Cenário Econômico. Priscila Deliberalli Economista

Documentos relacionados
Cenário Econômico. Carlos Kawall Economista Chefe

A Sustentabilidade Fiscal e a Redução do Tamanho do Estado. Carlos Kawall Economista Chefe

CENÁRIO ECONÔMICO. Carlos Kawall Economista chefe

Cenário Econômico. Carlos Kawall Economista Chefe

Cenário Econômico. Carlos Kawall Economista Chefe

Cenário Econômico. Carlos Kawall Economista chefe

Março/2012. NEPOM Núcleo de Estudos de Política Monetária do IBMEC/MG

O SINAL E O RUÍDO Adriana Dupita

MCM Consultores Associados. Setembro

Apresentação Semanal. De 25 a 29 de Junho de Tatiana Pinheiro (11)

CENÁRIO MACROECONÔMICO

Macroeconomia Fernando Honorato Barbosa. Economista-Chefe Diretor DEPEC

Cenário Econômico 2018

Economic Research - Brasil Apresentação Semanal. De 11 a 15 de Junho de Rodolfo Margato (11)

NOVEMBRO 2017 CENÁRIO MACROECONÔMICO

Decifrando a economia no pós crise. com Denise Barbosa & Antonio Lacerda

CENÁRIO MACROECONÔMICO CLAYTON CALIXTO JOÃO NORONHA STEVEN ASSIS

Recuperação gradual, mas consistente Eleições e necessidade de reformas

CONJUNTURA ECONÔMICA. Por Luís Paulo Rosenberg. Junho/ 2013

2017: a vida depois dos ajustes

Economic Research - Brasil Apresentação Semanal. De 02 a 06 de Abril de Mirella Pricoli Amaro Hirakawa

MAIO/2019 VAMOS DE DADOS? UMA VOLTA PELO BRASIL E SEUS PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS FERNANDA CONSORTE

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 20 a 24 de Agosto de Lucas Augusto (11)

JUNHO/2019 VAMOS DE DADOS? UMA VOLTA PELO BRASIL E SEUS PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS FERNANDA CONSORTE

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 24 a 28 de Setembro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Apresentação Semanal. De 26 de Fevereiro a 2 de Março. Mirella Pricoli Amaro Hirakawa

CENÁRIO GLOBAL E DOMÉSTICO 2009/10

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 30 de Julho a 03 de Agosto de Rodolfo Margato (11)

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 17 a 21 de Dezembro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Perspectivas para a Inflação

Análise de Conjuntura Novembro/2011

Análise de Conjuntura Outubro/2011

Abril / NEPOM Núcleo de Estudos de Política Monetária do IBMEC/MG

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 23 a 27 de Julho de Adriana Dupita (11)

Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento. Henrique de Campos Meirelles

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Setembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Agosto de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

CENÁRIO MACROECONÔMICO

Boletim Macro IBRE. Seminário de Perspectivas para de Dezembro de 2017

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 1 a 5 de Outubro de Lucas Nobrega Augusto (11)

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

Audiência Pública. Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. Alexandre Tombini Presidente do Banco Central do Brasil.

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

Perspectivas econômicas

Análise de Conjuntura Maio/2011

Análise de Conjuntura Agosto/2011

Ilan Goldfajn. Economista-chefe e Sócio Itaú Unibanco. Novembro,

MCM Consultores Associados

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 27 a 31 de Agosto de Lucas Augusto (11)

Massa Salarial Real Média móvel trimestral (R$ milhões) jul/14. jul/15. jan/15. set/15. jan/16. set/14. nov/14. nov/15. mai/15. mar/15.

Brasil: Ventos mais favoráveis

Workshop IBBA : Classe C

Itaú BBA + Treasury 2015 Perspectivas econômicas

Cenário macroeconômico

Ambiente econômico nacional e internacional

A RECONSTRUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA

Crise de confiança. Roberto Padovani Setembro 2013

Economia Brasileira. Caio Prates 13 MAIO 2008

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Janeiro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 8 a 12 de Outubro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Economic Research - Brasil Apresentação Semanal. De 16 a 20 de Abril de Mirella Pricoli Amaro Hirakawa

Perspectivas para a economia brasileira e a América Latina. Ilan Goldfajn Economista-Chefe e sócio Itaú Unibanco

Cenário Econômicoe Perspectivas. Outubro de 2017

Análise de Conjuntura Agosto / 2012

Economic Research - Brasil Apresentação Semanal. De 09 a 13 de Abril de Mirella Pricoli Amaro Hirakawa

