ÍNDICE. Leitura e interpretação de textos Frases afirmativas e negativas... 21

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1 Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas SUSAM Motorista ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA: Leitura e interpretação de textos Alfabeto. Vogal, semivogal e consoantes, letras maiúsculas e minúsculas. Encontro vocálico. Encontro consonantal. Dígrafos. Sílaba: número de sílabas, sílaba tônica e sua classificação Frases afirmativas e negativas... 1 Sinais de pontuação: ponto final, dois pontos, ponto de interrogação e ponto de exclamação Gênero: masculino e feminino... 1 Antônimos/sinônimos Diminutivo/aumentativo... 3 Noções básicas de acentuação gráfica Classes de palavras: substantivos e adjetivos flexões de gênero, número e grau. Verbos regulares e auxiliares (ser, ter, haver e estar) conjugação em todos os modos e tempos simples e formas nominais... 1 Artigos (artigos definidos: o, a, os, as; artigos indefinidos: um, uma, uns, umas)... 1 Termos essenciais da oração: sujeito e predicado Ortografia MATEMÁTICA: Conjuntos: vazio e unitário Números naturais: operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. Números pares e números ímpares Unidades de medidas: medida de comprimento, medidas de superfície, medida de volume e medida de massa. Sentenças matemáticas. Sistema monetário brasileiro. Sistema de numeração decimal Múltiplos e divisores Problemas e cálculos de raciocínio lógico. Sucessor e antecessor (até 1000). Resolução e interpretação de problemas envolvendo todas as operações... 3 Números decimais Porcentagem Motorista

2 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS O Sistema Nacional de Trânsito: competências dos diferentes órgãos executivos e das diferentes entidades da federação. Normas gerais de circulação e conduta. Sinalização de trânsito. Veículos: registro, licenciamento, condução de ambulâncias. Habilitação. Infrações, penalidades, medidas administrativas, processo administrativo, crimes de trânsito. Distribuição de competência dos órgãos executivos de trânsito Direção defensiva Noções de primeiros socorros Noções elementares sobre mecânica básica de veículos automotores Motorista

3 A PRESENTE APOSTILA NÃO ESTÁ VINCULADA A EMPRESA ORGANIZADORA DO CONCURSO PÚBLICO A QUE SE DESTINA, ASSIM COMO SUA AQUISIÇÃO NÃO GARANTE A INSCRIÇÃO DO CANDIDATO OU MESMO O SEU INGRESSO NA CARREIRA PÚBLICA. O CONTEÚDO DESTA APOSTILA ALMEJA ENGLOBAR AS EXIGENCIAS DO EDITAL, PORÉM, ISSO NÃO IMPEDE QUE SE UTILIZE O MANUSEIO DE LIVROS, SITES, JORNAIS, REVISTAS, ENTRE OUTROS MEIOS QUE AMPLIEM OS CONHECIMENTOS DO CANDIDATO, PARA SUA MELHOR PREPARAÇÃO. ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS, QUE NÃO TENHAM SIDO COLOCADAS À DISPOSIÇÃO ATÉ A DATA DA ELABORAÇÃO DA APOSTILA, PODERÃO SER ENCONTRADAS GRATUITAMENTE NO SITE DA APOSTILAS OPÇÃO, OU NOS SITES GOVERNAMENTAIS. INFORMAMOS QUE NÃO SÃO DE NOSSA RESPONSABILIDADE AS ALTERAÇÕES E RETIFICAÇÕES NOS EDITAIS DOS CONCURSOS, ASSIM COMO A DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DO MATERIAL RETIFICADO, NA VERSÃO IMPRESSA, TENDO EM VISTA QUE NOSSAS APOSTILAS SÃO ELABORADAS DE ACORDO COM O EDITAL INICIAL. QUANDO ISSO OCORRER, INSERIMOS EM NOSSO SITE, NO LINK ERRATAS, A MATÉRIA ALTERADA, E DISPONIBILIZAMOS GRATUITAMENTE O CONTEÚDO ALTERADO NA VERSÃO VIRTUAL PARA NOSSOS CLIENTES. CASO HAJA ALGUMA DÚVIDA QUANTO AO CONTEÚDO DESTA APOSTILA, O ADQUIRENTE DESTA DEVE ACESSAR O SITE E ENVIAR SUA DÚVIDA, A QUAL SERÁ RESPONDIDA O MAIS BREVE POSSÍVEL, ASSIM COMO PARA CONSULTAR ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS E POSSÍVEIS ERRATAS. TAMBÉM FICAM À DISPOSIÇÃO DO ADQUIRENTE DESTA APOSTILA O TELEFONE (11) , DENTRO DO HORÁRIO COMERCIAL, PARA EVENTUAIS CONSULTAS. EVENTUAIS RECLAMAÇÕES DEVERÃO SER ENCAMINHADAS POR ESCRITO, RESPEITANDO OS PRAZOS ESTITUÍDOS NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE ACORDO COM O ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. APOSTILAS OPÇÃO

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5 isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto. Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justificase por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer. Denotação e Conotação Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação. O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido. Como Ler e Entender Bem um Texto Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por Língua Portuguesa 1 Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura. Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte: 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 0. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos umas três vezes ou mais; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; 1. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva; 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las; 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele"). Ex.: Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias estão coordenadas entre si; 0. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo Cunegundes ELEMENTOS CONSTITUTIVOS TEXTO NARRATIVO As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, forças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar dos fatos. Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou heroína, personagem principal da história. O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do protagonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal contracena em primeiro plano.

6 As personagens secundárias, que são chamadas também de comparsas, são os figurantes de influência menor, indireta, não decisiva na narração. O narrador que está a contar a história também é uma personagem, pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor importância, ou ainda uma pessoa estranha à história. qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita em 1 a pessoa ou 3 a pessoa. Formas de apresentação da fala das personagens Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há três maneiras de comunicar as falas das personagens. Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de personagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimensão psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações perante os acontecimentos. Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo podemos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o desenlace ou desfecho. Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente, as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos ( in média ), ou seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de interesses entre as personagens. O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior tensão do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens participam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gênero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, relacionados ao principal. Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lugares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas vezes, principalmente nos textos literários, essas informações são extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos narrativo. Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num determinado tempo, que consiste na identificação do momento, dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade salienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fato que aconteceu depois. O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu espírito. Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dissemos, é a personagem que está a contar a história. A posição em que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracterizado por: - visão por detrás : o narrador conhece tudo o que diz respeito às personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acontecimentos e a narração é feita em 3 a pessoa. - visão com : o narrador é personagem e ocupa o centro da narrativa que é feito em 1 a pessoa. - visão de fora : o narrador descreve e narra apenas o que vê, aquilo que é observável exteriormente no comportamento da personagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narrador é um observador e a narrativa é feita em 3 a pessoa. Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do Língua Portuguesa Discurso Direto: É a representação da fala das personagens através do diálogo. Exemplo: Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carnaval a cidade é do povo e de ninguém mais. No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi: dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas os verbos de locução podem ser omitidos. Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. Exemplo: Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passados, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os menos sombrios por vir. Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração. Exemplo: Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela hora, sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés no chão como eles? Só sendo doido mesmo. (José Lins do Rego) TEXTO DESCRITIVO Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais característicos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc. As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes, tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem unificada. Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, variando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a pouco. Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra técnica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas: Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subjetiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferências, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objetivo, fenomênico, ela é exata e dimensional. Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamento, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, social e econômico. Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as partes mais típicas desse todo. Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma

7 visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e típicos. Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um incêndio, de uma briga, de um naufrágio. Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características gerais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabulário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanismos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. TEXTO DISSERTATIVO Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação consta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou questão, e pressupõe um exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever com clareza, coerência e objetividade. A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizando o contexto. Quanto à forma, ela pode ser tripartida em: Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados fundamentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e objetiva da definição do ponto de vista do autor. Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colocadas na introdução serão definidas com os dados mais relevantes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e desencadeia a conclusão. Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a introdução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese e opinião. - Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é a obra ou ação que realmente se praticou. - Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação sobre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. - Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e objetos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a respeito de algo. O TEXTO ARGUMENTATIVO Baseado em Adilson Citelli A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracterizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do tipo de texto solicitado. Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursiva é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir, ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento do ponto de vista de algo/alguém. Língua Portuguesa 3 Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma sequência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas. Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objetivos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da formação textual. Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados. Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunicação ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persuasão). Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos dão tornem esta produção altamente evocativa. A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argumentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes diferentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las, bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente autoexplicativo, daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico uma relação interdiscursiva e intertextual. As metáforas, metonímias, onomatopeias ou figuras de linguagem, entram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capazes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da oposição, tudo isto em forma de piada. Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação... Texto Base: CITELLI, Adilson; O Texto Argumentativo São Paulo SP, Editora..Scipione, ª edição. TIPOLOGIA TEXTUAL A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocutores. Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo falamos sozinhos.

8 É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais. Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação. Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo um Editorial, no qual o autor expõe seu ponto de vista sobre determinado assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em prosa. Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se conceituam como gêneros textuais as diversas situações sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como exemplo, temos: uma receita culinária, um , uma reportagem, uma monografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-seiam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto do ramo jornalístico e, por último, um texto de cunho científico. Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir esta gama de textos. À medida que a praticamos, vamos nos aperfeiçoando mais e mais na sua performance estrutural. Por Vânia Duarte O Conto É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos perfeitamente diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilíbrio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito, que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse conflito que permite, no estágio final, a recuperação do equilíbrio perdido. Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem entre si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de recheio (secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. Tanto os núcleos como as ações secundárias colocam em cena personagens que as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresentação das características destes personagens, assim como para as indicações de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos. Um recurso de uso frequente nos contos é a introdução do diálogo das personagens, apresentado com os sinais gráficos correspondentes (os travessões, para indicar a mudança de interlocutor). A observação da coerência temporal permite ver se o autor mantém a linha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na apresentação dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanços ao futuro). A demarcação do tempo aparece, geralmente, no parágrafo inicial. Os contos tradicionais apresentam fórmulas características de introdução de temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...". Os tempos verbais desempenham um papel importante na construção e na interpretação dos contos. Os pretéritos imperfeito e o perfeito predominam na narração, enquanto que o tempo presente aparece nas descrições e nos diálogos. O pretérito imperfeito apresenta a ação em processo, cuja incidência chega ao momento da narração: "Rosário olhava timidamente seu pretendente, enquanto sua mãe, da sala, fazia comentários banais sobre a história familiar." O perfeito, ao contrário, apresenta as ações concluídas no passado: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhou sua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala". A apresentação das personagens ajusta-se à estratégia da definibilidade: são introduzidas mediante uma construção nominal iniciada por um artigo indefinido (ou elemento equivalente), que depois é substituído pelo definido, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou apressadamente na sala de embarque e olhou à volta, procurando alguém impacientemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romântico dos anos 40." O narrador é uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que constituem o relato, é a voz que conta o que está acontecendo. Esta voz pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos na primeira pessoa ou, também, pode ser a voz de uma terceira pessoa que não intervém nem como ator nem como testemunha. Além disso, o narrador pode adotar diferentes posições, diferentes pontos de vista: pode conhecer somente o que está acontecendo, isto é, o que as personagens estão fazendo ou, ao contrário, saber de tudo: o que fazem, pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes acontecerá. Estes narradores que sabem tudo são chamados oniscientes. A Novela É semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior número de complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos. As personagens adquirem uma definição mais acabada, e as ações secundárias podem chegar a adquirir tal relevância, de modo que terminam por converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes. A Obra Teatral Os textos literários que conhecemos como obras de teatro (dramas, tragédias, comédias, etc.) vão tecendo diferentes histórias, vão desenvolvendo diversos conflitos, mediante a interação linguística das personagens, quer dizer, através das conversações que têm lugar entre os participantes nas situações comunicativas registradas no mundo de ficção construído pelo texto. Nas obras teatrais, não existe um narrador que conta os fatos, mas um leitor que vai conhecendo-os através dos diálogos e/ ou monólogos das personagens. Devido à trama conversacional destes textos, torna-se possível encontrar neles vestígios de oralidade (que se manifestam na linguagem espontânea das personagens, através de numerosas interjeições, de alterações da sintaxe normal, de digressões, de repetições, de dêiticos de lugar e tempo. Os sinais de interrogação, exclamação e sinais auxiliares servem para moldar as propostas e as réplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem os turnos de palavras. As obras de teatro atingem toda sua potencialidade através da representação cênica: elas são construídas para serem representadas. O diretor e os atores orientam sua interpretação. Estes textos são organizados em atos, que estabelecem a progressão temática: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada contato apresentado. Cada ato contém, por sua vez, diferentes cenas, determinadas pelas entradas e saídas das personagens e/ou por diferentes quadros, que correspondem a mudanças de cenografias. Nas obras teatrais são incluídos textos de trama descritiva: são as chamadas notações cênicas, através das quais o autor dá indicações aos atores sobre a entonação e a gestualidade e caracteriza as diferentes cenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ação. Estas notações apresentam com frequência orações unimembres e/ou bimembres de predicado não verbal. O Poema Texto literário, geralmente escrito em verso, com uma distribuição espacial muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dão relevância aos espaços em branco; então, o texto emerge da página com uma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos misteriosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, para captar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pretende extrair a significação dos recursos estilísticos empregados pelo poeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoções, sua versão da realidade, ou para criar atmosferas de mistério de surrealismo, relatar epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apresentar ensinamentos morais (como nas fábulas). O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sonoro das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema, é parte Língua Portuguesa 4

9 essencial do verso: o verso é uma unidade rítmica constituída por uma série métrica de sílabas fônicas. A distribuição dos acentos das palavras que compõem os versos tem uma importância capital para o ritmo: a musicalidade depende desta distribuição. Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente à distância sonora das sílabas. As sílabas fônicas apresentam algumas diferenças das sílabas ortográficas. Estas diferenças constituem as chamadas licenças poéticas: a diérese, que permite separar os ditongos em suas sílabas; a sinérese, que une em uma sílaba duas vogais que não constituem um ditongo; a sinalefa, que une em uma só sílaba a sílaba final de uma palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ou h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais também incidem no levantamento das sílabas do verso. Se a última palavra é paroxítona, não se altera o número de sílabas; se é oxítona, soma-se uma sílaba; se é proparoxítona, diminui-se uma. A rima é uma característica distintiva, mas não obrigatória dos versos, pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso frequente na poesia moderna). A rima consiste na coincidência total ou parcial dos últimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a consoante (coincidência total de vogais e consoante a partir da última vogal acentuada) e a assonante (coincidência unicamente das vogais a partir da última vogal acentuada). A métrica mais frequente dos versos vai desde duas até dezesseis sílabas. Os versos monossílabos não existem, já que, pelo acento, são considerados dissílabos. As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas diferentes combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se à progressão temática do texto: com frequência, desenvolvem uma unidade informativa vinculada ao tema central. Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, através dos mecanismos de substituição e de combinação, respectivamente, culminam com a criação de metáforas, símbolos, configurações sugestionadoras de vocábulos, metonímias, jogo de significados, associações livres e outros recursos estilísticos que dão ambiguidade ao poema. TEXTOS JORNALÍSTICOS Os textos denominados de textos jornalísticos, em função de seu portador (jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da função informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento em que acontecem. Esta adesão ao presente, esta primazia da atualidade, condena-os a uma vida efêmera. Propõem-se a difundir as novidades produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais variados temas. De acordo com este propósito, são agrupados em diferentes seções: informação nacional, informação internacional, informação local, sociedade, economia, cultura, esportes, espetáculos e entretenimentos. A ordem de apresentação dessas seções, assim como a extensão e o tratamento dado aos textos que incluem, são indicadores importantes tanto da ideologia como da posição adotada pela publicação sobre o tema abordado. Os textos jornalísticos apresentam diferentes seções. As mais comuns são as notícias, os artigos de opinião, as entrevistas, as reportagens, as crônicas, as resenhas de espetáculos. A publicidade é um componente constante dos jornais e revistas, à medida que permite o financiamento de suas edições. Mas os textos publicitários aparecem não só nos periódicos como também em outros meios amplamente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos referiremos a eles em outro momento. Em geral, aceita-se que os textos jornalísticos, em qualquer uma de suas seções, devem cumprir certos requisitos de apresentação, entre os quais destacamos: uma tipografia perfeitamente legível, uma diagramação cuidada, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informação linguística, inclusão de gráficos ilustrativos que fundamentam as explicações do texto. É pertinente observar como os textos jornalísticos distribuem-se na publicação para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente, a primeira página, as páginas ímpares e o extremo superior das folhas dos jornais trazem as informações que se quer destacar. Esta localização antecipa ao leitor a importância que a publicação deu ao conteúdo desses textos. O corpo da letra dos títulos também é um indicador a considerar sobre a posição adotada pela redação. A Notícia Transmite uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou pessoas. As notícias apresentam-se como unidades informativas completas, que contêm todos os dados necessários para que o leitor compreenda a informação, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo, não é necessário ter lido os jornais do dia anterior para interpretá-la), ou de ligá-la a outros textos contidos na mesma publicação ou em publicações similares. É comum que este texto use a técnica da pirâmide invertida: começa pelo fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de três partes claramente diferenciadas: o título, a introdução e o desenvolvimento. O título cumpre uma dupla função - sintetizar o tema central e atrair a atenção do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal El País, 1991) sugerem geralmente que os títulos não excedam treze palavras. A introdução contém o principal da informação, sem chegar a ser um resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes que não aparecem na introdução. A notícia é redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se à margem do que conta, razão pela qual não é permitido o emprego da primeira pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, além de omitir o eu ou o nós, também não deve recorrer aos possessivos (por exemplo, não se referirá à Argentina ou a Buenos Aires com expressões tais como nosso país ou minha cidade). Esse texto se caracteriza por sua exigência de objetividade e veracidade: somente apresenta os dados. Quando o jornalista não consegue comprovar de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a certas fórmulas para salvar sua responsabilidade: parece, não está descartado que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte, recorre ao discurso direto, como, por exemplo: O ministro afirmou: "O tema dos aposentados será tratado na Câmara dos Deputados durante a próxima semana. O estilo que corresponde a este tipo de texto é o formal. Nesse tipo de texto, são empregados, principalmente, orações enunciativas, breves, que respeitam a ordem sintática canônica. Apesar das notícias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, também é frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foram perseguidos pela polícia; e das formas impessoais: A perseguição aos delinquentes foi feita por um patrulheiro. A progressão temática das notícias gira em tomo das perguntas o quê? quem? como? quando? por quê e para quê?. O Artigo de Opinião Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atualidade que, por sua transcendência, no plano nacional ou internacional, já é considerado, ou merece ser, objeto de debate. Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de análise ou pesquisa e as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a posição adotada pelo jornal ou revista em concordância com sua ideologia, enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opiniões de seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opiniões divergentes e até antagônicas em uma mesma página. Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identificação do tema em questão, acompanhado de seus antecedentes e alcance, e que segue com uma tomada de posição, isto é, com a formulação de uma tese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a justificar esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmação da posição adotada no início do texto. Língua Portuguesa 5

10 A efetividade do texto tem relação direta não só com a pertinência dos argumentos expostos como também com as estratégias discursivas usadas para persuadir o leitor. Entre estas estratégias, podemos encontrar as seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações, as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tomada de distância através do uso das construções impessoais, para dar objetividade e consenso à análise realizada; a retenção em recursos descritivos - detalhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes da informação. Todos eles são recursos que servem para fundamentar os argumentos usados na validade da tese. A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus respectivos comentários. Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresentam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam, com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, concessivas e condicionais. Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito. Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, cenas e opiniões como positivas ou negativas. A Reportagem É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma figura-chave para o conhecimento deste tópico. A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a publicação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a atenção dos leitores. A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, realizada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador. A Entrevista Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente mediante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade, uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mudança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações sobre as declarações do entrevistado. Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessariamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a conversação possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas derivados. Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe uma garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez de quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo de propostas e de réplicas. TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ciências em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situamse tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais. Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos, as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem sintática canônica (sujeito-verbo-predicado). Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semântica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido das palavras. O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábulos a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é, evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao termo polissêmico nesse contexto. A Definição Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenciais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir através de um processo de sinonímia. Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence, "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal. Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou parte do Zodíaco, de 30 de amplitude, que o Sol percorre aparentemente antes de terminar o inverno. Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La Real Academia Espa1ioJa (RAE, 198), o significado de um tema base ou introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exemplo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um substantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do Zodíaco, de 30 de amplitude..."), que incorporam maior informação mediante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemente antes de terminar o inverno". As definições contêm, também, informações complementares relacionadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo ("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc. Essas informações complementares contêm frequentemente abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário: Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc. O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias básicas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipografias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologias, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco mediante barras paralelas e /ou números. Língua Portuguesa 6

11 Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma coisa por um período determinado. 11. Ampliar, prolongar 113. Fazer continuar em exercício; adiar o término de. A Nota de Enciclopédia Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela amplitude desta expansão. A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituemse, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítulos. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia, população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc. Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebrados; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas variedades: terrestres e aquáticos. Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da linguagem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que responde às exigências de concisão e de precisão. As características inerentes aos objetos apresentados aparecem através de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam qualidades próprias daquilo a que se referem. O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de ligação - ser, estar, parecer, etc. O Relato de Experimentos Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos que descrevem experimentos. O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, mas que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é necessário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para constatar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que circunstâncias obtém-se um melhor crescimento. A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas categorias: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, isto é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo observado. Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que começam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal): Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a planta crescerá mais rápido. Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade. Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável tempo aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é possível observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos...; de advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no mesmo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente essencial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apresenta as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma das etapas do processo. Língua Portuguesa 7 O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado em um recipiente... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente... Jogo observo/observei que... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa, do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos. A Monografia Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um determinado tema é recolhida em diferentes fontes. Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados com base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos qualificados ou de especialistas no tema. As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coerente dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por exemplo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os aspectos positivos da gestão governamental de um determinado personagem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos, teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que esta valorização fique explícita. Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que, conjugando seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará as primeiras antecipações sobre a informação que espera encontrar e formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas que regem a apresentação da bibliografia. O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de construções de discurso direto ou de discurso indireto. Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modificações, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da economia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida - declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos sinais que distinguem frequentemente o discurso direto. Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por outro, em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos subordinadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações, pronomes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais auxiliares, etc. Discurso direto: Ás raízes de meu pensamento afirmou Echeverría - nutrem-se do liberalismo Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu pensamento nutriam -se do liberalismo' Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi (dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do emissor. Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o autor recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classificação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os dados apresentados e o princípio de classificação adotado. Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipótese, sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das fontes consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência estabelecida entre os fatos e a conclusão.

12 Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos. Os conectores lógicos oracionais e extra oracionais são marcas linguísticas relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem entre os dados e para avaliar sua coerência. A Biografia É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s). Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia. Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresentar ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens cuja ação foi qualificada como relevante na história. Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado que a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em sua construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a conectividade temporal: advérbios, construções de valor semântico adverbial (Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de sua cidade natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposições temporais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhos da novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se na realidade), etc. A veracidade que exigem os textos de informação científica manifestase nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apresentados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dados pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com a importância que a eles atribui. Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não - autorizadas" de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma característica que parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de revelar a personagem através de uma profusa acumulação de aspectos negativos, especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios altamente reprovados pela opinião pública. TEXTOS INSTRUCIONAIS Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais diversas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou animais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc. Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culinárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um avião. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções, etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendida. A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencionais cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade, estão amplamente difundidos os modelos de regulamentos de copropriedade; então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um texto deste tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identificação para introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos direitos e deveres das partes envolvidas. Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instrucionais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de alimentos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguir uma dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio destes textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de abordagem e de produção de algumas de suas variedades, como as receitas e as instruções. As Receitas e as Instruções Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato, fabricar um móvel, consertar um objeto, etc. Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experimento, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.), a outra, desenvolve as instruções. As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitualmente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acompanhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos). As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres, com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo (misturar a farinha com o açúcar). Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (separe cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado as claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem estruturados visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-se, com frequência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar e de tempo: Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer novamente. Neste momento, terá que correr rapidamente até o lado oposto da cancha. Aqui pode intervir outro membro da equipe. TEXTOS EPISTOLARES Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por escrito com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeçalho. Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de uma empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos designados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora). Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo das características contidas no texto. Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organização espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabelece o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que orienta a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um amigo, optase por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é desconhecido ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica (empregador em relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.), impõe-se o estilo formal. A Carta As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e argumentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informativa, expressiva e apelativa). Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto é, aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm acontecimentos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que percebe o receptor como cúmplice, ou seja, como um destinatário comprometido afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, capaz de extrair a dimensão expressiva da mensagem. Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor conhecido, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transparecer marcas da oralidade: frases inconclusas, nas quais as reticências habilitam múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las; perguntas que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que encerram em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de exclamação que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas expressões que refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas. Língua Portuguesa 8

13 Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enunciativas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificativos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições. A Solicitação É dirigida a um receptor que, nessa situação comunicativa estabelecida pela carta, está revestido de autoridade à medida que possui algo ou tem a possibilidade de outorgar algo que é considerado valioso pelo emissor: um emprego, uma vaga em uma escola, etc. Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ceder ou não ao pedido, obriga o primeiro a optar por um estilo formal, que recorre ao uso de fórmulas de cortesia já estabelecidas convencionalmente para a abertura e encerramento (atenciosamente..com votos de estima e consideração... / despeço-me de vós respeitosamente.../ Saúdo-vos com o maior respeito), e às frases feitas com que se iniciam e encerram-se estes textos (Dirijo-me a vós a fim de solicitar-lhe que... O abaixo-assinado, Antônio Gonzalez, D.NJ , dirigi-se ao Senhor Diretor do Instituto Politécnico a fim de solicitar-lhe...) As solicitações podem ser redigidas na primeira ou terceira pessoa do singular. As que são redigidas na primeira pessoa introduzem o emissor através da assinatura, enquanto que as redigidas na terceira pessoa identificam-no no corpo do texto (O abaixo assinado, Juan Antonio Pérez, dirigese a...). A progressão temática dá-se através de dois núcleos informativos: o primeiro determina o que o solicitante pretende; o segundo, as condições que reúne para alcançar aquilo que pretende. Estes núcleos, demarcados por frases feitas de abertura e encerramento, podem aparecer invertidos em algumas solicitações, quando o solicitante quer enfatizar suas condições; por isso, as situa em um lugar preferencial para dar maior força à sua apelação. Essas solicitações, embora cumpram uma função apelativa, mostram um amplo predomínio das orações enunciativas complexas, com inclusão tanto de proposições causais, consecutivas e condicionais, que permitem desenvolver fundamentações, condicionamentos e efeitos a alcançar, como de construções de infinitivo ou de gerúndio: para alcançar essa posição, o solicitante lhe apresenta os seguintes antecedentes... (o infinitivo salienta os fins a que se persegue), ou alcançando a posição de... (o gerúndio enfatiza os antecedentes que legitimam o pedido). A argumentação destas solicitações institucionalizaram-se de tal maneira que aparece contida nas instruções de formulários de emprego, de solicitação de bolsas de estudo, etc. Texto extraído de: ESCOLA, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS, Ana Maria Kaufman, Artes Médicas, Porto Alegre, RS. Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de progresso. Do ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo que concorre para equilibrar a ação transformadora do homem sobre a natureza e a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas sustentável: o adjetivo exprime uma condição, para cercear as iniciativas predatórias. Cada novidade tecnológica há de ser investigada quanto a seus efeitos sobre o homem e o meio em que vive. Cada intervenção na natureza há de adequarse a um planejamento que considere a qualidade e a extensão dos efeitos. Em suma: já está ocorrendo, há algum tempo, uma avaliação ética e política de todas as formas de progresso que afetam nossa relação com o mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. Não é pouco, mas ainda não é suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresários, aos industriais e a todos nós cidadãos comuns cabe a tarefa cotidiana de zelarmos por nossas ações que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade de vida. A tarefa começa em nossa casa, em nossa cozinha e banheiro, em nosso quintal e jardim e se estende à preocupação com a rua, com o bairro, com a cidade. Meu coração não é maior do que o mundo, dizia o poeta. Mas um mundo que merece a atenção do nosso coração e da nossa inteligência é, certamente, melhor do que este em que estamos vivendo. Não custa interrogar, a cada vez que alguém diz progresso, o sentido preciso talvez oculto - da palavra mágica empregada. (Alaor Adauto de Mello) 1. Centraliza-se, no texto, uma concepção de progresso, segundo a qual este deve ser (A)) equacionado como uma forma de equilíbrio entre as atividades humanas e o respeito ao mundo natural. (B) identificado como aprimoramento tecnológico que resulte em atividade economicamente viável. (C) caracterizado como uma atividade que redunde em maiores lucros para todos os indivíduos de uma comunidade. (D) definido como um atributo da natureza que induz os homens a aproveitarem apenas o que é oferecido em sua forma natural. (E) aceito como um processo civilizatório que implique melhor distribuição de renda entre todos os agentes dos setores produtivos.. Considere as seguintes afirmações: I. A banalização do uso da palavra progresso é uma consequência do fato de que a Ecologia deixou de ser um assunto acadêmico. II. A expressão desenvolvimento sustentável pressupõe que haja III. formas de desenvolvimento nocivas e predatórias. Entende o autor do texto que a magia da palavra progresso advém do uso consciente e responsável que a maioria das pessoas vem fazendo dela. Em relação ao texto está correto APENAS que se afirmar em (A) I. (B))II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. EXERCÍCIOS INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que segue. No coração do progresso Há séculos a civilização ocidental vem correndo atrás de tudo o que classifica como progresso. Essa palavra mágica aplica-se tanto à invenção do aeroplano ou à descoberta do DNA como à promoção do papai no novo emprego. Estou fazendo progressos, diz a titia, quando enfim acerta a mão numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e convidar o leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre pareceu abrir todas as portas para uma vida melhor. Quando, muitos anos atrás, num daqueles documentários de cinema, via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendimento, ninguém tinha dúvida em dizer ou pensar: é o progresso. Uma represa monumental era progresso. Cada novo produto químico era um progresso. As coisas não mudaram tanto: continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mágica. Mas não deixaram de mudar um pouco: desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preservação ambiental e da melhoria das condições da vida em nosso pequenino planeta. Língua Portuguesa 9 3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente uma frase do texto em: (A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a qualquer conclusão. (B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mágica = seguimos chamando de mágico tudo o que julgamos sem preconceito. (C) para cercear as iniciativas predatórias = para ir ao encontro das ações voluntariosas. (D) ações que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade da vida = (E)) práticas alheias ao que diz respeito às condições de vida. há de adequar-se a um planejamento = deve ir ao encontro do que está planificado. 4. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um planejamento pelo qual se garanta que a qualidade da vida seja preservada. Os tempos e os modos verbais da frase acima continuarão corretamente articulados caso se substituam as formas sublinhadas, na ordem em que surgem, por (A) (B) (C) (D) (E) houve - garantiria é haveria - garantiu - teria sido haveria - garantisse fosse haverá - garantisse - e havia - garantiu é

14 5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: (A)) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso algumas conotações mágicas. (B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu sentido real muitos equívocos ideológicos. (C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega a representarem, de fato, qualquer avanço significativo. (D) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a fundo, veríamos que são irrelevantes para a melhoria da vida. (E) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, com nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da vida. 6. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase: (A) De tudo aquilo que classificamos como progresso costumamos atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual não queremos abrir mão. (B) É preferível deixar intacta a mata selvagem do que destruí-la em nome de um benefício em que quase ninguém desfrutará. (C) A titia, cuja a mão enfim acertou numa velha receita, não hesitou em ver como progresso a operação à qual foi bem sucedida. (D) A precisão da qual se pretende identificar o sentido de uma palavra depende muito do valor de contexto a que lhe atribuímos. (E)) As inovações tecnológicas de cujo benefício todos se aproveitam representam, efetivamente, o avanço a que se costuma chamar progresso. 7. Considere as seguintes afirmações, relativas a aspectos da construção ou da expressividade do texto: I. No contexto do segundo parágrafo, a forma plural não mudaram tanto atende à concordância com academias. II. No contexto do terceiro parágrafo, a expressão há de adequar-se exprime um dever imperioso, uma necessidade premente. III. A expressão Em suma, tal como empregada no quarto parágrafo, anuncia a abertura de uma linha de argumentação ainda inexplorada no texto. Está correto APENAS o que se afirmar em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos. Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam (B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na (C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe (D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam (E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam 9. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Caso não se determine bem o sentido da palavra progresso, pois que é usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessário que reflitamos sobre seu verdadeiro sentido. (B) Ao dizer o poeta que seu coração não é maior do que o mundo, devemos nos inspirar para que se estabeleça entre este e o nosso coração os compromissos que se reflitam numa vida melhor. (C) Nada é desprezível no espaço do mundo, que não mereça nossa atenção quanto ao fato de que sejamos responsáveis por sua melhoria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja. (D)) Todo desenvolvimento definido como sustentável exige, para fazer jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para que não venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros. (E) Tem muita ciência que, se saísse das limitações acadêmicas, acabariam por se revelarem mais úteis e mais populares, em vista da Ecologia, cujas consequências se sente mesmo no âmbito da vida prática. Língua Portuguesa Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período: (A) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a porta para um mundo, mágico de prosperidade garantida. (B)) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações aparentemente irrisórias, cuja execução cotidiana é, no entanto, importantíssima. (C) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha mágica. (D) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes represas, costuma trazer também uma série de consequências ambientais que, nem sempre, foram avaliadas. (E) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas segundo as quais, o conceito de progresso está sujeito a uma permanente avaliação. Leia o texto a seguir para responder às questões de números 11 a 4. De um lado estão os prejuízos e a restrição de direitos causados pelos protestos que param as ruas de São Paulo. De outro está o direito à livre manifestação, assegurado pela Carta de Como não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque entre garantias democráticas fundamentais, cabe lançar mão de medidas pontuais e sobretudo de bom senso. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima em R$ 3 milhões o custo para a população dos protestos ocorridos nos últimos três anos na capital paulista. O cálculo leva em conta o combustível consumido e as horas perdidas de trabalho durante os engarrafamentos causados por protestos. Os carros enfileirados por conta de manifestações nesses três anos praticamente cobririam os 31 km que separam São Paulo de São Carlos. A Justiça é o meio mais promissor, em longo prazo, para desestimular os protestos abusivos que param o trânsito nos horários mais inconvenientes e acarretam variados transtornos a milhões de pessoas. É adequada a atitude da CET de enviar sistematicamente ao Ministério Público relatórios com os prejuízos causados em cada manifestação feita fora de horários e locais sugeridos pela agência ou sem comunicação prévia. Com base num documento da CET, por exemplo, a Procuradoria acionou um líder de sindicato, o qual foi condenado em primeira instância a pagar R$ 3,3 milhões aos cofres públicos, a título de reparação. O direito à livre manifestação está previsto na Constituição. No entanto, tal direito não anula a responsabilização civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos. O poder público deveria definir, de preferência em negociação com as categorias que costumam realizar protestos na capital, horários e locais vedados às passeatas. Práticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas essenciais para o tráfego na capital nos horários de maior fluxo, deveriam ser abolidas. (Folha de S.Paulo, Adaptado) 11. De acordo com o texto, é correto afirmar que (A) a Companhia de Engenharia de Tráfego não sabe mensurar o custo dos protestos ocorridos nos últimos anos. (B) os prejuízos da ordem de R$ 3 milhões em razão dos engarrafamentos já foram pagos pelos manifestantes. (C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrática e são permitidos pela Carta de (D) após a multa, os líderes de sindicato resolveram organizar protestos de rua em horários e locais predeterminados. (E) o Ministério Público envia com frequência estudos sobre os custos das manifestações feitas de forma abusiva. 1. No primeiro parágrafo, afirma-se que não há fórmula perfeita para solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuízos causados ao restante da população. A saída estaria principalmente na (A) sensatez. (B) Carta de (C) Justiça. (D) Companhia de Engenharia de Tráfego. (E) na adoção de medidas amplas e profundas.

15 13. De acordo com o segundo parágrafo do texto, os protestos que param as ruas de São Paulo representam um custo para a população da cidade. O cálculo desses custos é feito a partir (A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). (B) dos gastos de combustível e das horas de trabalho desperdiçadas em engarrafamentos. (C) da distância a ser percorrida entre as cidades de São Paulo e São Carlos. (D) da quantidade de carros existentes entre a capital de São Paulo e São Carlos. (E) do número de usuários de automóveis particulares da cidade de São Paulo. 14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos, em razão das manifestações na cidade de São Paulo nos últimos três anos, é equiparada, no texto, (A) a R$ 3,3 milhões. (B) ao total de usuários da cidade de São Carlos. (C) ao total de usuários da cidade de São Paulo. (D) ao total de combustível economizado. (E) a uma distância de 31 km. 15. No terceiro parágrafo, a respeito do poder da Justiça em coibir os protestos abusivos, o texto assume um posicionamento de (A) indiferença, porque diz que a decisão não cabe à Justiça. (B) entusiasmo, porque acredita que o órgão já tem poder para impedir protestos abusivos. (C) decepção, porque não vê nenhum exemplo concreto do órgão para impedir protestos em horários de pico. (D) confiança, porque acredita que, no futuro, será uma forma bemsucedida de desestimular protestos abusivos. (E) satisfação, porque cita casos em que a Justiça já teve êxito em impedir protestos em horários inconvenientes e em avenidas movimentadas. 16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de Engenharia de Tráfego de enviar periodicamente relatórios sobre os prejuízos causados em cada manifestação é (A) pertinente. (B) indiferente. (C) irrelevante. (D) onerosa. (E) inofensiva. 17. No quarto parágrafo, o fato de a Procuradoria condenar um líder sindical (A) é ilegal e fere os preceitos da Carta de (B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituição. (C) é legal, porque o direito à livre manifestação não isenta o manifestante da responsabilidade pelos danos causados. (D) é nula, porque, segundo o direito à livre manifestação, o acusado poderá entrar com recurso. (E) é inédita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos assegurados, um manifestante será punido. 18. Dentre as soluções apontadas, no último parágrafo, para resolver o conflito, destaca-se (A) multa a líderes sindicais. (B) fiscalização mais rígida por parte da Companhia de Engenharia de Tráfego. (C) o fim dos protestos em qualquer via pública. (D) fixar horários e locais proibidos para os protestos de rua. (E) negociar com diferentes categorias para que não façam mais manifestações. 19. No trecho É adequada a atitude da CET de enviar relatórios, substituindo-se o termo atitude por comportamentos, obtém-se, de acordo com as regras gramaticais, a seguinte frase: (A) É adequada comportamentos da CET de enviar relatórios. (B) É adequado comportamentos da CET de enviar relatórios. (C) São adequado os comportamentos da CET de enviar relatórios. (D) São adequadas os comportamentos da CET de enviar relatórios. (E) São adequados os comportamentos da CET de enviar relatórios. 0. No trecho No entanto, tal direito não anula a responsabilização civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos, a locução conjuntiva no entanto indica uma relação de (A) causa e efeito. (B) oposição. (C) comparação. (D) condição. (E) explicação. 1. Não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque. Nessa frase, a palavra arbitrar é um sinônimo de (A) julgar. (B) almejar. (C) condenar. (D) corroborar. (E) descriminar.. No trecho A Justiça é o meio mais promissor para desestimular os protestos abusivos a preposição para estabelece entre os termos uma relação de (A) tempo. (B) posse. (C) causa. (D) origem. (E) finalidade. 3. Na frase O poder público deveria definir horários e locais, substituindo-se o verbo definir por obedecer, obtém-se, segundo as regras de regência verbal, a seguinte frase: (A) O poder público deveria obedecer para horários e locais. (B) O poder público deveria obedecer a horários e locais. (C) O poder público deveria obedecer horários e locais. (D) O poder público deveria obedecer com horários e locais. (E) O poder público deveria obedecer os horários e locais. 4. Transpondo para a voz passiva a frase A Procuradoria acionou um líder de sindicato obtém-se: (A) Um líder de sindicato foi acionado pela Procuradoria. (B) Acionaram um líder de sindicato pela Procuradoria. (C) Acionaram-se um líder de sindicato pela Procuradoria. (D) Um líder de sindicato será acionado pela Procuradoria. (E) A Procuradoria foi acionada por um líder de sindicato. Leia o texto para responder às questões de números 5 a 34. DIPLOMA E MONOPÓLIO Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência (sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, como explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para o exercício profissional? Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje, nem 0% advogam. Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são também úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem sucedido na prova, abrir ou fechar cursos de formação geral é assunto do MEC, não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de limitar a concorrência mas trata-se aí de uma questão secundária. (...) (Veja, Adaptado) 5. Assinale a alternativa que reescreve, com correção gramatical, as frases: Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. (A) Faz quase dois séculos que se fundou escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os enguiços entre diplomas e carreiras. Língua Portuguesa 11

16 (B) (C) (D) (E) Faz quase dois séculos que se fundava escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram os enguiços entre diplomas e carreiras. Faz quase dois séculos que se fundaria escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os enguiços entre diplomas e carreiras. Faz quase dois séculos que se fundara escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolvera os enguiços entre diplomas e carreiras. Faz quase dois séculos que se fundaram escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram os enguiços entre diplomas e carreiras. 6. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de acordo com a norma culta, as frases: O monopólio só é bom para aqueles que. / Nos dias de hoje, nem 0% advogam, e apenas 1%. / Em sua maioria, os advogados sempre. (A) o retêem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na política e no mundo dos negócios (B) o retém / obtém sucesso / se apropriaram aos postos de destaque na política e no mundo dos negócios (C) o retém / obtêem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na política e no mundo dos negócios (D) o retêm / obtém sucesso / sempre se apropriaram de postos de destaque na política e no mundo dos negócios (E) o retem / obtêem sucesso / se apropriaram de postos de destaque na política e no mundo dos negócios 7. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida pela conjunção se, empregado na frase Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas,... (A) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corporativos. (B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico. (C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária. (D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa. (E) No curso de direito, lê-se bastante. 8. Assinale a alternativa em que se admite a concordância verbal tanto no singular como no plural como em: A maioria dos advogados ocupam postos de destaque na política e no mundo dos negócios. (A) Como o direito, a medicina é uma carreira estritamente profissional. (B) Os Estados Unidos e a Alemanha não oferecem cursos de administração em nível de bacharelado. (C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificação. (D) As melhores universidades do país abastecem o mercado de trabalho com bons profissionais. (E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por órgãos oficiais. 9. Assinale a alternativa que apresenta correta correlação de tempo verbal entre as orações. (A) Se os advogados demonstrarem um mínimo de conhecimento, poderiam defender bem seus clientes. (B) Embora tivessem cursado uma faculdade, não se desenvolveram intelectualmente. (C) É possível que os novos cursos passam a ter fiscalização mais severa. (D) Se não fosse tanto desconhecimento, o desempenho poderá ser melhor. (E) Seria desejável que os enguiços entre diplomas e carreiras se resolvem brevemente. 30. A substituição das expressões em destaque por um pronome pessoal está correta, nas duas frases, de acordo com a norma culta, em: (A) I. A concorrência promove o interesse da sociedade. / A concorrência promove-o. II. Aqueles que defenderão clientes. / Aqueles que lhes defenderão. (B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la. Língua Portuguesa 1 (C) (D) (E) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. É preciso mencionar os cursos de administração. / É preciso mencionar-lhes. I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os advogados devem demonstrá-los. II. As associações mostram à sociedade o seu papel. / As associações mostram-lhe o seu papel. I. As leis protegem os monopólios espúrios. / As leis protegem-os. II. As corporações deviam fiscalizar a prática profissional. / As corporações deviam fiscalizá-la. 31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem, respectivamente, a mesma função sintática das expressões assinaladas em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. (A) Se aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico. (B) A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista. (C) Abrir e fechar cursos de formação geral é assunto do MEC. (D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lógica rigorosa. (E) Boas razões existirão sempre para o advogado buscar conhecimento. 3. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma culta. (A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente se dedicam a profissão. (B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um mínimo de conhecimento. (C) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o exame da OAB. (D) As corporações deviam promover o interesse da sociedade. / As corporações deviam almejar do interesse da sociedade. (E) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é uma forma de restringir à concorrência. 33. Assinale a alternativa em que o período formado com as frases I, II e III estabelece as relações de condição entre I e II e de adição entre I e III. I. O advogado é aprovado na OAB. II. O advogado raciocina com lógica. III. O advogado defende o cliente no tribunal. (A) Se o advogado raciocinar com lógica, ele será aprovado na OAB e defenderá o cliente no tribunal com sucesso. (B) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso, mas terá de raciocinar com lógica e ser aprovado na OAB. (C) Como raciocinou com lógica, o advogado será aprovado na OAB e defenderá o cliente no tribunal com sucesso. (D) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso porque raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB. (E) Uma vez que o advogado raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB, ele poderá defender o cliente no tribunal com sucesso. 34. Na frase Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. a palavra paciência vem entre vírgulas para, no contexto, (A) garantir a atenção do leitor. (B) separar o sujeito do predicado. (C) intercalar uma reflexão do autor. (D) corrigir uma afirmação indevida. (E) retificar a ordem dos termos. Atenção: As questões de números 35 a 4 referem-se ao texto abaixo. SOBRE ÉTICA A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em três acepções. Numa, faz-se referência a teorias que têm como objeto de estudo o comportamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez, a teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condições da moral, relacionando-a com necessidades sociais humanas. Teríamos, assim, nessa acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser estudado racional e cientificamente por uma disciplina que se propõe a descrever as normas morais ou mesmo, com o auxílio de outras ciências, ser capaz de explicar valorações comportamentais. Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma categoria filosófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em núcleo especulativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na convivência humana. A Ética, como parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre os fundamentos da moral na busca de explicação dos fatos morais.

