MONITOR ECONÔMICO Março 2015

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Transcrição:

MONITOR ECONÔMICO Março 2015

Índice 2 Cenário Internacional... 03 Economia Mundial... 04 Cenário Brasil e Minas Gerais... 05 Introdução... 06 Produção Industrial... 07 Varejo... 10 Faturamento... 11 Emprego... 12 Crédito... 14 Inflação e Juros... 15 Câmbio... 16 Setor Externo... 17 Confiança e Expectativas... 20 Projeções... 21 Cenário Setorial... 22 Automotivo... 23 Bens de Capital... 24 Construção Civil... 25 Indústria Extrativa... 26 Metalurgia e Siderurgia... 27

CENÁRIO INTERNACIONAL

Economia Mundial 4 PIB 2014: 2,2% PIB 2015 (e) : 3,1% PIB 2016 (e) : 3,0% A economia americana segue em recuperação, com ampliação do emprego e crescente gasto de consumo. As quedas no preço da energia e do petróleo elevam a renda disponível mas favorecem a inflação baixa. A geração de emprego continua surpreendendo positivamente em fevereiro (295 mil) embora a evolução dos salários não acompanhem esse processo. Para o Brasil e o restante do mundo, o mais importante para o momento é acompanhar os sinais do FED para tentar identificar quando a taxa de juros será elevada, o que tem já provocado a valorização do dólar no mercado global. PIB 2014 (e) : 0,8% PIB 2015 (e) : 1,4% PIB 2016 (e) : 1,7% Credores oferecem uma trégua de 4 meses para a Grécia honrar com suas obrigações. Enquanto isso, a Alemanha continua buscando empenho do governo grego em suas reformas para a manutenção da ajuda e a Grécia negocia melhores condições nos termos do programa negociado pelo governo anterior. A chance de saída da Grécia da Zona do Euro ainda não foi descartada pelos principais analistas de mercado. O programa de compras de títulos soberanos por parte do BCE tem levado a uma desvalorização histórica do Euro em relação ao dólar. Esta é a principal medida do BCE para evitar o processo deflacionário que tem se instalado nos países da Zona do Euro. Fonte: FMI e Tendências Consultoria *2014. (e) Estimativas: FMI PIB 2014: 7,4% PIB 2015 (e) : 7,1% PIB 2016 (e) : 6,8% O fraco desempenho econômico chinês deste começo de ano trouxe à tona o risco de uma queda mais substancial no crescimento do PIB para os próximos anos. Vale ressaltar que o governo continua dando sinais de empenho em impedir que a China sofra, de fato, um pouso forçado. As principais medidas tomadas são o corte de juros e melhoras no acesso ao crédito. Todavia, existem claros limites para a adoção destas medidas, uma vez que o elevado nível de endividamento e a deterioração das contas públicas regionais também demandam certa preocupação das autoridades econômicas chinesas. Part. Exportações Brasil*: 12,0% Part. Exportações Brasil*: 18,9% Part. Exportações Brasil*: 21,6%

CENÁRIO BRASIL E MINAS GERAIS

Introdução 6 Apesar do crescimento sazonal da produção física brasileira e mineira de fevereiro em relação a janeiro, o ritmo decrescente se mantém na comparação anual e no acumulado de 12 meses, indicando que em 2015 a indústria geral produzirá menos que em 2014. O varejo também continua dando sinais de esgotamento, tanto no índice restrito quanto no ampliado, que inclui o setor de veículos e a construção civil. A perspectiva de aumento do desemprego e estagnação da renda devem fazer com que o comércio obtenha um desempenho inferior em 2015 quando comparado com 2014. O Copom elevou a taxa Selic em mais 0,5 p.p., para 12,75 a.a. com o intuito de controlar a expansão do IPCA, que chegou a 7,77% no acumulado de 12 meses em fevereiro. A inflação de 2015 será superior ao teto da meta (6,5%). No entanto, o recrudescimento da atividade econômica deve levar o Copom a encerrar o ciclo de alta da Selic na próxima reunião. O Real continua em ritmo de desvalorização perante ao dólar, em função do cenário turbulento pelo qual a economia está passando. A cotação da moeda americana ultrapassou a barreira de R$3,00/US$, maior valor desde 2004. Os diversos fatores que motivaram a crise econômica e política pelo qual o país está passando impedem a formulação de um cenário de previsão para o câmbio no futuro. Em fevereiro, a balança comercial brasileira voltou a ficar deficitária. No acumulado de 2015, o déficit já totaliza US$ 6 bilhões. De acordo com o Boletim Focus, a expectativa é de um superávit comercial de 4 bilhões de dólares este ano.

