraado Tabela 9 Marz de correlação das varáves ndependenes da equação de demanda e relação de ofera Tabela Coefcenes esmados por Mínmos uadrados em Dos Eságos da formulação esáca da equação de demanda Tabela Coefcenes esmados por Mínmos uadrados em Dos Eságos da formulação esáca da relação de ofera Tabela 2 - arâmero de condua, λ, grau de condua médo hpoéco de Courno, λ, número de dsrbudoras e Índce de Lerner Tabela 3 Resulados do ese ADF pelo procedmeno descro em Enders (995). 97 Tabela 2C Resulados dos eses de raz unára de hllps-erron () Tabela C - Tese de causaldade de Granger enre os preços de gasolna C e álcool hdraado para Brasl e regões v

8 LISTA DE FIGURAS Fgura Organzação da cadea produva e dsrbuva de combusíves no Brasl... 2 Fgura 2 Evolução das vendas e preços nomnas da gasolna C pracados pelas dsrbudoras no mercado naconal, janero de 22 a dezembro de Fgura 3 rncpas hpóeses do paradgma Esruura Condua-Desempenho...6 Fgura 4 Deslocameno da demanda e o equlíbro de mercado Fgura 5 Mudança na elascdade-preço da demanda e a deermnação do equlíbro de mercado...24 Fgura 6 - rocedmeno seqüencal para a realzação do ese ADF...48 Fgura 7 erda de bem-esar assocada ao exercíco de poder de mercado Fgura 8 reços mensas dos combusves pracados pelas dsrbudoras, de janero de 22 a dezembro de Fgura 9 Relação de precos alcool hdraado e gasolna C, Brasl e regoes, 22 a v

9 RESUMO FERNANDES, Rosangela Aparecda Soares, D.Sc., Unversdade Federal de Vçosa, agoso de 2. Análse das evdêncas de poder de mercado no segmeno de dsrbução de Gasolna C no Brasl, de 22 a 28. Orenador: Marcelo José Braga. Co-orenadores: Alexandre Bragança Coelho e João Eusáquo de Lma. O seor de dsrbução de gasolna C é concenrado em nível naconal e regonal. Além dsso, exsem desvanagens econômcas das frmas enranes comparavamene às grandes empresas já esabelecdas, relaconadas não apenas às maores capacdades de armazenameno dos produos, mas ambém à localzação das bases que, va de regra, são nsaladas em regões próxmas as undades produoras. Também, não exse uma dversdade de combusíves subsuos próxmos da gasolna C que represenem alernavas para o mercado consumdor. Dane dsso, o presene rabalho eve como objevo avalar o grau de poder de mercado na dsrbução de gasolna C e o mpaco sobre o bem-esar socal no Brasl, no período de janero de 22 a dezembro de 28. O rabalho fo realzado à luz da Teora da Nova Organzação Indusral Empírca (NEIO), sob uma abordagem proposa por Bresnahan (982). Além dsso, fo ulzada uma formulação dnâmca desse modelo, que permu denfcar o grau de poder de mercado esável no longo prazo. Enreano, delmou-se prevamene o mercado relevane de produo, álcool hdraado e gasolna C. Os resulados obdos sugerem que a gasolna C e o álcool hdraado enconram-se no mesmo mercado relevane de produo. As esmavas modelo esáco evdencaram que para, Brasl e regões, os parâmeros de condua se revelaram muo dsanes do conluo perfeo. orano, a hpóese de que exse poder de mercado nas regões geográfcas analsadas não fo acea. or ouro lado, exceo no caso da regão Nore em que o parâmero de condua revelou-se esascamene não sgnfcavo, a hpóese de compeção perfea fo descarada. Já no modelo dnâmco, o parâmero de condua esmado para o Brasl não fo esascamene sgnfcavo. De manera geral, para os mercados regonas, os resulados obdos corroboram a rejeção da hpóese de exsênca de expressvo poder de mercado por pare das empresas dsrbudoras de gasolna C. A elevada concenração nos mercados regonas e as barreras à enrada v

10 parecem não serem sufcenes para permr o exercíco de poder de mercado pelas dsrbudoras de gasolna C. Nas regões Sudese, Nore e Cenro-Oese os parâmeros comporamenas refleram a elevada compeção enre as dsrbudoras, não assocada às condções esruuras e as caraceríscas da demanda do mercado consumdor. No Sul e Nordese, os parâmeros de condua resulanes foram comparavamene mas elevados. A concorrênca nra-regonal enre regões lmírofes, a demanda permanenemene reprmda, em casos solados, e a demanda elásca em relação ao preço da gasolna C e álcool hdraado podem conssr em elemenos mpedvos ao exercíco de poder de mercado. or úlmo, não fo possível verfcar perdas de bemesar sufcenemene sgnfcavas para a socedade. Esse resulado fo obdo a parr da mensuração do Deadwegh Loss (DWL), uma vez que ese se revelou baxo em odos os mercados geográfcos. orano, não ocorreram perdas sgnfcavas para a socedade em decorrênca da nexsênca de poder de mercado expressvo por pare das dsrbudoras de gasolna C. x

