Curso: Técnico em Adminisração Disciplina: Adminisração da Produção ADP A2 Professor: Paulo Robero Rosa Apresenação da Disciplina Emena: Inroduz conceios da Adminisração da Produção como Planejameno e Conrole. Sisemas e Projeos, apresenando a função da produção nas organizações em um conexo sisêmico. Desaca a organização da produção de bens e serviços e o planejameno esraégico da produção e seus desafios. Objeivo Geral: Reconhecer a Adminisração da produção como pare de um ciclo de operações inegrado às demais funções organizacionais e ao ambiene compeiivo, sob o enfoque da adminisração esraégica e Teoria dos Sisemas Aberos. Conhecer os aspecos que envolvem a organização dos sisemas produivos, em ermos de fluxo produivo e logísica operacional. Conhecer os modelos e imporância do planejameno esraégico para organização, operacionalização esraégica da função produção e seus desafios. Idenificar as formas e caracerísicas do planejameno áico da produção. Conhecer e operar a programação da produção em diferenes sisemas produivos. Objeivos Específicos: Ober noções sobre Adminisração da Produção, no que ange o planejameno, programação e conrole da produção; Compreender a imporância da qualidade oal aplicada aos produos e processos; e Esruurar e apresenar Projeo de PCP Planejameno e Conrole da Produção. 1
Bibliografia Básica: BALLESTERO ALVAREZ, Maria Esmeralda. Adminisração da Qualidade e da Produividade: abordagens do processo adminisraivo. 4ª ed. São Paulo: Alas, 2001. RITZMAN, Larry P.; KRAJEWSKI, Lee J. Adminisração da Produção e Operações. São Paulo: Prenice Hall, 2004. SLACK, Nigel e all. Adminisração da Produção. São Paulo: Alas, 2002. Complemenar: MARTIN, Perônio G. Adminisração da Produção. São Paulo: Saraiva, 2003. MAXIMIANO, Anonio C. A. Teoria Geral da Adminisração. São Paulo: Alas, 2006. Adminisração A are de conseguir coisas por inermédio das pessoas Folle O processo de omar e por em práica decisões sobre objeivos e uilização de recursos Maximiano A adminisração é a maneira de governar organizações ou pares delas. É o processo de planejar, organizar, dirigir e conrolar o uso de recursos organizacionais para alcançar deerminados objeivos de maneira eficiene e eficaz. Chiavenao 2
Adminisração: Funções Empresariais FUNÇÕES DA EMPRESA DE ACORDO COM HENRI FAYOL EMPRESA Função Técnica Função Comercial Função Financeira Função de Segurança Função de Conabilidade Função Adminisraiva Relacionada a produção, fabricação, ransformação Relacionada a compras, vendas e permuas Relacionada a procura e gerência de capiais Relacionada a proeção e preservação de bens e pessoas Relacionada aos invenários, balanços, cusos, regisros e esaí. Henri Fayol 1841 1925 Adminisração: Função Produção O Processo de Transformação Inpus Recursos Humanos, Insalações e Processos, Maeriais, Terra, Energia e Informação Processo de ransformação Bens Oupus Serviços Medida de Performance (Qualidade, Cuso, Produividade, ec.) 3
Adminisração da Produção: O Que É? A função produção é enendida como o conjuno de aividades que levam à ransformação de um bem angível em um ouro com maior uilidade; Traa da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços; É o conjuno das aividades auxiliares de planejameno e conrole, indispensáveis à fabricação bem sucedida dos produos indusriais; Diz respeio àquelas aividades orienadas para a produção de um bem físico ou à presação de um serviço; É o ermo usado para as aividades, decisões e responsabilidades dos gerenes de produção que adminisram a produção e a enrega de produos e serviços; É o campo de esudo dos conceios e écnicas aplicáveis à omada de decisões na função de produção (empresas indusriais) ou operações (empresas de serviços); Esudo dos conceios e écnicas aplicáveis à omada de decisão no processameno de recursos a serem ransformados (maeriais, informações), uilizando recursos de ransformação (insalações, pessoal), para a obenção de produos ou serviços planejados; e É uma das funções cenrais de qualquer negócio. Adminisração da Produção: O Que É? Empresa A m b i e n e Mão de Obra Capial Energia Ouros insumos I n p u Funções de ransformação O u p u Produos Serviços A m b i e n e Figura 1.2 Fone: MARTINS & LAUGENI (2006, p. 11) Froneira do Sisema 4