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 29 de Outubro a 2 de Novembro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 03 a 06 de Setembro de Lucas Augusto (11)

Análise de Conjuntura

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 06 a 10 de Agosto de Rodolfo Margato (11)

Apresentação Semanal. De 14 a 25 de março de Matheus Rosignoli

Uma nova agenda econômica em um mundo mais volátil

S U M Á R I O. Após longo e intenso período de retração, a economia brasileira consolida o processo de recuperação gradual

CENÁRIO MACROECONÔMICO PARA O BRASIL E MUNDO. Novembro de 2016

Riscos Crescentes. Roberto Padovani Junho 2017

REFORMAS PARA O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL. DYOGO HENRIQUE DE OLIVEIRA Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

Apresentação Semanal. De 19 a 23 de Dezembro de Everton Gomes

Análise de Conjuntura

CENÁRIO MACROECONÔMICO

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Julho de 2019 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Perspectivas: Cenário macro e curva de juros. Fernando Barbosa Pesquisa Macroeconômica Itaú Unibanco

Concessões de Crédito - Recursos Livres Variação acumulada em 12 meses. fev/15. nov/14. mai/14. mai/15. ago/14 TOTAL PF PJ

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 22 a 26 de Outubro de Lucas Nobrega Augusto (11)

CENÁRIO ECONÔMICO 2017:

Índices de Preços. Em 12

Brasil: Ventos mais favoráveis

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 10 a 14 de Setembro de Lucas Augusto (11)

AGOSTO DE Fabiana D Atri Economista Sênior do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos - DEPEC

Grupo de Conjuntura Econômica. Painel de Conjuntura. 1 trimestre -2011

Análise de Conjuntura Novembro/2012

CENÁRIO MACROECONÔMICO PARA O BRASIL E MUNDO. Dezembro de 2016

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Março de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Panorama Econômico Internacional e Brasileiro

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

meses Maio 1,23 2,82 5,41 0,79 2,88 5,58 Jun. 0,96 3,81 5,84 0,74 3,64 6,06 Jul. 0,45 4,27 6,03 0,53 4,19 6,

Prestação de Contas - LRF Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações

A Lógica e o detalhamento das nossas premissas fundamentais

meses Maio 1,23 2,82 5,41 0,79 2,88 5,58 Jun. 0,96 3,81 5,84 0,74 3,64 6,06 Jul. 0,45 4,27 6,03 0,53 4,19 6,

Análise de Conjuntura

Transcrição:

Cenário Econômico Priscila Deliberalli Economista

Internacional

Projeções de PIB (consenso) Expectativas para o crescimento global em 2017 em elevação, com destaque para China e Zona do Euro. Taxa de crescimento do PIB, em % 4,0 3,5 Mundo - esq EUA - esq Zona do Euro - esq China - dir 6,7 3,5 7,0 6,0 3,0 5,0 2,5 2,0 2,2 2,1 4,0 3,0 1,5 2,0 1,0 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 1,0 Fonte: Bloomberg e Banco Safra 3

EUA: Taxa de desemprego (set) Taxa de desemprego se encontra abaixo do patamar neutro (NAIRU), com potencial impacto sobre a inflação. 11% 10% 9% Recessão NAIRU* "NAIRU" Fed Taxa de Desemprego 8% 7% 6% 5% 4% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 * "Non Accelerating Inflation Rate of Unemployment" Fonte: Bloomberg, CBO, BLS e Banco Safra 4

EUA: Inflação (ago) A inflação aos consumidores mostrou surpresas baixistas nos últimos meses. (acum. em 12 meses) 5,0% 4,0% PCE Núcleo do PCE 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% -1,0% -2,0% 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 Fonte: Bloomberg e Banco Safra 5

EUA: Ciclo de Aperto Monetário Projeção do Fed é de três altas da taxa básica em 2017, 2018 e 2019. Alta gradual tende a manter cenário favorável para ativos de países emergentes. 3,25% Curva de Mercado (Fed Funds Future) 3,00% Curva 1 Mês Atrás 2,75% ''Dots'' do Fed 2,50% 2,25% 2,00% 1,75% 1,50% 1,25% 1,00% 0,75% 0,50% 0,25% 0,00% 2015 2016 2017 2018 2019 Fonte: Bloomberg e Banco Safra 6

