Perspectivas da Economia Real Pinheiro IBRE/FGV IE/UFRJ Rio, 29 Novembro 2013
2004-11: A rising tide lifts all boats (John F Kennedy) 2012-?: Only when the tide goes out do you discover who s been swimming naked (Warren Buffet) Nova Matriz Econômica: o Brasil está nadando sem roupa?
Aceleração global coincide com a do Brasil 6 Crescimento anual do PIB mundial (% a.a.) 5 4 3 2 Tx var MM5Anos 1 0-1 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 Fonte: FMI.
10 8 Aceleração concentrada nos emergentes Crescimento anual do PIB (% a.a.) Desenvolvidos Emergentes 6 4 2 0-2 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012-4 Fonte: FMI.
12 10 8 6 4 2 Ásia emergente puxa aceleração global Crescimento médio anual do PIB (MM5A, %) Ásia Emergente LAC 6 5 4 3 2 1 0 0 2018 2016 2014 2012 2010 2008 2006 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 Fonte: FMI.
A maré das commodities e da ampla liquidez internacional levantou as economias latinoamericanas Crescimento médio anual do PIB (% a.a.) América Latina e Caribe 1996-2003 2004-11 2012-15E 2,3 4,5 3,1 Brasil 1,9 4,3 2,0 Fontes: FMI, IBGE e Banco Central. O custo da Nova Matriz Econômica?
Taxa Real de Juro (SELIC) e Superávit Primário Ajustado do Setor Público Consolidado (em % do PIB) jan-04 abr-04 jul-04 out-04 jan-05 abr-05 jul-05 out-05 jan-06 abr-06 jul-06 out-06 jan-07 abr-07 jul-07 out-07 jan-08 abr-08 jul-08 out-08 jan-09 abr-09 jul-09 out-09 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 em % 16 (juro real = SELIC expectativa FOCUS 12 meses adiante) 4,5 14 12 10 8 6 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 4 2 juro real superávit primário ajustado 1,0 0,5 0 0,0 Fonte: Banco Central, elaboração José Júlio Senna, IBRE/FGV.
mar-07 jun-07 set-07 dez-07 mar-08 jun-08 set-08 dez-08 mar-09 jun-09 set-09 dez-09 mar-10 jun-10 set-10 dez-10 mar-11 jun-11 set-11 dez-11 mar-12 jun-12 set-12 dez-12 mar-13 jun-13 Expansão do crédito público é outro pilar da nova matriz econômica Saldo em R$ constantes (Mar 2007 = 100, defl. IPCA) 350 300 250 Público Privado 200 150 100 50 Fonte: Banco Central.
Piora no trade off crescimento - inflação Focus: IPCA vs. PIB 2014 6,00 5,75 5,50 5,25 5,00 4,75 4,50 4,25 4,00 3,75 3,50 3,25 3,00 2,75 2,50 2,25 2,00 set-10 dez-10 mar-11 jun-11 set-11 dez-11 mar-12 jun-12 set-12 dez-12 mar-13 jun-13 set-13 Centro da Meta IPCA 2014 PIB 2014 Fonte: Focus.
1996.IV 1997.III 1998.II 1999.I 1999.IV 2000.III 2001.II 2002.I 2002.IV 2003.III 2004.II 2005.I 2005.IV 2006.III 2007.II 2008.I 2008.IV 2009.III 2010.II 2011.I 2011.IV 2012.III 2013.II Exportações líquidas de bens e serviços não fatores Comparando-se os 12M terminados em junho de 2005 e 2013, alta média anual de 11,7% nas importações de B&S não fatores, contra 2,8% de alta nas exportações 5% 4% Preços 1995 3% 2% Preços Correntes 1% 0% -1% -2% -3% -4% Fonte: IBGE.
dez-00 set-01 jun-02 mar-03 dez-03 set-04 jun-05 mar-06 dez-06 set-07 jun-08 mar-09 dez-09 set-10 jun-11 mar-12 dez-12 Alta no déficit externo apesar da melhora nos termos de troca (MM12M) 2 1 0-1 -2-3 -4-5 140 130 120 110 100 90 80 70 Conta Corrente Termos de Troca Fonte: Funcex e Banco Central.
jan-11 mar-11 mai-11 jul-11 set-11 nov-11 jan-12 mar-12 mai-12 jul-12 set-12 nov-12 jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 Normalização monetária nos EUA vai elevar juros no Brasil também 1,5 1,0 0,5 TIPS (10 anos) - eixo esq. NTNB (2020) - eixo dir. NTNB (2035) - eixo dir. NTNB (2045) - eixo dir. 7,0 6,5 6,0 5,5 5,0 0,0 4,5 4,0-0,5 3,5 3,0-1,0 2,5 Fonte: Bloomberg, elaboração José Júlio Senna, IBRE/FGV.
Política econômica não muda no curto prazo Nova matriz econômica não deverá ser abandonada voluntariamente antes das eleições Adiamento do tapering dá novo fôlego à política atual Cenário básico é de que ajuste fique para 2015, ainda que deva iniciar em 2014 dependendo das pesquisas eleitorais Mas irá de fato haver um ajuste em 2015?
Custo de ajuste é mais alto do que em 2003 Necessidade de corrigir preços acarretará elevada inflação corretiva: Gasolina e álcool: atraso e repasse cambial Redução de isenções para melhorar contas públicas Política monetária terá de ser apertada para recuperar credibilidade e limitar espiral preços-salários Aumento do desemprego para consolidar queda dos rendimentos reais Situação dos bancos públicos pode requerer novos aportes do Tesouro Juros em alta e desaceleração (atividade e mercado de trabalho) vão complicar situação fiscal
1996.01 1996.09 1997.05 1998.01 1998.09 1999.05 2000.01 2000.09 2001.05 2002.01 2002.09 2003.05 2004.01 2004.09 2005.05 2006.01 2006.09 2007.05 2008.01 2008.09 2009.05 2010.01 2010.09 2011.05 2012.01 2012.09 2013.05 Taxa de câmbio efetiva real e preços relativos tradables vs. não tradables 180 160 140 120 100 80 60 100 95 90 85 80 75 70 40 20 TXCEFR Tradables/Não-tradables 65 60 0 55 Fonte: IBGE, Banco Central e IPEADATA.
Novo governo pode dobrar aposta a e adiar mudanças, em vez de ajustar em 2015 Relação câmbio e renda real Fonte: IBGE e Banco Central, elaboração Samuel Pessôa, IBRE/FGV.