Adminisração da Produção: Modelo Geral AMBIENTE Recursos a serem ransformados Inpu Recursos de ransformação Fone: SLACK e all (2002) Projeo Esraégia de Produção Planejameno e Conrole Melhoria Objeivos Esraégicos da Produção Papel e posição compeiiva da Produção Oupu Bens e Serviços AMBIENTE Adminisração da Produção: Áreas Envolvidas Markeing e vendas Pesquisa e desenvolvimeno Adminisração da Produção Conabilidade e finanças Recursos humanos Suprimenos 5
Adminisração da Produção: Áreas Envolvidas Evolução Hisórica: Primórdios A função produção acompanha o homem desde sua origem, quando polia a pedra a fim de ransformá-la em um uensílio mais eficaz; Com o passar do empo, muias pessoas revelaram-se habilidosas na produção de ceros bens, os aresãos, a primeira forma de produção organizada; Com a Revolução Indusrial e a descobera da máquina a vapor em 1764 por James Wa, surgem as primeiras fábricas e a produção aresanal enra em decadência; Com isso, surgem novas exigências: Padronização de produos e processos; Treinameno e habiliação da mão-de-obra; Criação e desenvolvimeno dos quadros gerenciais e de supervisão; Planejameno e conrole financeiro e da produção; Desenvolvimeno de écnicas de vendas; Padronização de componenes, inroduzido em 1790 por Eli Whiney; e Projeo de produo, processos, insalações, de equipamenos, ec. 6
Evolução Hisórica: Primórdios Wa, 1776 e seu moor a vapor Eli Whiney Mosquee Charleville 1763, produzido em 1798 por Eli Whiney com peças inercambiáveis Samuel Col e seu revolver Col 1885 Máquina de cosura Singer (1854) Evolução Hisórica: Adminisração Cienífica Início do século XX; Esruuração do rabalho (divisão em arefas); Visão mecanicisa do rabalho; Esudo de empos e movimenos; Moivação da mão-de-obra é pecuniária (homo economicus); Méodos fixos de rabalho; Frederick Winslow Taylor = fundador da escolar; Henry Ford = produção em massa; Ford Whiman Harris = loe econômico; e Waler Shewhar = conrole esaísico de qualidade. F. Taylor 1856-1915 H. Ford 1863 1947 7
Evolução Hisórica: Adminisração Cienífica Quadriciclo Ford (1896) Ford e seu Modelo T (1907 1925) Linha de monagem móvel (1913) Ford Highland Park (1918) Evolução Hisórica: Relações Humanas Adminisração Comporamenal: Elon Mayo (1930); Experiência de Hawhorne: realizada enre as décadas de 20 e 30, na fábrica da General Eleric em Chicago, localizada no bairro de Hawhorne; O homem é o foco da aenção; Produividade ligada à saisfação pessoal (ambiene de rabalho, relacionameno humano, sugesões, ec.); Méodos de rabalho menos esruurados. Elon Mayo 1880 1949 Inerior de fábrica Ford River Rouge. Experiência de Hawhorne 8
Evolução Hisórica: 2ª Guerra e Anos 50 Auomação e écnicas de decisões maemáicas; Desenvolvimeno da pesquisa operacional; Uso crescene do compuador; Auomação de operações (robóica); Conrole numérico de máquinas; Especialização da mão-de-obra; Decisões cenralizadas; Markeing de vendas; e Conrole de qualidade de produos finais; Evolução da logísica; Evolução no conrole esaísico do processo (origem por Shewar, 1927); Planejameno da produção; e Surge o jus-in-ime (JIT). Evolução Hisórica: Pós Guerra e Anos 60 Esados Unidos beneficiam-se de não er ido seu parque indusrial bombardeado; Demanda reprimida pela guerra; Produção em massa sofre ouro impulso; Jus-in-ime (JIT), da Toyoa, espalha-se pelo mundo; Deming e o movimeno de Qualidade no Japão; Japão orna-se um player imporane; Compuadores surgem e, com eles, o MRP (Maerial Requiremen Planning Planejameno das Necessidades de Maeriais) na IBM, e ouros desenvolvimenos; No final dos anos 50, início dos 60, surge Teoria dos Sisemas; e A Adminisração da Produção passa a ser visa denro de um sisema e uma das funções da Adminisração. Tahiichi Ohno, o pai do JIT William E. Deming 9
