MÓDULO 3 SISTEMA DE MANUFATURA ENXUTA
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- Alícia Correia Chaves
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1 Gestão da Manufatura MÓDULO 3 SISTEMA DE MANUFATURA ENXUTA Lean Manufacturing System
2 OBJETIVOS Apresentar e analisar os desperdícios da produção; Analisar os principais indicadores de produtividade no chão de fábrica; Apresentar os princípios e objetivos da Manufatura Enxuta; Apresentar e discutir as ferramentas para combater os desperdícios da produção. Analisar as vantagens e limitações do sistema.
3 DESPERDÍCIO Qualquer atividade humana que absorve recursos mas não cria valor: erros que exigem retificação, produção de itens que ninguém deseja, e acúmulo de itens nos estoques, etapas de processamento que na verdade não são necessárias, movimentação de funcionários e transporte de mercadorias de um lugar para outro sem propósito, grupos de pessoas em uma atividade posterior que ficam esperando porque uma atividade anterior não foi realizada dentro do prazo, e bens e serviços que não atendem às necessidades do cliente. Womack,James P. e Jones, Daniel T. A Mentalidade Enxuta nas Empresas, 1998.
4 VALOR AGREGADO O valor real de um produto, processo ou sistema é o grau de aceitabilidade de um produto pelo cliente e, portanto, é o índice final do valor econômico. Quanto maior é o valor real de um item sobre outro que sirva para a mesma finalidade, maior será a probabilidade de vencer a concorrência. Csillag, João Mário Análise de Valor, 1995
5 Valor de Uso e valor de Estima Valor de uso É o mínimo de dinheiro necessário para dotar o produto da função de uso. A função de uso é aquela que permite fornecer ao cliente/consumidor o desempenho que ele espera de um produto ou serviço. Valor de estima É o mínimo de dinheiro necessário para dotar o produto da função de estima. A função de estima (beleza, estética, aparência, status, etc.) está ligada ao desejo de possuir o produto ou serviço.
6 Portanto, Focalizando o processo produtivo de uma empresa manufatureira, que o que agrega valor ao produto é a operação produtiva que é realizada para cumprir os requisitos do cliente ou consumidor final. É estratégico que a alta gerência de uma empresa vise fornecer produtos ou serviços valorizados a partir do ponto de vista do cliente ou consumidor e não a partir da visão interna da organização. O mercado está cada vez menos disposto a adquirir produtos que não tenham os valores segundo as suas necessidades e expectativas.
7 CLIENTE TENDÊNCIA DO MERCADO PREÇO PERFIL DO MERCADO TEMPO DE RESPOSTA FLEXIBILIDADE QUALIDADE e PREÇO MONTAGEM PADRONIZADA PERFIL DOS PRODUTOS MULTIPLICAÇÃO DE ALTERNATIVAS LOTES GRANDES PERFIL DA PRODUÇÃO LOTES PEQUENOS ALTO DESPERDÍCIO PERFIL DOS CUSTOS VALOR AGREGADO
8 TEMPO DOS OPERADORES NA FÁBRICA Agregação de valor ao produto Desperdício DESPERDÍCIO Esperar por materiais; Observar máquinas operando; Produzir defeitos; Procurar ferramentas; Consertar máquinas; Produzir itens desnecessários.
9 TEMPO DOS MATERIAIS NA FÁBRICA Agregação de valor ao produto Desperdício DESPERDÍCIO Transporte; Armazenagem; Inspeção; Retrabalho.
10 TEMPO DAS MÁQUINAS NA FÁBRICA Agregação de valor ao produto Desperdício Setup; DESPERDÍCIO Quebra da máquina; Manutenção corretiva; Produção de itens defeituosos; Produção de itens desnecessários.
11 Taiichi Ono: Vice-presidente da Toyota Motor Company. Identificou os sete desperdícios da produção. Shigeo Shingo: Divulgou os sete desperdícios da produção e ajudou a identificar os caminhos para eliminá-los.
12 OS DESPERDÍCIOS DA PRODUÇÃO Desperdício de Superprodução; Desperdício de Espera; Desperdício de Transporte; Desperdício de Processamento; Desperdício de Movimento; Desperdício de Produzir Produtos Defeituosos; Desperdícios de Estoques.
