Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil

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Transcrição:

Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil Fernando Veloso IBRE/FGV Book Launch of Surmounting the Middle Income Trap: The Main Issues for Brazil (IBRE/FGV e ILAS/CASS) Beijing, 6 de Maio de 2013

Armadilha da Renda Média No período do pós-guerra, muitos países foram capazes de atingir um nível de renda média, mas poucos tiveram sucesso em completar a transição para o grupo de países desenvolvidos De um total de 101 países de renda média em 1960, somente 13 tornaram-se economias de renda alta em 2008 (World Bank, 2012)

Evolução da Renda per Capita - Brasil 9.000 8.000 7.000 renda per capita (US$ PPP) 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 2010 2008 2006 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1968 1966 1964 1962 1960 1958 1956 1954 1952 1950

Evolução do Produto por Trabalhador Brasil 20.000 18.000 16.000 produto por trabalhador (US$ PPP) 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2010 2008 2006 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1968 1966 1964 1962 1960 1958 1956 1954 1952 1950

Evolução da Renda per Capita e do Produto por Trabalhador do Brasil Relativo aos Estados Unidos [em %] 40 35 renda per capita 30 produto por trabalhador 25 20 15 10 2010 2008 2006 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1968 1966 1964 1962 1960 1958 1956 1954 1952 1950

Desafios da Transição para a Renda Alta A armadilha da renda média está associada à dificuldade de fazer a transição para um novo modelo de desenvolvimento que adapte a economia e suas instituições às novas oportunidades e desafios que surgem Uma transição bem-sucedida para a renda alta depende de vários fatores, como: - Capacidade da economia de adotar e gerar inovações - Integração à economia mundial - Inserção efetiva da população na economia moderna, através de educação de qualidade - Ambiente de negócios favorável - Criação de uma rede de proteção social adequada

Brasil e a Transição Incompleta O Brasil teve avanços importantes nas últimas duas décadas, mas fez uma transição incompleta em várias dimensões: - Baixa capacidade de adotar e gerar inovações - Baixo grau de abertura ao exterior - Avanços na quantidade da educação, mas graves problemas na qualidade - Ambiente regulatório caro e complexo; insegurança jurídica - Redução recente da desigualdade, mas em nível ainda elevado Os capítulos do livro preparados pelo IBRE/FGV analisam os desafios da transição para a renda alta no Brasil, que também incluem temas como crescimento econômico, previdência social, poupança, federalismo fiscal, setor financeiro, agricultura e meio-ambiente Esta apresentação abordará o tema do ambiente de negócios e reformas institucionais

Produtividade Total dos Fatores O crescimento do produto por trabalhador depende da acumulação de capital físico (máquinas, equipamentos e construção), de capital humano (educação) e da elevação da produtividade total dos fatores (PTF) A PTF é uma medida de eficiência agregada da economia, que inclui a tecnologia e a eficiência da alocação dos fatores de produção entre firmas

Evolução da Produtividade Total dos Fatores - Brasil 190 180 170 160 150 140 130 PTF 120 110 100 90 80 70 60 50 2010 2008 2006 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1968 1966 1964 1962 1960 1958 1956 1954 1952 1950

PTF em Relação aos Estados Unidos [em %] PTF relativa aos Estados Unidos Brasil 50 China 39 Chile 63 México 65 Coreia do Sul 70 Índia 42 Rússia 52 África do Sul 56

Ineficiência na Alocação de Fatores Uma alocação eficiente de capital e trabalho entre firmas no setor manufatureiro pode elevar a PTF da América Latina entre 50% e 60% (Pagés, 2010) Os ganhos resultantes de uma alocação eficiente de recursos no setor de serviços pode ser ainda maior. No caso do comércio varejista, a PTF pode elevar-se em 260% no México Uma das principais manifestações de ineficiência é uma proliferação de firmas pequenas com produtividade muito baixa, particularmente no setor de serviços

Evidências para o Brasil A eliminação da ineficiência na alocação de fatores de produção entre firmas no Brasil elevaria a PTF da indústria manufatureira em até 49% (Ferraz e Monteiro, 2009) Os ganhos de eficiência provavelmente são ainda maiores, já que os dados disponíveis só permitem que seja feita uma estimativa para firmas com 30 ou mais trabalhadores Os estudos para outros países incluem firmas com 10 ou mais trabalhadores, o que incorpora firmas pequenas de produtividade muito baixa Os ganhos potenciais de eficiência no setor de comércio varejista do Brasil são de mais de 200% (De Vries, 2009)