11 ABSTRACT FERNANDES, Rosangela Aparecda Soares. D. Sc., Unversdade Federal de Vçosa, Augus of 2. Analyss of evdence of marke power n he dsrbuon segmen of Gasolne C n Brazl from 22 o 28. Advser: Marcelo José Braga. Coadvsers: Alexandre Bragança Coelho and João Eusáquo de Lma. The C gasolne dsrbuon secor s hghly concenraed n naonal and regonal level. Besdes, here are economcal dsadvanages of he ncomng frms comparavely o he bg companes already esablshed, relaed no jus wh he larges capaces of sorage of producs, bu also wh he locaon of he bases ha, usually, are nsalled n close areas o producng uns. Also, here s no a dversy of subsue fuels close of C gasolne whch represens alernaves o he consumng marke. Before ha, hs sudy had as objecve evaluae he degree of marke power n he dsrbuon of C gasolne and he mpac on he welfare, n he perod of January of 22 o December of 28. The research was accomplshed by he lgh of New Emprc Indusral Organzaon Theory (NEIO), under an approach proposed by Bresnahan (982). Besdes, was used a dynamc formulaon of Bresnahan model whch allowed us o denfy a conduc parameer ha deermnes he degree of power of sable marke n long perod. I was prevously delmed he relevan marke of produc mosurzed alcohol and C gasolne. The obaned resuls suggesed ha he C gasolne and he mosurzed alcohol are a he same relevan marke of produc. The esmave of he sac model suggesed ha for Brazl and areas, he behavoral parameers revealed hemselves pleny dsan of he perfec colluson. Therefore, he hypohess ha here s a marke power n he analyzed geographcal areas was no acceped. On he oher hand, excep n he case of he Norh area whch he conduc parameer was revealed sascally no sgnfcan, he hypohess of perfec compeon was dscarded. In he dynamc model, he conduc parameer valued o Brazl was no sgnfcan sascally. In a general way, n he regonal markes, he obaned resuls corroborae he rejecon of he hypohess of exsence of an expressve marke power on he par of he dsrbung companes of C gasolne. The hgh concenraon n he regonal markes and he barrers o he enrance seems no o be enough o allow he exercse of marke x

12 power for he dealers of C gasolne. In Souheas, Norh and Cener-wes areas, he behavor parameers refleced he hgh compeon among he dealers, no assocaed o he srucural condons and he characerscs of he consumng marke demand. In he Souh and Norheas he resulng conduc parameers were comparavely hgher. The nraregonal compeon among borderng areas and he elasc demand n relaon o he prce of C gasolne and mosurzed alcohol can conss of deerren elemens o he exercse of marke power. Fnally, was no possble o verfy welfare loses suffcenly sgnfcan for he socey. Tha resul was obaned from Deadwegh Loss measuremen (DWL), once hs revealed self low n all of he geographcal markes. Therefore, sgnfcan losses dd no happen for he socey due o he nexsence of power of an expressve marke on he par of C gasolne dealers. x

13 INTRODUÇÃO.. Consderações ncas O seor de combusíves é de fundamenal mporânca para a economa braslera, pos se desaca na geração de renda e emprego para a população do país. No ano de 28, o faurameno do seor fo de R$ 73 blhões, resulando em uma arrecadação de rbuos da ordem de R$ 52 blhões, com a geração de mas de 33 ml empregos dreos e ndreos. Desaca-se que, 28 fo um ano favorável para o seor de abasecmeno de combusíves, pos, as vendas de combusíves líqudos no país angram cerca de 5,9 blhões de lros, com um crescmeno no consumo agregado dos dervados de peróleo e bocombusíves, de 8,4%, comparavamene a 27 (FECOMBUSTÍVEIS, 29). Denre os combusíves líqudos ulzados no abasecmeno de auomóves e veículos leves se desacam a gasolna comum (C) e o álcool hdraado. O prmero pode ser obdo a parr do processameno de peróleo, assm como os ouros dervados energécos (óleo desel, gasolna de avação, gás lquefeo de peróleo, óleo combusível) e não energécos (asfalo, solvenes e parafnas). A gasolna C é composa pela msura da gasolna A e álcool andro. Já o álcool hdraado, pode ser obdo a parr da adção da água ao álcool andro. A respeo do volume de vendas desses dos combusíves líqudos, é mporane salenar que, embora o volume de vendas do álcool hdraado venha apresenando sgnfcava expansão nos úlmos anos, a quandade vendda de gasolna C anda é comparavamene maor nos mercados naconal e regonas. De acordo com a Agênca Naconal de eróleo - AN (29), em 28, as vendas de gasolna C no Brasl cresceram 3,5% comparavamene ao ano aneror, em decorrênca das vendas recordes

14 de veículos leves, que se expandram cerca de 3,3%, e ambém pela nfluênca das regões em que a pardade de preços álcool-gasolna permaneceu favorável à gasolna. Nesse ano, as regões Sudese e Sul foram responsáves, respecvamene, por 47,85% e 2,65% das vendas naconas de gasolna C, segudas pelas regões Nordese, Cenro- Oese e Nore com parcpações de 5,79%, 9,56% e 6,5%, respecvamene. or ouro lado, verfcou-se uma elevação sgnfcava no consumo de álcool hdraado, em orno de 42%, em razão das expressvas vendas de veículos flex-fuel, conjugadas à expansão do número de Esados em que a pardade de preços apresenou-se favorável ao álcool. A cadea produva e de dsrbução da gasolna C é composa pelas avdades de exploração, produção, ranspore, refno, dsrbução e revenda. orano, para que as vendas de gasolna C e demas combusíves sejam efeuadas aos consumdores, é necessáro que o seor possua uma complexa esruura organzaconal. A Fgura 2 lusra a organzação da cadea produva e dsrbuva de combusíves no Brasl. Refnaras Cenras peroquímcas osos Revendedores Auomoblsas Camnhoneros Usnas e Deslaras roduores de Bodesel Bases das Dsrbudoras Transporador Revendedor Varejsa equenas empresas Consumdoras roduores Ruras Imporadores Grandes Consumdores Fone: Elaborado pela auora a parr do SINDICOM (29). Fgura Organzação da cadea produva e dsrbuva de combusíves no Brasl. As refnaras, cenras peroquímcas, usnas e mporadoras vendem os combusíves, abasecendo as dsrbudoras. Esas são as responsáves pela logísca de dsrbução dos combusíves para o mercado consumdor fnal. Também, são as empresas dsrbudoras que adqurem os combusíves juno às refnaras, os álcoos das usnas e deslaras, e fazem uma msura da gasolna A ao álcool andro para a produção da gasolna C. O mercado consumdor aenddo pelas dsrbudoras é defndo pelos segunes segmenos: posos de servços, grandes consumdores que adqurem os Veículos flex-fuel são aqueles que êm a capacdade de funconar com qualquer porcenagem de msura de gasolna e álcool, ou apenas um deles. 2

