1. Keynes: princípio da demanda efetiva e incerteza
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- Lucca Pinho
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1 1. Keynes: pincípio da demanda efetiva e inceteza 1.2 Investimento, Inceteza e Instabilidade Pefeência pela liquidez e a taxa de juos Keynes, TG, cap. 13 (I, II, III, V) e 15* (I, II) 10/12/15 1 Pefeências psicológicas tempoais dos agentes Pimeia decisão: alocação da enda ente consumo e poupança Segunda decisão: alocação do pode de compa acumulado ente dinheio (pode de compa imediato) e ativos menos líquidos (compaação isco e etono) Paa efetiva plenamente suas pefeências psicológicas tempoais, um indivíduo depaa-se com dois conjuntos de decisões a seem tomadas. A pimeia elaciona-se com aquele aspecto de pefeência tempoal que denominei popensão a consumi, fato que, sob a influência dos divesos motivos expostos no Livo Teceio, detemina que pate de sua enda cada indivíduo consumiá e que pate esevaá sob alguma foma de comando sobe o consumo futuo. Uma vez tomada esta decisão, poém, outa o espea, a sabe, em que foma consevaá o pode de comando sobe o consumo futuo, que de sua enda coente, que de sua poupança anteio. Deseja consevá-lo sob a foma líquida imediata (isto é, em dinheio ou seu equivalente)? Ou está disposto a aliena esse pode aquisitivo imediato po um peíodo específico ou indeteminado, deixando à situação futua do mecado a fixação das condições em que pode, se necessáio, convete o pode de comando postegado sobe bens específicos em pode aquisitivo imediato sobe bens em geal? (Keynes, (1996[1936]), p.173-4) 10/12/15 3 Decisão de investimento e a taxa de juos Decisão de investimento depende da compaação da eficiência maginal do capital com a taxa de juos A eficiência maginal do capital depende do peço de ofeta do bem de capital e da enda espeada, que é função das expectativas de longo pazo dos agentes, constuídas em bases convencionais e, potanto, potencialmente instáveis. O póximo passo é analisa os deteminantes da taxa de juos Assim, após have plenamente assinalado a impotância da influência das mudanças a cuto pazo no estado das expectativas a longo pazo, independentemente das vaiações na taxa de juos, ainda devemos voltanos a essa última, que exece, de qualque modo, em cicunstâncias nomais, gande influência, emboa não decisiva, sobe o fluxo de investimento. (Keynes, (1996[1936]), p. 171) Pode-se dize que a cuva da eficiência maginal do capital govena as condições em que se pocuam fundos disponíveis paa novos investimentos, enquanto a taxa de juos govena os temos em que esses fundos são coetamente ofeecidos. Paa complementa a nossa teoia, pecisamos, potanto, sabe o que detemina a taxa de juos. (Keynes, (1996[1936]), p.173) 10/12/15 2 Deteminantes da taxa de juos A taxa de juos não é o endimento da poupança, pois a poupança acumulada sob a foma de dinheio, po exemplo, não tem endimento. A taxa de juos é a ecompensa pela enúncia à liquidez. Deveia se óbvio que a taxa de juos não pode se um endimento da poupança ou da espea como tal. Quando alguém acumula suas economias sob a foma de dinheio líquido, não ganha juo, emboa economize tanto quanto antes. Pelo contáio, a simples definição da taxa de juos diz-nos, litealmente, que ela é a ecompensa da enúncia à liquidez po um peíodo deteminado, pois a taxa de juos não é, em si, outa coisa senão o inveso da elação existente ente uma soma de dinheio e o que se pode obte desistindo, po um peíodo deteminado, do pode de comando da moeda em toca de uma dívida. Desse modo, sendo a taxa de juos, a qualque momento, a ecompensa da enúncia à liquidez, é uma medida de elutância dos que possuem dinheio aliena o seu dieito de dispo do mesmo. (Keynes, (1996[1936]), p.174) 10/12/15 4
