Estratégia e Marketing. EGI ISEC Denise Lila Lisboa Gil Abril 2008

Documentos relacionados
Teoria da Administração. RAD-1101 Prof.Dr.Jorge Henrique Caldeira de Oliveira

Capítulos 8 e 9. Implementação de Estratégias: estrutura organizacional, liderança, poder e cultura

PARTE IV O SISTEMA ORGANIZACIONAL CAPÍTULO FUNDAMENTOS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL by Pearson Education

IPV.ESTV Volume de Trabalho Total (horas): 106 Total Horas de Contacto: 51 T TP P OT Competências

Modelos configuracionistas. Maria José Chambel

Organização - Estrutura Organizacional

Indice PREFÁCIO. INTRODUÇÁO GERAL. 1. A análise concorrencial.

PLANO DE CURSO. Formação para Profissionais. PORTUGAL ANGOLA MOÇAMBIQUE CABO VERDE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE BRASIL

Capítulo 9 Estratégia em Portugal

As relações inter-organizacional no sistema de governação Joaquim Filipe Ferraz Esteves de Araújo

A organização precisa de ter uma finalidade: Clara noção sobre porque existe e sobre o que quer realizar, de forma enquadrada na sua missão

BALANCED SCORECARD. PARA MANUTENÇÃO para melhorar a performance do departamento. Elabore, Planeie, Implemente. Curso.

FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO A busca do essencial. Estrutura Organizacional

Matérias: 1 Funções da Administração: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. 2 Planejamento Estratégico: Níveis de Planejamento, Análise SWOT,

Processo Organizacional

Estruturas mecanicistas e organicistas

Processo Organizacional

ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DE PROJECTOS. O responsável (gestor) do projecto. A estrutura organizacional

Desenho Organizacional

Planeamento Gestão Estratégica

O PROCESSO DE CONTROLO DE GESTÃO

Estrutura Organizacional

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE PESSOAS

Ciência e Inovação Realizar Portugal

Centralizada gerenciamento corporativo tem autoridade de tomada de decisão de TI para a organização toda

MODELOS DE GESTÃO AULA 05 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO. Designação: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.) Área de Negócio: Enquadramento:

Cluster Habitat Sustentável. Victor Ferreira Guimarães 12/05/2011 Plataforma para a Construção Sustentável

Introdução à Gestão EXAME (B)

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Organização, Sistemas e Métodos. Estruturas de Mintzberg Parte 3. Prof.ª Karen Estefan Dutra

Terminologia. Comissão Técnica 169. Atividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação

Capítulo 8 Desenvolvimento Empresarial

Processos e estruturas de. Organização. Capítulo 5. relações entre as pessoas e os recursos disponíveis

Introdução. Sucesso organizacional + Ambiente de Mudança. Adotar uma ESTRATÉGIA. Criar vantagem competitiva sustentada

A empresa e o seu ambiente

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Introdução à Gestão

e Avaliação de Desempenho com SAS/SPM

1/5 *UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR* (A classificação desta prova será publicada neste site)

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa

PROJECTO ÂNCORA QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO NO SECTOR DAS TICE

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Introdução à Gestão

ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES. Estruturas - Finalidade. Modelos Contemporâneos de Organização. Elementos da estrutura organizacional

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Introdução à Gestão

TIPOS DE ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS

REGULAMENTO Nº2/IPT/2006

PPDA PARECER RELATIVO À MONITORIZAÇÃO DA EEM MEDIDAS 28, 30 E 33

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Introdução à Gestão de Empresas

INSTITUTO DE FORMAÇÃO PARA O COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

O Sistema Nacional de Compras Públicas

Sistemas de Incentivos às Empresas. Qualificação de Recursos Humanos QREN. Março.08. Agenda Factores de Competitividade

MISSÃO VISÃO VALORES 1/5

1. Introdução. Gestão Orçamental. Júlia Fonseca 2010/2011. Gestão Orçamental

TEORIA DE MINTZBERG MINTZBERG E O DESENHO ORGANIZACIONAL NELSON FILIPE DOS SANTOS DUARTE. Aluno Nº INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA

1/7 *UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR* (A classificação desta prova será publicada neste site)

Índice CONCEITOS E FUNDAMENTOS. Parte I. Capítulo 1 A natureza do problema estratégico 21

CAPÍTULO 9 ALIANÇAS ESTRATÉGICAS

Anexo II - Princípios das Normas ISO aplicáveis a organizações de saúde

As Empresas de Serviços Energéticos

O contributo do Cluster Habitat Sustentável

Administração. Abordagem Contingencial. Professor Rafael Ravazolo.