15 combusíves dreamene das dsrbudoras, e os ransporadores revendedores varejsas que compram das dsrbudoras e vendem aos pequenos consumdores. orano, os posos revendedores e ransporador revendedor varejsa represenam a úlma eapa da cadea de abasecmeno de combusíves, vendendo dreamene ao consumdor fnal 2. A respeo do ambene nsuconal, o seor de combusíves líqudo fo hsorcamene marcado pela nervenção do Esado, que exerca o conrole sobre o processo produvo e dsrbução. O governo mannha uma políca de conrole de preços dos dervados de peróleo cujo objevo prncpal era assegurar a remuneração das empresas que auavam na produção, dsrbução e comercalzação dos produos, além de ser um nsrumeno de políca governamenal (econômco, energéco, socal e rbuáro) (MARJOTTA-MAISTRO, 22). Enreano, a parr da década de 99, foram adoadas meddas polícas orenadas para a redução da nervenção governamenal na economa braslera. O Esado passou a exercer um papel cada vez mas regulador e fscalzador. Nesse sendo, dversos seores sofreram modfcações em suas avdades produvas e comercas. Como conseqüênca, empresas do seor de combusíves dexaram de omar suas decsões em função dos preços e subsídos fxados pelo governo. Enreano, a lberação de preços ocorreu de forma gradual. No ano de 996, o Mnséro da Fazenda lberou os preços da gasolna e do álcool desde a dsrbução aé a revenda. Enreano, fo nsuído uma salvaguarda 3 (orara n o 63 de 2/4/96) por ese Mnséro, para evar que a passagem da rgdez para a lberalzação oal resulasse em compeção predaóra enre fornecedores. Dessa forma, o preço da gasolna ao consumdor fo lberado no ano de 996 e o preço do álcool hdraado em 999 (NUNES e GOMES, 25). Todava, a aberura oal do mercado se concrezou em janero de 22, quando os preços dos combusíves em odos os níves da cadea produva foram compleamene lberados. Dane desse conexo, váras mudanças esruuras ocorreram no seor de combusíves. Verfcou-se uma expansão do número de posos revendedores, 2 Os consumdores de combusíves auomovos são, no geral, aenddos pelos posos revendedores. Enreano, alguns consumdores podem opar por adqurr combusíves dreamene da dsrbudora ou dos TRR. Ouros consumdores fnas, como ndúsras, fazendas, cooperavas e hospas ambém podem opar por adqurr produos dreamene dos TRR (exceo gasolna, álcool e GL) ou dos dsrbudores (ESTEVES e BICALHO, 28). 3 Essa salvaguarda esabeleca que nenhuma dsrbudora podera vender gasolna ou álcool a seus clenes, no mesmo da, com uma dferença maor que 3% enre o maor e o menor preço pracado, a parr de uma mesma base de dsrbução. 3

16 especalmene aqueles de bandera branca 4, e o surgmeno de pequenas dsrbudoras de combusíves. Segundo no e Slva (24), o surgmeno dos posos de bandera branca e das pequenas dsrbudoras aumenou as prácas rregulares de comercalzação de combusíves. Como exemplos, cam-se a aduleração de combusíves, conrabando de gasolna, descumprmeno de conraos de exclusvdade e sonegação de mposos. Tudo sso, pode causar dsorções no funconameno do mercado, nvablzando a compeção, lesando o consumdor e o conrbune, reduzndo a arrecadação dos Esados e da Unão. Além dsso, esmula a corrupção e o crme organzado. Nos úlmos anos, ambém ocorreram movmenos de fusões e aqusções e a enrada de mulnaconas no país. A empresa espanhola Repsol YF e a alana Agp, ncaram suas operações no país ao comprar a Companha São aulo de Dsrbução. Em 2, a mesma adquru da Shell 254 posos na Regão Sul e 285 posos na Regão Cenro-Oese, além de ses bases de dsrbução. Já a Repsol YF adquru da erobrás 35 posos localzados nas Regões Sul, Sudese e Cenro-Oese. As novas empresas enranes dspuavam os mercados perfércos e adquram pare das redes de empresas líderes que preferam concenrar-se em mercados relavamene maores (SCURO, 27). A respeo da esruura de mercado no segmeno de dsrbução de gasolna C, desaca-se que a concenração é sgnfcava. Grande pare da comercalzação desse combusível, ano para o abasecmeno dos posos revendedores quano para o fornecmeno dos grandes consumdores fnas, é realzada por um número resro de empresas líderes. A Tabela repora as parcpações e a razão de concenração das quaro e cnco maores empresas que auam na dsrbução de gasolna C no Brasl 5. 4 osos de bandera branca são aqueles que não maném vínculo conraual permanene com as dsrbudoras. 5 As parcelas de mercados ndvduas das empresas fora do grupo das lderes (cnco maores), são consderavelmene nferores. 4

17 Tabela - arcela de mercado e razão de concenração das maores empresas dsrbudoras de gasolna C no Brasl, percenual em volume de vendas Empresas BR Ipranga Shell/Sabba 2 Chevron Esso CR CR Fone: Elaborado pela auora a parr dos dados da AN (29). Noa: O marke-share da BR em 28 nclu a Alvo, que corresponde a 2%. Verfca-se que enre os anos de 22 a 28, a dsrbudora BR ldera o volume de vendas de gasolna C no mercado naconal. Apesar de exsr mas de 2 dsrbudoras de combusíves auando no país, no geral, a razão de concenração das cnco maores dsrbudoras de gasolna se aproxma de 7%. or ouro lado, a parcpação no volume de vendas de gasolna C das demas dsrbudoras é rrsóra. Também, a concenração de mercado é muo expressva nas grandes regões brasleras, Tabela 2. Tabela 2 Índces parcas de concenração de mercado nas regões brasleras no ano de 28, percenual em volume de vendas CR k Sudese Sul Nordese Nore Cenro-Oese CR 25,8 33,8 37,5 34,5 4 CR 2 46,9 58, 47 47,4 52,7 CR 4 7,3 72,7 62, ,9 Ouras 28,7 27,3 37, , Fone: Elaborado pela auora a parr dos dados da AN (29). A erobrás Dsrbudora (BR) é líder em vendas de gasolna C na maora das regões brasleras, exceo no Sul, em que a Ipranga ldera o mercado. No ano de 28, a expansão nas vendas e o respecvo ganho de parcpação no mercado de comercalzação de dervados do peróleo levou a BR a regsrar o maor lucro de sua hsóra, em orno de R$,289 blhão. Ese resulado fo 53,3% superor ao obdo no ano de 27 (AN, 2). As duas maores empresas que auam nessas regões (BR e Ipranga, no Sudese, Sul e Cenro-Oese e; BR e Shell, no Nore e Nordese) possuem 5