2 Deteminantes da taxa de juos A taxa de juos, ecompensa pela enúncia à liquidez, é a vaiável de ajuste que pomove o equilíbio ente a ofeta e a demanda de moeda: = L() A ofeta de moeda é deteminada pela autoidade monetáia. A demanda po moeda, po sua vez, depende da pefeência pela liquidez. (A taxa de juos é) o peço mediante o qual o desejo de mante a iqueza em foma líquida se concilia com a quantidade de moeda disponível. Isso implica que, se a taxa de juos fosse meno, isto é, se a ecompensa da enúncia à liquidez se eduzisse, o montante agegado de moeda que o público desejaia conseva excedeia a ofeta disponível e que, se a taxa de juos se elevasse, haveia um excedente de moeda que ninguém estaia disposto a ete. Se esta explicação fo coeta, a quantidade de moeda é outo fato que, aliado à pefeência pela liquidez, detemina a taxa coente de juos em cetas cicunstâncias. A pefeência pela liquidez é uma potencialidade ou tendência funcional que fixa a quantidade de moeda que o público eteá quando a taxa de juos fo dada; esulta daí que é a taxa de juos, a quantidade de moeda e L a função da pefeência pela liquidez, teemos = L(). Isto mosta onde e como a quantidade de moeda enta no esquema econômico. (Keynes, (1996[1936]), p.175) 10/12/15 5 Inceteza: A condição necessáia paa have pefeência pela moeda como eseva de valo é a inceteza sobe o compotamento da taxa de juos ao longo do tempo. otivo Pecaução: demanda po liquidez imediata paa evita pedas decoentes de vaiações incetas na taxa de juos sobe o valo dos títulos fentea situações inespeadas. Há, todavia, uma condição necessáia sem a qual não podeia existi a pefeência de liquidez pela moedacomo meio de consevação da iqueza. Esta condição necessáia é a existência de inceteza quanto ao futuo da taxa de juos, isto é, quanto ao complexo de taxas paa vencimentos vaiáveis a pevalece em datas futuas (...). Se (...) a taxa futua fo inceta, não mais podemos infei com seguança que, chegando o momento, n d seá efetivamente igual a 1 d n + / 1 d n. Po isso, no caso concebível de pode poduzi-se eventualmente uma necessidade de liquidez antes de expiaem os n anos, há o isco de se incoe em peda na aquisição de uma dívida a longo pazo ao convetê-la, depois, em dinheio, compaativamente a te consevado o dinheio enquanto tal. O luco atuaial ou espeança matemática de ganho calculado na base das pobabilidades existentes caso esse cálculo possa se feito, o que é duvidoso deve se suficiente paa compensa o isco de eveses. (Keynes, (1996[1936]), p.176) 10/12/15 7 Pefeência pela liquidez A demanda pomoeda pelo otivo Tansação coesponde à necessidade de meio de toca paa ealização dos gastos coentes com padão global pevisível. A pefeência pela liquidez está associada à vontade dos agentes de mante moeda não só paa tansações, mas também como eseva de iqueza, apesa de não ende juos. A questão que se coloca é sabe poque se deseja mante moeda como eseva de valo, já que não ende juos. A esta altua, contudo, é necessáio que voltemos atás e examinemos po que existe o que se denomina pefeência pela liquidez. Paa este fim, conviá usa a velha distinção ente o uso da moeda paa as tansações comeciais coentes e seu uso como eseva de iqueza. No que concene ao pimeio destes usos, é evidente que vale a pena sacifica, até ceto ponto, alguma quantidade de juo pela conveniência da liquidez. Poém, dado que a taxa de juos nunca é negativa, po que alguém pefeiia guada sua iqueza de foma que enda pouco, ou nenhum juo, a consevála de outa que enda algum? (Keynes, (1996[1936]), p.175) 10/12/15 6 otivo Pecaução Exemplo (uma contingência que taga a necessidade de convete títulos em moeda com apidez pode leva a pedas que teiam sido evitadas pela manutenção de uma eseva em dinheio) Situação inicial: Peço do título: P B = Cupon: C = 100 Taxa de Juos: t =10% Pepetuidade: P B,t = C / t = 1000 = 100/0,10 Se a taxa de juos do mecado subi paa 20% e o agente fo obigado a convete seu título em dinheio paa faze fente a uma emegência, teá peda de capital (ΔP B < 0). t+1 =20% => P B,t+1 = 500 = 100 / 0,20 Peda de Capital: ΔP B = (P B,t+1 P B,t ) = = /12/15 8