13 1 - DESPERDÍCIO DE SUPERPRODUÇÃO É o desperdício de se produzir antecipadamente à demanda, para o caso de os produtos serem requisitados no futuro. 2 - DESPERDÍCIO DE ESPERA É o material que está esperando para ser processado, formando filas que visam garantir altas taxas de utilização dos equipamentos.
14 3 - DESPERDÍCIO DE TRANSPORTE O transporte e a movimentação de materiais são atividades que não agregam valor ao produto e são necessários devido às restrições do processo e das instalações, que impõem grandes distâncias a serem percorridas pelo material ao longo do processamento. 4 - DESPERDÍCIO DE PROCESSAMENTO Desperdício inerente a um processo não otimizado, ou seja, a existência de etapas ou funções do processo que não agregam valor ao produto.
15 5 - DESPERDÍCIO DE MOVIMENTO Desperdícios presentes nas mais variadas operações do processo produtivo. Esse desperdício acontece na interação entre o operador, a máquina e o material que está sendo processado. 6 - DESPERDÍCIO DE PRODUZIR ITENS DEFEITUOSOS Desperdícios gerados pelos problemas de qualidade. Produtos defeituosos significa desperdício de materiais, mão-de-obra, uso de equipamentos, além da movimentação e armazenagem de materiais defeituosos.
16 7 - DESPERDÍCIO DE ESTOQUES No sistema de produção tradicional os estoques tem sido utilizados para evitar descontinuidades do processo produtivo frente aos problemas de produção. Problemas de Qualidade: estoque gera independência entre os estágios do processo produtivo. Problemas de Quebra de Máquina: M estoque permite fluxo contínuo de produção, mesmo com quebra de máquina. Problemas de Preparação de Máquina M ( setup ): lotes grandes compensam custos de preparação das máquinas.
17 ?!!?!! Grande estoque de peças defeituosas já produzidas quando o problema é identificado pela operação seguinte Os problemas da qualidade são mascarados pelo estoque em processo
18 O CUSTO REAL: EFICIÊNCIA FINANCEIRA E QUALIDADE A redução dos custos de produção, visando a maximização dos lucros, é essencial para qualquer empresa, independentemente da estrutura de mercado em que se situa. Rosseti, José Pascoal. Intriodução à Economia, 2000 A economia de mercado, regida pelas leis da oferta e da procura, exige das empresas a redução contínua dos seus custos, em particular os custos do processo produtivo. A redução dos custos do processo produtivo dá segurança à empresa para negociar o preço com os clientes.
19 O CUSTO FINANCEIRO É função do tempo total de permanência do produto na empresa, desde sua entrada no setor de recebimento, como matéria-prima, até sua saída da fábrica em forma de produto final. Por custo financeiro entende-se os juros sobre o capital aplicado na compra de matériaprima, no pagamento da mão-de-obra aplicada na produção, nos gastos de energia elétrica e outros recursos necessários à produção.
20 O CUSTO PELA MÁM QUALIDADE É o custo gerado pela falta de qualidade do processo produtivo. De modo geral, na indústria brasileira, este custo ainda apresenta valores relevantes. Mão-de-obra Matéria-prima Retrabalhos Tempo de gerenciamento Tempo de engenharia Parada de linha Aumento dos estoques Perdas de pedido Assistência ao campo
21 PV = CT x K Onde: PV = Preço de Venda CT = Custo Total K = Coeficiente de lucro e segurança K = 1,6 K=? K = 2?; 4?; 5? Custos Indiretos Mão-de-obra Matéria-prima
22 Preço de Venda = Custo + Lucro Lucro = Preço de Venda - Custo Ou: Custo = Preço de Venda - Lucro Exigido pelos Acionistas Para o mercado o custo passa a ser apenas todo o valor agregado ao produto provocado pela real necessidade de transformação da matéria-prima até o produto final, embalado e entregue ao cliente.
23 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DO PROCESSO PRODUTIVO Lead Time de Produção É o tempo decorrido entre a entrega da matéria-prima ao setor de fabricação e a saída do produto acabado na linha de montagem/teste final, pronto para ser embalado e entregue ao cliente. Índice de Nivelamento É a relação (expressa em percentual ) entre a quantidade de itens no processo produtivo que formam produtos completos, conforme as necessidades do cliente, e a quantidade total de itens no processo produtivo. Nível de Defeitos É a relação (expressa em percentual ou em partes por milhão - ppm) entre os itens não conformes e o total de itens gerados pelo processo produtivo.