Commodities Preços (em US$) Commodities voltaram a ter performance mais positiva, respondendo a perspectivas de maior crescimento global, mesmo que distantes dos níveis verificados no início da década. Preços (em US$) 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 Petróleo (WTI) - esq Minério de ferro - esq Soja - dir 2.000 1.750 1.500 1.250 1.000 750 500 250 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 0 Fonte: Bloomberg e Banco Safra 8

Taxa de câmbio: Euro e Real Fortalecimento do euro este ano e dificuldades na agenda fiscal do Presidente Trump têm determinado cenário favorável ao risco, beneficiando ativos de países emergentes. 5,0 4,5 Real/Dólar - esq Euro/Dólar - dir Brasil: Câmara instaura impeachment 1,10 1,05 4,0 3,5 3,0 2,5 Draghi: Whatever it takes Adoção de taxa de juros negativa pelo ECB Fed inicia redução do QE Eleição de Donald Trump Discurso do Draghi em Sintra 1,00 0,95 0,90 0,85 0,80 2,0 0,75 1,5 2012 2013 2014 2015 2016 2017 0,70 Fonte: Bloomberg e Banco Safra 9

Nacional

Brasil x EUA: Episódios de recessão A atual recessão é mais profunda e prolongada mesmo em comparação com a vivenciada pelos EUA no pós-crise de 2008. 104 102 100 BR: 3T98-4T99 BR: 3T08-4T09 US: 4T07-3T11 BR: 4T02-4T03 BR: 1T15-4T18 98 96 94 92 90 T+1 T+2 T+3 T+4 T+5 T+6 T+7 T+8 T+9 T+10 T+11 T+12 T+13 T+14 T+15 T+16 Fonte: Bloomberg, IBGE e Banco Safra 11

PIB trimestral - projeções Pela primeira vez desde 2014, o PIB apresentou dois trimestres consecutivos de expansão. Elevamos nossa previsão para o PIB desse e do próximo ano para +0,6% e +2,5%, respectivamente. 3 2 1 0-1 Projeção 1,0 0,2 0,3-0,1-2 -3-4 -5 1T08 1T09 1T10 1T11 1T12 1T13 1T14 1T15 1T16 1T17 Fonte: IBGE e Banco Safra 12

1T14 2T14 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 2T17 PIB trimestral contribuição (p.b) Pela primeira vez desde 2014, o PIB apresentou dois trimestres consecutivos de expansão. Elevamos nossa previsão para o PIB desse e do próximo ano para +0,6% e +2,5%, respectivamente. 15 10 Consumo das famílias Exportações líquidas Investimentos Consumo do governo 5 0-5 -10-15 Fonte: IBGE e Banco Safra 13

IPCA Acumulado em 12 meses (set) O IPCA encerrou 2016 em 6,3%, abaixo do teto da meta de inflação (6,5%), depois de ter atingido 10,7% em 2015. Para 2017 nossa expectativa é de 3,2% e de 3,8% para 2018. 20% IPCA Alimentos Livres ex-alimentos Administrados 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% -2% -4% -6% -8% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: IBGE e Banco Safra 14

Taxa de juros Selic Elevado grau de ociosidade da economia e inflação em franca desaceleração abrem espaço para forte queda da taxa de juros. 30% Projeção 25% 20% 15% 10% 6,5% 5% 0% 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 Fonte: Banco Central e Banco Safra 15

Indústria: Produção (ago) vs. Confiança (set) Índice de confiança em trajetória de recuperação, enquanto retomada da produção se mostra mais lenta. 115 110 105 100 95 90 85 80 Produção Industrial - Dessaz - esq Confiança FGV - Dessaz. - dir 140 130 120 110 100 90 80 70 75 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 60 Fonte: IBGE, FGV e Banco Safra 16

Indústria: Produção Perfumaria e Prod. De Limpeza (ago) Setor demonstra recuperação acima da média dos setores 120 115 110 105 100 95 90 85 80 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: IBGE e Banco Safra 17

Mercado de Trabalho Taxa de desemprego (dessaz.) Taxa de desemprego atingiu patamar de dois dígitos em 2016, alcançando 13,1% neste ano, para agora cair lentamente. 15 14 13 Projeção PNAD contínua (taxa trimestral) 12 11 10 9 8 7 6 5 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Fonte: IBGE e Banco Safra 18

Mercado de trabalho CAGED (set) Em 2015 e 2016, foram cortados 3 milhões de postos formais de trabalho. Iniciamos 2017 com resultados bastante voláteis, sendo que até setembro o saldo de contratações encontra-se positivo (+141 mil). (mil ) (milhões ) 300 250 200 150 100 50 0-50 -100-150 -200 Dessazonalizado Original - MM12M 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0-0,5-1,0-1,5-250 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017-2,0 Fonte: Caged e Banco Safra 19