3 otivos tansação e pecaução vaiam pincipalmente em função da enda, sendo pouco sensíveis à influência dieta da taxa de juos. Cabe obseva que, no caso do motivo pecaução, demanda-se moeda pela seguança da liquidez imediata e pelo eceio da peda potencial associada à aplicação altenativa em títulos decoente de vaiações impevistas na taxa de juos. as o volume da demanda po moeda pelo motivo pecaução, segundo Keynes, depende dietamente da enda (e do gau de inceteza), mas não do nível da taxa de juos. (S)upondo que a pefeência pela liquidez devida ao motivo tansação e ao motivo pecaução absova uma quantidade de moeda que não seja muito sensível à influência dieta das alteações na taxa de juos(...). (Keynes, (1996[1936]), p.177) 10/12/15 9 Há, além disso, outa azão paa a pefeência pela liquidez esultante da inceteza quanto ao futuo da taxa de juos, desde que haja um mecado oganizado paa negocia com débitos. Cada qual pevê o futuo a sua maneia e aquele que divegi da opinião dominante, tal como ela se manifesta nas cotações do mecado, pode te boas azões paa conseva ecusos líquidos com o fim de ealiza um luco se estive ceto, ao compova no momento opotuno que as elações ente os 1 d estavam eadas. (...) (O) indivíduo, paa quem as futuas taxas de juos estaão acima daquelas pevistas pelo mecado, tem motivos paa conseva em caixa dinheio líquido, ao passo que quem divege do mecado em sentido oposto teá motivos paa pedi dinheio empestado a cuto pazo, a fim de adquii débitos a pazo mais longo. O peço do mecado se fixaá no nível em que a venda dos baixistas se equiliba com as compas dos altistas. (Keynes, (1996[1936]), p.176) 10/12/15 11 otivo Especulação: Po outo lado, a inceteza sobe a taxa de juos futua cia espaço paa have especulação. Isto é, os agentes podem aposta conta expectativas divegentes na espeança de obte luco no mecado financeio. Baixistas (P B,t > P e B,t+1, t < e t+1) o Assim, os baixistas, que acham que o peço dos títulos vai cai e a taxa de juos vai subi, demandaão moeda paa compa os títulos na baixa => demanda especulativa po moeda > 0. Altistas (P B,t < P e B,t+1, t > e t+1) o Enquanto os altistas, que acham que o peço dos títulos vai subi e, logo, a taxa de juos vai cai, demandam títulos na expectativa de obte ganhos de capital => demanda especulativa po moeda = 0. 10/12/15 10 otivo Especulação - Exemplo Situação inicial: P B,t = 1.000, C = 100, t =10% P B,t = C / t = 1000 = 100/0,10 Baixista (usos): demanda especulativa po moeda > 0 Se os agentes acham que a taxa de juos está baixa (10%) e vai subi (20%), demandam moeda no pesente paa compa os títulos mais baatos no futuo e t+1=20% => P B,t > P e B,t+1 = 500 = 100 / 0,20 Altista (touos): demanda especulativa po moeda = 0 Se os agentes acham que a taxa de juos está alta (10%) e vai cai (5%), demandam títulos no pesente paa evende maiscaosno futuo e t+1=5% => P B,t < P e B,t+1 = = 100/0,05 10/12/15 12
4 A queda da taxa de juos, dadas as expectativas dos agentes, faz com que um maio númeo de agentes espee uma alta da taxa de juos e, logo, queda do peço dos ativos, demandando moeda paa compa os títulos na baixa. Neste caso, os agentes vão quee se desfaze dos títulos no pesente, em toca de moeda, paa não sofe com a peda de capital, que dificilmente seá compensada pelo ecebimento de uma taxa de juos baixa (R B =+ΔP B ). Assim, a demanda especulativa po moeda é invesamente elacionada ao nível da taxa de juos (meno a taxa de juos, maio a demanda especulativa po moeda). Existem, entetanto, duas azões paa ce que, em ceto estado de expectativa, uma baixa de estaá associada a um aumento de 2. Em pimeio luga, se o nível de, que a opinião geal considea seguo, pemanece invaiável, cada baixa de diminui a taxa do mecado elativamente ao nível consideado seguo e, potanto, aumenta os iscos de liquidez; em segundo luga, cada baixa de eduz os lucos coentes povenientes da iliquidez, que está disponível como uma espécie de pêmio de seguo paa compensa o isco de peda de capital (...). (Keynes, (1996[1936]), p.202-3) 17/12/15 13 = L(Y,) = = L1(Y) + L2() : ofeta total de moeda L1(Y): demanda tansacional e pecaucional po moeda, função dieta da enda L2(): demanda especulativapo moeda, função invesa da taxa de juos 1: moeda destinada à demanda tansacional e pecaucional 2: moeda disponível paa demanda especulativa Sejam 1 o montante de ecusos líquidos consevado paa satisfaze o motivo-tansação e o motivo-pecaução e 2 o montante consevado paa satisfaze o motivo-especulação. Coespondendo