Nutrição e alimentação de caprinos
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- Luciana Ramalho Minho
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1 Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Campus - Jaboticabal Nutrição e alimentação de caprinos Horas Aula Semana A S S U N T O Dia Aula T P TP 9/ Visita Técnica 10 10/ / /5 3 2 Gerenciamento e planejamento 12 23/ / /5 0 1 Aula prática no Setor de Caprinocultura (Ultra-som, inseminação artificial, manejo de pastagens, opg e 13 31/5 0 2 famacha) 14 6/6 3 1 Nutrição e alimentação do rebanho caprino 14 7/ /6 3 1 Principais doença e manejo sanitário 15 14/ / a Prova escrita - Entrega de material 16 21/ /6 3 1 Discussão dos projeto 17 28/ /7 3 1 Entrega e apresentação do projeto 18 5/7 3 2 Professor Bruno Kleber e Bruno Bruno Kleber Bruno Bruno Kleber e Bruno Alimentar x Nutrir O que é nutrir? O que é alimentar? Nutrir: processo involuntário, com inicio no momento em que colocamos o alimento na boca. Alimentar: Processo voluntário, de escolha de alimento e ingestão. 1
2 Manejo Sanidade Alimentação Costa et al., 2012 Aspectos importantes Exigências nutricionais Exigência nutricional Valor nutritivo Composição Digestibilidade Eficiência energética É o valor do alimento em função do seus nutrientes e a ingestão desse alimento Água O que é exigência nutricional? Nutrientes que devem ser incorporados na ração para atender as necessidades de um animal normal e saudável em um ambiente compatível com a boa saúde. As necessidades do animal são interpretadas como sendo as quantidades requeridas de um nutriente para atender um determinado nível de produção Nutriente Custo mantença ganho gestação lactação fibra 2
3 Mantença: a quantidade de nutrientes ou energia necessários para que os processos vitais do corpo permaneçam normais, incluindo a reposição das perdas endógenas e metabólicas pelas fezes e urina e pela pele. é aquela que não permitirá perda ou ganho de peso dos animais. Ganho: É a retenção diária de nutrientes e energia numa específica taxa e estágio de crescimento Gestação: É a retenção diária de nutrientes e energia no feto, útero gravídeo e glândula mamária em específico estágio de gestação Lactação: É a secreção diária de nutrientes e energia no leite numa específica taxa de produção Fibra: É a retenção diária de nutrientes e energia na lã para uma específica taxa de produção ENERGIA É um nutriente?? Como calcula?? Não Alimento (berchielli 2012) CHO=5,6kcal/g PTN= 4,1kcal/g GORD=9,4kcal/g Animal (berchielli 2012) CHO=5,6kcal/g PTN= 4,1kcal/g GORD=9,4kcal/g Como calcula? AFRC - Agricultural and Food Research Council (AFRC), was a British Research Council responsible for funding and managing scientific and technological developments in farming and horticulture. NRC - National Research Council (NRC) of the USA is the working arm of the National Academies of the United States INRA - Institut National de la Recherche Agronomique is a French public research institute dedicated to scientific studies surrounding the problems of agriculture Outros... Qual o melhor? SISTEMA DE ANÁLISE PROXIMAL (WEENDE) UMIDADE PROTEÍNA BRUTA AMOSTRA MATÉRIA SECA MATÉRIA ORGÂNICA EXTRATO ETÉREO FIBRA BRUTA EXTRATIVO NÃO NITROGENADO MATÉRIA MINERAL CINZAS CNCPS - Cornell Net Carbohydrate and Protein System 3
4 SISTEMA DE VAN SOEST CNCPS - Cornell Net Carbohydrate and Protein System Sistema Weende ComponenteQuímico Sistema Van Soest Açúcares, amido, pectina Extrativo não nitrogenado Hemicelulose Fibra Bruta Solúvel em álcali Insolúvel em álcali Lignina FDA FDN Celulose NNP Fracao A (kd muito alta) O comportamento ingestivo está associado à adaptação morfofisiologica do trato digestório ao longo da evolução PEPTÍDEO Fracao B1 (kd alta) NSDN Fracao B2 (kd variavel) NIDN Fracao B3 (kd baixa) NIDA Fracao C (Indigestivel) 4
5 5
