EAD-335 Estrutura de Capital e Fontes de Financiamento Parte 2 Estrutura de capital

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EAD-335 Estrutura de Capital e Fontes de Financiamento Parte 2 Estrutura de capital"

Transcrição

1 Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Departamento de Administração EAD-335 Estrutura de Capital e Fontes de Financiamento Parte 2 Estrutura de capital Prof. Dr. Eduardo Kazuo Kayo 1º semestre/2010 Sumário Introdução: estrutura de capital e criação de valor A proposição de irrelevância de Modigliani e Miller Imperfeições do mercado e relevância da estrutura de capital Teoria do trade-off Teoria de agência (ou agenciamento) Teoria do pecking order Folga financeira 2 1

2 Bibliografia básica 1. ROSS, WESTERFIELD e JAFFE. Administração financeira: corporate finance. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002 (capítulos 15 e 16) 2. Outros textos selecionados e disponíveis no Erudito 3 ESTRUTURA DE CAPITAL Introdução 2

3 Reflexão inicial Estrutura de capital = decisões de financiamento Foco: escolha entre capital próprio x capital de terceiros Polêmica: existe uma estrutura ótima de capital? É possível criar valor com decisões de financiamento? Casos para reflexão Vale (12/06/08) anuncia nova emissão de ações +/- US$ 14 bi Goodyear (Dez 1986) recompra de ações com ágio de 50% Por que a Vale aumentou capital próprio e a Goodyear o capital de terceiros??? 5 Exemplo 1: Aumento de capital próprio da Vale 12/06/08: Vale anuncia nova emissão de ações - US$ 14 bi Destino: programa de crescimento orgânico (US$ 59 bi no total) aquisições estratégicas ampliação da flexibilidade financeira Discussão Empresas em alto crescimento: predominância de capital próprio para evitar problemas de sub-investimento (Teoria da Agência) 6 3

4 Exemplo 2: Aumento do capital de terceiros da Goodyear 1986: maior fabricante de pneus Dez 1986: recompra de ações com ágio de 50% Efeito: aumento no preço das ações Motivo: proteção contra aquisição hostil Discussão Proteção contra aquisições hostis Inversão da ameaça: uso da LBO (leveraged buyout) Proteção contra gestão discricionária : redução de fluxo de caixa livre para evitar problemas de sobre-investimento (Teoria da Agência) 7 Capital próprio e capital de terceiros Liquidez (+) Rentab. (-) Exigibil. (+) Custo (-) Ativo circulante Passivo circulante Capital de terceiros Ativo não circulante Capital próprio (-) (+) (-) (+) Falácia nas palavras de um gestor: Preferimos utilizar recursos próprios porque é mais barato Cuidado! O fato da remuneração do acionista não estar explicitada (como nos contratos de dívida) não significa FEA-USP que ele Prof. não Dr. Eduardo tenha custo! K. Kayo 8 4

5 Capital próprio e capital de terceiros (cont.) Passivos operacionais: Duplicatas a pagar Impostos a pagar Salários a pagar Empréstimos de curto prazo Capital de terceiros (longo prazo): Debêntures Empréstimos internos Empréstimos externos Financiamentos Leasing Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido (Capital próprio) Decisões Financeiras de curto prazo Decisões Financeiras de longo prazo Capital Próprio: Ações ordinárias Ações preferenciais 9 Capital próprio ou de terceiros? Algumas vantagens e desvantagens Capital de terceiros (longo prazo): Vantagens: - Menor custo - Facilidade e rapidez de contratação - Benefício fiscal da dívida (juros são dedutíveis do I.R.) Desvantagens: - Prazo para pagamento dos juros e principal Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido (Capital próprio) Decisões Financeiras de curto prazo Decisões Financeiras de longo prazo 10 5

6 Capital próprio ou de terceiros? Algumas vantagens e desvantagens (cont.) Capital Próprio: Vantagens: - Maior flexibilidade (não tem prazo) Desvantagens: - Maior custo - Maior complexidade e tempo na emissão de ações Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido (Capital próprio) Decisões Financeiras de curto prazo Decisões Financeiras de longo prazo 11 ESTRUTURA DE CAPITAL O valor como parâmetro de gestão 6

7 O que é valor? Os diferentes pontos de vistas O valor de uma empresa pode ser visto como a soma dos seus ativos: Capital de giro líquido + Ativos fixos 13 O que é valor? Os diferentes pontos de vistas O valor de uma empresa pode ser visto como a soma dos seus ativos: Capital de giro líquido + Ativos fixos a soma dos seus passivos: Capital de terceiros + Capital próprio 14 7

8 Por um lado: decisões de investimento Assumindo que o objetivo central da firma é crescer (criando valor, evidentemente), que projetos a empresa deve buscar: Crescimento interno (vegetativo) abrindo novas fábricas? Crescimento externo por meio de aquisições? Investimentos em pesquisa & desenvolvimento? Por outro lado: decisões de financiamento Aqueles investimentos exigem recursos Mas qual a melhor fonte de recurso ou, de forma mais precisa, qual a fonte mais apropriada??? Importante: nenhuma fonte é melhor que outra uma fonte pode ser mais apropriada que outra dependendo de uma série de circunstâncias: porte da empresa, nível de crescimento, nível de intangibilidade, lucratividade, etc... Então, qual a fonte mais apropriada? Além disso, que modalidade de cada tipo de fonte é mais apropriada? Recursos internos (caixa, redução de dividendos...) Endividamento (debêntures, empréstimos bancários...) Ações (ordinárias ou preferenciais) 16 8

9 Valor contábil, de mercado e intrínseco Valor contábil: Balanço patrimonial Valor de mercado: preço das ações na Bolsa (expectativa dos investidores em relação à capacidade de geração de caixa no futuro) Valor intrínseco: expectativa de geração de fluxo de caixa futuro (fluxo de caixa descontado) 17 Exemplo: VALE em dezembro/2006 (em R$ bilhões) Market-to-book ratio 180,4 M / B 1,47 123,0 Por exemplo: em 2006, a VALE tinha um valor de mercado total superior ao valor contábil Valor contábil (ativo total) 57,4 180,4 Valor "Intangível" Valor de mercado total (equity + dívidas) 18 9

10 A evolução do valor de mercado/contábil Índice Valor Mercado / Valor Contábil Média S&P 500 = 1 = 2 = 9 = 10 = 17 Fonte: Lev (2001) Intangível-intensivas 19 Porque valor da firma como parâmetro Porque utilizar o valor da firma como parâmetro para a gestão Considera o valor total, inclusive para os credores Considera o longo prazo e não o curto prazo Para uma empresa de capital aberto (com ações negociadas em Bolsa), o valor de mercado ainda é o melhor parâmetro Porque o preço da ação incorpora (ou deveria) as informações relativas às estratégias da empresa Mas e se a empresa não for negociada em Bolsa? Valor continua sendo o parâmetro, mas o valor intrínseco O valor da empresa, então, deve balizar todas as decisões da empresa (tanto de investimento quanto de financiamento) 20 10

11 Relembrando: Endividamento a valores de mercado O cálculo do endividamento pela análise tradicional de balanços esconde uma armadilha: se valor de mercado for maior que valor contábil, utilizar dados contábeis pode superestimar o nível de endividamento e vice-versa Endividamento contábil: 10 milhões 25 milhões 40% Capital de terceiros R$ 10 milhões Patrimônio líquido R$ 15 milhões Capital de terceiros R$ 10 milhões Valor de mercado das ações R$ 40 milhões Endividamento a valores de mercado: 10 milhões 50 milhões 20% 21 A estrutura de capital de empresas dos EUA O endividamento a valores de mercado são sempre menores que o endividamento contábil em função do elevado valor de mercado das empresas norte-americanas Fonte: Lewellen, Notas de aula (Finance Theory II, MIT) 22 11

12 Estrutura de capital de empresas brasileiras Setores excluídos: finanças, seguros, fundos, outros Fonte: Economática Endividamento de mercado começa a diminuir em função do crescente aumento do valor de mercado das empresas 23 M&M E A IRRELEVÂNCIA DA ESTRUTURA DE CAPITAL 12