Define as orientações fundamentais para a utilização nacional dos fundos comunitários para o período de

GESTÃO PELA QUALIDADE TOTAL (TQM)

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING NO ORGANOGRAMA DE UMA EMPRESA

Open Doors A SHL Portugal abre as portas a todas as empresas em colaboração com a Escrita Digital. Lisboa 4 de Março de 2010

GESTÃO DE NEGÓCIOS. 4.º Edição da Formação OCAM/2017. Concebido pela OCAM 11/23/2017

FarmPath Transições na Agricultura: Trajectórias para a Sustentabilidade Regional da Agricultura na Europa

ESTRATÉGIA INTERNACIONAL. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO AULA 12 Prof. Adalberto Fischmann Prof. Marcos Bruno/Luiz Bloem Jr.

Programa MOVE. Contribuição para a Melhoria da Competitividade das Empresas: Apresentação de boas práticas. Lisboa, 29 de Setembro de 2011

Grupo MARTIFER Um Case-Study. Iniciativa sobre o Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial CCB,

CAPÍTULO 7 INVESTIMENTO DIRECTO 7.1 TIPOLOGIA BÁSICA DE INVESTIMENTOS DIRECTOS

Negócios Internacionais

SISTEMA DE GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL (SGSA)

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ORGANIZAÇÕES ESPORTIVAS EVENTOS

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Gestão e Organização de Empresas

Administração Prof. Esp. André Luís Belini Bacharel em Sistemas de Informações MBA em Gestão Estratégica de Negócios

Princípios da Organização do Trabalho

FOOTURE 4.0 ROTEIRO DO CLUSTER DO CALÇADO PARA A ECONOMIA DIGITAL

PROCESSOS GERENCIAIS

Auto-Regulação e Melhoria das Escolas. Auto-avaliação - uma PRIORIDADE. Auto-avaliação do Agrupamento de Escolas de Gil Vicente

GESTÃO de PROJECTOS. Condições prévias de sucesso para a maioria dos projectos

Clientes não vêm primeiro, Colaboradores vêm primeiro, Se cuidar bem dos colaboradores, Eles cuidarão bem dos seus clientes.

Palmela - Fórum Turismo Qualidade e inovação na oferta turística. Palmela Fórum Turismo 28SET11

DEPARTAMENTALIZAÇÃO Professor Flávio Toledo

DEPARTAMENTALIZAÇÃO Prof. Flávio Toledo

Prof. Gustavo Suriani de Campos Meireles, M.Sc.

Case study. Rede Autónoma de Microcrédito PROMOÇÃO DO EMPREENDEDORISMO E DA INCLUSÃO SOCIAL EMPRESA ENVOLVIMENTO

Estratégias para as Compras Públicas Sustentáveis. Paula Trindade LNEG

1. Introdução ao controlo de gestão nas organizações

Serviços Partilhados para um Estado Inteligente

3. Teoria carteira e os modelos de avaliação de ativos financeiros: CAPM e APT. 5. Avaliação de ativos contingentes: avaliação de opções reais.

Administração de Sistemas de Informação. Aula 5- Desafios Gerenciais da Tecnologia da Informação.

Uma Agemda para o Interior. Teresa Pinto Correia ICAAM / University of Évora - PORTUGAL

Entrevista à Chefe da DCPHM da Câmara Municipal do Barreiro

[Ano] ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. Campus Virtual Cruzeiro do Sul

Gestão dos Projectos Bartolomeu Soto

ADMINISTRAÇÃO. Processo de planejar, organizar, dirigir e controlar recursos a fim de alcançar os objetivos da organização

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

Grupo ANA Aeroportos de Portugal S.A.

Transcrição:

Estratégia e Marketing EGI ISEC Denise Lila Lisboa Gil Abril 2008

A Estrutura Organizacional é o que vai servir como ponte de ligação entre a Formulação e a Implementação da Estratégia para que a empresa possa actuar de acordo com o mercado que pretende conquistar. Para a implementação da Estrutura Organizacional temos de considerar e interligar todos os recursos da empresa juntamente com os esforços globais dos seus membros.

A Análise da Estrutura de uma empresa pode ser feita em torno de 3 factores: Formalização -- Onde ocorre a limitação de iniciativa pessoal, o espírito de inovação e a tomada de riscos, o que contribui para a minimização de incerteza organizacional Centralização -- Facilita a coordenação das actividades empresariais existindo maior controlo na empresa, no entanto este factor aumenta o tempo de resposta ao mercado e desmotiva os membros da empresa e...

Complexidade Que combina 3 elementos: Dispersão Espacial : Mercados em que a empresa actua Diferenciação Vertical : Directamente relacionado com os níveis hierárquicos da empresa Diferenciação Horizontal : Directamente relacionado com a especificação das tarefas desempenhadas por membros da empresa

A Estrutura Organizacional pode ser dividida em 2 grupos : MACROESTRUTURAS BÁSICA AVANÇADA MICROESTRUTURAS GRUPO DEPARTAMENTAL GRUPO DE LIGAÇÃO UNIDADE DE PROJECTO EQUIPA INDEPENDENTE