17 Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como objeto descritível de uma Ciência, tampouco como fenômeno especulativo. Trata-se agora da conduta esperada pela aplicação de regras morais no comportamento social, o que se pode resumir como qualificação do comportamento do homem como ser em situação. É esse caráter normativo de Ética que a colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir e a Ética seria assim a moral em realização, pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especialmente de dignidade. Como se vê, a compreensão do fenômeno Ética não mais surgiria metodologicamente dos resultados de uma descrição ou reflexão, mas sim, objetivamente, de um agir, de um comportamento consequencial, capaz de tornar possível e correta a convivência. (Adaptado do site Doutrina Jus Navigandi) 35. As diferentes acepções de Ética devem-se, conforme se depreende da leitura do texto, (A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo. (B) às considerações sobre a etimologia dessa palavra. (C) aos métodos com que as ciências sociais a analisam. (D) às íntimas conexões que ela mantém com o Direito. (E) às perspectivas em que é considerada pelos acadêmicos. 36. A concepção de ética atribuída a Adolfo Sanchez Vasquez é retomada na seguinte expressão do texto: (A) núcleo especulativo e reflexivo. (B) objeto descritível de uma Ciência. (C) explicação dos fatos morais. (D) parte da Filosofia. (E) comportamento consequencial. 37. No texto, a terceira acepção da palavra ética deve ser entendida como aquela em que se considera, sobretudo, (A) o valor desejável da ação humana. (B) o fundamento filosófico da moral. (C) o rigor do método de análise. (D) a lucidez de quem investiga o fato moral. (E) o rigoroso legado da jurisprudência. 38. Dá-se uma íntima conexão entre a Ética e o Direito quando ambos revelam, em relação aos valores morais da conduta, uma preocupação (A) filosófica. (B) descritiva. (C) prescritiva. (D) contestatária. (E) tradicionalista. 39. Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parênteses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso: (A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão) (B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate) (C) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situação. (provisório) (D) (E) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (concessivo) 40. As normas de concordância estão plenamente observadas na frase: (A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em torno de três acepções de Ética. (B) As referências que se faz à natureza da ética consideram-na, com muita frequência, associada aos valores morais. (C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as leis deixariam de ter a dignidade humana como balizamento. (D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o efetivo valor de que se impregna a conduta dos indivíduos. (E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam as circunstâncias, atentar para a observância dos valores éticos. 41. Está clara, correta e coerente a redação do seguinte comentário sobre o texto: (A) Dentre as três acepções de Ética que se menciona no texto, uma apenas diz respeito à uma área em que conflui com o Direito. (B) O balizamento da conduta humana é uma atividade em que, cada um em seu campo, se empenham o jurista e o filósofo. Língua Portuguesa 13 (C) (D) (E) Costuma ocorrer muitas vezes não ser fácil distinguir Ética ou Moral, haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar à situação do homem. Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento humano, a Ética varia conforme a perspectiva de atribuição do mesmo. Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da Ética, costumam apresentar divergências de enfoques, em que pese a metodologia usada. 4. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante deverá ser: (A) seria dado. (B) teriam dado. (C) seriam dados. (D) teriam sido dados. (E) fora dado. Atenção: As questões de números 43 a 48 referem-se ao texto abaixo. O HOMEM MORAL E O MORALIZADOR Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral são figuras diferentes, se não opostas. O homem moral se impõe padrões de conduta e tenta respeitá-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue respeitar. A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes. Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se soubesse respeitar o padrão moral que ele impõe, ele não precisaria punir suas imperfeições nos outros. Segundo, é possível e compreensível que um homem moral tenha um espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais ganham força de lei (os Estados confessionais, por exemplo) não são regradas por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e escolhidos homens exemplares, mas por moralizadores que tentam remir suas próprias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que todos pagam pelos pecados de hipócritas que não se aguentam. (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 0/03/008) III. 43. Atente para as afirmações abaixo. I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se preocupa com os padrões morais de conduta. II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o homem moral acaba por impô-lo à conduta alheia. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os padrões de conduta que ele cobra dos outros. Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 44. No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator determinante para que (A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos padrões morais para avaliar sua conduta. (B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem moral e o homem moralizador. (C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracterizar um homem moralizador. (D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de um homem moral e o de um moralizador. (E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas atitudes tomadas pelo homem moral. 45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplificar uma sociedade na qual (A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos. (B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos.

18 (C) (D) (E) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral comum. a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra moral. eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis. 46. Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes, o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido em: (A) significativos desdobramentos dela. (B) determinados antecedentes dela. (C) reconhecidos fatores que a causam. (D) consequentes aspectos que a relativizam. (E) valores comuns que ela propicia. 47. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase: (A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já não podia ser considerado um hipócrita. (B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores morais que eles imporão aos outros. (C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servisse de controle dos demais cidadãos. (D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracterizava-se um ato típico do moralizador. (E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões morais que eles próprios não respeitam. 48. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não costuma acusar em si mesmo. (B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral ele não costuma impingir na dos outros. (C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos em que ele acusa seus semelhantes. (D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas. (E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz. Atenção: As questões de números 49 a 54 referem-se ao texto abaixo. FIM DE FEIRA Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaça estragar. Chegam com suas sacolas cheias de esperança. Alguns não perdem tempo e passam a recolher o que está pelo chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas, a metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os fregueses compradores. Há uns que se aventuram até mesmo nas cercanias da barraca de pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, ou uma ponta de cação obviamente desprezada. Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora. Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refugos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados. Agem para salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio mesmo do comércio. Parecem temer que a fome seja debelada sem que alguém pague por isso. E não admitem ser acusados de egoístas: somos comerciantes, não assistentes sociais, alegam. Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da limpeza e os funcionários da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O trânsito é liberado, os carros atravancam a rua e, não fosse o persistente cheiro de peixe, a ninguém ocorreria que ali houve uma feira, frequentada por tão diversas espécies de seres humanos. (Joel Rubinato, inédito) 49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refugos e não admitem ser acusados de egoístas, o narrador do texto (A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes. (B) revela uma perspectiva crítica diante da atitude de certos feirantes. (C) demonstra não reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta. (D) assume-se como um cronista a quem não cabe emitir julgamentos. (E) insinua sua indignação contra o lucro excessivo dos feirantes. 50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento do texto em: (A) serviu de chamariz amado. (B) alguma suspeita sardinha (C) teimoso aproveitamento (D) o princípio mesmo do comércio (E) Agem para salvaguardar 51. Atente para as afirmações abaixo. I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um cação que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram, no primeiro parágrafo. II. O emprego de alegam, no segundo parágrafo, deixa entrever que o III. autor não compactua com a justificativa dos feirantes. No último parágrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a superação de tudo o que determina a existência de diversas espécies de seres humanos. Em relação ao texto, é correto o que se afirmar APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 5. Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de construção do texto: no contexto do (A) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a expressão verbal querem pagar. (B) primeiro parágrafo, a expressão fregueses compradores faz subentender a existência de fregueses que não compram nada. (C) segundo parágrafo, a expressão de qualquer modo está empregada com o sentido de de toda maneira. (D) segundo parágrafo, a expressão para salvaguardar está empregada com o sentido de a fim de resguardar. (E) terceiro parágrafo, a expressão não fosse tem sentido equivalente ao de mesmo não sendo. 53. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: (A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, não... (deixar) de as recolher quem não pode pagar pelas boas e bonitas. (B)...-se (dever) aos ruidosos funcionários da limpeza pública a providência que fará esquecer que ali funcionou uma feira. (C) Não... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as sobras de seus produtos, a observação do autor sobre o egoísmo humano. (D) A pouca gente... (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da coleta, a que o narrador deu ênfase em seu texto. (E) Não... (caber) aos leitores, por força do texto, criticar o lucro razoável de alguns feirantes, mas sim, a inaceitável impiedade de outros. 54. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase: (A) Fica-se indignado com os feirantes, que não compreendem a carência dos mais pobres. (B) No texto, ocorre uma descrição o mais fiel possível da tradicional coleta de um fim de feira. (C) A todo momento, dá-se o triste espetáculo de pobreza centralizado nessa narrativa. (D) Certamente, o leitor não deixará de observar a preocupação do autor em distinguir os diferentes caracteres humanos. (E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrerá também a humilde coleta de que trata a crônica. 1. A. B 3. E 4. C 5. A 6. E 7. B 8. A 9. D 10. B 11. C 1. A 13. B 14. E 15. D 16. A 17. C 18. D 19. E 0. B 1. A. E 3. B 4. A 5. E 6. D 7. A 8. C 9. B 30. D RESPOSTAS 31. E 3. B 33. A 34. C 35. E 36. B 37. A 38. C 39. D 40. E 41. B 4. A 43. C 44. D 45. B 46. A 47. E 48. D 49. B 50. C 51. D 5. E 53. D 54. A Língua Portuguesa 14

19 ORTOGRAFIA. ALFABETO. VOGAL, SEMIVOGAL E CONSOANTES, LETRAS MAIÚSCULAS E MINÚS- CULAS. ENCONTRO VOCÁLICO. ENCONTRO CON- SONANTAL. DÍGRAFOS. SÍLABA: NÚMERO DE SÍ- LABAS, SÍLABA TÔNICA E SUA CLASSIFICAÇÃO. As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua. Eis algumas observações úteis: DISTINÇÃO ENTRE J E G 1. Escrevem-se com J: a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste, canjerê, pajé, etc. b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrijecer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc. c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis. d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc. b) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc. c) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de árvore que produz o látex). d) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, enchapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafadas com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, encher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en + radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar: en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).. Escrevem-se com CH: a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estrebuchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, salsicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachimbo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochila, piche, pichar, tchau. b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se distingue pelo contraste entre o x e o ch. e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.. Escrevem-se com G: a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem, ferrugem, etc. b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO: estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc. c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir. DISTINÇÃO ENTRE S E Z 1. Escrevem-se com S: a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc. b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: português portuguesa, camponês camponesa, marquês marquesa, burguês burguesa, montês, pedrês, princesa, etc. c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc. d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exegese análise, trombose, etc. e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa, causa. f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc. g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; pretender: pretensão; repreender: repreensão, etc.. Escrevem-se em Z. a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização, organizado; realizar: realização, realizado, etc. b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc. c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e ZITO: cafezal, cinzeiro, chapeuzinho, cãozito, etc. DISTINÇÃO ENTRE X E CH: 1. Escrevem-se com X a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote, feixe, etc. Exemplos: brocha (pequeno prego) broxa (pincel para caiação de paredes) chá (planta para preparo de bebida) xá (título do antigo soberano do Irã) chalé (casa campestre de estilo suíço) xale (cobertura para os ombros) chácara (propriedade rural) xácara (narrativa popular em versos) cheque (ordem de pagamento) xeque (jogada do xadrez) cocho (vasilha para alimentar animais) coxo (capenga, imperfeito) DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C Observe o quadro das correlações: Correlações t - c ter-tenção rg - rs rt - rs pel - puls corr - curs sent - sens ced - cess gred - gress prim - press tir - ssão Exemplos ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter - detenção; reter - retenção aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submersão; inverter - inversão; divertir - diversão impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão sentir - senso, sensível, consenso ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - intercessão. exceder - excessivo (exceto exceção) agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão - progresso - progressivo imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repressão. admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão. (re)percutir - (re)percussão PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES ONDE-AONDE Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equivale sempre a PARA ONDE. Língua Portuguesa 15

20 AONDE você vai? AONDE nos leva com tal rapidez? Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de movimento emprega-se ONDE ONDE estão os livros? Não sei ONDE te encontrar. MAU - MAL MAU é adjetivo (seu antônimo é bom). Escolheu um MAU momento. Era um MAU aluno. MAL pode ser: a) advérbio de modo (antônimo de bem). Ele se comportou MAL. Seu argumento está MAL estruturado b) conjunção temporal (equivale a assim que). MAL chegou, saiu c) substantivo: O MAL não tem remédio, Ela foi atacada por um MAL incurável. CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO CESSÃO significa o ato de ceder. Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais. A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos os torcedores. SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião: Assistimos a uma SESSÃO de cinema. Reuniram-se em SESSÃO extraordinária. SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão: Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes. Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos. HÁ / A Na indicação de tempo, emprega-se: HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz): HÁ dois meses que ele não aparece. Ele chegou da Europa HÁ um ano. A para indicar tempo futuro: Daqui A dois meses ele aparecerá. Ela voltará daqui A um ano. FORMAS VARIANTES Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos. aluguel ou aluguer alpartaca, alpercata ou alpargata amídala ou amígdala assobiar ou assoviar assobio ou assovio azaléa ou azaleia bêbado ou bêbedo bílis ou bile cãibra ou cãimbra carroçaria ou carroceria chimpanzé ou chipanzé debulhar ou desbulhar fleugma ou fleuma Língua Portuguesa hem? ou hein? imundície ou imundícia infarto ou enfarte laje ou lajem lantejoula ou lentejoula nenê ou nenen nhambu, inhambu ou nambu quatorze ou catorze surripiar ou surrupiar taramela ou tramela relampejar, relampear, relampeguear ou relampar porcentagem ou percentagem EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS Escrevem-se com letra inicial maiúscula: 1) a primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua." No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula. 16 ) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via- Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno. 3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc. 4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc. 5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc. 6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc.: Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc. 7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc. 8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc. 9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte. Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste. 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc. Escrevem-se com letra inicial minúscula: 1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc. ) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc. 4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta: "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira) NOÇÕES BÁSICAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA ORTOGRAFIA OFICIAL Por Paula Perin dos Santos O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros: 009 vigência ainda não obrigatória, 010 a 01 adaptação completa dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 013 vigência obrigatória em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse Novo Acordo Ortográfico já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve sua implementação. É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática. Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de Leis ou Acordos.

21 A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, depois de internalizada uma regra, é difícil desaprendê-la. Então, cabe aqui uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra. Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil. Alfabeto A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo as letras k, w e y faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e palavras importadas do idioma inglês, como: km quilômetro, kg quilograma Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros. Trema Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso, o ü lê-se i ) Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes (semivogal+vogal): Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio. 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, público, pároco, proparoxítona. QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS 4. Acentuamos as vogais I e U dos hiatos, quando: Formarem sílabas sozinhos ou com S Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta. IMPORTANTE Por que não acentuamos ba-i-nha, fei-u-ra, ru-im, ca-ir, Ra-ul, se todos são i e u tônicas, portanto hiatos? Porque o i tônico de bainha vem seguido de NH. O u e o i tônicos de ruim, cair e Raul formam sílabas com m, r e l respectivamente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a sílaba tônica, sem precisar de acento que reforce isso. 5. Trema Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o ü lê-se i ) QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O, seguidas ou não de S, inclusive as formas verbais quando seguidas de LO(s) ou LA(s). Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como ÉI, ÉU, ÓI, seguidos ou não de S Ex. Chá Mês nós Gás Sapé cipó Dará Café avós Pará Vocês compôs vatapá pontapés só Aliás português robô dá-lo vê-lo avó recuperá-los Conhecê-los pô-los guardá-la Fé compô-los réis (moeda) Véu dói méis céu mói pastéis Chapéus anzóis ninguém parabéns Jerusalém Resumindo: Só não acentuamos oxítonas terminadas em I ou U, a não ser que seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras baú, aí, Esaú e atraílo são acentuadas porque as semivogais i e u estão tônicas nestas palavras.. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em: L afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível. N pólen, abdômen, sêmen, abdômen. R câncer, caráter, néctar, repórter. X tórax, látex, ônix, fênix. PS fórceps, Quéops, bíceps. Ã(S) ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs. ÃO(S) órgão, bênção, sótão, órfão. I(S) júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis. ON(S) náilon, próton, elétrons, cânon. UM(S) álbum, fórum, médium, álbuns. US ânus, bônus, vírus, Vênus. 6. Acento Diferencial O acento diferencial permanece nas palavras: pôde (passado), pode (presente) pôr (verbo), por (preposição) Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no singular ou plural: SINGULAR PLURAL Ele tem Ele vem Eles têm Eles vêm Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de ter e vir, como: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc. EMPREGO DE LETRAS E DIVISÃO SILÁBICA. Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU, GU. 1- chave: cha-ve aquele: a-que-le palha: pa-lha manhã: ma-nhã guizo: gui-zo Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R - emblema: reclamar: flagelo: globo: implicar: atleta: prato: em-ble-ma re-cla-mar fla-ge-lo glo-bo im-pli-car a-tle-ta pra-to abraço: recrutar: drama: fraco: agrado: atraso: a-bra-ço re-cru-tar dra-ma fra-co a-gra-do a-tra-so Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. cor-rer desçam: pas-sar exceto: fas-ci-nar 3- correr: passar: fascinar: des-çam ex-ce-to Não se separam as letras que representam um ditongo. 4- mistério: cárie: mis-té-rio cá-rie herdeiro: her-dei-ro Língua Portuguesa 17

22 Separam-se as letras que representam um hiato. sa-ú-de cruel: ra-i-nha enjoo: 5- saúde: rainha: Língua Portuguesa cru-el en-jo-o Não se separam as letras que representam um tritongo. 6- Paraguai: Pa-ra-guai saguão: sa-guão Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba que a antecede. 7- torna: técnica: absoluto: tor-na núpcias: núp-cias téc-ni-ca submeter: sub-me-ter ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba que a segue 8- pneumático: pneu-má-ti-co gnomo: gno-mo psicologia: psi-co-lo-gia No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente, mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em sílabas separadas. 9- sublingual: sublinhar: sublocar: sub-lin-gual sub-li-nhar sub-lo-car Preste atenção nas seguintes palavras: trei-no so-cie-da-de gai-o-la ba-lei-a des-mai-a-do im-bui-a ra-diou-vin-te ca-o-lho te-a-tro co-e-lho du-e-lo ví-a-mos a-mné-sia gno-mo co-lhei-ta quei-jo pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co dig-no e-nig-ma e-clip-se Is-ra-el mag-nó-lia Morfologia - Estrutura e formação de palavras. Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora (fonética) de uma língua que estabelece contraste de significado para diferenciar palavras. Por exemplo, a diferença entre as palavras prato e trato, quando faladas, está apenas no primeiro fonema: P na primeira e T na segunda. Classificação dos Fonemas Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes. VOGAIS Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas vocais e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador. Classificam-se em: Quanto à intensidade - Vogal tônica: é a vogal onde se encontra o acento prosódico principal da palavra. - Vogal subtônica: é a vogal onde se encontra o acento prosódico secundário da palavra. - Vogal átona: é uma vogal onde não existe qualquer acento prosódico. Exemplo: Na palavra automaticamente, o primeiro e é a vogal tônica, o segundo a é a vogal subtônica, e as demais vogais são átonas. Nota 1: Em alguns idiomas como o chinês não existe o conceito de intensidade da vogal. Em seu lugar, existe o conceito de tom, em que as 18 sílabas são distinguidas pela maneira como são entonadas. Em português, o conceito de tom existe quando se diferencia uma pergunta de uma afirmação (ex.: o açúcar é branco. ; o açúcar é branco? ) ou em uma frase exclamativa: (ex.: como o açúcar é branco! ). Nota : Em nenhuma palavra de até três sílabas existem vogais subtônicas em português. E em algumas preposições, artigos, pronomes e conjunções com uma ou duas sílabas (ex.: por, em, para, um, o, pelo), não existem vogais tônicas. Quanto ao timbre - Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo a boca. Por exemplo: nas palavras amora e café, todas as vogais são abertas. - Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo a boca. Por exemplo: nas palavras êxodo e fôlego, todas as vogais são fechadas. Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais e e o na categoria de vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma palavra, que em geral são pronunciadas como i e u. Por exemplo, nas palavras análise e camelo. Quanto ao modo de articulação - Vogais orais: São as vogais pronunciadas completamente através da cavidade oral. Em português, existem sete vogais orais, a saber: a, ê, é, i, ô, ó e u. - Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Em português, existem seis vogais nasais. Nas palavras: maçã, armazém, capim, garçom, compra e fundo, os grafemas assinalados em negrito representam vogais nasais. Também são nasais os ditongos ão, ãe, õe, âim (como em câimbra ) e o ditongo ui da palavra muito. Quanto ao ponto de articulação - Vogais anteriores: São as vogais pronunciadas com a parte traseira da língua curvada para baixo. Em português, são anteriores as vogais a, â, o, ó e u. - Vogais posteriores: São as vogais pronunciadas com a parte traseira da língua curvada para cima. Em português, são posteriores as vogais e, é e i. Nota 1: Alguns gramáticos da língua portuguesa consideram as vogais a e â como vogais médias ou vogais centrais, porque nessas vogais, em português, não há curvatura da língua. Nota : Em alguns idiomas como o alemão, para cada vogal anterior existe uma posterior correspondente. As vogais posteriores derivadas de vogais anteriores são representadas pelo trema (ä, ö, u). SEMIVOGAIS As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba, devendo, portanto, associam-se a uma vogal para formarem uma sílaba. Em português, somente os fonemas representados pelas letras i e u em ditongos e tritongos são considerados semivogais. Um ditongo é sempre formado por uma vogal mais uma semivogal. Quando a semivogal vem antes da vogal, o ditongo é dito crescente (como em jaguar ). Quando a semivogal vem depois, o ditongo é dito decrescente (como em demais ). Nos ditongos ui e iu, uma das letras é sempre considerada vogal e a outra é semivogal. No caso dos tritongos, todos eles são formados por uma vogal intercalada entre duas semivogais. CONSOANTES Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapassar um obstáculo que se opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes obstáculos incluem os lábios, os dentes, a língua, o palato, o véu palatino e a úvula. Classificam-se da seguinte maneira: Quanto ao papel das cordas vocais - Consoantes surdas: São as consoantes pronunciadas sem que as cordas vocais sejam postas em vibração. São surdas as seguintes consoantes em português: f, k, p, s, t, ch.

23 - Consoantes sonoras: São as consoantes pronunciadas com a vibração das cordas vocais. São sonoras as seguintes consoantes em português: b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z. Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fonemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. Por exemplo, em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de Fonema. Pelo visto, pode-se dizer que cada letra do nosso alfabeto representa um fonema, mas fica a advertência de que num estudo mais profundo a teoria mostra outra realidade, que não convém inserir nas noções elementares de que estamos tratando. A Letra é a representação gráfica, isto é, uma representação escrita de um determinado som. Quanto ao modo de articulação - Consoantes oclusivas: São as consoantes pronunciadas fechando-se totalmente o aparelho fonador, sem dar espaço para o ar sair. São oclusivas as seguintes consoantes: p, t, k, b, d, g. - Consoantes fricativas: São as consoantes pronunciadas através de uma corrente de ar que se fricciona em um obstáculo. São fricativas as seguintes consoantes em português: f, j, s, ch, v, z. - Consoantes laterais: São as consoantes pronunciadas ao fazer passar a corrente de ar nos dois cantos da boca ao lado da língua. Em português, são laterais apenas as consoantes l e lh. - Consoantes vibrantes: São as consoantes pronunciadas através da vibração de algum elemento do aparelho fonador, em geral a língua ou o véu palatino. Em português, são vibrantes apenas as duas variedades do r, como em carro e em caro. - Consoantes nasais: São as consoantes em que o ar sai pelas fossas nasais, em vez da boca. Em português, são nasais as consoantes m, n e nh. Quanto ao ponto de articulação - Consoantes bilabiais: São as consoantes pronunciadas com o contato dos dois lábios. Em português, são bilabiais as consoantes: p, b, m. - Consoantes dentais: São as consoantes pronunciadas com a língua entre os dentes. Não existem consoantes dentais em português. Em outros idiomas, pode ser citado como exemplo o th do inglês. - Consoantes alveolares: São as consoantes pronunciadas com o contato da língua nos alvéolos dos dentes. Em português, são alveolares as consoantes: t, d, n, s, z, l e o r fraco. - Consoantes labiodentais: São as consoantes pronunciadas com o contato dos lábios na arcada superior dos dentes. Em português, são labiodentais as consoantes f e v. - Consoantes palatais: São as consoantes pronunciadas com o contato da língua com o palato. Em português, são palatais as seguintes consoantes: j, ch, lh e nh. - Consoantes retroflexivas: São as consoantes pronunciadas com a língua curvada. Em português, somente em alguns dialetos do Brasil têm uma consoante retroflexiva, o chamado r caipira. - Consoantes velares: São as consoantes pronunciadas com a parte traseira da língua no véu palatino. Em português, são velares as consoantes: k, g e rr (na maioria dos dialetos). - Consoantes uvulares: São as consoantes pronunciadas através da vibração da úvula. Em português, somente o dialeto fluminense tem uma consoante uvular; no caso, o r forte. Também é considerado uvular o h aspirado de idiomas como o inglês. - Consoantes glotais: São as consoantes pronunciadas através da vibração da glote. Não há consoantes glotais em português e em praticamente nenhum dos idiomas ocidentais. Exemplos de idiomas com consoantes glotais são o hebraico e o árabe. Nota: No Brasil, é perceptível a diferença de pronúncia da palavra tia entre pessoas do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, por exemplo. De modo geral, para os primeiros, a letra t é um fonema palatal (pronunciado mais ou menos como txia, enquanto para os segundos representa um fonema alveolar. Ainda que assim como em prato e trato os sons correspondentes à letra t de tia sejam diferentes (isto é, letras iguais e sons diferentes), o fonema é um só, visto que, na língua, não se estabelece distinção de significado ao pronunciar-se /tia/ ou /txia/. Fonética LETRAS FONEMAS EXEMPLOS A Ã (AM, AN) - A ANTA DO CAMPO - ÁRVORE B BÊ BOI BRAVO - BALEIA C SÊ - KÊ CERVO COBRA D DÊ DROMEDÁRIO - DINOSSAURO E Ê EM, EN - E ELEFANTE ENTE ÉGUA F FÊ FOCA - FLAMINGO G JÊ - GUÊ GIRAFA GATO H Ø HIPOPÓTAMO - HOMEM I IM - I ÍNDIO - IGREJA J JÊ JIBÓIA - JACARÉ L LÊ - U LEÃO - SOL M MÊ (~) MACACO CAMBUÍ N NÊ (~) NATUREZA PONTE O Õ (OM, ON) O Ô ONÇA AVÓ AVÔ P PÊ PORCO - PATO Q KÊ QUERO-QUERO - QUEIJO R RRÊ RÊ RATO BURRO ARARA S SÊ ZÊ Ø SAPO CASA NASCER T TÊ TATU - TUBARÃO U U UM, UN URUBU ATUM V U UM, UN VACA - VEADO XARÉU EXEMPLO MÁXIMO X XÊ ZÊ SÊ Ø - KSÊ EXCETO - TÁXI Z ZÊ ZEBRA - ZORRO Tradicionalmente, costuma-se classificar os fonemas em vogais, semivogais e consoantes, com algumas divergências entre os autores. VOGAIS a e i o u As vogais são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vocais. São chamados fonemas silábicos, pois constituem o fonema central de toda sílaba. AS VOGAIS SÃO CLASSIFICADAS CONFORME: Função Das Cavidades Bucal E Nasal Orais - a, e, i, o, u Nasais - ã, ê, î, õ, û. Média - a Anteriores - e, i Posteriores - o, u Abertas - á, é, ó Fechadas - ê, ô Reduzidas - fale, hino. Zona De Articulação Timbre Intensidade Tônicas - saci, óvulo, peru Átonas - moço, uva, vida. Língua Portuguesa 19

24 Semivogais - I U Só há duas semivogais: I e U, quando se incorporam à vogal numa mesma sílaba da palavra, formando-se um ditongo ou tritongo. Por exemplo: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai. Características Das Semivogais: Ficam sempre ao lado de outra vogal na mesma sílaba da palavra. São átonas. CONSOANTES As consoantes são fonemas que soam com alguma vogal. Portanto, são fonemas assilábicos, isto é, sozinhos não formam sílaba. B C D F G H J L M N P Q R S T V X Z ENCONTROS VOCÁLICOS À sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de encontro vocálico. Por exemplo, cooperativa. TRÊS SÃO OS ENCONTROS VOCÁLICOS: DITONGO É a reunião de uma vogal junto a uma semivogal, ou a reunião de uma semivogal junto a uma vogal em uma só sílaba. Por exemplo, rei-na-do. OS DITONGOS CLASSIFICAM-SE EM: Crescentes A semivogal antecede a vogal. Ex: quadro. Decrescentes A vogal antecede a semivogal. Ex: rei. Observações: Sendo aberta a vogal do ditongo, diz-se que ele é oral aberto. Ex: céu. Sendo fechada, diz-se que é oral fechado. Ex: ouro. Sendo nasal, diz-se que é nasal. Ex: pão. Após a vogal, as letras E e O, que se reduzem, respectivamente, a I e U, têm valor de semivogal. Ex: mãe; anão. TRITONGO É o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal tônica ladeada de duas semivogais. Ex: sa-guão; U-ru-guai. Pelos exemplos dados, conclui-se que os tritongos podem ser nasais ou orais. HIATO É o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em duas diferentes emissões de voz. Por exemplo, mi-ú-do, bo-a-to, hi-a-to. O hiato forma um encontro vocálico disjunto, isto é, na separação da palavra em sílabas, cada vogal fica em uma sílaba diferente. SÍLABA Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados numa só emissão de voz. Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em: Monossílabo Possui uma só sílaba. (fé, sol) Dissílabo Possui duas sílabas. (casa, pombo) Trissílabo Possui três sílabas. (cidade, atleta) Polissílabo Possui mais de três sílabas. (escolaridade, reservatório). TONICIDADE Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. Por exemplo, em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, pá. Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras em: Oxítonas Quando a tônica é a última sílaba. (sabor, dominó) Paroxítonas Quando a tônica é a penúltima. (quadro, mártir) Proparoxítonas Quando a tônica é a antepenúltima. (úmido, cálice) Obs: A maioria das palavras de nossa língua é paroxítona. MONOSSÍLABOS Átonos São os de pronúncia branda, os que têm a vogal fraca, inacentuada. Também são chamados clíticos. Incluem-se na lista dos monossílabos átonos, os artigos, as preposições, as conjunções, os pronomes pessoais oblíquos, as combinações pronominais e o pronome relativo que. Por exemplo, a, de, nem, lhe, no, me, se. Tônicos São os de pronúncia forte, independentemente de sinal gráfico sobre a sílaba. Por exemplo, pé, gás, foz, dor. Rizotônicas São as palavras cujo acento tônico incide no radical. Por exemplo, descrevo, descreves, descreve. Arrizotônicas São as palavras cujo acento tônico fica fora do radical. Por exemplo, descreverei, descreverás, descreverá. Obs: As denominações rizotônico e arrizotônico dizem respeito especialmente às formas verbais. ENCONTROS CONSONANTAIS O agrupamento de duas ou mais consoantes numa mesma palavra denomina-se encontro consonantal. Os encontros consonantais podem ser: Conjuntos ou inseparáveis, terminados em L ou R. Por exemplo, plebeu e crô-ni-ca. Exceto: sub-li-nhar. Disjuntos ou separáveis por vogal não representada na escrita, mas que é percebida, na pronúncia, entre as duas consoantes. Por exemplo, ritmo, ad-mi-rar, ob-je-ti-vo. DÍGRAFOS São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia composta para um som simples. Há os seguintes dígrafos: Os terminados em H, representados pelos grupos ch, lh, nh. Por exemplo, chave, malha, ninho. Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e ss. Por exemplo, carro, pássaro. Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. Por exemplo, guerra, quilo, nascer, cresça, exceto. As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encerrando a sílaba por em uma palavra. Por exemplo, pomba, campo, onde, canto, manto. Não há como confundir encontro consonantal com dígrafo por uma razão muito simples: os dígrafos são consoantes que se combinam, mas não formam um encontro consonantal por constituírem um só fonema. Língua Portuguesa 0

25 ESTRUTURA DE PALAVRAS As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das palavras. Exs.: cinzeiro = cinza + eiro endoidecer = en + doido + ecer predizer = pre + dizer Os principais elementos móficos são: RADICAL É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra. Exs.: amarelecer = amarelo + ecer enterrar = en + terra + ar pronome = pro + nome PREFIXO É o elemento mórfico que vem antes do radical. Exs.: anti - herói in - feliz SUFIXO É o elemento mórfico que vem depois do radical. Exs.: med - onho cear ense FORMAÇÃO DAS PALAVRAS As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado com o passar do tempo. Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos a seguinte divisão: palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha) palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente) Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de formação: Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos de composição. justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sexta-feira); aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos (pernalta, de perna + alta). grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcaloide, alcoômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino / sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego); Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau); Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.) Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma sequência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista) Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS FLEXÕES DE GÊNERO, NÚMERO E GRAU. VERBOS REGULARES E AUXILIARES (SER, TER, HAVER E ESTAR) CONJUGAÇÃO EM TODOS OS MODOS E TEMPOS SIM- PLES E FORMAS NOMINAIS. ARTIGOS (ARTIGOS DEFINI- DOS: O, A, OS, AS; ARTIGOS INDEFINIDOS: UM, UMA, UNS, UMAS). GÊNERO: MASCULINO E FEMININO. FRASES AFIRMATIVAS E NEGATIVAS SUBSTANTIVOS Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá nome aos seres em geral. São, portanto, substantivos. a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra, Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado. b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, tristeza beleza altura. CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie: rio, cidade, pais, menino, aluno b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento. Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: Tocantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair. c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, propriamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifique que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo concreto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci. Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de afixos. São cinco tipos de derivação. prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil); sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente); parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva; regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar); imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio a comum). Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para formação de palavras, como: Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo, pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão, portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adjetivos trabalhar - trabalho correr - corrida alto - altura belo - beleza FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa: florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio, tempo, sol. d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-decolônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol. Língua Portuguesa 1

26 COLETIVOS Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo de seres da mesma espécie. Veja alguns coletivos que merecem destaque: alavão - de ovelhas leiteiras alcateia - de lobos álbum - de fotografias, de selos antologia - de trechos literários escolhidos armada - de navios de guerra armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc) arquipélago - de ilhas assembleia - de parlamentares, de membros de associações atilho - de espigas de milho atlas - de cartas geográficas, de mapas banca - de examinadores bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios bando - de aves, de pessoal em geral cabido - de cônegos cacho - de uvas, de bananas cáfila - de camelos cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves cancioneiro - de poemas, de canções caravana - de viajantes cardume - de peixes clero - de sacerdotes colmeia - de abelhas concílio - de bispos conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa congregação - de professores, de religiosos congresso - de parlamentares, de cientistas conselho - de ministros consistório - de cardeais sob a presidência do papa constelação - de estrelas corja - de vadios elenco - de artistas enxame - de abelhas enxoval - de roupas esquadra - de navios de guerra esquadrilha - de aviões falange - de soldados, de anjos farândola - de maltrapilhos fato - de cabras fauna - de animais de uma região feixe - de lenha, de raios luminosos flora - de vegetais de uma região frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus girândola - de fogos de artifício horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros junta - de bois, médicos, de examinadores júri - de jurados legião - de anjos, de soldados, de demônios malta - de desordeiros manada - de bois, de elefantes matilha - de cães de caça ninhada - de pintos nuvem - de gafanhotos, de fumaça panapaná - de borboletas pelotão - de soldados penca - de bananas, de chaves pinacoteca - de pinturas plantel - de animais de raça, de atletas quadrilha - de ladrões, de bandidos ramalhete - de flores réstia - de alhos, de cebolas récua - de animais de carga romanceiro - de poesias populares resma - de papel revoada - de pássaros súcia - de pessoas desonestas vara - de porcos vocabulário - de palavras Língua Portuguesa FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e grau. Gênero Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou feminino: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. Podemos classificar os substantivos em: a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino: aluno/aluna homem/mulher menino /menina carneiro/ovelha Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo: padrinho/madrinha bode/cabra cavaleiro/amazona pai/mãe b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em: 1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca. Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, devemos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fêmea. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo artigo, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a estudante, este dentista. 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por artigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o cônjuge, a pessoa, a criatura. Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim: uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino. Alguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero: São masculinos São femininos o anátema o telefonema o teorema o trema o edema o eclipse o lança-perfume o fibroma o estratagema o proclama o grama (unidade de peso) o dó (pena, compaixão) o ágape o caudal o champanha o alvará o formicida o guaraná o plasma o clã a abusão a aluvião a análise a cal a cataplasma a dinamite a comichão a aguardente a derme a omoplata a usucapião a bacanal a líbido a sentinela a hélice Mudança de Gênero com mudança de sentido Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. Veja alguns exemplos: o cabeça (o chefe, o líder) o capital (dinheiro, bens) o rádio (aparelho receptor) o moral (ânimo) o lotação (veículo) o lente (o professor) a cabeça (parte do corpo) a capital (cidade principal) a rádio (estação transmissora) a moral (parte da Filosofia, conclusão) a lotação (capacidade) a lente (vidro de aumento) Plural dos Nomes Simples 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa, casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em: a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração, corações; grandalhão, grandalhões. b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião, guardiães. c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão, cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos. Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães; ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc. 3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém, armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.

27 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hífens (ou hífenes). Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones. 5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, animais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules. 6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil, fósseis; réptil, répteis. Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, barris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis. 7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tônicos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses; burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases. São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix, os ônix. 8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o substantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo primitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezitos. Substantivos só usados no plural afazeres anais arredores belas-artes cãs condolências confins exéquias férias fezes núpcias óculos olheiras pêsames viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes) Plural dos Nomes Compostos 1. Somente o último elemento varia: a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; claraboia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns; b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grãomestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres; c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guardacomida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sempre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, melamelas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques). Somente o primeiro elemento é flexionado: a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite; pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-semrabo, burros-sem-rabo; b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pomboscorreio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada; banana-maçã, bananas-maçã. A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pomboscorreios, homens-rãs, navios-escolas, etc. 3. Ambos os elementos são flexionados: a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couvesflores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartascompromissos. b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amorperfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida, caras-pálidas. Língua Portuguesa 3 São invariáveis: a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pisa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-nãomolha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nemdesocupa-o-copo; c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o perde-ganha, os perde-ganha. Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guardamarinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, padres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate. Adjetivos Compostos Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona. Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latinoamericanos; cívico-militar, cívico-militares. 1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos amarelo-ouro, paredes azul-piscina. ) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: surdos-mudos > surdas-mudas. 3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho. Graus do substantivo Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais podem ser: sintéticos ou analíticos. Analítico Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tamanho: boca pequena, prédio imenso, livro grande. Sintético Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados. Diminutivo/aumentativo Principais sufixos aumentativos AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO, ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão, povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentuça. Principais Sufixos Diminutivos ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO, ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo, homúncula, apícula, velhusco. Observações: Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adquirem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc. É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afetivo: Joãozinho, amorzinho, etc. Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente formal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz, ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc. Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e diminutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bonzinho, pequenito. Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lugar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais diferentes para designar o sexo: bode - cabra burro - besta carneiro - ovelha cão - cadela cavalheiro - dama compadre - comadre frade - freira frei soror ADJETIVOS genro - nora padre - madre padrasto - madrasta padrinho - madrinha pai - mãe veado - cerva zangão - abelha etc. FLEXÃO DOS ADJETIVOS Gênero Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêneros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mulher simples; aluno feliz - aluna feliz.

