COSAG. Cenário Macroeconômico. 02 de junho de 2014

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Transcrição:

COSAG Cenário Macroeconômico 02 de junho de 2014 1

1. Economia Internacional 2. Economia Brasileira 2

EUA Maior contribuição do governo e do consumo para o crescimento; Os indicadores macroeconômicos de abril mostram o efeito pontual do clima no início do ano na economia; A economia deve ganhar velocidade a partir do segundo semestre; Discussão sobre aumento de juros ganha espaço, mas deverá vir apenas em 2015, entretanto, os mercados tendem a antecipar o movimento. Zona do Euro A recuperação da economia é sustentável?; O Euro forte dificulta as coisas; Risco da deflação entrou definitivamente na agenda; O BCE pode atuar novamente. Ucrânia Cenário Internacional 3 China: crescimento em um ritmo um pouco menor que em 2013; realização de reformas propostas; mercado paralelo de crédito está mais perigoso. Japão: política monetária mostra eficácia; a elevação dos impostos e o aumento do custo de energia podem abortar a retomada? 3

1. Economia Internacional 2. Economia Brasileira 4

Resultados do PIB do 1º trimestre de 2014 PIB pelo lado da Demanda Cresc. em relação ao trimestre imediatamente anterior - % PIB e Subsetores Cresc. no 1º trim/14 em relação ao trimestre imediatamente anterior - % III/13 IV/13 I/14 0,8 0,9 0,9 0,9 0,7 3,6 1,4 Agropecuária Prod. e distrib. de eletric., gás e água Intermed. Financeira e outros Serviços imobiliários e aluguel Transporte, armaz. e correio 1,4 1,2 0,9 0,8 3,6-0,1 Cons. das famílias Cons. do Governo -1,2-2,0-2,1 FBCF -0,5-0,4-1,0-3,3 Exportação Importação Indústria Extrativa Mineral Adm., saúde e educação públicas PIB Comércio Outros Serviços Indústria da Transformação Construção civil Serviços de informação -5,2-2,3-0,7-0,8-0,1 0,5 0,4 0,2 Fonte: IBGE. Elaboração: MB Associados. (*) FBCF = Formação Bruta de Capital Fixo. 5

Revisão das taxas de crescimento do PIB Revisão das Taxas de Crescimento - 2013 Projeção para Antes (%) Depois (%) 2014 PIB a Preços de Mercado 2,3 2,5 1,3 Agropecuária 7,0 7,3 3,5 Indústria 1,3 1,7-0,6 Extrativista mineral -2,8-2,2 4,0 Transformação 1,9 2,7-2,4 Construção Civil 1,9 1,6-1,9 Serviços 2,0 2,2 1,5 Despesa de Consumo das Famílias 2,3 2,6 2,0 Despesa de Consumo do Governo 1,9 2,0 2,5 Formação Bruta de Capital Fixo 6,3 5,2-2,4 Exportações de Bens e Serviços 2,5 2,5 5,6 Importação de Bens e Serviços (-) 8,4 8,3 1,6 Fonte: IBGE. Elaboração: MB Associados 6

PIB: taxa de investimento segue em queda % do PIB 20,0% 18,0% 17,7% 16,0% 14,0% 12,0% 10,0% Taxa de Poupança Bruta Taxa de Investimento (FBCF) I/02 I/05 I/08 I/11 I/14 12,7% Fonte: IBGE. Elaboração: MB Associados. 7

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 44 49 49 50 55 54 Bilhões R$ 62 60 59 63 68 68 81 84 80 89 95 97 105 112 108 108 117 117 112 112 118 118 130 124 121 134 134 141 155 149 165 166 175 177 Renda agropecuária 180 Grãos Café, Laranja e Cana 160 Total Lavouras Pecuária 140 120 100 80 60 40 20 0 Fonte: FGV, IBGE e MB Agro. Elaboração: MB Agro Produtos: arroz, feijão, algodão, fumo, milho, soja, trigo, cana, laranja, café, boi, frango, suíno e leite 8

Evolução do mercado de autoveículos Produção de Autoveículos (variação Jan-Abr/14 contra Jan-Abr/13 - %) Emplacamentos de Autoveículos (variação Jan-Abr/14 contra Jan-Abr/13 - %) Automóveis Caminhões -12,5-10,7 Caminhão Ônibus Auto -14,2-9,7-7,6 Total -10,0 Total -3,7 Ônibus Comerciais Leves -2,6 Implem. Rodoviário Moto 0,4 Comercial Leve -1,8-1,2 6,0 Fonte: Anfavea e Fenabrave. Elaboração: MB Associados.