24 Um sistema de administração da produção que promove um combate total aos desperdícios. PENSAMENTO ENXUTO: MANUFATURA ENXUTA É uma forma de especificar valor, alinhar na melhor seqüência as ações que criam valor, realizar essas atividades sem interrupção toda vez que alguém as solicita e realizá-las de forma cada vez mais eficaz. Womack e Jones - A mentalidade Enxuta nas Empresas -1998
25 Fornecedor Fabricante Sistema puxado (Kanban), balanceado e nivelado Cliente 5s s Redução de Set up Célula e operador flexível MPT Autonomação
26 OS PRINCÍPIOS DO PENSAMENTO ENXUTO 1. Especificar Valor 2. Identificar o Fluxo de Valor 3. Garantir o Fluxo 4. Trabalhar com Produção Puxada 5. Buscar a Perfeição
27 1 - Especificar Valor O valor deve ser especificado para cada produto, deve atender às necessidades dos clientes a um preço específico, em um momento específico. Visão sistêmica com foco no cliente O custo-alvo na definição de valor desperdício eliminar
28 2 - Identificar o Fluxo de Valor O fluxo de valor é o conjunto de todas as ações específicas necessárias para se levar um produto específico a passar pelas três tarefas gerenciais críticas: Solução de problemas: vai da concepção até o lançamento do produto, passando pelo projeto detalhado e engenharia de processo; Gerenciamento da Informação: Vai do recebimento do pedido até a entrega, seguindo um cronograma detalhado; Transformação Física: Vai da matéria-prima ao produto acabado nas mãos do cliente. Womack e Jones - A mentalidade Enxuta nas Empresas -1998
29 FLUXO DE PROJETO: da concepção até o lançamento no mercado FLUXO DA PRODUÇÃO: da matéria-prima até o cliente FORNECEDORES A FÁBRICA FLUXO TOTAL DE VALOR CLIENTES E USUÁRIOS Olhar o todo para otimizar O Gerente do Fluxo de Valor
30 3 - Garantir o Fluxo Fluxo contínuo de valor para os clientes Fluxo contínuo para cada produto Calcular o tempo takt para cada produto Uma vez que para um determinado produto o valor tenha sido especificado com precisão, o fluxo de valor mapeado, as etapas que não agregam valor eliminadas, é fundamental que o valor em processo flua, suave continuamente, dentro das três tarefas gerencias críticas: solução de problemas, gerenciamento da informação e transformação física. Womack e Jones - A mentalidade Enxuta nas Empresas -1998
31 4 - Trabalhar com Produção Puxada Produção puxada significa que um processo inicial não deve produzir um bem ou serviço sem que o processo posterior (o cliente) o solicite. Não fabrique produto algum a não ser que seja necessário, então fabrique o produto rapidamente Womack e Jones - A mentalidade Enxuta nas Empresas Fluxo e Produção Puxada Ganhos de produtividade Cuidado com o enxugamento rápido!
32 Transparência de ações; Kaikaku: melhoria radical; 5 - Buscar a Perfeição Kaizen: As equipes de produto, em diálogo direto com o cliente, devem procurar formas de melhorar continuamente o fluxo de valor. A C P D
33 OS OBJETIVOS DO SISTEMA DE MANUFATURA ENXUTA 1. Integrar e otimizar o sistema de Manufatura 2. Produzir um produto com qualidade 3. Produzir somente em função da demanda 4. Reduzir o custo de produção 5. Desenvolver flexibilidade de produção 6. Manter os compromissos assumidos com clientes e fornecedores Lubben, Richard T. Just-In-Time: uma estratégia avançada de produção, 1989
34 1 - INTEGRAR E OTIMIZAR O SISTEMA DE MANUFATURA É preciso integrar todas as partes do sistema de manufatura, buscando sempre a otimização do sistema como um todo. Qualquer processo ou atividade que não agrega valor ao produto é desperdício e precisa ser eliminado; A integração e otimização de um sistema de manufatura é um processo contínuo de redução do número de etapas estanques, necessárias para completar um processo em particular.