13 A proposição I de Modigliani e Miller (MM) Em 1958, Modigliani e Miller propõem que a estrutura de capital é irrelevante para a determinação do valor da firma (lembrando que esses dois autores ganharam o prêmio Nobel em Economia) Para eles, o valor da firma seria determinado pela qualidade das decisões de investimento A proposição de irrelevância foi construída com a suposição de um mercado perfeito, isto é: Ausência de impostos Ausência de custos de falência e de transação Eficiência de mercado e informações simétricas A política de investimento permanece constante Com base nessas premissas, MM afirmam que O valor da firma independe de sua estrutura de capital Portanto, as decisões de financiamento não afetariam o valor da firma 25 Um exemplo da proposição I de MM O carro pode ter um valor de mercado de R$ 100 mil Recursos próprios R$ 70 mil Dívida R$ 30 mil Nesse exemplo, não importa como você financia a compra do seu carro. O valor de mercado do carro continuaria o mesmo 26 13

14 A importância das proposições de MM Evidentemente, as proposições de Modigliani e Miller consideram premissas que não pertencem, necessariamente, ao mundo real Nesse caso, porque discutir essa proposição? Modigliani e Miller ajudam a entender algumas falácias Falácia do lucro por ação (LPA) Falácia do custo médio ponderado de capital (WACC) Entre outros Vamos examinar os dois primeiros Capital próprio x capital de terceiros: a falácia do LPA Lucro por ação Falácia 1: a dívida é uma opção melhor porque aumenta o lucro por ação O lucro por ação aumenta quando o endividamento aumenta (verdadeiro) As empresas deveriam se endividar para maximizar seu lucro por ação (falso) A segunda afirmação é falsa porque, embora o lucro por ação aumente, o risco também aumenta 28 14

15 Capital próprio x capital de terceiros: a falácia do LPA Lucro por ação (cont.) EMPRESA COM 100% DE CAPITAL PRÓPRIO DADOS Número de ações 1.000,00 Preço por ação ($) 10,00 Valor de mercado das ações ,00 Valor de mercado da dívida - Juro à taxa de 10% - RESULTADOS Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Resultados operacionais ($) 500, , , ,00 Juro ($) Remuneração do capital ($) 500, , , ,00 LPA - Lucros por ação ($) 0,50 1,00 1,50 2,00 Retorno das ações (%) 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 29 Capital próprio x capital de terceiros: a falácia do LPA Lucro por ação (cont.) EMPRESA COM 50% DE CAPITAL PRÓPRIO E 50% DE CAPITAL DE TERCEIROS DADOS Número de ações 500,00 Preço por ação ($) 10,00 Valor de mercado das ações 5.000,00 Valor de mercado da dívida 5.000,00 Juro à taxa de 10% 500,00 RESULTADOS Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Resultados operacionais ($) 500, , , ,00 Juro ($) 500,00 500,00 500,00 500,00 Remuneração do capital ($) - 500, , ,00 LPA - Lucros por ação ($) - 1,00 2,00 3,00 Retorno das ações (%) 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 30 15

16 Capital próprio x capital de terceiros: a falácia do LPA Lucro por ação (cont.) 31 A proposição II de Modigliani e Miller Da fórmula do WACC (sem o benefício dos impostos), supomos que o retorno dos ativos seja uma média ponderada do retornos da dívida e do capital próprio. Reescrevendo a equação para isolar o retorno do capital próprio... r A r D E rd re D E D E E r A D r r E A D r A = retorno esperado dos ativos r D = retorno esperado das dívidas r E = retorno esperado do capital próprio D = valor de mercado das dívidas E = valor de mercado do capital próprio Proposição II: o retorno esperado do capital próprio em uma empresa endividada aumenta proporcionalmente ao índice de dívidas sobre capital próprio 32 16

17 A proposição II de Modigliani e Miller (cont.) Exemplo (baseado nos cálculos do LPA) r r E E r A A r r D D E 0,15 ou 15% O retorno do capital próprio aumenta com o endividamento, mas o retorno do ativo continuaria o mesmo. Neste exemplo, o retorno esperado dos ativos é de 15%, tanto com dívidas quanto sem dívidas. r r E E D ra ra rd E , ,15 0,10 0,20 ou 20% Entretanto, o retorno esperado do capital próprio aumenta para 20% em função do endividamento. 33 A proposição II de Modigliani e Miller (cont.) Portanto, na visão de Modigiliani e Miller, a estrutura de capital não afetaria o valor da empresa, uma vez que o retorno dos ativos continuaria o mesmo

18 Capital próprio x capital de terceiros: as falácias do custo do capital (WACC) Falácia 2: o capital próprio é mais barato que o capital de terceiros O fato da remuneração do acionista não estar explicitada (como nos contratos de dívida) não significa que ele não tenha custo! Para um investidor, o risco de se conceder um empréstimo é menor do que o de comprar uma ação Cláusulas contratuais da dívida garantem a remuneração do credor O acionista tem direito ao caixa residual (o caixa residual é alto se a empresa tiver um bom desempenho) Falácia 3: como o endividamento é mais barato (verdadeiro), a firma deveria se financiar apenas com dívidas (falso) As dívidas tornam-se mais caras na medida em que o endividamento aumenta porque cresce o risco de falência Isso é explicado pela hipótese de trade-off 35 O que falta na proposição de MM? As proposições de Modigliani e Miller ajudam no entendimento de questões importantes, mas o que falta analisar??? Novamente a proposição de irrelevância foi construída com a suposição de um mercado perfeito, isto é: Ausência de impostos Ausência de custos de falência e de transação Eficiência de mercado e informações simétricas A política de investimento permanece constante O relaxamento dessas suposições leva à construção de algumas teorias importantes, discutidas na seqüência

19 A TEORIA DO TRADE-OFF O que falta na proposição de MM? Novamente a proposição de irrelevância foi construída com a suposição de um mercado perfeito, isto é: Ausência de impostos Ausência de custos de falência e de transação Eficiência de mercado e informações simétricas A política de investimento permanece constante Relaxando algumas dessas suposições emerge a teoria do trade-off Para essa teoria, as empresas se preocupam com impostos (que geram benefícios fiscais) e dificuldades financeiras (que geram custos) 38 19

20 O papel dos impostos O tratamento fiscal é diferente para os diferentes tipos de remuneração do capital Juros relativos a dívidas financeiras são dedutíveis Dividendos não são dedutíveis No Brasil, juros sobre o capital próprio (outro tipo de remuneração) são dedutíveis Primeira contraposição ao teorema de MM As decisões de financiamento (estrutura de capital) afetam o valor da firma porque afetam o valor de imposto de renda a pagar A princípio, quanto maior o endividamento (e as respectivas despesas financeiras com juros) maior o benefício fiscal Nota: no curto prazo, se a empresa não for lucrativa esse benefício não existe 39 O papel dos impostos (cont.) Um exemplo do benefício fiscal proporcionado pelas dívidas Descrição 100% Capital próprio 50% capital de terceiros Receita 130 milhões 130 milhões [-] Custos e despesas -30 milhões -30 milhões [=] LAJIR (Lucro antes dos juros e IR) 100 milhões 100 milhões [-] Despesas financeiras 0-10 milhões [=] LAIR (Lucro antes do IR) 100 milhões 90 milhões Imposto de renda (34%) -34 milhões -30,6 milhões Lucro líquido 66 milhões 59,4 milhões Com capital de terceiros, Imposto de renda é menor em $3,4 milhões, o equivalente a 34% dos $10 milhões de despesas financeira É por isso que, no WACC, o custo da dívida é multiplicado por 1-T (em que T é a alíquota do IR) 40 20