Produção Industrial 7 1,4% 2,0% Indústria Geral (12 meses) 0,3% -1,2% -2,2% -3,2% -3,3% -3,5% jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 Jan/15-Dez/14*: 2,0% Jan/15-Jan/14: -5,2% Apesar do crescimento sazonal da produção física da indústria geral em relação à dezembro, o resultado de janeiro foi negativo, uma vez que, no acumulado em 12 meses a queda da produção se acentuou e na comparação anual o recuo foi superior a 5%. No acumulado de 12 meses, praticamente todos os setores estão produzindo menos. Mais uma vez, o principal destaque negativo é a indústria automotiva, com queda de 17,2% no período. Ind. Extrativa e de Transformação (12 meses) 3,5% 4,6% 2,1% 2,5% 1,9% 0,3% 0,5% -1,6% -1,5% -2,9% -3,6% -4,1% Ind. Extrativa Ind. Transformação 6,4% -4,7% O destaque positivo é a indústria extrativa, que continua crescendo no Brasil, puxada pela produção de petróleo e de minério de ferro, principalmente no Pará. Segundo o Boletim Focus, a expectativa é que a produção industrial brasileira encerre o ano em queda de 2,2%. jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 Fonte: PIM-PF IBGE. *Com ajuste sazonal

Produção Industrial 8-1,1% 0,6% Indústria Geral (12 meses) -0,7% -1,8% -2,2% -3,2% -2,9% -3,2% jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15-0,4% 0,8% -3,4% Ind. Extrativa e de Transformação (12 meses) -0,1% Fonte: PIM-PF IBGE. 0,9% 1,2% 1,3% 0,0% 1,4% 0,5% -1,2% -2,7% -3,4% -4,2% -4,3% -4,3% Ind. Extrativa Jan/15-Dez/14*: 6,5% Jan/15-Jan/14: -3,7% Ind. Transformação jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 A produção física de Minas Gerais voltou a recuar em janeiro, quando comparada com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 12 meses, a produção ampliou a queda mais uma vez, demonstrando o agravamento da situação da atividade industrial mineira. Assim como no Brasil, o setor com pior desempenho é o automotivo, com queda na produção de 18% no acumulado de 12 meses. Em virtude dos estoques elevados e das férias coletivas concedidas pela FIAT, a tendência é que a produção continue fraca. A indústria extrativa, que era um dos poucos destaques positivos, voltou a produzir menos, (2% em relação a janeiro de 2014). Nossa expectativa é que a produção industrial mineira feche 2015 em queda de -1,7% e cresça 2,8% em 2016. *Com ajuste sazonal

Produção Industrial 9 Destaques Setoriais (% acum. 12 meses Jan/15 ) BRASIL Indústria Extrativa 6,4% Produtos Eletroeletrônicos 2,6% Refino de Petróleo e Álcool 2,3% Bebidas 1,5% Produtos Farmacêuticos 1,0% MINAS GERAIS Refino de Petróleo e Álcool 6,0% Alimentos 0,5% Indústria Extrativa 0,5% Papel e Celulose 0,2% Apenas quatro setores registraram resultados positivos no estado. Mobiliário -7,2% Máquinas e Equipamentos -7,2% Metalurgia -7,4% Produtos de Metal -9,9% Veículos Automotores -17,2% Bebidas -3,8% Máquinas e Equipamentos -9,7% Produtos Têxteis -9,9% Produtos de Metal -13,8% Veículos Automotores -18,0% Fonte: IBGE