a estes dois compatimentos de ecusos líquidos temos, então, duas funções de liquidez L 1 e L 2. L 1 depende, pincipalmente, do nível de enda, enquanto L 2 depende da elação ente a taxa coente de juos e o estado das expectativas. Potanto, = = L 1 (Y) + L 2 (), onde L 1 é a função de liquidez coespondente à enda Y, que detemina 1, e L 2 a função de liquidez em elação à taxa de juos, que detemina 2. (Keynes, (1996[1936]), p.201) 17/12/15 15 otivos tansação (gastos coentes) otivo pecaução (seguança) otivo especulação (obte luco) As tês divisões que acabamos de distingui na pefeência pela liquidez podem se definidas pelos motivos que as govenam: (i) (i) (i) o motivo tansação, isto é, a necessidade de moeda paa as opeações coentes de tocas pessoais e comeciais; o motivo pecaução, ou seja, o desejo de seguança com elação ao equivalente do valo monetáio futuo de ceta pate dos ecusos totais (atende às contingências inespeadas e às opotunidades impevistas de ealiza compas vantajosas e os de conseva um ativo de valo fixo em temos monetáios paa honauma obigação estipulada em dinheio p.198); e o motivo especulação, isto é, o popósito de obte lucos po sabe melho que o mecado o que taá o futuo. (Keynes, (1996[1936]), p.176-7) 17/12/15 14 Vaiações na ofeta de moeda e a taxa de juos Aumento da ofeta de moeda ( ), via compa de títulos po pate das autoidades monetáias, povoca elevação no peço dos títulos e consequente queda na taxa de juos ( ). Em pimeio luga, a queda na taxa de juos ( ) estimula o investimento ( I) e a enda ( Y), elevando a demanda pelos motivos tansação e pecaução ( L1). > L => ( I Y) => 1 = L1( Y) Em segundo luga, a queda na taxa de juos ( ) aumenta o númeo de baixistas e a sua demanda po moeda ( L2), eequilibando o mecado monetáio ( 2). > L => => 2 = L2( ) ecanismo Completo > L => ( I Y) => = = L1( Y) + L2( ) = L o 1 2 L(Y,) L(Y,) 17/12/15 16
5 Vaiações na ofeta de moeda e a taxade juos Em pimeio luga, à medida que a taxa de juos baixa, é povável, coeteis paibus, que a pefeência pela liquidez, em vitude do motivo de tansação, absova mais moeda. Se a queda da taxa de juos aumenta a enda nacional, o volume de moeda que convém eseva paa as tansações cesceá mais ou menos popocionalmente com o aumento da enda, enquanto, ao mesmo tempo, diminuiá o custo da conveniência de mante abundante a moeda, em temos dos juos pedidos. (Keynes, (1996[1936]), p.177) > L => ( I Y) => 1 = L1( Y) Em segundo luga, cada queda na taxa de juos pode, como acabamos de ve, aumenta a quantidade de moeda que cetos indivíduos desejam conseva, poque seus pontos de vista quanto à futua taxa de juos difeem dos do mecado. (Keynes, (1996[1936]), p.178) > L => => 2 = L2( ) Pode-se admiti que uma vaiação de conduza a uma vaiação em, e uma vaiação em conduza a novo equilíbio, em pate, po altea 2 e, em pate, po modifica Y e consequentemente, 1. (Keynes, (1996[1936]), p.202) > L => ( I Y) => = = L1( Y) + L2( ) 10/12/15 17 Vaiações na ofeta de moeda e a taxa de juos (amadilha da liquidez) Na situação conhecida como amadilha da liquidez, contudo, mesmo uma gande elevação da ofeta de moeda povoca apenas uma pequena queda da taxa de juos, seja poque a inceteza aumenta a demanda pecaucional ou, pincipalmente, poque há convegência das expectativas dos agentes que, fente a pequenas vaiações da taxa de juos, espondem com gandes vaiações na demanda especulativa po moeda, eequilibando apidamente o mecado monetáio. No entanto, podem ocoe deteminadas cicunstâncias em que mesmo um acéscimo consideável da quantidade de moeda execeá uma influência compaativamente pequena sobe a taxa de juos. Esse gande acéscimo pode ocasiona tal inceteza quanto ao futuo que a pefeência pela liquidez decoente do motivo pecaução pode se fotalecida; po outo lado, é possível que haja uma opinião tão unânime sobe a futua taxa de juos que uma ligeia vaiação nas taxas atuais detemine um movimento maciço em dieção à busca da liquidez. (Keynes, (1996[1936]), p.178) L(Y,) 10/12/15 19 Vaiações na ofeta de moeda e a taxa de juos A tansmissão da política monetáia paa o nível de atividade econômica se deve ao efeito da