Prof. Lorí Viali, Dr.

Documentos relacionados
c.c. É a função que associa a cada x X(S) um número f(x) que deve satisfazer as seguintes propriedades:

Geração de Variáveis Aleatórias Contínuas. Mat02274 Estatística Computacional. A função densidade de probabilidade. Exemplo

Variável Aleatória. O conjunto de valores. Tipos de variáveis. Uma função X que associa a cada

Prof. Lorí Viali, Dr.

Experiência para o qual o modelo probabilístico é adequado. Efeito. Causas. E 1 : Joga-se um dado e observase o número da face superior.

Exemplos. Experimento Aleatório. E 1 : Joga-se uma moeda quatro vezes e observa-se o número de caras;

Cap. 6 Variáveis aleatórias contínuas

Conforme o conjunto de valores X(S) uma variável aleatória poderá ser discreta ou contínua.

Prof. Lorí Viali, Dr.

Geração de Variáveis Aleatórias Contínuas. Mat02274 Estatística Computacional. A Normal. A Normal. Normal Log-Normal Gama Erlang Beta.

Cap. 6 Variáveis aleatórias contínuas

Revisão de Probabilidade

Prof. Lorí Viali, Dr.

Modelos Probabilísticos Teóricos Discretos e Contínuos. Bernoulli, Binomial, Poisson, Uniforme, Exponencial, Normal

c.c. É a função que associa a cada x X(S) um número f(x) que deve satisfazer as seguintes propriedades:

Uma variável aleatória X tem uma distribuição normal se sua fdp for do tipo:

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS E DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE

Experiência para o qual o modelo probabilístico é adequado. Efeito. Causas. Prof. Lorí Viali, Dr.

3. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS

Estatística Aplicada

Solução: A distribuição normal. Representação gráfica. Cálculo de probabilidades. A normal padrão. σ Será uma N(0; 1).

Tipos de Modelos. Exemplos. Efeito. Causas. Exemplos. Causas. Efeito. Modelo determinístico. Modelo probabilístico. Determinístico.

Tipos de Modelos. Determinístico. Sistema Real. Probabilístico. Prof. Lorí Viali, Dr. FAculdade de Matemática - Departamento de Estatística - PUCRS

Tipos de Modelos. Exemplos. Causas. Efeito. Exemplos. Causas. Efeito. Modelo determinístico. Modelo probabilístico. Determinístico.

Probabilidade e Estatística

É o conjunto de resultados de uma experiência aleatória. E 1 : Joga-se uma moeda quatro vezes e observa-se o número de caras e coroas;

Estatísticas Inferenciais Distribuições Amostrais. Estatística

Introdução à Bioestatística

Efeito. Causas. Determinístico. Sistema Real. Probabilístico. Experiência para o qual o. modelo probabilístico é adequado.

Variáveis Aleatórias

Variáveis Aleatórias Contínuas

A Função Densidade de Probabilidade

Análise de Dados e Simulação

Por que aparecem as filas? Não é eficiente, nem racional, que cada um disponha de todos os recursos individualmente. Por exemplo:

Variáveis Aleatórias. Probabilidade e Estatística. Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva

Sumário. 2 Índice Remissivo 11

2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE V.A. E DISTRIB.PROBAB.

Probabilidade e Estatística. stica. Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva pessoal.utfpr.edu.

SÉRIE: Probabilidade Univariada Parte 2: Variáveis Contínuas 2. PROPRIEDADES DA MÉDIA E DA VARIÂNCIA DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS EXERCÍCIOS...

Teoria das Filas aplicadas a Sistemas Computacionais. Aula 08

c.c. É a função que associa a cada x X(S) um número f(x) que deve satisfazer as seguintes propriedades:

Capítulo 4 - Variáveis aleatórias e distribuições contínuas

Variáveis aleatórias. Universidade Estadual de Santa Cruz. Ivan Bezerra Allaman

Probabilidade e Estatística

Distribuições Contínuas. Estatística. 7 - Distribuição de Probabilidade de Variáveis Aleatórias Contínuas UNESP FEG DPD

rio de Guerra Eletrônica EENEM 2008 Estatística stica e Probabilidade Aleatórias nuas

Cálculo das Probabilidades e Estatística I

5. PRINCIPAIS MODELOS CONTÍNUOS

Variáveis Aleatórias - VA

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES

ALGUMAS DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS DE PROBABILIDADE

3. Considere uma amostra aleatória de tamanho 7 de uma normal com média 18. Sejam X e S 2, a média e a variância amostral, respectivamente.

Distribuições de Probabilidade Contínuas 1/19

Variável aleatória. O resultado de um experimento aleatório é designado variável aleatória (X)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Variáveis Aleatórias. Departamento de Estatística Luiz Medeiros

Distribuições derivadas da distribuição Normal. Distribuição Normal., x real.

SUMÁRIOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTINUAS

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba

Cálculo II (Primitivas e Integral)

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS

Modelos de Distribuição PARA COMPUTAÇÃO

Simulação com Modelos Teóricos de Probabilidade

DA PARAÍBA. Variáveis Aleatórias. Departamento de Estatística Luiz Medeiros

Distribuições de probabilidade de variáveis aleatórias contínuas

Variáveis Aleatórias

Aula 4. Aula de hoje. Aula passada

5. PRINCIPAIS MODELOS CONTÍNUOS

Variável Aleatória Contínua (v.a.c)

Variáveis Aleatórias Contínuas. Discente: Adaptado do seminário de André Luiz Cardoso de Sousa Docente: Prof. José Cláudio Faria

Exercícios propostos:

Disciplina: Prof. a Dr. a Simone Daniela Sartorio. DTAiSeR-Ar

b) Variáveis Aleatórias Contínuas

4. Distribuições de probabilidade e

PRINCIPAIS MODELOS CONTÍNUOS

MOQ-12: PROBABILIDADES E PROCESSOS ESTOCÁSTICOS. VA s e Distribuições

Mais sobre Modelos Continuos

Problemas Resolvidos. 1. Distr. Uniforme Contínua. (a) f X (x; a, b) = 1 1 (x µ) 2. (b) µ = E(x) = a+b. e V ar(x) = (b a)2. 2. Distr.

A distribuição normal é a distribuição mais importante do campo da Estatística, Muitas funções convergem para a normal (Poisson, Binomial);

Análise de Dados em Astronomia. 3. Distribuições de Probabilidades

ESTATÍSTICA. x(s) W Domínio. Contradomínio

Probabilidade e Modelos Probabilísticos

Introdução à probabilidade e à estatística II. Prof. Alexandre G Patriota Sala: 298A Site:

Processos Estocásticos. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Luiz Affonso Guedes. Como devemos descrever um experimento aleatório?

5. PRINCIPAIS MODELOS CONTÍNUOS

Probabilidade e Estatística

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS 1

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Variáveis Aleatórias

Janete Pereira Amador 1

Processos Estocásticos. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Luiz Affonso Guedes

MOQ-13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel

Bioestatística. AULA 6 - Variáveis aleatórias. Isolde Previdelli

Probabilidade e Estatística

Cálculo das Probabilidades I

Experimento aleatório: Lançamento de uma moeda honesta três vezes e observação das faces que ocorrem. c k c k c

Variável Aleatória. Gilson Barbosa Dourado 6 de agosto de 2008

SUMÁRIO. 1.1 Introdução, Conceitos Fundamentais, 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CE003 - ESTATÍSTICA II

Fernando Nogueira Simulação 1

LCE Introdução à Bioestatística Florestal 3. Variáveis aleatórias

Variáveis Aleatórias Discretas 1/1

Transcrição:

Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~viali/

Seja X uma variável aleatória com conjunto de valores X(S). Se o conjunto de valores for infinito não enumerável então a variável é dita contínua.

É a função que associa a cada X(S) um número f() que deve satisfazer as seguintes propriedades: f() 0 f (). d

A coleção dos pares (, f()) é denominada de distribuição de probabilidade da VAC X.

Seja X uma VAC. Determine o valor de c para que f() seja uma função densidade de probabilidade (fdp). f() c. se 0 c.c.

Para determinar o valor de c, devemos igualar a área total a um, isto é, devemos fazer: - f()d - c. d

Tem-se: - c. d c - d c - c - - c c

,5,0 f() 0,5 0,0 -,5 -, -,0-0,8-0,5-0, 0,0 0, 0,5 0,8,0,,5 - X

P ( a < X < b ) b a f ( )d y a b a < X < b

P ( a < X < b ) b a f ( ) d Isto é, a probabilidade de que X assuma valores entre os números a e b é a área sob o gráfico de f() entre os pontos a e b.

Se X é uma VAC, então: P ( X a ) a a f ( ) d 0 P (a < X < b ) P (a X < b ) P (a < X b ) P (a X b )

Seja X uma VAC. Determine a probabilidade de X assumir valores no intervalo [-0,5; 0,5]. f () se 0 c.c.

A probabilidade solicitada é dada por: P ( 0, 5 < X < 0, 5 ) 0,5-0,5 d 0,5-0,5 d 0,5-05 [ (0,5) (-0,5) ], 50 %

(a) Epectância, valor esperado µ E(X) f () d (b) Variância σ V(X) f ()d f ()d (µ) µ f ()d ( ) f ()d E(X ) E(X)

(iii) Desvio Padrão σ (µ) f ()d f ()d µ E(X ) E(X) (iv) O Coeficiente de Variação γ σ/µ

(c) Assimetria γ [µ µ µ + µ ]/σ (d) Curtose γ E[(X - µ) 4 ]/σ 4 [µ 4 4µ µ + 6µ µ µ 4 ]/σ 4 -

Se X é um VAC então o k-ésimo momento de X é dado por: k µ E(X ) f () d k k e o k-ésimo momento central de X é obtido por: ' k k µ E(X ) (µ) f () d k

Considerando que o momento de ordem k de X é E(X k ) µ k, pode-se epressar a epectância e as demais medidas em função desse resultado. Tem-se, então:

Calcular o valor esperado, a variabilidade da variável X número de caras no lançamento de quatro moedas honestas.

