Unipampa - Campus Dom Pedrito Disciplina de Suinocultura II Profa. Lilian Kratz Semestre 2017/2

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1 Unipampa - Campus Dom Pedrito Disciplina de Suinocultura II Profa. Lilian Kratz Semestre 2017/2

2 Desenvolvimento pós-natal dos suínos Eficiência alimentar do suíno é inversamente proporcional ao seu peso À medida em que aumenta o peso, reduzem-se os % de água, proteína e cinzas, e aumenta o % de gordura

3 Evolução dos tecidos corporais dos suínos

4 Composição química corporal dos suínos PV (kg) água proteína lipídeo cinza 15 70,4 16,0 9,5 3, ,6 16,4 10,1 3, ,7 16,5 14,1 3, ,8 16,2 18,5 3, ,0 15,6 23,2 3, ,2 14,9 27,9 2, ,4 14,1 32,7 2,7 Fonte: Embrapa (1979)

5 Evolução da conversão alimentar (CA) em função do peso vivo (PV)

6 Aumento de PV = parte dos alimentos foi armazenada sob diferentes formas Quanto menos energéticas as formas, melhor a eficiência Transformar alimentos em lipídeos é muito ineficiente (forma mais energética das reservas)

7 Taxas de CA piores com o aumento do GP justificam-se em função do valor energético do ganho

8 Composição química do GP em suínos PV (kg) % do GP da carcaça Valor água proteína Lipídeo cinza energético de 100g de ganho ,5 17,5 11,7 3, ,0 16,6 17,9 3, ,6 15,6 26,7 3, ,8 13,5 36,0 2, ,6 15,6 43,5 2, ,0 10,9 52,2 1,9 553 Fonte: Embrapa (1979)

9 Aspectos gerais da digestão de suínos Suínos são monogástricos (estômago simples e ceco não funcional) Características básicas: Pequena capacidade de armazenamento Baixa capacidade de síntese de nutrientes (vit B pelos microorganismos do ceco) Baixo aproveitamento de fibras

10 Digestão na boca Ação mecânica e química (saliva) 3 pares de glândulas: parótidas, sublinguais e submaxilares Saliva é 99% água e o restante principalmente enzimas (α-amilase, que ataca ligações α-1,4 do amido e outros polissacarídeos)

11 Digestão no estômago Suco gástrico secretado nas porções gástrica, fúndica e pilórica HCl em concentrações de 0,3 a 0,4%; ph entre 1,7 e 2,0 Pepsina é ativada, a partir do pepsinogênio, em ph entre 1,0 e 2,0, agindo sobre as proteínas (produtos finais: proteases e peptonas)

12 Digestão no intestino delgado Onde ocorre a maior parte da degradação e absorção dos alimentos Sucos pancreático, duodenal, entérico e biliar Tripsinogênio, amilase, lipase, sacarase, lactase, sais biliares,...

13 Digestão no intestino grosso Ação de enzimas que acompanham o alimento desde o ID + ação de bactérias do ceco Fezes = água + alimentos não digeridos + secreções digestivas + células epiteliais + bactérias + sais inorgânicos + produtos de decomposição bacteriana

14 Digestão em animais jovens Fundamental conhecer o processo digestivo dos leitões em função da utilização da utilização do desmame precoce como prática p/ melhorar eficiência reprodutiva da porca Leitão neonato é imaturo nos sistemas termorregulador, imunológico e digestivo

15 Colostro x desenvolvimento imunológico Fundamental a máxima ingestão de colostro Paredes do ID absorvem intactas as moléculas de gamaglobulinas do colostro nas 1 as hs de vida

16 Sistema enzimático do leitão jovem Estômago ph do estômago dos leitões sofre variações de acordo c/ tipo de dieta recebida ph elevado no início da vida é importante p/ passagem intacta das Igs As enzimas variam de acordo c/ idade animal e grau de exposição aos substratos

17 Comportamento do ph estomacal do leitão do nascimento à 7ª semana Fonte: adaptado de Nguyen (1981)

18 Atividade enzimática do leitão até 6 semanas de idade

19 Digestão dos carboidratos Carboidratos são 15% do conteúdo energético do leite, mas são principal fonte energética da maioria das rações p/ leitões Problemas na sua digestão = déficit energético; alteração no microbismo do TGI e diarréia

20 Glicose Absorvida prontamente por leitões recémnascidos Fonte energética de eleição em qualquer fase de desenvolvimento

