Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção

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1 Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção

2 Definição Segundo O DSM V, 2013 é uma perturbação neurodesenvolvimental que se carateriza essencialmente por comportamentos de hiperatividade, impulsividade e por dificuldades de atenção. Estes comportamentos podem surgir isolados ou em padrão conjunto, e por vezes persistem ao longo da idade adulta podem existir e classificar-se em dois tipos tipo desatento e tipo hiperativoimpulsivo São igualmente afetados, mas a perturbação manifesta-se mais em rapazes do que raparigas e, torna-se evidente na 1ª infância Etiologia Tem origem neurológica e envolve dificuldades de autorregulação motora, verbal, emocional e cognitiva. Estas crianças apresentam alterações ao nível do córtex pré-frontal, que se traduzem num défice de inibição e das funções executivas responsáveis pelo controlo e pela organização dos processos cognitivos, na execução de tarefas complexas.

3 Fatores / variáveis envolvidas Perturbação dimensional e heterogénea que depende da interação entre as variáveis: Genéticas (predominante) causada por um défice de determinados mensageiros químicos no cérebro Ambientais causas familiares, forma educativa, situações emocionais e condições de ensino e organização da escola Temperamento- da própria criança. Não Esquecer: Educar uma criança com PHDA é também um desafio constante para os pais experienciam eles próprios, dificuldade de autocontrolo, conflitos conjugais e familiares (irmãos), isolamento, momentos de grande sofrimento e desgaste físico e psicológico, daí ser importante também uma intervenção/apoio junto da família.

4 Características do Comportamento Pessoal: - A agitação motora/hiperatividade, resulta da incapacidade em se focar ou concentrar numa atividade e na necessidade constante de procurar atividades físicas e/ou estar em movimento. - Quanto à impulsividade, as respostas tendem a ser precipitadas, irrefletidas e pouco planeadas - Problemas no sono comuns pesadelos, sonambulismo e enurese noturna - Difícil gestão das emoções, nomeadamente da frustração - Dificuldade em inibir verbalizações em situações inapropriadas - Interrompem, mudam de assunto ou atividade, perdem-se no que estão a contar - Não conseguem aguardar a vez e/ou cumprir outras regras de convivência social - Têm reações emocionais explosivas, que facilmente entram numa espiral disruptiva - As relações interpessoais são marcadas pela rejeição, devido à abordagem pouco cooperativa, intrusiva ou conflituosa que impõem - Fracos recursos internos que ajudem à modificação do comportamento

5 Dificuldades Académicos/Escolares: - A desatenção, dificuldades em manter o foco e concentrar-se, por vezes confundem e parecem não ouvir dificuldades no processamento auditivo (numa criança surda a situação ganha outra dimensão) - Memória ativa fraca (um tipo de memória de curto prazo) responsável por reter uma série de instruções ou informação sequenciada, servindo de referência para compreender melhor e orientar uma decisão - Desempenhos flutuantes influenciados pela motivação dos conteúdos, a própria atividade e forma de ensinar - Falhas nas tarefas executivas com compromisso da memória de trabalho (ora parecem saber ora esquecem com facilidade) - Dificuldades de organização, em termos de pensamento e de trabalho - Dificuldades de automatização (revelam compreender mas esquecem) e inconsistência no desempenho escolar - Mecanismos de concentração/trabalho em períodos curtos de tempo melhor na parte da manhã - Repercussão em áreas académicas como: leitura, compreensão dos textos e expressão escrita; disgrafia e disortografia; matemática

6 Relações Sociais: Fraco autoconceito e baixa autoestima gera muitos dos comportamentos indesejados Falta de inibição em diferentes contextos não revelam malícia, querer chamar a atenção Inadaptação Social - dificuldades em decifrar situações sociais, são consideradas socialmente surdas ; por vezes não têm noção de como são diferentes; dificuldades em perceber e ler expressões sociais; têm dificuldades em compreender e prever as consequências dos seus atos Instabilidade emocional e comportamental Comportamentos desafiantes, abusadores, insolentes, tendências agressivas (comportamentos antissociais) tendem a ver o mundo a preto e branco, cada discussão é uma guerra Egocentrismo imaturidade para a idade Ausência de juízo crítico