Vendas no Varejo 10 4,3% 3,4% 1,1% Janeiro Brasil Minas Gerais Total (Jan/15 - Jan/14) 0,6% -0,3% Total Ampliado (Jan/15 - Jan/14) -4,9% -7,4% Total (Acum. 12m) 1,8% 2,0% Total Ampliado (Acum. 12m) -2,4% -1,1% Pesquisa Mensal do Comércio ( 12 meses) Total BR Total Ampliado BR 2,0% -0,8% -1,1% Total MG Total Ampliado MG 1,8% -2,4% jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 As vendas no varejo em janeiro vieram em linha com a perda de dinamismo da economia brasileira. Em Minas Gerais, o índice de varejo restrito recuou na comparação com janeiro de 2014 e no índice ampliado a queda foi substancial, indicando que janeiro foi um mês pior para o comércio mineiro do que para o brasileiro, como um todo. No índice ampliado, o varejo continua em queda, puxado pelo fraco desempenho nas vendas de veículos, partes e peças no Brasil (-16,6%) e material de construção em Minas (-8,1%) na comparação com janeiro de 2014. A expectativa para 2015 é de queda no volume de vendas tanto para o Brasil (- 0,7%) quanto para Minas (-0,6%). Em 2016 as vendas devem voltar a crescer, embora em um ritmo ainda lento (Brasil 0,8% e Minas 1,5%). Fonte: PMC IBGE (1) PMC Ampliado: inclui material construção e automóveis. (2) Índice não ponderado

Faturamento 11 Indústria de Transformação O ano de 2015 iniciou com resultados negativos para a indústria. Período Jan-15 Jan-14 Brasil -8,4% Minas Gerais -9,8% O faturamento da indústria de transformação, tanto do Brasil quanto de Minas Gerais, registrou queda em relação a dezembro, sendo esse o terceiro mês consecutivo de recuo nessa base de comparação. 3,4 3,9-1,2-0,6 jan/14 fev/14 mar/14 Faturamento Ind. Transformação (% 12 meses) abr/14 2,0-4,0 mai/14 jun/14 0,1-1,4-5,9 jul/14 ago/14-6,6 set/14 out/14-1,8-1,8-2,6-5,1-5,8-6,1 nov/14 dez/14 jan/15 Em Minas Gerais, os setores que apresentaram as maiores influências negativas no resultado foram Veículos Automotores (-13,68%), Máquinas e Equipamentos (-46,23%) e Metalurgia Básica (-11,41%), que juntos foram responsáveis por 8,0 pontos percentuais negativos do resultado da indústria de transformação (-9,8%). Fonte: CNI e FIEMG

Emprego 12 Taxa de Desemprego (%) 4,8 5,1 5,0 4,9 4,9 4,8 4,9 5,0 4,9 4,7 4,8 4,3 5,3 3,8 3,9 3,6 3,6 3,8 3,9 4,1 4,2 3,8 3,5 3,7 2,9 4,1 Brasil RMBH Em convergência com as previsões, a taxa de desemprego aumentou em janeiro, mês caracterizado por maiores níveis de desocupação, resultado da dispensa da mão de obra temporária contratada para as festas de final de ano. No entanto, neste ano, houve avanço das demissões e maior busca por emprego. Este cenário é condizente com a desaceleração do mercado de trabalho. Segundo dados do CAGED, em janeiro ocorreu redução de vagas tanto no Brasil (-81.774 vagas) quanto em Minas Gerais (-14.533 vagas). A expectativa de elevação do desemprego permanece, influenciada pela contração da atividade econômica, que restringirá ainda mais a geração de vagas ao longo do ano e reduzirá a renda das famílias, já afetada pela aceleração da inflação. Fonte: PIMES, PME IBGE e Caged - MTE. RMBH = Região Metropolitana de Belo Horizonte

Saldo de Emprego 13 Destaques Setoriais (Saldo Janeiro/2014) BRASIL Calçados, Couros e Artefatos de Couro 8.105 Serviços Especializados para Construção 4.335 Construção de Edifícios 3.617 Produtos de Metal 3.097 Manutenção de Máquinas e Equipamentos 2.512 MINAS GERAIS Obras de Infra-Estrutura 1.128 Construção de Edifícios 1.046 Calçados, Couros e Artefatos de Couro 950 Produtos de Metal 842 Manutenção de Máquinas e Equipamentos 390 Metalurgia -440 Fabricação de Bebidas -525 Extração de Minerais Metálicos -1.210 Coque e Combustíveis -2.330 Obras de Infra-Estrutura -17.601 Produtos de Minerais Não-Metálicos -393 Veículos Automotores -405 Coque e Combustíveis -428 Extração de Minerais Metálicos -551 Metalurgia -598 Fonte: CAGED - MTE.