Determinar a epectância e o desvio padrão da variável X dada por: f () se 0 c.c.

µ E (X ). 4 4 - -.f()d - 4.d 4 - - 4 d 4-4 0 4 -

0,60 5 5 5 d d. ) E ( ) E ( 5-5 5 X E (X ) X 5 5-5 - - 4 - + σ

O desvio padrão de X será, então: σ E ( ) E (X ) X 0,60 0 0,77

É a função F() definida por: F() P(X ) f(u)du A F() é a integral da f() até um ponto genérico.

Considerando a função abaio como a fdp de uma VAC X, determinar F(). f () se 0 c. c.

A F() é uma função definida em todo o intervalo real da seguinte forma: F( ) 0 u du se se se < - >

Vamos determinar o valor da integral em u : du du F() ] [u u u u +

Assim a Função de Distribuição Acumulada (FDA) é: F() 0 + se se se < - >

+ F(),0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0, 0, 0, 0,0 -,5 -,0-0,5 0,0 0,5,0,5

O uso da FDA é bastante prático no cálculo das probabilidades, pois não é necessário integrar, já que ela é um função que fornece a Integral.

Usando a FDA, teremos sempre três casos possíveis: P(X ) F() P(X > ) F() P( < X < ) F( ) F( )

Observação: Se X é uma VAC então o momento de ordem k é dado por: E(X k ) k f()d

Uniforme Eponencial Normal t (Student) χ (Qui-Quadrado) F (Fisher/Snedecor)

Uma VAC X é uniforme no intervalo [a; b] se assume todos os valores com igual probabilidade. Isto é, se f() for: f() b a se a b 0 c.c.

Seja X uma VAC com distribuição uniforme no intervalo [; 6], isto é, X ~ U(; 6). Então a fdp é dada por: f () 6-0 4 c. c. se 6

Fdp da U(; 6) 0,0 0,5 0,0 0,5 0,0 0,05 0,00 0 4 6 8 0

A função F() é dada por: F() 0 b a a se < a se a se > b b

Seja X uma uniforme no intervalo [; 6], então a FDA de X é dada por: F() 0 4 se < se se > 6 6

,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0, 0, 0, 0,0 0 4 5 6 7 8

E(X) +.f ()d b a b a d b b a a b (b a a) (b a).( b + (b a) a) a + b

σ V(X) E(X ) E(X) a) (b a b a b d a b ()d.f ) E(X b a b a +

A variância será então: 4 ) a b ( ab b a ) a b ( a b b a ) a b ( a b X ) E ( ) X E ( X ) V ( + + σ

γ 0 γ -6/5

Uma variável aleatória T tem uma distribuição eponencial se sua fdp for do tipo: f (t) λ.e 0 λ.t t t < 0 0

O tempo de trabalho sem falhas de um equipamento (em horas) é dado pela função, abaio. Determinar a probabilidade de que o equipamento não falhe durante as primeiras 50 horas. f (t) 0,0 0 e -0,0t c. c. se t 0

A probabilidade solicitada é dada pela integral da função no intervalo T < 50, isto é: P (T < 50 ) 50 0 0,0 e -0,0t dt 0,0. 50 0 e -0,0t dt 0,0. e -0,0t 0,0 50 0 e -0,5 9,5 %

,0 E(,0),5 E(,0),0 E(0,5) 0,5 0,0 4 5 6 7 8 9 0

A função F(t) é dada por: F(t) 0 - e - λ t se se t < 0 t 0 Obs.: Tente determinar!

O tempo de trabalho sem falha de um equipamento (em horas) é uma eponencial de parâmetro λ 0,0. Determine a probabilidade de ele funcionar sem falhas por pelo menos 50 horas.

A FDA para esta fdp é dada por: F(t) - e -0,0t A probabilidade solicitada é dada por: P(T 50) F(50) - e -0,0.50 - e -0,5 9,5%

,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,0 E(,0) E(,0) E(0,5) 0,0 0,0 0,00 0 4 5 6 7 8 9 0

E (T ) + t.f (t)dt 0 t. λ e λt dt [ te λt ] 0 + 0 e λt dt te λt e λt λ 0 λ Foi utilizado integração por partes

σ V(T) E(T ) E(T) λ λ λ λ λ + λ λ λ λ λ + 0 t 0 t t 0 0 t. dt dt dt. (t)dt.f ) E( e t te ] e t [ e t t T

A variância será então: λ λ λ λ λ σ E(T) ) E(T V(T)

Seja T uma VAC com distribuição eponencial de parâmetro λ. Determinar o valor mediano da distribuição.

Conforme visto a mediana é o valor que divide a distribuição de forma que: P(T < me) P(T > me) 50%.

Tem - se F(t) P(T < t) e λt. Então : P(T < me) F(me) e e λme λme 0,5 e λme 0,5 0,5 λme ln(0,5) Assim me - ln(0,5) λ ln() λ

γ γ 6