18 marke-share basane elevados, evdencando a expressva represenavdade dessas dsrbudoras nesses mercados. A razão de concenração das quaro maores empresas, CR 4, sugerem esruuras de olgopólo ambém em nível regonal. Além dsso, as parcpações das empresas fora do grupo das líderes (grupo das ouras) são comparavamene menores. orano, no segmeno de dsrbução prevalece uma esruura de olgopólo, pos as empresas líderes deêm parcpações sgnfcavas desses mercados. orém, é neressane salenar que a concenração de mercado deermna somene o número de concorrenes e a dsrbução do mercado enre os seus parcpanes. Assm, a concenração verfcada no segmeno de dsrbução de gasolna C não deve ser defnda prevamene como varável decsva na deermnação do exercíco de poder de mercado. Ou seja, essa é uma condção necessára, mas não sufcene para a sua exsênca. Em sínese, a avdade de dsrbução garane a colocação dos dervados de peróleo produzdos pelas refnaras no mercado. Esse segmeno represena a penúlma eapa de uma cadea que começa com a exploração e produção de peróleo bruo e ermna com a enrega dos produos, pelos posos revendedores e os ransporadores revendedores varejsas aos consumdores fnas..2. O problema e a sua mporânca O seor de combusíves no Brasl em passado por ransformações em suas avdades produvas e comercas, em razão da redução da auação do governo que anerormene coordenava dreamene suas avdades. Nos úlmos anos, verfcou-se uma elevação do número de empresas dsrbudoras e posos de revenda de combusíves no mercado naconal. Tal expansão podera sugerr um aumeno da concorrênca real nesse mercado, enreano, um número resro de empresas líderes conrola parcelas sgnfcavas das vendas no segmeno de dsrbução de combusíves, em especal, da gasolna C. Também, com a aberura do mercado, as dsrbudoras de combusíves passaram a adoar prácas que nfrngam o dreo da concorrênca 6. or ouro lado, ressala-se que a gasolna C apresena caraceríscas que sugerem a possbldade de exercíco de poder de mercado por pare das dsrbudoras, pos, não exse uma varedade de combusíves que possam subsur, pelo menos no 6 Desacam-se a aduleração de combusíves, aumeno da sonegação de mposos, formação de carel, denre ouras 6

19 curo e médo prazos, o uso da gasolna C para o abasecmeno dos veículos. elo lado da ofera, exsem desvanagens econômcas das frmas enranes em relação às dsrbudoras esabelecdas, o que mplca em elevadas barreras à enrada nesse seor. Dane desse cenáro, uma quesão relevane é se exse poder de mercado no segmeno de dsrbução de gasolna C no país e nas regões brasleras. Nos úlmos anos, as cnco maores empresas deveram quase 7% dos mercados de dsrbução desse combusível. Ressala-se que a razão de concenração das quaro maores empresas dsrbudoras de gasolna, (CR4), além de evdencar uma esruura concenrada, como de mercados em olgopólo, vem apresenando suave endênca ascendene. Segundo Marn (993), os mercados que apresenam CR4 superor a 4% são defndos como olgopólos, o que perme que as frmas reconheçam a nerdependênca enre suas conduas. Já os mercados com CR4 superor a 6% devem ser denfcados como olgopólos fores (SHEHERD, 997). Enreano, apesar de a razão de concenração do segmeno de dsrbução de gasolna C sugerr esruura de olgopólo, na denfcação do grau de poder de mercado, ouras caraceríscas devem ser avaladas. De acordo com Kupfer e Hansenclever (22), os índces de concenração são ndcadores snécos do grau de concorrênca em uma ndúsra. Enreano, o padrão de compeção vgene em um mercado depende das condções de enrada; das caraceríscas dos produos, ou seja, se possu subsuos ou são doados de algum grau de dferencação e; das conduas dos produores no que se refere à escolha das varáves esraégcas, preços e quandades. Dane dsso, é neressane desacar ouros aspecos do mercado relevane dos combusíves líqudos, como por exemplo, as caraceríscas da demanda e da esruura de ofera de dsrbução de gasolna C que prevalecem nos mercados, pos, eses faores permem denfcar elemenos que deermnam o grau de compeção. A respeo da demanda de gasolna C no Brasl, de janero de 22 a dezembro de 28, enquano os preços nomnas pracados pelas dsrbudoras apresenaram-se crescenes, o volume de vendas desse combusível permaneceu razoavelmene consane (Fgura 2). Sugere-se que a evdênca de consumo esablzado medane elevações nos preços, pode ser um faor favorável ao exercíco de poder de mercado por pare das dsrbudoras líderes. 7