21 Lactose Mais importante dissacarídeo presente no leite Hidrolisada pelos leitões já a partir do 1º dia de vida É substrato adequado a uma gama menor de bactérias que sacarose, maltose ou glicose (bom nutriente p/ Lactobacillus, que podem inibir E. coli)

22 Sacarose Atividade da sacarase é pequena em suínos recém-nascidos Não se recomenda uso de açúcar em rações préiniciais (substrato p/ bactérias)

23 Atividade da sacarase em leitões

24 Amido Não é bem digerido por leitões jovens até 15 dias de idade; digestibilidade melhora c/ a idade Níveis satisfatórios de amilase em leitões lactantes são atingidos aos 28 dias Dietas pré-iniciais: uso de polissacarídeos menos complexos ou tratamentos p/ melhorar digestibilidade

25 Digestibilidade do amido por leitões do 1º ao 25º dia Idade (dias) Digestibilidade (%) Fonte: adaptado de Cunningham In Abraves (1985)

26 Proteínas Ao nascer os leitões já estão preparados para digerir proteína do leite, que sofre ação da renina (enzima secretada no estômago de leitões jovens) Leitões alimentados c/ produtos lácteos têm melhor GP e CA que aqueles alimentados c/ proteína de soja Proteinases intestinais são baixas até 21-28d

27 Gorduras 1/3 do total de MS do leite da porca é gordura Leitão consegue aproveitar essa gordura eficazmente, desde o início da vida

28 Fonte: Tabelas Brasileiras para aves e suínos: Composição de alimentos e exigências nutricionais. 3 ed. Rostagno (2011)

29 Fonte: Tabelas Brasileiras para aves e suínos: Composição de alimentos e exigências nutricionais. 3 ed. Rostagno (2011)

30 Fonte: Tabelas Brasileiras para aves e suínos: Composição de alimentos e exigências nutricionais. 3 ed. Rostagno (2011)

31 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA FÊMEA GESTANTE

32 Desafios atuais Matrizes em final de gestação estado catabólico Consumo limitado de Prot e aumento das necessidades (crescimento parênquima mamário e tecidos fetais) Importante fornecer balanço ideal de AA p/ máx. eficiência de utilização

33 Determinação da proteína ideal deve considerar: AA necessários p/ crescimento fetal; AA p/ crescimento tec. mamário AA p/ crescimento do tec. materno (matrizes jovens) Alterações nestes padrões afetam as exigências e padrão ideal de AA p/ fêmeas gestantes

34 Exigências de AA (g/d) para matrizes em gestação* Aminoácido Dias 0 a 70 Dias 70 ao parto PB 39,8 103,4 Lys 6,8 15,3 Thr 5,4 10,9 Val 4,4 10,1 Leu 6,0 14,5 Ile 4,0 8,5 Phe 3,4 7,9 Arg 6,1 14,9 His 2,5 5,4 Fonte: Kim et al. (2009) * primíparas, 160 kg PV à cobertura, alto potencial de ganho de tec. magro, 14 fetos, 16 gl. mamárias.

35 Exigência de AA (g/d) para matrizes com diferentes números de fetos (160 kg PV cobert; 195 kg aos 70d gestação; 220 kg aos 114d gestação) Exig de lisina= 36 mg/pv 0,75 kg (NRC, 1998) N o de fetos Dias de gestação Lys Thr Trp Met Val Leu Ile Arg ,70 5,35 0,98 1,69 4,33 5,89 3,95 6, ,86 10,07 2,15 3,66 9,03 12,79 7,79 13, ,74 5,37 0,99 1,70 4,36 5,93 3,97 6, ,42 10,40 2,26 3,84 9,45 13,46 8,07 13, ,77 5,39 0,99 1,71 4,38 5,97 3,99 6, ,99 10,72 2,37 4,02 9,87 14,12 8,36 14, ,81 5,41 1,00 1,72 4,41 6,01 4,01 6, ,56 11,05 2,48 4,21 10,29 14,79 8,64 15, ,85 5,43 1,00 1,73 4,43 6,05 4,02 6, ,12 11,37 2,59 4,39 10,72 15,45 8,93 15, ,89 5,45 1,01 1,75 4,46 6,09 4,04 6, ,69 11,69 2,71 4,58 11,14 16,11 9,21 16, ,93 5,47 1,02 1,76 4,49 6,13 4,06 6, ,25 12,02 2,82 4,76 11,56 16,78 9,49 17,01

36 Continua na próxima aula!