1. A hipótese da relatividade linguística de Sapir-Whorf:
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- Joana Salvado Coelho
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1 Este exercício foi elaborado de acordo com o Texto 1 - Teorias da Tradução: uma visão integrada (Souza, José Pinheiro. Revista de Letras, n. 20, v.1/2. jan/dez 1998) e trata-se de um exercício de leitura. O texto de Souza pode ser um ponto de partida para leitura e discussão de assuntos que tratamos na disciplina de Teorias da Leitura, pois traz uma resenha de várias abordagens e conceitos sobre tradução que envolvem a questão da leitura tradutória. Marque todas as alternativas corretas, de acordo com a sua leitura. 1. A hipótese da relatividade linguística de Sapir-Whorf: (a) tem base na visão determinista de Humboldt. (b) não tem nenhuma implicação na questão da leitura tradutória. (c) reflete uma visão extremista, de acordo com a qual a língua determinaria totalmente a maneira como percebemos e organizamos o mundo. (d) invalida os universais linguísticos. 2. Souza afirma que toda comunicação verbal sempre envolve algum tipo de tradução. Na p. 53, último parágrafo da primeira coluna, lê-se que "...o mesmo ponto pode ser elucidado por
2 George Steiner...". Disso pode-se depreender que: (a) comprova que o autor do artigo estava certo ao afirmar que toda comunicação verbal sempre envolve algum tipo de tradução. (b) é a única solução teórica para admitir a possibilidade da tradução. (c) implica num conceito bem abrangente do que seja tradução. (d) o uso de "elucidar" ajuda a confirmar a sua afirmação anterior de que toda comunicação verbal sempre envolve algum tipo de tradução. 3. A partir da citação de Jackobson (1971:69) de que "as línguas diferem essencialmente naquilo que devem expressar, e não naquilo que podem expressar": (a) podemos depreender que, se todas as línguas podem expressar as mesmas coisas, os aspectos culturais implícitos em cada língua ficam, sob essa perspectiva, de certa maneira, anulados. (b) Souza argumenta em favor de que a forma da língua não tem nenhuma relação com o significado, por isso podemos dizer exatamente as mesmas coisas com palavras diferentes, inclusive em outras línguas.
3 (c) percebe-se um argumento para defender a possibilidade da tradução sem perdas, sem infidelidades. (d) pode-se pensar que a tradução é possível, ainda que o sentido seja sempre transformado, em maior ou menor grau - que é o que Souza quer dizer, porém usando argumentos falseados. 4. Sobre a afirmação de Mounin (1975:35), na p.54 do artigo: (...) a crítica de Saussure abala profundamente a antiga segurança das pessoas para as quais a língua é uma nomenclatura, um repertório, um inventário. Todavia, a análise saussuriana da noção de sentido não compromete a validade das operações de tradução visto como, baseada na psicologia clássica, ela não põe em dúvida, em parte alguma, a natureza universal dos conceitos - seja qual for a sua distribuição em valores - que refletem a experiência humana universal. (a) Mounin acredita que a tradução é possível pois há uma "natureza universal dos conceitos" relacionada à experiência humana. (b) há uma interpretação sobre as ideias de Saussure que é apresentada como contrária à característica (supostamente) universal dos conceitos que refletem a experiência humana.
4 (c) Saussure tratou explicitamente da natureza universal dos conceitos. (d) Mounin ataca frontalmente uma interpretação da proposta de Saussure. 5. Sobre as conclusões de Souza: (a) Souza opõe duas visões de tradução: uma que pretende descrever a "verdade objetiva" e outra desconstrutivista, a partir da qual seria impossível traduzir. No entanto, ao tentar achar um meio termo, o autor não é muito bem sucedido, ao dizer que no âmbito da física, a "realidade" da gravidade já existia, independentemente de ser descrita pela ciência. Ora, se o significado é uma construção interativa, conforme afirma o autor, mesmo a gravidade, do modo como é descrita pela ciência hoje, não reflete a realidade, mas é o modo pelo qual os falantes se referem a esse fenômeno, do ponto de vista linguístico. (b) o exemplo do elefante observado por cegos (p.60) ilustra muito bem a questão de que existe uma posição na qual um indivíduo pode estar consciente de todos os aspectos do objeto a ser observado (ou da leitura a ser feita). (c) o exemplo do elefante contraria o que o próprio autor diz, quando ressalta o aspecto
5 subjetivo da leitura e reflete uma posição idealista, de quem projeta um leitor ideal - porque tem a visão do todo - de um texto ideal - cujo todo pode ser apreendido. (d) ele é muito coerente, do início ao fim, e consegue encontrar uma posição de equilíbrio entre as posições teóricas extremadas.
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