ofeta de moeda sobe a taxa de juos, que eequiliba o mecado monetáio po meio de impacto dieto sobe a demanda especulativa e indieto sobe as demandas tansacional e pecaucional, decoente da alteação do investimento e do nível de atividade. A administação monetáia, contudo, influencia fundamentalmente a demanda especulativa po moeda, que esponde de maneia ápida e contínua às vaiações na taxa de juos. Em cicunstâncias nomais, o volume de moeda necessáio paa satisfaze os dois motivos, tansação e pecaução, é pincipalmente o esultado da atividade geal dosistema econômicoe do nível da enda nacional em temos monetáios. Todavia, a administação monetáia (ou, em sua ausência, as mudanças fotuitas que podem advi da quantidade de moeda) faz senti seu efeito sobe o sistema econômico po sua influência sobe o motivoespeculação. Isso poque a demanda de moeda paa satisfaze os motivos anteioes é, em geal, insensível a qualque influência que não a de uma alteação efetiva na atividade econômica geal e no nível da enda, ao passo que a expeiência mosta que a demanda de moeda paa satisfaze o motivoespeculação vaia de modo contínuo sob o efeito de uma alteação gadual na taxa de juos. (Keynes, (1996[1936]), p.199) 10/12/15 18 Vaiações na ofeta de moeda e a taxa de juos (amadilha da liquidez) Expectativa dos agentes sobe o nível de taxa de juos seguo influencia a taxa de juos vigente e, se fo alta de mais, dificulta a possibilidade de se alcança o pleno empego po meio de política monetáia. Talvez fosse mais exato dize que a taxa de juos seja um fenômeno altamente convencional do que basicamente psicológico, pois o seu valo obsevado depende sobemaneia do valo futuo que se lhe pevê. Qualque taxa de juos aceita com suficiente convicção como povavelmente duadoua seá duadoua; sujeita, natualmente, em uma sociedade em mudança a flutuações oiginadas po divesos motivos, em tono do nível nomal espeado. Em paticula, quando 1 aumenta mais depessa que, a taxa de juos subiá e vice-vesa. as pode flutua duante décadas ao edo de um nível conicamente elevado demaispaapemiti o pleno empego. (Keynes, (1996[1936]), p.204) 10/12/15 20
6 odificação na pefeência pela liquideze a taxa de juos Vaiações na demanda po moeda, decoentes de vaiações na pefeência pela liquidez, também povocam vaiações na taxa de juos. Ao tata do motivo de especulação, convém distingui, ente as vaiações da taxa de juos, as que se devem a mudanças na ofeta de moeda disponível paa satisfaze esse motivo, sem que haja ocoido alteação alguma na função de liquidez, e as que têm como causa pincipal as mudanças nas expectativas que afetam dietamente essa função. (Keynes, (1996[1936]), p.199) odificação na pefeência pela liquideze a taxa de juos Quão maio a pefeência pela liquidez, ou seja, a popensão a entesoua, dada a ofeta de moeda constante, aumenta a ecompensa po não entesoua, ou seja, a taxa de juos, e diminui o nível de enda, povocando ecomposição das demandas tansacional, pecaucional e especulativa, mas o entesouamento de fato pemanece inalteado. L (Y,) L(Y,) O conceito de entesouamento pode se consideado uma pimeia apoximação do conceito de pefeência pela liquidez. De fato, se substituíssemos entesouamento po popensão a entesoua, chegaíamos, substancialmente, ao mesmo esultado. (...) Ademais, é impossível que o montante eal do entesouamento vaie como esultado das decisões do público, desde que consideemos o entesouamento como sendo o encaixe efetivo de moeda. O volumedeentesouamento temdese igual à quantidade de moeda (ou segundo cetas definições à quantidade de moeda menos o que se eque paa satisfaze o motivo tansação), e a quantidade de moeda não é deteminada pelo público. A única coisa que a popensão do público a entesoua pode consegui é fixa a taxa de juos que iguale o desejo global de entesoua ao encaixe disponível. (Keynes, (1996[1936]), p.178) 10/12/ /12/15 23 odificação na pefeência pela liquideze a taxa de juos Pode have, po exemplo, uma mudança nas expectativas dos agentes que amplie o númeo de baixistas na economia, aumentando a demanda especulativa da moeda, ou uma mudança no gau de inceteza que a aumente a