28 b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é semelhante a dos substantivos. Número a) Adjetivo simples Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples: pessoa honesta pessoas honestas regra fácil regras fáceis homem feliz homens felizes - Superlativo relativo Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a outros seres: Este rio é o mais poluído de todos. Este rio é o menos poluído de todos. Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico: - Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade - muito trabalhador, excessivamente frágil, etc. - Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) antiquíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc. Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam invariáveis: blusa vinho blusas vinho camisa rosa camisas rosa b) Adjetivos compostos Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último elemento varia, tanto em gênero quanto em número: acordos sócio-político-econômico acordos sócio-político-econômicos causa sócio-político-econômica causas sócio-político-econômicas acordo luso-franco-brasileiro acordo luso-franco-brasileiros lente côncavo-convexa lentes côncavo-convexas camisa verde-clara camisas verde-claras sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros Observações: 1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável: camisa verde-abacate camisas verde-abacate sapato marrom-café sapatos marrom-café blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro ) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: blusa azul-marinho blusas azul-marinho camisa azul-celeste camisas azul-celeste 3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos variam: menino surdo-mudo meninos surdos-mudos menina surda-muda meninas surdas-mudas Graus do Adjetivo As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser expressas em dois graus: - o comparativo - o superlativo Comparativo Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual, superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo: - Comparativo de igualdade: O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral. Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente. - Comparativo de superioridade: O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro. Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico. - Comparativo de inferioridade: A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro. Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável. Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensidade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: - Superlativo absoluto Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser: Esta cidade é poluidíssima. Esta cidade é muito poluída. Língua Portuguesa 4 Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o comparativo e o superlativo, as seguintes formas especiais: NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO ABSOLUTO RELATIVO bom melhor ótimo melhor mau pior péssimo pior grande maior máximo maior pequeno menor mínimo menor Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos: acre - acérrimo ágil - agílimo agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo) incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo) possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo público - publicíssimo pudico - pudicíssimo sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo simples simplicíssimo tenro - tenerissimo terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo velho - vetérrimo visível - visibilíssimo voraz - voracíssimo vulnerável - vuinerabilíssimo Adjetivos Gentílicos e Pátrios Argélia argelino Bizâncio - bizantino Bóston - bostoniano Bragança - bragantino Bucareste - bucarestino, - bucarestense Cairo - cairota Canaã - cananeu Catalunha - catalão Chicago - chicaguense Coimbra - coimbrão, conimbricense Córsega - corso Bagdá - bagdali Bogotá - bogotano Braga - bracarense Brasília - brasiliense Buenos Aires - portenho, buenairense Campos - campista Caracas - caraquenho Ceilão - cingalês Chipre - cipriota Córdova - cordovês Creta - cretense Cuiabá - cuiabano EI Salvador - salvadorenho

29 Croácia - croata Egito - egípcio Equador - equatoriano Filipinas - filipino Florianópolis - florianopolitano Fortaleza - fortalezense Gabão - gabonês Genebra - genebrino Goiânia - goianense Groenlândia - groenlandês Guiné - guinéu, guineense Himalaia - himalaico Hungria - húngaro, magiar Iraque - iraquiano João Pessoa - pessoense La Paz - pacense, pacenho Macapá - macapaense Maceió - maceioense Madri - madrileno Marajó - marajoara Moçambique - moçambicano Montevidéu - montevideano Normândia - normando Pequim - pequinês Porto - portuense Quito - quitenho Santiago - santiaguense São Paulo (Est.) - paulista São Paulo (cid.) - paulistano Terra do Fogo - fueguino Três Corações - tricordiano Tripoli - tripolitano Veneza - veneziano Língua Portuguesa Espírito Santo - espírito-santense, capixaba Évora - eborense Finlândia - finlandês Formosa - formosano Foz do lguaçu - iguaçuense Galiza - galego Gibraltar - gibraltarino Granada - granadino Guatemala - guatemalteco Haiti - haitiano Honduras - hondurenho Ilhéus - ilheense Jerusalém - hierosolimita Juiz de Fora - juiz-forense Lima - limenho Macau - macaense Madagáscar - malgaxe Manaus - manauense Minho - minhoto Mônaco - monegasco Natal - natalense Nova lguaçu - iguaçuano Pisa - pisano Póvoa do Varzim - poveiro Rio de Janeiro (Est.) - fluminense Rio de Janeiro (cid.) - carioca Rio Grande do Norte - potiguar Salvador salvadorenho, soteropolitano Toledo - toledano Rio Grande do Sul - gaúcho Varsóvia - varsoviano Vitória - vitoriense Locuções Adjetivas As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais substantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem ser substituídas por um adjetivo correspondente. PRONOMES Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo. Ele chegou. (ele) Convidei-o. (o) Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. Esta casa é antiga. (esta) Meu livro é antigo. (meu) Classificação dos Pronomes Há, em Português, seis espécies de pronomes: pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas de tratamento: possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde; indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vários, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo. interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas. 5 PRONOMES PESSOAIS Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do discurso: 1ª pessoa: quem fala, o emissor. Eu sai (eu) Nós saímos (nós) Convidaram-me (me) Convidaram-nos (nós) ª pessoa: com quem se fala, o receptor. Tu saíste (tu) Vós saístes (vós) Convidaram-te (te) Convidaram-vos (vós) 3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Ele saiu (ele) Eles sairam (eles) Convidei-o (o) Convidei-os (os) Os pronomes pessoais são os seguintes: NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO singular 1ª ª 3ª eu tu ele, ela me, mim, comigo te, ti, contigo se, si, consigo, o, a, lhe plural 1ª ª 3ª nós vós eles, elas nós, conosco vós, convosco se, si, consigo, os, as, lhes PRONOMES DE TRATAMENTO Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso. Veja, a seguir, alguns desses pronomes: PRONOME ABREV. EMPREGO Vossa Alteza V. A. príncipes, duques Vossa Eminência V.Em a cardeais Vossa Excelência V.Ex a altas autoridades em geral Vossa Magnificência V. Mag a reitores de universidades Vossa Reverendíssima V. Revm a sacerdotes em geral Vossa Santidade V.S. papas Vossa Senhoria V.S a funcionários graduados Vossa Majestade V.M. reis, imperadores São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vocês. EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS, ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Convidaram ELE para a festa (errado) Receberam NÓS com atenção (errado) EU cheguei atrasado (certo) ELE compareceu à festa (certo). Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os pronomes retos: Convidei ELE (errado) Chamaram NÓS (errado) Convidei-o. (certo) Chamaram-NOS. (certo) 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposição, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se correto seu emprego como complemento: Informaram a ELE os reais motivos. Emprestaram a NÓS os livros. Eles gostam muito de NÓS. 4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado) Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)

30 Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas MIM e TI: Ninguém irá sem EU. (errado) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado) Ninguém irá sem MIM. (certo) Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo) 9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse infinitivo: Deixei-o sair. Vi-o chegar. Sofia deixou-se estar à janela. Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo. Deram o livro para EU ler (ler: sujeito) Deram o livro para TU leres (leres: sujeito) Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obrigatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de sujeito. 5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em que os referidos pronomes não sejam reflexivos: Querida, gosto muito de SI. (errado) Preciso muito falar CONSIGO. (errado) Querida, gosto muito de você. (certo) Preciso muito falar com você. (certo) Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Ele feriu-se Cada um faça por si mesmo a redação O professor trouxe as provas consigo 6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica: Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios. 7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As combinações possíveis são as seguintes: me+o=mo me + os = mos te+o=to te + os = tos lhe+o=lho lhe + os = lhos nos + o = no-lo nos + os = no-los vos + o = vo-lo vos + os = vo-los lhes + o = lho lhes + os = lhos A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos a, as. me+a=ma me + as = mas te+a=ta te + as = tas - Você pagou o livro ao livreiro? - Sim, paguei-lho. Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que representa o livreiro) com O (que representa o livro). 8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos: O menino convidou-a. (V.T.D ) O filho obedece-lhe. (V.T. l ) Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões) aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transitivos diretos: Eu lhe vi ontem. (errado) Nunca o obedeci. (errado) Eu o vi ontem. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo) É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvolvendo as orações reduzidas de infinitivo: Deixei-o sair = Deixei que ele saísse. 10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos: A mim, ninguém me engana. A ti tocou-te a máquina mercante. Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonasmo vicioso e sim ênfase. 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo, exercendo função sintática de adjunto adnominal: Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro. Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos. 1. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de modéstia: Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. Vós sois minha salvação, meu Deus! 13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando falamos dessa pessoa: Ao encontrar o governador, perguntou-lhe: Vossa Excelência já aprovou os projetos? Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração. 14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE, VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (ª pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de terceira pessoa: Você trouxe seus documentos? Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas. COLOCAÇÃO DE PRONOMES Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A, NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições: 1. Antes do verbo - próclise Eu te observo há dias.. Depois do verbo - ênclise Observo-te há dias. 3. No interior do verbo - mesóclise Observar-te-ei sempre. Ênclise Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento direto ou indireto. O pai esperava-o na estação agitada. Expliquei-lhe o motivo das férias. Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos: 1. Quando o verbo iniciar a oração: Voltei-me em seguida para o céu límpido.. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa: Como eu achasse muito breve, explicou-se. 3. Com o imperativo afirmativo: Companheiros, escutai-me. 4. Com o infinitivo impessoal: A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um destino na mesa. Língua Portuguesa 6

31 5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM: E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo. 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética. A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio franco. Próclise Na linguagem culta, a próclise é recomendada: 1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e conjunções. As crianças que me serviram durante anos eram bichos. Tudo me parecia que ia ser comida de avião. Quem lhe ensinou esses modos? Quem os ouvia, não os amou. Que lhes importa a eles a recompensa? Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.. Nas orações optativas (que exprimem desejo): Papai do céu o abençoe. A terra lhes seja leve. 3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Em se animando, começa a contagiar-nos. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse. 4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja pausa entre eles. Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra. Mesóclise Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam precedidos de palavras que reclamem a próclise. Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. Dir-se-ia vir do oco da terra. Mas: Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Jamais se diria vir do oco da terra. Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível: Lembrarei-me (!?) Diria-se (!?) O Pronome Átono nas Locuções Verbais 1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Podemos contar-lhe o ocorrido. Podemos-lhe contar o ocorrido. Não lhes podemos contar o ocorrido. O menino foi-se descontraindo. O menino foi descontraindo-se. O menino não se foi descontraindo.. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. "Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Descartes." Tenho-me levantado cedo. Não me tenho levantado cedo. O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na linguagem escrita. PRONOMES POSSESSIVOS Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu informa que o livro pertence a 1ª pessoa (eu) Eis as formas dos pronomes possessivos: 1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. 3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. 1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. 3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa (seu pai = o pai dele), como à ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de você). Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambiguidade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s). Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pronomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância. Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as suas mãos). Não me respeitava a adolescência. A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir: 1. Cálculo aproximado, estimativa: Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história O nosso homem não se deu por vencido. Chama-se Falcão o meu homem 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum Eu cá tenho minhas dúvidas Cornélio teve suas horas amargas 4. Afetividade, cortesia Como vai, meu menino? Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de parentes de família. É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensidade. Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando não sabia o que dizer. PRONOMES DEMONSTRATIVOS São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da coisa designada em relação à pessoa gramatical. Quando digo este livro, estou afirmando que o livro se encontra perto de mim a pessoa que fala. Por outro lado, esse livro indica que o livro está longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; aquele livro indica que o livro está longe de ambas as pessoas. Os pronomes demonstrativos são estes: ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa ESSE (e variações), isso = ª pessoa AQUELE (e variações), próprio (e variações) MESMO (e variações), próprio (e variações) SEMELHANTE (e variação), tal (e variação) Emprego dos Demonstrativos 1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se: a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que fala). Este documento que tenho nas mãos não é meu. Isto que carregamos pesa 5 kg. b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente: Este coração não pode me trair. Esta alma não traz pecados. Tudo se fez por este país.. c) Para indicar o momento em que falamos: Neste instante estou tranquilo. Deste minuto em diante vou modificar-me. Língua Portuguesa 7

32 d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do momento em que falamos: Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem. Um dia destes estive em Porto Alegre. e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no qual se inclui o momento em que falamos: Nesta semana não choveu. Neste mês a inflação foi maior. Este ano será bom para nós. Este século terminará breve. f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Este assunto já foi discutido ontem. Tudo isto que estou dizendo já é velho. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: Só posso lhe dizer isto: nada somos. Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos. 7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO, ISSO ou AQUELE (e variações). Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro. O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres. Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os homens superiores. 8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou 9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE, ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Tal era a situação do país. Não disse tal. Tal não pôde comparecer.. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: a) Para indicar o que está próximo ou junto da ª pessoa (aquela com quem se fala): Esse documento que tens na mão é teu? Isso que carregas pesa 5 kg. b) Para indicar o que está na ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Esse teu coração me traiu. Essa alma traz inúmeros pecados. Quantos vivem nesse pais? c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que desejamos distância: O povo já não confia nesses políticos. Não quero mais pensar nisso. d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela ª pessoa: Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. O que você quer dizer com isso? e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que falamos: Um dia desses estive em Porto Alegre. Comi naquele restaurante dia desses. f) Para indicar aquilo que já mencionamos: Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio. Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distante. 3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á 3ª. Aquele documento que lá está é teu? Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. Naquele instante estava preocupado. Daquele instante em diante modifiquei-me. Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele século, para exprimir que o tempo já decorreu. 4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas, usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou variações) para a primeira: Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso e aquela tranquila. 5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE, pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural: Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose? Com um frio destes não se pode sair de casa. Nunca vi uma coisa daquelas. 6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter reforçativo: Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos. Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas. Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitudes tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL ou OUTRO TAL: Suas manias eram tais quais as minhas. A mãe era tal quais as filhas. Os filhos são tais qual o pai. Tal pai, tal filho. É pronome substantivo em frases como: Não encontrarei tal (= tal coisa). Não creio em tal (= tal coisa) PRONOMES RELATIVOS Veja este exemplo: Armando comprou a casa QUE lhe convinha. A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo casa é um pronome relativo. PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente. No exemplo dado, o antecedente é casa. Outros exemplos de pronomes relativos: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. O lugar onde paramos era deserto. Traga tudo quanto lhe pertence. Leve tantos ingressos quantos quiser. Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso? Eis o quadro dos pronomes relativos: VARIÁVEIS INVARIÁVEIS Masculino Feminino o qual os quais a qual as quais quem cujo cujos cuja cujas que quanto quantos quanta quantas onde Observações: 1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente, vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. O médico de quem falo é meu conterrâneo.. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem sempre um substantivo sem artigo. Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar? 3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quantos precisar. Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou. Língua Portuguesa 8

33 4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a EM QUE. A casa onde (= em que) moro foi de meu avô. PRONOMES INDEFINIDOS Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO, SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO Exemplos: Algo o incomoda? Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. Não faças a outrem o que não queres que te façam. Quem avisa amigo é. Encontrei quem me pode ajudar. Ele gosta de quem o elogia.. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA CERTAS. Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem várias profissões. Certo dia apareceu em casa um repórter famoso. PRONOMES INTERROGATIVOS Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. Exemplos: Que há? Que dia é hoje? Reagir contra quê? Por que motivo não veio? Quem foi? Qual será? Quantos vêm? Quantas irmãs tens? VERBO CONCEITO As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situandoas no tempo. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. Assim fiz. Morreram. (Clarice Lispector) Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir: a) Estado: Não sou alegre nem sou triste. Sou poeta. b) Mudança de estado: Meu avô foi buscar ouro. Mas o ouro virou terra. c) Fenômeno: Chove. O céu dorme. VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-se no tempo. FLEXÕES O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de flexões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica: a ação de cantar. a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). o número gramatical (plural). o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no passado (indicativo). que o sujeito pratica a ação (voz ativa). Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz. 1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural).. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais: 1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adormecemos. ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela adormece. b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles adormecem. 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante em relação ao fato que comunica. Há três modos em português. a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato. A cachorra Baleia corria na frente. b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato. Talvez a cachorra Baleia corra na frente. c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um pedido Corra na frente, Baleia. 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo, em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são: a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala: Fecho os olhos, agito a cabeça. b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele em que se fala: Fechei os olhos, agitei a cabeça. c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala: Fecharei os olhos, agitarei a cabeça. O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o presente. Veja o esquema dos tempos simples em português: Presente (falo) INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei) Imperfeito (falava) Mais- que-perfeito (falara) Futuro do presente (falarei) do pretérito (falaria) Presente (fale) SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse) Futuro (falar) Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema dos tempos simples. Infinitivo impessoal (falar) Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) FORMAS NOMINAIS 5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: a) agente do fato expresso. O carroceiro disse um palavrão. (sujeito agente) O verbo está na voz ativa. b) paciente do fato expresso: Um palavrão foi dito pelo carroceiro. (sujeito paciente) O verbo está na voz passiva. c) agente e paciente do fato expresso: O carroceiro machucou-se. (sujeito agente e paciente) O verbo está na voz reflexiva. Gerúndio (falando) Particípio (falado) Língua Portuguesa 9

34 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical. Falo - Estudam. Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está fora do radical. Falamos - Estudarei. 7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em: a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto - cantei - cantarei cantava - cantasse. b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse. c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa, como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fenômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc. d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: matado - morto - enxugado - enxuto. e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. verbo ser: sou - fui verbo ir: vou - ia QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO 1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. Quase todos os verbos são pessoais. O Nino apareceu na porta.. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais: a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, etc. Garoava na madrugada roxa. b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: Houve um espetáculo ontem. Há alunos na sala. Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos claros. c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Fazia dois anos que eu estava casado. Faz muito frio nesta região? O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na 3ª pessoa do singular - quando significa: 1) EXISTIR Há pessoas que nos querem bem. Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá. Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios. Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores. ) ACONTECER, SUCEDER Houve casos difíceis na minha profissão de médico. Não haja desavenças entre vós. Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos. 3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado: Há meses que não o vejo. Haverá nove dias que ele nos visitou. Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava. O fato aconteceu há cerca de oito meses. Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no pretérito imperfeito, e não no presente: Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada. Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos. Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo. Havia (e não HÁ) muito tempo que a polícia o procurava. 4) REALIZAR-SE Houve festas e jogos. Se não chovesse, teria havido outros espetáculos. Todas as noites havia ensaios das escolas de samba. 5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e seguido de infinitivo): Em pontos de ciência não há transigir. Não há contê-lo, então, no ímpeto. Não havia descrer na sinceridade de ambos. Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas. E não houve convencê-lo do contrário. Não havia por que ficar ali a recriminar-se. Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de há muito (= desde muito tempo, há muito tempo): De há muito que esta árvore não dá frutos. De há muito não o vejo. O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular: Vai haver eleições em outubro. Começou a haver reclamações. Não pode haver umas sem as outras. Parecia haver mais curiosos do que interessados. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros. A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser construída de três modos: Hajam vista os livros desse autor. Haja vista os livros desse autor. Haja vista aos livros desse autor. CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Exemplo: Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa) A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva) Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Outros exemplos: Os calores intensos provocam as chuvas. As chuvas são provocadas pelos calores intensos. Eu o acompanharei. Ele será acompanhado por mim. Todos te louvariam. Serias louvado por todos. Prejudicaram-me. Fui prejudicado. Condenar-te-iam. Serias condenado. EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS a) Presente Emprega-se o presente do indicativo para assinalar: - um fato que ocorre no momento em que se fala. Eles estudam silenciosamente. Eles estão estudando silenciosamente. - uma ação habitual. Corra todas as manhãs. - uma verdade universal (ou tida como tal): O homem é mortal. A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa. - fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar maior realce à narrativa. Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis". É o chamado presente histórico ou narrativo. - fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos: Amanhã vou à escola. Qualquer dia eu te telefono. b) Pretérito Imperfeito Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar: - um fato passado contínuo, habitual, permanente: Ele andava à toa. Língua Portuguesa 30

35 Nós vendíamos sempre fiado. - um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre por exemplo, no início das fábulas, lendas, histórias infantis. Era uma vez... - um fato presente em relação a outro fato passado. Eu lia quando ele chegou. c) Pretérito Perfeito Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já ocorrido, concluído. Estudei a noite inteira. Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o momento presente. Tenho estudado todas as noites. d) Pretérito mais-que-perfeito Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado): A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou. e) Futuro do Presente Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato futuro em relação ao momento em que se fala. Irei à escola. f) Futuro do Pretérito Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar: - um fato futuro, em relação a outro fato passado. - Eu jogaria se não tivesse chovido. - um fato futuro, mas duvidoso, incerto. - Seria realmente agradável ter de sair? Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às vezes, ironia. - Daria para fazer silêncio?! Modo Subjuntivo a) Presente Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: - um fato presente, mas duvidoso, incerto. Talvez eles estudem... não sei. - um desejo, uma vontade: Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores. b) Pretérito Imperfeito Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma hipótese, uma condição. Se eu estudasse, a história seria outra. Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. e) Pretérito Perfeito Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as características do modo subjuntivo). Que tenha estudado bastante é o que espero. d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo: Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranquilamente. e) Futuro Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já concluído em relação a outro fato futuro. Quando eu voltar, saberei o que fazer. Língua Portuguesa VERBOS IRREGULARES DAR Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem MOBILIAR Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem 31 AGUAR Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem MAGOAR Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoaram Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar APIEDAR-SE Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedaisvos, apiadam-se Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedeivos, apiedem-se Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A MOSCAR Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, musquem Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U RESFOLEGAR Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais, resfolgam Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis, resfolguem Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece NOMEAR Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomeavam Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear COPIAR Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiáreis, copiaram Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem ODIAR Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar CABER Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, coubessem Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo CRER Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam Conjugam-se como crer, ler e descrer DIZER Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram

36 Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissesse Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem Particípio dito Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer FAZER Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer PERDER Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam PODER Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem Gerúndio podendo Particípio podido O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo PROVER Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Pretérito imperfeito Futuro Gerúndio Particípio provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem provendo provido QUERER Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, quisessem Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem REQUERER Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, requereram Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, requerereis, requereram Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis, requererão Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis, requereriam Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem, Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requerem Gerúndio requerendo Particípio requerido O verbo REQUERER não se conjuga como querer. Futuro REAVER Presente do indicativo reavemos, reaveis Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresenta a letra v SABER Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, soubessem Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem VALER Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham TRAZER Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem Gerúndio trazendo Particípio trazido VER Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Particípio visto ABOLIR Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, aboliram Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do subjuntivo não há Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, abolissem Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Imperativo afirmativo abole, aboli Imperativo negativo não há Língua Portuguesa 3

37 Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Infinitivo impessoal abolir Gerúndio abolindo Particípio abolido O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. AGREDIR Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. COBRIR Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Particípio coberto Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir FALIR Presente do indicativo falimos, falis Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Presente do subjuntivo não há Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo afirmativo fali (vós) Imperativo negativo não há Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Gerúndio falindo Particípio falido FERIR Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. MENTIR Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. FUGIR Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam IR Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem Gerúndio indo Particípio ido OUVIR Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam Particípio ouvido PEDIR Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir POLIR Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem Língua Portuguesa 33 Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam REMIR Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam RIR Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Gerúndio rindo Particípio rido Conjuga-se como rir: sorrir VIR Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Gerúndio vindo Particípio vindo Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir SUMIR Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir ADVÉRBIO Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio, exprimindo uma circunstância. Os advérbios dividem-se em: 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures, nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, etc. ) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve, brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc. 3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc. 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem, mal, quase, apenas, etc. 5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, etc. 6) NEGAÇÃO: não. 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto, provavelmente, etc. Há Muitas Locuções Adverbiais 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entrada, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc. ) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite, às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.

38 3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em geral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vistos, de propósito, de súbito, por um triz, etc. 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máquina, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc. 5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc. 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma, etc. 7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc. Advérbios Interrogativos Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como? Palavras Denotativas Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, terão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão, situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc. 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc. ) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc. 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc. 4) DE DESIGNAÇÃO - eis. 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. 6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc. Você lá sabe o que está dizendo, homem... Mas que olhos lindos! Veja só que maravilha! NUMERAL Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração. O numeral classifica-se em: - cardinal - quando indica quantidade. - ordinal - quando indica ordem. - multiplicativo - quando indica multiplicação. - fracionário - quando indica fracionamento. Exemplos: Silvia comprou dois livros. Antônio marcou o primeiro gol. Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço. O galinheiro ocupava um quarto da quintal. QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS Algarismos Numerais Romanocotivos Arábi- Cardinais Ordinais Multiplica- Fracionários I 1 um primeiro simples - II dois segundo duplo meio dobro III 3 três terceiro tríplice terço IV 4 quatro quarto quádruplo quarto V 5 cinco quinto quíntuplo quinto VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo IX 9 nove nono nônuplo nono X 10 dez décimo décuplo décimo XI 11 onze décimo onze avos primeiro XII 1 doze décimo doze avos segundo XIII 13 treze décimo treze avos terceiro XIV 14 quatorze décimo quarto quatorze avos XV 15 quinze décimo quinto quinze avos XVI 16 dezesseis décimo sexto dezesseis avos XVII 17 dezessete décimo sétimo dezessete avos XVIII 18 dezoito décimo dezoito avos oitavo XIX 19 dezenove décimo nono dezenove avos XX 0 vinte vigésimo vinte avos XXX 30 trinta trigésimo trinta avos XL 40 quarenta quadragésimo quarenta avos L 50 cinquenta quinquagésimo cinquenta avos LX 60 sessenta sexagésimo sessenta avos LXX 70 setenta septuagésimo setenta avos LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos XC 90 noventa nonagésimo noventa avos C 100 cem centésimo centésimo CC 00 duzentos ducentésimo ducentésimo CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo CD 400 quatrocentos quadringentésimo quadringentésimo D 500 quinhentos quingentésimo quingentésimo DC 600 seiscentos sexcentésimo sexcentésimo DCC 700 setecentos septingentésimo septingentésimo DCCC 800 oitocentos octingentésimo octingentésimo CM 900 novecentos nongentésimo nongentésimo M 1000 mil milésimo milésimo Emprego do Numeral Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc. empregam-se de 1 a 10 os ordinais. João Paulo II (segundo) ano lll (ano terceiro) Luis X (décimo) ano I (primeiro) Pio lx (nono) século lv (quarto) De 11 em diante, empregam-se os cardinais: Leão Xlll (treze) ano Xl (onze) Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis) Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte) Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal. XX Salão do Automóvel (vigésimo) VI Festival da Canção (sexto) lv Bienal do Livro (quarta) XVI capítulo da telenovela (décimo sexto) Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao emprego do ordinal. Hoje é primeiro de setembro Não é aconselhável iniciar período com algarismos 16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordinais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois (= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um, página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas. Língua Portuguesa 34

39 ARTIGO Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determinálos. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número. Dividem-se em definidos: O, A, OS, AS indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral. Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, indeterminado). lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido. CONJUNÇÃO O agricultor colheu o trigo e o vendeu. Não aprovo nem permitirei essas coisas. Os livros não só instruem mas também divertem. As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam as flores. ) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, compensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, apesar disso, em todo caso. Querem ter dinheiro, mas não trabalham. Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Hoje não atendo, em todo caso, entre. Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Conjunções Coordenativas 1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc. ) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc. 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, etc. 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequência. 5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, pois, etc. Conjunções Subordinativas 1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. ) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc. 3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. 4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. 5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, etc. 6) INTEGRANTES: que, se, etc. 7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. 8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de forma que, de modo que, etc. 9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais, etc. 10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES Examinemos estes exemplos: 1º) Tristeza e alegria não moram juntas. º) Os livros ensinam e divertem. 3º) Saímos de casa quando amanhecia. No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é uma conjunção. No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando orações: são também conjunções. Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da mesma oração. No º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a conjunção E é coordenativa. No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção QUANDO é subordinativa. As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas. 3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos. Ou você estuda ou arruma um emprego. Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo. Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando. "Já chora, já se ri, já se enfurece." (Luís de Camões) 4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso. As árvores balançam, logo está ventando. Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo). Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem causar incêndios. Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversativo: Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam. "Quis dizer mais alguma coisa a não pôde." (Jorge Amado) Conjunções subordinativas As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo). Abrangem as seguintes classes: 1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já que, uma vez que, desde que. O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa: efeito). Como estivesse de luto, não nos recebeu. Desde que é impossível, não insistirei. ) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que (= como). Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa. "Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias." (Paulo Mendes Campos) CONJUNÇÕES COORDENATIVAS As conjunções coordenativas podem ser: 1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas também, mas ainda, senão também, como também, bem como. Língua Portuguesa 35 "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa." (Antônio Olavo Pereira)

40 "E pia tal a qual a caça procurada." (Amadeu de Queirós) "Por que ficou me olhando assim feito boba?" (Carlos Drummond de Andrade) Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas. Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero. Os governantes realizam menos do que prometem. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (= embora não). Célia vestia-se bem, embora fosse pobre. A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer. Beba, nem que seja um pouco. Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas afirmações. Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a não ser que, a menos que, dado que. Ficaremos sentidos, se você não vier. Comprarei o quadro, desde que não seja caro. Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo. "Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos que os mosquitos se opusessem." (Ferreira de Castro) 5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não são como (ou conforme) dizem. "Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." (Machado de Assis) 6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que (não). Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. Falou com uma calma que todos ficaram atônitos. Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí. Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar. 7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). Afastou-se depressa para que não o víssemos. Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse. Fiz-lhe sinal que se calasse. 8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto. À medida que se vive, mais se aprende. À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve. Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo. Os soldados respondiam, à medida que eram chamados. Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. "Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Cavalcânti) 10) Integrantes: que, se. Sabemos que a vida é breve. Veja se falta alguma coisa. Observação: Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB, porém, não consigna esta espécie de conjunção. Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que, por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc. Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto. Assim, a conjunção que pode ser: 1) Aditiva (= e): Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai. A nós que não a eles, compete fazê-lo. ) Explicativa (= pois, porque): Apressemo-nos, que chove. 3) Integrante: Diga-lhe que não irei. 4) Consecutiva: Tanto se esforçou que conseguiu vencer. Não vão a uma festa que não voltem cansados. Onde estavas, que não te vi? 5) Comparativa (= do que, como): A luz é mais veloz que o som. Ficou vermelho que nem brasa. 6) Concessiva (= embora, ainda que): Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo. Beba, um pouco que seja. 7) Temporal (= depois que, logo que): Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. 8) Final (= pare que): Vendo-me à janela, fez sinal que descesse. 9) Causal (= porque, visto que): "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo Coaraci) A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase: 1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pedisse. (sem que = embora não) ) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito. (sem que = se não,caso não) 3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados. (sem que = que não) 4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não) Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. PREPOSIÇÃO Observação: São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que. A forma correta é à medida que: "À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem." (Maria José de Queirós) 9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, etc. Venha quando você quiser. Não fale enquanto come. Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois termos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o segundo, um subordinado ou consequente. Exemplos: Chegaram a Porto Alegre. Discorda de você. Fui até a esquina. Casa de Paulo. Preposições Essenciais e Acidentais As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e ATRÁS. Língua Portuguesa 36

41 Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a outras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo, segundo, senão, tirante, visto, etc. INTERJEIÇÃO Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem ser: - alegria: ahl oh! oba! eh! - animação: coragem! avante! eia! - admiração: puxa! ih! oh! nossa! - aplauso: bravo! viva! bis! - desejo: tomara! oxalá! - dor: aí! ui! - silêncio: psiu! silêncio! - suspensão: alto! basta! LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo valor de uma interjeição. Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam! Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim! TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO. FRASE Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo. O tempo está nublado. Socorro! Que calor! ORAÇÃO Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal. A fanfarra desfilou na avenida. As festas juninas estão chegando. PERÍODO Período é a frase estruturada em oração ou orações. O período pode ser: simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta). Fui à livraria ontem. composto - quando constituído por mais de uma oração. Fui à livraria ontem e comprei um livro. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO São dois os termos essenciais da oração: SUJEITO Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa. Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes) O sujeito pode ser: - simples: quando tem um só núcleo As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; núcleo: rosas) - composto: quando tem mais de um núcleo O burro e o cavalo saíram em disparada. (suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo) - oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) - indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal Come-se bem naquele restaurante. - Inexistente: quando a oração não tem sujeito Choveu ontem. Há plantas venenosas. PREDICADO Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. O predicado classifica-se em: 1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo do sujeito. Nosso colega está doente. Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER, PERMANECER, etc. Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Nosso colega está doente. A moça permaneceu sentada.. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou transitivo. O avião sobrevoou a praia. Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. O sabiá voou alto. Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento. Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio de proposição. Minha equipe venceu a partida. Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com auxílio de preposição. Ele precisa de um esparadrapo. Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de complemento com auxilio de preposição. Damos uma simples colaboração a vocês. 3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais predicativo do sujeito. Os rapazes voltaram vitoriosos. Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal, ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Ele morreu rico. Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal, ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto direto ou indireto. Elegemos o nosso candidato vereador. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO Chama-se termos integrantes da oração os que completam a significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à compreensão do enunciado. 1. OBJETO DIRETO Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE.. OBJETO INDIRETO Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo transitivo indireto. As crianças precisam de CARINHO. 3. COMPLEMENTO NOMINAL Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio. Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo) O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo) Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE (advérbio). 4. AGENTE DA PASSIVA Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na voz passiva. A mãe é amada PELO FILHO. O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO. Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo alguma circunstância. São termos acessórios da oração: Língua Portuguesa 37

42 1. ADJUNTO ADNOMINAL Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os substantivos. Pode ser expresso: pelos adjetivos: água fresca, pelos artigos: o mundo, as ruas pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas pelos numerais: três garotos; sexto ano pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos. ADJUNTO ADVERBIAL Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Cheguei cedo. José reside em São Paulo. 3. APOSTO Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração. Dr. João, cirurgião-dentista, Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. 4. VOCATIVO Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou interpelar alguém ou alguma coisa. Tem compaixão de nós, ó Cristo. Professor, o sinal tocou. Rapazes, a prova é na próxima semana. ANÁLISE SINTÁTICA: COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta. Fui ao cinema. O pássaro voou. PERÍODO COMPOSTO No período composto há mais de uma oração. (Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens folgam.) Período composto por coordenação Apresenta orações independentes. (Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.) Período composto por subordinação Apresenta orações dependentes. (É bom) (que você estude.) Período composto por coordenação e subordinação Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este período é também conhecido como misto. (Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.) ORAÇÃO COORDENADA Oração coordenada é aquela que é independente. As orações coordenadas podem ser: - Sindética: Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção coordenativa. Viajo amanhã, mas volto logo. - Assindética: Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou ponto e vírgula. Chegou, olhou, partiu. A oração coordenada sindética pode ser: 1. ADITIVA: Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas, também: Ele falava E EU FICAVA OUVINDO. Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. Língua Portuguesa 38. ADVERSATIVA: Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc). A espada vence MAS NÃO CONVENCE. O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO. Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO. 3. ALTERNATIVAS: Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra (ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc). Mudou o natal OU MUDEI EU? OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel, OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva! (C. Meireles) 4. CONCLUSIVAS: Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE, etc). Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO. Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ. 5. EXPLICATIVAS: Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.) Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR. Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS. ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE É aquela que vem entre os termos de uma outra oração. O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido. A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos: CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc. ORAÇÃO PRINCIPAL Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida por um conectivo. ELES DISSERAM que voltarão logo. ELE AFIRMOU que não virá. PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma) ORAÇÃO SUBORDINADA Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal nem sempre é a primeira do período. Quando ele voltar, eu saio de férias. Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função de um substantivo. Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas substantivas classificam-se em: 1) SUBJETIVA (sujeito) Convém que você estude mais. Importa que saibas isso bem.. É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária. ) OBJETIVA DIRETA (objeto direto) Desejo QUE VENHAM TODOS. Pergunto QUEM ESTÁ AI. 3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto) Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS. Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE. Daremos o prêmio A QUEM O MERECER. 4) COMPLETIVA NOMINAL Complemento nominal. Ser grato A QUEM TE ENSINA. Sou favorável A QUE O PRENDAM.

43 5) PREDICATIVA (predicativo) Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA) Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE. Não sou QUEM VOCÊ PENSA. 6) APOSITIVAS (servem de aposto) Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE) Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME. 7) AGENTE DA PASSIVA O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR) A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de um adjetivo. Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas: 1) EXPLICATIVAS: Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma informação. Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará. Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria. ) RESTRITIVAS: Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo indispensáveis ao sentido da frase: Pedra QUE ROLA não cria limo. As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem. Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui. 8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo. 9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal: ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. 10) MODAIS: exprimem modo, maneira: Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE. Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE. ORAÇÕES REDUZIDAS Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio. Exemplos: Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO. Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ. FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM, conseguirás. É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS ATENTOS. AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO, entristeceu-se. É interesse ESTUDARES MAIS = É interessante QUE ESTUDES MAIS. SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procureme. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de um advérbio. As orações subordinadas adverbiais classificam-se em: 1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão: Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. O tambor soa PORQUE É OCO. ) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma comparação. O som é menos veloz QUE A LUZ. Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA. 3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite: POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram. Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado. CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. 4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: SE O CONHECESSES, não o condenarias. Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? 5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro: Fiz tudo COMO ME DISSERAM. Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. 6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA! Tenho medo disso QUE ME PÉLO! 7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. Língua Portuguesa 39 SINAIS DE PONTUAÇÃO: PONTO FINAL, DOIS PONTOS, PONTO DE INTERROGAÇÃO E PONTO DE EXCLAMAÇÃO. Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as pausas da linguagem oral. PONTO O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase declarativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos comuns ele é chamado de simples. Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.c. (depois de Cristo), a.c. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). PONTO DE INTERROGAÇÃO É usado para indicar pergunta direta. Onde está seu irmão? Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. A mim?! Que ideia! PONTO DE EXCLAMAÇÃO É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! Ó jovens! Lutemos! VÍRGULA A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pausa na fala. Emprega-se a vírgula: Nas datas e nos endereços: São Paulo, 17 de setembro de Largo do Paissandu, 18. No vocativo e no aposto: Meninos, prestem atenção! Termópilas, o meu amigo, é escritor. Nos termos independentes entre si: O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.

44 Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da vírgula: Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da padroeira. Após alguns adjuntos adverbiais: No dia seguinte, viajamos para o litoral. Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego da vírgula: Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor. Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam uma cadeia de frase: A estrada de ferro Santos Jundiaí. A ponte Rio Niterói. A linha aérea São Paulo Porto Alegre. ASPAS São usadas para: Indicar citações textuais de outra autoria. "A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles) Após a primeira parte de um provérbio. O que os olhos não veem, o coração não sente. Em alguns casos de termos oclusos: Eu gostava de maçã, de pera e de abacate. RETICÊNCIAS São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Não me disseste que era teu pai que... Para realçar uma palavra ou expressão. Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome... Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento. Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também... PONTO E VÍRGULA Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém alguma simetria entre si. "Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. " Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu interior. Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais calmo, resolveu o problema sozinho. DOIS PONTOS Enunciar a fala dos personagens: Ele retrucou: Não vês por onde pisas? Para indicar uma citação alheia: Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de passageiros do voo das nove: queiram dirigir-se ao portão de embarque". Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anterior: Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente. Enumeração após os apostos: Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido. TRAVESSÃO Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar palavras ou frases "Quais são os símbolos da pátria? Que pátria? Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra vez. a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma coisa". (M. Palmério). Usa-se para separar orações do tipo: Avante!- Gritou o general. A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta. Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaísmo, formas populares: Há quem goste de jazz-band. Não achei nada "legal" aquela aula de inglês. Para enfatizar palavras ou expressões: Apesar de todo esforço, achei-a irreconhecível" naquela noite. Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. "Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro. Em casos de ironia: A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. Veja como ele é educado" - cuspiu no chão. PARÊNTESES Empregamos os parênteses: Nas indicações bibliográficas. "Sede assim qualquer coisa. serena, isenta, fiel". (Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). Nas indicações cênicas dos textos teatrais: "Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos fora das órbitas. Amália se volta)". (G. Figueiredo) Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória: "E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo, morrendo de fome." (C. Lispector) Para isolar orações intercaladas: "Estou certo que eu (se lhe ponho Minha mão na testa alçada) Sou eu para ela." COLCHETES [ ] Os colchetes são muito empregados na linguagem científica. (M. Bandeira) ASTERISCO O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação). BARRA A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas. ANTÔNIMOS/SINÔNIMOS Quanto à significação, as palavras podem ser: 1. Sinônimas - quando apresentam sentidos semelhantes: falecer e morrer, belo e bonito; longe e distante, etc.. Antônimas - quando têm significação oposta: triste e alegre, bondade e maldade, riqueza e pobreza. 3. Homônimas - quando são escritas ou pronunciadas de modo idêntico mas são diferentes quanto ao significado. Língua Portuguesa 40

45 Os homônimos podem ser: a) perfeitos - quando possuem a mesma grafia (homógrafos) e a mesma pronúncia (homófonos): cura (padre) - cura (do v. curar) verão (estação) - verão (verbo ver) são (sadio) - são (verbo ser) b) imperfeitos - quando têm a mesma grafia mas pronúncia diferente (homógrafos) ou a mesma pronúncia mas grafia diferente (homófonos). Exemplos: selo (substantivo) - selo (verbo selar) / ele (pronome) - ele (letra) 4. Parônimas - quando se assemelham na forma mas têm significados diferentes. Exemplos: descriminar (inocentar) - discriminar (distinguir) / discente (relativo a alunos) - docente (relativo a professores) Língua Portuguesa DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original. A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias interpretações. Observe os exemplos: Denotação As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro. Conotação As estrelas do cinema. O jardim vestiu-se de flores. O fogo da paixão. SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado: Construí um muro de pedra - sentido próprio Maria tem um coração de pedra sentido figurado. A água pingava lentamente sentido próprio. FIGURAS DE LINGUAGEM Consideradas pelos autores clássicos gregos e romanos como integrantes da arte da retórica, de grande importância literária, as figuras de linguagem contribuem também para a evolução da língua. Figuras de linguagem são maneiras de falar diferentes do cotidiano comum, com o fim de chamar a atenção por meio de expressões mais vivas. Visa também dar relevo ao valor autônomo do signo linguístico, o que é característica própria da linguagem literária. As figuras podem ser de dicção (ou metaplasmos), quando dizem respeito à própria articulação dos vocábulos; de palavra (ou tropos), quando envolvem a significação dos termos empregados; de pensamento, que ocorre todas as vezes que se apresenta caprichosamente a linguagem espiritual; ou de construção, quando é conseguida por meios sintáticos. Metaplasmos. Todas as figuras que acrescentam, suprimem, permutam ou transpõem fonemas nas palavras são metaplasmos. Assim, por exemplo, mui em vez de muito; enamorado, em vez de namorado; cuidoso, em vez de cuidadoso; desvario, em vez de desvairo. Figuras de palavras. As principais figuras de palavras são a metáfora, a metonímia e o eufemismo. Recurso essencial na poesia, a metáfora é a transferência de um termo para outro campo semântico, por uma comparação subentendida (como por exemplo quando se chama uma pessoa astuta de "águia"). A metonímia consiste em designar um objeto por meio de um termo designativo de outro objeto, que tem com o primeiro uma dentre várias relações: (1) de causa e efeito (trabalho, por obra); () de continente 41 e conteúdo (garrafa, por bebida); (3) lugar e produto (porto, por vinho do Porto); (4) matéria e objeto (cobre, por moeda de cobre); (5) concreto e abstrato (bandeira, por pátria); (6) autor e obra (um Portinari, por um quadro pintado por Portinari); (7) a parte pelo todo (vela, por embarcação). O eufemismo é a expressão que suaviza o significado inconveniente de outra, como chamar uma pessoa estúpida de "pouco inteligente", ou "descuidado", ao invés de "grosseiro". Figuras de construção e de pensamento. Tanto as figuras de construção quanto as de pensamento são às vezes englobadas como "figuras literárias". As primeiras são: assindetismo (falta de conectivos), sindetismo (abuso de conectivos), redundância (ou pleonasmo), reticência (ou interrupção), transposição (ou anástrofe, isto é, a subversão da ordem habitual dos termos). As principais figuras de pensamento são a comparação (ou imagem), a antítese (ou realce de pensamentos contraditórios), a gradação, a hipérbole (ou exagero, como na frase: "Já lhe disse milhares de vezes"), a lítotes (ou diminuição, por humildade ou escárnio, como quando se diz que alguém "não é nada tolo", para indicar que é esperto). Figuras de sintaxe. Quando se busca maior expressividade, muitas vezes usam-se lacunas, superabundâncias e desvios nas estruturas da frase. Nesse caso, a coesão gramatical dá lugar à coesão significativa. Os processos que ocorrem nessas particularidades de construção da frase chamam-se figuras de sintaxe. As mais empregadas são a elipse, o zeugma, o anacoluto, o pleonasmo e o hipérbato. Na elipse ocorre a omissão de termos, facilmente depreendidos do contexto geral ou da situação ("Sei que [tu] me compreendes."). Zeugma é uma forma de elipse que consiste em fazer participar de dois ou mais enunciados um termo expresso em apenas um deles ("Eu vou de carro, você [vai] de bicicleta."). O anacoluto consiste na quebra da estrutura regular da frase, interrompida por outra estrutura, geralmente depois de uma pausa ("Quem o feio ama, bonito lhe parece."). O pleonasmo é a repetição do conteúdo significativo de um termo, para realçar a ideia ou evitar ambiguidade ("Vi com estes olhos!"). Hipérbato é a inversão da ordem normal das palavras na oração, ou das orações no período, com finalidade expressiva, como na abertura do Hino Nacional Brasileiro: "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / de um povo heróico o brado retumbante. ("As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.") Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. Metaplasmo As palavras, tanto no tempo quanto no espaço, estão sujeitas a alterações fonéticas, que chegam por vezes a desfigurá-las. Só se admite que a palavra "cheio" era, em sua origem latina, o vocábulo plenus, porque leis fonéticas e documentos provam essa identidade. Metaplasmo é a alteração fonética que ocorre na evolução dos fonemas, dos vocábulos e até das frases. Os metaplasmos que dizem respeito aos fonemas são vários. Na transformação do latim em português alguns foram frequentíssimos, como o abrandamento, a queda, a simplificação e a vocalização. No caso do abrandamento, as consoantes fortes (proferidas sem voz) tendem a ser proferidas com voz, quando intervocálicas (lupus > lobo, defensa > defesa). Na queda, as consoantes brandas tendem a desaparer na mesma posição (luna > lua, gelare > gear). Excetuam-se m, r, e por vezes g (amare > amar, legere > ler, regere > reger). O b, excetuando-se também, muda-se em v (debere > dever). Ocorre a simplificação quando as consoantes geminadas reduzem-se a singelas (bucca > boca, caballus > cavalo). O atual digrama ss não constitui exceção, porque pronunciado simplesmente como ç (passus > passo). Quanto ao rr, para muitos conserva a geminação, na pronúncia trilada, como no castelhano (terra > terra); para outros os dois erres se simplificam num r uvular, muito próximo do r grasseyé francês. Consiste a vocalização na troca das consoantes finais de sílabas interiores em i, ou u: (acceptus > aceito, absente > ausente). Muitos brasileiros estendem isso ao l, como em "sol", que proferem "çóu", criando um ditongo que não existe em português. Os vocábulos revelam, em sua evolução, metaplasmos que se classificam como de aumento, de diminuição, e de troca. Como exemplos de acréscimos anotam-se os fonemas que se agregam às antigas formas. Em "estrela" há um e inicial, e mais um r, que não havia no originário stella.