21 O papel dos impostos (cont.) Alguém pode argumentar que o lucro é menor Porém O LPA (lucro por ação) é maior: lembrem-se do efeito do endividamento sobre o LPA Além disso, o valor total da firma é gerado pelo fluxo de caixa total; quanto maior o fluxo total, maior o valor da firma (ou projeto) Descrição 100% Capital próprio 50% capital de terceiros Fluxo de caixa para os credores 0 10 milhões Fluxo de caixa para os acionistas 66 milhões 59,4 milhões Fluxo de caixa TOTAL para a FIRMA 66 milhões 69,4 milhões 41 O papel dos impostos (cont.) Dessa forma, na presença de impostos sobre a renda (pessoa jurídica) o valor da firma alavancada seria: V L = V U + Valor presente dos benefícios fiscais Onde V L = valor da firma alavancada (com dívidas) V U = valor da firma não alavancada (só capital próprio) Assim, o valor da empresa aumentaria com o endividamento... Valor V L = valor da firma alavancada V U = valor da firma não alavancada Alavancagem 42 21

22 O limite para o endividamento Se o valor da firma aumenta com o endividamento, ela deveria ser 100% financiada com capital de terceiros? Não... Porque o aumento do endividamento leva ao aumento dos custos com dificuldades financeiras Custos diretos Custos legais (ex.: advogados, peritos, etc) Custos administrativos (ex.: consultorias, reorganização da empresa, etc) Custos indiretos Redução da capacidade de operação (ex.: dificuldade na relação com fornecedores) Perda de clientes Perda de empregados importantes Perda de oportunidades de investimento 43 Endividamento ótimo pela trade-off Fonte: Adaptado de Myers (1984) 44 22

23 A TEORIA DE AGÊNCIA O que falta na proposição de MM? Novamente a proposição de irrelevância foi construída com a suposição de um mercado perfeito, isto é: Ausência de impostos Ausência de custos de falência e de transação Eficiência de mercado e informações simétricas A política de investimento permanece constante A teoria de agência analisa parcialmente esse problema O endividamento, para essa teoria, pode exercer efeitos positivos ou negativos sobre o valor, dependendo da fase do ciclo de vida da empresa e do seu fluxo de caixa líquido 46 23

24 A empresa do ponto de vista financeiro [2] recursos são investidos em ativos que geram fluxos de caixa [1] Empreendedores aportam capital e recebem os lucros [3] caixa é reinvestido ou distribuído aos sócios 47 O papel do mercado de capitais [2] Empresa usa os recursos em novos investimentos Mercado secundário [3] Por meio da Bolsa de Valores, esses investidores podem revender suas ações no mercado secundário a outros investidores Empresa recebe recursos e investidor recebe ações (que gera dividendos e ganhos de capital) Mercado Primário [1] Quando a empresa necessita de capital para crescer, ela pode vender ações no mercado primário; os investidores tornamse sócios 24

25 A separação entre propriedade e controle Gestores A separação entre propriedade e controle causa o conflito de agência entre acionista (chamado principal) e gestor (chamado agente) Acionistas Os agentes nem sempre atuam para maximizar o valor do acionista Os agentes estão preocupados em maximizar sua utilidade O olho do dono é que engorda o boi Quando o gato sai, os ratos fazem a festa 49 Custos de agência do capital próprio externo Custos de agência do capital próprio externo Cenário: pulverização do capital próprio Conflitos entre gestores e acionistas Potenciais problemas Mordomias Risco moral (moral hazard) ou negligência: falta de esforço do agente Seleção adversa (adverse selection) ou maus investimentos: perdas de valor decorrentes de projetos com VPL negativo Construção de impérios (ex.: aumento do poder do gestor em função do porte da empresa), etc Esses problemas aumentam quando o fluxo de caixa livre é elevado 50 25

26 Custos de agência do capital próprio externo: o problema do fluxo de caixa livre Fluxo de caixa livre Fluxo de caixa acima do necessário para financiar todos os projetos com VPL positivo O problema de fluxo de caixa livre é grave quando A empresa gera alto fluxo de caixa Mas não possui muitas oportunidades de investimentos Nesse caso, o ideal é devolver o dinheiro aos acionistas Entretanto, os gestores resistem a devolver o dinheiro Para construir seu império com aquisições e/ou investimentos que não agregam valor Para aumentar suas mordomias 51 Custos de agência do capital próprio externo: possíveis soluções Possíveis soluções para alinhar os interesses entre acionistas e gestores Mecanismos internos de governança: monitorar as ações do gestor (ex.: conselho de administração independente), aumentar participação acionária do gestor, aumentar dividendos, etc Mecanismos externos de governança: ameaça de aquisições, concorrência no mercado de trabalho Alterar a estrutura de capital, aumentando o endividamento Fluxo de caixa livre e incentivo do gestor a sobreinvestir (desperdiçar) diminuem O endividamento compromete parte do fluxo de caixa futuro, obrigando o gestor a adotar políticas mais austeras Entretanto, o aumento exagerado do endividamento leva ao surgimento dos custos de agência da dívida 52 26

27 Custos de agência da dívida Custos de agência da dívida Cenário: aumento do nível de endividamento Conflitos entre acionista (agente) e credor (principal) Pode levar a um aumento das dificuldades financeiras Potenciais problemas: incentivo a estratégias egoístas por parte dos acionistas Assumir riscos elevados Subinvestimento Esvaziamento da propriedade Possíveis soluções para reduzir os custos de agência da dívida Adoção de cláusulas protetores nos contratos, como por exemplo Limitação do pagamento de dividendos Restrições quanto à venda dos ativos, etc Redução do endividamento 53 Endividamento ótimo pela teoria de agência Custo de Agência Custo de agência total Custo de agência da dívida Custo de agência do capital próprio externo Endividamento com o Endividamento menor custo de agência Fonte: Adaptado de Jensen e Meckling (1976) 54 27

28 Conflitos de agência, ciclo de vida da firma e endividamento Predominância de capital próprio Predominância de capital de terceiros Fonte: Kayo 55 O PECKING ORDER E A FOLGA FINANCEIRA 28

29 O que falta na proposição de MM? Novamente a proposição de irrelevância foi construída com a suposição de um mercado perfeito, isto é: Ausência de impostos Ausência de custos de falência e de transação Eficiência de mercado e informações simétricas A política de investimento permanece constante Relaxando essas suposições emerge a teoria do pecking order e folga financeira Para essa teoria, a assimetria informacional provoca uma preferência por recursos gerados internamente Ao contrário das duas primeiras, o pecking order não prevê um nível ótimo de endividamento 57 Pecking order Assimetria informacional Gestores e acionistas têm informações assimétricas Market for lemons (Akerlof) Mercado de abacaxi [tradução minha] Meu primeiro carro usado Reações do mercado Emissão de ações são consideradas notícias ruins Exemplo: indicam poucos projetos de investimento (com exceção das chamadas ações de crescimento ou growth stocks ) Emissão de dívidas são consideradas notícias boas Por que? Principalmente por causa da sinalização: Emissão de ações sinaliza que preços das ações estão sobrevalorizados Emissão de dívidas (ou recompra de ações) sinaliza subvalorização 58 29

30 Entendendo o mecanismo do pecking order Gestores tendem a emitir ações quando os preços estão sobrevalorizados (beneficiando os acionistas antigos) Lembrem-se do mercado de abacaxi Sabendo dessa tendência, novos acionistas exigem um desconto sobre o preço da ação para adquiri-la Como os gestores sabem que pode haver esse desconto, eles deixam de emitir novas ações. Por isso, a emissão de novas ações é o último recurso na hierarquia do pecking order 59 Pecking order (hierarquização das fontes de financiamento) Portanto, em função do problema de assimetria informacional, essa teoria sugere que os gestores tenham a seguinte ordem de preferência na utilização de recursos financeiros 1. Financiamento interno 2. Dívidas 3. Novas ações Resultados o endividamento varia pela necessidade de recursos externos e não pela busca de uma estrutura de capital ótima Quanto maior a geração de recursos internos (ou rentabilidade) menor a utilização de recursos externos (ex.: endividamento) 60 30