População ocupada e Massa salarial (ago) População ocupada mostra recuperação nos últimos meses, puxada por emprego informal. Comportamento da massa de rendimentos reflete alto grau de indexação dos salários e rigidez da legislação trabalhista. População ocupada (milhões, dessaz.) 93,0 92,5 92,0 91,5 91,0 90,5 90,0 89,5 89,0 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Massa salarial real (R$ milhões, original) 205 200 195 190 185 180 175 170 165 160 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: IBGE e Banco Safra 20

Crescimento do saldo de crédito var. interanual (ago) Crédito apresentava trajetória de desaceleração em meio à desalavancagem do setor privado, dificultando a recuperação do investimento. Desde meados de 2016 passou a recuar em termos nominais, mas a partir do início de 2017 começou a esboçar trajetória de recuperação. 45% Pessoa Jurídica Pessoa Física Total 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: Banco Central e Banco Safra 21

Inadimplência PF e PJ (ago) Inadimplência do crédito livre às famílias tem recuado gradativamente. A inadimplência das empresas, por sua vez, apresentou trajetória ascendente até maio e voltou a recuar gradativamente. 7,5 7,0 6,5 Pessoa física (PF) Pessoa jurídica (PJ) 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: Banco Central e Banco Safra 22

Renegociação e reestruturação Os bancos vêm reportando aumento das renegociações e reestruturações 14,0% 12,0% Renegociação Reestruturação 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 Fonte: Banco Central e Banco Safra 23

Endividamento e comprometimento de renda (jul) Comprometimento de renda das famílias tem se mantido elevado em função da queda do rendimento real. Famílias também mostram esforço de desalavancagem, elevando poupança. 50% 45% Endividamento Comprometimento de renda 40% 35% 30% 25% 20% 15% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: Banco Central e Banco Safra 24

Dívida líquida/ebitda Nível da dívida das empresas não-financeiras voltou para patamares de 2014, com contribuição da apreciação do real e desalavancagem. 4,5 4,0 3,5 Cias. abertas (ex-petrobras) Empresas fechadas Cias. abertas (ex-petrobras) e fechadas 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 1T17 Fonte: IBMEC e Banco Safra 25

Resultado primário do Governo Central (ago) Governo Central apresentou forte déficit primário em 2016, pelo terceiro ano consecutivo. 4 (acum. em 12 meses, % PIB) 3 2 1 0-1 -2-3 -4 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: Banco Central e Banco Safra 26

Dívida Líquida e Dívida Bruta % do PIB (ago) Deterioração fiscal e seguidos aportes de recursos aos bancos públicos elevaram a dívida bruta, levando o país a perder o grau investimento. 80 Dívida Bruta Dívida Líquida 70 60 50 40 30 20 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: Banco Central e Banco Safra 27

Principais despesas rígidas do Orçamento Federal Gastos obrigatórios correspondem a 96,5% das receitas líquidas da União, engessando o Orçamento e dificultando o ajuste fiscal frente à queda do produto potencial e crescimento mais lento das receitas. Despesas como % da Receita líquida (acum. 12 meses -ago/17) Benefícios previdenciários 48.8% Pessoal (ex-saúde e educação) 22.8% Sa úde* 9.0% Educa çã o* 5.4% Abono salarial e Seguro desemprego 4.8% LOAS e RMV 4.7% Bolsa Família 2.2% Total 95.5% * Projeção Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional e Banco Safra 28

Previdência Privada Idade média de aposentadoria no Brasil é extremamente baixa em função da ausência de idade mínima no setor privado. Homens Mulheres 80,0 75,0 70,0 65,0 60,0 55,0 50,0 50,0 55,0 60,0 65,0 70,0 75,0 80,0 Coréia do Sul Chile Japão Efetivo Normal Nova Zelândia Suíça Irlanda Efetivo Normal Suécia Turquia Canadá Estonia Dinamarca Alemanha Eslovênia Espanha Luxemburgo Grécia Eslováquia França Brasil Fonte: OCDE e Banco Safra 29

Evolução da despesa total sobre teto de gastos Reforma da previdência não é suficiente para garantir o cumprimento do teto de gastos (pouco impacto no curto prazo). Nos primeiros dois anos de vigência do teto (2017 e 2018), será possível compressão de medidas discricionárias, mas, à frente, medidas compensatórias precisarão ser adotadas fim do abono salarial e correção real do SM, queda real de salários de servidores, fim de subsídios e desonerações. 26% 24% Sem teto de gastos Com reforma da Previdência Com teto de gastos 22% 20% 18% 16% 14% 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 Fonte: Banco Safra 30