demanda pecaucional: = < L = L1 (Y) + L2 () paa Y e constantes. Neste caso, a elevação da demanda, que tem como contapatida a elevação da ofeta de títulos, pessiona o peço dos títulos paa baixo e a taxa de juos paa cima, eduzindo, como esultado dieto, a demanda po moeda pelo motivo especulação e, como esultado indieto, a demanda po tansação e pecaução, decoente da contação do investimento e da enda. < L (Y,) => ( I Y) => = = L1 ( Y) + L2 ( ) De modo geal, entetanto, uma alteação nas cicunstâncias ou expectativas povocaá um eajuste nas esevas líquidas individuais desde que, de fato, uma mudança influa nas idéias dos difeentes indivíduos de modo diveso, devido, em pate, às difeenças de meio ambiente e ao motivo que os levou a guada dinheio e, em pate, às difeenças de conhecimentoe intepetação da nova situação. Desse modo, a nova posição de equilíbio da taxa de juos estaá associada a uma edistibuição da etenção dos ecusos líquidos. Todavia, o que mais nos inteessa é a mudança na taxa de juos e não a edistibuição dos ecusos líquidos. (Keynes, (1996[1936]), p.200) 10/12/15 22 Eficácia da Política onetáia A moeda afeta o sistema econômico po meio da taxa de juos: elevação da ofeta de moeda, dada a pefeência pela liquidez, eduz a taxa de juos, que, dadas as expectativas de longo pazo e, potanto, a escala de eficiência maginal do capital, eleva o investimento, que, po sua vez, dada a popensão maginal a consumi, eleva a enda. O impacto da política monetáia sobe a enda é bastante indieto e depende de considea a pefeência pela liquidez, as expectativas dos agentes e a popensão maginal a consumi dadas. Elevações na ofeta de moeda não asseguam necessaiamente a edução da taxa de juos e elevação do nível de atividade e empego. Z(N) m Z,D D(N) 0 1 L (Y,) L(Y,) m= 0 m = 1 EgK EgK Io I1 I No N1 D (N) N 10/12/15 24
7 Eficácia da Política onetáia Intoduzimos, assim, a moeda em nosso nexo causal e podemos te uma pimeia ideia do modo como as vaiações na quantidade de moeda intevêm no sistema econômico. Contudo, se nos vemos tentados a considea a moeda como a bebida que estimula a atividade do sistema, não nos esqueçamos que podem sugi muitos pecalços ente a taça e os lábios. Emboa seja de espea que, coeteis paibus, um aumento na quantidade de moeda eduza a taxa de juos, isto não ocoeá se a pefeência do público pela liquidez aumenta mais que a quantidade de moeda; e, conquanto se possa espea que, coeteis paibus, uma baixa na taxa de juos estimule o fluxo de investimento, isto não aconteceá se a escala da eficiência maginal do capital cai mais apidamente que a taxa de juos; quando, enfim, se possa espea que, coeteis paibus, um aumento do fluxo de investimento faça aumenta o empego, isso não se poduziá se a popensão a consumi estive em declínio. (Keynes, (1996[1936]), p.178) 10/12/15 25 Eficácia da Política onetáia Decisões de investimento contapõem a eficiência maginal do capital, influenciada pelas expectativas de longo pazo, à taxa de juos. Segue, potanto, a impotância de se analisa o impacto da taxa de juos sobe o investimento. Keynes é cético quanto à possibilidade de o goveno influencia adequadamente o nível de atividade po meio da taxa de juos, consideando, pincipalmente, as flutuações potenciais do investimento, e entende que é mais eficiente a intevenção do goveno po meio da oganização dieta dos investimentos. Da minha pate sou, pesentemente, algo cético quanto ao êxito de uma política meamente monetáia oientada no sentido de exece influência sobe a taxa de juos. Encontando-se o Estado em situação de pode calcula a eficiência maginal dos bens de capital a longo pazo e com base nos inteesses geais da comunidade, espeo vê-lo assumi uma esponsabilidade cada vez maio na oganização dieta dos investimentos, ainda mais consideando-se que, povavelmente, as flutuações na estimativa do mecado da eficiência maginal dos divesos tipos de capital, calculada na foma descita antes, seão demasiado gandes paa que se possa compensá-las po meio de mudanças viáveis na taxa de juos. (Keynes, (1996[1936]), p. 171) 10/12/15 26
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