31 Financial slack (folga financeira) Folga financeira conjunto de ativos líquidos (caixa, aplicações financeiras e outros títulos negociáveis) e de capacidade de empréstimo além do necessário para atender ao pagamento de dívidas e gastos operacionais (isto é, baixo nível de endividamento) A folga financeira é importante para assegurar que os investimentos em P&D sejam feitos de maneira contínua e ininterrupta que haja recursos disponíveis para o lançamento de novos produtos que as empresas tenham recursos disponíveis para adquirir outras empresas com o propósito de expandir sua base de conhecimento Por isso, pesquisas recentes mostram que empresas intangívelintensivas apresentam predominância de capital próprio 61 CONSIDERAÇÕES FINAIS 31

32 Resumo das principais teorias de estrutura de capital Irrelevância da estrutura de capital Premissa: mercado perfeito Decisões de investimento (e não de financiamento) é que criam valor Teoria do trade-off Benefícios fiscais incentivam o uso de dívidas (capital de terceiros) Dificuldades financeiras limitam o uso de dívidas Ponto ótimo de endividamento em função da compensação entre esses dois fatores Teoria de agência Separação entre propriedade e controle leva aos custos de agência do capital próprio externo (endividamento pode ajudar a reduzir esse conflito) Por outro lado, o endividamento crescente pode levar aos custos de agência da dívida Ponto ótimo de endividamento: onde custos totais de agência são minimizados Teoria do pecking order Não prevê um ponto ótimo de endividamento Ordem de preferência: financiamento interno, dívidas, novas ações 63 O processo de criação de valor Acontece a criação de valor quando, na equação abaixo, o numerador aumenta ou quando o denominador diminui Isto é, quando existir um incremento de fluxo de caixa ou uma redução do custo de capital (i) VP FC (1 i n n n 1 ) Criação de valor com fluxo de caixa: - Aumento das receitas - Redução de custo ou despesa - Redução do capital de giro - Redução de investimentos (com o cuidado de não comprometer a capacidade de produção) Criação de valor com custo de capital : - Redução do custo do capital próprio - Redução do custo do capital de terceiro - Estrutura de capital ótima (nível de endividamento que seja adequado) 64 32

33 O processo de criação de valor (cont.) Em outras palavras, a pergunta central que devemos nos fazer como gestores financeiros é: Como podemos criar valor com as nossas decisões de investimento e de financiamento Algumas dúvidas comuns entre os gestores financeiros quando sua empresa precisa de recursos para novos investimentos Devemos emitir títulos de dívida (debêntures), ações ou contrair empréstimos bancários? Devemos emitir ações ordinárias ou preferenciais? Minha empresa é de capital aberto: como o mercado reagirá à minha decisão? 65 33

Estrutura Ótima de Capital

Estrutura Ótima de Capital Estrutura Ótima de Capital Estrutura de Capital Objetivo dos gestores: maximizar o valor de mercado da empresa (V): V = D + CP Mas qual a relação ótima entre CP (capital próprio) e D (dívida com terceiros)?

Leia mais

Estrutura de Capital

Estrutura de Capital Estrutura de Capital Estrutura de Capital Capital de Terceiros 25% Capital Próprio 50% Capital de Terceiros 50% Capital Próprio 75% Estrutura de Capital AC PC RLP Capital de Terceiros (exigível) AP Capital

Leia mais

Gestão Financeira 2S/2016 Graduação em Ciências Contábeis

Gestão Financeira 2S/2016 Graduação em Ciências Contábeis Gestão Financeira 2S/2016 Graduação em Ciências Contábeis Aula 09: 27-Set-2016 Aula 10: 04-Out-2016 Prof. Dr. Rodrigo Takashi Okimura rodrigo.okimura@fipecafi.org 7 Estrutura de Capital Referências: ASSAF

Leia mais

Administração Financeira II 2016/2

Administração Financeira II 2016/2 Administração Financeira II 2016/2 Professor Me. Gleison de Abreu Pontes Bacharel em Administração de Empresas (Faculdade Politécnica de Uberlândia, 2007) Especialista em Finanças (Universidade Federal

Leia mais

Tema 05 Estrutura de Capital

Tema 05 Estrutura de Capital Tema 05 Estrutura de Capital FEA -USP Graduação em Ciências Contábeis EAC0511 Profa. Joanília Cia Tema 05 Estrutura de Capital I. INTRODUÇÃO II. RISCO DO NEGÓCIO E RISCO FINANCEIRO: Alavancagem Operacional

Leia mais

3. Sobre as 5 Forças de Porter é correto dizer:

3. Sobre as 5 Forças de Porter é correto dizer: Quizz #1 ESTRATÉGIA - GABARITO 1. Qual das alternativas abaixo é incorreta sobre a matriz SWOT da VW? a) Uma fraqueza da empresa é a crescente pressão para utilização de transporte público frente a crise

Leia mais

ESTRUTURA DE CAPITAL PARTE 1. t d f r a n z o t g m a i l. c o m

ESTRUTURA DE CAPITAL PARTE 1. t d f r a n z o t g m a i l. c o m ESTRUTURA DE CAPITAL PARTE 1 Tatiane Del Arco Franzotti t d f r a n z o t ti @ g m a i l. c o m AGENDA Contexto Estrutura de capital e a teoria da pizza Maximização de valor Alavancagem financeira Modigliani

Leia mais

O que é risco de negócio? Decisões de Estrutura de Capital: Conceitos Básicos

O que é risco de negócio? Decisões de Estrutura de Capital: Conceitos Básicos Decisões de Estrutura de Capital: Conceitos Básicos Prof. Antonio Lopo Martinez Risco do negócio vs. risco financeiro Teoria da estrutura de capital Exemplo de fluxo de caixa perpétuo Estabelecendo a estrutura

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Professor: Renê Coppe Pimentel Prof. Renê Coppe Pimentel Pg. 1 POLÍTICA DE DIVIDENDOS Distribuição aos Acionistas Prof. Renê Coppe Pimentel Pg. 2 POLÍTICA DE DIVIDENDOS Preferências

Leia mais

O que será visto neste tópico...

O que será visto neste tópico... FEA -USP Graduação em Ciências Contábeis EAC0511-2014/2 Turma 01 Profa. Joanília Cia 1. Introdução Tema 01 Introdução I. Evolução de Finanças II. Questões de Finanças x Oquestões Oportunidades de Carreira

Leia mais

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1 Aula 7 Fluxo de caixa Professor: Cleber Almeida de Oliveira slide 1 slide 2 Figura 1 - Fluxos de caixa Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa A demonstração dos fluxos de caixa resume o fluxo de

Leia mais

FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória Importância da Contabilidade para a Sociedade (Economia)

FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória Importância da Contabilidade para a Sociedade (Economia) FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória Importância da Contabilidade para a Sociedade (Economia) Prof. Fernando Dal-Ri Murcia Plano de Aula Racionalidade Econômica

Leia mais

Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Estrutura de Capital Tópico 11

Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Estrutura de Capital Tópico 11 Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Estrutura de Capital Tópico 11 1 Objetivos da disciplina 30h Objetivo Decidir o mix ótimo entre Capital de Terceiros e Próprio, para propiciar a melhor Estrutura

Leia mais

Uma análise para qualquer tipo de negócio

Uma análise para qualquer tipo de negócio Modelo DuPont Uma análise para qualquer tipo de negócio Antes aplicar estes conceitos a seu negócio ou investimento, tenha em mente que o fato das demonstrações financeiras estarem auditadas garantem uma

Leia mais

Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital

Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Objetivos da disciplina 30h Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Estrutura de Capital Tópico 11 Objetivo Decidir o mix ótimo entre Capital de Terceiros e Próprio, para propiciar a melhor Estrutura

Leia mais

FEA- USP, 30 de setembro de AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: EAE 422 Análise e Elaboração de Projetos Prof. Dr. Eduardo Luzio. Nome:

FEA- USP, 30 de setembro de AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: EAE 422 Análise e Elaboração de Projetos Prof. Dr. Eduardo Luzio. Nome: AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: EAE 422 Análise e Elaboração de Projetos Prof. Dr. Eduardo Luzio FEA- USP, 30 de setembro de 2015 Nome: PROVA INDIVIDUAL, SEM CONSULTA. SOMENTE SERÁ PERMITIDO O USO DE CALCULADORAS

Leia mais

Distribuindo os lucros

Distribuindo os lucros FINANÇAS Distribuindo os lucros A distribuição das riquezas geradas por uma empresa aos seus acionistas é uma forma de geração de valor, pois diminui os riscos de os acionistas majoritários ou administradores

Leia mais

Curso de Administração

Curso de Administração Curso de Administração ADM-217 Gestão Aula 6 equilíbrio, alavancagem operacional e financeira Prof. Cleber Almeida de Oliveira Universidade Gama Filho 2012 ADM-217 Prof: Cleber Almeida de Oliveira 1 OBJETIVO

Leia mais

Ilustrações Roberto Bellini 76 DOM

Ilustrações Roberto Bellini 76 DOM Ilustrações Roberto Bellini 76 DOM finanças Modelo de administração do fluxo de caixa por German Torres Salazar e Virginia Izabel de Oliveira O desempenho financeiro de qualquer empresa depende de sua

Leia mais

Administração Financeira 4º SEMESTRE. Profª Silvia Flores Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.