Crédito 14 Crédito (% do PIB) 58,1 57,3 55,7 55,8 56,2 56,6 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 Taxa de Crescimento Real dos Saldos (t/t-12) dez/14 58,5 jan/15 R$ 3,02 bi O volume de concessão de crédito recuou 18,5% em janeiro em comparação com dezembro, puxado principalmente pelo desaquecimento do setor privado brasileiro. A desaceleração das concessões de recursos direcionados, que ao longo dos anos garantiu a pujança do crédito, também explica o resultado de janeiro. -1,9 Nov/14 Dez/14 Jan/15-2,3-2,2-1,8-1,1-1,6 9,8 8,8 6,2 17,2 16,7 16,1 4,7 4,4 3,6 Vale ressaltar também o aumento dos spreads bancários que, juntamente com a elevação dos juros básicos, está encarecendo o custo de captação das empresas. 5,7 5,6 5,8 5,7 5,7 5,6 5,5 5,4 3,2 3,2 3,5 3,5 3,5 3,5 3,4 3,5 jan/14 PJ PF PJ PF Geral Recursos livres Recursos Direcionados Total fev/14 mar/14 abr/14 Taxa de Inadimplência (%) (Carteira de Recursos Livres) mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 Pessoa Jurídica Pessoa Física dez/14 jan/15 O destaque positivo deste mercado é a taxa de inadimplência, que tem se mantido relativamente estável tanto para pessoa física quanto jurídica. Segundo a Tendências Consultoria, o crédito deve crescer em 2015 apenas 2,7% em termos reais, o que caracteriza um ritmo bem abaixo dos anos anteriores. Fonte: Banco Central do Brasil e Tendências.

Inflação e Juros 15 IPCA e Metas de Inflação 8,0% 7,5% 7,0% 6,5% 6,0% 5,5% 5,0% 4,5% 10,4% 5,7% 10,9% 10,9% 10,9% 10,9% 6,3% 6,5% 6,5% 6,6% 7,7% 11,6% 12,2% 6,4% 13,0% 12,0% 11,0% 10,0% 9,0% 8,0% 7,0% Selic anualizada IPCA (12 meses) Jan/15 Fev/15 Habitação 10,8% 11,3% Alimentação e Bebidas 8,7% 9,0% Despesas Pessoais 8,3% 8,4% Educação 8,2% 8,1% Transporte 5,7% 8,1% Saúde e Cuidados Pessoais 6,8% 6,7% Artigos de Residência 4,7% 4,5% 4,0% 6,0% fev/14 abr/14 jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 IPCA 12m Teto da Meta Centro da Meta Selic Vestuário 3,1% 2,9% Comunicação -1,4% -1,5% O IPCA de fevereiro atingiu 1,22%, desacelerando em relação a janeiro (1,33%). Ainda assim, no acumulado de 12 meses, o índice está em 7,77%, ou seja, bem acima do teto da meta de inflação (6,50%). Os preços administrados mais uma vez foram o destaque, ao avançar 2,37% em fevereiro. A expectativa é que este grupo feche 2015 com uma elevação de 14,2%, puxado principalmente pelo aumento do custo de energia elétrica, onde os preços devem avançar em mais de 60%. Em virtude deste cenário de forte pressão inflacionária, o Copom voltou a aumentar a taxa Selic este mês, em 0,5 p.p., ou seja, para 12,75% a.a.. A decisão do Conselho também vem em um momento inoportuno para o setor produtivo, sobretudo para a indústria, que vem acumulando resultados negativos desde o ano passado. Fonte: Banco Central do Brasil e IBGE