46 Observem-se essas evoluções: foresta > floresta, ante > antes. "Brata", oriundo de blatta, diz-se atualmente "barata". Decréscimos são supressões como as observadas na transformação de episcopus em "bispo". Ou em amat > ama, polypus > polvo, enamorar > namorar. Apontam-se trocas em certas transformações. Note-se a posição do r em: pigritia > preguiça, crepare > quebrar, rabia > raiva. Os acentos também se deslocam às vezes, deslizando para a frente (produção), como em júdice > juiz, ou antecipando-se (correpção), como em amassémus > amássemos. A crase (ou fusão) é um caso particular de diminuição, característico aliás da língua portuguesa, e consiste em se reduzirem duas ou três vogais consecutivas a uma só: avoo > avô, avoa > avó, aa > à, maior > mor, põer > pôr. A crase é também normal em casos como "casa amarela" (káz ãmáréla). Os metaplasmos são, em literatura, principalmente na poesia, figuras de dicção. Os poetas apelam para as supressões, para as crases, para os hiatos, como para recursos de valor estilístico. A um poeta é lícito dizer no Brasil: "E o rosto of'rece a ósculos vendidos" (Gonçalves Dias). Quando Bilac versifica: "Brenha rude, o luar beija à noite uma ossada" dá ao encontro u-a um tratamento diferente daquele que lhe notamos adiante em: "Contra esse adarve bruto em vão rodavam "no ar". No ar reduzido a um ditongo constitui uma sinérese. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. FIGURAS DE ESTILO METÁFORA = significa transposição. Consiste no uso de uma palavra ou expressão em outro sentido que não o próprio, fundamentando-se na íntima relação de semelhança entre coisas e fatos. A metáfora é sempre uma imagem, isto é, representação mental de uma realidade sensível. É uma espécie de comparação latente ou abreviada. Por exemplo: Paulo é um touro. COMPARAÇÃO = consiste em comparar dois termos, em que vêm expressos termos comparativos, constituindo-se em intermediário entre o sentido próprio e o figurado. Por exemplo: Paulo é forte como um touro. METONÍMIA = significa mudança de nome. Consiste na troca de um nome por outro com o qual esteja em íntima relação por uma circunstância, de modo que um implique o outro. Há metonímia quando se emprega: o efeito pela causa = Sócrates tomou a morte(= o veneno). a causa pelo efeito = Vivo do meu trabalho(= do produto de meu trabalho). o autor pela obra = Eu li Castro Alves(= a obra de Castro Alves). o continente pelo conteúdo = Traga-me um copo d água(= a água do copo). a marca pelo produto = Comprei um gol(= carro). o conteúdo pelo continente = As ondas fustigavam a areia(= a praia). o instrumento pela pessoa = Ele é um bom garfo(= comilão). o sinal pela coisa significada = A cruz dominará o Oriente(= Cristianismo). o lugar pelo produto = Ele só fuma Havana(= cigarro da cidade de Havana). SINÉDOQUE = consiste em alcançar ou restringir a significação própria de uma palavra. É o emprego do mais pelo menos ou vice-versa, isto é, a troca de um nome pelo outro de modo que um contenha o outro. a parte pelo todo = No horizonte surgia uma vela(= um navio). o todo pela parte = O mundo é egoísta(= os homens). o singular pelo plural = O homem é mortal(= os homens). a espécie pelo gênero = Ganhei o pão com o suor do rosto(= alimento). o indivíduo pela classe = Ele é um Atenas(= cidade culta). a espécie pelo indivíduo = No entender do Apóstolo (São Paulo). a matéria pelo instrumento = Ela possui lindos bronzes(= objetos). o abstrato pelo concreto = A audácia vencerá(= os audaciosos). CATACRESE = é o desvio da significação de uma palavra por outra, ante a inexistência de vocábulo apropriado. Origina-se da semelhança formal entre dois objetos, dois seres. É uma metáfora estereotipada. Por exemplo: Dente de alho; pernas da mesa. Língua Portuguesa 4 ELIPSE = é a omissão de um termo da frase facilmente subentendido. Por exemplo: "Na terra tanta guerra, tanto engano, tanta necessidade aborrecida, no mar tanta tormenta e tanto engano"(camões). Os casos mais comuns são de verbos (ser e haver), a conjunção integrante(que), a preposição(de) das orações subordinadas substantivas indiretas e completivas nominais, sujeito oculto. ZEUGMA = é a omissão de um termo já expresso anteriormente na frase. Por exemplo: Nem ele entende a nós, nem nós a ele. PLEONASMO = consiste na repetição de uma mesma ideia por meio de vocábulos ou expressões diferentes. Por exemplo: Resta-me a mim somente uma esperança. POLISSÍNDETO = é a repetição de uma conjunção. Por exemplo: E rola, e rebola, como uma bola. ANACOLUTO = consiste na interrupção do esquema sintático inicial da frase, que termina por outro esquema sintático. Por exemplo: Este, o rei que têm não foi nascido príncipe(camões). ONOMATOPEIA = consiste no uso de palavras que imitam o som ou a voz natural dos seres. Graças a seu valor descritivo, é também excelente subsídio da linguagem afetiva. Por exemplo: Os sinos bimbalhavam ruidosamente. RETICÊNCIA = consiste na proposital suspensão do pensamento, quando se julga o silêncio mais expressivo que as palavras. Por exemplo: Nós dois e, entre nós dois, implacável e forte. SILEPSE = concordância ideológica. A concordância não é feita com o elemento gramatical expresso, mas sim com a ideia, com o sentido real. A silepse pode ser: de gênero = Vossa Majestade mostrou-se generoso. (V.Majestade = feminino e generoso = masculino); de número = O povo lhe pediram que ficasse. (o povo = singular e pediram = plural); de pessoa = Os brasileiros somos nós.(os brasileiros = 3ª pessoa e somos = 1ª pessoa). ANTÍTESE = consiste na exposição de uma ideia através de conceitos ou pensamentos opostos, quer fazendo confrontos, quer associando-os. Por exemplo: Buscas a vida, e eu a morte; procuras a luz, e eu as trevas. IRONIA = consiste no uso de uma expressão, pela qual dizemos o contrário do que pensamos com intenção sarcástica e entonação apropriada. Por exemplo: A excelente D. Celeste era mestra na arte de judiar dos alunos. EUFEMISMO = consiste no uso de uma expressão em sentido figurado para suavizar, atenuar uma expressão rude ou desagradável. Por exemplo: Ficou rico por meios ilícitos (= roubou). HIPÉRBOLE = consiste em exagerar a realidade, a fim de impressionar o espírito de quem ouve. Por exemplo: Ele se afogava num dilúvio de cartas. PROSOPOPEIA = consiste na personificação de coisas e evocação de deuses ou de mortos. Por exemplo: As estrelas disseram-me: aqui estamos. ANTONOMÁSIA = substituição de um nome próprio por um nome comum, por uma apelido ou por um título que tornou a pessoa conhecida. Por exemplo: O Mártir da Inconfidência (para Tiradentes). PERÍFRASE = rodeio de palavras, circunlóquio: por exemplo: A mais antiga das profissões (a prostituição). SINESTESIA = figura que se baseia na soma de sensações percebidas por diferentes órgãos dos sentidos. Por exemplo: A ondulação sonora e táctil entrava pelos meus ouvidos. PARADOXO = expressão contraditória. Por exemplo: Ia divina, num simples vestido roxo, que a vestia como se a despisse (Raul Pompéia). APÓSTROFE = é uma invocação, um chamado emotivo. Por exemplo: Deuses impassíveis Por que é que nos criastes? (Antero de Quental). GRADAÇÃO = é a disposição das ideias numa ordem gradativa. Por exemplo: Homens simples, fortes, bravos hoje míseros escravos sem ar, sem luz, sem razão (Castro Alves).

47 ASSÍNDETO = é a ausência de conectivos numa sequência de frases. Por exemplo: Destrançou os cabelos, soltou-os, trançou-os de novo (Pedro Rabelo). HIPÉRBATO = é uma inversão dos termos da frase, uma alteração na ordem direta. Por exemplo: Já da morte o palor me cobre o rosto (Álvares de Azevedo). ANÁFORA = é a repetição de um termo no início das frases ou versos. Por exemplo: Tem mais sombra no encontro que na espera. Tem mais samba a maldade que a ferida (Chico Buarque de Holanda). ALITERAÇÃO = é a repetição de sons consonantais iguais ou semelhantes. Por exemplo: E as cantilenas de serenos sons amenos fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos (Eugênio de Castro). ASSONÂNCIA = é a repetição de sons vocálicos iguais ou semelhantes. Por exemplo: Até amanhã, sou Ana da cama, da cana, fulana, sacana (Chico Buarque de Holanda). PARANOMÁSIA = é o encontro de duas palavras muito semelhantes quanto à forma. Por exemplo: Ser capaz, como um rio, ( ) de lavar do límpido a mágoa da mancha (Thiago de Mello). Fonte: ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO A comunicação verbal se processa da seguinte forma: o emissor envia mensagem ao receptor. Para que possa ser compreendida, a mensagem requer um contexto, isto é, uma situação a que ela se refere; um código pelo menos parcialmente comum entre o emissor e o receptor e, finalmente, um canal que torne possível a comunicação. No ato de comunicação verbal, podemos dar maior ênfase a um fator do que a outro. Daí a existência de seis funções da linguagem:. Emotiva. Conativa. Referencial. Fática. Metalinguística. Poética A função emotiva centraliza -se no próprio emissor, na primeira pessoa do discurso, procurando expressar sentimentos e emoções. O uso de interjeições e sinais de pontuação, com o ponto de exclamação e as reticências, é característica dessa função da linguagem. Ex: meu amor, tem dó! Ah! morena, tem pena... A função conativa centraliza -se no receptor, na segunda pessoa (com quem está falando), procurando influenciá-lo. O uso do imperativo é a característica dessa função da linguagem. Os anúncios publicitários, na intenção de convencer o receptor, utilizam em larga a função conativa. Ex: não deixe a peteca cair. Observe a força expressiva dos verbos no modo imperativo na tentativa de influenciar o comportamento do receptor. A função referencial centraliza -se no contexto, no referente, e tem por finalidade a própria informação, procurando transmitir dados da realidade de maneira objetiva, utiliza, Sobretudo, a denotação. O plano econômico divulgado pelo governo é relevante, por repor a reforma fiscal na agenda do dia, mas não passa de uma tentativa de pacto entre União, Estados e Municípios contra o contribuinte. (Folha de São Paulo, 08/11/9) A função fática centraliza -se no canal e tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper o processo de comunicação. Quando atendemos ao telefone e dizemos alô. Estamos fazendo uso dessa função da linguagem. Veja um exemplo: - Como vai? - Tudo bem! - Claro! Sem dúvida... - Sabe... hum!.., hum! Tá me entendendo? - Claro! é isso aí. A função metalinguística concentra-se no próprio código: procura falar do próprio código, ou verificar-se ele é comum ao emissor e ao receptor. o texto abaixo serve como exemplo de uso dessa função de linguagem: - O médico disse que eu estou com um pólipo no intestino. - Mas o que é pólipo? - Pólipo é um tumor pediculado. - E o que é pediculado? - É um tumor em forma de pedículo. - Mas o que é pedículo? -...Deixa para lá... de qualquer forma, é bom mesmo você ir tirar esse pólipo. Dizemos que há metalinguagem quando se utiliza um código para se falar dele próprio. Assim, um filme que discorre sobre o próprio cinema, um poema que fala sobre a própria poesia, são exemplos de utilização da metalinguagem. A função poética centraliza -se na própria mensagem. É importante saber que dificilmente você encontrará um texto que ocorra apenas uma única função da linguagem. Um mesmo texto pode apresentar diversas funções da linguagem. Mas sempre haverá uma predominante. PROVA SIMULADA 01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. (A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer. (B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. (C) O processo foi julgado em segunda estância. (D) O problema passou despercebido na votação. (E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. 0. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz. (B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. (C) A colega não se contera diante da situação. (D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. (E) Quando você vir estudar, traga seus livros. 03. O particípio verbal está corretamente empregado em: (A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. (C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. (E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em conformidade com a norma culta. Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do interior da concha de moluscos reúne outras características interessantes, como resistência e flexibilidade. (A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de componentes para a indústria. (B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de componentes para a indústria. (C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de componentes para a indústria. (D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de componentes para a indústria. (E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de componentes para a indústria. Língua Portuguesa 43

48 05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que ele está empregado conforme o padrão culto. (A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem. (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje. (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha. (D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro. (E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa. 06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está correta em: (A) As características do solo são as mais variadas possível. (B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente. (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada. (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações. (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo. 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de flexão de grau. (A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo. (B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá durante as férias. (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos. (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim. (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade. Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas palavras completam, correta e respectivamente, as frases dadas. 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento estatal ciência e tecnologia. (A) à... sobre o... do... para (B) a... ao... do... para (C) à... do... sobre o... a (D) à... ao... sobre o... à (E) a... do... sobre o... à 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois eles devem estar aptos comercializar seus produtos. (A) ao... a... à (B) àquele... à... à (C) àquele...à... a (D) ao... à... à (E) àquele... a... a 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a norma culta. (A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso trarão grandes benefícios às pesquisas. (B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando com o meio ambiente. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvolvendo projetos na área médica. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apresentadas pelos economistas. (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no litoral ou aproveitam férias ali. 11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às chuvas. (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos reclamações. (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à cultura. (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da culpa. (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investidores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (A) seus... lhes... los... lhes (B) delas... a elas... lhes... deles (C) seus... nas... los... deles (D) delas... a elas... lhes... seu (E) seus... lhes... eles... neles 13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo com o padrão culto. (A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto direto e indireto em: (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. (B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. (C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. (D) A conta, deixamo-la para ser revisada. (E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo. (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. (D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração de nosso Teatro Educativo, por ordem de, Doutor XXX, Digníssimo Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reverendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se programar e participar do referido evento. Atenciosamente, ZZZ Assistente de Gabinete. De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por (A) Ilustríssimo... Sua Excelência... Magníficos (B) Excelentíssimo... Sua Senhoria... Magníficos (C) Ilustríssimo... Vossa Excelência... Excelentíssimos (D) Excelentíssimo... Sua Senhoria... Excelentíssimos (E) Ilustríssimo... Vossa Senhoria... Digníssimos 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se respeitam as regras de pontuação. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou, que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade Policial, confessou sua participação no referido furto. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia. (E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados. 1. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negócios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de seleção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investidores. (Texto adaptado) Língua Portuguesa O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamente, apenas a: (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral. (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período. (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas. (D) Muito riso, pouco siso provérbio apropriado à falta de juízo. (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.

49 Leia o período para responder às questões de números 19 e 0. O livro de registro do processo que você procurava era o que estava sobre o balcão. 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem a (A) processo e livro. (B) livro do processo. (C) processos e processo. (D) livro de registro. (E) registro e processo. 0. Analise as proposições de números I a IV com base no período acima: I. há, no período, duas orações; II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal; III. IV. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; de registro é um adjunto adnominal de livro. Está correto o contido apenas em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) I, III e IV. 1. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura pelo Juiz; III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalente ao da palavra mas; IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acórdão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar. III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do fato; IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar; V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos. Está correto o contido apenas em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V. 6. O segmento adequado para ampliar a frase Ele comprou o carro..., indicando concessão, é: (A) para poder trabalhar fora. (B) como havia programado. (C) assim que recebeu o prêmio. (D) porque conseguiu um desconto. (E) apesar do preço muito elevado. 7. É importante que todos participem da reunião. O segmento que todos participem da reunião, em relação a É importante, é uma oração subordinada (A) adjetiva com valor restritivo. (B) substantiva com a função de sujeito. (C) substantiva com a função de objeto direto. (D) adverbial com valor condicional. (E) substantiva com a função de predicativo. 8. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabelecida pelo termo como é de (A) comparatividade. (B) adição. (C) conformidade. (D) explicação. (E) consequência. Está correto o contido apenas em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV.. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. Ao transformar os dois períodos simples num único período composto, a alternativa correta é: (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. (E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. 3. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraquecidos galhos da velha árvore. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar. (A) Quem podou? e Quando podou? (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? (C) Que jardineiro? e Podou o quê? (D) Que vizinho? e Que galhos? (E) Quando podou? e Podou o quê? 4. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibilidades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontuação em: (A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. (D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. 5. Felizmente, ninguém se machucou. Lentamente, o navio foi se afastando da costa. Considere: I. felizmente completa o sentido do verbo machucar; II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de modo; 9. A região alvo da expansão das empresas,, das redes de franquias, é a Sudeste, as demais regiões também serão contempladas em diferentes proporções; haverá,, planos diversificados de acordo com as possibilidades de investimento dos possíveis franqueados. A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e relaciona corretamente as ideias do texto, é: (A) digo... portanto... mas (B) como... pois... mas (C) ou seja... embora... pois (D) ou seja... mas... portanto (E) isto é... mas... como 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados. A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzida, sem alterar o sentido da frase, é: (A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores... (B) Concluído o processo de seleção dos investidores... (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores... (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores... (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores... RESPOSTAS 01. D 11. B 1. B 0. A 1. A. A 03. C 13. C 3. C 04. E 14. E 4. E 05. A 15. C 5. D 06. B 16. A 6. E 07. D 17. B 7. B 08. E 18. E 8. C 09. C 19. D 9. D 10. D 0. A 30. B Língua Portuguesa 45

50 Língua Portuguesa 46

51 Como vemos, o conjunto IR é a união do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais. Usaremos o símbolo estrela (* ) quando quisermos indicar que o número zero foi excluído de um conjunto. CONJUNTOS: VAZIO E UNITÁRIO. NÚMEROS NATURAIS: OPERAÇÕES DE ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO. NÚMEROS PARES E NÚMEROS ÍMPARES. 1. Conjunto dos números naturais Chamamos de conjunto dos números naturais, e indicamos com ln, o seguinte conjunto: ln = { 0; 1; ; 3; 4;...}. Conjunto dos números inteiros Chamamos de conjuntos dos números inteiros, e indicamos com Z, o seguinte conjunto: Z = {...; -; -1; 0; 1; ;...) 3. Conjunto dos números racionais: Chamamos de conjunto dos números racionais, e indicamos com Q, o seguinte conjunto: p Q = x = p,q Z e q 0 q Observe que os números racionais são aqueles que podem ser escritos como quocientes de dois inteiros. Exemplos 5 a) =5; logo 5 Q 1 b) = 0,4 ; logo 0,4 Q 5 15 c) =,5 ; logo,5 Q 6 1 d) = 0, ; logo 0, Q 3 Observação: Números como 5, 0,4 e,5 são números racionais com representação decimal finita, ou seja, podemos escrevê-los, em sua forma decimal, com um número finito de algarismos. O número 0,333..., por sua vez, é um número racional com representação decimal infinita e periódica, ou seja, só podemos escrevê-lo, em sua forma decimal, com um número infinito de algarismos, embora, a partir de um determinado ponto, haja uma repetição de algarismos até o fim. Outro exemplo de número, que admite representação decimal infinita e periódica, é, Observação Importante Todos os números que tenham representação decimal finita ou infinita e periódica são números racionais, ou seja, pertencem a Q.. 4. Conjunto dos números reais: Há números que não admitem representação decimal finita nem representação decimal infinita e periódica, como, por exemplo: n = 3, = 1, = 1, =, Estes números não são racionais: n Q, Q, 3 Q, 5 Q; e, por isso mesmo, são chamados de irracionais. Podemos então definir os irracionais como sendo aqueles números que possuem uma representação decimal infinita e não-periódica. Chamamos então de conjunto dos números reais, e indicamos com IR, o seguinte conjunto: IR = ( x Í x é racional ou x é irracional ) Matemática 1 Exemplo: N * = { 1 ; ; 3; 4;...} ; o zero foi excluído de N. Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar que os números negativos foram excluídos de um conjunto. Exemplo: Z+ = { 0; 1; ;... } ; os negativos foram excluídos de Z. Usaremos o símbolo menos ( - ) quando quisermos indicar que os números positivos foram excluídos de um conjunto. Exemplo: Z- = {... ; -; -1; 0 } ; os positivos foram excluídos de Z. Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o símbolo (+) ou com o símbolo (-). Exemplos * a) Z = { 1; ; 3;... } ; o zero e os negativos foram excluídos de Z. b) * Z + = {... ; -3; -; -1 }; o zero e os positivos foram excluídos de Z. OPERAÇÕES COM CONJUNTOS 1. Conceitos primitivos Antes de mais nada devemos saber que conceitos primitivos são noções que adotamos sem definição. Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto, o de elemento e o de pertinência de um elemento a um conjunto. Assim, devemos entender perfeitamente a frase: determinado elemento pertence a um conjunto, sem que tenhamos definido o que é conjunto, o que é elemento e o que significa dizer que um elemento pertence ou não a um conjunto.. Notação Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a seguinte notação: os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A, B, C,... ; os elementos são indicados por letras minúsculas: a, b, c, x, y,... ; o fato de um elemento x pertencer a um conjunto C é indicado com x e C; o fato de um elemento y não pertencer a um conjunto C é indicado mm y t C. 3. Representação dos conjuntos Um conjunto pode ser representado de três maneiras: por enumeração de seus elementos; por descrição de uma propriedade característica do conjunto; através de uma representação gráfica. Um conjunto é representado por enumeração quando todos os seus elementos são indicados e colocados dentro de um par de chaves. Exemplo: a) A = ( 0; 1; ; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto formado pelos algarismos do nosso sistema de numeração. b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, 1, j,1, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do nosso alfabeto. c) Quando um conjunto possui número elevado de elementos, porém apresenta lei de formação bem clara, podemos representalo, por enumeração, indicando os primeiros e os últimos elementos, intercalados por reticências. Assim: C = ( ; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto dos números pares positivos, menores do que100. d) Ainda usando reticências, podemos representar, por enumeração, conjuntos com infinitas elementos que tenham uma lei de formação bem clara, como os seguintes: D = ( 0; 1; ; 3;... ) indica o conjunto dos números inteiros não negativos; E = (... ; -; -1; 0; 1; ;... ) indica o conjunto dos números inteiros;

52 F = ( 1; 3; 5; 7;... ) indica o conjunto dos números ímpares positivos. A representação de um conjunto por meio da descrição de uma propriedade característica é mais sintética que sua representação por enumeração. Neste caso, um conjunto C, de elementos x, será representado da seguinte maneira: C = { x x possui uma determinada propriedade } que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que possui uma determinada propriedade: Exemplos a) O conjunto A = { 0; 1; ; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser representado por descrição da seguinte maneira: A = { x x é algarismo do nosso sistema de numeração } b) O conjunto G = { a; e ;i; o, u } pode ser representado por descrição da seguinte maneira: G = { x x é vogal do nosso alfabeto } c) O conjunto H = { ; 4; 6; 8;... } pode ser representado por descrição da seguinte maneira: H = { x x é par positivo } A representação gráfica de um conjunto é bastante cômoda. Através dela, os elementos de um conjunto são representados por pontos interiores a uma linha fechada que não se entrelaça. Os pontos exteriores a esta linha representam os elementos que não pertencem ao conjunto. Exemplo 4. Número de elementos de um conjunto Consideremos um conjunto C. Chamamos de número de elementos deste conjunto, e indicamos com n lcl, ao número de elementos diferentes entre si, que pertencem ao conjunto. Exemplos a) O conjunto A = { a; e; i; o; u } é tal que n(a) = 5. b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal que n(b) = 10. c) O conjunto C = ( 1; ; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n (C) = Conjunto unitário e conjunto vazio Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C, tal que n (C) = 1. Exemplo: C = ( 3 ) E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c, tal que n(c) = 0. Exemplo: M = { x x = -5} O conjunto vazio é representado por { } ou por. Exercício resolvido Determine o número de elementos dos seguintes com juntos : a) A = { x x é letra da palavra amor } b) B = { x x é letra da palavra alegria } c) c é o conjunto esquematizado a seguir d) D = ( ; 4; 6;... ; 98 ) e) E é o conjunto dos pontos comuns às relas r e s, esquematizadas a seguir : Por esse tipo de representação gráfica, chamada diagrama de Euler- Venn, percebemos que x C, y C, z C; e que a C, b C, c C, d C. Exercícios resolvidos Sendo A = {1; ; 4; 4; 5}, B={; 4; 6; 8} e C = {4; 5}, assinale V (verdadeiro) ou F (falso): a) 1 A ( V ) b) 1 B ( F ) c) 1 C ( F ) d) 4 A ( V ) e) 4 B ( V ) f) 4 C ( V ) g) 7 A ( F ) h) 7 B ( F ) i) 7 C ( F ) Matemática l) 1 A ou 1 B ( V ) m) 1 A e 1 B ( F ) n) 4 A ou 4 B ( V ) o) 4 A e 4 B ( V ) p) 7 A ou 7 B ( F ) q) 7 A e 7 B ( F ) Represente, por enumeração, os seguintes conjuntos: a) A = { x x é mês do nosso calendário } b) B = { x x é mês do nosso calendário que não possui a letra r } c) C = { x x é letra da palavra amor } d) D = { x x é par compreendido entre 1e 11} e) E = {x x = 100 } Resolução a) A = ( janeiro ; fevereiro; março; abril; maio ; junho; julho ; agosto ; setembro ; outubro ; novembro ; dezembro ). b) B = (maio; junho; julho; agosto ) c) C = (a; m; o; r ) d) D = ( ; 4; 6; 8; ia ) e) E = ( 10; -10 ), pois 10 = 100 e -(-10 ) = 100. Resolução a) n(a) = 4 b) n(b) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de possuir dote letras, possui apenas seis letras distintas entre si. c) n(c) =, pois há dois elementos que pertencem a C: c e C e d e C d) observe que: =. 1 é o 1º par positivo 4 =. é o par positivo 6 =. 3 é o 3º par positivo 8 =. 4 é o 4º par positivo =. 49 é o 49º par positivo logo: n(d) = 49 e) As duas retas, esquematizadas na figura, possuem apenas um ponto comum. Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário. 6. Igualdade de conjuntos Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e indicaremos com A = 8, se ambos possuírem os mesmos elementos. Quando isto não ocorrer, diremos que os conjuntos são diferentes e indicaremos com A B. Exemplos. a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u} b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a} c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u} d) {a;e;i;o;u} {a;e;i;o} e) { x x = 100} = {10; -10} f) { x x = 400} {0} 7. Subconjuntos de um conjunto Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de um conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, também pertencer a B. Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B:

53 Indicamos que A é um subconjunto de B de duas maneiras: a) A B; que deve ser lido : A é subconjunto de B ou A está contido em B ou A é parte de B; b) B A; que deve ser lido: B contém A ou B inclui A. Exemplo Sejam os conjuntos A = {x x é mineiro} e B = {x x é brasileiro} ; temos então que A B e que B A. Observações: Quando A não é subconjunto de B, indicamos com A B ou B A. Admitiremos que o conjunto vazio está contido em qualquer conjunto. 8. Número de subconjuntos de um conjunto dado Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n elementos, então este conjunto terá n subconjuntos. Exemplo O conjunto C = {1; } possui dois elementos; logo, ele terá = 4 subconjuntos. Exercício resolvido: 1. Determine o número de subconjuntos do conjunto C = la; e; 1; o; u ). Resolução: Como o conjunto C possui cinco elementos, o número dos seus subconjuntos será 5 = 3. Exercícios propostas:. Determine o número de subconjuntos do conjunto C = { 0; 1; ; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } Resposta: Determine o número de subconjuntos do conjunto C = ; ; ; ; ; Resposta: 3 OPERAÇÕES COM CONJUNTOS Exemplos a) {a;b;c} {d;e} = b) {a;b;c} {b;c,d} = {b;c} c) {a;b;c} {a;c} = {a;c} Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia, como no exemplo a, dizemos que os conjuntos são disjuntos. Exercícios resolvidos 1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t), determinar os seguintes conjuntos: a) A B f) B C b) A B g) A B C c) A C h) A B C d) A C i) (A B) U (A C) e) B C Resolução a) A B = {x; y; z; w; v } b) A B = {x } c) A C = {x; y;z; u; t } d) A C = {y } e) B C={x;w;v;y;u;t} f) B C= g) A B C= {x;y;z;w;v;u;t} h) A B C= i) (A B) u (A C)={x} {y}={x;y}. Dado o diagrama seguinte, represente com hachuras os conjuntos: a) A B C b) (A B) (A C) 1. União de conjuntos Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou reunião de A com B, e indicamos com A B, ao conjunto constituído por todos os elementos que pertencem a A ou a B. Resolução Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras a interseção dos conjuntos, temos: Exemplos a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e} b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d} c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c} 3. No diagrama seguinte temos: n(a) = 0 n(b) = 30 n(a B) = 5 Determine n(a B). Resolução. Intersecção de conjuntos Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseção de A com B, e indicamos com A B, ao conjunto constituído por todos os elementos que pertencem a A e a B. Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras a intersecção dos conjuntos, temos: Se juntarmos, aos 0 elementos de A, os 30 elementos de B, estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas vezes; o que, evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este erro, devemos subtrair uma vez os 5 elementos de A n B; teremos então: n(a B) = n(a) + n(b) - n(a B) ou seja: n(a B) = e então: n(a B) = 45. Matemática 3

54 4. Conjunto complementar Dados dois conjuntos A e B, com B A, chamamos de conjunto complementar de B em relação a A, e indicamos com CA B, ao conjunto A - B. Observação: O complementar é um caso particular de diferença em que o segundo conjunto é subconjunto do primeiro. Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras o complementar de B em relação a A, temos: ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS A soma de três ou mais números inteiros é efetuada adicionando-se todos os números positivos e todos os negativos e, em seguida, efetuandose a soma do número negativo. Exemplos: 1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) = (+17) + (-11) = +6 ) (+3) + (-4) + (+) + (-8) = (+5) + (-1) = -7 PROPRIEDADES DA ADIÇÃO A adição de números inteiros possui as seguintes propriedades: 1ª) FECHAMENTO A soma de dois números inteiros é sempre um número inteiro: (-3) + (+6) = + 3 Z Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f} Observação: O conjunto complementar de B em relação a A é formado pelos elementos que faltam para "B chegar a A"; isto é, para B se igualar a A. c ª) ASSOCIATIVA Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a + (b + c) = (a + b) + Exemplo:(+3) +[(-4) + (+)] = [(+3) + (-4)] + (+) (+3) + (-) = (-1) + (+) +1 = +1 NÚMEROS INTEIROS: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N = {0, 1,, 3, 4, 5,...,} Assim, os números precedidos do sinal + chamam-se positivos, e os precedidos de - são negativos. Exemplos: Números inteiros positivos: {+1, +, +3, +4,...} Números inteiros negativos: {-1, -, -3, -4,...} O conjunto dos números inteiros relativos é formado pelos números inteiros positivos, pelo zero e pelos números inteiros negativos. Também o chamamos de CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS e o representamos pela letra Z, isto é: Z = {..., -3, -, -1, 0, +1, +, +3,... } O zero não é um número positivo nem negativo. Todo número positivo é escrito sem o seu sinal positivo. Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10 Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -, -1, 0, 1,, 3,...} N é um subconjunto de Z. REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA Cada número inteiro pode ser representado por um ponto sobre uma reta. Por exemplo: C B A 0 A B C D... Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o número zero. Nas representações geométricas, temos à direita do zero os números inteiros positivos, e à esquerda do zero, os números inteiros negativos. Observando a figura anterior, vemos que cada ponto é a representação geométrica de um número inteiro. Exemplos: ponto C é a representação geométrica do número +3 ponto B' é a representação geométrica do número - ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS 1) A soma de zero com um número inteiro é o próprio número inteiro: 0 + (-) = - ) A soma de dois números inteiros positivos é um número inteiro positivo igual à soma dos módulos dos números dados: (+700) + (+00) = ) A soma de dois números inteiros negativos é um número inteiro negativo igual à soma dos módulos dos números dados: (-) + (-4) = - 6 4) A soma de dois números inteiros de sinais contrários é igual à diferença dos módulos, e o sinal é o da parcela de maior módulo: (- 800) + (+300) = -500 Matemática 4 3ª) ELEMENTO NEUTRO Se a é um número inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a e 0 + a = a Isto significa que o zero é elemento neutro para a adição. Exemplo: (+) + 0 = + e 0 + (+) = + 4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO Se a é um número inteiro qualquer, existe um único número oposto ou simétrico representado por (-a), tal que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a) Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0 5ª) COMUTATIVA Se a e b são números inteiros, então: a + b = b + a Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4) - = - SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para 5ºC, sofrendo, portanto, um aumento de 8ºC, aumento esse que pode ser representado por: (+5) - (-3) = (+5) + (+3) = +8 Portanto: A diferença entre dois números dados numa certa ordem é a soma do primeiro com o oposto do segundo. Exemplos: 1) (+6) - (+) = (+6) + (- ) = +4 ) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = -7 3) (-5 ) - (+) = (-5 ) + (- ) = -7 Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eliminando os parênteses - (+4 ) = -4 - ( -4 ) = +4 Observação: Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais podem ser resumidos do seguinte modo: ( + ) = + + ( - ) = - - ( + ) = - - ( - ) = + Exemplos: - ( -) = + +(-6 ) = -6 - (+3) = -3 +(+1) = +1 PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO A subtração possui uma propriedade. FECHAMENTO: A diferença de dois números inteiros é sempre um número inteiro. MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS 1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS INTEIROS POSITI- VOS Lembremos que: 3. = + + = 6 Exemplo: (+3). (+) = 3. (+) = (+) + (+) + (+) = +6 Logo: (+3). (+) = +6

55 Observando essa igualdade, concluímos: na multiplicação de números inteiros, temos: (+). (+) =+ º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É NEGATIVO Exemplos: 1) (+3). (-4) = 3. (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -1 ou seja: (+3). (-4) = -1 ) Lembremos que: -(+) = - (-3). (+5) = - (+3). (+5) = -(+15) = - 15 ou seja: (-3). (+5) = -15 Conclusão: na multiplicação de números inteiros, temos: ( + ). ( - ) = - ( - ). ( + ) = - Exemplos : (+5). (-10) = -50 (+1). (-8) = -8 (- ). (+6 ) = -1 (-7). (+1) = -7 4ª) COMUTATIVA Observemos que: (+). (-4 ) = - 8 e (-4 ). (+ ) = - 8 Portanto: (+ ). (-4 ) = (-4 ). (+ ) Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a. b = b. a, isto é, a ordem dos fatores não altera o produto. 5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À SUBTRAÇÃO Observe os exemplos: (+3 ). [( -5 ) + (+ )] = (+3 ). ( -5 ) + (+3 ). (+ ) (+4 ). [( - ) - (+8 )] = (+4 ). ( - ) - (+4 ). (+8 ) Conclusão: Se a, b, c representam números inteiros quaisquer, temos: a) a. [b + c] = a. b + a. c A igualdade acima é conhecida como propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição. b) a. [b c] = a. b - a. c A igualdade acima é conhecida como propriedade distributiva da multiplicação em relação à subtração. 3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS INTEIROS NEGATIVOS Exemplo: (-3). (-6) = -(+3). (-6) = -(-18) = +18 isto é: (-3). (-6) = +18 Conclusão: na multiplicação de números inteiros, temos: ( - ). ( - ) = + Exemplos: (-4). (-) = +8 (-5). (-4) = +0 As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser resumidas na seguinte: ( + ). ( + ) = + ( + ). ( - ) = - ( - ). ( - ) = + ( - ). ( + ) = - Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é igual a 0: (+5). 0 = 0 PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS Exemplos: 1) (+5 ). ( -4 ). (- ). (+3 ) = (-0). (- ). (+3 ) = (+40). (+3 ) = +10 ) (- ). ( -1 ). (+3 ). (- ) = (+ ). (+3 ). (- ) = (+6 ). (- ) = -1 Podemos concluir que: Quando o número de fatores negativos é par, o produto sempre é positivo. Quando o número de fatores negativos é ímpar, o produto sempre é negativo. PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO No conjunto Z dos números inteiros são válidas as seguintes propriedades: 1ª) FECHAMENTO Exemplo: (+4 ). (- ) = - 8 Z Então o produto de dois números inteiros é inteiro. ª) ASSOCIATIVA Exemplo: (+ ). (-3 ). (+4 ) Este cálculo pode ser feito diretamente, mas também podemos fazê-lo, agrupando os fatores de duas maneiras: (+ ). [(-3 ). (+4 )] = [(+ ). ( -3 )]. (+4 ) (+ ). (-1) = (-6 ). (+4 ) -4 = -4 De modo geral, temos o seguinte: Se a, b, c representam números inteiros quaisquer, então: a. (b. c) = (a. b). c 3ª) ELEMENTO NEUTRO Observe que: (+4 ). (+1 ) = +4 e (+1 ). (+4 ) = +4 Qualquer que seja o número inteiro a, temos: a. (+1 ) = a e (+1 ). a = a O número inteiro +1 chama-se neutro para a multiplicação. Matemática 5 DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS CONCEITO Dividir (+16) por é achar um número que, multiplicado por, dê : =?. (? ) = 16 O número procurado é 8. Analogamente, temos: 1) (+1) : (+3 ) = +4 porque (+4 ). (+3 ) = +1 ) (+1) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ). ( -3 ) = +1 3) ( -1) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ). (+3 ) = -1 4) ( -1) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ). ( -3 ) = -1 A divisão de números inteiros só pode ser realizada quando o quociente é um número inteiro, ou seja, quando o dividendo é múltiplo do divisor. Portanto, o quociente deve ser um número inteiro. Exemplos: ( -8 ) : (+ ) = -4 ( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é a mesma que vimos para a multiplicação: ( + ) : ( + ) = + ( + ) : ( - ) = - ( - ) : ( - ) = + ( - ) : ( + ) = - Exemplos: ( +8 ) : ( - ) = -4 (-10) : ( -5 ) = + (+1 ) : ( -1 ) = -1 (-1) : (+3 ) = -4 PROPRIEDADE Como vimos: (+4 ) : (+3 ) Z Portanto, não vale em Z a propriedade do fechamento para a divisão. Alem disso, também não são válidas as proposições associativa, comutativa e do elemento neutro. MÚLTIPLOS E DIVISORES. DIVISIBILIDADE Um número é divisível por quando termina em 0,, 4, 6 ou 8. Ex.: O número 74 é divisível por, pois termina em 4. Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos é um número divisível por 3. Ex.: 13 é divisível por 3, pois 1++3 = 6 e 6 é divisível por 3 Um número é divisível por 5 quando o algarismo das unidades é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O número 30 é divisível por 5, pois termina em 0. Um número é divisível por 10 quando o algarismo das unidades é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número 500 é divisível por 10, pois termina em 0.

56 NÚMEROS PRIMOS Um número natural é primo quando é divisível apenas por dois números distintos: ele próprio e o 1. Exemplos: O número é primo, pois é divisível apenas por dois números diferentes: ele próprio e o 1. O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois números distintos: ele próprio e o 1. O número natural que é divisível por mais de dois números diferentes é chamado composto. O número 4 é composto, pois é divisível por 1,, 4. O número 1 não é primo nem composto, pois é divisível apenas por um número (ele mesmo). O número é o único número par primo. DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORAÇÃO) Um número composto pode ser escrito sob a forma de um produto de fatores primos. Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma: 60 = = que é chamada de forma fatorada. Para escrever um número na forma fatorada, devemos decompor esse número em fatores primos, procedendo do seguinte modo: Dividimos o número considerado pelo menor número primo possível de modo que a divisão seja exata. Dividimos o quociente obtido pelo menor número primo possível. Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo menor número primo possível, até que se obtenha o quociente 1. Exemplo: Portanto: 60 = Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à direita do número e, à direita dessa barra, escrever os divisores primos; abaixo do número escrevem-se os quocientes obtidos. A decomposição em fatores primos estará terminada quando o último quociente for igual a 1. Exemplo: Logo: 60 = DIVISORES DE UM NÚMERO Consideremos o número 1 e vamos determinar todos os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é escrever os números naturais de 1 a 1 e verificar se cada um é ou não divisor de 1, assinalando os divisores = = = = = == Indicando por D(1) (lê-se: "D de 1 ) o conjunto dos divisores do número 1, temos: D (1) = { 1,, 3, 4, 6, 1} Na prática, a maneira mais usada é a seguinte: 1º) Decompomos em fatores primos o número considerado º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores primos e, à sua direita e acima, escrevemos o número 1 que é divisor de todos os números º) Multiplicamos o fator primo pelo divisor 1 e escrevemos o produto obtido na linha correspondente. x º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos divisores já obtidos, escrevendo os produtos nas linhas correspondentes, sem repeti-los. x x1 4 3, 6, 1 Os números obtidos à direita dos fatores primos são os divisores do número considerado. Portanto: Exemplos: 1) ) D(1) = { 1,, 4, 3, 6, 1} , 6 9, , 6 5, 10, 15, 30 D(18) = {1,, 3, 6, 9, 18} D(30) = { 1,, 3, 5, 6, 10, 15, 30} MÁXIMO DIVISOR COMUM Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou mais números o maior dos divisores comuns a esses números. Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois números é o chamado método das divisões sucessivas (ou algoritmo de Euclides), que consiste das etapas seguintes: 1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a divisão for exata, o M.D.C. entre esses números é o menor deles. ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o menor dos dois números) pelo resto obtido na divisão anterior, e, assim, sucessivamente, até se obter resto zero. 0 ultimo divisor, assim determinado, será o M.D.C. dos números considerados. Exemplo: Calcular o M.D.C. (4, 3) Resposta: M.D.C. (4, 3) = 8 Matemática 6

57 Matemática MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou mais números o menor dos múltiplos (diferente de zero) comuns a esses números. O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois ou mais números, chamado de decomposição em fatores primos, consiste das seguintes etapas: 1º) Decompõem-se em fatores primos os números apresentados. º) Determina-se o produto entre os fatores primos comuns e nãocomuns com seus maiores expoentes. Esse produto é o M.M.C procurado. Exemplos:Calcular o M.M.C (1, 18) Decompondo em fatores primos esses números, temos: = =. 3 Resposta: M.M.C (1, 18) =. 3 = 36 Observação: Esse processo prático costuma ser simplificado fazendo-se uma decomposição simultânea dos números. Para isso, escrevem-se os números, um ao lado do outro, separando-os por vírgula, e, à direita da barra vertical, colocada após o último número, escrevem-se os fatores primos comuns e nãocomuns. 0 calculo estará terminado quando a última linha do dispositivo for composta somente pelo número 1. O M.M.C dos números apresentados será o produto dos fatores. Exemplo: Calcular o M.M.C (36, 48, 60) 36, 48, 60 18, 4, 30 9, 1, 15 9, 6, 15 9, 3, 15 3, 1, , , 1, 1 Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = = 70 RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS CONCEITO Consideremos o seguinte problema: Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +5. Solução: (+5 ) = +5 e ( -5 ) =+5 Resposta: +5 e -5 Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de +5. Outros exemplos: Número Raízes quadradas + 3 e e e e e e e -6 O símbolo 5 significa a raiz quadrada de 5, isto é 5 = +5 Como 5 = +5, então: 5 = 5 7 Agora, consideremos este problema. Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é -5? Solução: (+5 ) = +5 e (-5 ) = +5 Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado seja -5, isto é, 5 não existe no conjunto Z dos números inteiros. Conclusão: os números inteiros positivos têm, como raiz quadrada, um número positivo, os números inteiros negativos não têm raiz quadrada no conjunto Z dos números inteiros. NÚMEROS RACIONAIS Os números racionais são representados por um numeral em forma de fração ou razão, a b, sendo a e b números naturais, com a condição de b ser diferente de zero. 1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado (a, b) de números a naturais, sendo b 0, corresponde um número fracionário.o termo a b chama-se numerador e o termo b denominador.. TODO NÚMERO NATURAL pode ser representado por uma fração de denominador 1. Logo, é possível reunir tanto os números naturais como os fracionários num único conjunto, denominado conjunto dos números racionais absolutos, ou simplesmente conjunto dos números racionais Q. Qual seria a definição de um número racional absoluto ou simplesmente racional? A definição depende das seguintes considerações: a) O número representado por uma fração não muda de valor quando multiplicamos ou dividimos tanto o numerador como o denominador por um mesmo número natural, diferente de zero. Exemplos: usando um novo símbolo: é o símbolo de equivalência para frações b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as frações equivalentes a uma fração dada ,,,, (classe de equivalência da fração: 1 3 ) Agora já podemos definir número racional : número racional é aquele definido por uma classe de equivalência da qual cada fração é um representante. NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO NATURAL: 0 0 = = = 1 = 1 1 = = 0 (definido pela classe de equivalência que representa o mesmo número racional 0) 1 (definido pela classe de equivalência que representa o mesmo número racional 1) e assim por diante. NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚMERO FRACIONÁRIO: 1 3 = = = 4 6 (definido pela classe de equivalência que representa o mesmo número racional 1/). NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS Decimais: quando têm como denominador 10 ou uma potência de ,, etc. b) próprias: aquelas que representam quantidades menores do que 1. 1, 3,, 4 7 etc. c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou maiores que ,,, etc.

