I FÓRUM FCE - UFRGS RECESSÃO BRASILEIRA: ORIGENS, DETERMINANTES E CONDIÇÕES DE SAÍDA. Marcelo S. Portugal UFRGS e CNPq
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- Judite Gama Dias
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1 I FÓRUM FCE - UFRGS RECESSÃO BRASILEIRA: ORIGENS, DETERMINANTES E CONDIÇÕES DE SAÍDA Marcelo S. Portugal UFRGS e CNPq
2 Roteiro da Apresentação 1. Determinantes da Crise Econômica 2. Desempenho das variáveis relevantes 3. Sinais de Recuperação 4. Condições para a Saída da Crise: decisão em 2018
3 Determinantes da Crise Econômica
4 Mudança de Rumo no Modelo Econômico Abertura Comercial ao exterior: mais competição Fechamento Comercial: regras de conteúdo nacional - Resultado primário elevado - Privatização (bancos estaduais e empresas produtivas) - Combate à Inflação: sistema de metas, sem controle de preços - Câmbio Flutuante - Avanços na Regulação (micro): - introdução de regras de mercado nos setores de petróleo e derivados e de energia elétrica; - Mercado imobiliário: patrimônio de afetação; alienação fiduciária e depósito incontroverso - Redução contínua do resultado primário (com maquiagem contábil) atingindo um déficit elevado em Volta do combate à inflação com controle de preços (gasolina, eletricidade, ônibus, etc) - Excesso de intervenção cambial - Retrocessos na Regulação (micro): - Petróleo: reestatização do exploração com a Petrobrás como única exploradora - Eletricidade: elevação do papel do estado na formação dos preços - Política de Campeões Nacionais via BNDES (aumento da bolsa empresário ) - Programas Ineficientes e custosos: FIES, PRONATEC, Ciências sem Fronteiras.
5 x Mais Mercado e Menos Estado x Mais Estado e Menos Mercado Política Econômica Tradicional x Políticas Desenvolvimentistas Mais Sorte x Menos Sorte Boom de Commodities Temos uma crise gerada internamente por uma aventura juvenil na política econômica
6 Desempenho das variáveis relevantes
7 2007 I 2007 II 2007 III 2007 IV 2008 I 2008 II 2008 III 2008 IV 2009 I 2009 II 2009 III 2009 IV 2010 I 2010 II 2010 III 2010 IV 2011 I 2011 II 2011 III 2011 IV 2012 I 2012 II 2012 III 2012 IV 2013 I 2013 II 2013 III 2013 IV 2014 I 2014 II 2014 III 2014 IV 2015 I 2015 II 2015 III 2015 IV 2016 I 2016 II 2016 III 2016 IV Variação do PIB do Brasil (T/T-1 com ajuste sazonal) ,0 2,0 1,0 0,0 2,0 1,7 0,9 1,9 1,9 1,6 1,4 Lula II Dilma I Dilma II Temer 2,1 2,5 2,4 1,9 1,5 1,3 1,3 1,0 1,0 0,0 0,1 1,5 0,0 2,2 0,3 0,1 0,0 0,2-1,0-2,0-1,7-1,2-1,0-1,2-1,5-0,3 - -0,7-0,9-2,2-3,0-4,0-3,8-5,0 Fonte: IBGE
8 2011 I 2011 II 2011 III 2011 IV 2012 I 2012 II 2012 III 2012 IV 2013 I 2013 II 2013 III 2013 IV 2014 I 2014 II 2014 III 2014 IV 2015 I 2015 II 2015 III 2015 IV 2016 I 2016 II 2016 III 2016 IV Índice (com ajuste sazonal) do PIB Real Base 100 = Janeiro/ ,0 100,0 98,0 96,0 Queda de 9,0% 94,0 93,2 92,0 90,0 91,0 Fonte: IBGE PIB de 2016 foi de R$ 6,267 trilhões. PIB per capta de R$ ,00 por ano ou R$ 2.281,10 por mês (13,33 meses no ano). Voltamos aos níveis de PIB próximos a Naquele ano, o PIB per capta a preços de hoje era de R$ ,00
