No dicionário: Local bem determinado a que se aposta atingir; Objetivo; Limite ou abrangência de uma operação.

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Transcrição:

Aula 06 1

2

No dicionário: Local bem determinado a que se aposta atingir; Objetivo; Limite ou abrangência de uma operação. No contexto projeto, escopo pode se referir a: Escopo do produto: as características e funções que caracterizam o produto, serviço e/ou resultado; Escopo do projeto: o trabalho que deve ser realizado para entregar um produto com as características e funções especificadas. 3

A gestão do escopo do projeto engloba os seguintes itens: Planejar a gestão do escopo; Coletar os requisitos; Definir o escopo; Criar a estrutura analítica do projeto; Validar o escopo; Controlar o escopo. 4

Para definir o escopo e planejar a sua gestão, é necessário antes gerar o termo de abertura do projeto 5

O termo de abertura do projeto é um documento que autoriza formalmente a existência de um projeto, dando ao gestor de projetos a autoridade necessária para aplicar recursos às atividades do projeto.. 6

O termo de abertura estabelece uma parceria entre as partes interessadas (executora e solicitante) O gestor de projeto é identificado no termo de abertura do projeto 7

O primeiro passo é realizar uma análise sobre as entradas consideradas: Especificação do trabalho do projeto: narrativa sobre os produtos, serviços ou resultados a serem entregues; Bussines case: documento que determina se o projeto é justificável ou não (demanda de mercado, necessidade organizacional, solicitação do cliente, avanço tecnológico, etc.); Fatores ambientais da organização; Ativos de processos organizacionais (processos, políticas, métodos, informações históricas, base de conhecimento, etc.) 8

A principal ferramenta utilizada no desenvolvimento do termo de abertura do projeto é: Opinião especializada (consultores, outras unidades de gestão, partes interessadas, etc.); 9

O resultado é um documento contendo: Finalidade ou justificativa do projeto; Objetivos mensuráveis do projeto; Requisitos de alto nível; Restrições; Riscos de alto nível; Resumo do cronograma de marcos; Resumo do orçamento; Lista das partes interessadas; Requisitos de aprovação do projeto; Lista com os nomes do gestor do projeto e representante da entidade patrocinadora que autoriza o termo de abertura do projeto. 10

Antes de se definir o escopo do projeto, é necessário planejar a gestão do escopo; Planejar a gestão do escopo se refere ao processo de criar um plano que documenta como o escopo será definido, validado e controlado; A vantagem da realização desta tarefa é a obtenção de orientações e instruções sobre como o escopo será gerenciado ao longo de todo o projeto 11

O plano de gestão do escopo é um documento que faz parte do plano de gestão do projeto É realizado na parte inicial do projeto e auxilia na redução de possíveis desvio do projeto (scope creep) 12

O planejamento da gestão do escopo pode seguir o seguinte fluxograma: 13

As entradas consideradas para o desenvolvimento do plano de gestão do escopo são: Termo de abertura do projeto; Fatores ambientais da organização (cultura, estrutura, condições de mercado, etc.); Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, base de conhecimento, informações históricas, etc.) 14

Ferramentas e técnicas que auxiliam no planejamento da gestão do escopo: Opinião especializada; Reuniões (gestor e patrocinador do projeto, membros da equipe de projeto e das partes interessadas); 15

O plano de gestão do escopo faz parte do plano de gestão do projeto e inclui: Processo de preparação da especificação detalhada do escopo; Processo de habilitação da EAP (Estrutura Analítica do Projeto) a partir do escopo; Processo que estabelece como a EAP será mantida e aprovada; Processo de especifica como será obtida a aprovação das entregas do projeto; Processo para controlar solicitações de mudanças na especificação do escopo do projeto 16

Documento que descreve como os requisitos serão analisados, documentados e gerenciados; A relação de fases tem uma grande influência sobre a forma como os requisitos são gerenciados; 17

Os componentes do plano de gestão de requisitos incluem: Como as atividades dos requisitos serão planejadas, rastreadas e relatadas; Uma descrição sobre como as mudanças serão iniciadas, como os impactos serão tratados e quais autorizações são necessárias para aprovação destas mudanças; Processos de priorização de requisitos; Métricas do produto. 18

A coleta de requisitos se refere ao processo de determinar, documentar e gerenciar as necessidades e requisitos das partes interessadas; A principal vantagem deste processo é a criação de uma base para definição e gestão do escopo do projeto 19

Os requisitos podem ser classificados de acordo com seu tipo: Necessidades de negócio: oportunidade de negócios e motivos que levaram o projeto a ser criado; Requisitos das partes interessadas; Requisitos de solução: atributos, funções e características do produto Requisitos de transição: capacidades temporárias de conversão de dados e treinamento, para a transição do como está para o como será ; Requisitos do projeto: ações, processos que devem ser cumpridos pelos projeto; Requisitos de qualidade: condições ou critérios necessários para validar a conclusão do projeto. 20

A coleta de requisitos considera como entrada: Plano de gestão do escopo: esclarece como as equipes do projeto determinarão que tipo de requisitos devem ser coletados; Plano de gestão de requisitos: descreve o processo que será usado na coleta de requisitos; Termo de abertura do projeto: usado para descrever, em alto nível, o produto, a fim de possibilitar detalhamento dos requisitos; Durante a coleta de requisitos também podem ser usadas informações sobre o registro das partes interessadas e como é feita a comunicação entre as mesmas. 21

Diversas ferramentas e técnicas podem ser usadas na coleta de requisitos, entre as quais estão: Entrevistas: perguntas e respostas; Grupos de discussão: reuniões entre as partes interessadas e especialistas no assunto para compreender e aprender sobre as expectativas em relação a um produto; Oficinas facilitadas: reuniões com as partes interessadas para definir os requisitos dos produtos; 22

Técnicas de criatividade em grupo: Nuvem de ideias: útil na coleta de múltiplas ideias sobre o produto; Grupo nominal: semelhante á nuvem de ideias, porém considerando um processo de votação; Mapas mentais: consolidação das ideias obtidas através da nuvem de ideias a partir de sessões individuais em um único mapa mental (atributos comuns e diferenças de entendimento); Diagrama de afinidade: classificação de grandes volumes de ideias em grupos para revisão e análise; Análise de decisão: abordagem analítica sistemática para definir critérios, como níveis de riscos, incerteza e avaliação sobre as ideias obtidas. 23

Técnicas de tomada de decisão: Unanimidade; Maioria; Pluralidade (maior grupo decide); Ditadura. Questionários e pesquisas; Observações; Protótipos; Benchmarking: comparação de práticas reais ou planejadas com as de organizações similares; 24

Diagramas de contexto: descrição visual do escopo do produto mostrando entidades e processos referentes ao projeto; Análise de documentos: obtenção de requisitos a partir de documentação existente (plano de negócios, leis, portarias, fluxo de processos atuais, etc.) 25

Como resultado da coleta de requisitos são geradas dois documentos: Documentação dos requisitos, que descreve como os requisitos atendem às necessidades do negócio para o projeto; Requisitos devem ser bem definidos, sem ambiguidade, completos e consistentes; 26

Matriz de rastreabilidade de requisitos: uma tabela faz a ligação entre os requisitos do produto com os objetivos do projeto, incluindo pontos como: Objetivos do projeto; Escopo do projeto; Design do produto; Desenvolvimento do produto; Estratégia de testes e cenários; 27