35 AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES Atividade N Adiciona Valor? SIM Kaizen: melhoria contínua NÃO Uma das 7 Perdas Super-Produção (fazendo mais que o solicitado) Espera ( por peças, setup, ferramentas) Transporte (movimentação em longa distância ) Processamento (operações desnecessárias ) Movimento(sem trabalho ) Defeitos (sucata, retrabalho, etc. ) Inventário ( Estoque vs. Pedido)
36 2 PRODUZIR UM PRODUTO COM QUALIDADE O sistema puxado precisa e exige um ambiente produtivo que forneça produtos com qualidade; Cada processo de produção deve passar um produto de qualidade para a etapa seguinte; A Manufatura enxuta exige que cada pessoa envolvida no processo produtivo seja educada e treinada para aceitar a responsabilidade pelo nível de qualidade do seu trabalho. A Qualidade deve ser assegurada ao longo do processo A Qualidade deve ser assegurada ao longo do processo
37 O Sistema de de Manufatura Enxuta 3 - PRODUZIR SOMENTE EM FUNÇÃO DA DEMANDA Problemas: refugos, quebras, longos tempos de preparação ESTOQUES X X X
38 4 - REDUZIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO É o objetivo mais evidente e factível com a implementação da Manufatura Enxuta A Manufatura Enxuta declara guerra ao desperdício e busca de forma determinada e contínua a redução dos custos do processo de manufatura como um todo. É fundamental que a engenharia projete visando a fabricabilidade do produto.
39 5 - DESENVOLVER FLEXIBILIDADE DE PRODUÇÃO Minimizar os fatores de restrição na produção; Ser capaz de obter materiais rapidamente e de preparar um processo de produção em curto espaço de tempo e a custo mínimo; Capacidade de suportar variações na demanda.
40 ABORDAGEM CLÁSSICA Variedade de produto Variedade de produto ABORDAGEM LEAN Variedade de produto Variedade do processo Variedade do processo Variedade do processo
41 6 MANTER OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS COM CLIENTES E FORNECEDORES Manter os compromissos é o elo final que permite que as empresas fabricantes individuais se juntem em um processo industrial contínuo; Os fornecedores, clientes e empregados precisam de uma posição clara da alta administração de que a empresa pretende permanecer competitiva no mercado; Planejar para manter os compromissos é um processo de determinar as etapas necessárias para atender aos planos de entrega, níveis de qualidade e margens de lucro.
42 AS FERRAMENTAS LEAN PARA COMBATER OS DESPERDÍCIOS DA PRODUÇÃO 1. Mudança de mentalidade 2. Organização do local de trabalho 5S s 3. Nivelamento da produção 4. Fluxo contínuo e Kanban 5. Manutenção Produtiva Total 6. Redução do tempo de preparação (set up) 7. Automação racional 8. Produção celular e operador flexível 9. Garantia da qualidade
43 1 - MUDANÇA DE MENTALIDADE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO Uma organização não precisa apenas de gente boa; precisa de gente que vai se aprimorando sempre através de formação adequada. E. W.Deming, 1990 Todos precisam entender: A necessidade do sistema de Manufatura Enxuta e como a sua participação no processo irá melhorar o desempenho da empresa; Como o melhor desempenho da empresa os ajudará; As novas regras e os novos procedimentos; A necessidade de comprometimento para a solução dos problemas.
44 ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA MUDANÇA DE MENTALIDADE Empowerment Transparência das ações Trabalho em equipe PDCA
45 2 - ORGANIZAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO - 5S s (HOUSEKEEPING) Seiri Seiton Senso de utilização Shitsuke Senso de Senso de responsabilidade Padronização Senso de localização Senso de limpeza Seiketsu Seiso
46 SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO Tudo o que não for necessário para a produção num futuro próximo deve ser removido : Inventário de material em processo; Excesso de equipamento, ferramental, material de uso pessoal. Contribuição dessa atividade: liberação de espaço e de materiais, que poderão ser aproveitados em outras áreas.
47 SEITON - SENSO DE LOCALIZAÇÃO Cada coisa deve ter o seu lugar para que, sendo necessária, seja encontrada facilmente. Princípio da Visibilidade: o principal objetivo da locação é criar a habilidade de detectar que algo não está onde deveria estar.
48 SEITON - SENSO DE LOCALIZAÇÃO?
49 SEITON - SENSO DE LOCALIZAÇÃO A localização procura: Demarcar o lugar de cada objeto, Melhorar o acesso a esses objetos, Devolver os objetos usados para uma locação fixa, Manter os objetos que são usadas em conjunto, agrupados num mesmo local.