9 2011 I 2011 II 2011 III 2011 IV 2012 I 2012 II 2012 III 2012 IV 2013 I 2013 II 2013 III 2013 IV 2014 I 2014 II 2014 III 2014 IV 2015 I 2015 II 2015 III 2015 IV 2016 I 2016 II 2016 III 110,0 105,0 Índice (com ajuste sazonal) do volume trimestral dos subsetores do PIB Base 100 = Janeiro/ ,3 100,0 95,0 90,0 85,0 97,0 92,9 89,6 95,0 93,7 86,8 80,0 75,0 Agropecuária - total Indústria - total Serviços - total Fonte: IBGE
10 0,0,0 0,0 0,2 0,2 0,2 0,1 0,9 0,3 0,0 0,2 0,9 0,7 0,9 0,7 0,0 0,3 1,2 1,2 1,3 0,7 0,7 0,2 1,0 1,0 1,3 0,9 0,1 0,3 0,2 0,3 0,3 0,3 0,1 0,2 0,3 0,2 0,3 4,08 2,50 3,50 4,50 5,50 6,50 7,50 8,50 9, ,50 0,00 0, ,00 1,20 1,40 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 nov/17 T/T-1 Ac. 12 meses projeção IPCA (Mensal e Ac. 12 Meses) 2014 a 2017 Fonte: IBGE e BCB
11 01/01/ /04/ /07/ /10/ /01/ /04/ /07/ /10/ /01/2012 Taxa de Juros - Selic Meta (%) 01/04/ /07/ /10/ /01/ /04/ /07/ /10/ /01/ /04/ /07/ /10/ /01/ /04/ /07/ /10/ /01/ /04/ /07/ /10/ /01/ /04/ ,00 14,00 13,00 12,00 Lula II 12,50 Dilma I 14,25 13,75 13,00 12,25 11,00 10,75 11,00 11,25 10,00 Dilma II Temer 9,00 8,00 7,00 8,75 7,25 6,00 Fonte: Banco Central do Brasil
12 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 Resultado Primário do Setor Público Acumulado em 12 Meses (R$ Bilhões) Lula II Dilma I Dilma II Temer , Fonte: BCB.
13 Dados Fiscais do Brasil Resultado Primário Dívida Bruta R$ Bilhões % PIB R$ Trilhões % PIB 2010-dez 101,7 2,62% 2,0 51,8% 2017-abril 145,1-2,29% 4,5 71,7% Fonte: BCB. A redução/eliminação do superávit primário, somada aos aportes do Tesouro ao BNDES (R$ trilhão), fez com que a dívida pública crescesse exponencialmente. Temos de reverter essa trajetória explosiva antes do default: Calote ou Inflação
14 Sinais de Recuperação
15 Produção de Grãos do Brasil de 2004 a 2017 (em milhões de toneladas) Novo recorde na safra de grãos em 2017 = +24,3% ,1 8,5 49,8 114,7 8,3 52,3 122,5 8,4 55,0 131,8 8,4 58,4 144,1 9,3 60,0 135,1 8,5 57,2 149,3 7,9 68,7 162,8 166,2 1 9,4 66,4 75,3 188,7 193,6 8,3 9,4 81,5 86,1 207,8 8,9 96,2 186,6 7,3 95,4 232,0 9,0 113, ,1 35,0 42,5 51,4 58,7 51,0 56,0 57,4 73,0 81,5 80,1 84,7 66,6 92,8 0 5,9 5,8 4,9 2,2 4,1 5,9 5,0 5,9 5,8 5,5 6,0 5,5 6,7 5,2 12,8 13,2 11,7 11,3 12,1 12,6 11,7 13,6 11,6 11,8 12,1 12,4 1 12, /17 Fonte: CONAB ARROZ TRIGO MILHO SOJA OUTROS Projeção Conab
16 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 Variação do IBC-Br (%) T/T-1 Com Ajuste Sazonal 2,00 1,50 1,4 1,00 0 0, ,00-1,50 0,1-0,3-0,3 - -0,7 0,2-0,2 0,7-0,9 - -0,2-0,9 - -0,9-1,1 0,1 - -1,3 0, ,1-0,0-0,7 0,1 0,0 0,0 0,0-1,12% -2,00-1,8 Fonte: Banco Central do Brasil Primeiro Trimestre de 2017: início tênue da retomada