6 Segundo Morand-Fehr (1991), a refeição da cabra é dividida em três fases: - uma fase de exploração, onde a cabra examina o alimento oferecido. - uma fase de consumo intenso, satisfazendo grande parte da fome. - uma fase de seleção, onde a cabra seleciona as partes do alimento a serem ingeridas. A ingestão de matéria seca 1,5 a 2,0% do peso vivo para animais baixa exigência 5,0% (Ribeiro, 1997), 6,8% (Sauvant et al., 1991) 8,0% (Sahlu and Goetsch, 1998) do peso vivo em animais de alta produção. 6
7 São animais fastidiosos, capazes de distinguir sabores azedo, doce, salgado e amargo. Fedele et al. (2002) observaram que cabras submetidas a sistema de alimentação ad libitum com livre escolha entre alimentos energéticos, protéicos e forragens, foram capazes de alterar a composição das dietas selecionadas em função dos estágios fisiológicos de gestação e lactação sem sofrerem desordens digestivas, demonstrando ao final do experimento melhores índices de desempenho animal. Abijaoude et al. (2000) também observaram a capacidade dos caprinos adaptarem o comportamento alimentar às dietas oferecidas. A ingestão do alimento é bem rápida, mas a remastigação é bem mais demorada. Alimentação Ruminação Pastejo 30 % 10 % Confinado 20 % 25 % Essa característica é um indicativo a alta capacidade seletiva desses animais Smith & Sherman (1994) Tanino Tanino - fator antinutricional - defesa natural contra fungos e o consumo - concentrações moderadas previne a ocorrência de timpanismo (Brandes e Feitas, 1992). - concentrações acima de 4% MS: aceitabilidade da forragem (sabor adstringente) digestibilidade (formam-se complexos insolúveis com o tanino). - caprinos possuem bactérias tanino-tolerantes (Selenomas selenatium) - Streptococcus caprinus (degradação de complexos tanino-proteína) - Prolina na saliva complexa o tanino - tanino produção de saliva 7
8 animal Cabritos: Fase de custo elevado Oferecimento constante de alimentos sólidos Desaleitamento: Peso: 0,20 * PM de 150 gr/dia (ração) dias de idade kg PV Desmama a cobertura: Alcançar de 60 a 70% Peso Adulto de 2,5 a 3,0% Evitar acumulo excessivo de gordura: Úbere Aparelho reprodutivo 8
9 Cobertura ao parto: Cabras em lactação: 2/3 iniciais de gestação tem menor exigência Fase inicial Escore entre 2,5-3,0 Nível de produção aumenta até o pico Balanço energético negativo Perde peso 1/3 final de gestação: Aumentar o fornecimento de [] (50 g / litro elite) Capacidade de ingestão diminui Demanda por nutrientes aumenta ([] 1% PV) Maior crescimento do feto Cabras em lactação: Fase intermediária Nível de ingestão normaliza Persistência de lactação Ganha peso Escore final de 2,5 a 3,0 Preparo para concepção 9
10 Cabras em lactação: Fase final Balanço energético positivo Acumulo de reservas Baixa produção de leite Termino 45 a 60 dias antes do parto (período de descanso) Bodes jovens e adultos: Volumoso à vontade Área para exercitar Evitar excesso de peso Relação Ca:P 2:1 Ingestão de MS Ingestão de MS CF(g/d) = TC*Tempo de pastejo TC(g/min) = MPCiT+(PPi*T1)/T2 Conrad, 1964 McMeniman, 1997 CMS = consumo de matéria seca Ax = intercepto projetado para o nível 0 da dieta Kx = Tx fracional de alteração no consumo em função do nível de FDN x = Ajuste CF = de forragem TC = Taxa de consumo MPCiT = Mudança de peso Ppi = Perda de peso insensível T1 = Tempo para estimar o MPCiT T2 = Tempo gasto em pastejo 10
11 Ingestão de MS Ingestão de MS Moore e Sollenberger, 1997 Mindon e Mcdonald, 1987 CMS = de Matéria Seca TxB = Taxa de bocado PB = Peso do bocado TB = Tempo de Bocado CMS = de matéria seca L = Peso vivo G = Taxa de crescimento (kg/dia) Ingestão de MS Ingestão de MS AFRC 1993: MSI 0,062* PV 0, 75 0,305PL, onde: MSI = Matéria seca ingerida, g/dia PV = Peso vivo, kg PL = Produção de leite, em kg/dia, com 3,5 % de gordura 11
12 Exigências para mantença Exigências para produção Exigências para ganho de peso Exigências para gestação 12
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