58 d) aparentes: todas as que simbolizam um número natural = 5, = 4, etc. e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as frações, com exceção daquelas que possuem como denominador 10, 10, Indicamos por: = 5 6 f) frações iguais: são as que possuem os termos iguais = 3 8, =, etc g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao numeral formado por 4 uma parte natural e uma parte fracionária; A parte natural é e a 7 parte fracionária Indicamos por: 6 6 = h) irredutível: é aquela que não pode ser mais simplificada, por ter seus termos primos entre si. Matemática 3 4, 5 1, 3 7, etc. 4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que não possua termos primos entre si, basta dividir os dois ternos pelo seu divisor comum. 8 1 = 8 : 4 1 : 4 = 5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES. Para comparar duas ou mais frações quaisquer primeiramente convertemos em frações equivalentes de mesmo denominador. De duas frações que têm o mesmo denominador, a maior é a que tem maior numerador. Logo: 6 1 < 8 1 < 9 1 (ordem crescente) 1 < 3 De duas frações que têm o mesmo numerador, a maior é a que tem menor denominador. Exemplo: 7 > 7 5 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO 3 < 3 4 OPERAÇÕES COM FRAÇÕES A soma ou a diferença de duas frações é uma outra fração, cujo calculo recai em um dos dois casos seguintes: 1º CASO: Frações com mesmo denominador. Observemos as figuras seguintes: Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo denominador, procedemos do seguinte modo: 1. adicionamos ou subtraímos os numeradores e mantemos o denominador comum.. simplificamos o resultado, sempre que possível. Exemplos: = = = = = = = = = = = Observação: A subtração só pode ser efetuada quando o minuendo é maior que o subtraendo, ou igual a ele. º CASO: Frações com denominadores diferentes: Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com denominadores diferentes, procedemos do seguinte modo: Reduzimos as frações ao mesmo denominador. Efetuamos a operação indicada, de acordo com o caso anterior. Simplificamos o resultado (quando possível). Exemplos: 1 1) + = = + = = = = = 1 6 Observações: 5 3 ) + = = + = = = 4 = 7 4 Para adicionar mais de duas frações, reduzimos todas ao mesmo denominador e, em seguida, efetuamos a operação. = 9 8

59 Exemplos. 7 3 a) + + = = = = = b) = = = = = 4 53 = 4 NÚMEROS RACIONAIS Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dizemos que uma unidade dividida em duas partes iguais e indicamos 1/. onde: 1 = numerador e = denominador Havendo número misto, devemos transformá-lo em fração imprópria: Exemplo: = = = = 1 1 Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos (das três partes hachuramos ). Quando o numerador é menor que o denominador temos uma fração própria. Observe: Observe: Se a expressão apresenta os sinais de parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mesma ordem: 1º) efetuamos as operações no interior dos parênteses; º) as operações no interior dos colchetes; 3º) as operações no interior das chaves. Exemplos: ) = + = 1 1 = = = = = ) = Matemática = 5 + = = 5 + = = 6 6 = = = = = = 1 4 = 9 Quando o numerador é maior que o denominador temos uma fração imprópria. Frações Equivalentes Duas ou mais frações são equivalentes, quando representam a mesma quantidade. Dizemos que: 1 = 4 = Para obter frações equivalentes, devemos multiplicar ou dividir o numerador por mesmo número diferente de zero Ex: = ou. = Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o denominador, por um mesmo número diferente de zero. Quando não for mais possível efetuar as divisões dizemos que a fração é irredutível. Exemplo: 18 : = = 3 6 Fração Irredutível ou Simplificada

60 Exemplo: 1 3 e 3 4 Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = e ( 1 : 3 ) 1 ( 1 : 4 ) 3 = e temos: e 9 1 Calcular o M.M.C. (3,4) = e ( 1 : 3 ) 1 ( 1 : 4 ) 3 = e temos: e A fração é equivalente a. A fração equivalente A fração 3 1 é equivalente a 1 4. A fração 4 3 equivalente 1 9. Exercícios: 1) Achar três frações equivalentes às seguintes frações: 1 1) ) 4 3 Respostas: 1) 8 3,, ) 4 6 Comparação de frações, 6, 9 a) Frações de denominadores iguais. Se duas frações tem denominadores iguais a maior será aquela: que tiver maior numerador. Ex.: 3 1 > 4 4 ou 1 4 < 3 4 b) Frações com numeradores iguais Se duas frações tiverem numeradores iguais, a menor será aquela que tiver maior denominador Ex.: > ou < 4 5 c) Frações com numeradores e denominadores receptivamente diferentes. Reduzimos ao mesmo denominador e depois comparamos. Exemplos: 1 > denominadores iguais (ordem decrescente) > numeradores iguais (ordem crescente) 5 3 SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o denominador por um número diferente de zero. Quando não for mais possível efetuar as divisões, dizemos que a fração é irredutível. Exemplo: 18 : 9 : 3 3 = = 1: 6 : 3 Fração irredutível ou simplificada 9 Exercícios: Simplificar 1) 1 Respostas: 1) ) 45 ) REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINADOR COMUM Ex.: 1 3 e 3 4 Exemplo 4? numeradores diferentes e denominadores diferentes 3 5 m.m.c.(3, 5) = 15 (15 : 3). (15.5) ? = < (ordem crescente) Exercícios: Colocar em ordem crescente: ) e ) e 3), e Respostas: 1) < ) < ) < < 3 6 Operações com frações 1) Adição e Subtração a) Com denominadores iguais somam-se ou subtraem-se os numeradores e conserva-se o denominador comum. Ex: = = = = b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo denominador depois soma ou subtrai. Ex: 1 3 1) + + = M.M.C.. (, 4, 3) = (1 : ).1 ) (1 : 4).3 + (1.3) = = = M.M.C.. (3,9) = (9 : 3).4 - (9 : 9). 9 Exercícios. Calcular: 1) ) Respostas: 1) = 9-10 = ) 6 6 ) = 3) Multiplicação de Frações Para multiplicar duas ou mais frações devemos multiplicar os numeradores das frações entre si, assim como os seus denominadores. Exemplo: = 3 x 5 4 = 6 0 = 3 10 Matemática 10

61 Exercícios: Calcular: 1) 5 ) 5 4 Respostas: 1) ) = ) = 3) Divisão de frações Para dividir duas frações conserva-se a primeira e multiplica-se pelo inverso da Segunda. 4 4 Exemplo: : 5 3 Exercícios. Calcular: 1) 4 : 3 9 ) = : = 1 10 = Respostas: 1) 6 ) 9 Potenciação de Frações ) + : ) 1 Eleva o numerador e o denominador ao expoente dado. Exemplo: = = Exercícios. Efetuar: 3 1 1) ) 4 9 Respostas: 1) ) 3 1 ) ) Sistema de número decimal Principio da posição decimal:todo algarismo colocado imediatamente à esquerda do outro, representa unidade de ordem, imediatamente superiores a este (10 vezes maior) sendo que o primeiro algarismo à direita representa unidade simples. Características fundamentais: 1) Base dez, na contagem. ) Os dez algarismos: 1,, 3, 4, 5, 8, 7, 8, 9, 0 para formarem os numerais. 3) O princípio da posição decimal, para a colocação dos algarismos. Ordens: são as unidades, dezenas, centenas, milhares etc., também chamadas posições. Valor relativo ou posicional de um algarismo: É o número de unidades simples, dezenas, centenas, milhares, etc., que ele representa de acordo com sua posição no numeral. Valor absoluto de um algarismo: É o valor que ele representa quando considerado isoladamente ORDENS 7 = unidades valor absoluto: 7, posicional: 7 9 = dezenas valor absoluto: 9; posicional: 90 1 = centenas valor absoluto: 1; posicional: = milhares = valor absoluto: 8; posicional: 8000 Nota: Os números podem ser representados utilizando-se outras bases que não a base decimal; tais bases formarão novos sistemas numéricos onde seus elementos diferirão daqueles constituintes do sistema decimal. Tomando-se um número de determinado sistema como referencial, pode-se realizar mudança de base determinando o numeral que lhe será correspondente na nova base. Nota: símbolo zero serve para indicar as ordens vazias. Enquanto os algarismos de um a nove são chamados de algarismos significativos, zero (0) é chamado algarismo insignificativo. O conjunto dos números 1,, 3, 4,...,n, que surgiram naturalmente de um processo de contagem reunido ao conjunto formado pelo zero (0), forma o conjunto dos números naturais, que se escreve: N = {0, 1,, 3, 4,..., n,...} BASE DE UM SISTEMA DE NUMERAÇÃO É o conjunto de nomes ou símbolos necessários para representar qualquer número. Radiciação de Frações Extrai raiz do numerador e do denominador. Exemplo: 4 9 = 4 9 = 3 Base 7 - No sistema de base 7, os elementos de um conjunto são contados de 7 em 7, por meio dos algarismos 0, 1,, 3, 4, 5, 6 e 7. Contandose os 365 dias do ano de 7 em 7, obtemos o número de semanas num ano. Base 5 - No sistema de base 5 ou quinário, contamos de 5 em 5, empregando os algarismos 0, 1,, 3, 4 e 5. Exercícios. Efetuar: 1) 1 9 Respostas: 1) 3 1 ) 16 5 ) 5 4 3) 3) Base - No sistema de base ou binário contamos de em, utilizando apenas os algarismos 0 e 1. Os computadores eletrônicos empregam o sistema binário, traduzindo o algarismo 1 por uma lâmpada acesa (circuito fechado) e o algarismo 0 por uma lâmpada apagada (circuito aberto). E a leitura dos números é feita no quadro do computador de acordo com o que as lâmpadas acusam. Sistema decimal Numeração: Processo de representação dos números, utilizando-se símbolos e palavras. Sistema de numeração: É um sistema de contagem ou um conjunto de regras para indicarmos os números. NÚMEROS DECIMAIS Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc, chama-se fração decimal. Ex: 3 10, 4 100, 7 100, etc Base de uma contagem: É o número de elementos do agrupamento que se faz para contar os elementos do conjunto. Ex.: Quando os palitos de uma caixa de fósforos são contados um a um, diz-se que foi empregada a base 1. Matemática 11 Escrevendo estas frações na forma decimal temos: 3 = três décimos, 10 4 = quatro centésimos = sete milésimos 1000

62 Escrevendo estas frações na forma decimal temos: =0,3 = 0,04 = 0, Outros exemplos: Exercícios. Efetuar as operações: 1),41. 6,3 ) 173,4. 3, ,6 3) 31,. 0,753 Respostas: 1) 15,183 ) 69,9 3) 3, ) = 3,4 ) = 6,35 3) =18, Note que a vírgula caminha da direita para a esquerda, a quantidade de casas deslocadas é a mesma quantidade de zeros do denominador. Exercícios. Representar em números decimais: ) ) 3) Respostas: 1) 3,5 ) 4,73 3) 0,430 Ex.: LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL Divisão de números decimais Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o divisor e quando o dividendo for menor que o divisor acrescentamos um zero antes da vírgula no quociente. Ex.: a) 3:4 3 _4_ 30 0, b) 4,6: 4,6,0 = ,3 0 Obs.: Para transformar qualquer fração em número decimal basta dividir o numerador pelo denominador. Ex.: /5 = 5, então /5=0,4 0 0,4 Exercícios 1) Transformar as frações em números decimais. Operações com números decimais Adição e Subtração Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou subtraem-se unidades de mesma ordem. Exemplo 1: ,453 +,83 10, ,453,83 13,85 Exemplo : 47,3-9,35 47,30 9,35 37,95 Exercícios. Efetuar as operações: 1) 0, , ,45 ) 114,37-93,4 3) 83,7 + 0,53-15, 3 Respostas: 1) 36,18 ) 0,97 3) 68,93 Multiplicação com números decimais Multiplicam-se dois números decimais como se fossem inteiros e separam-se os resultados a partir da direita, tantas casas decimais quantos forem os algarismos decimais dos números dados. Exemplo: 5,3 x 3,8 5,3 casas, x 3,8 1 casa após a virgula ,16 3 casas após a vírgula Matemática ) ) 3) Respostas: 1) 0, ) 0,8 3) 0,5 ) Efetuar as operações: 1) 1,6 : 0,4 ) 5,8 : 0, 3) 45,6 : 1,3 4) 178 : 4,5-3,4.1/ 5) 35,6 : 1, /4 Respostas: 1) 4 ) 19 3) 35,07 4) 37,855 5) 00, Multiplicação de um número decimal por 10, 100, 1000 Para tornar um número decimal 10, 100, vezes maior, deslocase a vírgula para a direita, respectivamente, uma, duas, três,... casas decimais.,75 x 10 = 7,5 6,50 x 100 = 650 0,15 x 100 = 1,5,780 x =.780 0,060 x = 60 0,85 x = 85 DIVISÃO Para dividir os números decimais, procede-se assim: iguala-se o número de casas decimais; suprimem-se as vírgulas; efetua-se a divisão como se fossem números inteiros. Exemplos: 6 : 0,15 = 6,00 0, Igualam se as casas decimais. Cortam-se as vírgulas. 1. 7,85 : 5 = 7,85 : 5, : 500 = 1,57 Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto 85 Como 85 é menor que 500, acrescenta-se uma vírgula ao quociente e zeros ao resto : 4 0,5 Como não é divisível por 4, coloca-se zero e vírgula no quociente e zero no dividendo

63 1. 0,35 : 7 = 0,350 7, : 700 = 0,05 Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vírgula no quociente e um zero no dividendo. Como 350 não é divisível por 700, acrescenta-se outro zero ao quociente e outro ao dividendo Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000 Para tornar um número decimal 10, 100, 1000,... vezes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda, respectivamente, uma, duas, três,... casas decimais. Exemplos: 5,6 : 10 =,56 04 : 10 = 0,4 315, : 100 = 3, : 100 = 0,18 004,5 : = 0, : = 0,015 = 1, = 1, =, Estes números não são racionais: π Q, Q, 3 Q, 5 Q; e, por isso mesmo, são chamados de irracionais. Podemos então definir os irracionais como sendo aqueles números que possuem uma representação decimal infinita e não periódico. Chamamos então de conjunto dos números reais, e indicamos com R, o seguinte conjunto: R= { x x é racional ou x é irracional} milhar centena dezena Unidade simples décimo centésimo milésimo Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais ,1 0,01 0,001 LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL Procedemos do seguinte modo: 1º) Lemos a parte inteira (como um número natural). º) Lemos a parte decimal (como um número natural), acompanhada de uma das palavras: décimos, se houver uma ordem (ou casa) decimal centésimos, se houver duas ordens decimais; milésimos, se houver três ordens decimais. Exemplos: 1) 1, Lê-se: "um inteiro e dois décimos". ) 1,75 Lê-se: "doze inteiros e setenta e cinco centésimos". 3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e trezentos e nove milésimos''. Observações: 1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte decimal é lida. Exemplos: a) 0,5 - Lê-se: "cinco décimos". b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito centésimos". c) 0,41 - Lê-se: "quatrocentos e vinte e um milésimos". ) Um número decimal não muda o seu valor se acrescentarmos ou suprimirmos zeros â direita do último algarismo. Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 "... 3) Todo número natural pode ser escrito na forma de número decimal, colocando-se a vírgula após o último algarismo e zero (ou zeros) a sua direita. Exemplos: 34 = 34, = 176,00... OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO Há números que não admitem representação decimal finita nem representação decimal infinita e periódico, como, por exemplo: π = 3, Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos indicar que o número zero foi excluído de um conjunto. Exemplo: N* = { 1; ; 3; 4;... }; o zero foi excluído de N. Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar que os números negativos foram excluídos de um conjunto. Exemplo: Z+ = { 0; 1; ;... } ; os negativos foram excluídos de Z. Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos indicar que os números positivos foram excluídos de um conjunto. Exemplo: Z = {... ; - ; - 1; 0 } ; os positivos foram excluídos de Z. Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o símbolo (+) ou com o símbolo (-). Exemplos Z * = ( 1; ; 3;... ) ; o zero e os negativos foram excluídos de Z. Z + * = {... ; - 3; - ; - 1 } ; o zero e os positivos foram excluídos de Z. Exercícios propostos: 1. Completar com ou a) 0 N b) 0 N * c) 7 Z d) - 7 Z + e) 7 Q f) 1 7 Q. Completar com ou a) 3 Q d) π Q b) 3,1 Q e) 3, Q c) 3,14 Q 3. Completar com ou : Z * + N * d) Z * g) 7 1 Q + * h) 7 Q i) 7 Q j) 7 R * Z N e) Z R + R + Q R Matemática 13

64 R. 4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os conjuntos N, Z, Q e Respostas: 1. a) b) c) d). a) b) e) f) g) h) c) d) i) j) e) 1 m Essa unidade é chamada metro quadrado e representada por m. O metro quadrado, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no quadro seguinte: Múltiplos Unidade Submúltiplos Nome Símbo lo quilôm etro quadr ado hectôme tro quadrad o decâm etro quadr ado metro quadrado decím etro quadr ado centím etro quadr ado milímet ro quadra do km hm dam m dm cm mm 3. a) b) 4. c) d) e) m 0,01 0,000 0,0000 Valor m m m m 1 m 01 m Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade de área ê cem vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, podemos escrever: 1 km = 100 hm 1m = 100 dm 1 hm = 100 dam 1 dm = 100 cm 1 dam = 100 m 1 cm = 100 mm Reta numérica Uma maneira prática de representar os números reais é através da reta real. Para construí-la, desenhamos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto, um ponto origem que representará o número zero; a seguir escolhemos, também a nosso gosto, porém à direita da origem, um ponto para representar a unidade, ou seja, onúmero um. Então, a distância entre os pontos mencionados será a unidade de medida e, com base nela, marcamos, ordenadamente, os números positivos à direita da origem e os números negativos à sua esquerda. UNIDADES DE MEDIDAS: MEDIDA DE COMPRIMENTO, MEDIDAS DE SUPERFÍCIE, MEDIDA DE VOLUME E MEDIDA DE MASSA. SENTENÇAS MATEMÁTICAS. SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO. SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL. MEDIDAS DE COMPRIMENTO As medidas lineares de comprimento têm como unidade legal o metro, representado por m. Assim, medir uma distancia significa compará-la com o metro e determinar quantas vezes ela o contém. No quadro abaixo, vemos o metro, seus múltiplos e submúltiplos. Múltiplos Uni dad e Submúltiplos Nome quilô metro hectôme tro decâmet ro met ro decímet ro centímet ro milímetr o Símbo km hm dam m dm cm mm lo Valor 1000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m Observando a quadro apresentado, podemos notar que cada unidade de comprimento é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, podemos escrever: 1 km = 10 hm 1m = 10 dm 1 hm = 10 dam 1 dm = 10 cm 1 dam = 10 m 1 cm = 10 mm MEDIDAS DE SUPERFÍCIE Medir uma superfície é compará-la com outra superfície tomada como unidade. A medida de uma superfície é chamada área da superfície. A unidade legal de medida da área de uma superfície é a área de um quadrilátero cujos lados medem 1 metro e que tem a seguinte forma: 1 m Matemática 1m 1 m 14 MEDIDAS DE VOLUME Medir um sólido, ou a "quantidade de espaço" ocupada por ele significa compará-lo com outro sólido tomado como unidade. A medida de um sólido é chamada volume do sólido. Essa unidade é chamada metro cúbico e é representada por m 3. O metro cúbico, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no quadro seguinte: Múltiplos Unid Submúltiplos Nom e Símb olo quilômetr o cúbico hectôm etro cúbico decâm etro cúbico ade metro cúbic o decím etro cúbic o centím etro cúbico milímetro cúbico km 3 hm 3 dam 3 m 3 cm 3 dm 3 mm 3 Valor m 3 0,001 0,0000 0, m 3 000m 3 m 3 m 3 01 m m 3 Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade de volume é mil vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, podemos escrever: 1 km 3 = 1000 hm 3 1m 3 = 1000 dm 3 1 hm 3 = 1000 dam 3 1 dm 3 = 1000 cm 3 1 dam 3 = 1000 m 3 1 cm 3 = 1000 mm 3 MEDIDAS DE CAPACIDADE A capacidade, por ser um volume, pode ser medida em unidades volume, já estudadas. Todavia, uma unidade prática - o litro ( l ) foi definida, de acordo com a seguinte condição: ou seja, 1 litro equivale ao volume de um cubo de 1 dm de aresta. O litro, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no quadro seguinte: Múltiplos Unida de Submúltiplos Nome hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro Símbolo hl dal l dl cl ml Valor 1 litro = 1 dm l 10 l 1 l 0,1 l 0,01 l 0,001 l Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade de capacidade é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, podemos escrever: 1 hl = 10 dal 1dal = 10 litros 1 litro = 10 dl 1 dl = 10 cl

65 1 cl = 10 ml MEDIDAS DE MASSA A unidade legal adotada para medir a massa dos corpos é o quilograma (kg). Na prática, costuma-se usar como unidade-padrão o grama (g), que corresponde a milésima parte do quilograma, o grama, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no seguinte quadro: Nome quilogra ma Matemática Múltiplos hectogra ma decagr ama Unida de grama decigr ama Submúltiplos centigra ma miligram a Símbol kg hg dag g dg cg mg o Valor g 100 g 10 g 1 g 0,1 g 0,01 g 0,001 g Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade de massa é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, podemos escrever: 1 kg = 10 hg 1 g = 10 dg 1 hg = 10 dag 1 dg = 10 cg 1 dag = 10 g 1 cg = 10 mg A razão entre dois números a e b, com b 0, é o quociente a b, ou a : b. MEDIDAS DE TEMPO Por não pertencerem ao sistema métrico decimal, apresentamos aqui um rápido estudo das medidas de tempo. A unidade legal para a medida de tempo é o segundo. os seus múltiplos são apresentados no quadro seguinte: Unidade Múltiplos nome segundo minuto hora dia Símbolo s min h d valor 1 s 60 s 60 min = s 4 h = min = s As medidas de tempo inferiores ao segundo não têm designação própria; utilizamos, então, submúltiplos decimais. Assim, dizemos: décimos de segundo, centésimos de segundo, ou milésimos de segundo. Utilizam-se também as unidades de tempo estabelecidas pelas convenções usuais do calendário civil e da Astronomia, como, por exemplo, 1 mês, o ano, o século, etc. Da análise do quadro apresentado e da observação, podemos afirmar que: 1 min = 60 s 1 h = 60 min = s 1 d = 4 h 1 mês = 30 d 1 ano = 1 meses 1 século = 100 anos Para efetuar a mudança de uma unidade para outra, devemos multiplicá-la (ou dividi-la) pelo valor dessa unidade: 10 min = 600 s - equivale a = s = 40 min - equivale a = 40 1 h = 70 min - equivale a = 70 1 d = 86400s - equivale a 1440 min. 60 = PROPORCIONALIDADE: RAZÃO E PROPORÇÃO 1. INTRODUÇÃO Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um reajuste de $ 80,00, como você reagiria? Acharia caro, normal, ou abaixo da expectativa? Esse mesmo valor, que pode parecer caro no reajuste da mensalidade, seria considerado insignificante, se se tratasse de um acréscimo no seu salário. Naturalmente, você já percebeu que os $ 80,00 nada representam, se não forem comparados com um valor base e se não forem avaliados de acordo com a natureza da comparação. Por exemplo, se a mensalidade escolar fosse de $ 90,00, o reajuste poderia ser considerado alto; afinal, o valor da mensalidade teria quase dobrado. Já no caso do salário, mesmo considerando o salário mínimo, $ 80,00 seriam uma parte mínima.. A fim de esclarecer melhor este tipo de problema, vamos estabelecer regras para comparação entre grandezas. 15. RAZÃO Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada 0 habitantes, 5 são analfabetos", "De cada 10 alunos, gostam de Matemática", "Um dia de sol, para cada dois de chuva". Em cada uma dessas frases está sempre clara uma comparação entre dois números. Assim, no primeiro caso, destacamos 5 entre 0; no segundo, entre 10, e no terceiro, 1 para cada. Todas as comparações serão matematicamente expressas por um quociente chamado razão. Teremos, pois: De cada 0 habitantes, 5 são analfabetos. Razão = De cada 10 alunos, gostam de Matemática. Razão = c. Um dia de sol, para cada dois de chuva. Razão = Nessa expressão, a chama-se antecedente e b, consequente. Outros exemplos de razão: Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor. Razão = Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou todas. Razão = Uma liga de metal é feita de partes de ferro e 3 partes de zinco. Razão = 5 (ferro) Razão = 3 5 (zinco). 3. PROPORÇÃO Há situações em que as grandezas que estão sendo comparadas podem ser expressas por razões de antecedentes e consequentes diferentes, porém com o mesmo quociente. Dessa maneira, quando uma pesquisa escolar nos revelar que, de 40 alunos entrevistados, 10 gostam de Matemática, poderemos supor que, se forem entrevistados 80 alunos da mesma escola, 0 deverão gostar de Matemática. Na verdade, estamos afirmando que 10 estão representando em 40 o mesmo que 0 em 80. Escrevemos: = 0 80 A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o nome de proporção. Dadas duas razões a b e Na expressão acima, a e c são chamados de antecedentes e b e d de consequentes.. A proporção também pode ser representada como a : b : : c : d. Qualquer uma dessas expressões é lida assim: a está para b assim como c está para d. E importante notar que b e c são denominados meios e a e d,extremos. Exemplo: A proporção 3 7 = 9, ou 3 : 7 : : 9 : 1, é 1 lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9 está para 1. Temos ainda: 3 e 9 como antecedentes, 7 e 1 como consequentes, 7 e 9 como meios e 3 e 1 como extremos. 3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL O produto dos extremos é igual ao produto dos meios: a b = c d c d, com b e d 0, teremos uma proporção se a b = c d. ad = bc ; b, c 0

66 Exemplo: 6 Se 4 = 4 96, então = 4. 4 = ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS ANTECEDENTES E CONSEQUENTES Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos antecedentes está para a soma (ou diferença) dos consequentes assim como cada antecedente está para seu consequente. Ou seja: Se a b = c, entao a + c b + d = a = c, d b d ou a - c b - d = a b = c d Essa propriedade é válida desde que nenhum denominador seja nulo. Exemplo: = 8 16 = = = 14 = DIVISÃO PROPORCIONAL 1. INTRODUÇÃO: No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem números, tais como: preço, peso, salário, dias de trabalho, índice de inflação, velocidade, tempo, idade e outros. Passaremos a nos referir a cada uma dessas situações mensuráveis como uma grandeza. Você sabe que cada grandeza não é independente, mas vinculada a outra conveniente. O salário, por exemplo, está relacionado a dias de trabalho. Há pesos que dependem de idade, velocidade, tempo etc. Vamos analisar dois tipos básicos de dependência entre grandezas proporcionais.. PROPORÇÃO DIRETA Grandezas como trabalho produzido e remuneração obtida são, quase sempre, diretamente proporcionais. De fato, se você receber $,00 para cada folha que datilografar, sabe que deverá receber $ 40,00 por 0 folhas datilografadas. Podemos destacar outros exemplos de grandezas diretamente proporcionais: Velocidade média e distância percorrida, pois, se você dobrar a velocidade com que anda, deverá, num mesmo tempo, dobrar a distância percorrida. Área e preço de terrenos. Altura de um objeto e comprimento da sombra projetada por ele. Assim: Duas grandezas São diretamente proporcionais quando, aumentando (ou diminuíndo) uma delas numa determinada razão, a outra diminui (ou aumenta) nessa mesma razão. Número de torneiras de mesma vazão e tempo para encher um tanque, pois, quanto mais torneiras estiverem abertas, menor o tempo para completar o tanque. Podemos concluir que: Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas numa determinada razão, a outra diminui (ou aumenta) na mesma razão. Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de reconhecer a natureza da proporção, e destacar a razão. Considere a situação de um grupo de pessoas que, em férias, se instale num acampamento que cobra $100,00 a diária individual. Observe na tabela a relação entre o número de pessoas e a despesa diária: Número de pessoas Despesa diária ( $ ) Você pode perceber na tabela que a razão de aumento do número de pessoas é a mesma para o aumento da despesa. Assim, se dobrarmos o número de pessoas, dobraremos ao mesmo tempo a despesa. Esta é portanto, uma proporção direta, ou melhor, as grandezas número depessoas e despesa diária são diretamente proporcionais. Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a quantia a ser gasta pelo grupo seja sempre de $.000,00. Perceba, então, que o tempo de permanência do grupo dependerá do número de pessoas. Analise agora a tabela abaixo: Número de pessoas Tempo de permanência (dias) Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o tempo de permanência se reduzirá à metade. Esta é, portanto, uma proporção inversa, ou melhor, as grandezas número de pessoas e número de dias são inversamente proporcionais. 4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS 4. 1 Diretamente proporcional Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de um mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e B durante 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir com justiça os $ 660,00 apurados com sua venda? Na verdade, o que cada um tem a receber deve ser diretamente proporcional ao tempo gasto na confecção do objeto. Dividir um número em partes diretamente proporcionais a outros números dados é encontrar partes desse número que sejam diretamente proporcionais aos números dados e cuja soma reproduza o próprio número. No nosso problema, temos de dividir 660 em partes diretamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas que A e B trabalharam. Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A tem a receber, e de y o que B tem a receber. Teremos então: X + Y = PROPORÇÃO INVERSA Grandezas como tempo de trabalho e número de operários para a mesma tarefa são, em geral, inversamente proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10 operários executam em 0 dias, devemos esperar que 5 operários a realizem em 40 dias. Podemos destacar outros exemplos de grandezas inversamente proporcionais: Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você dobrar a velocidade com que anda, mantendo fixa a distância a ser percorrida, reduzirá o tempo do percurso pela metade. X 6 = Y 5 Esse sistema pode ser resolvido, usando as propriedades de proporção. Assim: X + Y = Substituindo X + Y por 660, vem 660 = X X = = Como X + Y = 660, então Y = 300 Concluindo, A deve receber $ 360,00 enquanto B, $ 300,00. Matemática 16

67 4. INVERSAMENTE PROPORCIONAL E se nosso problema não fosse efetuar divisão em partes diretamente proporcionais, mas sim inversamente? Por exemplo: suponha que as duas pessoas, A e B, trabalharam durante um mesmo período para fabricar e vender por $ 160,00 um certo artigo. Se A chegou atrasado ao trabalho 3 dias e B, 5 dias, como efetuar com justiça a divisão? O problema agora é dividir $160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5, pois deve ser levado em consideração que aquele que se atrasa mais deve receber menos. Dividir um número em partes inversamente proporcionais a outros números dados é encontrar partes desse número que sejam diretamente proporcionais aos inversos dos números dados e cuja soma reproduza o próprio número. No nosso problema, temos de dividir 160 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5, que são os números de atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A tem a receber e de y o que B tem a receber. x + y = 160 Teremos: x 1 3 = y 1 5 Como x + y = 9400, então x = = x 50 Portanto y = Concluindo, a primeira turma deve receber $15.000,00 da empreiteira, e a segunda, $ ,00. Observação: Firmas de projetos costumam cobrar cada trabalho usando como unidade o homem-hora. O nosso problema é um exemplo em que esse critério poderia ser usado, ou seja, a unidade nesse caso seria homem-dia. Seria obtido o valor de $ 300,00 que é o resultado de : 50, ou de : 48. GRÁFICOS SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL Como já vimos, o sistema cartesiano ortogonal é composto por dois eixos perpendiculares com origem comum e uma unidade de medida. Resolvendo o sistema, temos: x + y = x 1 1 Matemática x + y Mas, como x + y = 160, então 160 = x x = = x x = 160 x = Como x + y = 160, então y = 60. Concluíndo, A deve receber $ 100,00 e B, $ 60, DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreiteira foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o trabalho em duas turmas, prometendo pagá-las proporcionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira: na primeira turma, 10 homens trabalharam durante 5 dias; na segunda turma, 1 homens trabalharam durante 4 dias. Estamos considerando que os homens tinham a mesma capacidade de trabalho. A empreiteira tinha $ 9.400,00 para dividir com justiça entre as duas turmas de trabalho. Como fazê-lo? Essa divisão não é de mesma natureza das anteriores. Trata-se aqui de uma divisão composta em partes proporcionais, já que os números obtidos deverão ser proporcionais a dois números e também a dois outros. Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias, produzindo o mesmo resultado de 50 homens, trabalhando por um dia. Do mesmo modo, na segunda turma, 1 homens trabalharam 4 dias, o que seria equivalente a 48 homens trabalhando um dia. Para a empreiteira, o problema passaria a ser, portanto, de divisão diretamente proporcional a 50 (que é 10. 5), e 48 (que é 1. 4). Para dividir um número em partes de tal forma que uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p e q, basta divida esse número em partes proporcionais a m. n e p. q. Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes inversamente proporcionais a certos números é o mesmo que fazer a divisão em partes diretamente proporcionais ao inverso dos números dados. Resolvendo nosso problema, temos: Chamamos de x: a quantia que deve receber a primeira turma; y: a quantia que deve receber a segunda turma. Assim: x 10 5 = y 1 4 ou x 50 = y 48 x + y = x No eixo horizontal, chamado eixo das abscissas, representamos os primeiros elementos do par ordenado de números reais. - No eixo vertical, chamado eixo das ordenadas, representamos os segundos elementos do par ordenado de números reais. Vale observar que: A todo par ordenado de números reais corresponde um e um só ponto do plano, e a cada ponto corresponde um e um só par ordenado de números reais. Vamos construir gráficos de funções definidas por leis y = f (x) com x Є IR. Para isso: 1º) Construímos uma tabela onde aparecem os valores de x e os correspondentes valores de y, do seguindo modo: a) atribuímos a x uma série de valores do domínio, b) calculamos para cada valor de x o correspondente valor de y através da lei de formação y = f ( x ); º) Cada par ordenado (x,y), onde o 1º elemento é a variável independente e o º elemento é a variável dependente, obtido na tabela, determina um ponto do plano no sistema de eixos. 3º) 0 conjunto de todos os pontos (x,y), com x Є D(f) formam o gráfico da função f (x). Exemplo: Construa o gráfico de f( x ) = x 1 onde D = { 1, 0, 1,, 3 } x y ponto f ( 1 ) =. ( 1 ) 1 = 3 f ( 0 ) =. 0 1 = 1 f ( 1 ) =. 1 1 = 1 f ( ) =. 1 = 3 f ( 3 ) =. 3 1 = Os pontos A, B, C, D e E formam o gráfico da função. ( 1, 3) ( 0, 1) ( 1, 1) (, 3) ( 3, 5)

68 OBSERVAÇÃO Se tivermos para o domínio o intervalo [ 1,3], teremos para gráfico de f(x) = x 1 um segmento de reta com infinitos pontos). Escrevendo a proporção, temos: = x = = 1 x Concluíndo, o automóvel percorrerá a mesma distância em 1 horas. Regra de três simples é um processo prático utilizado para resolver problemas que envolvam pares de grandezas direta ou inversamente proporcionais. Essas grandezas formam uma proporção em que se conhece três termos e o quarto termo é procurado. Se tivermos como domínio o conjunto IR, teremos para o gráfico de f(x) = x 1 uma reta. REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA REGRA DE TRÊS SIMPLES Retomando o problema do automóvel, vamos resolvê-lo com o uso da regra de três de maneira prática. Devemos dispor as grandezas, bem como os valores envolvidos, de modo que possamos reconhecer a natureza da proporção e escrevê-la. Assim: Grandeza 1: tempo (horas) 6 8 Grandeza : distância percorrida (km) Observe que colocamos na mesma linha valores que se correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o valor desconhecido. Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes, para indicar a natureza da proporção. Se elas estiverem no mesmo sentido, as grandezas são diretamente proporcionais; se em sentidos contrários, são inversamente proporcionais. Nesse problema, para estabelecer se as setas têm o mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta: "Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos o tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a resposta a essa questão é afirmativa, as grandezas são diretamente proporcionais. Já que a proporção é direta, podemos escrever: = 8 x Então: 6. x = x = 700 = Concluindo, o automóvel percorrerá 1 00 km em 8 horas. Vamos analisar outra situação em que usamos a regra de três. Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h, percorre um certo espaço durante 8 horas. Qual será o tempo necessário para percorrer o mesmo espaço com uma velocidade de 60 km/h? Grandeza 1: tempo (horas) 8 x 900 x Grandeza : velocidade (km/h) A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço percorrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo aumentará?" é negativa. Vemos, então, que as grandezas envolvidas são inversamente proporcionais. Como a proporção é inversa, será necessário invertermos a ordem dos termos de uma das colunas, tornando a proporção direta. Assim: REGRA DE TRÊS COMPOSTA Vamos agora utilizar a regra de três para resolver problemas em que estão envolvidas mais de duas grandezas proporcionais. Como exemplo, vamos analisar o seguinte problema. Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 0 dias produzem.000 peças. Quantas máquinas serão necessárias para se produzir peças em 6 dias? Como nos problemas anteriores, você deve verificar a natureza da proporção entre as grandezas e escrever essa proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor as grandezas e os valores envolvidos. Grandeza 1: número de máquinas 10 x Grandeza : dias 0 6 Grandeza 3: número de peças Natureza da proporção: para estabelecer o sentido das setas é necessário fixar uma das grandezas e relacioná-la com as outras. Supondo fixo o número de dias, responda à questão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o número de peças fabricadas?" A resposta a essa questão é afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 são diretamente proporcionais. Agora, supondo fixo o número de peças, responda à questão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o número de dias necessários para o trabalho?" Nesse caso, a resposta é negativa. Logo, as grandezas 1 e são inversamente proporcionais. Para se escrever corretamente a proporção, devemos fazer com que as setas fiquem no mesmo sentido, invertendo os termos das colunas convenientes. Naturalmente, no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a coluna da grandeza x Agora, vamos escrever a proporção: 10 6 x = (Lembre-se de que uma grandeza proporcional a duas outras é proporcional ao produto delas.) = x = x Concluíndo, serão necessárias 8 máquinas. = 8 Regra de três composta é um processo prático utilizado para resolver problemas que envolvem mais de duas grandezas proporcionais. Matemática x 90 18

69 PORCENTAGEM MÉDIA ARITMÉTICA, MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA 1. INTRODUÇÃO Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha vitrinas, frequentemente se vê às voltas com expressões do tipo: 1. "O índice de reajuste salarial de março é de 16,19%.". "O rendimento da caderneta de poupança em fevereiro foi de 18,55%." 3. "A inflação acumulada nos últimos 1 meses foi de 381, "Os preços foram reduzidos em até 0,5%." Mesmo supondo que essas expressões não sejam completamente desconhecidas para uma pessoa, é importante fazermos um estudo organizado do assunto porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é ferramenta indispensável para a maioria dos problemas relativos à Matemática Comercial.. PORCENTAGEM O estudo da porcentagem é ainda um modo de comparar números u- sando a proporção direta. Só que uma das razões da proporção é um fração de denominador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situação em que você tiver de calcular 40% de $ 300,00, o seu trabalho será determinar um valor que represente, em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso pode ser resumido na proporção: 40 x = Então, o valor de x será de $ 10,00. Sabendo que em cálculos de porcentagem será necessário utilizar sempre proporções diretas, fica claro, então, que qualquer problema dessa natureza poderá ser resolvido com regra de três simples. 3. TAXA PORCENTUAL O uso de regra de três simples no cálculo de porcentagens é um recurso que torna fácil o entendimento do assunto, mas não é o único caminho possível e nem sequer o mais prático. Para simplificar os cálculos numéricos, é necessário, inicialmente, dar nomes a alguns termos. Veremos isso a partir de um exemplo. Exemplo: Calcular 0% de Calcular 0%, ou de 800 é dividir 800 em 100 partes e tomar dessas partes. Como a centésima parte de 800 é 8, então 0 dessas partes será 160. Chamamos: 0% de taxa porcentual; 800 de principal; 160 de porcentagem. Temos, portanto: Principal: número sobre o qual se vai calcular a porcentagem. Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes do principal. Porcentagem: número que se obtém somando cada uma das 100 partes do principal até conseguir a taxa. A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao calcularmos uma porcentagem de um principal conhecido, não é necessário utilizar a montagem de uma regra de três. Basta dividir o principal por 100 e tomarmos tantas destas partes quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo. Exemplo: Calcular 3% de Primeiro dividimos por 100 e obtemos 40, que é a centésima parte de Agora, somando 3 partes iguais a 40, obtemos ou 1 80 que é a resposta para o problema. Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar o resultado dessa 3 divisão por 3 é o mesmo que multiplicar o principal por ou 0, Vamos usar esse raciocínio de agora em diante: Porcentagem = taxa X principal Média aritmética de n números é o quociente da divisão da soma desses números por n. Exemplo: Achar a média aritmética dos números 5,7 e Ma = = Ma = Generalizando, a média aritmética entre os números a,b,c,d,..., 1, será: a + b + c + d Ma = n MÉDIA PONDERADA Ao tirarmos a média aritmética de varias quantidades, devemos levar em considerações certas circunstancias que influem nos valores dessas quantidades. Para calcular a media aritmética ponderada, multiplicamos os números pelos respectivos pesos e dividimos a soma desses produtos pela soma dos pesos. Vamos calcular a media ponderada dos números 15, 0 e 3, atribuindo-lhes respectivamente os pesos 4, 3 e Mp = = = = 0, Generalizando, calcular a média ponderada dos números N, N', N",... atribuindo-lhes, respectivamente, os pesos p, p', p",... Np + N' p' + N"p"... Mp = p + p' + p" +... MÉDIA HARMÔNICA Calculamos a média harmônica de n números a, b, c,..., dividindo n pela soma dos inversos desses números. Assim: n Mh = a b c Exemplos Calcular a media harmônica dos números,3 e Mh = = =, MÉDIA GEOMÉTRICA Média geométrica ou proporcional de dois números é igual à raiz quadrada do produto desses números. Assim, a média geométrica entre 6 e 4 será: Mg = 6x4 = 1 EQUAÇÕES DO 1º GRAU. SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS. INEQUAÇÕES DE 1º GRAU. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. EQUAÇÕES SEM PARÊNTESES Para resolver uma equação sem parênteses, obedecemos as seguintes instruções: eliminar denominadores, quando for o caso; transpor para o primeiro membro todos os termos que contêm a incógnita, e transpor para o segundo membro todos os termos que não contêm a incógnita (mudando o seu sinal, é claro); efetuar as operações indicadas; isolar a incógnita. Matemática 19