Administração Financeira 4º SEMESTRE. Profª Silvia Flores Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Administração Financeira 4º SEMESTRE Profª Silvia Flores slide 1 Fontes de Recursos Financeiros Recursos Próprios Recursos de Terceiros slide 2 RECURSOS DE TERCEIROS Se a empresa utilizar a dívida para

Leia mais

Finanças. Prof. Milton Henrique

Finanças. Prof. Milton Henrique Finanças Prof. Milton Henrique mcouto@catolica-es.edu.br Organizações e Recursos As empresas são organizações sociais que utilizam recursos para atingir objetivos. Capital Mão de Obra Conhecimento Máquinas

Leia mais

Avaliação de Empresas através do Fluxo de Caixa Descontado (FCD)

Avaliação de Empresas através do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) Avaliação de Empresas através do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) Quanto vale essa empresa? Modelos de Avaliação de Empresa Fluxo de Caixa Múltiplos Opções Onde é utilizado? - Mercado acionário; - Compra

Leia mais

Maximizar Lucros. Maximizar Lucros. Identificar o objetivo da Firma. (orçamento de capital) (estrutura de capital) Funções do Administrador Financeiro

Maximizar Lucros. Maximizar Lucros. Identificar o objetivo da Firma. (orçamento de capital) (estrutura de capital) Funções do Administrador Financeiro Objetivos de Aprendizagem Visão Geral da Administração i Financeira i Ponto 1 Prof. Antonio Lopo Martinez Adm. Financeira Identificar o objetivo da Firma Discutir a decisão de Investimento (orçamento de

Leia mais

No entanto, a política de dividendos é igualmente relevante?

No entanto, a política de dividendos é igualmente relevante? 1 POLÍTICA DE DIVIDENDOS Em um primeiro momento os dividendos serão tratados de uma forma bem simples. Importância do pagamento dos dividendos: A relação quanto distribuir em detrimento do reinvestimento;

Leia mais

Finanças Corporativas. Prof.: André Carvalhal

Finanças Corporativas. Prof.: André Carvalhal Finanças Corporativas Prof.: André Carvalhal Objetivo do Curso Apresentar e discutir os conceitos básicos de finanças corporativas, em especial avaliação de investimentos e estrutura de capital da firma

Leia mais

CUSTO DOS COMPONENTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL

CUSTO DOS COMPONENTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL CUSTO DOS COMPONENTES DA ESTRUTURA DE! Custo do capital próprio.! Custo do capital de terceiros.! Custo do capital próprio e o Modelo de Gordon.! Ações preferenciais e custo do capital de terceiros. Francisco

Leia mais

CONTEÚDO DA AULA DE HOJE

CONTEÚDO DA AULA DE HOJE CONTEÚDO DA AULA DE HOJE POLÍTICA DE DIVIDENDOS: FUNDAMENTOS DOS DIVIDENDOS RELEVÂNCIA DA POLÍTICA DE DIVIDENDOS FATORES QUE AFETAM A POLÍTICA DE DIVIDENDOS TIPOS DE POLÍTICAS DE DIVIDENDOS CRESCIMENTO

Leia mais

de Dividendos na Prática? Modelo de dividendo IV. Como se dá o estabelecimento de Política V. Outros aspectos a serem levados em Clientela

de Dividendos na Prática? Modelo de dividendo IV. Como se dá o estabelecimento de Política V. Outros aspectos a serem levados em Clientela FEA - USP Graduação Ciências Contábeis EAC0511 Administração Financeira) Profa. Joanília Cia Tema 06 Dividendos A empresa deve: distribuir dividendos ou reter lucro para reinvestimento? Qual a proporção

Leia mais

CONTABILIDADE E ANÁLISE DE BALANÇOS

CONTABILIDADE E ANÁLISE DE BALANÇOS CONTABILIDADE E ANÁLISE DE BALANÇOS (EAC0549) Professor: Renê Coppe Pimentel Material e conteúdo padronizados elaborados por professores da FEA/USP Bruno M. Salotti ; Fernando Murcia ; Mara J.C. Malacrida

Leia mais

Finanças Corporativas

Finanças Corporativas UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - FEA-RP Mestrado em Controladoria e Contabilidade Corporativas Prof. Dr. Marcelo Augusto Ambrozini Recursos

Leia mais

19/08/2016. Prof. Dr. Osiris Marques. Agosto/2016

19/08/2016. Prof. Dr. Osiris Marques. Agosto/2016 MBA em Gestão de Negócios Universidade Federal Fluminense Gestão Financeira de Empresas Aula 1 Prof. Dr. Osiris Marques Agosto/2016 Programa da disciplina Aula 1 Introdução/Demonstrações Financeiras Aula

Leia mais

Unidade II FINANÇAS EM PROJETO DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade II FINANÇAS EM PROJETO DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade II FINANÇAS EM PROJETO DE TI Prof. Fernando Rodrigues Introdução à análise de risco Um projeto de TI, como qualquer outro projeto está sujeito a riscos no decorrer do seu desenvolvimento. Alguns

Leia mais

Análise de Investimentos Ricardo Suñer Romera Neto

Análise de Investimentos Ricardo Suñer Romera Neto Análise de Investimentos Ricardo Suñer Romera Neto rsromera@hotmail.com Decisão de Investimento Questões a serem respondidas Ativo Circulante / Realizável de Longo Prazo / Ativo Permanente Onde estão aplicados

Leia mais

Resumo Finanças Coporativas

Resumo Finanças Coporativas Resumo Finanças Coporativas PREMISSAS DO MODELO DE MODIGLIANI- MILLER Mesma taxa de juros para empresas e investidores. Informação perfeita Inexistência de custos de transação Inexistência de impostos

Leia mais

Ross, Westerfield e Jaffe Capítulo 16 Estrutura de Capital: Limites ao Uso de Capital de Terceiros

Ross, Westerfield e Jaffe Capítulo 16 Estrutura de Capital: Limites ao Uso de Capital de Terceiros UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - FEA-RP Mestrado em Controladoria e Contabilidade Ross, Westerfield e Jaffe Capítulo 16 Estrutura de Capital:

Leia mais

Aula 02. Bibliografia: RWJ, cap. 03 e BE, cap. 03. Cláudio R. Lucinda FEA-RP/USP. Aula 02

Aula 02. Bibliografia: RWJ, cap. 03 e BE, cap. 03. Cláudio R. Lucinda FEA-RP/USP. Aula 02 Bibliografia: RWJ, cap. 03 e BE, cap. 03 Objetivos da Aula 1 Demonstrativos Financeiros Objetivos da Aula 1 Demonstrativos Financeiros 2 Fontes de Informação Financeira Relatórios Anuais de Empresas Valor

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Renê Coppe Pimentel Prof. Renê Coppe Pimentel Pg. 1 CUSTO DE CAPITAL Prof. Renê Coppe Pimentel Pg. 2 CUSTO DE CAPITAL A Taxa de Retorno que a empresa precisa obter sobre