20 3., 2.5, 2,5 2, m3 2.,.5,., 5,, jan/2 jul/2 jan/3 jul/3 jan/4 jul/4 jan/5 jul/5 jan/6 jul/6 jan/7 jul/7 Jan/8 Jul/8 qg pg Lnear (pg) Fone: Elaborado pela auora a parr de dados da Agênca Naconal de eróleo, Gás Naural e Bocombusível AN (28).,5,,5, R$/lros Fgura 2 Evolução das vendas e preços nomnas da gasolna C pracados pelas dsrbudoras no mercado naconal, janero de 22 a dezembro de 28. O poder de mercado esá assocado à capacdade que uma frma em de mpor o preço de venda de um produo em um nível acma do cuso margnal, sem ober perdas nas vendas (CARLTON e ERLOFF, 25). Iso poso, a relava esabldade na demanda de gasolna C, verfcada nos úlmos anos, pode permr com que o ônus da elevação do preço pracado pelas dsrbudoras seja repassado, em grande magnude, aos consumdores fnas. Isso porque, eses podem não responder ao aumeno de preços va redução do consumo. No mercado naconal, há ndícos de que a demanda por gasolna C seja nelásca. Os rabalhos de Nappo (27) e Schünemann (27) apresenaram evdêncas empírcas que corroboram al pressuposção. Nappo (27) analsou o mpaco das vendas dos veículos flex-fuel sobre a demanda por gasolna no Brasl, no período de agoso de 994 a julho de 26, ulzando-se écncas de conegração. Os resulados obdos ndcaram que a demanda por gasolna é nelásca no curo e longo prazo. O auor compara os seus resulados com os dos rabalhos de ouros auores conclundo que a demanda por gasolna no país era nelásca em relação a preço e renda. Esmou-se ambém a função de demanda com uma varável bnára para denfcar os mpacos da enrada do flex-fuel a parr de março de 23. Esa varável apresenou um coefcene de cerca de -,37, sugerndo que a parr desse período, a demanda por gasolna, se ornou menos nelásca, passando de -,97 para -,334. Concluu-se que o álcool 8

21 hdraado em se ornado um subsuo menos mperfeo da gasolna C, embora a demanda desse combusível enha permanecdo nelásca no mercado naconal. Schünemann (27) avalou o mpaco na demanda de gasolna auomova no Brasl a parr da nrodução dos veículos flex-fluel, e da expansão do consumo do gás naural vecular (GNV) no passado recene. Os resulados sugerram que a gasolna C é um bem nelásco em relação ao preço e à renda no curo prazo. No longo prazo, a gasolna C se orna um bem relavamene mas elásco à renda, porém, a nelascdade em relação ao preço se maném. orano, apesar do preço do GNV ser relavamene mas compevo que os preços do álcool e da gasolna, exse um elevado cuso de conversão dos veículos para sua ulzação. orano, a opção pela demanda do combusível GNV é de ordem esruural/ecnológca, uma vez que o preço dese combusível não fo relevane em suas esmavas. Enreano, é mporane menconar que nos mercados regonas o comporameno da demanda em relação aos preços da gasolna C e álcool hdraado, no curo e longo prazo, pode não acompanhar a endênca verfcada no mercado naconal. Isso porque, as grandes regões brasleras apresenam parculardades quano às quesões relavas ao uso e a demanda por combusíves. Desse modo, podem exsr dferenças subsancas enre os mercados regonas, o que se reflee sobre o mercado consumdor. A respeo das possbldades de subsução, pelo lado da demanda, não se verfca uma dversdade de subsuos próxmos da gasolna C que represenem alernavas para o mercado consumdor, em especal, para os propreáros de veículos leves. No caso dos veículos movdos exclusvamene à gasolna não há alernava de escolha, devdo a resrção ecnológca. Nesse caso, a possbldade de ulzação de ouro combusível em subsução à gasolna é de fao nula. Especfcamene, para os propreáros de veículos com ecnologa flex, o álcool hdraado represena uma alernava para o abasecmeno. No Brasl, o surgmeno dos carros com ecnologa flex-fluel e aumeno expressvo do preço do peróleo fzeram com que o consumo de álcool hdraado volasse a crescer, após um longo período de queda (DIHEL e al., 27). Anerormene a nrodução dos carros flex no mercado auomoblísco, hava uma resrção de ordem ecnológca que conssa na escolha do po de veículo movdo exclusvamene à gasolna ou a álcool. Assm, ocorreu uma flexblzação no processo 9

22 de escolha do consumdor, deenor da nova ecnologa, quano à deermnação do combusível a ser ulzado, o que elevou o consumo de álcool hdraado. Enreano, apesar de as vendas de álcool hdraado apresenar expansão, esa se ornou mas evdene somene no período recene. Além dsso, aé o ano de 28, os volumes de vendas do álcool hdraado se mosraram comparavamene nferores às vendas de gasolna C, Tabela 3. Tabela 3 Vendas de gasolna C e álcool hdraado Brasl e regões, em meros cúbcos, no ano de 28 Combusível Brasl Sudese Sul Nordese Nore Cenro- Oese Gasolna C Álcool hdraado Fone: Elaborado pela auora a parr dos dados da AN (29). Verfca-se que, para odas as delmações geográfcas, a demanda por gasolna C anda supera, em grande medda, a demanda por álcool hdraado. Ese fao, junamene às caraceríscas do mercado de dsrbução de gasolna C, jusfca a escolha desse combusível como produo relevane no presene esudo. Com relação a ofera, apesar de haver um número relavamene elevado de empresas auando no Brasl, o que podera sugerr uma esruura alamene compeva, a razão de concenração das quaro maores empresas dsrbudoras de gasolna C ndcou uma esruura de mercado de olgopólo. or ouro lado, nas grandes regões, exsem dferenças com relação ao número de empresas parcpanes nesses mercados. Nas regões Sudese e Sul, verfca-se a presença um número comparavamene maor de dsrbudoras auando, enquano que, no Cenro-Oese, Nordese e Nore, esses números vão se ornando relavamene menores, nessa ordem. Enreano, conforme salenado anerormene, uma quandade resra de grandes empresas domnam parcelas sgnfcavas em odos os mercados regonas. Assm, a dsrbução da gasolna C é realzada especalmene por grandes grupos, o que possbla o reconhecmeno da nerdependênca esraégca enre eles. A enrada de novas empresas no seor apresena algumas dfculdades em razão das elevadas barreras. Exsem desvanagens econômcas das frmas enranes comparavamene as grandes empresas já esabelecdas, relaconadas não apenas às