70 EXEMPLO 1 - Resolver a equação: 5x x = - + x 5x + x - x = Efetuando as operações: 4x = + Isolando a incógnita x: x = Simplificando: x = 1 Resposta: a raiz ou solução é 4 1. EXEMPLO -Resolver a equação x + x = 3x Como os termos não têm o mesmo denominador, temos de reduzi-los ao mesmo denominador, tirando o M.M.C. dos mesmos. x x 3x + = M.M.C. ( 3, 4 ) = 1 4x 3x 4 36x + = Eliminando os denominadores: - 4x + 3x - 4 = -36x x + 3x + 36x = x = x = 35 Resposta: a raiz ou solução é EXEMPLO 5- Resolver a equação 6 + 4x 4 + = x M.M.C (3, 5) =15 5(6+ 4x) 30 3(-4x + ) 60 - = Eliminando os parênteses e o denominador: x - 30 = 1x x + 1x = x = 66 x = 66 3 x = Resposta: a raiz ou solução é EXEMPLO 6 - Resolver a equação 5x + 3 = x + 7 4x Resolução: 5x + 3 = x + 7 4x 5x x + 4x = 7 3 8x = 4 x = 4 8 x = 1 EXEMPLO 7 - Resolver a equação 4 + (x 3) = (x 3) = x 6 = 0 x = 6 4 x = Matemática EQUAÇÕES COM PARÊNTESES Para resolver uma equação envolvendo parênteses, devemos obedecer às seguintes instruções: eliminar os parênteses; resolver a equação sem parênteses. EXEMPLO 3 - Resolver a equação 3x + ( x) = 4 3x + x = 4 3x x = 4 x = x = x = 1 Resposta: a raiz ou solução é 1. EXEMPLO 4 - Resolver a equação 4x 3. (4x x) = 5 + 3x Para eliminarmos os parênteses, efetuamos a multiplicação indicada: 4x 1x x = 5 + 3x 4x 1x + 3x 3x = 5 6 8x = 1 ( multiplicando por 1) 8x = 1 x = 1 8 Resposta:.a raiz ou solução da equação é x = x = 1 EXEMPLO 8 - Resolver a equação 8x 13 = x x 8x x x = x = 18 x = 5 EXEMPLO 9 - Resolver a equação 3x + (6x ) = x (x + 3) 3x + 6x = x x 3 3x + 6x x + x = x = 1 x = 1 10 EXEMPLO 10 - Resolver a equação 3x x 1 = 4 3 3( 3x + 10) 4( 4x 1) = 1 1 3(3x + 10) = 4(4x 1) 9x + 30 =16x 4 9x 16x.= x = 34 ( multiplicando por 1) 7x = 34 x = 34 7

71 PROBLEMAS DO PRIMEIRO GRAU EQUAÇÕES DE º GRAU Para resolvermos algebricamente um problema do 1º grau com uma incógnita, devemos seguir as seguintes instruções: 1º) escolher uma letra qualquer, por exemplo a letra x, para representar o elemento desconhecido que desejamos calcular; º) usando essa letra, estabelecer a equação do problema; 3º) resolver a equação; 4º) verificar o resultado. EXEMPLO 1 - Qual é o número que, somado com 9, é igual a 0? Solução: número: x Equação: x + 9 = 0 Resolução: x = 0 9 x = 11 Verificação: número: = 0 EXEMPLO - Qual o número que adicionado a 15, é igual a 31? Solução: x + 15 = 31 x = x = 16 EXEMPLO 3 - Subtraindo 5 de um certo número obtemos 11. Qual é esse número? Solução : x 5 = 11 x = x = 36 EXEMPLO 4 - O triplo de um número menos 7 é igual a 80. Qual é o número? Número: x Equação: 3x 7 = 80 3x = x = 87 x = 87 3 x = 9 EXEMPLO 5 - A soma de dois números é igual a. 50. O número maior é o quádruplo do menor. Calcule os números: número menor: x número maior: 4x equação: x + 4x = 50 5x = 50 x = 10 número menor: 10 número maior: = = 50 Resposta: os números são 10 e 40. EXEMPLO 6 - Qual é o número que somado a seu dobro é igual a 18? x + x = 18 3x = 18 x = 18 = 6 3 Resposta: x = 6 Exercícios : A soma do triplo de um número com 15 é igual a 78. Qual é o número? Resposta: x = 1 A soma da metade de um número com 16 é igual a 30. Calcule o número. Resposta: x = 8 Somando-se 8 unidades ao quádruplo de um número, o resultado é 60. Calcule o número. Resposta: x = 13 A soma da metade de um número com o seu triplo é igual a Calcule o número. Resposta: x = 3 Matemática 1. 1 DEFINIÇÃO Denomina-se equação do º grau com uma variável toda equação da forma: ax + bx + c = 0 onde x é a variável e a,b,c R, com a 0. Assim, são equações do º grau com uma variável: x 5x + = 0 a =, b = 5, c = 6x + 7x + 1 = 0 a = 6, b = 7, c = 1 y + 5y 6 = 0 a = 1, b = 5, c = 6 x + 0x 9 = 0 a =1, b = 0 c = 9 t 6t + 0 = 0 a =, b = 6, c = 0 COEFICIENTES DA EQUAÇÃO DO º GRAU Os números reais a, b, c são denominados coeficientes da equação do º grau, e: a é também o coeficiente do termo em x b é sempre o coeficiente do termo em x c é chamado termo independente ou termo constante. Assim, na equação do º grau 5x 6x + 1, seus coeficientes são: a = 5 b = 6 c = 1 EQUAÇÕES COMPLETAS E EQUAÇÕES INCOMPLETAS Sabemos, pela definição, que o coeficiente a é sempre diferente de zero, porém, os coeficientes b e c podem ser nulos. Assim: Quando b e c são diferentes de zero, a equação se diz completa: Exemplos: x 3x + 1 = 0 y 4y + 4 = 0 são equações completas 5t + t + 3 = 0 Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação se diz incompleta. Neste caso, é costume escrever a equação sem o termo de coeficiente nulo. Exemplos: x - 4 = 0, em que b = 0 não está escrito o termo em x y + 3y = 0, em que c = 0 não está escrito o termo independente 5x = 0, em que b = c = 0 não estão escritos o termo em x e o termo independente RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES 1) Resolver a equação x 5x = 0 x 5x = 0 x. (x 5) = 0 x = 0 ou (raiz da equação) x 5 = 0 => x = 5 (raiz da equação) S = { 0, 5 } ) Resolver a equação x(x + 3) + (x ) = 4 x(x + 3) + (x ) = 4 x + 3x + x 4x + 4 = 4 x + 3x + x 4x = 0 x x = 0 x. ( x 1) = 0 x = 0 ou

72 x 1 = 0 x = 1 x = S = { 0, 1 } 3) Resolver a equação x 16 = 0 x = 16 x = + 16 x = + 4 x = + 4 ou x = 4 S = { 4, 4 } 4) Resolver a equação 5x 45 = 0 5x 45 = 0 5x = 45 x = 45 5 x = 9 x = + 9 x = +3 x = +3 ou x = 3 S = { 3, 3 } 5) Resolver a equação x 10 = 0 x 10 = 0 x = 10 x = x = 5 10 x = ± 5 x = + 5 ou x = 5 S = { 5, 5 } 6) Resolver a equação x 4m = 0 x 4m = 0 x = 4m x = + 4m x = ± m x = +m ou x = m S = { m, m } Para resolver equações completas usamos a fórmula: b x = ± onde = b - 4ac a Se for nulo ( = 0) usamos a fórmula: 1 x = b a 7) Resolver a equação x 5x + 6 = 0 x 5x + 6 = 0 a =1; b = 5 e c = 6 = b 4ac = ( 5) 4(1).(6) = 5 4 = 1 ( ) ( 1) b x = ± = 5 ± 1 = a x' = = = x '' = = = S = {, 3 } 5 ± 1 8) Resolver a equação x(x 4) = x(x 4) = x 4x = x 4x = 0 a = 1; b = 4 e c = = b 4 a c =, ( 4) 4(1) ( ) = 4 ( ) ( 1) b x = ± = 4 ± 4 = a x' = = x" = = 6 S = { 6, + 6 } 4 ± 6 EXERCÍCIOS 01) Resolva no conjunto R as seguintes equações incompletas do º grau: a) x 1 = 0 b) y 81 = 0 c) x 10x = 0 d) 9x 4 = 0 e) t + 7t = 0 f) 3y 5y = 0 g) x +18 = 0 h) u 10 = 0 i) 4x x = 0 j) 3y 108 = 0 l) 8x +1x = 0 m) x +16 = 0 n) 6t 6 = 0 o) 10x + 10x = 0 p) 5v +1 = 0 0) Resolva no conjunto R as seguintes equações incompletas do º grau: a) x + x(x 15) = 0 b) (x 4)(x + 3) + x = 5 c) (x + 3) + (x 3) 116 = 0 d) (4 + x) 16 = 0 e) ( t 1 ) = 3t + 1 f) (5 + x) 10(x + 5) = 0 g) 3y(y + 1) + (y 3) = y+9 h) x(x+1) = x(x + 5) + 3(1 x) 03) Resolva no conjunto R as seguintes equações do.º grau: a) x x 0 = 0 b) x 7x + 1 = 0 c) 3y + y 1 = 0 d) x + 6x + 9 = 0 e) 9x 6x + 5 = 0 f) 3t + t + 4 = 0 g) x x 1 = 0 h) 6y + y 1 = 0 i) u + 4u 5 = 0 j) 16x + 8x 1= 0 l) x 6x 7 = 0 m) y y + 1 = 0 04) Resolva no conjunto R as seguintes equações do º grau: a) x x = x 3 b) y y = 0 c) x = 5x 6 d) t t = t 1 e) x 3x = 4 f) 3y + y = y +1 g) x 9 = x + 6x h) v + 9v + 16 = 3v RESPOSTAS 01) a) S = { 1, 1 } b) S = { 9, 9 } c) S = { 0, 10 } d) S = { /3, /3 } e) S = { 0, 7 } f) S = { 0, 5/3 } g) S = { 3, 3 } h) S = { - 5, 5 } i) S = { 0, 1/4 } j) S = { 6, 6 } l) S = { 0, 3/ } m) S = n) S = { 1, 1 } o) S = { 0, 1 } p) S = { 1/5, 1/5 } 0) a) S = { 0, 5 } b) S = { 8, 8 } c) S = { 7, 7 } d) S = { 0, 4 } e) S = { 0, 5 } f) S = { 5, 5 } g) S = { 0, 1 } h) S = { 6, 6 } 03) a) S = { 4, 5 } b) S = { 3, 4 } c) S = { 1, 1/3 } d) S = { 3 } Matemática

73 e) S = f) S = { 1, 4/3 } g) S={1, 1+ } h) S = { 1/, 1/3 } i) S = { 5, 1 } j) S = { 1/4 } l) S = { 1, 7 } m) S = 04) a) S = { 1, 3 } b) S = { 1, } c) S = d) S = { 1 } e) S = { 1, 4 } f) S = { 1, 1/ } g) S = { 3 } h) S = { 3/, 6 } Interpretação: O número 7 não vale para resposta, pois não é número natural. Logo, devemos ter: x = (menor) e x + 5 = + 5 = 7 (maior). Resposta: os números pedidos são e 7. PROBLEMAS E CÁLCULOS DE RACIOCÍNIO LÓGICO. SUCESSOR E ANTECESSOR (ATÉ 1000). RESOLUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO TODAS AS OPERAÇÕES. PROBLEMAS DO º GRAU A resolução de um problema de º grau constitui-se de três fases: Estabelecer a equação ou o sistema de equações correspondentes ao problema, Resolver a equação ou o sistema, Interpretar a solução encontrada, 1º exemplo: A soma do quadrado com o dobro de um número real é igual a 48, Calcular esse número. Solução: Número: x Equação: x + x = 48 a = 1 x + x = 48 b = c = 48 = () 4(1)( 48) = = 196 ( ) x = ± 196 = ± x ' = = 6 ( ) e 16 x"= - = 8 Como 6 ou 8 são números reais, tanto um como outro valem para a resposta. Resposta: O número pedido é 6 ou 8. º exemplo: A diferença entre certo número natural e o seu inverso é igual a 15/4. Calcular esse número. Solução: x 4 15x Resolução: = 4x 4x a = 4; b = 15 e c = 4 Número: x Equação: x = x = ( 15) 4(4)( 4) = = 89 ( ) ( 4) x = 15 ± ± 17 = 8 3 x ' = = 4 8 e x'' = - 8 = Interpretação: O número 1/4 não vale para a resposta, pois não é número natural. Resposta: 0 número pedido é 4. 3º exemplo: Dados dois números naturais, o maior supera o menor em 5 unidades. Sabendo-se que o produto deles é 14, determinar os dois números. Solução:Menor número: x Maior número: x + 5 Equação: x(x + 5) = 14 Resolução: x + 5x = 14 x + 5x 14 = 0 Resolvendo a equação encontramos as respostas: x' = e x" = Princípio fundamental da contagem (PFC) Se um primeiro evento pode ocorrer de m maneiras diferentes e um segundo evento, de k maneiras diferentes, então, para ocorrerem os dois sucessivamente, existem m. k maneiras diferentes. Aplicações 1) Uma moça dispõe de 4 blusas e 3 saias. De quantos modos distintos ela pode se vestir? Solução: A escolho de uma blusa pode ser feita de 4 maneiras diferentes e a de uma saia, de 3 maneiras diferentes. Pelo PFC, temos: 4. 3 = 1 possibilidades para a escolha da blusa e saia. Podemos resumir a resolução no seguinte esquema; Blusa saia 4. 3 = 1 modos diferentes ) Existem 4 caminhos ligando os pontos A e B, e 5 caminhos ligando os pontos B e C. Para ir de A a C, passando pelo ponto B, qual o número de trajetos diferentes que podem ser realizados? Solução: Escolher um trajeto de A a C significa escolher um caminho de A a B e depois outro, de B a C. Como para cada percurso escolhido de A a B temos ainda 5 possibilidades para ir de B a C, o número de trajetos pedido é dado por: 4. 5 = 0. Esquema: Percurso AB Percurso BC 4. 5 = 0 3) Quantos números de três algarismos podemos escrever com os algarismos ímpares? Solução: Os números devem ser formados com os algarismos: 1, 3, 5, 7, 9. Existem 5 possibilidades para a escolha do algarismo das centenas, 5 possibilidades para o das dezenas e 5 para o das unidades. Assim, temos, para a escolha do número, = 15. algarismos da centena algarismos da dezena algarismos da unidade = 15 Matemática 3

74 4) Quantas placas poderão ser confeccionadas se forem utilizados três letras e três algarismos para a identificação de um veículo? (Considerar 6 letras, supondo que não há nenhuma restrição.) Solução: Como dispomos de 6 letras, temos 6 possibilidades para cada posição a ser preenchida por letras. Por outro lado, como dispomos de dez algarismos (0, 1,, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), temos 10 possibilidades para cada posição a ser preenchida por algarismos. Portanto, pelo PFC o número total de placas é dado por: 8) Quantos números entre 000 e 5000 podemos formar com os algarismos pares, sem os repetir? Solução: Os candidatos a formar os números são : 0,, 4, 6 e 8. Como os números devem estar compreendidos entre 000 e 5000, o primeiro algarismo só pode ser ou 4. Assim, temos apenas duas possibilidades para o primeiro algarismo e 4 para o segundo, três para o terceiro e duas paia o quarto. O número total de possibilidades é: = 48 Esquema: 5) Quantos números de algarismos distintos podemos formar com os algarismos 1,, 3 e 4? Solução: Observe que temos 4 possibilidades para o primeiro algarismo e, para cada uma delas, 3 possibilidades para o segundo, visto que não é permitida a repetição. Assim, o número total de possibilidades é: 4. 3 =1 Esquema: 6) Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar com os algarismos 1,, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9? Solução: Existem 9 possibi1idades para o primeiro algarismo, apenas 8 para o segundo e apenas 7 para o terceiro. Assim, o número total de possibilidades é: = 504 Esquema: 7) Quantos são os números de 3 algarismos distintos? Solução: Existem 10 algarismos: 0, 1,, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Temos 9 possibilidades para a escolha do primeiro algarismo, pois ele não pode ser igual a zero. Para o segundo algarismo, temos também 9 possibilidades, pois um deles foi usado anteriormente. Para o terceiro algarismo existem, então, 8 possibilidades, pois dois deles já foram usados. O numero total de possibilidades é: = 648 Esquema: Exercícios 1) Uma indústria automobilística oferece um determinado veículo em três padrões quanto ao luxo, três tipos de motores e sete tonalidades de cor. Quantas são as opções para um comprador desse carro? ) Sabendo-se que num prédio existem 3 entradas diferentes, que o prédio é dotado de 4 elevadores e que cada apartamento possui uma única porta de entrada, de quantos modos diferentes um morador pode chegar à rua? 3) Se um quarto tem 5 portas, qual o número de maneiras distintas de se entrar nele e sair do mesmo por uma porta diferente da que se utilizou para entrar? 4) Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A á cidade B, e 4 outras ligando B à cidade C. Uma pessoa deseja viajar de A a C, passando por B. Quantas linhas de ônibus diferentes poderá utilizar na viagem de ida e volta, sem utilizar duas vezes a mesma linha? 5) Quantas placas poderão ser confeccionadas para a identificação de um veículo se forem utilizados duas letras e quatro algarismos? (Observação: dispomos de 6 letras e supomos que não haverá nenhuma restrição) 6) No exercício anterior, quantas placas poderão ser confeccionadas se forem utilizados 4 letras e algarismos? 7) Quantos números de 3 algarismos podemos formar com os algarismos 1,, 3, 4, 5 e 6? 8) Quantos números de três algarismos podemos formar com os algarismos 0, 1,, 3, 4 e 5? 9) Quantos números de 4 algarismos distintos podemos escrever com os algarismos 1,, 3, 4, 5 e 6? 10) Quantos números de 5 algarismos não repetidos podemos formar com os algarismos 1,, 3, 4, 5, 6 e 7? 11) Quantos números, com 4 algarismos distintos, podemos formar com os algarismos ímpares? 1) Quantos números, com 4 algarismos distintos, podemos formar com o nosso sistema de numeração? 13) Quantos números ímpares com 3 algarismos distintos podemos formar com os algarismos 1,, 3, 4, 5 e 6? 14) Quantos números múltiplos de 5 e com 4 algarismos podemos formar com os algarismos 1,, 4, 5 e 7, sem os repetir? 15) Quantos números pares, de 3 algarismos distintos, podemos formar com os algarismos 1,, 3, 4, 5, 6 e 7? E quantos ímpares? 16) Obtenha o total de números de 3 algarismos distintos, escolhidos entre os elementos do conjunto (1,, 4, 5, 9), que contêm 1 e não contêm 9. 17) Quantos números compreendidos entre 000 e 7000 podemos escrever com os algarismos ímpares, sem os repetir? 18) Quantos números de 3 algarismos distintos possuem o zero como algarismo de dezena? 19) Quantos números de 5 algarismos distintos possuem o zero como algarismo das dezenas e começam por um algarismo ímpar? 0) Quantos números de 4 algarismos diferentes tem o algarismo da unidade de milhar igual a? 1) Quantos números se podem escrever com os algarismos ímpares, sem os repetir, que estejam compreendidos entre 700 e 1 500? ) Em um ônibus há cinco lugares vagos. Duas pessoas tomam o ônibus. De quantas maneiras diferentes elas podem ocupar os lugares? Matemática 4

75 3) Dez times participam de um campeonato de futebol. De quantas formas se podem obter os três primeiros colocados? 4) A placa de um automóvel é formada por duas letras seguidas e um número de quatro algarismos. Com as letras A e R e os algarismos pares, quantas placas diferentes podem ser confeccionadas, de modo que o número não tenha nenhum algarismo repetido? 5) Calcular quantos números múltiplos de 3 de quatro algarismos distintos podem ser formados com, 3, 4, 6 e 9. 6) Obtenha o total de números múltiplos de 4 com quatro algarismos distintos que podem ser formados com os algarismos 1,, 3, 4, 5 e 6. Exercícios 1) Calcule: a) A8,1 b) A8, c ) A8,3 d) A8,4 ) Efetue: a) A7,1 + 7A5, A4,3 - A 10, b) 3) Resolva as equações: a) Ax, = Ax,3 b) Ax, = 1 c) Ax,3 = 3x(x - 1) A A 8, 5, + A A 7,4 10,1 ARRANJOS SIMPLES Introdução: Na aplicação An,p, calculamos quantos números de algarismos distintos podemos formar com 1,, 3 e 4. Os números são : Observe que os números em questão diferem ou pela ordem dentro do agrupamento (1 1) ou pelos elementos componentes (13 4). Cada número se comporta como uma seqüência, isto é : (1,) (,1) e (1,3) (3,4) FATORIAL Definição: Chama-se fatorial de um número natural n, n, ao produto de todos os números naturais de 1 até n. Assim : n! = n( n - 1) (n - ).... 1, n (lê-se: n fatorial) 1! = l 0! = 1 Fórmula de arranjos simples com o auxílio de fatorial: A esse tipo de agrupamento chamamos arranjo simples. Definição: Seja lum conjunto com n elementos. Chama-se arranjosimples dos n elementos de /, tomados p a p, a toda sequência de p elementos distintos, escolhidos entre os elementos de l ( P n). O número de arranjos simples dos n elementos, tomados p a p, é indicado por An,p Fórmula: A n,p = n. (n -1). (n )... (n (p 1)), p n e p,n { } N Aplicações 1) Calcular: a) 5! c) b) 5! 4! A N, P = n! ( n p), p n! 8! 6! e 11! + 10! d) 10! { p,n} ln e) n! (n - )! Aplicações 1) Calcular: a) A7,1 b) A7, c) A7,3 d) A7,4 Solução: a) A7,1 = 7 b) A7, = 7. 6 = 4 c) A7,3 = = 10 d) A7,4 = = 840 ) Resolver a equação Ax,3 = 3. Ax,. Solução: x. ( x - 1). ( x ) = 3. x. ( x - 1) x ( x 1) (x ) - 3x ( x 1) =0 x( x 1)[ x 3 ] = 0 x = 0 (não convém) ou x = 1 ( não convém) ou x = 5 (convém) S = { 5 } 3) Quantos números de 3 algarismos distintos podemos escrever com os algarismos 1,, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9? Solução: Essa mesma aplicação já foi feita, usando-se o principio fundamental da contagem. Utilizando-se a fórmula, o número de arranjos simples é: A9, 3 = = 504 números Observação: Podemos resolver os problemas sobre arranjos simples usando apenas o principio fundamental da contagem. 4 Solução: a) 5! = = 10 5! 5 4! b) = = 5 4! 4! 8! 8 7 6! c) = = 56 6! 6! d) e) ( 11+ 1) 11! + 10! 11 10! + 10! 10! = = 10! 10! 10! n! (n - )! n = ( n -1) ( n - ) ( n - )! ) Obter n, de modo que An, = 30.! = n Solução: Utilizando a fórmula, vem: n! n ( n - 1) ( n - )! = 30 = 30 (n - )! (n - )! n = 6 n - n - 30 = 0 ou n = -5 ( não convém) 3) Obter n, tal que: 4. An-1,3 = 3. An,3. Solução: ( n -1 )! n! 4 n - 3 = 3 n - 4! n - 3! n - 4! ( ) ( ) n = 1 ( )! ( ) = n! 3 ( n -1)! Matemática 5

76 4 ( n - 3 )( n - 4) ( n - 4)!! n = 3 4n 1 = 3n n = 1 ( ) ( n -1)! n -1! ( n + )! - ( n + 1)! 4) Obter n, tal que : = 4 n! Solução: ( n + )! (n + 1 ) = 4 n! ( n ( n + 1)! n! + ) n! n! - ( n [ n + -1] + 1) n! = 4 = 4 n + 1 = n =1 n + 1 = - n = -3 (não convém ) Exercícios 1) Assinale a alternativa correta: a) 10! = 5! + 5! 10! d) = 5! b) 10! =!. 5! e) 10! = ! c) 10! = 11! -1! ) Assinale a alternativa falsa; a) n! = n ( n-1)! d) ( n 1)! = (n- 1)(n-)! b) n! = n(n - 1) (n - )! e) (n - 1)! = n(n -1) c) n! = n(n 1) (n - ) (n - 3)! 7) Resolva as equações: a) Ax,3 = 8Ax, b) Ax,3 = 3. ( x - 1) (n + )! + (n + 1)! 8) obtenha n, que verifique 8n! = n + 1 9) o número n está para o número de seus arranjos 3 a 3 como 1 está para 40, obtenha n. PERMUTAÇÕES SIMPLES Introdução: Consideremos os números de três algarismos distintos formados com os algarismos 1, e 3. Esses números são: A quantidade desses números é dada por A3,3=6. Esses números diferem entre si somente pela posiçãode seus elementos. Cada número é chamado de permutaçãosimples, obtida com os algarismos 1, e 3. Definição: Seja I um conjunto com n elementos. Chama-se permutação simples dos n elementos de l a toda a seqüência dos n elementos. O número de permutações simples de n elementos é indicado por Pn. OBSERVA ÇÃO: Pn = An,n. Fórmula: P n = n! 3) Calcule: 1! a) 10! 7! + 5! b) 5! 4) Simplifique: n! a) ( n -1)! ( n + )! b) [( n + 1 )! ] n! n! + ( n + 1)! c) n! 7! c) 3! 4! 8! - 6! d) 5! d) e) n! n ( n -1)! 5M! - ( M -1)! M! Aplicações 1) Considere a palavra ATREVIDO. a) quantos anagramas (permutações simples) podemos formar? b) quantos anagramas começam por A? c) quantos anagramas começam pela sílaba TRE? d) quantos anagramas possuem a sílaba TR E? e) quantos anagramas possuem as letras T, R e E juntas? f) quantos anagramas começam por vogal e terminam em consoante? Solução: a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições disponíveis. Assim: 5) Obtenha n, em: (n + 1)! a) = 10 n! b) n!+( n - 1)! = 6 ( n - 1)! n (n -1)! c) = 6 (n - )! d) (n - 1)! = 10 6) Efetuando a) (n + 1)! 1 b) n! e) 0 n! ( n + 1)! c) n -1 1 n! n, obtém-se: (n + 1)! d) n + 1 (n + 1)! Ou então, P8 = 8! = anagramas b) A primeira posição deve ser ocupada pela letra A; assim, devemos distribuir as 7 letras restantes em 7 posições, Então: c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas pela sílaba TRE, devemos distribuir as 5 letras restantes em 5 posições. Então: Matemática 6

77 d) considerando a sílaba TRE como um único elemento, devemos permutar entre si 6 elementos, e) Devemos permutar entre si 6 elementos, tendo considerado as letras T, R, E como um único elemento: Aplicações 1) Obter a quantidade de números de 4 algarismos formados pelos algarismos e 3 de maneira que cada um apareça duas vezes na formação do número. Solução: os números são A quantidade desses números pode ser obtida por: ( ) 4! 4 3! P, 4 = = = 6 números!!! 1 Devemos também permutar as letras T, R, E, pois não foi especificada a ordem : Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E podem ser dispostas de P3 maneiras. Assim, para P6 agrupamentos, temos P6. P3 anagramas. Então: P6. P3 = 6!. 3! = = 4 30 anagramas f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4 consoantes. Assim: Exercícios 1) Considere a palavra CAPITULO: a) quantos anagramas podemos formar? b) quantos anagramas começam por C? c) quantos anagramas começam pelas letras C, A e P juntas e nesta ordem? d) quantos anagramas possuem as letras C, A e P juntas e nesta ordem? e) quantos anagramas possuem as letras C, A e P juntas? f) quantos anagramas começam por vogal e terminam em consoante? ) Quantos anagramas da palavra MOLEZA começam e terminam por vogal? 3) Quantos anagramas da palavra ESCOLA possuem as vogais e consoantes alternadas? 4) De quantos modos diferentes podemos dispor as letras da palavra ESPANTO, de modo que as vogais e consoantes apareçam juntas, em qualquer ordem? 5) obtenha o número de anagramas formados com as letras da palavra REPÚBLICA nas quais as vogais se mantenham nas respectivas posições. PERMUTAÇÕES SIMPLES, COM ELEMENTOS REPETIDOS Dados n elementos, dos quais: α 1 são iguais a a1 a1,a1,..., a1 α são iguais a α r são iguais a sendo ainda que: Matemática α + α α = n, e indicando-se por 1 n 1 p ( α, α,... α ) o número das permutações simples dos n elementos, tem-se que: r a 1 a, a,..., a a r α α a,a,..., a r r αr r r 7 ) Quantos anagramas podemos formar com as letras da palavra AMADA? solução: Temos: Assim: ( 3,1,1 ) 5! 5 4 3! p5 = = = 0 anagramas 3!1!1! 3! 3) Quantos anagramas da palavra GARRAFA começam pela sílaba RA? Solução: Usando R e A nas duas primeiras posições, restam 5 letras para serem permutadas, sendo que: Assim, temos: (,1,1 ) 5 p = A, A, 1 4 3!! 5 = 3 A M D G 60 anagramas Exercícios 1) o número de anagramas que podemos formar com as letras da palavra ARARA é: a) 10 c) 0 e) 30 b) 60 d) 10 ) o número de permutações distintas possíveis com as oito letras da palavra PARALELA, começando todas com a letra P, será de ; a) 10 c) 40 e) 360 b) 70 d) 4 3) Quantos números de 5 algarismos podemos formar com os algarismos 3 e 4 de maneira que o 3 apareça três vezes em todos os números? a) 10 c) 10 e) 6 b) 0 d) 4 4) Quantos números pares de cinco algarismos podemos escrever apenas com os dígitos 1, 1,, e 3, respeitadas as repetições apresentadas? n! pn( α 1, α,... αr ) = α! α!... α! a) 10 c) 0 e) 6 b) 4 d) 1 1 { 5) Quantos anagramas da palavra MATEMÁTICA terminam pela sílaba MA? a) c) e) b) d) COMBINAÇÕES SIMPLES Introdução: Consideremos as retas determinadas pelos quatro pontos, conforme a figura. 1 A, 1 A { { R 1 F 1 r

78 4) Obter n, tal que Cn, = 8. Solução: n! n ( n -1) ( n - )! = 8! ( n - ) (n )! = 56 n n 56 = 0 n = 8 Só temos 6 retas distintas ( AB, BC, CD, AC,BD e AD) porque AB eba,..., CD e DC representam retas coincidentes. Os agrupamentos {A, B}, {A, C} etc. constituem subconjuntos do conjunto formado por A, B, C e D. n = -7 (não convém) 5) Numa circunferência marcam-se 8 pontos, a distintos. Obter o número de triângulos que podemos formar com vértice nos pontos indicados: Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se combinação simples dos n elementos de /, tomados p a p, a qualquer subconjunto de p elementos do conjunto l. Diferem entre si apenas pelos elementos componentes, e são chamados combinações simples dos 4 elementos tomados a. O número de combinações simples dos n elementos tomados p a p é n indicado por Cn,p ou. p OBSERVAÇÃO: Cn,p. p! = An,p. Fórmula: C n, p Aplicações 1) calcular: a) C7,1 b) C7, c) C7,3 d) C7,4 Solução: = a) 7! 7 6! C7,1 = = = 7 1! 6! 6! b) 7! 7 6 5! C7, = = = 1! 5! 1 5! c) 7! ! C7,3 = = = 35 4! 3! 3 1 4! d) 7! ! C7,4= = 4! 3! 4! 3 1 = 35 ) Quantos subconjuntos de 3 elementos tem um conjunto de 5 elementos? 5! 5 4 3! C 5,3 = = = 10 subconjuntos 3!! 3! 1 3) obter n, tal que Solução: n! 3! ( n - 3 )! = n!! ( n - )! n!, p!( n - p )! 4 3 C C n,3 = n, 4 3 n! 3! ( n - 3 ) ( n - )( n - 3 )! = 3 ( n - 3 )! p n 4 3 e { p,n }! ( n - )! n! n - = 4 ln = 4 3 Solução: Um triângulo fica identificado quando escolhemos 3 desses pontos, não importando a ordem. Assim, o número de triângulos é dado por: 8! C 8,3 = = = 56 3! 5! 3 6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5 moças. Quantas comissões de 5 pessoas, 3 rapazes e moças, podem ser formadas? Solução: Na escolha de elementos para formar uma comissão, não importa a ordem. Sendo assim : 6! escolher 3 rapazes: C6,3 = = 0 modos 3! 3! 5! escolher moças: C5,= = 10 modos! 3! Como para cada uma das 0 triplas de rapazes temos 10 pares de moças para compor cada comissão, então, o total de comissões é C6,3. C5, = 00. 7) Sobre uma reta são marcados 6 pontos, e sobre uma outra reta, paralela á primeira, 4 pontos. a) Quantas retas esses pontos determinam? b) Quantos triângulos existem com vértices em três desses pontos? Solução: a) C10, - C6, - C4, + = 6 retas onde C6, é o maior número de retas possíveis de serem determinadas por seis pontos C4, é o maior número de retas possíveis de serem determinadas por quatro pontos b) C10,3 C6,3 -- C4,3 = 96 triângulos onde C6,3 é o total de combinações determinadas por três pontos alinhados em uma das retas, pois pontos colineares não determinam triângulo. C4,3 é o total de combinações determinadas por três pontos alinhados da outra reta. n = 6 convém Matemática 8

79 8) Uma urna contém 10 bolas brancas e 6 pretas. De quantos modos é possível tirar 7 bolas das quais pelo menos 4 sejam pretas? Solução: As retiradas podem ser efetuadas da seguinte forma: 4 pretas e 3 brancas C6,4. C10,3 = ou 5 pretas e brancas C6,5. C10, = 70 ou 6 pretas e1 branca C6,6. C10,1 = 10 Logo = 080 modos Exercícios 1) Calcule: a) C8,1 + C9, - C7,7 + C10,0 b) C5, +P - C5,3 c) An,p. Pp ) Obtenha n, tal que: a) Cn, = 1 b) Cn-1, = 36 c) 5. Cn,n Cn,n -3 = An,3 3) Resolva a equação Cx, = x. 4) Quantos subconjuntos de 4 elementos possui um conjunto de 8 elementos? 5) Numa reunião de 7 pessoas, quantas comissões de 3 pessoas podemos formar? 6) Um conjunto A tem 45 subconjuntos de elementos. Obtenha o número de elementos de A, Ap,3 7) Obtenha o valor de p na equação: = 1. C 8) Obtenha x na equação Cx,3 = 3. Ax.. 9) Numa circunferência marcam-se 7 pontos distintos. Obtenha: a) o número de retas distintas que esses pontos determinam; b) o número de triângulos com vértices nesses pontos; c) o número de quadriláteros com vértices nesses pontos; d) o número de hexágonos com vértices nesses pontos. 10) A diretoria de uma firma é constituída por 7 diretores brasileiros e 4 japoneses. Quantas comissões de 3 brasileiros e 3 japoneses podem ser formadas? 11) Uma urna contém 10 bolas brancas e 4 bolas pretas. De quantos modos é possível tirar 5 bolas, das quais duas sejam brancas e 3 sejam pretas? 1) Em uma prova existem 10 questões para que os alunos escolham 5 delas. De quantos modos isto pode ser feito? 13) De quantas maneiras distintas um grupo de 10 pessoas pode ser dividido em 3 grupos contendo, respectivamente, 5, 3 e duas pessoas? p,4 14) Quantas diagonais possui um polígono de n lados? 15) São dadas duas retas distintas e paralelas. Sobre a primeira marcam-se 8 pontos e sobre a segunda marcam-se 4 pontos. Obter: a) o número de triângulos com vértices nos pontos marcados; b) o número de quadriláteros convexos com vértices nos pontos marcados. 18) De quantos modos podemos separar os números de 1 a 8 em dois conjuntos de 4 elementos? 19) De quantos modos podemos separar os números de 1 a 8 em dois conjuntos de 4 elementos, de modo que o e o 6 não estejam no mesmo conjunto? 0) Dentre 5 números positivos e 5 números negativos, de quantos modos podemos escolher quatro números cujo produto seja positivo? 1) Em um piano marcam-se vinte pontos, não alinhados 3 a 3, exceto cinco que estão sobre uma reta. O número de retas determinadas por estes pontos é: a) 180 b) 1140 c) 380 d) 190 e) 181 ) Quantos paralelogramos são determinados por um conjunto de sete retas paralelas, interceptando um outro conjunto de quatro retas paralelas? a) 16 b) 16 c) 106 d) 84 e) 33 3) Uma lanchonete que vende cachorro quente oferece ao freguês: pimenta, cebola, mostarda e molho de tomate, como tempero adicional. Quantos tipos de cachorros quentes diferentes (Pela adição ou não de algum tempero) podem ser vendidos? a) 1 b) 4 c) 16 d) 4 e) 10 4) O número de triângulos que podem ser traçados utilizando-se 1 pontos de um plano, não havendo 3 pontos em linha reta, é: a) 4368 b) 0 c) 48 d) 144 e) 180 5) O time de futebol é formado por 1 goleiro, 4 defensores, 3 jogadores de meio de campo e 3 atacantes. Um técnico dispõe de 1 jogadores, sendo 3 goleiros, 7 defensores, 6 jogadores de meio campo e 5 atacantes. De quantas maneiras poderá escalar sua equipe? a) 630 b) c), d) 1000 e) n.d.a. 6) Sendo 5. Cn, n Cn, n - 3, calcular n. 16) São dados 1 pontos em um plano, dos quais 5, e somente 5, estão alinhados. Quantos triângulos distintos podem ser formados com vértices em três quaisquer dos 1 pontos? 17) Uma urna contém 5 bolas brancas, 3 bolas pretas e 4 azuis. De quantos modos podemos tirar 6 bolas das quais: a) nenhuma seja azul b) três bolas sejam azuis c) pelo menos três sejam azuis Matemática 9 7) Um conjunto A possui n elementos, sendo n 4. O número de subconjuntos de A com 4 elementos é: a) b) [ n! ] 4( n - 4 ) n! ( n - 4 ) c) ( n 4 )! e) 4! d) n!