50 SEITON - SENSO DE LOCALIZAÇÃO
51 SEISO - SENSO DE LIMPEZA Um local de trabalho limpo transmite a mensagem de que ali se procura trabalhar com qualidade. Deve-se limpar adequadamente as máquinas, dispositivos, equipamentos, chão, paredes, teto, etc. Limpeza suficiente para evitar problemas de qualidade e manutenção, saúde e segurança. O gerente deverá procurar reduzir sistematicamente os tempos de limpeza.
52 SEIKETSU - SENSO DE PADRONIZAÇÃO É o senso de conservação, pois a definição de padrões é fundamental para a manutenção dos progressos alcançados pelo grupo. Trata-se de definir padrões e procedimentos para as melhorias alcançadas. Procura-se registrar os padrões definidos: pasta com fotos, procedimentos de organização e limpeza.
53 SHITSUKE - SENSO DE DISCIPLINA Disciplina é trabalhar conscientemente através de regras de organização, locação e limpeza. Trata-se de valorizar o espírito de equipe, eliminando a necessidade de fiscalização externa: os membros da equipe são os responsáveis; Procura-se incentivar a autodisciplina, eliminar a insegurança nas ações pessoais e consolidar a cultura dos 5 S.
54 3 NIVELAMENTO DA PRODUÇÃO Exige: Trabalhar com lotes menores Flexibilidade dos operadores Redução de set up Layout celular
55 Nivelamento da Produção Alinhar o mix da produção com as necessidades do mercado Nivelar o mix de produtos significa distribuir a produção de diferentes produtos uniformemente durante um período de tempo.
56 Nivelamento da Produção C B A A B C
57 Nivelamento da Produção Produto A: produzido nos 8 primeiros dias do mês; Produto B: produzido nos 7 dias seguintes; Produto C: produzido nos 5 últimos dias do mês. A B C
58 Nivelamento da Produção Produtos A, B e C passam a ser montados diariamente nas seguintes proporções de horas diárias: Produto A: 40% Produto B: 35% Produto C: 25% C B A
59 Nivelamento da Produção A fabricação mesclada dos produtos A, B e C ao longo do mês permite aos setores de fabricação alimentar a montagem final de forma constante e ao mesmo tempo reduzir o estoque de peças fabricadas; O lote de fabricação passa ser igual à demanda diária e não à demanda mensal, como se fazia na produção em massa; Possibilidade de redução dos tempos envolvidos nos processos; Nivelar o mix requer esforços na montagem, tais como mais trocas, necessidade de manter todas as variações de componentes da linha durante todo o tempo.
60 Balanceamento de Linha Sincronizar o ritmo da produção com o ritmo da demanda Distribuir uniformemente cargas entre os recursos produtivos para que todos trabalhem de acordo com o tempo takt. Tempo Takt Tempo Takt = Tempo de trabalho disponível por período Demanda do mercado por período Produzir de acordo com o Tempo Takt requer: Ambiente organizado; Eficiente sistema de manutenção; Tempos de set up reduzidos.