Leia mais

Sumário Resumido. PARTE I Avaliação da Saúde Financeira da Empresa 1. PARTE IV Avaliando Oportunidades de Investimento 245

Sumário Resumido. PARTE I Avaliação da Saúde Financeira da Empresa 1. PARTE IV Avaliando Oportunidades de Investimento 245 Sumário Resumido PARTE I Avaliação da Saúde Financeira da Empresa 1 Capítulo 1 Interpretação de Demonstrações Financeiras 3 Capítulo 2 Avaliação do Desempenho Financeiro 37 PARTE II Planejamento do Desempenho

Leia mais

CONTEÚDO DA AULA DE HOJE

CONTEÚDO DA AULA DE HOJE CONTEÚDO DA AULA DE HOJE DECISÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO: VISÃO GERAL DO CUSTO DE CAPITAL CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS CUSTO DAS AÇÕES PREFERENCIAIS CUSTO DAS AÇÕES ORDINÁRIAS CUSTO MÉDIO PONDERADO

Leia mais

Disciplina: Fundamentos de Finanças Coordenadora da Disciplina: Ana Luiza Barbosa da Costa Veiga

Disciplina: Fundamentos de Finanças Coordenadora da Disciplina: Ana Luiza Barbosa da Costa Veiga Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação a Distância AD eríodo - /º Disciplina:

Leia mais

Demonstrações Financeiras e sua Análise. Administração Financeira Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez

Demonstrações Financeiras e sua Análise. Administração Financeira Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez Demonstrações Financeiras e sua Análise Administração Financeira Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez Relatório da Administração Carta aos acionistas: comunicação de iniciativa da administração da empresa.

Leia mais

Avaliação de Empresas Profa. Patricia Maria Bortolon

Avaliação de Empresas Profa. Patricia Maria Bortolon Avaliação de Empresas EVA E MVA Aula 11 EVA Indica a quantia em termos monetários que foi adicionada à riqueza efetiva do acionista em determinado período Diferente do lucro contábil, pois considera o

Leia mais

CUSTO DE CAPITAL. Visão geral do custo de capital 12/03/2015. Prof. Dr. Osiris Marques

CUSTO DE CAPITAL. Visão geral do custo de capital 12/03/2015. Prof. Dr. Osiris Marques MBA em Controladoria e Finanças Universidade Federal Fluminense Gestão Financeira de Empresas Aula 7 Prof. Dr. Osiris Marques Março/2015 CUSTO DE CAPITAL Visão geral do custo de capital O custo de capital

Leia mais

Aluno (a): Paulo Ricardo Silveira Lima Matrícula: Pólo: Piraí

Aluno (a): Paulo Ricardo Silveira Lima Matrícula: Pólo: Piraí Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA AD2 PERÍODO - 2012/1º Disciplina:

Leia mais

Teorias de Estrutura de Capital

Teorias de Estrutura de Capital Teorias de Estrutura de Capital Estrutura de Capital Teoria Convencional Aceita a possibilidade da existência de uma estrutura de capital ótima para a empresa A organização deve endividar-se até o ponto

Leia mais

SELEÇÃO E VIABILIDADE DE PROJETOS

SELEÇÃO E VIABILIDADE DE PROJETOS SELEÇÃO E VIABILIDADE DE PROJETOS MBA Estácio 18/04/2017 Prof. Lucas S. Macoris PLANO DE AULA Seleção e Viabilidade de Projetos Avaliação de Projetos Avaliação de Empresas Qual o valor justo? Introdução

Leia mais

MBA em Finanças e Controladoria. Disciplina: Avaliação de Empresas Valuation Tópico 07 Tipos de Avaliação

MBA em Finanças e Controladoria. Disciplina: Avaliação de Empresas Valuation Tópico 07 Tipos de Avaliação MBA em Finanças e Controladoria Disciplina: Avaliação de Empresas Valuation Tópico 07 Tipos de Avaliação Objetivos do Tópico 07 20h Objetivo Conhecer os principais métodos de avaliação e calcular o valor

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO Análise de Investimentos Copyright Pereira, F. I. Prof. Isidro Atividade Individual

Leia mais

Sumário. Prefácio à 11 a edição, xvii. Prefácio à 10 a edição, xix. Prefácio à 9 a edição, xxi

Sumário. Prefácio à 11 a edição, xvii. Prefácio à 10 a edição, xix. Prefácio à 9 a edição, xxi Sumário Prefácio à 11 a edição, xvii Prefácio à 10 a edição, xix Prefácio à 9 a edição, xxi Parte I Administração financeira e mercados financeiros, 1 1 introdução à administração financeira, 3 1.1 Administração

Leia mais

Balanço. Custo de Capital. Ativo CUSTO DE CAPITAL

Balanço. Custo de Capital. Ativo CUSTO DE CAPITAL Custo de Capital Custo dos componentes de capital Capital de Terceiros / Dívidas Ações Preferenciais Ações Ordinárias Custo Médio Ponderado de Capital CMPC Custo Marginal de Capital CMC CUSTO DE CAPITAL

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 FINANÇAS CORPORATIVAS

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 FINANÇAS CORPORATIVAS SUMÁRIO CAPÍTULO 1 FINANÇAS CORPORATIVAS... 1 1.1 Comportamento financeiro da economia... 1 1.1.1 Produção e lucro... 1 1.1.2 Inter-relação entre os aspectos econômicos e financeiros... 3 1.2 Objetivos

Leia mais

Sumário. Parte I Administração Financeira e Mercados Financeiros, 1

Sumário. Parte I Administração Financeira e Mercados Financeiros, 1 Sumário Prefácio à 12 a Edição, xvii Parte I Administração Financeira e Mercados Financeiros, 1 1 Introdução à Administração Financeira, 3 1.1 Administração financeira nas empresas, 3 1.1.1 Objetivos das

Leia mais

GST0071- Administração Financeira

GST0071- Administração Financeira 5 GST0071- Administração Financeira Objetivos üentender como medir o custo médio ponderado de capital; üconhecer o custo marginal ponderado de capital; ücompreender o custo do capital. 1 November 2016

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Professor: Renê Coppe Pimentel Prof. Renê Coppe Pimentel Pg. 1 TEORIAS DE ESTRUTURA DE CAPITAL Prof. Renê Coppe Pimentel Pg. 2 RISCO FINANCEIRO x OPERACINAL Risco Operacional depende

Leia mais

VERSÃO RESPOSTAS PROVA DE FINANÇAS

VERSÃO RESPOSTAS PROVA DE FINANÇAS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES PROCESSO SELETIVO MESTRADO EDITAL 01/2011 PROVA

Leia mais

SUMÁRIO. Parte I Fundamentos de Finanças, 1. Prefácio, xv. Links da web, 32 Sugestões de leituras, 32 Respostas dos testes de verificação, 33

SUMÁRIO. Parte I Fundamentos de Finanças, 1. Prefácio, xv. Links da web, 32 Sugestões de leituras, 32 Respostas dos testes de verificação, 33 SUMÁRIO Prefácio, xv Parte I Fundamentos de Finanças, 1 1 Introdução às Finanças Corporativas, 2 1.1 Como evoluíram as finanças das empresas, 4 1.2 As novas responsabilidades da administração financeira,

Leia mais

Teoria da Contabilidade. Passivo e PL. Prof. Dr. AMAURY JOSE REZENDE

Teoria da Contabilidade. Passivo e PL. Prof. Dr. AMAURY JOSE REZENDE Teoria da Contabilidade Passivo e PL Prof. Dr. AMAURY JOSE REZENDE Passivo Definições Teoria da Propriedade: Exigibilidades são subtraendos dos ativos, ativos negativos (Hatfield, 1927). Teoria dos Fundos:

Leia mais

Avaliação de Empresas

Avaliação de Empresas Avaliação de Empresas 1 P R O J E Ç Õ E S, T E O R I A E C O N C E I T O S P R O F. G U I L L E R M O B R A U N B E C K Análise Prospectiva Para fins didáticos, a análise prospectiva será abordada em três