17 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 Mensal Milhares Evolução do Emprego CAGED Brasil Mensal e Acumulado em 12 meses (c/ajuste) jan/2014 a abr/ Resultado mensal positivo depois de 22 meses -1, ,97 1,50 1,00 0 0, ,00-1,50-2,00 Acum. 12 meses Milhões ,50 Mensal Acum. 12 meses Fonte: MTE - CAGED
18 Condições para a Saída da Crise: decisão em 2018
19 PERSPECTIVAS PARA 2017 A inflação em queda. Logo, juros também em queda. Inflação baixa (preserva a renda real) e juros em queda (anima o crédito) são positivos para as vendas no varejo e para a indústria: começa a recuperação. A agropecuária deve ter um bom resultado (BR): safra recorde (232 milhões de toneladas, crescimento de 24,3% em relação a 2016 e de 11,7% em relação a 2015). Bom para o crescimento e para a inflação. Crescimento econômico (PIB) positivo, mas pequeno. Cenário externo muito volátil: elevação de juros e possível volta do protecionismo. Crise política atual (possibilidade de 5 presidentes em 3 anos) atrapalha a recuperação: gera instabilidade nas decisões de consumo e, principalmente, de investimento.
20 Crescimento e Flutuação: Longo Prazo e Curto Prazo - A política econômica deve ter um duplo objetivo: - Usa as políticas monetária e fiscal para reduzir a flutuação (amplitude dos ciclos econômicos) e controlar a inflação; - Implementar reformas micro para elevar a produtividade e melhorar o ambiente institucional (fim do capitalismo de compadres) para aumentar a taxa média de crescimento da economia. Redução da volatilidade do PIB: Gerenciamento da Demanda 7 6,5 6 5,5 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 Aumento do PIB Potencial: Medidas pelo lado da oferta
21 1993 I 1993 IV 1994 III 1995 II 1996 I 1996 IV 1997 III 1998 II 1999 I 1999 IV 2000 III 2001 II 2002 I 2002 IV 2003 III 2004 II 2005 I 2005 IV 2006 III 2007 II 2008 I 2008 IV 2009 III 2010 II 2011 I 2011 IV 2012 III 2013 II 2014 I 2014 IV 2015 III 2016 II Taxas (%) de Crescimento do PIB Brasileiro (a Preços de Mercado) Acumuladas em Quatro Trimestres 10,0 8,0 7,5 Média 2,79% 6,0 4,0 2,0 0,0 4,7 5,3 4,4 2,2 3,4 0,3 4,4 1,4 3,1 1,1 5,8 3,2 4,0 6,1 5,1-0,1 4,0 1,9 3,0 2,79-2,0-4,0-3,8-3,6-6,0 Fonte: IBGE Parece que o PIB potencial vinha se elevando entre , mas esse processo foi interrompido pela Nova Matriz Econômica
22 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO Saída da crise passa por mudar o modelo econômico. Isso é, enterrar de vez a chama da Nova Matriz Econômica. Precisamos de reformas que equilibrem as contas públicas (estabilização da relação dívida/pib), elevem a produtividade da economia e melhorem o ambiente institucional (fim do capitalismo de compadres). Quem vai fazer isso?
23 Obrigado
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