61 Disponibilidade de mão-de-obra por turno = 8 h 36 min Tempo para café por turno = 10 min Outros (telefone, banco, reuniões, etc) por turno = 30 min Disp. de Mão-de-obra (DPO) = 2 x ( 8 h 36 min - 40 min ) = 952 min 1 (um) mês tem 21 dias úteis 1 avião tem 22 revestimentos estirados 12 aviões/ mês = 0,57 aviões/dia 0.57 x 22 = 12,5 peças/dia TT = DPO 12,5 x DMA Para DMA = 1 Tempo Takt TT = ,5 = 76,2 min/peça
62 EXEMPLO DE BALANCEAMENTO ESTAMPARIA ABC Tempo Takt 60s 1s Estamparia Tempos atuais de ciclos 39s Solda 46s Solda 62s Montagem 40s Montagem
63 ESTAMPARIA ABC Tempos dos ciclos da célula solda-montagem depois de um kaizen de processo Tempo Takt 60s Solda Montagem Solda Montagem
64 EXEMPLOS DMO: Disponibilidade de Mão-de-Obra DMA: Disponibilidade de Máquina Demanda : 100 peças/dia Situação 1: (Um turno: DMO = 480 min/dia; DMA = 1) Fábrica Capacidade de processamento 1min/peça Mercado Tempo Takt 4,8 min/peça Ociosidade Situação 2: (Um turno: DMO = 480 min/dia; DMA = 1) Fábrica Capacidade de processamento 4min/peça Mercado Tempo Takt 4,8 min/peça Ociosidade
65 Situação 3: (Um turno: DMO = 480 min/dia; DMA = 1) Fábrica Capacidade de processamento 6 min/peça Mercado Tempo Takt 4,8 min/peça Não atende Restrição na produção É possível melhorar o processo? Sim. Através do Lean Manufacturing Situação 4: (Um turno: DMO = 480 min/dia; DMA = 1) Fábrica Capacidade de processamento 4,5 min/peça Mercado Tempo Takt 4,8 min/peça Atende Boa relação
66 Demanda : 400 peças/dia Situação 5: (Um turno: DMO = 480 min/dia; DMA = 1) Fábrica Capacidade de processamento 4,5 min/peça Mercado Tempo Takt 1,2 min/peça Segundo turno? Sim. Não atende Falta de capacidade Situação 6: (Dois turnos: DMO = 960 min/dia; DMA = 1) Fábrica Capacidade de processamento 4,5 min/peça Mercado Tempo Takt 2,4 min/peça Não atende Falta de capacidade
67 Redução da Demanda : 200 peças/dia Situação 7: (Dois turnos: DMO = 960 min/dia; DMA = 1) Fábrica Capacidade de processamento 4,5 min/peça Mercado Tempo Takt 4,8 min/peça Atende Boa relação
68 4 FLUXO CONTÍNUO E KANBAN FLUXO CONTÍNUO Significa produzir uma peça de cada vez, sendo cada item passado imediatamente de um estágio do processo para para o seguinte; O fluxo contínuo é modo mais eficiente de produzir e todos os esforços devem ser envidados para implementa-lo.
69 FLUXO CONTÍNUO ONE PIECE FLOW Estoque Produto acabado
70 SISTEMA PUXADO COM BASE EM SUPERMERCADOS - KANBAN Palavra japonesa que significa cartão, símbolo ou painel; É uma ferramenta gerencial de controle de produção através do uso de cartões onde quem determina a fabricação do lote de um centro produtivo é o consumo das peças realizado pelo centro produtivo subseqüente; O objetivo é minimizar os estoques do material em processo, produzindo em pequenos lotes, com qualidade, somente o necessário e quando necessário. A pioneira no uso do kanban foi a Toyota Motor Company.
71 KANBAN KP: Kanban de Produção Código: AL-235 Descr.: Placa tipo 28 Lote: 16 peças C.P.: Célula F-28 Arm.: F-28 KT: Kanban de Retirada Código: AL-235 Descr.: Placa tipo 28 Lote: 16 peças C.P de origem: Célula F-28 C.P de destino: Linha L-10 KANBAN DE PRODUÇÃO KANBAN DE RETIRADA
72 Algumas vantagens do Kanban: O material em processo é limitado e controlado pelo número de cartões em circulação; A eficácia do sistema é medida pela adequada redução do número de cartões em circulação; As necessidades de reposição são identificadas visualmente; A burocracia é substancialmente eliminada; O sistema força a melhora da qualidade do processo produtivo.
73 A redução de estoques ajuda a identificar os problemas. O problema é rapidamente identificado e o funcionário da operação seguinte procura auxiliar a resolver o problema na fonte, para que o fluxo possa continuar.
74 O Kanban Eletrônico O quadro Kanban é substituído por um painel eletrônico. Os cartões kanban são substituídos por LED s. Através de terminais pode-se monitorar a situação da produção a distância.