Regulação Excessiva e Alocação Ineficiente de Fatores Uma regulação excessiva do ambiente de negócios pode contribuir para uma alocação ineficiente de fatores entre firmas e, dessa forma, reduzir a PTF agregada (Loayza e Servén, 2010) Uma forma importante através da qual essa má alocação ocorre é através do aumento da informalidade

Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil Entre 1950 e 1980, o modelo brasileiro de desenvolvimento foi baseado na substituição de importações e forte intervenção do Estado na economia Diante da queda do crescimento a partir do início da década de 1980, várias reformas foram implantadas na década de 1990, com foco na maior participação do setor privado na atividade econômica e na abertura ao exterior O processo de reformas teve continuidade no início da década seguinte, mas perdeu impulso desde meados da década de 2000

Modelo de Desenvolvimento Baseado na Substituição de Importações A política de industrialização via substituição de importações implantada no Brasil no pós-guerra foi uma estratégia de desenvolvimento caracterizada por uma natureza sequencial Ela começou no setor de bens de consumo duráveis na década de 1950 e culminou com a substituição de importações de bens de capitais e bens intermediários pela produção doméstica na década de 1970 O Plano de Metas, implantado na segunda metade da década de 1950, promoveu setores específicos, com foco em energia, infraestrutura, insumos básicos e bens de consumo duráveis O II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), introduzido na segunda metade da década de 1970, aprofundou a política de substituição de importações, com foco em bens de capital e produtos intermediários Na década de 1980 foi implantada uma reserva de mercado no setor de informática

Reformas da Década de 1990 (I) Em 1994 foi implantado o Plano Real, que combinou um plano de estabilização macroeconômica bem-sucedido com um ambicioso programa de reformas institucionais As reformas da década de 1990 tiveram o objetivo de aprimorar o ambiente de negócios através de dois canais principais: - Consolidar a estabilidade macroeconômica e dessa forma reduzir uma importante fonte de risco para as decisões de investimento em máquinas, equipamentos e novas tecnologias - Elevar o grau de competição da economia, através do aumento da participação do setor privado na atividade econômica e maior abertura ao exterior

Reformas da Década de 1990 (II) Criação do regime de metas de inflação e autonomia operacional do Banco Central Lei de Responsabilidade Fiscal Reforma do sistema financeiro Fim dos monopólios estatais em vários setores da atividade econômica Criação de agências reguladoras Abertura ao exterior

Reformas da Década de 2000 (I) A manutenção nos anos 2000 dos principais elementos da política econômica foi fundamental para assegurar a estabilidade macroeconômica e, dessa forma, reduzir uma fonte importante de risco do ambiente de negócios Além disso, na primeira metade da década foram introduzidas algumas reformas microeconômicas, com foco no aumento da segurança jurídica das operações de crédito e redução de custos de transação decorrentes de assimetria de informações No entanto, desde meados da década houve pouco avanço nas reformas

Reformas da Década de 2000 (II) Lei de Falências Legislação do crédito consignado em folha de pagamento Reforma do crédito imobiliário

Global Competitiveness Report 2012-2013 O Global Competitiveness Report do World Economic Forum calcula vários indicadores de competitividade dos países A competitividade de um país é definida como o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o seu nível de produtividade O Global Competitiveness Report 2012-2013 apresenta indicadores para 144 países Os indicadores são agrupados em 12 pilares de competitividade, que por sua vez são divididos em 3 grandes categorias de competitividade: requisitos básicos, indicadores de eficiência e fatores de inovação e sofisticação O Índice de Competitividade Global é calculado através de uma ponderação dos indicadores nas três categorias, onde os pesos variam de acordo com o nível de desenvolvimento do país

Índice de Competitividade Global 2012-2013 Ranking de Competitividade Brasil 48 China 29 Chile 33 México 53 Coreia do Sul 19 Índia 59 Rússia 67 África do Sul 52 Estados Unidos 7

Doing Business 2013 O Doing Business mensura diversas dimensões do ambiente de negócios no qual as firmas produzem Dentre as dimensões analisadas, incluem-se a dificuldade de abrir firmas, registrar o negócio, pagar impostos, obter crédito e resolver casos de insolvência O Doing Business 2013 apresenta indicadores para 185 países

Ranking do Doing Business 2013 - Geral Ranking de Ambiente de Negócios Brasil 130 China 91 Chile 37 México 48 Coreia do Sul 8 Índia 132 Rússia 112 África do Sul 39 Estados Unidos 4

