O futuro do Brasil: setor portuário eficiente e auto-sustentável; Modelo do Porto de Roterdã
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- João Henrique Fernandes Branco
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1 O futuro do Brasil: setor portuário eficiente e auto-sustentável; Modelo do Porto de Roterdã Duna Gondim Uribe São Luis, Maranhão 29 Nov Port of Rotterdam International
2 Agenda: Desenvolvimento sustentável competitividade Situação atual de competitividade no Brasil 2011 Projeção de demanda até 2030 Visão para o futuro do setor portuário Como alcançar tal visão: planos de ação Modelo do Porto de Roterdã 2
3 Competitividade: Os 12 pilares de competitividade: Fonte: World Economic Forum, Global Competitiveness Report 3
4 Situação atual de competitividade em infraestrutura no Brasil: A qualidade de infraestrutura portuária é a pior entre os itens de infraestrutura. Ranking em 2010/11: n 123 Ranking em 2011/12: n 130 4
5 Benchmark: qualidade de infraestrutura portuária Quality of port infrastructure Singapore Netherlands Panama Chile India Argentina Brazil Venezuela Fonte: World Economic Forum, Global Competitiveness Report 5
6 Gestão Regulação Infraestrututa Atuais gargalos do setor portuário brasileiro: Portos tem capacidade insuficiente para atender o crescimento de movimentação de cargas Falta de infraestrutura portuária e de acessos adequados Número excessivo de diversos órgãos envolvidos agindo sem integração Marco regulatório pouco flexível e sem clareza jurídica Operações portuárias sub-óptimas, ineficientes e com alto custo Autoridades portuárias com gestão polítizada e sem continuidade Baixa capacidade financeira por parte das autoridades portuárias para investir Carência de gestão profissional no setor portuário 6
7 O Brasil tem um alto potencial: Boom econômico Redução da pobreza / forte crescimento da classe média Abundância de matéria prima Pré-sal Copa do Mundo 2014 Jogos Olímpicos de
8 Projeção de carga ,68% Período projetado 6,93% Período observado Fonte: LabTrans, UFSC. Preparado para o PNLP 8
9 Objetivos do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP): Aumentar a capacidade do sistema portuário Determinar a lacuna entre capacidade instalada e projeção de carga Definir claramente o marco regulatório e institucional Definir arcabouço institucional e modelo de gestão portuária ideais Melhorar a eficiência de gestão dos portos Definir uma nova estratégia de gestão portuária com foco na auto-sustentabilidade e eficiência 9
10 Visão para o setor portuário brasileiro: Possibilitar que o Brasil realize seu potencial de crescimento econômico e desenvolvimento social por meio da melhoria da eficiência nas cadeias de suprimentos, ampliando a capacidade portuária e promovendo a sustentabilidade ambiental. Tudo isto para que o Brasil ocupe uma posição internacional competitiva. 10
11 Como realizar esta visão? Algumas prioridades estratégicas: I. Melhorar a eficiência das cadeias logisticas, aumentar a capacidade dos portos, dos acessos e dos centros logísticos Aumentar a produtividade operacional Criar uma cadeia de suprimentos eficiente Expandir os portos existentes e/ou desenvolver novas áreas Melhorar a intermodalidade de transportes, os acessos terrestres e os maritimos Criar centros logisticos (hubs) no interior, em pontos estrategicos II. Desenvolver novo quadro institucional Redefinir as funções do governo, agências e setor privado envolvidos com o sistema portuário Transição para autoridades portuárias autônomas Criar politicas para competição no setor portuário Aprimorar a relação entre trabalhadores portuários e a operação portuária III. Tornar as autoridades portuárias autosustentáveis e vltadas ao negócio Transição para autoridades portuárias com gestão profissional voltadas à um enfoque comercial Formar e desenvolver pessoal para o setor portuário Promover a sustentabilidade ambiental 11