Evolução Hisórica: Qualidade Toal e JIT 1950 70 (Japão) e 1970 80 (Ocidene); Técnicas de melhorias conínuas (kaizen); O homem paricipaivo = células de produção; Técnicas de resposa rápida = manufaura flexível; Redução da variabilidade em geral; Gerenciameno logísico inegrado; Decisões no chão de fábrica (descenralização); Fábricas especializadas; Parcerias nas cadeias de suprimenos; Poucos fornecedores; Markeing inegrado e de relacionameno; Conroles visuais do fluxo de maeriais; e Conrole de processos. Evolução Hisórica: Anos 70 Início da reação ocidenal; Tudo era uma quesão de coningência, dependia do ambiene, da ecnologia e do mercado; Primeira crise do peróleo (1973); Esraégia de operações; Gesão de operações de serviços; MRP II (Manufacuring Resource Planning Planejameno dos Recursos de Manufaura); Celularização; e Auomação desenvolve-se. 10
Evolução Hisórica: Anos 80 A década de 80 são anos da Qualidade Toal; O MRP II espalha-se; Visão por processos (re-engenharia); Surgem os ERP s (Enerprise Resource Planning Planejameno de Recursos Empresariais); Gesão de redes de suprimenos; Lean producion / manufacuring (Produção / Manufaura enxua) & Agile manufacuring (Manufaura ágil); Aumena a produção de serviços; e Produção deixa de ser exclusivamene da fábrica. Evolução Hisórica: Anos 90 Mercados globalizados; Ala compeição; Busca de diferenciação pela logísica empresarial; Relacionamenos empresariais de negócios; Tecnologia de informação e decisão aplicadas; Robóica e auomação redução de cusos e aumeno da performance; Sisemas de cusos por aividades; Concorrência enre cadeias de suprimenos; e Virual organizaion (Organização virual). 11
Evolução Hisórica: Anos 2000 em Diane Nova economia; Aresão rabalhava em casa, virou rabalhador, foi para fábrica e agora busca-se o home-office; A remuneração era variável, ficou fixa e volou a ser variável com incenivos; O rabalhador se aperfeiçoa e conrola o robô; As fábricas daqui fazem pare do produo para ali ser finalizado mundo globalizado); Melhorias dos processos; Oimização da capacidade; e Redução de cusos. Novos Conceios Jus-in-ime: processo que gerencia a produção, objeivando o maior volume possível da produção, usando o mínimo de maéria-prima, embalagens, esoques inermediários, recursos humanos, no exao momeno em que requerido ano pela linha de produção quano pelo cliene; Engenharia simulânea: refere-se a paricipação de odas as áreas funcionais da empresa no desenvolvimeno do projeo do produo; Tecnologia de grupo: agrupameno em processos produivos comuns os componenes fisicamene similares e com roeiros de fabricação semelhanes; Consórcio modular: diversos parceiros rabalham junos denro da plana indusrial, nos seus respecivos módulos, para a monagem dos produos, e são responsáveis pelas operações na linha de monagem. A primeira fábrica no mundo a uilizar esse conceio foi a Volkswagen, divisão de caminhões e ônibus de Resende/RJ; e Células de produção: unidade de manufaura e/ou serviços que consise em uma ou mais esações de rabalho, com mecanismos de ranspore e de esoques inermediários enre elas. 12
Novos Conceios Desdobrameno da função qualidade: meodologia que visa levar em cona, no projeo do produo, odas as principais exigências do consumidor a fim de não somene aende-las como ambém superá-las; Comakership: o mais alo nível de relacionameno enre cliene e fornecedor, pois o fornecedor paricipa aivamene, envolvendo-se com as várias fases do projeo, pois possui a garania de conraos para fornecimeno de longo prazo; Sisemas flexíveis de manufaura: conjuno de máquinas de conrole inerligadas meio de um sisema cenral e por um sisema auomáico de ranspore; Manufaura inegrada por compuador: inegração oal da organização manufaureira por meio de sisemas de compuadores e filosofias gerenciais que melhoram a eficácia; Benchmarking: comparações das operações de um seor ou de uma organização em relação aos ouros seores ou concorrenes direos ou indireos; Produção cusomizada: é um reorno, em ceros aspecos, ao aresanao sem o aresão; a produção é em massa aé um cero pono e cusomizada dali em diane; e Produção enxua: passa a operar a parir do chamado sisema puxado, ou seja, deixa muias vezes de uilizar a capacidade máxima de sua plana e começa a produzir em concordância com a demanda do mercado. Tipos de Produção Aresanal: rabalho manual do aresão, de caráer familiar, realiza odas as eapas da produção; Sob projeo ou encomenda: volado para o aendimeno de necessidades específicas dos clienes, com demandas baixas, endendo à unidade; Em massa: caraceriza-se por grandes volumes de produos exremamene padronizados, iso é, baixíssima variação nos ipos de produos finais; e Conínua: é a produção consane, sem qualquer ipo de pausa ou inerrupção. 13