2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 Fiscal Dívida Bruta como % do PIB Queda da taxa de juros neutra tem impacto relevante para a dinâmica da dívida. 95% 85% Selic terminal em 9% s/ BNDES Selic terminal em 9% c/ BNDES Selic terminal em 8% c/ BNDES 75% 72,1% 65% 55% 61,8% 52,7% 45% Fonte: Ministério da Fazenda e Banco Safra 31

Balança comercial mensal acum. em 12 meses (set) Em 2016, a balança comercial apresentou superávit de US$ 47,7 bilhões. Os preços das commodities em alta e a esperada super safra agrícola devem resultar em um superávit de US$ 62 bilhões em 2017. 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 Saldo - dir Exportações - esq Importações - esq (US$ milhões) 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0-50.000 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017-10.000 Fonte: MDIC e Banco Safra 32

Transações correntes e IDP (ago) Déficit em transações correntes (balança comercial e de serviços) mostra redução expressiva e o investimento direto no país (IDP) permanece robusto. (acum. em 12 meses, % do PIB) 6% Déficit em transações correntes Investimento direto no país (antigo IED) 5% 4% 4,2% 3,9% 3% 2% 1% 0% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 0,8% 0,7% Fonte: Banco Central e Banco Safra 33

Câmbio Modelo de curto prazo, que considera diferencial de juros ajustado pelo CDS e nível de commodities, aponta câmbio em R$ 3,19/US$ com CDS em 200 pontos. 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 USDBRL (esq.) Modelo CP Potencial Apreciação (dir.) +1/-1 d.p. 85% 65% 45% 25% 5% 0,00 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17-15% Fonte: Banco Safra 34

Não votaria de jeito nenhum (%) Política Taxa de rejeição x Conhecimento 60 58 56 54 52 50 48 46 44 42 40 Aécio (70,96) Ciro Alckmin Marina Lula Bolsonaro Dória 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 100 100-Não conhece / Não sabe quem é / Nunca ouviu falar Fonte: Pesquisa CNT de 19/set/2017 e Banco Safra 35

Cenário Recuperação econômica será lenta e dependente do avanço das reformas estruturais. Por isso, esperamos um ciclo considerável de redução da taxa de juros. Projeção Atual 2015 2016 2017 2018 PIB (%) -3.8-3.6 0.6 2.5 Selic (%) 14.25 13.75 7.00 6.50 R$/US$ - eop 3.90 3.26 3.20 3.30 R$/US$ - méd 3.33 3.49 3.17 3.25 Déficit em Conta Corrente (US$ bi) 59.4 23.5 16.8 28.6 Déficit em Conta Corrente (% PIB) 3.3% 1.3% 0.8% 1.3% Resultado Primário (% PIB) -1.9% -2.5% -2.5% -2.3% Dívida bruta (% PIB) 66.2 69.9 75.8 76.2 IPCA (%) 10.7 6.3 3.2 3.8 Fonte: Banco Safra 36