75 O FLUXO DO KANBAN NA PRODUÇÃO Kanban de produção Kanban de Retirada Processo fornecedor A Processo cliente B produto supermercado produto
76 O CONTROLE DA PRODUÇÃO VIA FIFO OU CONWIP kanban Processo 1 Processo 2 Processo 3 Processo 4 FIFO FIFO FIFO FIFO Não há supermercados entre processos; Limita o inventário dentro do sistema. supermercado
77 5 - MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT 1ª Etapa Etapa 1ª Limpeza básica (aspecto visual). Prazo ----/----/--- 2ª Etapa 3ª Etapa 5ª Etapa 6ª Etapa 2ª Elaborar folha de verificação de rotina. 3ª Verificações de rotina sendo executadas. 4ª Localização de defeitos e execução de pequenos reparos. 5ª Eliminação de desperdício. 6ª Implantação/execução das verificações de rotina oficiais. ----/----/ /----/ /----/ /----/ /----/--- 4ª Etapa 7ª Etapa 7ª Execução de manutenção espontânea e trabalho compartilhado. ----/----/---
78 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT Visão Taylorista: operários especializados em tarefas de produção diretas: carregar e descarregar máquinas, soldar componentes, testar funcionalidade. Conseqüência: Técnico de manutenção - trabalhador de elite; Situação de quebra da máquina: operador e a máquina ociosos até a chegada do especialista em manutenção. Fluxo de produção interrompido, formação de estoques (desperdício).
79 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT Lean MPT: visibilidade dos problemas e prevenção. Objetivo: Através de um programa regular, busca manter disponíveis as máquinas, equipamentos, calibradores, etc, para não interromper o fluxo produtivo;
80 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT É um programa de manutenção no qual os operadores participam ativamente na preservação das máquinas e equipamentos, com o objetivo de garantir o fluxo de produção contínuo e suave. É importante para preservar o equipamento e garantir a qualidade. Numa fábrica onde a produção de emergência sempre prevalece, o tempo para manutenção vem por último e os equipamentos não param, até que a manutenção não seja mais preventiva e sim corretiva, com os conseqüentes prejuízos para a produção.
81 MPT O OPERADOR E A MÁQUINA A participação dos operadores na manutenção preventiva dos equipamentos é importante e desejada; Eles não devem ser responsáveis pela reparação completa dos equipamentos prejuízo no fluxo de produção, mas por reparos leves e procedimentos de prevenção; Operadores que ajudam a zelar pelo equipamento o entendem melhor e é menos provável que abusem dele; Aumento da sensibilidade à qualquer alteração no som ou movimento que pode significar um potencial desvio da operação normal.
82 MPT O OPERADOR E A MÁQUINA Ruído Vibração Calor Vazamento
83 6 - REDUÇÃO DE SET UP Set up baixo possibilita trabalhar com lotes pequenos; Proporciona mais disponibilidade de máquinas; Fundamental para a flexibilidade do processo produtivo. Tempo de processo Operação Gargalo Aumento de produtividade Tempo de Set up
84 Custo $ O MODELO TRADICIONAL DE DETERMINAÇÃO DO LOTE ECONÔMICO Custo total Custo de preparação de máquina Custo de manutenção dos estoques Lote econômico Quantidade
85 NOVA ABORDAGEM: REDUÇÃO DO CUSTO DE PREPARAÇÃO DE MÁQUINA Custo $ Custo total Custo de manutenção dos estoques Custo de preparação de máquina 1 Tamanho ideal do lote Quantidade
86 REDUÇÃO DE SETUP Manufatura Enxuta: busca reduzir continuamente o tempo de preparação (setup) das máquinas e equipamentos. TEMPO: única fonte que não pode ser adquirida antes da necessidade, não pode ser armazenada e não pode ser recuperada. TEMPO = focalização da ME sobre desperdício
87 Shigeo Shingo: Single Minute Exchange of Die -SMED SMED = IED + OED IED: Inside Exchange of Die - preparação interna OED: Outside Exchange of Die - preparação externa
88 SMED = IED + OED IED - preparação interna: ações que inevitavelmente requerem que a máquina esteja parada para serem executadas. OED - preparação externa: ações que podem ser executadas enquanto a máquina está operando. (50% de redução).
89 REDUÇÃO DE SETUP Necessidade de pré-aquecimento
90 REDUÇÃO DE SETUP - 8 PASSOS 1. Documentar como o setup é feito atualmente (gravação em videotape) e procurar eliminar passos e reduzir os tempos remanescentes; 2. Separar criteriosamente o setup interno do setup externo; 3. Converter, na medida do possível, o setup interno em setup externo. Providência de maior impacto; 4. Preparar o próximo processo de setup cuidadosamente e bem antes do momento em que será necessário;
91 5. Modificar o equipamento para uma preparação fácil e uma pequena necessidade de ajustes. Projetar conexões do tipo macho-fêmea com engate rápido, múltiplos pinos, usar código de cores para identificar peças e posições; 6. Desenvolver métodos que possibilitem que uma só pessoa execute a maior parte do setup. Projetar dispositivos para armazenagem das ferramentas e dispositivos de fixação na mesma altura do ponto em que serão usadas na máquina; 7. Saber para que a máquina deverá ser preparada; 8. Praticar o processo de setup da máquina.
