Perturbações do Comportamento: PHDA, Pert. de Oposição e Delinquência. Cátia Teixeira Psicóloga Clínica Vânia Duro Téc. Sup. Reabilitação Psicomotora

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1 Perturbações do Comportamento: PHDA, Pert. de Oposição e Delinquência Concelho da Azambuja 22 de Fevereiro de 2012 Cátia Teixeira Psicóloga Clínica Vânia Duro Téc. Sup. Reabilitação Psicomotora

2 Segundo o DSM IV TR Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção Perturbação de Oposição Perturbação do Comportamento Perturbação Disruptiva do Comportamento SOE

3 Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção A Alice é uma menina de 10 anos. Os pais e os professores relatam que não consegue estar quieta. Na escola, está frequentemente fora da sua cadeira e não consegue ficar sem conversar com os colegas do lado. Os seus trabalhos são descuidados e a sua mesa desorganizada. Esquece-se de materiais e de fazer os trabalhos. Alice sente-se triste e solitária porque acha que os colegas a rejeitam e a acham esquisita.

4 Critérios de diagnóstico Critérios primários Falta de Atenção Hiperatividade Impulsividade

5 Formas de PHDA Tipo predominantemente Desatento (6 ou mais sintomas de falta de atenção, menos de 6 sintomas de hiperatividade/impulsividade) Tipo predominantemente Hiperativo-Impulsivo (6 ou mais sintomas de hiperatividade/impulsividade, menos de 6 sintomas de falta de atenção) Tipo predominantemente Misto (6 ou mais sintomas de falta de atenção e 6 ou mais sintomas de hiperatividade/impulsividade)

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8 Perturbação de Oposição José é um menino de 6 anos. Tem um comportamento desagradável, discutindo constantemente com as figuras de autoridade. Sempre que lhe são impostas regras desafia-as, recusando obedecer, tendo por vezes, comportamentos de violência verbal. Faz birras para conseguir ter o que quer e recusa-se a cooperar em atividades em grupo. Destrói constantemente os brinquedos do irmão.

9 Critérios de diagnóstico Padrão de comportamento negativista, hostil e desafiante, relativamente às figuras de autoridade Encoleriza-se Discute com adultos Desafia ou recusa cumprir pedidos/regras Culpa os outros dos seus erros/comportamentos Sente raiva Rancoroso

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11 Perturbação do comportamento Rui é um jovem de 15 anos a quem os seus pais descrevem como incorrigível. Foi suspenso repetidamente da escola devido ao seu comportamento agressivo e indisciplinado. Ele alega que apenas reage às provocações dos outros. Não se aplica na escola. Repetidamente rouba dinheiro e ignora as regras. Tem registo policial. Esforça-se por manter uma atitude de durão. Os pais e professores admitem ter medo dele. É provocador, mentiroso e causador de problemas.

12 Critérios de diagnóstico Agressão a pessoas ou animais Destruição da propriedade Falsificação ou roubo Violação grave das regras

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14 Como avaliar? Por vezes os critérios de diagnóstico não se observam diretamente na consulta Muito importante a envolvência dos pais, professores e outros

15 Como avaliar? História de desenvolvimento (com ambos os pais) Escalas/Questionários: Escala de avaliação de Conners para professores/pais Inventário de Situações em casa/na escola (Barkley) Questionários do comportamento da criança de Achenbach Para jovens (YSR) Para pais (CBCL) Para professores (TRF)

16 Como avaliar? Exploração psicopedagógica Entrevista ao professor Observação em contexto natural Avaliação cognitiva Avaliação emocional

17 Atenção aos diagnósticos! Muita agitação das crianças ou fraca resistência dos adultos? Visível e invasivo; Perturba todos Imposição imediata de regras Desenvolvimento normal Sociedade paradoxal Competências motoras vs competência contemplativas Falta de limites

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19 Qual o lugar das emoções? Perturbações do comportamento Emoções

20 Qual o lugar das emoções? Perturbações: Variantes do normal Reações a acontecimentos externos sentidos como difíceis Estruturas graves

21 Qual o lugar das emoções? As experiências emocionais condicionam todas as atividades do pensamento, ampliando-o, inibindo-o ou paralisando-o.

22 Perturbações que trazem emoções Acumular de experiências de insucesso Rejeição, bloqueio das ajudas, distração, descargas emocionais Abalo na alegria, motivação e confiança Desistência Frustração e desânimo

23 Perturbações que trazem emoções Reações emocionais ou mesmo físicas ou oposição, passiva ou ativa. Para além de não aprenderem e não integrarem, ajudam a que os outros também não o consigam fazer, pelo menos, tranquilamente.

24 Perturbações que trazem emoções Imagem de si próprias pouco favorável. Descobrir os pontos fortes da criança e incentivá-los tanto quanto possível. Não comparar constantemente o seu aproveitamento com o das outras crianças. Interromper o ciclo vicioso da falha e da frustração.

25 Emoções que levam às perturbações Crianças e adolescentes que se encontram muito mal do ponto de vista afetivo são sérios candidatos a terem insucesso escolar.

26 Emoções que levam às perturbações A vinculação influencia a capacidade da criança lidar com as experiências mais difíceis da vida. As áreas emocional e cognitiva estão ligadas na mente da criança.

27 Emoções que levam às perturbações Sem uma base emocional segura comunicam os seus sentimentos através de comportamentos agidos. Desviam e projetam o peso das suas experiências por meio de comportamentos que impelem aqueles que estão ao seu redor a testemunhar os seus sentimentos.

28 Emoções que levam às perturbações Este comportamento de busca de atenção dos outros é um grito das crianças pela atenção que nunca receberam.

29 Instabilidade, agitação e hiperatividade Espelho de algo que ocorre na seu mundo interno e que exprime através do corpo.

30 Instabilidade, agitação e hiperatividade Predisposição ou vulnerabilidade constitucional; Distorções da qualidade da relação parental;

31 Instabilidade, agitação e hiperatividade Forma de exteriorizar; Simples perturbações reativas; Quadros graves de desorganização do pensamento;

32 Agressividade e destrutividade Violência como forma predominante de relação com tudo. Defesa contra um eu frágil.

33 Absentismo e abandono Algo que não está bem em termos de equilíbrio. Evitamento do problema, procura de uma saída.

34 As emoções nos outros Professores Pais Irmãos Amigos Frustração Medo Tristeza Descrença na mudança Desistência Incapacidade

35 Em jeito de conclusão Tão importante como a mensagem explícita, é fundamental a mensagem implícita contida na relação de quem aprende/é educado com quem ensina/educa. Numa escola, não se aprende/ensina apenas, também se vive!

36 Em jeito de conclusão Balanço equilibrado entre afeto e autoridade protetora.

37 Obrigada pela vossa atenção Cátia Teixeira Vânia Duro