23 maores capacdades de armazenameno dos produos, mas ambém à localzação das bases que, va de regra, foram nsaladas em regões próxmas as undades produoras. Nos úlmos anos, ocorreu uma elevação do número de dsrbudoras regonas e a enrada de empresas mulnaconas no Brasl. As dsrbudoras ao dspuarem o mercado abero precsavam ulzar mecansmos que garanam compradores para os seus produos. Assm, muas dessas dsrbudoras, buscando benefcar-se nessa dspua, passaram a adoar prácas que nfrngam o dreo da concorrênca (CARNEIRO, 23) 7. Consequenemene, a AN aumenou os requsos de enrada no segmeno de dsrbução, como por exemplo, a exgênca de maor capacdade de armazenagem própra e de capal mínmo mas elevado para fazer frene aos mposos, aumenando anda mas as barreras à enrada. orém, a prncípo, o consumdor fnal preocupa-se mas com a qualdade da gasolna que esá ulzando para abasecer o seu veículo. Como conseqüênca, passaram a dscrmnar as pequenas dsrbudoras e os posos de bandera branca, pos assocavam essas empresas à gasolna adulerada por acredarem que elas não são capazes de garanr a qualdade do produo venddo. orano, ao que udo ndca, as prácas de aduleração podem mpor um ônus sobre as pequenas dsrbudoras e os posos de bandera branca que auam de manera jusa. Além dsso, orna vável o exercíco de poder de mercado por pare das grandes dsrbudoras e posos de bandera, uma vez que possuem a fdeldade desses consumdores (BRUNI, 25). O Ssema Braslero de Defesa da Concorrênca (SBDC) vem concenrando esforços na nvesgação de conduas ancompevas. Enreano, denre os dversos seores nvesgados, os segmenos de dsrbução e revenda dos combusíves líqudos, gasolna C e álcool hdraado, represenam grande pare dos casos analsados aualmene pelo ssema. De acordo com o úlmo levanameno realzado pela Secreara de Dreo Econômco (SDE), exsem aproxmadamene 22 denúncas de prácas de conduas abusvas do seor de combusíves líqudos em râme na Secreara (SCURO, 27). Dane desse cenáro, o enfoque do presene rabalho é o segmeno de dsrbução da gasolna C. O produo fo escolhdo prevamene como relevane, em razão da represenavdade nas vendas nernas, especalmene para a froa de veículos leves, e devdo às caraceríscas específcas desse segmeno do seor de combusíves 7 A práca de nfrações conra a lvre concorrênca no seor de dervados do peróleo no Brasl ocorre, geralmene, por uma das segunes formas: ngerênca das dsrbudoras de combusíves no seor de revenda; dumpng; formação de carel; sonegação de mposos e aduleração de combusíves.

24 que sugerem a possbldade de exercíco de poder de mercado. A respeo da dmensão geográfca, pelo fao de exsrem dsrbudoras auando em odas as regões do país, opou-se por realzar uma análse desagregada por regões, sem neglgencar o mercado naconal. Também, baseou-se na análse anerormene realzada pelo Ao de Concenração n /2-74, de neresse das empresas Shell Brasl S.A. e Agp do Brasl S.A., cado no Ao de Concenração n /24-6, de neresse das empresas erobrás Dsrbudora S/A e Agp do Brasl Lda., cuja dmensão geográfca para a avdade de dsrbução de combusíves fo defnda como regonal. Dferenes faores podem jusfcar o po e a quandade de combusível demandada pelos consumdores, como o poder aqusvo, a culura e os hábos da população, as dsponbldades de recursos nauras e ranspores públcos de uma regão, os ncenvos governamenas e polícas adoadas, denre ouros. No Brasl, a grande exensão erroral jusfca as dspardades quano às caraceríscas econômcas, nauras, culuras e demográfcas que ornam relevane a análse de poder de mercado desagregada em suas grandes regões. Em suma, medane as quesões levanadas buscou-se avalar o grau de poder de mercado no seor de dsrbução de gasolna C no período de janero de 22 a dezembro de 28. Desaca-se que o ano 22 fo escolhdo, pos anerormene, o Esado nervnha dreamene no seor de combusíves fxando odos os preços dos dervados de peróleo. Já o úlmo ano, 28, fo escolhdo em razão da dsponbldade de dados para odas as varáves envolvdas na análse. ara que o poder de mercado seja denfcado, é necessáro realzar uma análse mas complexa, avalando, por exemplo, a condua das frmas que auam nos mercados relevanes em quesão. No período recene, não exse um consenso na leraura nem mesmo evdêncas empírcas a respeo do grau de poder de mercado na dsrbução de gasolna C no Brasl e nas grandes regões. Se as empresas dsrbudoras possuírem os mas elevados níves de poder de mercado, ese funcona como um monopólo, gerando o menor nível de bem-esar socal possível. or ouro lado, na ausênca de poder de mercado, ese aua como em concorrênca perfea, resulando no maor bem-esar socal. Nesse sendo, se o parâmero de condua rejear a hpóese de compeção perfea orna-se relevane ambém quanfcar as varações do nível de bem-esar socal. O presene rabalho fo realzado à luz da Teora da Nova Organzação Indusral Empírca (NEIO), a parr de uma abordagem proposa por Bresnahan (982). O modelo 2

25 ulzado consse em uma evolução no campo da eora da organzação ndusral, pos perme denfcar o poder de mercado superando algumas lmações do radconal paradgma Esruura-Condua-Desempenho (ECD). Exsem város rabalhos na leraura da NEIO que deermnam o grau de poder de mercado em dferenes ndúsras que ulzam como arcabouço eórco o modelo de Bresnahan (982). Ressala-se que, nos úlmos anos, os rabalhos que ulzaram a eora da NEIO passaram a ocupar espaço cada vez maor na leraura da organzação ndusral. No enano, esudos dessa naureza êm mas desaques e aplcações na leraura nernaconal. Ou seja, anda não se verfca uma dversdade de rabalhos baseados na eora da NEIO com aplcações para o Brasl, em especal, enfocando o segmeno de dsrbução de gasolna C. Dane dsso, essa pesqusa ulzou a abordagem esáca proposa no rabalho de Bresnanhan (982) e uma formulação dnâmca que perme denfcar o parâmero de condua de longo prazo. Denre os prncpas rabalhos que ulzaram a abordagem dnâmca na leraura da NEIO desacam-se: Seen e Salvanes (999) que analsaram o poder de mercado de salmão fresco na França; Nakane (22) com a análse da compeção bancára no Brasl; Zedan e Resende (25), que nvesgaram a condua de mercado na ndúsra de cmeno braslera e; Hjalmarsson (2), Vasslopoulos (23) e Bask e. al (27), que denfcaram o grau de poder do mercado aacadsa de elercdade dos países Nórdcos. Enreano, nese rabalho, além das abordagens esáca e dnâmca, procurou-se delmar o mercado relevane de produo e mensurar os mpacos do grau de compeção vgene nas delmações geográfcas analsadas..3. Hpóese Exse poder de mercado no segmeno de dsrbução de gasolna C no Brasl e regões, o que consequenemene, mplca em perda de bem- esar socal..4. Objevos.4.. Geral Avalar o grau de poder de mercado na dsrbução de gasolna C e o mpaco sobre o bem-esar socal, no período de janero de 22 a dezembro de 28. 3