Ranking do Doing Business 2013 Complexidade e Custo dos Processos Regulatórios Abertura de Obtenção de Obtenção de Registro de Pagamento de Comércio Alvará de Empresas Construção Eletricidade Propriedade Impostos Internacional Brasil 121 131 60 109 156 123 China 151 181 114 44 122 68 Chile 32 84 40 55 36 48 México 36 36 130 141 107 61 Coreia do Sul 24 26 3 75 30 3 Índia 173 182 105 94 152 127 Rússia 101 178 184 46 64 162 África do Sul 53 39 150 79 32 115 Estados Unidos 13 17 19 25 69 22

Ranking do Doing Business 2013 Qualidade das Instituições Legais Obtenção de Proteção de Cumprimento Resolução de Crédito Investidores de Contratos Insolvência Brasil 104 82 116 143 China 70 100 19 82 Chile 53 32 70 98 México 40 49 76 26 Coreia do Sul 12 49 2 14 Índia 23 49 184 116 Rússia 104 117 11 53 África do Sul 1 10 82 84 Estados Unidos 4 6 6 16

Relação entre Renda per Capita e Ranking do Doing Business 2013 Geral 200 180 160 140 ranking de ambiente de negócios 120 100 80 60 Brasil 40 20 0 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 renda per capita (US$ PPP)

Relação entre Renda per Capita e Ranking do Doing Business 2013 Pagamento de Impostos 200 180 160 Brasil 140 ranking de pagamento de impostos 120 100 80 60 40 20 0 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 renda per capita (US$ PPP)

Relação entre Renda per Capita e Ranking do Doing Business 2013 Resolução de Insolvência 160 140 Brasil 120 ranking de resolução de insolvência 100 80 60 40 20 0 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 renda per capita (US$ PPP)

Evolução da Distância da Fronteira do Doing Business 2013 - Geral 75,0 70,0 65,0 60,0 distância da fronteira (em %) 55,0 50,0 45,0 40,0 Brasil China México Índia 35,0 30,0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Evolução da Distância da Fronteira do Doing Business 2013 Pagamento de Impostos 80,0 70,0 60,0 distância da fronteira (em %) 50,0 40,0 30,0 20,0 Brasil China México Índia 10,0 0,0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Evolução da Distância da Fronteira do Doing Business 2013 Resolução de Insolvência 80 70 60 distância da fronteira (em %) 50 40 30 20 10 Brasil China México Índia 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Obstáculos para Fazer Negócios World Bank Enterprise Surveys [em %] Brasil América Latina e Caribe Mundo proporção de firmas que identificam a carga 83,5 35,1 34,8 tributária como um grande obstáculo proporção de firmas que identificam a administração 75,1 22,7 22,9 de impostos como um grande obstáculo proporção de firmas que identificam a obtenção de licença de negócio como um grande 48,5 15,9 15,7 obstáculo proporção de firmas que identificam o sistema judiciário como um grande 47,1 25,0 18,9 obstáculo

Desafios para a Melhoria do Ambiente de Negócios no Brasil (I) Apesar de várias reformas, o ambiente de negócios no Brasil ainda é muito desfavorável O ambiente regulatório do país caracteriza-se por elevada complexidade, que cria barreiras à entrada e saída de firmas do mercado e à realocação de fatores de produção entre as firmas Também existem deficiências no funcionamento das instituições legais, que resultam em insegurança jurídica de vários contratos Os indicadores também revelam que o ambiente de negócios no Brasil avançou pouco desde meados dos anos 2000, refletindo a quase inexistência de reformas nesse período

Desafios para a Melhoria do Ambiente de Negócios no Brasil (II) É preciso fazer reformas para melhorar o ambiente de negócios no Brasil, com ênfase na redução da complexidade da regulação e no fortalecimento das garantias jurídicas dos contratos Dentre outras medidas, é preciso facilitar o processo de abertura e fechamento de empresas, e reduzir o nível e a complexidade da tributação no Brasil Apesar dos avanços recentes, ainda existe uma margem expressiva para a melhoria do acesso ao crédito, e muito a ser aprimorado na segurança jurídica dos credores Uma estratégia gradual e persistente de melhoria do ambiente de negócios tem o potencial de elevar a taxa de crescimento de longo prazo da economia brasileira e colocar novamente o país em uma trajetória de convergência para o patamar dos países desenvolvidos