Leia mais

Unidade II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. Prof. Me. Evandro Rafael

Unidade II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. Prof. Me. Evandro Rafael Unidade II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Me. Evandro Rafael Decisões de financiamento a curto prazo Serão examinadas, as condições para uma apropriada administração das contas que configuram o ativo circulante

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II Prof. Msc. Roberto Otuzi de Oliveira Capítulo 5 Alavancagem Financeira 1 Análises de Desempenho: Grau de Alavancagem Objetivos deste capítulo Apresentar aos alunos

Leia mais

Copyright 2004 Pearson Education, Inc. Slide 1-1. Copyright 2004 Pearson Education, Inc. Slide 1-3. Nível micro. Capital de giro

Copyright 2004 Pearson Education, Inc. Slide 1-1. Copyright 2004 Pearson Education, Inc. Slide 1-3. Nível micro. Capital de giro Objetivos de aprendizagem Capítulo 1 O papel e o ambiente da administração financeira 1. Definir finanças, as principais áreas de finanças e as oportunidades de carreira disponíveis nessa área, bem como

Leia mais

EXERCÍCIO 1 DE FIXAÇÃO. 1 Associe o segmento de estudo em finanças com o seu objeto de estudo:

EXERCÍCIO 1 DE FIXAÇÃO. 1 Associe o segmento de estudo em finanças com o seu objeto de estudo: EXERCÍCIO 1 DE FIXAÇÃO 1 Associe o segmento de estudo em finanças com o seu objeto de estudo: MF Mercado Financeiro FC Finanças Corporativas FP Finanças Pessoais (FC) Estuda os mecanismos das decisões

Leia mais

17/10/2017 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II. Capítulo 5 Alavancagem Financeira. Prof. Msc. Roberto Otuzi de Oliveira

17/10/2017 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II. Capítulo 5 Alavancagem Financeira. Prof. Msc. Roberto Otuzi de Oliveira ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II Prof. Msc. Roberto Otuzi de Oliveira Capítulo 5 Alavancagem Financeira Análises de Desempenho: Grau de Alavancagem Objetivos deste capítulo Apresentar aos alunos

Leia mais

Disciplina: GST0071 Administração Financeira AULA 08 1 ª. Questão

Disciplina: GST0071 Administração Financeira AULA 08 1 ª. Questão Disciplina: GST0071 Administração Financeira AULA 08 1 ª. Questão O princípio da alavancagem operacional nas empresas é muito utilizado no intuito de obter maior rentabilidade em seus negócios pelas organizações.

Leia mais

FINANÇAS COMO PILAR DA GOVERNANÇA CORPORATIVA Prof. Haroldo Moura Vale Mota 2014

FINANÇAS COMO PILAR DA GOVERNANÇA CORPORATIVA Prof. Haroldo Moura Vale Mota 2014 FINANÇAS COMO PILAR DA GOVERNANÇA CORPORATIVA Prof. Haroldo Moura Vale Mota 2014 O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE RIQUEZA O objetivo da empresa é a maximização da riqueza do acionista no longo prazo Decisão de

Leia mais

Capítulo 12. Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais. Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111

Capítulo 12. Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais. Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111 1 Capítulo 12 Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111 Prof: Márcio Luiz Borinelli Monitor: Wilson Tarantin Junior

Leia mais

Finanças 1. Aulão Quiz 1

Finanças 1. Aulão Quiz 1 Finanças 1 Aulão Quiz 1 Conceitos 1. Fluxos de caixa financeiros 2. Projeção de crescimento da empresa 3. Análise de fluxos de caixa descontados 4. Análise de projetos 1. Fluxos de caixa financeiros a.

Leia mais

FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (FCO) X FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA (FCA)

FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (FCO) X FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA (FCA) FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (FCO) X FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA (FCA)! Qual a diferença entre o FCO e o FCA?! Quando utilizar o FCO e o FCA?! Taxa de desconto a ser utilizada para descontar o FCO e o FCA!

Leia mais

Gestão Financeira. Apresentação de práticas de gestão

Gestão Financeira. Apresentação de práticas de gestão Gestão Financeira Apresentação de práticas de gestão Registro financeiro REGIME DE COMPETÊNCIA REGIME DE CAIXA Registro financeiro Objetivos Contábil Fornece dados sobre valor e composição do patrimônio

Leia mais

PERPETUIDADES: É UMA ANUIDADE QUE NÃO TEM PRAZO PARA ACABAR. Lembrando da nossa MONOFORMULA: VF = VP ( 1 + i ) n

PERPETUIDADES: É UMA ANUIDADE QUE NÃO TEM PRAZO PARA ACABAR. Lembrando da nossa MONOFORMULA: VF = VP ( 1 + i ) n PERPETUIDADES: É UMA ANUIDADE QUE NÃO TEM PRAZO PARA ACABAR. Lembrando da nossa MONOFORMULA: VF = VP ( 1 + i ) n Podemos calcular o Valor Presente: VP = FCn / ( 1 + i ) n 1 FC VP = Σt=1t=n FC s/(1+i) n

Leia mais

Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimento

Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimento Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimento ANÁLISE DE CENÁRIOS Prof. Luciel Henrique de Oliveira - luciel@fae.br UNIFAE - São João da Boa Vista http://gp2unifae.wikispaces.com Análise

Leia mais

24/02/2017. Prof. Elisson de Andrade

24/02/2017. Prof. Elisson de Andrade Prof. Elisson de Andrade eapandra@uol.com.br 1 Quero comprar um imóvel para investir. Espero receber aluguéis desse imóvel ao longo de 5 anos e vendê-lo valorizado, fazendo assim um bom lucro Problema

Leia mais

GESTÃO DE INVESTIMENTOS. Unidade 5 Ponto de Equilíbrio, Alavancagem operacional e financeira

GESTÃO DE INVESTIMENTOS. Unidade 5 Ponto de Equilíbrio, Alavancagem operacional e financeira GESTÃO DE INVESTIMENTOS Gestão de Investimentos Unidade 5 Ponto de Equilíbrio, Alavancagem operacional e financeira 1. Introdução Prof: Cleber Almeida de Oliveira Nesta unidade analisaremos a estrutura

Leia mais

Decisões de Financiamentos e Estrutura de Capital. Custo de Capital

Decisões de Financiamentos e Estrutura de Capital. Custo de Capital Decisões de Financiamentos e Estrutura de Capital Custo de Capital Objetivos 1. Compreender as hipóteses básicas subjacentes ao custo de capital, seu conceito fundamental e as fontes específicas de capital

Leia mais

Contabilidade Intermediária. Entendendo a Contabilidade Tema 1 Prof. Wagner Luiz Villalva

Contabilidade Intermediária. Entendendo a Contabilidade Tema 1 Prof. Wagner Luiz Villalva Contabilidade Intermediária Entendendo a Contabilidade Tema 1 Prof. Wagner Luiz Villalva Conteúdo e Objetivo Nesta aula você irá estudar: Práticas contábeis. Relatórios contábeis. Balanço Patrimonial e

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças MBA Estácio 08/06/2017 Prof. Lucas S. Macoris PLANO DE AULA Princípios de Finanças Aula 1 Boas vindas e Introdução Aula 5 Contabilidade Gerencial Aula 2 Conceitos de Contabilidade

Leia mais

Sumário XIII. Sumário

Sumário XIII. Sumário Sumário XIII Sumário 1 RELATÓRIOS CONTÁBEIS: OBRIGAÇÕES E AUXÍLIO À GERÊNCIA... 1 1.1 Importância da tomada de decisão... 1 1.1.1 Tomada de decisão no âmbito interno da empresa... 1 1.1.2 Má gestão administrativa...