Câmbio 16 Taxa Média Mensal de Câmbio (R$/US$) 2,38 2,33 2,23 2,22 2,23 2,22 2,27 2,33 2,45 2,55 2,64 2,63 2,82 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 Fim de Período: 2015 (e) : 3,06 2016 (e) : 3,11 A junção de instabilidade política e econômica continua gerando grande volatilidade na taxa de câmbio. Em fevereiro, o real desvalorizou frente ao dólar mais de 7% em comparação com janeiro. No dia 10 de março o real chegou ao seu maior valor desde 2004, (R$ 3,13), com um pico durante o dia de R$ 3,19. A perda do grau de investimento da Petrobras, os desdobramentos da operação Lava Jato com a abertura de inquéritos de políticos, incluindo os presidentes do Senado e da Câmara, a atividade econômica debilitada, a inflação elevada e os riscos de racionamento de água e energia colocam o país em um grau de fragilidade econômica que acaba sendo refletida na taxa de câmbio nominal. Apesar de haver uma tendência de maior desvalorização do Real para os próximos meses, as projeções cambiais tem sido cada vez menos confiáveis, justamente pelo grau de imprevisibilidade dos desdobramentos dos fatores expostos acima. De toda forma, o aconselhável continua sendo a redução da exposição das empresas a dívidas indexadas em moeda estrangeira. Fonte: Banco Central do Brasil e XE.com (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil

Setor Externo - Balança Comercial 17 18,06 15,93 Balança Comercial US$ bilhões Brasil Exportação Importação Saldo Fevereiro/15 12,1 14,9-2,8 Fevereiro/14 15,9 18,1-2,1 Acum. 2015 25,8 31,8-6,0 Acum. 2014 32,0 38,2-6,2 19,72 20,47 20,46 19,22 18,10 19,30-2,13 0,11 0,71 1,57 Balança Comercial Brasileira (US$ bilhões) 19,51 18,33 17,49 Saldo Comercial: 2015 (e) : 3 bi 17,20 14,93 2016 (e) : 10 bi 12,09-0,94-2,35-3,17-2,84 fev/14 abr/14 jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 Exportação Importação Saldo Balança A balança comercial brasileira iniciou 2015 demonstrando os mesmos sinais de perda de dinamismo da economia nacional observados em 2014. As exportações brasileiras de fevereiro registraram um resultado pior do que o observado em fevereiro/2014. A redução foi de 24%. Já as importações reduziram em 17,3% na mesma base de comparação. Como resultado, o déficit da balança no mês foi 33,6% maior do que o registrado em 2014, atingindo US$ 2,8 bilhões. No acumulado até fevereiro, a queda foi de 19% para exportações e de 16,6% para as importações. A expectativa é de que ocorra um superávit comercial de US$ 3 bilhões em 2015 segundo o Boletim Focus (13/03). Fonte: Secex MDIC (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil

Setor Externo - Exportações 18 Minas Gerais Básicos Semimanufaturados Manufaturados T O T A L Jan/15 (US$bi) 1,0 0,6 0,4 1,9 Jan/15 - Jan/14-36,2% 7,3% -33,2% -26,4% Acumulado do Ano (US$bi) 1,0 0,6 0,4 1,9 Acum. 2015/Acum. 2014-36,2% 7,3% -33,2% -26,4% O arrefecimento da atividade econômica do país e a crise econômica da Argentina ainda comprometem as exportações de Minas Gerais. Em janeiro/2015, apenas o setor de semimanufaturados registrou crescimento das exportações quando comparado a janeiro/2014. Vale destacar que, a redução das exportações dos produtos básicos foi influenciada pela queda nos preços do minério de ferro, que em janeiro foi aproximadamente 50% menor do que o preço registrado em janeiro de 2014. Já a queda nas exportações de manufaturados ainda reflete o momento adverso vivido pela economia Argentina, principal destino dos produtos manufaturados do estado. No acumulado dos últimos 12 meses, o volume exportado para a Argentina neste setor foi 31,4% menor ao registrado nos 12 meses anteriores. Fonte: Secex MDIC

Setor Externo 19 5,1 4,1 Investimento Estrangeiro Direto (IED) (US$ bilhões) 5,0 5,2 6,0 3,9 5,9 6,8 4,2 5,0 4,6 6,6 4,0 A entrada de IED em janeiro/15 foi aproximadamente 40% inferior à de dezembro/14. As reservas internacionais se mantiveram praticamente estáveis de janeiro para fevereiro em termos médios. jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 377 377 378 379 Reservas Internacionais (US$ bilhões) 381 379 379 2015 (e) : 57,5 bi 2016 (e) : 58,0 bi 376 376 376 374 372 372 O BC também divulgou recentemente que teve uma perda de 10,6 bilhões de reais em 2014 com swaps cambiais para proteger os agentes financeiros de variações bruscas do dólar. Este resultado é o pior desde 2002. Por outro lado, com a desvalorização do real em 2014, o BC obteve um ganho de R$ 14 bilhões com as reservas internacionais, já compensada pela perda de swaps registradas no período. Fonte: Banco Central do Brasil (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil

Fonte: FIEMG e CNI Indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam otimismo. Confiança e Expectativas 20 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 65,0 60,0 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 Comparativo ICEI Minas Gerais e Brasil 52,4 52,5 49,2 50,1 48,0 49,3 47,5 46,4 46,5 46,5 45,8 43,8 44,0 41,9 42,8 42,5 42,0 42,3 44,8 45,2 44,4 40,3 41,0 40,7 40,2 35,5 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 62,3 59,6 58,2 54,4 58,9 57,6 50,8 ICEI/MG ICEI/Brasil Expectativa para os próximos seis meses 56,4 54,4 54,1 51,3 50,3 48,7 44,6 45,3 45,0 44,1 38,6 fev/13 abr/13 jun/13 ago/13 out/13 dez/13 fev/14 abr/14 jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 A falta de confiança se intensificou no mês de fevereiro, atingindo novo piso histórico, tanto em Minas Gerais quanto no Brasil. As expectativas para os próximos seis meses se deterioraram ainda mais em fevereiro. O pessimismo e a falta de confiança dos empresários verificada nos últimos meses é consequência da piora cada vez mais intensa das condições atuais de negócio. O pessimismo dos empresários se reafirma diante das perspectivas desfavoráveis de retomada do crescimento, elevada ociosidade e de redução nos investimentos. MG Brasil

Projeções 21 Estimativas 2015 e 2016 Brasil 2015 2016 PIB (% crescimento) -0,78 1,30 Produção Industrial (% crescimento) -2,19 1,68 Comércio restrito (%)* -0,70 0,80 Comércio ampliado (%)* -1,50 1,00 Massa Salarial Real (% crescimento)* -1,30-1,40 Estimativas 2015 e 2016 Minas Gerais 2015 2016 PIB (% crescimento) -0,76 1,39 Produção Industrial (% crescimento) -1,74 2,82 Comércio restrito (% crescimento) -0,62 1,46 Massa Salarial Real - RMBH (% crescimento) -1,68 0,12 Faturamento (% crescimento) -5,12 0,07 IPCA (%) 7,93 5,60 IGP-M (%) 6,00 5,50 Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 3,06 3,11 Taxa de câmbio - média do período (R$/US$) 3,03 3,06 Meta Taxa Selic - fim de período (%a.a.) 13,00 11,50 Meta Taxa Selic - média do período (%a.a.) 12,88 11,74 Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 38,00 38,90 Conta Corrente (US$ bilhões) -79,50-70,00 Balança Comercial (US$ bilhões) 3,00 10,00 Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 57,50 58,00 Fonte: Relatório Focus Banco Central do Brasil, Fiemg e *Tendências Consultoria

CENÁRIO SETORIAL

Automotivo 23 Setor Automotivo Destaques Projeções Desempenho 2015 e Projeções Produção Física - Brasil: -18,2% Jan/2015 1 - Minas Gerais: -10,0% Faturamento Jan/2015¹ Exportações Jan/2015¹ - Brasil: -13,3% - Minas Gerais: -13,7% - Brasil: -27,9% - Minas Gerais: -55,8% - A produção de veículos reduziu em janeiro, na comparação com igual mês de 2014. A baixa atividade produtiva permitiu um pequeno ajuste dos estoques, apesar da queda nas vendas de automóveis no mesmo período. O recuo na demanda tanto interna quanto externa provocou a retração no faturamento do setor. - A diminuição de 18,8% nos licenciamentos de automóveis teve como destaque as vendas de caminhões (7,7 mil unidades), que atingiram o nível mais baixo desde maio de 2009 e refletiram a piora nas condições de financiamento e as incertezas em relação à economia doméstica. As vendas no segmento de veículos leves também registraram forte retração e devem continuar deprimidas no curto prazo, em decorrência dos reajustes de preços, do baixo nível de confiança e da desaceleração do mercado de trabalho. - As exportações decresceram frente a janeiro do ano passado como reflexo da recessão na Argentina, principal mercado consumidor dos automóveis brasileiros. - Para 2015 a projeção é de queda de 2,4% na produção, influenciada pelo recuo de 3,9% nas vendas internas e de 1,6% nas exportações. - A demanda do setor deve continuar desaquecida, resultado do enfraquecimento da atividade econômica e do mercado de trabalho, somado aos reajustes de preços, ao ciclo de alta das taxas de juros e à falta de confiança dos empresários e consumidores. Externamente, permanece o quadro recessivo na economia argentina. Fonte: IBGE, FIEMG, CNI, ANFAVEA e Tendências Consultoria ¹ Comparativamente a Jan/2014.