26 .4.2. Específcos a) Delmar o mercado relevane de produo na dsrbução de combusíves, gasolna C e álcool hdraado; b) Idenfcar se as dsrbudoras de gasolna C possuem poder de mercado no Brasl e nas grandes regões; c) Na ausênca de compeção perfea, avalar os mpacos do grau de poder de mercado sobre o bem-esar socal. 4

27 2 - REFERENCIAL TEÓRICO Nese capíulo apresena-se a eora da Nova Organzação Indusral Empírca (New Emprcal Indusral Organzaon NEIO) enfocando, especalmene, suas prncpas poencaldades e lmações. Especfcamene, a abordagem formulada por Bresnahan (982) é ulzada como referencal eórco nesa pesqusa. O modelo desenvolvdo por ese auor, perme denfcar o grau de poder de mercado, a parr de um parâmero de condua médo, superando as prncpas lmações exsenes no paradgma Esruura-Condua-Desempenho (ECD). Iso poso, na seção 2. apresena-se os anecedenes hsórcos da organzação ndusral, nserndo o paradgma ECD nese conexo. Além dsso, descreve-se de manera snéca os prncpas pressuposos do modelo ECD e apresena-se as crícas formuladas pelos auores da NEIO. 2.. A Organzação Indusral e o aradgma Esruura Condua- Desempenho A Organzação Indusral (OI) surgu como uma área dsna da economa no níco do século XX. A cração das grandes corporações fabrs modernas do fnal do século XIX e níco do século XX crou um cenáro favorável para o surgmeno dessa nova área de pesqusa (SCHMALLENSEE, 988). Essa eora em sua base eórca nos modelos da mcroeconoma radconal, dferencando-se desa pelas análses empírcas relaconadas às esruuras de mercado e nerações enre as frmas nserdas no mercado. De acordo com Bresnahan e Schmalensee (987), na década de 93, Harvard fo a prmera grande escola no campo da OI endo como prncpas nomes Eduard Chamberln e Edward Mason. Anda segundo esses auores, as pesqusas daquela época ransformaram-se em lvros compleos com esudos de caso sobre ndúsras específcas. 5

28 Eses nham como fone prncpal os dados ornados públcos pelas nvesgações dos órgãos anruse amercanos. Mason (939)) lançou as bases do paradgma esruura-condua-desempenho e defnu como seu objeo de esudo as frmas olgopolsas. Sugeru um méodo de análse dos mercados baseado em esudos de casos, como uma manera de capar as esraégas empresaras (sendo parcularmene mporane a nerdependênca das ações da frma e de suas concorrenes, pos a ação de uma empresa afea o reorno das demas). Cenrou sua análse nas grandes empresas e, porano, nroduzu a déa de frma ava, que surge no sendo de modfcar o ambene em que esa nserda. Ao revelar que as frmas agam avamene sobre o mercado, ele abru espaço para o esudo de dversas esraégas empresaras como gasos em &D, dferencação do produo, markeng e ec. Durane muos anos, dversos esudos na área de organzação ndusral ulzaram o modelo radconal, o paradgma Esruura-Condua-Desempenho (ECD), como arcabouço eórco na análse do funconameno de mercados em compeção mperfea e o comporameno das frmas nesses mercados. Essa abordagem pressupõe que a esruura de mercado deermna os padrões de condua das frmas em orno de suas varáves de escolha (como preços, gasos em pesqusa e desenvolvmeno (&D), markeng, realzação de fusões e aqusções, ec.), que deermnam o desempenho dos mercados. Esas relações de causa e efeos esão represenadas na Fgura 3. ESTRUTURA Concenração Dferencação de produo Barreras à enrada Esruura de cusos Inegração vercal Dversfcação CONDUTA reço ropaganda &D Fusões DESEMENHO Efcênca rogresso écnco Crescmeno Emprego Bem-esar OLÍTICA GOVERNAMENTAL Anruse Regulação Fone: Braga (979). Fgura 3 rncpas hpóeses do paradgma Esruura Condua-Desempenho. 6