Projeções Safra Indicadores 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 (P) 2018 (P) PIB (R$ bilhões correntes) 2.720 3.110 3.333 3.886 4.376 4.815 5.332 5.779 6.001 6.267 6.569 7.037 PIB (US$ bilhões correntes) 1.409 1.696 1.675 2.209 2.619 2.463 2.471 2.455 1.801 1.796 2.076 2.165 Variação Real do PIB 6,1% 5,1% -0,1% 7,5% 4,0% 1,9% 3,0% 0,5% -3,8% -3,6% 0,6% 2,5% População (milhões) 189,5 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1 207,7 209,2 Taxa de Desemprego (média do ano) 7,1% 6,8% 8,5% 11,5% 13,1% 12,0% Inflação - IPCA (final de período) 4,5% 5,9% 4,3% 5,9% 6,5% 5,8% 5,9% 6,4% 10,7% 6,3% 3,2% 3,8% Inflação - IGP-M (final de período) 7,8% 9,8% -1,7% 11,3% 5,1% 7,8% 5,5% 3,7% 10,5% 7,2% -1,1% 5,7% Taxa Selic - Meta (final de período) 11,25% 13,75% 8,75% 10,75% 11,00% 7,25% 10,00% 11,75% 14,25% 13,75% 7,00% 6,50% Taxa Selic (média do período) 11,88% 12,48% 9,93% 9,78% 11,62% 8,49% 8,44% 11,02% 13,58% 14,15% 9,83% 6,54% Taxa de Câmbio (R$/US$ - final do período) 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,34 2,66 3,90 3,26 3,20 3,30 Variação Cambial (final do período) -17,2% 31,9% -25,5% -4,3% 12,6% 8,9% 14,6% 13,4% 47,0% -16,5% -1,8% 3,1% Taxa de Câmbio (R$/US$ - média do período) 1,93 1,83 1,99 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 3,33 3,49 3,17 3,25 Variação Cambial (média do período) -11,0% -5,0% 8,6% -11,6% -5,0% 17,0% 10,4% 9,1% 41,6% 4,8% -9,3% 2,7% Balança Comercial (US$ bilhões) 38,5 23,8 25,0 18,5 27,6 17,4 0,4-6,6 17,7 45,0 60,0 53,0 Serviços e Rendas (US$ Bilhões) -42,1-58,7-54,6-97,2-107,6-94,5-78,9-100,3-79,8-71,5-79,5-84,6 Saldo em Conta Corrente (US$ bilhões) 1,6-28,2-26,3-75,8-77,0-74,2-74,8-104,2-59,4-23,5-16,8-28,6 Conta Corrente (% do PIB) 0,0% -1,8% -1,6% -3,4% -2,9% -3,0% -3,0% -4,2% -3,3% -1,3% -0,8% -1,3% Investimento Estrangeiro Direto 44,6 50,7 31,5 88,5 101,2 86,6 69,7 97,2 74,7 78,2 80,0 80,0 Reservas Cambiais Líquidas (US$ bilhões) 180,3 193,8 238,5 288,6 352,0 373,1 358,8 363,6 356,5 365,0 370,5 370,5 Resultado Primário Consolidado 3,2% 3,3% 1,9% 2,6% 2,9% 2,2% 1,7% -0,6% -1,9% -2,5% -2,5% -2,3% Resultado Nominal -2,7% -2,0% -3,2% -2,4% -2,6% -2,3% -3,0% -6,0% -10,3% -9,0% -11,2% -8,6% Dívida Líquida 44,6% 37,6% 40,9% 38,0% 34,5% 32,3% 30,6% 33,1% 36,0% 46,2% 51,0% 55,5% Dívida Bruta 56,8% 56,0% 59,2% 51,8% 51,3% 53,8% 51,7% 57,2% 66,2% 69,9% 75,8% 77,2% Fonte: Banco Safra (P) Projeções 37

Economista-Chefe Carlos Kawall carlos.kawall@safra.com.br (55 11) 3175-7969 Economista Étore Sanchez Augusto etore.augusto@safra.com.br (55 11) 3175-8081 Economista Priscila Pereira Deliberalli priscila.deliberalli@safra.com.br (55 11) 3175-7406 Economista Gustavo de Paula Ribeiro gustavo.ribeiro@safra.com.br (55 11) 3175-4122 Economista César Henrique Esperandio cesar.esperandio@safra.com.br (55 11) 3175-4240 Economista Juliana Dei Santi Benedeti juliana.benedeti@safra.com.br (55 11) 3175-9749 38

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: I - O emitente deste texto não é Analista de Valores Mobiliários, tampouco esta mensagem configura-se um Relatório de Análise, conforme a definição da Instrução nº 483/2010 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). II - Esta mensagem tem conteúdo meramente informativo, não devendo, portanto, ser interpretada como um texto, relatório de acompanhamento, estudo ou análise sobre valores mobiliários específicos ou sobre emissores de valores mobiliários determinados que possam auxiliar ou influenciar investidores no processo de tomada de decisão de investimento. III - Investimentos ou aplicações em títulos e valores mobiliários envolvem riscos, podendo implicar, conforme o caso, na perda parcial ou integral do capital investido ou ainda na necessidade de aporte suplementar de recursos. IV - As informações expressas neste documento são obtidas de fontes consideradas seguras, porém não é garantida a sua precisão ou completude, não devendo ser consideradas como tal. V- É proibida a reprodução, distribuição ou publicação desta mensagem sem a expressa autorização do Banco Safra S.A., J.Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. ou Banco J. Safra S.A. VI - A J.Safra Corretora ou qualquer empresa do Grupo Safra não será responsável por perdas diretas, indiretas ou lucros cessantes decorrentes da utilização deste material para quaisquer finalidades. 39