Tipos de Produção Sisemas de Produção Tecnologia Uilizada Resulado da Produção Produção por encomenda Produção em massa Produção coninua Habilidade manual ou operação de ferramenas. Aresanao. Pouca padronização e auomaização. Mão de obra inensiva e especializada. Máquinas agrupadas em baerias do mesmo ipo (seções ou deparamenos). Mão de obra inensiva e baraa, uilizada com regularidade Aravés de máquinas especializadas e padronizadas, disposas linearmene. Padronização e auomação. Tecnologia inensiva. Produção em unidades. Pouca previsibilidade dos resulados e incereza quano a sequência das operações. Produção em quanidade conforme cada loe. Razoável previsibilidade dos resulados. Cereza quano à sequência das operações Produção em grande quanidade. Fore previsibilidade dos resulados. Cereza absolua quano a sequência das operações Impaco Econômico da Melhoria na Produividade e Qualidade Melhoria na qualidade do produo AÇÃO GERENCIAL Melhoria nos processos produivos Aumeno no oupu por unidade de inpu Redução no inpu por unidade de oupu Aumeno no oupu e redução no inpu Maior valor percebido Preços mais alos Produividade melhorada Maior paricipação no mercado Aumeno na receia Baixos cusos de manufaura e serviços Maiores lucros Fone: EVANS apud MARTINS & LAUGENI (2006, p. 11) 14
Eficiência versus Eficácia Eficiência: É fazer cero a coisa ; Uilização adequada dos recursos empresariais, reside em fazer as coisas correamene; Foco no processo, no como deve ser feio; e Culuras de alo conexo (orienais, relacionameno, hierarquia, sexo, ec.). Eficácia: É fazer a coisa cera, fazer cero na primeira vez; Alcance dos objeivos proposos pela empresa, reside em fazer as coisas que são imporanes para alcançar os objeivos proposos; Ênfase no resulado, no que deve ser feio; e Culuras de baixo conexo (ocidenais, resulado). Eficiência Eficácia Excelência Efeividade: Fazer a coisa que em que ser feia; e É o grau de conformidade enre os objeivos raçados e os resulados alcançados. Eficiência versus Eficácia 15
Produividade Empresa A m b i e n e Mão de Obra Capial Energia Ouros insumos I n p u Funções de ransformação O u p u Produos Serviços A m b i e n e Figura 1.2 Froneira do Sisema PRODUTIVIDADE = OUTPUT INPUT A eficiência aqui é a relação enre o que se obeve (oupu) e o que se consumiu em sua produção (inpu). Ciclo da Produividade Medida da Produividade Melhoria da Produividade Avaliação da Produividade Figura 1.3 Planejameno da Produividade Fone: MARTINS & LAUGENI (2006, p. 13) 16
Alguns Faores Deerminanes da Produividade Relação Capial X Trabalho: indica o nível de invesimenos em máquinas, equipamenos e insalações em relação à mão-de-obra aplicada. À medida em que um parque indusrial envelhece, perde produividade. As subsiuições de equipamenos são feias sempre visando o ganho em produividade; Escassez de alguns recursos: em gerado problemas de produividade, como a energia elérica, por exemplo, em 2001 e 2002 gerou muios problemas na indúsria nacional; Mão-de-obra: não adiana er mão-de-obra baraa, que não seja produiva; Inovação e Tecnologia: são os grandes responsáveis pelo aumeno da produividade nos úlimos anos; Resrições legais: caso das exigências da legislação local que implicam em adapações onerosas; Faores gerenciais: em a ver com a capacidade dos adminisradores em se empenharem em programas de melhoria de produividade; e Qualidade de vida: Reflee a culura do ambiene em que a empresa esá inserida. Muias organizações se preocupam em melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores na cereza de que o reorno em ermos de produividade é imediao. Formas de se Melhorar a Produividade Produzir mais oupu usando o mesmo nível de inpus. Produzir a mesma quania de oupu usando menor nível de inpus. Produzir mais oupu usando menor nível de inpus. 17