29 Conforme desacou Bresnahan (989), o foco analíco da ECD envolva algumas caraceríscas específcas: a margem preço-cuso, parâmero de análse do desempenho, poda ser observada dreamene a parr de dados conábes; um conjuno de varáves capura as dferenças esruuras das ndúsras; e os rabalhos empírcos nesa lnha êm como objevo esmar a relação enre esruura e desempenho. Dane desse quadro, a Nova Organzação Indusral Empírca (NEIO), surgu como uma críca à eora radconal (ECD) devdo ao desconenameno de economsas ndusras com relação aos prncpas pressuposos desse paradgma. No enano, é relevane salenar que o pono fundamenal de dvergênca enre ambas as eoras refere-se à mensuração de poder de mercado. O paradgma ECD pressupõe que o poder de mercado será maor quano mas elevadas forem a concenração e as barreras à enrada. Assm, meddas de concenração e de escala mínma de efcênca são ulzadas para quanfcar o poder de mercado (CHURCH & WARE, 2). orém, uma das crícas relaconadas a as meddas é de que esas pouco refleem o nível de poder de mercado de uma ndúsra, pos não levam em consderação elemenos relevanes, como a elascdade-preço da demanda, que deermna a reação dos consumdores dane de alerações nos preços dos bens. O modelo ECD pare do prncípo de que o poder de mercado pode ser verfcado por meo da comparação enre o preço e cuso margnal das frmas que fazem pare de um deermnado mercado. orano, dado que o poder de mercado pode ser observável, o cuso margnal poderá ser dreamene obdo a parr de dados conábes. orém, conforme concluu Bresnahan (982), esses cusos margnas ulzados na eora radconal podem não esar dsponíves. Segundo Church e Ware (2), a fm de se mensurar o índce de Lerner 8, ulzam cuso varável médo como proxy do cuso margnal. Todava, exceo para frmas compevas em equlíbro de longo prazo, o cuso varável médo não é uma boa aproxmação do cuso margnal. Além dsso, o paradgma ECD basea-se na axa de reorno como ndcador do poder de mercado para se nferr sobre a lucravdade econômca. Se a axa de reorno for maor que os cusos em um mercado compevo, esa somene poderá ser manda caso haja poder de mercado. Enreano, um dos prncpas problemas com a dsponbldade da axa de reorno e a mensuração da 8 CMg L =, em que é o preço de mercado, CMg refere-se ao cuso margnal e L, o índce de Lerner. 7

30 lucravdade é o fao de se basear em dados conábes, pos, pode exsr uma dvergênca com relação ao valor da axa de reorno econômco 9. Em suma, os esudos que ulzam como arcabouço eórco o paradgma ECD assumem que meddas de poder de mercado podem ser calculadas por meo de dados conábes dsponíves, vablzando, por exemplo, a consrução de aproxmações do índce de Lerner e lucravdade econômca. No enano, segundo Bresnahan (989), as margens preço-cuso não podem ser obdas, pos o cuso margnal (CMg) não é dreamene observado, so é, ou é nferdo ou smplesmene não pode ser calculado. Como o cuso margnal depende de parâmeros desconhecdos, ao esmar as parâmeros é possível calculá-lo A Teora da Nova Organzação Indusral Empírca (NEIO) Os esudos da NEIO começaram a omar forma a parr da década de 98. Os rabalhos nesa lnha de pesqusa, êm como objevo prncpal aferr o grau de poder de mercado por meo da denfcação e esmação de um parâmero de condua, com modelos que admem cusos margnas não-observáves. De modo geral, a avalação da condua é fea a parr do comporameno mplíco das empresas observado nos dados de preço e quandade de equlíbro de mercado, exsndo dferenes modelos da NEIO para mercados de produos homogêneos e dferencados. De forma snéca, os modelos da NEIO assumem que os cusos margnas não são observáves, buscando avalar o grau de poder de mercado aravés da denfcação de um parâmero de condua. Bresnahan (982) desenvolveu um modelo esruural denro do conexo da eora da NEIO, que perme denfcar o grau de poder de mercado das ndúsras a parr da denfcação de um parâmero de condua médo. O modelo formulado em preço de mercado e quandade deermnados pela nerseção da função de demanda e relação de ofera. A função de demanda presume compradores omadores de preços. A relação de ofera é deermnada a parr da regra de maxmzação de lucro, em que recea e cuso se gualam na margem. De acordo com Bresnahan (989), para os analsas da NEIO, o grau de poder de mercado pode ser mensurado a parr da denfcação de um parâmero de condua desconhecdo da frma ou da ndúsra, que deve ser esmado com modelos que 9 Faores como deprecação, nvesmenos como gasos em publcdade, pesqusa e desenvolvmeno, que oferecem reorno além do período correne, nflação e rscos sobre nvesmenos causam uma dvergênca enre a axa de reorno e a lucravdade econômca. 8

31 assumem que os cusos margnas podem não esar dsponíves. Tal parâmero reflee o comporameno da frma mplíco nos dados de preços de equlíbro. orano, o modelo proposo por Bresnahan (982), denro do conexo da NEIO, perme nferr sobre a elascdade-preço da demanda, o cuso margnal e o parâmero de condua que defne o grau de poder de mercado. Bresnahan (989) apresena dversos ouros pressuposos do radconal paradgma ECD que são crcados pelos eórcos da NEIO. rmeramene, o paradgma ulza um conjuno de varáves esruuras para analsar as dferenças enre as frmas. orém, os analsas da NEIO não confam na análse de comparações nerseoras e baseam-se na análse do dealhameno nsuconal para avalar a condua das frmas no mercado. Segundo, os rabalhos empírcos da abordagem radconal êm como objevo esmar a relação exsene enre a forma reduzda: esruura e desempenho. No enano, uma críca com relação a ese aspeco é que não somene a esruura deermna o desempenho como o nverso ambém pode ser verdadero. Já os rabalhos da NEIO êm como objevo deermnar o grau de poder de mercado em uma ndúsra por meo da esmação de um parâmero que deermna a condua das frmas no mercado. Tercero, esudos que seguem a abordagem ECD ulzam dados geralmene exraídos de esaíscas ndusras ofcas. Fúza (2) adcona que exse uma lmação com relação a esses dados, uma vez que as esaíscas dsponblzadas pelo governo, como usualmene são ulzadas, em geral, gnoram parculardades das ndúsras, como o grau de concorrênca exerna, a nervenção das regulações e a própra defnção de mercado relevane. Dane dsso, conforme ressalou Bresnahan (989), esudos da NEIO ulzam novas fones de dados que são acessadas ou consruídas, basane dsnas das radconas. Apesar de as dvergêncas enre ambas as eoras, conforme desacou Zedan (25), os rabalhos empírcos que as ulzam como supore eórco apresenam falhas com relação à delmação de mercado relevane. Esa consse em uma das prncpas crícas exsene em oda a leraura da Organzação Indusral, pos na maora dos rabalhos realzados nessa área, a delmação de mercado relevane é realzada de manera esramene subjeva. A meodologa básca que permea as análses da NEIO pare de uma esruura de olgopólo para mensurar o grau de poder de mercado, nclundo varáves endógenas observadas, preços e quandade da ndúsra e, exógenas que deslocam as funções de 9

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