Leia mais

3. Sobre as 5 Forças de Porter é correto dizer:

3. Sobre as 5 Forças de Porter é correto dizer: Quizz #1 ESTRATÉGIA - GABARITO 1. Qual das alternativas abaixo é incorreta sobre a matriz SWOT da VW? a) Uma fraqueza da empresa é a crescente pressão para utilização de transporte público frente a crise

Leia mais

INTRODUÇÃO À FINANÇAS CORPORATIVAS

INTRODUÇÃO À FINANÇAS CORPORATIVAS INTRODUÇÃO À FINANÇAS CORPORATIVAS OBJETIVO GERAL Identificar e explicar alguns conceitos básicos de finanças corporativas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Discutir e identificar as 3 diferentes áreas de finanças;

Leia mais

Prefácio à 7ª Edição. Prefácio. Como utilizar este livro 1 RELATÓRIOS CONTÁBEIS: OBRIGAÇÕES E AUXÍLIO À GERÊNCIA, 1

Prefácio à 7ª Edição. Prefácio. Como utilizar este livro 1 RELATÓRIOS CONTÁBEIS: OBRIGAÇÕES E AUXÍLIO À GERÊNCIA, 1 Prefácio à 7ª Edição Prefácio Como utilizar este livro 1 RELATÓRIOS CONTÁBEIS: OBRIGAÇÕES E AUXÍLIO À GERÊNCIA, 1 1.1 Importância da tomada de decisão, 1 1.1.1 Tomada de decisão no âmbito interno da empresa,

Leia mais

E [ ] É o problema que ocorre quando uma empresa identifica baixa rentabilidade em relação ao que foi projetado.

E [ ] É o problema que ocorre quando uma empresa identifica baixa rentabilidade em relação ao que foi projetado. 1 ª. Questão Com base na Administração Financeira, é incorreto afirmar que: A [ ] Os administradores devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa, exceto se a empresa for

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO Análise de Investimentos Copyright Pereira, F. I. Prof. Isidro MINI

Leia mais

Estrutura de Capital

Estrutura de Capital Universidade Federal de Pernambuco Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos Estrutura de Capital Charles Ulises De Montreuil Carmona, Corrdenador do Núcleo de Estudos em Finanças e Investimentos (NEFI/UFPE).

Leia mais

Resultados das Operações no 1T05

Resultados das Operações no 1T05 Resultados das Operações no 1T05 Destaques Crescimento do EBITDA de 113% O faturamento atingiu R$ 99,0 milhões (US$ 37,1 milhões), o que corresponde a um crescimento de 65,2%, comparado ao 1T04 O lucro

Leia mais

Caderno de Prova A01, Tipo 005

Caderno de Prova A01, Tipo 005 Contabilidade Avançada e de Custos Para responder às questões de números 16 a 18, considere as informações a seguir. Em 31/12/2016, a Cia. Rosa adquiriu 90% das ações da Cia. Colorida pelo Valor de R$

Leia mais

TÓPICO 1 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS FUNDAMENTOS DE AVALIAÇÃO E MEDIDAS DE DESEMPENHO FEA-RP / USP Prof. Fabiano

TÓPICO 1 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS FUNDAMENTOS DE AVALIAÇÃO E MEDIDAS DE DESEMPENHO FEA-RP / USP Prof. Fabiano TÓPICO 1 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS FUNDAMENTOS DE AVALIAÇÃO E MEDIDAS DE DESEMPENHO FEA-RP / USP Prof. Fabiano ECONOMIA APLICADA Numa pequena estância de veraneio na costa sul da França sente-se o cheiro da

Leia mais

COMO DEFINIR A META DE LUCRO PARA O ACIONISTA?

COMO DEFINIR A META DE LUCRO PARA O ACIONISTA? COMO DEFINIR A META DE LUCRO PARA O ACIONISTA?! A determinação de uma estrutura patrimonial de partida! A identificação do custo médio ponderado de capital! O cálculo do lucro operacional de equilíbrio

Leia mais

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: Distribuidores Rapidão Cometa

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: Distribuidores Rapidão Cometa SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: Distribuidores Rapidão Cometa Cidade 2018 NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM

Leia mais

Contabilidade. Resumo

Contabilidade. Resumo Contabilidade Resumo Siglas usadas AC = Ativo circulante ADF = Análise de demonstrações financeiras ANC = Ativo não circulante AV = À vista BP = Balanço patrimonial DFC = Demonstração do fluxo de caixa

Leia mais

FINANÇAS APLICADAS À SAÚDE II. Professor Cristóvão Pereira

FINANÇAS APLICADAS À SAÚDE II. Professor Cristóvão Pereira FINANÇAS APLICADAS À SAÚDE II Professor Cristóvão Pereira Cristóvão Pereira Mestre em Gestão Empresarial FGV Engenheiro Eletricista PUC/RJ MBA New York University MBA Ibmec/RJ CEO Takeover Ltda. Contato

Leia mais

MBA em Finanças e Controladoria. Disciplina: Avaliação de Empresas Valuation Tópico 07 Tipos de Avaliação

MBA em Finanças e Controladoria. Disciplina: Avaliação de Empresas Valuation Tópico 07 Tipos de Avaliação MBA em Finanças e Controladoria Disciplina: Avaliação de Empresas Valuation Tópico 07 Tipos de Avaliação Objetivos do Tópico 07 20h Objetivo Conhecer os principais métodos de avaliação e calcular o valor

Leia mais

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ LOCALIZA RENT A CAR SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ LOCALIZA RENT A CAR SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2 Índice Dados da Empresa Composição do Capital 1 Proventos em Dinheiro 2 DFs Individuais Balanço Patrimonial Ativo 3 Balanço Patrimonial Passivo 4 Demonstração do Resultado 6 Demonstração do Resultado Abrangente

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: ANÁLISE DE BALANÇO II PROFESSOR: Héber Lavor Moreira

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: ANÁLISE DE BALANÇO II PROFESSOR: Héber Lavor Moreira 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: ANÁLISE DE BALANÇO II PROFESSOR: Héber Lavor Moreira Elaborado por: TELMA ÁUREA DUARTE CANCELA MATRÍCULA: 0001000301

Leia mais

Sumário. 1. Atos e fatos administrativos Fatos permutativos ou compensativos Fatos modificativos Fatos mistos...

Sumário. 1. Atos e fatos administrativos Fatos permutativos ou compensativos Fatos modificativos Fatos mistos... Sumário Capítulo 1 Conceito de contabilidade e patrimônio... 15 1. CONCEITO... 15 2. TÉCNICAS CONTÁBEIS... 15 2.1. Escrituração... 16 2.2. Demonstrações contábeis... 16 2.3. Análise de balanços... 16 2.4.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS (CCJE) DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO ANEXO I.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS (CCJE) DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO ANEXO I. Plano de Ensino Universidade Federal do Espírito Santo Campus: Goiabeiras Curso: Administração Matutino Departamento Responsável: Administração Data de Aprovação (Art. nº 91): Docente responsável: Claudio

Leia mais

CRIAR VALOR OU CRIAR VALOR CONTINUAMENTE?

CRIAR VALOR OU CRIAR VALOR CONTINUAMENTE? CRIAR VALOR OU CRIAR VALOR CONTINUAMENTE? Qual a diferença Acompanhamento com base nas demonstrações financeiras encerradas Acompanhamento com base nos dividendos distribuídos e no valor de mercado das

Leia mais

SEM0530 Problemas de Engenharia Mecatrônica II

SEM0530 Problemas de Engenharia Mecatrônica II SEM0530 Problemas de Engenharia Mecatrônica II Prof. Marcelo A. Trindade Departamento de Engenharia Mecânica Escola de Engenharia de São Carlos - USP Sala 2º andar Prédio Engenharia Mecatrônica (ramal

Leia mais

Como fazer avaliação econômico financeira de empresas. Este conteúdo faz parte da série: Balanço Patrimonial Ver 3 posts dessa série

Como fazer avaliação econômico financeira de empresas. Este conteúdo faz parte da série: Balanço Patrimonial Ver 3 posts dessa série Este conteúdo faz parte da série: Balanço Patrimonial Ver 3 posts dessa série O que é: Basicamente, é uma metodologia de análise que você pode usar para entender a estrutura econômico e financeira da empresa

Leia mais