Bens de Capital 24 Setor Desempenho Janeiro/2015 e Projeções 2015 Máquinas e Equipamentos Destaques Projeções² Produção Física - Brasil: -10,9% Janeiro/2015 1 - Minas Gerais: -26,8% Faturamento 1 Janeiro/2015 Exportações 1 Janeiro/2015 Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, Valor Econômico, MDIC e Tendências Consultoria - Brasil: -17,1% - Minas Gerais: -46,2% - Brasil: -28,7% - Minas Gerais: -56,6% - A produção física do setor iniciou o ano de 2015 refletindo a deterioração das expectativas observadas ao longo de 2014. No acumulado de 12 meses, a produção nacional recuou 7,2%. Para Minas Gerais, a redução foi ainda maior, atingindo 9,7% de queda nos últimos 12 meses. - O faturamento nacional das indústrias do setor no acumulado de 12 meses, apresenta queda de 9,2%. Para Minas Gerais esta queda foi de 4,2%. - As exportações registraram forte recuo em janeiro/2015 comparado ao mesmo mês do ano anterior. Mesmo o câmbio desvalorizado nos últimos meses foi suficiente para evitar a queda de quase 30% nos embarques. No acumulado de 12 meses, o indicador também registrou forte queda, com uma redução de aproximadamente 8%. - As perspectivas para 2015 são de manutenção da instabilidade, influenciada especialmente pelas incertezas envolvendo a Petrobrás, uma das principais demandantes de máquinas e equipamentos no país. - A deterioração das projeções para os investimentos e para o comportamento da atividade econômica para 2015 deve impedir que a produção doméstica de bens de capital tenha desempenho favorável no ano. - Para 2015, as estimativas foram novamente reduzidas, saindo de -3,6% para -6,8% ante 2014. 1 Comparativamente a Janeiro/2014. ² Tendências Consultoria.

Construção Civil 25 Setor Construção Destaques Projeções 2 Desempenho e Projeções Nível de atividade Jan./15 - Brasil e MG: setor registrou o pior desempenho na atividade.* Produção Física de Insumos da Construção Civil - Jan./15 Custo da construção/m² Fev./15 - Brasil: -8,7% 1 - Brasil: 5,7% 1 R$ 916,85 - Minas Gerais: 5,8% 1 R$ 871,97 - Em janeiro, a Pesquisa Sondagem registrou queda acentuada no nível de atividade do setor tanto em Minas quanto no Brasil, o pior resultado desde o início da série, com queda do emprego e na intenção de investir. - Embora tenha registrado alta em janeiro, a produção de insumos da construção permaneceu em queda no comparativo com o mesmo mês de 2014, o que representou o 11º recuo consecutivo nessa base de comparação, persistindo o desaquecimento da atividade. - Em fevereiro, os custos com mão de obra e materiais no Brasil registraram aumentos de 7,8% e 3,9%, respectivamente, considerando o acumulado em 12 meses. - A projeção para a produção de insumos do setor em 2015 é de queda de 9,5%, tendo como causas o desaquecimento do setor, a queda da confiança, o ajuste fiscal e monetário, além dos impactos da operação Lava Jato, com redução de investimentos e restrição de crédito. - Para este ano, espera-se que os custos da construção cresçam 5,8%, percentual menor que em 2014. A atividade desaquecida e o risco de desemprego, diminui a pressão sobre os custos da mão de obra, entretanto, há a possibilidade de interrupção da desoneração na folha de pagamentos. Já do lado dos materiais, a alta dos preços poderá vir do aumento dos custos de combustíveis e energia e da desvalorização da taxa de câmbio. 1 (T/T-12). 2 Tendências Consultoria e CNI. (*) Considerando-se toda a série histórica da Pesquisa Sondagem CNI. Fonte: PIM e INCC-Sinapi (IBGE), Sondagem da Construção (CNI/FIEMG), MCC (Tendências e Criactive).