Estrutura Básica Estrutura Simples Estrutura Funcional Estrutura Divisional Sugere-se a consulta do trabalho sobre as forças de Mintzberg onde se consideram as 6 forças que dão origem a diferentes Estruturas Organizacionais: http://prof.santana-esilva.pt/gestao_de_empresas/trabalhos_05_06/ppt/teoria%20de%2 0Mintzberg.pdf

Tem um só gestor Decisões feitas de forma centralizada Planeamento feito a curto prazo Especialista na produção de poucos produtos Poucas linhas de comunicação provoca maior rapidez de actuação Elevada dependência do gestor Pode ocorrer crises de liderança

Gestores individuais que executam funções específicas Planeamento feito a médio prazo Expansão da estratégia produtos-mercados Aumento de integração vertical Concentração de recursos que originam um grau elevado de controlo e especialização (dá origem ao desenvolvimento de competências nas funções atribuidas)

Exemplo de Estrutura Funcional

Gestão Descentralizada Decisões são partilhadas por um orgão central e por divisões individuais Planeamento a longo prazo Aumento da estratégia de produtos-mercados e de integração vertical Crescimento sem incómodos organizacionais Permite o acompanhamento específico Aumenta a complexidade de gestão Aumento de custos operacionais

Exemplo de Estrutura Divisional

Estrutura Avançada Unidade Estratégica de Negócio Estrutura Matricial Estrutura em Rede

Adequadas a grandes empresas com uma variedade de operações em poucas indústrias São coordenadas por uma só entidade o que permite um controlo nos negócios e actividades Dificuldades de comunicação vertical o que origina uma flexibilidade organizacional pequena

Exemplo de Unidades Estratégicas de Negócios

Escolhida por empresas de grandes dimensões Oferecem produtos semelhantes em muitos mercados Têm melhores condições para captar sinergias estratégicas Fácil troca de informação e de recursos Faz a conciliação entre a flexibilidade organizacional e a estabilidade operacional

Exemplo de Estrutura Matricial

Faz a ligação de uma só organização com um extenso conjunto de empresas externas e unidades internas (complementam-se a nível de desenvolvimento, fabrico e comercialização para os mesmos mercados) A coordenação é feita por um órgão central com o objectivo de optimização da performance conjunta Concilia a eficiência com a descentralização fazendo o aproveitamento de efeitos sinergéticos

Partilham recursos entre si e com unidades de outros sectores Tem uma adaptabilidade organizacional muito elevada É apropriada a meios envolventes com constante mudança tecnológica Permite aliar a eficiência organizacional com a eficácia competitiva

Exemplo de Estrutura em Rede

Grupo Departamental Grupo de Ligação Unidade de Projecto Equipa Independente

Cada membro tem autonomia para desempenhar funções onde a responsabilidade do chefe de secção é coordenar e controlar as actividades É adequado a pequenas empresas

Caracteriza-se na criação de comissões ou de conselhos para tratar de assuntos específicos e representar departamentos É adequada ás situações em que se tem de manter a autonomia departamental e uma coordenação frequente entre os mesmos

Os membros terão uma dupla responsabilidade Desempenhar tarefa pedidas por superiores Participar em projectos específicos a nível inter-departamental

Membros de departamentos diferentes são inseridos numa estrutura autónoma da organização sob a direcção de um líder É adequado a projectos que têm tendência a desviarem-se das normas de actuação da empresa Por ter um enquadramento distinto facilita o desenvolvimento de produtos e de ideias inovadoras

É essencial manter uma perspectiva dinâmica e flexivel da Estrutura Organizacional A evolução da Estrutura Organizacional deve ter em consideração o ciclo de vida da Indústria A Estrutura Organizacional deve de andar sempre de mão dada com a evolução da estratégia da empresa

Evolução de Estrutura Organizacional e como se relaciona com a Estrutura Organizacional

É o conjunto de crenças, valores, práticas comuns dos membros de uma Empresa Ela complementa a Estrutura Organizacional no sentido de ser o elo de ligação entre os membros da Empresa e o espírito de união em torno de valores partilhados O principal responsável pela criação e renovação da cultura organizacional de uma empresa é o líder Poderão, para um conhecimento mais aprofundado, sobre Cultura Organizacional aceder através do lugar: http://prof.santana-esilva.pt/egi_grh/trabalhos_07_08/ppt/cultura%20 Organizacional.pdf

LÍDER É uma pessoa que influencia os pensamentos, sentimentos, acções ou até comportamentos de um número grande de pessoas através da palavra ou da atitude

JORDÃO, J., BARROS, L. Srategor Politica Global da Empresa, Publicações Dom Quixote, 1997 CARDOSO, L., Gestão Estratégica das Organizações, Editorial Verbo,1995 FREIRE, A., Estratégia - Sucesso em Portugal, Verbo,1997 http://prof.santana-esilva.pt/gestao_de_empresas/trabalhos_05_06/ppt/teoria %20de%20Mintzberg.pdf http://prof.santana-esilva.pt/egi_grh/trabalhos_07_08/ppt/cultura%20orga nizacional.pdf