80 8) No cardápio de uma festa constam 10 diferentes tipos de salgadinhos, dos quais apenas 4 serão servidos quentes. O garçom encarregado de arrumar a travessa e servi-la foi instruído para que a mesma contenha sempre só dois tipos diferentes de salgadinhos frios e dois diferentes dos quentes. De quantos modos diversos pode o garçom, respeitando as instruções, selecionar os salgadinhos para compor a travessa? a) 90 d) 38 b) 1 e) n.d.a. c) 40 9) Em uma sacola há 0 bolas de mesma dimensão: 4 são azuis e as restantes, vermelhas. De quantas maneiras distintas podemos extrair um conjunto de 4 bolas desta sacola, de modo que haja pelo menos uma azul entre elas? 0! 16! 1 0! 16! a) d) 16! 1! 4! 16! 1! 0! b) e)n.d.a. 4!16! 0! c) 16! 30) Uma classe tem 10 meninos e 9 meninas. Quantas comissões diferentes podemos formar com 4 meninos e 3 meninas, incluindo obrigatoriamente o melhor aluno dentre os meninos e a melhor aluna dentre as meninas? a) A10,4. A9,3 c) A9, A8,3 e) C19,7 b) C10,4 - C9, 3 d) C9,3 - C8, 31) Numa classe de 10 estudantes, um grupo de 4 será selecionado para uma excursão, De quantas maneiras distintas o grupo pode ser formado, sabendo que dos dez estudantes dois são marido e mulher e apenas irão se juntos? a) 16 b) 98 c) 115 d)165 e) 1 9) n = 17 Permutações simples 1) a) d) 70 b) e) 4 30 c) 10 f) ) 144 3) 7 4) 88 5) 10 Permutações simples com elementos repetidos 1) d ) c 3) a 4) d 5) b Combinações simples 1) a) 44 n!p! c) (n p)! b) ) a) n = 7 b) n = 10 c) n = 4 3) S = {3} 4) 70 5) 35 6) 10 7) p=5 8) S={0} 9) a) 1 c) 35 b) 35 d) 7 10) ) 180 1) 5 13) 50 14) n(n 3) 15) a) 160 b) ) 10 17) a) 8 c) 5 b) 4 18) 70 19) 55 0) 110 1) e ) b 3) c 4) b 5) d 6) n =4 7) a 8) a 9) d 30) d 31) b ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE DADOS APRESENTADOS EM GRÁFICOS E TABELAS. 1) 63 ) 1 3) 0 4) 7 5) ) ) 16 8) 180 9) ) 50 11) 10 1) ) 60 Matemática RESPOSTAS Principio fundamental da contagem 14) 4 15) 90 par e 10 impares 16) 18 17) 48 18) 7 19) ) 504 1) 30 ) 0 3) 70 4) 480 5) 7 6) 96 Arranjos simples 1) a) 8 c) 336 b) 56 d) 1680 ) a) 9 b) 89,6 3) a) s = {3} b) S = {4} c) S = {5} Fatorial 1) e ) e 3) a) 13 b) 43 c) 35 d) 330 n + 4) a) n b) c) n + d) 1 e) n + 1 5) n = 9 b) n = 5 c) n = 3 d) n = 6 6) a 7) a) S = {10} b) S = {3} 8) n = 5 5M M 30 ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO Suponha que em uma urna existam cinco bolas vermelhas e uma bola branca. Extraindo-se, ao acaso, uma das bolas, é mais provável que esta seja vermelha. Isto irão significa que não saia a bola branca, mas que é mais fácil a extração de uma vermelha. Os casos possíveis seu seis: Cinco são favoráveis á extração da bola vermelha. Dizemos que a probabilidade da extração de uma bola vermelha é 6 5 e a da bola branca, 6 1. Se as bolas da urna fossem todas vermelhas, a extração de uma vermelha seria certa e de probabilidade igual a 1. Consequentemente, a extração de uma bola branca seria impossível e de probabilidade igual a zero. Espaço amostral: Dado um fenômeno aleatório, isto é, sujeito ás leis do acaso, chamamos espaço amostral ao conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrerem. Vamos indica-lo pela letra E. EXEMPLOS: Lançamento de um dado e observação da face voltada para cima: E = {1,, 3, 4, 5, 6} Lançamento de uma moeda e observação da face voltada para cima: E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa. Lançamento de duas moedas diferentes e observação das faces voltadas para cima: E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) } Evento: Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço amostral. Tome-

81 mos, por exemplo, o lançamento de um dado: ocorrência do resultado 3: {3} ocorrência do resultado par: {, 4, 6} ocorrência de resultado 1 até 6: E (evento certo) ocorrência de resultado maior que 6 : φ (evento impossível) Como evento é um conjunto, podemos aplicar-lhe as operações entre conjuntos apresentadas a seguir. União de dois eventos - Dados os eventos A e B, chama-seunião de A e B ao evento formado pelos resultados de A ou de B, indica-se por A B. n(s) = 6 elementos 4) Lançando-se um dado duas vezes, obter o número de elementos do evento "número par no primeiro lançamento e soma dos pontos i- gual a 7". Solução: Indicando o evento pela letra B, temos: B = { (, 5), (4, 3), (6, 1)} n(b) = 3 elementos Exercícios 1) Dois dados são lançados. O número de elementos do evento "produto ímpar dos pontos obtidos nas faces voltadas para cima" é: a) 6 b) 9 c) 18 d) 7 e) 30 ) Num grupo de 10 pessoas, seja o evento ''escolher 3 pessoas sendo que uma determinada esteja sempre presente na comissão". Qual o número de elementos desse evento? a) 10 b) 90 c) 45 d) 36 e) 8 Intersecção de dois eventos - Dados os eventos A e B, chama-se intersecção de A e B ao evento formado pelos resultados de A e de B. Indica-se por A B. Se A B =φ, dizemos que os eventos A e B são mutuamente exclusivos, isto é, a ocorrência de um deles elimina a possibilidade de ocorrência do outro. 3) Lançando três dados, considere o evento "obter pontos distintos". O número de elementos desse evento é: a) 16 b) 10 c) 6 d) 30 e) 36 4) Uma urna contém 7 bolas brancas, 5 vermelhas e azuis. De quantas maneiras podemos retirar 4 bolas dessa urna, não importando a ordem em que são retiradas, sem recoloca-las? a) d) ! b) 4 04 e) 7! 5!! c) 14! PROBABILIDADE Sendo n(a) o número de elementos do evento A, e n(e) o número de elementos do espaço amostral E ( A E), a probabilidade de ocorrência do evento A, que se indica por P(A), é o número real: Evento complementar Chama-se evento complementar do evento A àquele formado pelos resultados que não são de A. indica-se por A. Aplicações 1) Considerar o experimento "registrar as faces voltadas para cima", em três lançamentos de uma moeda. a) Quantos elementos tem o espaço amostral? b) Escreva o espaço amostral. Solução: a) o espaço amostral tem 8 elementos, pois para cada lançamento temos duas possibilidades e, assim:.. = 8. OBSERVAÇÕES: 1) Dizemos que n(a) é o número de casos favoráveis ao evento A e n(e) o número de casos possíveis. ) Esta definição só vale se todos os elementos do espaço amostral tiverem a mesma probabilidade. 3) A é o complementar do evento A. Propriedades: n ( A ) P ( A ) = n ( E ) b) E = { (C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,C), (R, C, R), (C, R, R), (R, R, R) } ) Descrever o evento "obter pelo menos uma cara no lançamento de duas moedas". Solução: Cada elemento do evento será representado por um par ordenado. Indicando o evento pela letra A, temos: A = {(C,R), (R,C), (C,C)} 3) Obter o número de elementos do evento "soma de pontos maior que 9 no lançamento de dois dados". Solução: O evento pode ser tomado por pares ordenados com soma 10, soma 11 ou soma 1. Indicando o evento pela letra S, temos: S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} Matemática 31 Aplicações 4) No lançamento de duas moedas, qual a probabilidade de obtermos cara em ambas? Solução: Espaço amostral: E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} n(e).= 4 Evento A : A = {(C, C)} n(a) =1 n ( A ) 1 Assim: P ( A ) = = n ( E ) 4

82 5) Jogando-se uma moeda três vezes, qual a probabilidade de se obter cara pelo menos uma vez? Solução: E = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R, C), (R, C, R), (C, R, R), (R. R, R)} n(e)= Da tabela: n(e) = 36 e n(a) = 3 n ( A ) 3 Assim: P ( A ) = = = n ( E ) A = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), R, R) n(a) = 7 n ( A ) 7 P ( A ) = P(A) = n ( E ) 8 (R, R, C), (R, C, R), (C, Exercícios 1) Jogamos dois dados. A probabilidade de obtermos pontos iguais nos dois é: a) c) e) ) (Cesgranrio) Um prédio de três andares, com dois apartamentos por andar, tem apenas três apartamentos ocupados. A probabilidade de que cada um dos três andares tenha exatamente um apartamento ocupado é : a) /5 c) 1/ e) /3 b) 3/5 d) 1/3 Solução: O número de elementos do espaço amostral é dado por : n(e) = C6,3 = 6! = 0 3! 3! O número de casos favoráveis é dado por n (A) =.. = 8, pois em cada andar temos duas possibilidades para ocupa-lo. Portanto, a probabilidade pedida é : n ( A ) 8 P ( A ) = = = (alternativa a) n ( E ) 0 5 7) Numa experiência, existem somente duas possibilidades para o b) 36 5 d) 36 1 ) A probabilidade de se obter pelo menos duas caras num lançamento de três moedas é; 3 a) 8 1 c) 4 1 e) 5 b) 1 d) 3 1 ADIÇÃO DE PROBABILIDADES Sendo A e B eventos do mesmo espaço amostral E, tem-se que: P(A B) = P (A) + P(B) P(A B) "A probabilidade da união de dois eventos A e B é igual á soma das probabilidades de A e B, menos a probabilidade da intersecção de A com B." resultado. Se a probabilidade de um resultado é 3 1, calcular a probabilidade do outro, sabendo que eles são complementares. Solução: Indicando por A o evento que tem probabilidade 3 1, vamos indicar por A o outro evento. Se eles são complementares, devemos ter: 1 P(A) + P( A ) = 1 + P( A ) = 1 3 P (A) = 3 8) No lançamento de um dado, qual a probabilidade de obtermos na face voltada para cima um número primo? Solução: Espaço amostral : E = {1,, 3, 4, 5, 6} n(e) = 6 Evento A : A = {, 3, 5} n(a) = 3 n ( A ) 3 1 Assim: P ( A ) = = P(A) = n ( E ) 6 9) No lançamento de dois dados, qual a probabilidade de se obter soma dos pontos igual a 10? Solução: Considere a tabela, a seguir, indicando a soma dos pontos: A B Justificativa: Sendo n (A B) e n (A B) o número de elementos dos eventos A B e A B, temos que: n( A B) = n(a) +n(b) n(a B) n(a B) n(a) = n(e) n(e) P(A B) = P(A) + P(B) P(A B) OBSERVAÇÃO: + n(b) n(a B) n(e) n(e) Se A e B são eventos mutuamente exclusivos, isto é: A B =φ, então, P(A B) = P(A) + P(B). Aplicações 1) Uma urna contém bolas brancas, 3 verdes e 4 azuis. Retirandose uma bola da urna, qual a probabilidade de que ela seja branca ou verde? Solução: Número de bolas brancas: n(b) = Número de bolas verdes: n(v) = 3 Número de bolas azuis: n(a) = 4 A probabilidade de obtermos uma bola branca ou uma bola verde é dada por: P( B V) = P(B) + P(V) - P(B V) Matemática 3

83 Porém, P(B V) = 0, pois o evento bola branca e o evento bola verde são mutuamente exclusivos. Logo: P(B V) = P(B) + P(V), ou seja: 3 5 P(B V) = + P(B V) = ) (PUC) Num grupo, 50 pessoas pertencem a um clube A, 70 a um clube B, 30 a um clube C, 0 pertencem aos clubes A e B, aos clubes A e C, 18 aos clubes B e C e 10 pertencem aos três clubes. Escolhida ao acaso uma das pessoas presentes, a probabilidade de ela: a) Pertencer aos três Clubes é 5 3 ; ) Jogando-se um dado, qual a probabilidade de se obter o número 4 ou um número par? Solução: O número de elementos do evento número 4 é n(a) = 1. O número de elementos do evento número par é n(b) = 3. Observando que n(a B) = 1, temos: P(A B) = P(A) + P(B) P(A B) P(A B) = Matemática = 3 6 P(A B) = 3) A probabilidade de que a população atual de um pais seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A probabilidade de ser 110 milhões ou menos é 8%. Calcular a probabilidade de ser 110 milhões. Solução: Temos P(A) = 95% e P(B) = 8%. A probabilidade de ser 110 milhões é P(A B). Observando que P(A B) = 100%, temos: P(A U B) = P(A) + P(B) P(A B) 100% = 95% + 8% - P(A B) (A B) = 3% Exercícios 1) (Cescem) Uma urna contém 0 bolas numeradas de 1 a 0. Seja o experimento "retirada de uma bola" e considere os eventos; A = a bola retirada possui um número múltiplo de B = a bola retirada possui um número múltiplo de 5 Então a probabilidade do evento A B é: a) c) e) b) 5 4 d) 5 3 ) (Santa casa) Num grupo de 60 pessoas, 10 são torcedoras do São Paulo, 5 são torcedoras do Palmeiras e as demais são torcedoras do Corinthians. Escolhido ao acaso um elemento do grupo, a probabilidade de ele ser torcedor do São Paulo ou do Palmeiras é: a) 0,40 c) 0,50 e) n.d.a. b) 0,5 d) 0,30 3) (São Carlos) S é um espaço amostral, A e B eventos quaisquer em S e P(C) denota a probabilidade associada a um evento genérico C em S. Assinale a alternativa correta. a) P(A C) = P(A) desde que C contenha A b) P(A B) P(A) + P(B) P(A B) c) P(A B) < P(B) d) P(A) + P(B) 1 e) Se P(A) = P(B) então A = B 4) (Cescem) Num espaço amostral (A; B), as probabilidades P(A) e P(B) valem respectivamente 3 1 e 3 Assinale qual das alternativas seguintes não é verdadeira. a) A B = S d) A B = B b) A B = φ e) (A B) (A B) = S c) A B = A B P(A B) = P(A). P(B/A) 1 33 b) pertencer somente ao clube C é zero; c) Pertencer a dois clubes, pelo menos, é 60%; d) não pertencer ao clube B é 40%; e) n.d.a. 6) (Maringá) Um número é escolhido ao acaso entre os 0 inteiros, de 1 a 0. A probabilidade de o número escolhido ser primo ou quadrado perfeito é: a) c) e) b) 5 d) 5 PROBABILIDADE CONDICIONAL Muitas vezes, o fato de sabermos que certo evento ocorreu modifica a probabilidade que atribuímos a outro evento. Indicaremos por P(B/A) a probabilidade do evento B, tendo ocorrido o evento A (probabilidade condicional de B em relação a A). Podemos escrever: Multiplicação de probabilidades: A probabilidade da intersecção de dois eventos A e B é igual ao produto da probabilidade de um deles pela probabilidade do outro em relação ao primeiro. Em símbolos: Justificativa: n (A B) P(B/ A) P(B/ A) n (A B) = n (A) P (A B) P(B / A) = P (A) P(A B) = P(A). P(B/A) Analogamente: P(A B) = P(B). P(A/B) n (A B) = n (A) P (B / A) = n(e) n (A) n(e) Eventos independentes: Dois eventos A e B são independentes se, e somente se: P(A/B) = P(A) ou P(B/A) = P(B) Da relação P(A B) = P(A). P(B/A), e se A e B forem independentes, P(A B) = P(A). P(B) temos: Aplicações: 1) Escolhida uma carta de baralho de 5 cartas e sabendo-se que esta carta é de ouros, qual a probabilidade de ser dama? Solução: Um baralho com 5 cartas tem 13 cartas de ouro, 13 de copas, 13 de paus e 13 de espadas, tendo uma dama de cada naipe. Observe que queremos a probabilidade de a carta ser uma dama de ouros num novo espaço amostral modificado, que é o das cartas de ouros. Chamando de: evento A: cartas de ouros evento B: dama evento A B : dama de ouros

84 Temos: ) Jogam-se um dado e uma moeda. Dê a probabilidade de obtermos cara na moeda e o número 5 no dado. Solução: Evento A : A = {C} n(a) = 1 Evento B : B = { 5 } n ( B ) = 1 Sendo A e B eventos independentes, temos: 1 1 P(A B) = P(A). P(B) P(A B) = 6 1 P(A B) = 1 3) (Cesgranrio) Um juiz de futebol possui três cartões no bolso. Um é todo amarelo, outro é todo vermelho, e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do outro. Num determinado lance, o juiz retira, ao acaso, um cartão do bolso e mostra a um jogador. A probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e de a outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é: a) b) c) d) e ) Solução: Evento A : cartão com as duas cores Evento B: face para o juiz vermelha e face para o jogador amarela, tendo saído o cartão de duas cores Temos: P(A B) = P(A). P(B/A), isto é, P(A B) = P(A B) = 6 1 (alternativa e) n (A B) P (B / A) = = n (A) Respostas: Espaço amostral e evento 1) b ) d 3) b 4) a Este tipo de sequência tem propriedades interessantes e são muito utilizadas, são chamadas de PROGRESSÕES ARITMÉTICAS. Definição: Progressão Aritmética ( P.A.) é toda sequência onde, a partir do segundo, a diferença entre um termo e seu antecessor é uma constante que recebe o nome de razão. AN AN -1 = R ou AN = AN 1 + R Exemplos: a) (, 5, 8, 11, 14,.... ) a1 = e r = 3 b) (,,,,.... ) a1 = 16 1 e r = 16 c) ( -3, -3, -3, -3,...) a1 = 3 e r = 0 d) ( 1, 3, 5, 7, 9,.... ) a1 = 1 e r = Classificação As Progressões Aritméticas podem ser classificadas em três categorias: 1.º) CRESCENTES são as PA em que cada termo é maior que o anterior. É imediato que isto ocorre somente se r > 0. (1, 5, 10, 15, 0, 5, 30 ) (, 4, 6, 8, 10, 1, 14 ).º) DECRESCENTES são as PA em que cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre se r < 0. ( 0, -, - 4, - 6, - 8, - 10, - 1) ( 13, 11, 9, 7, 5, 3, 1 ) 3.º) CONSTATES são as PA em que cada termo é igual ao anterior. É fácil ver que isto só ocorre quando r = 0. ( 4, 4, 4, 4, 4, 4 ) ( 6, 6, 6, 6, 6, 6, 6 ) As PA também podem ser classificadas em: a) FINITAS: ( 1, 3, 5, 7, 9, 11) b) INFINITAS: (, 3, 5, 7, 11,...) lv - TERMO GERAL Podemos obter uma relação entre o primeiro termo e um termo qualquer, assim: a = a1 + r a3 = a + r = ( a1 + r ) + r = a1 + r a4 = a3 + r = ( a1 + r ) + r = a1 + 3r a5 = a4 + r = ( a1 + 3r ) + r = a1 + 4r a10 = a9 + r = ( a1 + 8r ) + r = a1 + 9r logo AN = A 1 + ( N 1). R que recebe o nome de fórmula do Termo Geral de uma Progressão Aritmética. Probabilidade 1) c ) b Adição de probabilidades 1) d ) b 3) a 4) b 5) b 6) e PROGRESSÕES ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA. V - TERMOS EQUIDISTANTE Em uma PA finita, dois termos são chamados equidistantes dos extremos, quando o número de termos que precede um deles é igual ao número de termos que sucede o outro. Por exemplo: Dada a PA ( a1, a, a3, a4, a5, a6, a7, a8 ) Observe a seguinte sequência: (5; 9; 13; 17; 1; 5; 9) Cada termo, a partir do segundo, é obtido somando-se 4 ao termo anterior, ou seja: an = an onde n 7 Podemos notar que a diferença entre dois termos sucessivos não muda, sendo uma constante. a a1 = 4 a3 a = a7 a6 = 4 a e a7 são equidistantes dos extremos a3 e a6 são equidistantes dos extremos E temos a seguinte propriedade para os termos equidistantes: A soma de dois termos equidistantes dos extremos é uma constante igual à soma dos extremos. Exemplo: ( -3, 1, 5, 9, 13, 17, 1, 5, 9 ) Matemática 34

85 - 3 e 9 são extremos e sua soma é 6 1 e 5 são equidistantes e sua soma é 6 5 e 1 são equidistantes e sua soma é 6 Dessa propriedade podemos escrever também que: Se uma PA finita tem número ímpar de termos então o termo central é a média aritmética dos VI - INTERPOLACÃO ARITMÉTICA Dados dois termos A e B inserir ou interpolar k meios aritméticos entre A e B é obter uma PA cujo primeiro termo é A, o último termo é B e a razão é calculada através da relação: Matemática B A K + 1 Exemplo: Interpolar (inserir) 3 meios aritméticos entre e 10 de modo a formar uma Progressão Aritmética. Solução: 1º termo A = B A Aplicando a fórmula: último termo B = 10 K + 1 k meios = 3 Substituindo na forma acima vem: B A 10 8 = = K portanto a razão da PA é A Progressão Aritmética procurada será:, 4, 6, 8, 10. VII SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PA Podemos determinar a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma PA Sn da seguinte forma: Sn = a1 + a + a an - + an -1 + an ( + ) Sn = an - + an -1 + an a1 + a + a3 Sn = (a1+ an) + (a1+ an)+ (a1 + an)+...+ (a1+ an) Observe que aqui usamos a propriedade dos termos equidistantes, assim: Sn = n (a1+ an) (A A ) N logo: S 1 + N N = EXERCICIOS Não esquecer as denominações: an termo de ordem n a1 1º termo n número de termos r razão 1) Determinar o 0º termo (a0) da PA (, 5, 8,...) Resolução: a1 = an = a1 + (n - 1). r r = 5 - = 8 5 = 3 a0 = + (0-1). 3 n = 0 a0 = a0 =? a0 = + 57 a0 = 59 ) Escrever a PA tal que a1 = e r = 5, com sete termos. Solução: a = a1 + r = + 5 = 7 a3 = a + r = = 1 a4 = a3 + r = = 17 a5 = a4 + r = = a6 = a5 + r = + 5 = 7 a7 = a6 + r = = 3 Logo, a PA solicitada no problema é: (, 7, 1, 17,, 7, 3) 3) obter a razão da PA em que o primeiro termo é - 8 e o vigésimo é 30. Solução: a0 = a r = 30 = r r = 35 4) Calcular r e a5 na PA (8, 13, 18, 3,...) Solução: 3-18 = 13-8 = 5 a5 = a4 + r a5 = a5 = 8 5) Achar o primeiro termo de uma PA tal que r = - e a10 = 83. Solução: Aplicando a fórmula do termo geral, teremos que o décimo termo é: a10 = a1 + ( 10 1 ) r ou seja: 83 = a (-) - a1 = a1 = a1 = 101 6) Determinar a razão (r) da PA, cujo 1º termo (a1) é - 5 e o 34º termo (a34) é 45. Solução: a1 = -5 a34 =- 5+ (34-1).r a34 = = r n = r = 50 R =? 50 r = 33 PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS 1 - DEFINIÇÃO Vejamos a seqüência, 6, 18, 54, 16 Onde cada termo, a partir do.º, é obtido multiplicando-se o termo anterior por 3, ou seja: an = an 1. 3 n =, 3,..., 5 Observe que o quociente entre dois termos sucessivos não muda, sendo uma constante. a 6 = = 3 a1 a3 18 = = 3 a 6 a4 54 = = 3 a3 18 a5 16 = = 3 a4 54 Sequências onde o quociente entre dois termos consecutivos é uma constante também possuem propriedades interessantes. São também úteis para a Matemática recebem um nome próprio: PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS. PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS é toda sequência em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao produto do seu termo precedente por uma constante. Esta constante é chamada razão da progressão geométrica. Em símbolos: AN = A N - 1. Q N = 1,, 3,... a a a ou seja: = 3 = 4 =... = q a1 a a3 CLASSIFICAÇÃO E TERMO GERAL Quanto ao número de termos, podemos classificar a Progressão Geométrica em: - FINITA: quando o nº de termo for finito:, 4, 8, 16, 3, 64 ( 6 termos) - INFINITA: quando o número de termos for infinito:, 4, 8, 16, 3, 64,... Quanto à razão, podemos classificar a PG em: - CRESCENTE: quando cada termo é maior que o anterior:, 4, 8, 16, 3 - DECRESCENTE: quando cada termo é menor que o anterior: 16, 8, 4,, 1, 1/, 1/4,..,

86 - CONSTANTE: quando cada termo é igual ao anterior: 3, 3, 3, 3, 3,... (q = 1) - OSCILANTE OU ALTERNANTE: quando cada termo, a partir do segundo tem Sinal contrário ao do termo anterior. Em alguns problemas, seria útil existir uma relação entre o primeiro termo e um termo qualquer. Vejamos como obtê-la. a = a1. q a3 = a. q = ( a1. q ). q = a1. q a4 = a3. q = ( a1. q ). q = a1. q 3 a5 = a4. q = ( a1. q 3 ). q = a1. q an = an -1. q = ( a1. q n - ). q = a1. q n -1 AN = A1.Q N -1 Esta última expressão é chamada termo geral de uma Progressão Geométrica. EXERCÍCIOS 1) Determinar o 9.º termo (a9) da P.G. (1,, 4, 8;...). Solução: an termo de ordem n a1 1º termo n número de termos q razão FÓRMULA DO TERMO GERAL: an = a1. q n 1 a1 = 1 q = n = 9 a9 =? a9 = a9 = 1. 8 a9 = a9 = 56 ) Determinar a1 (1º termo) da PG cuja a8 (8º termo) é 79, sabendo-se que a razão é 3. Solução: a1 =? q = 3 n = 8 a8 = 79 a8 = a = a = a a1 = 3 6 : a1 = 3 1 a 1 = 3 3) Determinar a razão de uma PG com 4 termos cujos extremos são 1 e 64. Solução: 64 = 1. q = 1. q = q 3 q = 4 TERMOS EQUIDISTANTES Em toda PG finita, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto dos extremos. Exemplo: ( 1, 3, 9, 7, 81, 43 ) 1 e 43 extremos produto = 43 3 e 81 equidistantes produto = = 43 9 e 7 equidistantes - produto = 9. 7 = 43 Desta propriedade temos que: Em toda Progressão Geométrica finita com número ímpar de termos, o termo médio é a média geométrica dos extremos. Exemplo: ( 3, 6, 1, 4, 48, 96, 19) 4 = IV - PRODUTO DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG Sendo a1, a, a3,..., an uma PG de razão q, indicamos o produto dos seus n primeiros termos por: Pn = a1. a. a3.... an Observe que: Pn = a1. ( a1. q ). (a1. q ). (a1. q 3 )... (a1. q n 1 ) Pn = ( a1. a1. a1.... a1 ).( q 1. q. q 3... q n 1 ) n (n -1) Pn = a1. q Matemática 36 Mas (n -1) é uma PA de (n -1) termos e razão 1. Considerando a fórmula da soma dos termos de uma PA, temos: n (a a ) [ 1 ( n-1) ] n-1 n(n 1) S 1 + n + = S = S = Assim, podemos afirmar que: P N = A N 1 n ( n -1) Q V - INTERPOLAÇÃO GEOMÉTRICA. Inserir ou interpolar k meios geométricos entre os números A e B, significa obter uma PG de k+ termos, onde A é o primeiro termo e B é o B último e a razão é dada por: Q K + 1 = A VI - SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG Seja uma PG de n termos a1, a, a3,..., an A soma dos n primeiros termos será indicada por: Sn = a1 + a + a an Observe que, se q = 1, temos S = n. a1. Suponhamos agora que, na progressão dada, tenhamos q 1. Multipliquemos ambos os membros por q. Sn. q = a1. q + a. q + a3. q an 1. q + an. q Como a1. q = a, a. q = a3,... an 1. q = an temos: Sn. q = a + a3 + a an + an. q E sendo a + a3 + a an = Sn a1, vem: Sn. q = Sn a1 + an. q Sn - Sn. q = a1 - an. q S n Sn Sn = a - a. q = 1 n 1 - q n -1 a1 - a1. q q = 1 - q Sn n a1 - a1. q 1 - q = a q n 1 - q ( q 1) ( q 1) VII - SOMA DOS TERMOS DE UMA PG INFINITA COM - 1 < Q < 1 Vejamos como calcular S = Neste caso, temos a soma dos termos de uma PG infinita com q = 1. Multiplicando por ambos os membros, temos: S = S S = + S S = Calculemos agora S = Multiplicando por 3 ambos os membros, temos: S = S 3 3S = 3 + S S = 3 S = Vamos obter uma fórmula para calcular a soma dos termos de uma PG infinita com -1 < q < 1, Neste caso a soma converge para um valor que será indicado por S

87 S = a1 + a + a an +... S = a1 + a1. q + a1. q a1. q n multiplicando por q ambos os membros, temos: Sq = a1q+a1 q + a1 q a1 q n +... Sq = S a1 S Sq = a1 a S(1 q) = a1 S = 1 1 q Resumindo: se - 1 < q < 1, temos: a S = a a a... a n + = 1 q EXERCÍCIOS 1) Determinar a soma dos termos da PG ( 1,,,..., ) Solução: a1 = 1 q = a1 - an. q Sn = 1 - q S 64 S 18 n = n = S 18 n = = Sn = ou S n = 1, ) Determinar a soma dos oito primeiros termos da PG (,, 3,...). Solução: a1 = q = n = 8 n a ( 1 - q ) S 1 n = 1 - q 8 8 = ( 1 - ) ( 1-56) S = = ( - 55) = 510 S = = ) Determinar a razão da PG ( ;1; ; ; ;... ) 4 8 Solução: De a = a1. q tiramos que: a 1 1 q = = q = a1 4) Achar o sétimo termo da PG ( 1 ; 1 ; ;...) Para que (x + 1 ; x + 9 ; x + 15) seja PG, devemos ter: x + 9 x + 15 = e, então: x + 1 x + 9 (x + 9) = (x + 1)(x + 15) x + 18x + 81 = x + 16x + 15 x = - 66 x = DEDUÇÃO LÓGICA; PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS; SILOGISMOS CATEGÓRICOS; LÓGICA PROPOSICIONAL.. LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM. Os problemas seguintes requerem raciocínio para sua solução. A fim de provar que uma resposta é correta, uma vez encontrada, necessita-se de um raciocínio cujas premissas estejam contidas no enunciado do problema, e cuja conclusão seja a resposta ao mesmo. Se a resposta é correta, poder-se-á construir um raciocínio válido. 0 leitor é solicitado, ao trabalhar com estes problemas, a preocupar-se não só em encontrar as respostas corretas, mas em formular também os raciocínios que provem a correção das respostas. Daremos, a seguir, alguns exercícios resolvidos para que o candidato possa inteirar-se do funcionamento do assunto. Exercício 1 Assinale a alternativa que não faz parte do conjunto dado: a) São Paulo b) Campinas c) Porto Alegre d) Santos e) Franca Resposta: C São Paulo, Campinas, Santos e Franca são cidades do Estado de São Paulo, ao passo que Porto Alegre não é cidade do nosso Estado. Exercício Assinale o número que completa a sequência apresentada: 1, 3, 5, 7, 9,... 1) 13 ) 11 3) 15 4) 17 5) 19 Resposta: b Os números 1, 3, 5, 7, 9 formam uma sequência, ou seja, a sequência dos números ímpares. Portanto, o próximo número é 11. Exercício 3 REAL está para BRASIL assim como DÓLAR está para... a) Estados Unidos b) França c) Canadá d) Austrália e) Alemanha Resposta A - Real é a moeda brasileira e dólar é a moeda dos Estados Unidos. Solução: 1 A PG é tal que a 1 = e q = Aplicando então a fórmula do termo geral, teremos que o sétimo termo é: ( 7-1) a7 = a1 q = = 64 portanto ( ) a7 = 3 5) Qual é o número que deve ser somado a 1, 9 e 15 para que se tenha, nessa ordem três números em PG? Solução: Exercício 4 O carro amarelo anda mais rapidamente do que o vermelho e este mais rapidamente que o azul. Qual o carro que está se movimentando com maior velocidade? a) o amarelo b) o azul c) o vermelho d) o vermelho e o azul e) impossível responder Resposta A Lendo direitinho o enunciado vemos claramente que o carro amarelo anda mais depressa. Matemática 37

88 Exercício 5 Um tijolo pesa 1 quilo mais meio tijolo. Quanto pesam três tijolos? a) 5 kg b) 4 kg c) 4,5 kg d) 5,5 kg e) 3,5 kg a) formiga b) aranha c) abelha d) traça e) borboleta Resposta b Aranha tem oito patas. As outras têm seis. Resposta C Pelo enunciado, um tijolo pesa um quilo e meio. Portanto, três tijolos deverão pesar 3 x 1,5 = 4,5 kg. Enunciado para as próximas questões: Cinco moças estão sentadas na primeira fila da sala de aula: são Maria, Mariana, Marina, Marisa e Matilde. Marisa está numa extremidade e Marina na outra. Mariana senta-se ao lado de Marina e Matilde, ao lado de Marisa. Responda as perguntas: 6 Quantas estão entre Marina e Marisa? 7 Quem está no meio? 8 Quem está entre Matilde e Mariana? 9 Quem está entre Marina e Maria? 10 Quantas estão entre Marisa e Mariana? Se lermos direitinho o enunciado podemos concluir e fazer um desenho para ilustrar e assim responder a todas as perguntas: MARISA MATILDE MARIA MARIANA MARINA Respostas: 6 três 7 Maria 8 Maria 9 Mariana 10 duas Exercício 11 Qual o número que falta no quadro a seguir? Resposta: 7 A soma dos extremos é o número central = = = 10 Exercício 1 Qual a palavra que não faz parte do grupo? a) LIVRO b) REVISTA c) JORNAL d) ENCICLOPÉDIA e) CARNE Resposta E Os quatro primeiros são vendidos em livrarias e carne não. Exercício 13 ALTO está para BAIXO, assim como GRANDE está para... a) nanico b) baixinho c) pequeno d) gabiru e) mínimo Exercício 15 Assinale qual destes animais, cujos nomes estão ocultos entre as letras, é o menor: a) OSÃBI b) TOGA c) LIVAJA d) ATOR e) RAFAGI Resposta: D RATO (as outras: bisão, gato, javali, girafa) Exercício 16 Escreva o número que falta: Resposta: = 17; 17 3 = 14; 14 3 = 11; 11 3 = 8; 8 3 = 5 Exercício 17 O vaqueiro está tocando as vaca numa estrada. Uma delas anda na frente de duas outras, uma anda entre duas e uma anda atrás de duas. Quantas eram as vacas? Resposta: 3 VACA VACA VACA Exercício 18 Como dispor oito oitos de forma que a soma seja 1.000? Resposta: = Exercício 19 A mãe de Takada tem cinco filhos: Tanaco, Taneco, Tanico, Tanoco. Qual é o quinto filho? a) Tanuco b) Takuda c) Tanuka d) Takada Resposta: D Takada. É claro que é Takada, que também é sua filha, de acordo com o enunciado do problema. Exercício 0 Sabendo-se que seis raposas, em seis minutos, comem seis galinhas, pergunta-se: Quantas raposas, em sessenta minutos, comem sessenta galinhas? Resposta: 6 raposas (é só fazer o cálculo). TESTE DE HABILIDADE NUMÉRICA 1. Escreva o número que falta ?. Escreva o número que falta. Resposta: C O contrário de grande é pequeno. Exercício 14 Assinale a alternativa que não tem as mesmas características das demais, quanto às patas: Matemática 38

89 3. Escreva o número que falta ? 4. Escreva o número que falta. 18. Escreva o número que falta ? 19. Escreva o número que falta ? Escreva o número que falta ? 5. Escreva o número que falta ? 1. Escreva o número que falta. 6. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 17 (11) 39 8 (... ) 49 7 Escreva o número que falta ? 8. Escreva o número que falta ? 9. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 34 (333) (...) 678. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 341 (50) (...) Escreva o número que falta. 10. Escreva o número que falta. 4. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 1 (336) (...) Escreva o número que falta ? 1. Escreva o número que falta ? 13. Escreva o número que falta ? 14. Escreva o número que falta ? 15. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 718 (6) (...) Escreva o número que falta. 17. Escreva o número que falta ? Matemática Escreva o número que falta ? RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE NUMËRICA (Some, 4, 8 e, finalmente 16).. 4. (No sentido contrário aos ponteiros do relógio, os números aumentam em, 3, 4, 5 e 6) (Subtraia 33 de cada número) (Os braços para cima se somam e os para baixo se subtraem, para obter o número da cabeça) (Existem duas séries alternadas, uma que aumenta de 4 em 4 e a outra de 3 em 3) (Some os números de fora do parêntese e multiplique por ) (Multiplique o número por dois e subtraia 1,, 3 e 4) (Subtraia os números das duas primeiras colunas e divida por ) (Subtraia o número da esquerda do número da direita para obter o número inserto no parêntese) (O número da cabeça é igual a semi--soma dos números dos pés) (A série aumenta em 1,, 4, 8 e 16 unidades sucessivamente) (Multiplique cada termo por e subtraia 5 para obter o seguinte) (Os números da terceira coluna são a semi-soma dos números das outras duas colunas) (A série diminui em 16, 8, 4, e 1 sucessivamente) (Some os números de fora do parêntese e divida por 50 para obter o número inserto no mesmo).

90 (No sentido dos ponteiros do relógio, multiplique por 3) (Existem duas séries alternadas: uma diminui de 3 em 3; a outra de em ) (Cada fileira soma 14) (Dobre cada termo e subtraia 10 para obter o seguinte) (Os números diminuem em saltos iguais, 3 na primeira fileira, na segunda e 3 na terceira) (Os números são o dobro de seus opostos diametralmente).. 3. (Subtraia a parte esquerda da parte direita e multiplique o resultado por dois) (Os números aumentam em intervalos de, 4, 6 e 8). a) 480. (O número inserto no parêntese é o dobro do produto dos números de fora do mesmo). 5.. (A terceira coluna é o dobro da diferença entre a primeira e a segunda). 7. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 8. Assinale a figura que não tem relação com as demais. TESTE DE HABILIDADE VÍSUO-ESPACIAL 1. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 9. Assinale a figura que não tem relação com as demais. * Não ter relação no sentido de não conservar as mesmas relações com as demais, por questão de detalhe, posição etc. 10. Assinale a figura que não tem relação com as demais.. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 3. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 11. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 4. Escolha, dentre as numeradas, a figura que corresponde à incógnita. 1. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 5. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 13. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 6. Assinale a figura que não tem relação com as demais. Matemática 40

91 14. Assinale a figura que não tem relação com as demais.. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 15. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 3. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 16. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 4. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 17. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 5. Assinale afigura que não tem relação com es demais. 18. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 6. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 19. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 0. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 7. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 1. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 8. Assinale a figura que não tem relação com as demais. Matemática 41

92 9. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 30. Escolha, dentre as figuras numeradas, a que corresponde à incógnita. PROVA SIMULADA 1. Um parafuso penetra 3, mm a cada 4 voltas. Quantas voltas deverá dar para penetrar 16 mm? a) 0 voltas b) 18 voltas c) voltas d) 16 voltas e) n.d.a.. Sabe-se que 8 kg de café cru dão 6 kg de café torrado. Quantos kg de café cru devem ser levados ao forno para obtermos 7 kg de café torrado? a) 36 b) 40 c) 38 d) 6 e) n.d.a. RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE VÍSUO - ESPACIAL 1-4. (Todas as outras figuras podem inverterem-se sem qualquer diferença) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (A figura principal gira 180 e o círculo pequeno passa para o outro lado) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (A figura gira 90 cada vez, em sentido contrario aos ponteiros do relógio, exceto a 4 que gira no sentido dos mencionados ponteiros) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (A figura gira 90 cada vez em sentido contrario aos ponteiros do relógio, exceto o 4 que gira no mesmo sentido dos mencionados ponteiros) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem no plano do papel) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (As outras três figuras são esquemas de urna mão esquerda; a de n. 3 é o esquema de urna mão direita) (A figura gira 45 cada vez em sentido contrario aos ponteiros do relógio, porém o sombreado preto avança urna posição a mais, exceto em 3, que é, portanto, a figura que não corresponde as demais) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (O conjunto completo de 4 círculos gira num ângulo de 90 cada vez. Em 5 os círculos com + e o com x trocaram suas posições. Em todas as demais figuras o + está na mesma fileira que o círculo preto) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (1 e 3, e e 4 são duplas que podem se sobreporem girando 45. A figura 5 não pode sobrepor-se porque a cruz e o circulo interiores ficariam em posição diferente) (Os setores preto, brancoouhachurgiram em sentido contrario aos ponteiros do relógio; na figura 4 os setores branco e hachur estão em posição diferente) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (1 e 4 formam urna dupla e o mesmo ocorre com e 5. Em cada dupla os retângulos preto e hachur alternam sua posição; a figura 3 tem o sombreado em posição diferente) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (As outras figuras podem girar até se sobreporem) (Todas as outras figuras podem girar até se sobreporem) (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do relógio; a seta, no sentido contrario) pintores pintam um edifício em 10 dias. Querendo fazer o mesmo serviço em 8 dias, quantos pintores seriam necessários? a) 50 b) 48 c) 60 d) 6 e) n.d.a máquinas produzem 600 peças de metal por hora. Quantas máquinas idênticas às primeiras são necessárias para produzir peças de metal por hora? a) 30 b) 5 c) 40 d) 0 e) n.d.a. 5. Com velocidade de 60 km/h, um automóvel leva 50 minutos para ir de urna cidade X a urna cidade Y. Se a sua velocidade fosse de 75 km/h, quanto tempo levada para cobrir a mesma distância? a) 45 min b) 38 min c) 40 min d) 4 min e) n.d.a. 6. Uma roda de automóvel dá 500 voltas em 10 minutos. Quantas voltas dará em 1 minutos? a) 380 b) 967 c) 300 d) 3000 e) n.d.a. 7. Para paginar um livro com 30 linhas em cada página, são necessárias 40 páginas. Quantas páginas (iguais às anteriores) de 40 linhas (iguais às anteriores) cada uma seriam necessárias para paginar o mesmo livro? a) 315 b) 31 c) 347 d) 198 e) n.d.a. 8. Para transportar certo volume de areia para urna construção, foram necessários 0 caminhões com 4 m 3 de areia cada um. Se cada caminhão pudesse conter 5 m 3 de areia, quantos caminhões seriam necessários para fazer o mesmo serviço? a) 16 b) 0 c) d) 14 e) n.d.a. Matemática 4

93 9. Uma árvore de 4, m de altura projeta no solo urna sombra de 3,6 m. No mesmo instante, uma torre projeta urna sombra de 8,80 m. Qual é a altura da torre? a) 33,60 b) 8,90 c) 3,00 d) 19,1 e) N.D.A. 10. Para assoalhar urna sala de 80 m de área, foram necessários 900 tacos de madeira. Quantos tacos iguais a esses seriam necessários para assoalhar urna sala de 60 m de área? a) 700 b) 800 c) 760 d) 675 e) n.d.a. 11. Uma torneira despeja 40 litros de água em 5 minutos. Em quanto tempo esta torneira encheria um reservatório de m 3 de capacidade? a) 30min b) 0 min c) 50 min d) 4 min e) n.d.a. 1. Uma vara de bambu de 1,5 m de altura projeta no solo uma sombra de 1 m. Quanto medirá a sombra projetada no mesmo instante por um prédio de 18 m de altura? a) 13 m b) 1 m c) 10,5 m d) 14, m e) n.d.a. 13. Para construir urna quadra de basquete, 30 operários levam 40 dias. Quantos dias levariam 5 operários, de mesma capacidade que os primeiros, para construir urna quadra idêntica? a) 5 dias b) 46 c) 48 d) 45 e) n.d.a. 14. Com a velocidade de 80 km/h, um automóvel leva 1 hora e meia para percorrer certa distância. Se a sua velocidade fosse de 7 km/h, qual o tempo que seria gasto para cobrir a mesma distância? a) 100 min b) 98 min c) 10 min d) 110 min e) n.d.a. 15. Um muro deverá ter 40 m de comprimento. Em três dias, foram construídos 1m do muro. Supondo que o trabalho continue a ser feito no mesmo ritmo, em quantos dias será construído o restante do muro? a) 10 dias b) 7 dias c) 8 dias d) 6 dias e) n.d.a. 16. Uma folha de alumínio de 50 cm de área pesa 400 g. Quanto pesará uma peça quadrada, de 10 cm de lado, da mesma folha de alumínio? a) 160 g b) 145 g c) 165 g d) 178 g e) n.d.a. 17. Com certa quantidade de arame, constrói-se uma tela de 0 m de comprimento por 3 m de largura. Diminuindo-se a largura em 1,80 m, qual seria o comprimento de outra tela fabricada com a mesma quantidade de arame? a) 48 m b) 50m c) 5 m d) 54 m e) n.d.a. 18. Para azulejar uma parede de 15 m de área foram usados 300 azulejos. Quantos azulejos iguais a esses seriam usados para azulejar uma parede retangular de 8 m por 3 m? a) 479 b) 500 c) 566 d) 480 e) n.d.a. 19. A velocidade de um automóvel é de 7 km/h. Qual seria a sua velocidade em m/s? a) b) 18 c) 3 d) 0 e) n.d.a. 0. Um terreno retangular tem 10 m de frente por 40 m de lateral. Se diminuirmos m da frente do terreno, quantos m devemos aumentar ao comprimento a fim de conservar a sua área? a) 11 m b) 1 m c) 10 m d) 9 m e) n.d.a. 1. $ 6 400,00 representam quantos % de $ ,00? a) 3 b) c) 4 d) 5 e) n.d.a alunos representam quantos % de 000 alunos? a) 7,5 b) 6,7 c) 7,1 d) 8,1 e) n.d.a. 3. Uma prova de Matemática tem 50 questões. Um aluno acertou 40 dessas questões. Qual foi a sua taxa de acertos? a) 90% b) 88% c) 77% d) 80% e) n.d.a. 4. A 6ª série C teve, durante todo o ano, 50 aulas de Educação Física. Um aluno faltou a 8 aulas. Qual foi a taxa de faltas desse aluno? a) 1 b) 18 c) 16 d) 14 e) n.d.a. 5. O preço de custo de um objeto é R$ 1 750,00. Sendo esse objeto vendido a R$ 499,00, qual a taxa de lucro sobre o preço de custo? a) 4,8 b) 43,7 c) 39,8 d) 44,0 e) n.d.a. Matemática 43

94 6. Um quadro de futebol disputa 16 partidas, vencendo 10 e empatando. Pede-se : 1º) a taxa de vitórias em relação ao número de partidas disputadas; º) a taxa de empates em relação ao número de partidas disputadas. a) 6,5 e 1,5 b) 61,0 e 11,9 c) 63,1 e 13,3 d) 6,1 e 11,9 e) n.d.a. 7. Em 1980, a população de uma cidade era de habitantes. Em 1981, a população da mesma cidade é de 6190 habitantes. Qual foi a taxa de crescimento populacional em relação à de 1980? a) 4,1 b) 3,1 c) 3, d) 1,9 e) n.d.a. 8. Dos candidatos que inscreveram-se para o vestibular na PUC.SP. Foram aprovados Qual a taxa de aprovação? a) 67 b) 71 c) 66 d) 64 e) n.d.a. 9. Em dezembro de 1996, o preço da gasolina passou de R$ 0,45 para R$ 0,51 o litro. De quanto % foi o aumento? a) 13,3 b) 1,9 c) 11,8 d) 14,1 e) n.d.a. 30. Na compra de uma bicicleta, cujo preço é R$ 180,00, dá-se um desconto de R$ 7,00. De quanto % é o desconto dado? a) 17 b) 15 c) 13 d) 11 e) n.d.a. 31. $ 300,00 representam 4% de uma quantia x. Qual é o valor de x? a) 130 b) 150 c) 1145 d) 13 e) n.d.a. 3. Numa prova de Matemática, um aluno acertou 36 questões, o que corresponde a 7% do número das questões. Quantas questões havia na prova? a) 44 b) 48 c) 50 d) 53 e) n.d.a. 33. Num colégio X, 50 alunos estudam no período da manhã, o que corresponde a 65% do número total de alunos do colégio. Quantos alunos tem esse colégio? a) 861 b) 98 c) 870 d) 800 e) n.d.a. 34. Uma peça de ouro foi vendida com um lucro de $ 300,00. Sabe-se que essa quantia representa 5% do preço de custo da peça. Qual o preço de custo e por quanto foi vendida essa peça? a) 100 e 1500 b) 10 e 1488 c) 1180 e 150 d) 1190 e 1980 e) n.d.a. 35. Uma salina produz 18% de sal em volume de água que é levada a evaporar. Para produzir 117 m 3 de sal, quantos m 3 de água são necessários? a) 750 b) 587 c) 710 d) 650 e) n.d.a. 36. Na 6ª série B, 6 alunos foram reprovados, o que representa 15% do número de alunos da classe. Quantos alunos há na 6ª série B? a) 38 b) 4 c) 40 d) 45 e) n.d.a. 37. Na compra a prazo de um aparelho, há um acréscimo de R$ 150,00, o que corresponde a 30% do preço a vista do aparelho, Qual é o preço a vista do aparelho, e quanto vou pagar? a) 500 e 640 b) 510 e 630 c) 530 e 678 d) 500 e 650 e) n.d.a. 38. Para assoalhar uma casa foram necessárias 18 dúzias de tábuas de metros e 30 centímetros de comprimento por 10 centímetros de largura. Quantas tábuas seriam necessárias para assoalhar a mesma casa se elas tivessem 1 metro e 80 centímetros de comprimento por 3 decímetros de largura? a) 9 b) 104 c) 98 d) 89 e) Uma torneira pode encher um tanque em 9 horas e outra pode encher o mesmo tanque em 1 horas. Se essas duas torneiras funcionassem juntas e, com elas, mais uma terceira torneira, o tanque ficaria cheio em 4 horas. Em quantas horas a terceira torneira, funcionando sozinha, encheria o tanque? a) 18 horas b) 0 c) d) 16 e) 18h 30min 15s 40. As rodas traseiras de um carro têm 3,5 metros de circunferência. Enquanto as rodas dianteiras dão 0 voltas, as traseiras dão somente 1. Qual é a circunferência das rodas dianteiras? a) 1,95 m b),05 c) 1,88 d) 1,90 e),01 Matemática 44