Consolidou-se a ideia de racionamento de energia Nível dos Reservatórios Brasil (% de sua capacidade de armazenamento) 90 2014 2013 2012 2001 80 70 60 50 40 30 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: ONS. Elaboração: MB Associados. 10

CCEE: média dos preços semanais de energia Preço médio semanal de energia elétrica - R$/MWh 960 800 640 Com reajustes de 2014, o preço da energia elétrica industrial subiu 30% na CPFL e 34% na CEMIG em relação a 2012 817,5 480 320 160 0 24/05/13 24/08/13 24/11/13 24/02/14 24/05/14 Fonte: CCEE. Elaboração: MB Associados. (*) Os dados são semanais e a data indicada no gráfico refere-se ao primeiro dia da semana para o qual o preço foi estimado. 11

Mercado de trabalho em deterioração Geração de emprego por atividade/soma nos últimos 12 meses - Milhares de Pessoas Total Serviços Comércio Construção Civil Indústria Agricultura -1-21 -31 26 38 109 198 215 abr/14 465 413 abr/13 678 732 Fonte: Caged. Elaboração: MB Associados. 12

Projeções de inflação (%) IPCA - variação em 12 meses - % 25,0 20,0 15,0 10,0 Preços Administrados Preços livres Os juros devem voltar a se elevar após as eleições Projeção IPCA 2014 7,0% 2015 6,8% 2014 2015 7,4 7,0 5,0 0,0 5,7 6,2 Fonte: IBGE. Elaboração e projeção: MB Associados. 13

Balança de Transações Correntes (US$ bi) 45 46 40 34 12 14 14 2 25 25 20 30 19 3-4 1 Transações Correntes Balança Comercial -28-24 -47-52 -54-81 -83-82 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 P Fonte: Bacen. Projeções: MB Associados. 2015 P 14

Taxa de câmbio 3,1 Título de 10 anos dos EUA Taxa de câmbio (R$/US$) 2,5 2,7 2,3 2,3 1,9 1,5 31/05/13 30/08/13 29/11/13 28/02/14 30/05/14 Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados. A recente valorização não é tendência para o ano; o Real deverá voltar a se desvalorizar no segundo semestre Valorização do Real resulta: colocação de bônus, investimento em equity, carry trade e ações do BC 2,1 1,9 15

1. 1. Término do atual modelo de crescimento: Conclusão: uma dupla transição 1) Fim do crescimento acelerado da China; 2) Fim do período de juros internacionais muito baixos; 3) Fim do crescimento acelerado da nossa demanda interna; 4) Fim da folga fiscal; 5) Fim do período de crescimento rápido do PIB; 6) Fim do experimento de novos campeões nacionais; 2. 1. A questão da sucessão complica as coisas. Coloca um grande componente de incerteza no cenário; 3. 1. O desafio do governo é retomar a capacidade de crescer mais. Antes de tudo, a situação macroeconômica tem de ser estabilizada; 16

Implicações para as empresas 1. 2. 3. Maior custo de capital no mercado internacional. Revisão negativa do rating do Brasil. O juro no Brasil também será maior; Bons preços de alimentos, mesmo com o fim do superciclo de commodities; Preços do petróleo podem ficar pressionados; 4. Preços do minério de ferro em queda; 5. Crescimento global puxado pelos EUA e pela bacia do Pacífico;

Implicações para as empresas 6. 7. Crescimento do PIB na faixa de 2% até 2015. A partir daí vai depender do novo governo; Com o aumento de juros, a entrada de capital e as vendas do BC, o câmbio deve seguir relativamente calmo. A volatilidade pode se elevar com a incerteza política. O dólar deve se valorizar quando os juros no mercado secundário americano começarem a se elevar; 8. Inflação flutuando no topo da meta e juro real superior a 4%; 9. Com maior aperto do Tesouro, serão menores os incentivos fiscais, os recursos para o BNDES e outras estruturas de crédito preferencial;

Implicações para o setor corporativo 1. 1. É importante fortalecer inteligência de mercado. 1. Maior custo de capital no Brasil. 2. 3. 1. É importante construir uma visão estratégica, de forma a lidar com o novo modelo. 19

4. 1. Demografia, geografia e fragmentação: Implicações para o setor corporativo 4.1 Demografia e estrutura familiar estão mudando; 4.2 Geografia de produção está mudando; 4.3 Demanda mais fragmentada deve ser considerada; 4.4 Estratégias corporativas devem ser regionalizadas. 5. Trabalhadores precisam ser treinados. Aumentar a produtividade é essencial. 6. Brasil: mercado de capitais é cada vez mais importante para o crescimento das empresas. 20

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