92 Tempo de Setup (min) EXEMPLO DE REDUÇÃO DE SET UP Empresa da indústria de telecomunicações Setup antes Setup depois ,5 0,75 2 Mont. Placas Teste de Placas Fab. Comp. Fab. Comp.
93 7 - AUTOMAÇÃO RACIONAL (AUTONOMAÇÃO ou JIDOKA) A maioria das máquinas tem limitações para: Detectar problemas enquanto estão operando; Julgar se devem ou não parar uma operação. Conseqüência: O operador precisa assistir a máquina trabalhar, o que não acrescenta valor ao produto. JIDOKA: conceito desenvolvido no Japão para aumentar a capacidade de julgamento e ação das máquinas. Automação com toque humano.
94 Tempos antigos AUTONOMAÇÃO ou JIDOKA Pre-Jidoka Jidoka
95 VANTAGENS DA AUTONOMAÇÃO Complemento da técnica de produção celular e operador polivalente: a automação ampliou a capacidade do homem de operar várias máquinas simultaneamente; Redução do inventário em processo: foi conseguido pela eliminação do estoque intermediário entre operações sucessivas; Redução do lead time; Aumento da produtividade; Menor investimento.
96 Lanterna em japonês; Sistema de Manufatura Enxuta ANDON Lanterna: guia para uma pessoa andar no escuro; Expõe condições anormais numa fábrica; Implementa o princípio da visibilidade da manufatura enxuta: luzes, alarmes, câmeras de vídeo; Facilita a identificação dos problemas e o envolvimento dos operários.
97 POKA-YOKE Dispositivo a prova de falhas prevenir a produção de peças defeituosas Poka-Yoke Sem Poka-Yoke Montagem correta Montagem incorreta
98 POKA-YOKE Sensor de posição Posição Correta Posição Incorreta
99 POKA-YOKE TURBOALIMENTADOR
100 8 - PRODUÇÃO CELULAR E OPERADOR FLEXÍVEL Características: Um pequeno grupo de funcionários, trabalhando juntos em espaço relativamente pequeno tendem a formar uma equipe e a se ajudarem mutuamente. Exige e facilita a multifuncionalidade dos operadores: funcionários devem ser polivalentes para operarem várias máquinas próximas, substituir operários ausentes ou adequar a produção à variação da demanda (número maior de trabalhadores numa célula).
101 PRODUÇÃO CELULAR E OPERADOR FLEXÍVEL T T F F FR P
102 PROGRAMA DE POLIVALÊNCIA Dez/91 Dez/92 Dez/93 Dez/94 Exemplo de uma empresa da indústria de telecomunicações
103 Sistema de Manufatura Enxuta EVOLUÇÃO DO LEAD TIME 33 Exemplo de uma empresa da indústria de telecomunicações nov/88 jul/89 dez/89 jul/90 dez/90 jun/91 dez/92 dez/93 dez/94 out/88 mar/88 Lead Time (dias)
104 12 MATERIAL EM PROCESSO MILHÕES US$ Exemplo de uma empresa da indústria de telecomunicações 2 0 set/88 dez/88 jun/89 dez/89 jun/90 dez/90 jun/91 jun/92 dez/92 jun/93 dez/93 jun/94 dez/94
105 O CÍRCULO VIRTUOSO QUE MELHORA A PRODUTIVIDADE MATERIAL EM PROCESSO MELHOR DIRECIONAMENTO DA PRODUÇÃO CONCENTRAÇÃO DOS ESFORÇOS NAS PRIORIDADES MENOS MATERIAL EM PROCESSO TRANSPARÊNCIA NAS DIFICULDADES MENOR LEAD TIME DE FABRICAÇÃO
106 CONSIDERAÇÕES FINAIS 1. O Sistema de Manufatura Enxuta torna a empresa mais competitiva em: Tempo de Resposta Preço Flexibilidade Qualidade 2. Limitação das células com a variação do mix da demanda.
INTRODUÇÃO. Os dois pilares do Sistema Toyota de Produção são o just-in-time e a automação com toque humano, ou autonomação.
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