7 Estratégias de Intervenção na PHDA O caso Para que qualquer estratégia resulte com eficácia: É necessário que o professor compreenda o que significa ser uma criança com PHDA. Perceber a importância da componente afetiva na aprendizagem Ter consciência da sua própria atitude e reação à criança Mitos: A PHDA, não é um problema de má educação, a comunidade científica não tem dúvidas quanto à veracidade desta perturbação

8 Estratégias: 1. Importância das Regras Positivas regras positivas, claras, coerentes e consistentes, mas com definição de limites e consequências; evitar a cedência aos argumentos do aluno, pois passará a usálos até à exaustão; Linguagem Positiva - dizer o que deve fazer, em vez do que não deve fazer 2. Promover a Autorreflexão promover o reconhecimento das emoções; a exploração das implicações e consequências das suas condutas (alfabetização emocional); 3. Importância de se lhe organizar o tempo, as atividades, seguir uma rotina Incluir momentos livres para libertar a energia e outros mais tranquilos que incentivam a atividades estruturadas; 4. Previsibilidade do que vai acontecer a seguir vais ter apoio; depois de fazeres isto, poderás fazer aquilo (por vezes uma atividade do agrado ou do interesse do aluno); diminui a ansiedade do aluno 5. Importância do reforço positivo como forma de promover as mudanças comportamentais as atividades devem proporcionar gratificação e o esforço ou aproximação ao que desejado, devem ser reforçadas para que o aluno os queira repetir; 6. Eliminar fatores distráteis na sala de aula ou contextos de aprendizagem - A posição pelo melhor lugar na sala deve ser crucial, pelo que deve ir sendo experimentada pelo professor; exemplos - próximo do professor e não à margem; sentá-la no meio de dois bons exemplos; de costas para os colegas; eliminar do seu campo de visão objetos ou outros com que o aluno se distrai facilmente

9 7. Facilite a atenção uma aula viva e interativa prende a atenção; material visual atraente; ser claro quando transmitimos ordens/pedidos; não dar várias ordens seguidas e complexas; por vezes ajudar com um toque no ombro para captar a atenção 8. Opte por estratégias de aprendizagem cooperativa (ou em grupo) e ensino interativo Estas técnicas ajudam todos os alunos a manterem-se atentos, sendo particularmente válidas para os alunos com défice de atenção 9. Adequar o trabalho escolar desdobre a tarefa (em 2 tempos); aplique-a por um período curto, dar oportunidade de intercalar com outra em que possa movimentar-se (tipo fazer um recado para a sala); dê mais tempo para um teste; simplifique as questões 10. Em situações de sala de aula e perante situações de mau comportamento, será aconselhável chamá-lo em particular, com alguma discrição, de forma que não se sinta humilhado perante os colegas e melhor poder discutir com ela, situações do seu comportamento. É importante serem clarificadas logo à partida as consequências para o mau comportamento e discutidas as estratégias para o controlo do mesmo

10 11- Em todas as circunstâncias os professores devem ter por objetivo a Autoestima da criança: Criticá-la, ridicularizá-la deve ser evitado a todo o custo, instalará a frustração e o conflito; Perante um mau comportamento, não ser inflexível ou radical e repressor, isso aumentará a rebeldia e a oposição, negoceie com ela no sentido positivo; mostre que está disposto(a) a ajudá-lo; Ajudar a cimentar-lhe a autoestima através da recompensa, após demonstração do comportamento desejado, revela-se uma estratégia eficaz para estes alunos; Ensiná-la a recompensar-se a si própria, incentivando um diálogo interior - Fizeste muito bem! Como te sentes? Este tipo de reestruturação cognitiva ajuda a criança a ser mais positiva em relação a si própria; Encoraje-a a controlar o que faz, isso ensina-a a ter autocontrolo Alfabetize-o emocionalmente ajude-o a perceber o que sente, a interpretar os seus sentimentos e suas emoções

11 Nunca é demais valorizar o papel de um professor compreensivo, na transformação de um possível insucesso, num enorme sucesso!!!

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