INJEÇÃO DE ETANOL Dr Marcus Trippia INDICAÇÕES E RESULTADOS
Injeção Percutânea de Etanol Introdução Mecanismo de ação: penetração e difusão do álcool no interior das células tumorais, produzindo imediata necrose coagulativa, devido a desidratação e desnaturação das proteínas celulares. O resultado final é a necrose das celulas tumorais sem afetar parênquima adjacente. Método de baixo custo, podendo ser repetido várias vezes, como forma principal do tratamento ou adjuvante. Permite realização de nódulos na superfície hepática ou naqueles em contato com gdes vasos Baixos índices de complicação
Injeção Percutânea de Etanol Indicações: Nódulos de até 3 cm Único ou múltiplos Complementação a tratamento de quimioembolização ou radiofrequência prévias Ausência de trombo tumoral ou meta a distância
Injeção Percutânea de Etanol Técnica: Método de imagem preferencial US Anestesia local Agulha de raqui 20 ou 22 Gauge Álcool absoluto estéril em volume fórmula V=4/3 (R+0.5)³. Nódulo até 2 cm 4ml/sessão Nódulo de 2 a 3 cm 6ml/sessão 2 a 3 sessões por semanas Número de sessões corresponde ao dobro do diâmetro do nódulo em cm. Nódulo 1 cm = 2 sessões Nódulo 2 cm = 4 sessões Nódulo 3 cm = 6 sessões Durante a infusão, observar difusão do álcool no interior de todo o nódulo Realizar outra punção caso alguma área não tenha sido atingida Aguardar de 3 a 5 min antes de retirar a agulha permite melhor difusão do álcool no interior do nódulo e reduz o refluxo pelo trajeto da agulha Procedimento ambulatorial Shiina et al, AJR,1987
Controle pós-alcoolização Pré-alcoolização Pós-alcoolização
CARCINOMA HEPATOCELULAR Alcoolização Dr. Marcus Trippia
T2 T1 fase arterial Controle pós-alcoolização necrose parcial no nódulo
Injeção Percutânea de Etanol Eficácia: Shiina et al, AJR, 1987 experiência de 30 casos efetivo para nódulos solitários de até 3 cm. Os casos foram estudados histologicamentes, com sinais de comprometimento capsular e extracapsular. Shiina et al,ajr, 1990 tto nódulos na superfície hepática, 18 casos tratados, sendo que 7 com conf. Histológica, 5 efetivos e 2 com necrose de 90% Shiina et al, Cancer, 1991 23 casos estudados histologicamente pós-alcoolização: 16 necrose completa 6 90% de necrose 1 70 % de necrose Bartolozzi et al, AJR, 1994 40 casos de até 5 cm correlacionados com biópsia e controle de TAC e RM 36 necrose completa
Fatores que podem diminuir a eficácia da PEI Presença de septações que impossibilitem a difusão do álcool Hipervascularização do nódulo Localização junto a grandes vasos Dificuldade do acesso Sensibilidade do paciente a dor impossibilitando administração da dose ideal.
Injeção Percutânea de Etanol Evolução: A baixa morbi-mortalidade da IPE associado a capacidade de preservar parênquima hepático funcionante ao redor do nódulo, torna esta terapêutica uma alternativa atrativa a cirurgia em um selecionado grupo de pctes com HCC. Lee M, AJR,Jan - 1995
Febre Injeção Percutânea de Etanol Complicações: Dor Intoxicação alcoólica São geralmente transitórias, merecendo apenas tratamento suportivo. A frequência de implante tumoral no trajeto da agulha é considerado (teoricamente) desprezível, tendo como conceitos o calibre da agulha e o efeito citotóxico do refluxo do álcool no seu trajeto após a retirada da agulha, não tendo sido relatado nenhum caso nos trabalhos revisados.
Sem tratamento: 1 ano 54% 2 anos 40% 3 anos 28% Sobrevida do HCC Com tratamento de radiofrequência: 1 ano 68% 89% 3 anos 24% 62% 5 anos 4% 33% Alcoolização 3 anos 42 76%
CONCLUSÕES: O melhor tratamento do HCC é o diagnóstico precoce A alcoolização é um método seguro de tratamento local, paleativo, com boa indicação em nódulos de até 3 cm O controle rigoroso pós-alcoolização é obrigatório Apresenta baixo custo Pode ser repetido em recidivas Pode ser utilizado de forma coadjuvante com outra formas de tratamento