Indústria Extrativa 26 Setor Extrativo Destaques Projeções Desempenho e Projeções Produção Física* - Brasil: 10,4% Jan/2014 1 - Minas Gerais: -2,0% Exportações - Minério de Ferro Fev/2014 2 - Brasil : Quantidade: 11,6% Valor (US$): -42,2% - Minas Gerais: Quantidade: 1,6% Valor (US$): -51,1% - A elevação na produção de itens de minério de ferro pelotizado justificou o avanço aferido na produção física nacional. Em contrapartida, a produção em Minas Gerais recuou, motivada pela redução na produção de minério de ferro em bruto ou beneficiado. A quantidade menor de dias úteis do mês também influencia o resultado. - A produção nacional de minério de ferro deve ser sustentada pelos projetos de investimento que estão atualmente em curso, e no médio prazo, o consumo de minério nos países asiáticos continuará crescendo acima da capacidade de abastecimento interno, favorecendo as exportações brasileiras. - O valor exportado da commodity diminuiu fortemente em fevereiro, em função da queda sistemática no preço do minério (o que provocou a queda de 16,24% no faturamento do setor extrativo em Minas), mas a quantidade de produto embarcada cresceu, consequência da crescente demanda do mercado asiático. - O preço do minério de ferro, que segue em queda, deverá fechar o ano de 2015 em US$69,6/t, o que representa uma redução de 26,9% no ano. - Já a produção nacional de minério de ferro deverá aumentar 6,6%, atingindo cerca de 415 milhões de toneladas em 2015. Fonte: IBGE, Tendências Consultoria, FIEMG, FMI, MDIC *PIM / IBGE - CNAE 2.0 = Extração de minérios + produção nacional de petróleo e gás natural. 1 Comparativamente a Janeiro/2014. 2 Comparativamente a Fevereiro/2014.

Metalurgia e Siderurgia 27 Setor Metalurgia Destaques Projeções Desempenho e Projeções Produção Física - Brasil: -4,0% Janeiro/2015 1 - Minas Gerais: 7,1% Faturamento - Brasil: -23,4% Janeiro/2015 1 - Minas Gerais: -11,4% Exportações Brasil (em quantidade) Janeiro/2015 1 - Aço: 32,9% (1.069 mil toneladas) - Ferro-Gusa: 39,2% (319,3 mil toneladas) No mês de janeiro, apesar da produção nacional do setor de metalurgia ter apresentado queda em relação ao mesmo mês de 2014 (-4,0%), houve crescimento de 5,4% no indicador em relação a dezembro de 2014. A produção física de Minas Gerais apresentou elevação pontual em relação a janeiro de 2014, resultado da base deprimida de comparação, tendo em vista que o índice aferido em janeiro de 2014 foi o mais baixo verificado para o mês de janeiro desde 2009. O baixo desempenho do setor de metalurgia já mostra impactos no emprego, que recuou 7,2% no Brasil e 7,0% em Minas, segundo dados da CNI / FIEMG. A despeito das condições adversas do mercado internacional, as exportações de produtos siderúrgicos atingiram cerca de 1,1 milhão de tonelada, influenciada pelo retomada de produção de um auto forno com atividade voltada para exportações. - Não obstante à recessão que o país irá enfrentar em 2015, espera-se que a produção de aço bruto cresça 1,5% em relação a 2014. Esse resultado está fortemente baseado nas vendas para o mercado externo. A elevação nas exportações dos produtos siderúrgicos deve sustentar a produção em 2015. 1 Comparativamente a Janeiro/14. Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, IABr e Tendências Consultoria

Ficha Técnica Realização: Sistema FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais Presidente: Olavo Machado Junior Responsabilidade Técnica: Assessoria Econômica Esta publicação é elaborada com base em análises internas, desenvolvidas através de dados públicos. Não nos responsabilizamos pelos resultados das decisões tomadas com base no conteúdo da mesma.