12 Plano de ação: Marco regulatório Redefinir o papel da SEP, Antaq, CAP etc e setor privado. Transformar autoridades portuárias em organizaçães com autonomia gerencial e financeira De-politização da gestão, profissionais e técnicos assumem responsabilidade da autoridade portuária Saneamento financeiro das Autoridades Portuárias Harmonização da legislação para Licenciamento Ambiental 12
13 Plano de ação: Aspectos econômicos (1) Investimentos (privados e públicos): Diminuição gradual do financiamento direto do Governo Federal nos portos Autoridade portuária deve investir com seus próprios recursos (tarifas+arrendamento + subsídios) + empréstimos Cada investimento deve seguir plano de negócio Governo investe em acessos rodo-ferro-aquaviários e em projetos de grande escala, de acordo com uma classificação dos portos 13
14 Plano de ação: Aspectos econômicos (2) Autoridades portuárias, agentes comerciais : Desenvolver planos de negócio, integrados ao PDZ Sociedades de economia mista delegadas aos estados e com possível participação do setor privado Autoridades portuárias privadas: concessão por tempo limitado ao setor privado 14
15 Plano de ação: Aspectos de mercado Criação de políticas para promover competição no setor portuário: Abolir a obrigação dos terminais contratarem a força de trabalho do OGMO Permitir terminais privativos movimentarem cargas de terceiros 15
16 Modelo: Porto de Roterdã 16 16
17 Empresa pública, gestão privada: Controle acionário público: Município de Roterdã 70,83 % Governo Federal 29,17 % Conselho de Administração Conselho estratégico, controle Diretoria Executiva Gestão do dia-a-dia 17
18 Organograma- Porto de Roterdã Mayor of Rotterdam Minister of Transport, Public Works & Water Management 18
19 Modelos de gestão portuária Infraestrutura Superestrutura Operação portuária Outras funções Landlord port (Rotterdam) Público Privado Privado Público/ Privado Tool port Público Público Privado Público/ Privado Public service port Private service port Público Público Público Maioria público Privado Privado Privado Maioria privado 19
20 Responsabilidades no modelo landlord Empresa privada Autoridade Portuária 20
21 Decisão para investir: Metodologia business case para portos Calcular a taxa interna de retorno esperada sobre o investimento (TIR) Avaliar situação financeira de longo prazo Equilíbrio entre investimentos públicos e privados TIR é importante para viabilizar futuros investimentos, tais como: desenvolvimento da área portuária atrair negócios aumentar o desenvolvimento econômico Banco (financiamento através de dívida) 21
22 million euro million tonnes Exemplo Roterdã: Receita operacional total (mln ) x movimentação total (mln ton) % 14 3% 18 3% 13 3% % % % % % 57% 56% % Harbour Dues Land Leases Other Income Throughput 22
23 Investimentos Porto de Roterdã Prognoses MV2 Estimado MV2 Prognoses Estimado excl excl MV2 MV2 Realization Realizado MV2 Realization Realizado excl excl MV2 MV2 Valores: x 1 milhão 23 23
24 Porto de Roterdã: DRE 2010 (EUR) Receita operacional Custo operacional EBITDA Amortização EBIT Despesas financeiras Resultado das participações Lucro liquido 551 M M 316 M -113 M 203 M -55 M 6 M 154 M 24
25 Transição do setor portuário: De: Para: Portos são gargalos para a economia Portos facilitam o crescimento econômico Controle Governamental Portos de pequeno porte e sem possibilidade de expansão Autoridades portuárias altamente subsidiadas Acessos congestionados Custo alto, baixo padrão operacional (Custo Brasil) Falta de conformidade legal ambiental Planejamento estratégico integrado e formulação de políticas públicas Ganhos de escala com portos de maior porte Autoridades portuárias autônomas e auto-sustentáveis Cadeia logística integrada (rodo-ferroaqua) Eficiência operacional Desenvolvimento sustentável 25
26 Conclusões: É possível criar portos auto-sustentáveis Autoridades portuárias financeiramente saudáveis têm acesso mais fácil a empréstimos Um sistema portuário mais eficiente leva a custos mais baixos para os seus usuários Segurança jurídica promove investimentos privados Governo faz uma transição gradual para investir em infraestrutura de acessos 26
27 Obrigada pela sua atenção!
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