95 41. Um viajante vai da cidade X à cidade Z em um trem que faz 60 km/h e volta em outro cuja velocidade é de 96 km/h, Sabendo-se que a viagem de ida e volta durou, ao todo, 9 horas e 58 minutos, perguntase: qual a distância entre as duas cidades? a) 368 b) 388 c) 40 d) 379 e) Certa máquina, trabalhando 1 horas por dia, consome, em 30 dias, quilos de carvão. Qual o custo do carvão gasto por essa máquina durante 90 dias, sabendo-se que nesse período trabalhou 1 horas e 30 minutos por dia e que cada tonelada de carvão custou R$ ? a) 4.450,00 b) 5.000,00 c) 3.450,00 d).980,00 e) 4.680, Se um homem caminha à razão de 4 quilômetros e 500 metros por hora, em quantas horas, minutos e segundos, percorrerá a distância de 14 quilômetros e 415 metros? a) 3h 1min 1s b) 3h 11min 19s c) h 59min s d) 3h 1min 5s e) n.d.a. 44. Sabendo que 3/4 de certa obra foram feitos por 33 pessoas em 1 ano de trabalho, determinar quantas pessoas seriam necessárias para fazer a obra toda em metade do tempo. a) 91 b) 88 c) 79 d) 85 e) n.d.a. 45. Sabendo que três operários, trabalhando 7 horas por dia, durante dias, fizeram 16 metros de certa obra, calcular quantos metros da mesma obra farão dois operários, trabalhando 5 dias a 3 horas por dia. a) 88 b) 9 c) 98 d) 95 e) operários, trabalhando 8 horas diárias durante 15 dias, fizeram um muro de 0 metros de comprimento, 1 metro e 80 centímetros de altura e 30 centímetros de espessura. Quantos operários seriam necessários para a construção de outro muro de 30 metros de comprimento, metros de altura e 7 centímetros de espessura, se eles trabalhassem 9 horas por dia durante 18 dias? a) 33 b) 37 c) 9 d) 7 e) Vinte e cinco tecelões, trabalhando 7 horas por dia, durante 18 dias, fizeram 750 metros de certo tecido. Quantos tecelões, trabalhando 9 horas por dia, durante 14 dias, seriam necessários para fazer 630 metros do mesmo tecido? a) 3 b) 4 c) 1 d) 17 e) O volante de uma máquina, dando 318 voltas em 6 minutos, põe em movimento uma fieira que produz 65 metros de tecido em 60 minutos. Que tempo será preciso para fabricar 564 metros de tecido, se o volante der 376 voltas em 4 minutos? a) 75 min b) 7 min c) 69 d) 65 e) n.d.a. 51. Certo capital, acrescido de juros de 6,5% a.a. em 1 ano e 4 meses, importa em $ 7 84,00. Determinar o capital. a) 7.00,00 b) 6,980,00 c) 7.430,00 d) 8.00,00 e) n.d.a. 5. Um capital, com os juros correspondentes a 5 meses, eleva-se a R$ 748,5. O mesmo capital, com os juros correspondentes a 8 meses, eleva-se a R$ 759,0. Determinar o capital. a) 770,00 b) 760,00 c) 695,00 d) 730,00 e) n.d.a. 46. Trabalhando 4 horas diárias, durante 18 dias, 64 operários abriram uma vala de 36 metros de comprimento, em terreno de dureza 3. Determinar o comprimento de outra vala, aberta por 56 operários, que trabalharam 5 horas por dia, durante 16 dias, em terreno de dureza. a) 61,4 b) 49,8 c) 5,5 d) 49,1 e) n.d.a. 47. Uma torneira que jorra 1.035,5 litros de água por hora enche certo reservatório em 1 horas. Determinar em quanto tempo outra torneira, que jorra 0 litros por minuto, encheria o mesmo reservatório. a) 10h 1min 18s b) 11h 10min 1s c) 9h 31min 17s d) 10h 17min 3s e) n.d.a. 53. Determinar o capital e os juros cuja soma, no fim de 5 meses, à taxa de 5,5% a.a., atingiu R$ ,00. a) 17.80,00 e 396,00 b) , ,00 c) ,00 e 385,00 d) ,00 e 411,00 e) n.d.a. 54. Qual é o capital que, acrescido dos seus juros produzidos em 70 dias, à taxa de 4,5% a.a., se eleva a R$ ,50? a) ,00 b) ,0 c) ,00 d) ,00 e) n.d.a. Matemática 45

96 55. Uma pessoa aplicou $ ,00 do seguinte modo: $ ,00 a 5% a.a. e $ 4 000,00 a uma taxa desconhecida. Sabendo-se que, no fim de meio ano, a primeira importância tinha rendido $15,00 a mais do que a segunda, pergunta-se: a que taxa esta última foi aplicada? a) 8,3% a.a. b) 7,5 c) 6,7 d) 6,9 e) n.d.a. 56. A soma de um capital com os seus juros, aplicado durante 110 dias, à taxa de 7% a.a., é igual a R$ 553,47. Determinar o valor dos juros, considerando-se o ano com 360 dias. a) 53,47 b) 51,1 c) 49, d) 48,98 e) n.d.a. 57. Determinar a que taxa mensal esteve aplicado um capital de R$ ,00 que, em 3 meses e 0 dias, rendeu R$ 440,00 de juros. a) 0,5% a.m. b) 0,40 c) 0,34 d) 0,1 e) 0, Certo capital, acrescido dos juros resultantes de sua aplicação durante 8 meses, eleva-se a R$ 3 100,00. O mesmo capital, acrescido dos juros resultantes de 13 meses de aplicação, à mesma taxa, eleva-se a R$ 3 475,00. Calcular o capital e a taxa anual. a).500,00 e 4% a.a. b) 1.000,00 e 5% c) 3.650,00 e 5% d) 1.654,00 e 4% e) n.d.a. Matemática 1. A. A 3. A 4. D 5. C 6. D 7. A 8. A 9. A 10. D 11. C 1. B 13. C 14. A 15. B 16. A 17. B 18. D 19. D 0. C GABARITO 1. B. A 3. D 4. C 5. A 6. A 7. C 8. D 9. A 30. B 31. B 3. C 33. D 34. A 35. D 36. C 37. D 38. A 39. A 40. A 41. A 4. A 43. A 44. B 45. E 46. C 47. A 48. E 49. C 50. B 51. A 5. D 53. A 54. D 55. B 56. A 57. A 58. A 46

97 O Sistema Nacional de Trânsito: competências dos diferentes órgãos executivos e das diferentes entidades da federação. Normas gerais de circulação e conduta. Sinalização de trânsito. Veículos: registro, licenciamento, condução de ambulâncias. Habilitação. Infrações, penalidades, medidas administrativas, processo administrativo, crimes de trânsito. Distribuição de competência dos órgãos executivos de trânsito. LEI Nº 9.503, DE 3 DE SETEMBRO DE Institui o Código de Trânsito Brasileiro CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro. 4º (VETADO) 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente. Art. º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas. Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente mencionadas. Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO Seção I Disposições Gerais Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades. Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito: I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento; II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a execução das atividades de trânsito; III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema. Seção II Da Composição e da Competência do Sistema Nacional de Trânsito Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades: I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo; II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e coordenadores; III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; V - a Polícia Rodoviária Federal; VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI. Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessionária de porto organizado poderá celebrar convênios com os órgãos previstos no art. 7o, com a interveniência dos Municípios e Estados, juridicamente interessados, para o fim específico de facilitar a autuação por descumprimento da legislação de trânsito. (Incluído pela Lei nº 1.058, de 009) 1o O convênio valerá para toda a área física do porto organizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados, nas estações de transbordo, nas instalações portuárias públicas de pequeno porte e nos respectivos estacionamentos ou vias de trânsito internas. (Incluído pela Lei nº 1.058, de 009) o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 1.058, de 009) 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 1.058, de 009) Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites circunscricionais de suas atuações. Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de trânsito da União. Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte composição: (Redação dada pela Lei nº 1.865, de 013) I - (VETADO) II - (VETADO) III - um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia; IV - um representante do Ministério da Educação e do Desporto; V - um representante do Ministério do Exército; 1

98 VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal; VII - um representante do Ministério dos Transportes; VIII - (VETADO) IX - (VETADO) X - (VETADO) XI - (VETADO) XII - (VETADO) XIII - (VETADO) XIV - (VETADO) XV - (VETADO) XVI - (VETADO) XVII - (VETADO) XVIII - (VETADO) XIX - (VETADO) XX - um representante do ministério ou órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; XXI - (VETADO) XXII - um representante do Ministério da Saúde. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça. (Incluído pela Lei nº , de 008) XXIV - 1 (um) representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; (Incluído pela Lei nº 1.865, de 013) XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). (Incluído pela Lei nº 1.865, de 013) 1º (VETADO) º (VETADO) 3º (VETADO) Art. 11. (VETADO) Art. 1. Compete ao CONTRAN: I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a integração de suas atividades; III - (VETADO) IV - criar Câmaras Temáticas; V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE; VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI; VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas contidas neste Código e nas resoluções complementares; VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a imposição, a arrecadação e a compensação das multas por infrações cometidas em unidade da Federação diferente da do licenciamento do veículo; IX - responder às consultas que lhe forem formuladas, relativas à a- plicação da legislação de trânsito; X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, habilitação, expedição de documentos de condutores, e registro e licenciamento de veículos; XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito; XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões das instâncias inferiores, na forma deste Código; XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando necessário, unificar as decisões administrativas; e XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal. Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado. 1º Cada Câmara é constituída por especialistas representantes de órgãos e entidades executivos da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além de especialistas representantes dos diversos segmentos da sociedade relacionados com o trânsito, todos indicados segundo regimento específico definido pelo CONTRAN e designados pelo ministro ou dirigente coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito. º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN. 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão eleitos pelos respectivos membros. 4º (VETADO) I - (VETADO) II - (VETADO) III - (VETADO) IV - (VETADO) Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE: I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito das respectivas atribuições; II - elaborar normas no âmbito das respectivas competências; III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação e dos procedimentos normativos de trânsito; IV - estimular e orientar a execução de campanhas educativas de trânsito; V - julgar os recursos interpostos contra decisões: a) das JARI; b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão física, mental ou psicológica; VI - indicar um representante para compor a comissão examinadora de candidatos portadores de deficiência física à habilitação para conduzir veículos automotores; VII - (VETADO) VIII - acompanhar e coordenar as atividades de administração, educação, engenharia, fiscalização, policiamento ostensivo de trânsito, formação de condutores, registro e licenciamento de veículos, articulando os órgãos do Sistema no Estado, reportando-se ao CONTRAN; IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito dos Municípios; e X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exigências definidas nos 1º e º do art XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de reavaliação dos exames, junta especial de saúde para examinar os candidatos

99 à habilitação para conduzir veículos automotores. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa. Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE são nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente, e deverão ter reconhecida experiência em matéria de trânsito. 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente. º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito. 3º O mandato dos membros do CETRAN e do CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução. Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo julgamento dos recursos interpostos contra penalidades por eles impostas. Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observado o disposto no inciso VI do art. 1, e apoio administrativo e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual funcionem. Art. 17. Compete às JARI: I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários informações complementares relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida; III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e e- xecutivos rodoviários informações sobre problemas observados nas autuações e apontados em recursos, e que se repitam sistematicamente. Art. 18. (VETADO) Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União: I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, no âmbito de suas atribuições; II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e executando o controle de ações para a preservação do ordenamento e da segurança do trânsito; IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a administração pública ou privada, referentes à segurança do trânsito; V - supervisionar a implantação de projetos e programas relacionados com a engenharia, educação, administração, policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à uniformidade de procedimento; VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e habilitação de condutores de veículos, a expedição de documentos de condutores, de registro e licenciamento de veículos; VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal; VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de Habilitação - RENACH; IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM; X - organizar a estatística geral de trânsito no território nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais órgãos e promover sua divulgação; 3 XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do trânsito; XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à segurança e à educação de trânsito; XIII - coordenar a administração da arrecadação de multas por infrações ocorridas em localidade diferente daquela da habilitação do condutor infrator e em unidade da Federação diferente daquela do licenciamento do veículo; XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito informações sobre registros de veículos e de condutores, mantendo o fluxo permanente de informações com os demais órgãos do Sistema; XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as diretrizes do CON- TRAN, a elaboração e a implementação de programas de educação de trânsito nos estabelecimentos de ensino; XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a educação de trânsito; XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o trânsito; XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração da sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito; XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manuais e normas de projetos de implementação da sinalização, dos dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo CONTRAN; XX - expedir a permissão internacional para conduzir veículo e o certificado de passagem nas alfândegas, mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal; XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a representação do Brasil em congressos ou reuniões internacionais; XXII - propor acordos de cooperação com organismos internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações inerentes à segurança e educação de trânsito; XXIII - elaborar projetos e programas de formação, treinamento e especialização do pessoal encarregado da execução das atividades de engenharia, educação, policiamento ostensivo, fiscalização, operação e administração de trânsito, propondo medidas que estimulem a pesquisa científica e o ensino técnico-profissional de interesse do trânsito, e promovendo a sua realização; XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito interestadual e internacional; XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e montagem de veículos, consoante sua destinação; XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do código marca-modelo dos veículos para efeito de registro, emplacamento e licenciamento; XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e financeiro ao CONTRAN. 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra a administração pública, o órgão executivo de trânsito da União, mediante aprovação do CONTRAN, assumirá diretamente ou por delegação, a execução total ou parcial das

100 atividades do órgão executivo de trânsito estadual que tenha motivado a investigação, até que as irregularidades sejam sanadas. º O regimento interno do órgão executivo de trânsito da União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu funcionamento. 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os dados estatísticos para os fins previstos no inciso X. Art. 0. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodovias e estradas federais: I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros; III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os valores provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas; IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas; V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível; VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções e instalações não autorizadas; VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário federal; VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e Educação de Trânsito; IX - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade da Federação; XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais. Art. 1. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os equipamentos de controle viário; IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de trânsito e suas causas; V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas; VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar; IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas; X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; XI - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade da Federação; XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando solicitado; XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observados para a circulação desses veículos. Parágrafo único. (VETADO) Art.. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição: I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito das respectivas atribuições; II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do órgão federal competente; III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veículos, expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Anual, mediante delegação do órgão federal competente; IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI e VIII do art. 4, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito; VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII do art. 4, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de veículos e objetos; VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas; X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de atividades previstas na legislação de trânsito, na forma estabelecida em norma do CONTRAN; 4

101 XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; XII - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade da Federação; XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins de imposição e notificação de penalidades e de arrecadação de multas nas áreas de suas competências; XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais locais; XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN. Art. 3. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal: I - (VETADO) II - (VETADO) III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes credenciados; IV - (VETADO) V - (VETADO) VI - (VETADO) VII - (VETADO) Parágrafo único. (VETADO) Art. 4. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os equipamentos de controle viário; IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os acidentes de trânsito e suas causas; V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito; VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar; IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas; X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento rotativo pago nas vias; XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas; XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível; XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários dos condutores de uma para outra unidade da Federação; XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; XV - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; XVI - planejar e implantar medidas para redução da circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de diminuir a emissão global de poluentes; XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclomotores, veículos de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações; XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de propulsão humana e de tração animal; XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN; XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas de órgão ambiental local, quando solicitado; XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observados para a circulação desses veículos. 1º As competências relativas a órgão ou entidade municipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou entidade executivos de trânsito. º Para exercer as competências estabelecidas neste artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código. Art. 5. Os órgãos e entidades executivos do Sistema Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as atividades previstas neste Código, com vistas à maior eficiência e à segurança para os usuários da via. Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito poderão prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento dos custos apropriados. CAPÍTULO III DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA Art. 6. Os usuários das vias terrestres devem: I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas; 5

102 II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. Art. 7. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino. Art. 8. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. Art. 9. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas: I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas; II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas; III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem: a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por ela; b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor; IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade; V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as demais normas de circulação; VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local; c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência; d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código; VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN; IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda; X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que: a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo; b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencional de braço; b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou; XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação. 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda como pela da direita. º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres. Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança. Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres. Art. 3. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar ultrapassagem. Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade. Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço. Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos. 6

103 Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando. Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança. Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá: I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no menor espaço possível; II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido. Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem. Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas. Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações: I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de iluminação pública; II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo; III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança para os veículos que circulam no sentido contrário; IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou cerração; V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações: a) em imobilizações ou situações de emergência; b) quando a regulamentação da via assim o determinar; VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de placa; VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias. Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e a noite. Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações: I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes; II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. Art. 4. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões de segurança. Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos para a via, além de: I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade anormalmente reduzida; II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja perigo iminente; III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade. Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência. Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal. Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no leito viário, em situação de emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres. Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é considerada estacionamento. Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meiofio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas. 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados fora da pista de rolamento. º O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que determine outra condição. 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste Código ou naqueles regulamentados por sinalização específica. Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para outros usuários da via. Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor. Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por unidades autônomas, a sinalização de regulamentação da via será implantada e mantida às expensas do condomínio, após aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. Art. 5. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles destinada, devendo seus condutores obedecer, no que couber, às normas de circulação previstas neste Códi- 7

104 go e às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular nas vias quando conduzidos por um guia, observado o seguinte: I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns dos outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito; II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão ser mantidos junto ao bordo da pista. Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias: I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores; II - segurando o guidom com as duas mãos; III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN. Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser transportados: I - utilizando capacete de segurança; II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do condutor; III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN. Art. 56. (VETADO) Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que não houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa adjacente à da direita. Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores. Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa. Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bicicletas nos passeios. Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em: I - vias urbanas: a) via de trânsito rápido; b) via arterial; c) via coletora; d) via local; II - vias rurais: a) rodovias; b) estradas. Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito. 8 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de: I - nas vias urbanas: a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido: b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras; d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; II - nas vias rurais: a) nas rodovias: 1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas; (Redação dada pela Lei nº , de 003) ) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus; 3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos; b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora. º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo anterior. Art. 6. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via. Art. 63. (VETADO) Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem ser transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções regulamentadas pelo CONTRAN. Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN. Art. 66. (VETADO) Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de: I - autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas; II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via; III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros; IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacionais em que o órgão ou entidade permissionária incorrerá. Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do contrato de seguro. CAPÍTULO III-A (Incluído Lei nº 1.619, de 01) CAPÍTULO III-A DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIONAIS Art. 67-A. É vedado ao motorista profissional, no exercício de sua profissão e na condução de veículo mencionado no inciso II do art. 105 deste Código, dirigir por mais de 4 (quatro) horas ininterruptas. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) 1o Será observado intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas ininterruptas na condução de veículo referido no caput, sendo facultado o fracionamento do tempo de direção e do intervalo de descanso, desde que não completadas 4 (quatro) horas contínuas no exercício da condução. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) o Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção estabelecido no caput e desde que não comprometa a

105 segurança rodoviária, o tempo de direção poderá ser prorrogado por até 1 (uma) hora, de modo a permitir que o condutor, o veículo e sua carga cheguem a lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) 3o O condutor é obrigado a, dentro do período de 4 (vinte e quatro) horas, observar um intervalo de, no mínimo, 11 (onze) horas de descanso, podendo ser fracionado em 9 (nove) horas mais (duas), no mesmo dia. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução de veículo apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao volante de um veículo em curso entre a origem e o seu destino, respeitado o disposto no 1o, sendo-lhe facultado descansar no interior do próprio veículo, desde que este seja dotado de locais apropriados para a natureza e a duração do descanso exigido. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) 5o O condutor somente iniciará viagem com duração maior que 1 (um) dia, isto é, 4 (vinte e quatro) horas após o cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no 3o. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) 6o Entende-se como início de viagem, para os fins do disposto no 5o, a partida do condutor logo após o carregamento do veículo, considerando-se como continuação da viagem as partidas nos dias subsequentes até o destino. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) 7o Nenhum transportador de cargas ou de passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente de cargas permitirá ou ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo referido no caput sem a observância do disposto no 5o. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) 8o (VETADO). (Incluído Lei nº 1.619, de 01) Art 67-B. VETADO). (Incluído Lei nº 1.619, de 01) Art. 67-C. O motorista profissional na condição de condutor é responsável por controlar o tempo de condução estipulado no art. 67-A, com vistas na sua estrita observância. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) Parágrafo único. O condutor do veículo responderá pela não observância dos períodos de descanso estabelecidos no art. 67-A, ficando sujeito às penalidades daí decorrentes, previstas neste Código. (Incluído Lei nº 1.619, de 01) Art. 67-D. (VETADO). (Incluído Lei nº 1.619, de 01) CAPÍTULO IV DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres. 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres. º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível a utilização destes, a circulação de pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida. 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for possível a utilização dele, a circulação de pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida. 4º (VETADO) 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o acostamento. 9 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de pedestres. Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas existirem numa distância de até cinquenta metros dele, observadas as seguintes disposições: I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista: a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das luzes; b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos; III - nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via na continuação da calçada, observadas as seguintes normas: a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade. Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código. Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos. Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização. CAPÍTULO V DO CIDADÃO Art. 7. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este Código. Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao solicitante quando tal evento ocorrerá. Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais solicitações. CAPÍTULO VI DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito. 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito. º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.

106 Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias escolares, feriados prolongados e à Semana Nacional de Trânsito. 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito deverão promover outras campanhas no âmbito de sua circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais. º As campanhas de que trata este artigo são de caráter permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi-las gratuitamente, com a frequência recomendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito. Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação. Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá: I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de trânsito; II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de professores e multiplicadores; III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito; IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na área de trânsito. Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente de trânsito. Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76. Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos instituídos nos arts. 77- B a 77-E para a veiculação de mensagens educativas de trânsito em todo o território nacional, em caráter suplementar às campanhas previstas nos arts. 75 e 77. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou promoção, nos meios de comunicação social, de produto oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá, obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser conjuntamente veiculada. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). 1o Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se produtos oriundos da indústria automobilística ou afins: (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). I os veículos rodoviários automotores de qualquer espécie, incluídos os de passageiros e os de carga; (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). II os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos veículos mencionados no inciso I. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). o O disposto no caput deste artigo aplica-se à propaganda de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante do produto, em qualquer das seguintes modalidades: (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). I rádio; (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). II televisão; (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). III jornal; (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). IV revista; (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). V outdoor. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). 3o Para efeito do disposto no o, equiparam-se ao fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o revendedor autorizado dos veículos e demais produtos discriminados no 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada em outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art. 77-B estende-se à propaganda de qualquer tipo de produto e anunciante, inclusive àquela de caráter institucional ou eleitoral. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se refere o art. 75. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui infração punível com as seguintes sanções: (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). I advertência por escrito; (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). II suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias; (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). III multa de (um mil) a (cinco mil) vezes o valor da U- nidade Fiscal de Referência (Ufir), ou unidade que a substituir, cobrada do dobro até o quíntuplo, em caso de reincidência. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). 1o As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativamente, conforme dispuser o regulamento. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, qualquer infração acarretará a imediata suspensão da veiculação da peça publicitária até que sejam cumpridas as exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D. (Incluído pela Lei nº 1.006, de 009). Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas destinados à prevenção de acidentes. Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos valores arrecadados destinados à Previdência Social, do Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas de que trata este artigo. Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão firmar convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo. CAPÍTULO VII DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via, sinalização prevista neste Código e em legislação complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a utilização de qualquer outra. 1º A sinalização será colocada em posição e condições que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, conforme normas e especificações do CONTRAN. 10

107 º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experimental e por período prefixado, a utilização de sinalização não prevista neste Código. Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que possam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização e comprometer a segurança do trânsito. Art. 8. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se relacionem com a mensagem da sinalização. Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha colocado. Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas no leito da via. Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas, estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter suas entradas e saídas devidamente identificadas, na forma regulamentada pelo CON- TRAN. Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: I - verticais; II - horizontais; III - dispositivos de sinalização auxiliar; IV - luminosos; V - sonoros; VI - gestos do agente de trânsito e do condutor. Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições adequadas de segurança na circulação. Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras deverá ser a- fixada sinalização específica e adequada. Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais; II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito. Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta. 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação. º O CONTRAN editará normas complementares no que se refere à interpretação, colocação e uso da sinalização. CAPÍTULO VIII DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos a serem adotados em todo o território nacional quando da implementação das soluções adotadas pela Engenharia de Tráfego, assim como padrões a serem praticados por todos os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. Art. 9. (VETADO) Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transformar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e sem que do projeto conste área para estacionamento e indicação das vias de acesso adequadas. Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente sinalizado. Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações transversais e de sonorizadores como redutores de velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN. Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via. 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução ou manutenção da obra ou do evento. º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por intermédio dos meios de comunicação social, com quarenta e oito horas de antecedência, de qualquer interdição da via, indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados. 3º A inobservância do disposto neste artigo será punida com multa que varia entre cinquenta e trezentas UFIR, independentemente das cominações cíveis e penais cabíveis. 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a autoridade de trânsito aplicará multa diária na base de cinquenta por cento do dia de vencimento ou remuneração devida enquanto permanecer a irregularidade. CAPÍTULO IX DOS VEÍCULOS Seção I Disposições Gerais Art. 96. Os veículos classificam-se em: I - quanto à tração: a) automotor; b) elétrico; c) de propulsão humana; d) de tração animal; e) reboque ou semi-reboque; II - quanto à espécie: a) de passageiros: 1 - bicicleta; - ciclomotor; 3 - motoneta; 4 - motocicleta; 5 - triciclo; 6 - quadriciclo; 7 - automóvel; 8 - microônibus; 11

108 9 - ônibus; 10 - bonde; 11 - reboque ou semi-reboque; 1 - charrete; b) de carga: 1 - motoneta; - motocicleta; 3 - triciclo; 4 - quadriciclo; 5 - caminhonete; 6 - caminhão; 7 - reboque ou semi-reboque; 8 - carroça; 9 - carro-de-mão; c) misto: 1 - camioneta; - utilitário; 3 - outros; d) de competição; e) de tração: 1 - caminhão-trator; - trator de rodas; 3 - trator de esteiras; 4 - trator misto; f) especial; g) de coleção; III - quanto à categoria: a) oficial; b) de representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao Governo brasileiro; c) particular; d) de aluguel; e) de aprendizagem. Art. 97. As características dos veículos, suas especificações básicas, configuração e condições essenciais para registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em função de suas aplicações. Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização da autoridade competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas características de fábrica. Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usados que sofrerem alterações ou conversões são obrigados a atender aos mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e ruído previstos pelos órgãos ambientais competentes e pelo CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações e ao proprietário do veículo a responsabilidade pelo cumprimento das exigências. Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo CONTRAN. 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma estabelecida pelo CONTRAN. 1 º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma estabelecida pelo CONTRAN. 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem de veículos serão aferidos de acordo com a metodologia e na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade de metrologia legal. Art Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá transitar com lotação de passageiros, com peso bruto total, ou com peso bruto total combinado com peso por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade máxima de tração da unidade tratora. Parágrafo único. O CONTRAN regulamentará o uso de pneus extralargos, definindo seus limites de peso. Art Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial. º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causar à via ou a terceiros. 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. Art. 10. O veículo de carga deverá estar devidamente equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento da carga sobre a via. Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de acordo com a sua natureza. Seção II Da Segurança dos Veículos Art O veículo só poderá transitar pela via quando atendidos os requisitos e condições de segurança estabelecidos neste Código e em normas do CONTRAN. 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de segurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas condições estabelecidas pelo CONTRAN. º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os montadores e os encarroçadores comprovem o atendimento aos requisitos de segurança veicular, devendo, para isso, manter disponíveis a qualquer tempo os resultados dos testes e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos pela legislação de segurança veicular. Art Os veículos em circulação terão suas condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e ruído. 1º (VETADO) º (VETADO) 3º (VETADO) 4º (VETADO) 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de emissão de gases poluentes e ruído.

109 Art São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN: I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé; II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN; IV - (VETADO) V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN. VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo. VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal para o condutor e o passageiro do banco dianteiro. (Incluído pela Lei nº , de 009) 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações técnicas. º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas previstas neste Código. 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os encarroçadores de veículos e os revendedores devem comercializar os seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais estabelecidos pelo CONTRAN. 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento do disposto neste artigo. 5o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste artigo será progressivamente incorporada aos novos projetos de automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados, importados, montados ou encarroçados, a partir do 1o (primeiro) ano após a definição pelo Contran das especificações técnicas pertinentes e do respectivo cronograma de implantação e a partir do 5o (quinto) ano, após esta definição, para os demais automóveis zero quilômetro de modelos ou projetos já existentes e veículos deles derivados. (Incluído pela Lei nº , de 009) 6o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação. (Incluído pela Lei nº , de 009) Art No caso de fabricação artesanal ou de modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será exigido, para licenciamento e registro, certificado de segurança expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo CONTRAN. Art Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa atividade. Art Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou misto, desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN. Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autoridade pública responsável deverá implantar o serviço regular de transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente e com os dispositivos deste Código. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) Art O transporte de carga em veículos destinados ao transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN. Art O veículo que tiver alterada qualquer de suas características para competição ou finalidade análoga só poderá circular nas vias públicas com licença especial da autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados. Art É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: I - (VETADO) II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos retrovisores em ambos os lados. III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança do veículo, na forma de regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos condutores em toda a extensão do pára-brisa e da traseira dos veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito. Art. 11. (Revogado pela Lei nº 9.79, de 1999) Art Os importadores, as montadoras, as encarroçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis civil e criminalmente por danos causados aos usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de falhas oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados na sua fabricação. Seção III Da Identificação do Veículo Art O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN. 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado. º As regravações, quando necessárias, dependerão de prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e somente serão processadas por estabelecimento por ela credenciado, mediante a comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano de fabricação. 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça, modificações da identificação de seu veículo. Art O veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN. 1º Os caracteres das placas serão individualizados para cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo vedado seu reaproveitamento. º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira Nacional serão usadas somente pelos veículos de representação pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da República, dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República. 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembleias Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças Armadas terão placas especiais, de acordo com os modelos estabelecidos pelo CONTRAN. 13

110 4º Os aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção ou de pavimentação são sujeitos, desde que lhes seja facultado transitar nas vias, ao registro e licenciamento da repartição competente, devendo receber numeração especial. 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso bélico. 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da placa dianteira. 7o Excepcionalmente, mediante autorização específica e fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos utilizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que exerçam competência ou atribuição criminal poderão temporariamente ter placas especiais, de forma a impedir a identificação de seus usuários específicos, na forma de regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 1.694, de 01) Art Os veículos de propriedade da União, dos Estados e do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados, somente quando estritamente usados em serviço reservado de caráter policial, poderão usar placas particulares, obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela legislação que regulamenta o uso de veículo oficial. Art Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo com sua classificação. CAPÍTULO X DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL Art A circulação de veículo no território nacional, independentemente de sua origem, em trânsito entre o Brasil e os países com os quais exista acordo ou tratado internacional, reger-se-á pelas disposições deste Código, pelas convenções e acordos internacionais ratificados. Art As repartições aduaneiras e os órgãos de controle de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a entrada e saída temporária ou definitiva de veículos. Parágrafo único. Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacional sem prévia quitação de débitos de multa por infrações de trânsito e o ressarcimento de danos que tiverem causado a bens do patrimônio público, respeitado o princípio da reciprocidade. CAPÍTULO XI DO REGISTRO DE VEÍCULOS Art. 10. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deve ser registrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei. 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de propriedade da administração direta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veículo será registrado, excetuando-se os veículos de representação e os previstos no art º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso bélico. Art. 11. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos e especificações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo as características e condições de invulnerabilidade à falsificação e à adulteração. Art. 1. Para a expedição do Certificado de Registro de Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro do RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes documentos: I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou documento equivalente expedido por autoridade competente; II - documento fornecido pelo Ministério das Relações Exteriores, quando se tratar de veículo importado por membro de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira, de representações de organismos internacionais e de seus integrantes. Art. 13. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando: I - for transferida a propriedade; II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou residência; III - for alterada qualquer característica do veículo; IV - houver mudança de categoria. 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as providências deverão ser imediatas. º No caso de transferência de domicílio ou residência no mesmo Município, o proprietário comunicará o novo endereço num prazo de trinta dias e aguardará o novo licenciamento para alterar o Certificado de Licenciamento Anual. 3º A expedição do novo certificado será comunicada ao órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao RENAVAM. Art. 14. Para a expedição do novo Certificado de Registro de Veículo serão exigidos os seguintes documentos: I - Certificado de Registro de Veículo anterior; II - Certificado de Licenciamento Anual; III - comprovante de transferência de propriedade, quando for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo CONTRAN; IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de características do veículo; V - comprovante de procedência e justificativa da propriedade dos componentes e agregados adaptados ou montados no veículo, quando houver alteração das características originais de fábrica; VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira, de representações de organismos internacionais e de seus integrantes; VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, expedida no Município do registro anterior, que poderá ser substituída por informação do RENAVAM; VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas; IX - (Revogado pela Lei nº 9.60, de 1998) X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no art. 98, quando houver alteração nas características originais do veículo que afetem a emissão de poluentes e ruído; XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de poluentes e ruído, quando for o caso, conforme regulamentações do CONTRAN e do CONAMA. Art. 15. As informações sobre o chassi, o monobloco, os agregados e as características originais do veículo deverão ser prestadas ao RE- NAVAM: I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercialização, no caso de veículo nacional; II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado por pessoa física; 14

111 III - pelo importador, no caso de veículo importado por pessoa jurídica. Parágrafo único. As informações recebidas pelo RENAVAM serão repassadas ao órgão executivo de trânsito responsável pelo registro, devendo este comunicar ao RENAVAM, tão logo seja o veículo registrado. Art. 16. O proprietário de veículo irrecuperável, ou definitivamente desmontado, deverá requerer a baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos pelo CONTRAN, sendo vedada a remontagem do veículo sobre o mesmo chassi, de forma a manter o registro anterior. Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo é da companhia seguradora ou do adquirente do veículo destinado à desmontagem, quando estes sucederem ao proprietário. Art. 17. O órgão executivo de trânsito competente só efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro do RENAVAM. Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá ser esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM. Art. 18. Não será expedido novo Certificado de Registro de Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas. Art. 19. O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana, dos ciclomotores e dos veículos de tração animal obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação municipal do domicílio ou residência de seus proprietários. CAPÍTULO XII DO LICENCIAMENTO Art Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo. 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso bélico. º No caso de transferência de residência ou domicílio, é válido, durante o exercício, o licenciamento de origem. Art O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo CONTRAN. 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente ao registro. º O veículo somente será considerado licenciado estando quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas. 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar sua a- provação nas inspeções de segurança veicular e de controle de emissões de gases poluentes e de ruído, conforme disposto no art Art. 13. Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou entreposto alfandegário e o Município de destino. Art É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual. Art No caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenticada do comprovante de transferência de propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da comunicação. Art Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou empregados em qualquer serviço remunerado, para registro, licenciamento e respectivo emplacamento de característica comercial, deverão estar devidamente autorizados pelo poder público concedente. CAPÍTULO XIII DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES Art Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: I - registro como veículo de passageiros; II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança; III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas; IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira; VI - cintos de segurança em número igual à lotação; VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN. Art A autorização a que se refere o artigo anterior deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo fabricante. Art O condutor de veículo destinado à condução de escolares deve satisfazer os seguintes requisitos: I - ter idade superior a vinte e um anos; II - ser habilitado na categoria D; III - (VETADO) IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias durante os doze últimos meses; V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN. Art O disposto neste Capítulo não exclui a competência municipal de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos, para o transporte de escolares. CAPÍTULO XIII-A DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias moto-frete somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) I registro como veículo da categoria de aluguel; (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) II instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito Contran; (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) 15

112 III instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos termos de regulamentação do Contran; (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) IV inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança. (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) 1o A instalação ou incorporação de dispositivos para transporte de cargas deve estar de acordo com a regulamentação do Contran. (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) o É proibido o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água mineral, desde que com o auxílio de side-car, nos termos de regulamentação do Contran. (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a competência municipal ou estadual de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos para as atividades de moto-frete no âmbito de suas circunscrições. (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) CAPÍTULO XIV DA HABILITAÇÃO Art A habilitação para conduzir veículo automotor e elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o condutor preencher os seguintes requisitos: I - ser penalmente imputável; II - saber ler e escrever; III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente. Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação serão cadastradas no RENACH. Art O processo de habilitação, as normas relativas à aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos e à autorização para conduzir ciclomotores serão regulamentados pelo CONTRAN. 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios. º (VETADO) Art. 14. O reconhecimento de habilitação obtida em outro país está subordinado às condições estabelecidas em convenções e acordos internacionais e às normas do CONTRAN. Art Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação: I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista; III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas; IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista; V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. (Redação dada pela Lei nº 1.45, de 011) 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias, durante os últimos doze meses. o São os condutores da categoria B autorizados a conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista. (Incluído pela Lei nº 1.45, de 011) 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da combinação de veículos com mais de uma unidade tracionada, independentemente da capacidade de tração ou do peso bruto total. (Renumerado pela Lei nº 1.45, de 011) Art O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o e- quipamento automotor destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E. Art Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos: I - ser maior de vinte e um anos; II - estar habilitado: a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D; e b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitarse na categoria E; III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses; IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN. Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto no inciso IV independe da observância do disposto no inciso III. (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) Art Para conduzir veículos de outra categoria o condutor deverá realizar exames complementares exigidos para habilitação na categoria pretendida. Art O candidato à habilitação deverá submeter-se a exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na seguinte ordem: I - de aptidão física e mental; II - (VETADO) III - escrito, sobre legislação de trânsito; IV - de noções de primeiros socorros, conforme regulamentação do CONTRAN; V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo da categoria para a qual estiver habilitando-se. 1º Os resultados dos exames e a identificação dos respectivos e- xaminadores serão registrados no RENACH. (Renumerado do parágrafo único, pela Lei nº 9.60, de 1998) º O exame de aptidão física e mental será preliminar e renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local de residência ou domicílio do examinado. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) 3o O exame previsto no o incluirá avaliação psicológica preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas no exame referente à primeira habilitação. (Redação dada pela Lei nº , de 001) 16

113 4º Quando houver indícios de deficiência física, mental, ou de progressividade de doença que possa diminuir a capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no º poderá ser diminuído por proposta do perito examinador. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) 5o O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional de Trânsito Contran. (Incluído pela Lei nº , de 001) Art Os exames de habilitação, exceto os de direção veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN. 1º A formação de condutores deverá incluir, obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com o trânsito. º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para Dirigir, com validade de um ano. 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor no término de um ano, desde que o mesmo não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em infração média. 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto no parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o processo de habilitação. 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da prestação do exame de aptidão física e mental. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) Art (VETADO) Art Ao renovar os exames previstos no artigo anterior, o condutor que não tenha curso de direção defensiva e primeiros socorros deverá a eles ser submetido, conforme normatização do CONTRAN. Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e outros conforme normatização do CON- TRAN. Art No caso de reprovação no exame escrito sobre legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da divulgação do resultado. Art. 15. O exame de direção veicular será realizado perante uma comissão integrada por três membros designados pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito, para o período de um ano, permitida a recondução por mais um período de igual duração. 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato. º Os militares das Forças Armadas e Auxiliares que possuírem curso de formação de condutor, ministrado em suas corporações, serão dispensados, para a concessão da Carteira Nacional de Habilitação, dos exames a que se houverem submetido com aprovação naquele curso, desde que neles sejam observadas as normas estabelecidas pelo CON- TRAN. 3º O militar interessado instruirá seu requerimento com ofício do Comandante, Chefe ou Diretor da organização militar em que servir, do qual constarão: o número do registro de identificação, naturalidade, nome, filiação, idade e categoria em que se habilitou a conduzir, acompanhado de cópias das atas dos exames prestados. 4º (VETADO) Art O candidato habilitado terá em seu prontuário a identificação de seus instrutores e examinadores, que serão passíveis de punição conforme regulamentação a ser estabelecida pelo CONTRAN. Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores e examinadores serão de advertência, suspensão e cancelamento da autorização para o exercício da atividade, conforme a falta cometida. Art Os veículos destinados à formação de condutores serão i- dentificados por uma faixa amarela, de vinte centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com a inscrição AUTO- ESCOLA na cor preta. Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, deverá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa branca removível, de vinte centímetros de largura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. Art A formação de condutor de veículo automotor e elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, pertencente ou não à entidade credenciada. Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização para aprendizagem, de acordo com a regulamentação do CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, mental, de primeiros socorros e sobre legislação de trânsito.(incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) Art O CONTRAN regulamentará o credenciamento para prestação de serviço pelas auto-escolas e outras entidades destinadas à formação de condutores e às exigências necessárias para o exercício das atividades de instrutor e examinador. Art (VETADO) Art A aprendizagem só poderá realizar-se: (Vide Lei nº 1.17, de 010) I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão executivo de trânsito; II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado. 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na aprendizagem poderá conduzir apenas mais um acompanhante. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 1.17, de 010). o Parte da aprendizagem será obrigatoriamente realizada durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a carga horária mínima correspondente. (Incluído pela Lei nº 1.17, de 010). Art A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo o território nacional. 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à direção do veículo. º (VETADO) 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Habilitação será regulamentada pelo CONTRAN. 4º (VETADO) 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir somente terão validade para a condução de veículo quando apresentada em original. 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no RENACH. 7º A cada condutor corresponderá um único registro no RENACH, agregando-se neste todas as informações. 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será realizada após quitação de débitos constantes do prontuário do condutor. 9º (VETADO) 17

114 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física e mental. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na vigência do Código anterior, será substituída por ocasião do vencimento do prazo para revalidação do exame de aptidão física e mental, ressalvados os casos especiais previstos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) Art O condutor condenado por delito de trânsito deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN, independentemente do reconhecimento da prescrição, em face da pena concretizada na sentença. 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a juízo da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada ampla defesa ao condutor. º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva estadual de trânsito poderá apreender o documento de habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames realizados. CAPÍTULO XV DAS INFRAÇÕES Art Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código, da legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX. Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas administrativas definidas nas próprias resoluções. Art. 16. Dirigir veículo: I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (três vezes) e apreensão do veículo; II - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir cassada ou com suspensão do direito de dirigir: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes) e apreensão do veículo; III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (três vezes) e apreensão do veículo; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação; IV - (VETADO) V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de trinta dias: Infração - gravíssima; Penalidade - multa; Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado; VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de audição, de prótese física ou as adaptações do veículo impostas por ocasião da concessão ou da renovação da licença para conduzir: Infração - gravíssima; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até o saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor habilitado. 18 Art Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas no artigo anterior: Infração - as mesmas previstas no artigo anterior; Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior; Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do artigo anterior. Art Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 16 tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via: Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 16; Penalidade - as mesmas previstas no art. 16; Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do art. 16. Art Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº , de 008) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº , de 008) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 1 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no 4o do art. 70 da Lei no 9.503, de 3 de setembro de do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 1 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) Art Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator. Art Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de segurança especiais estabelecidas neste Código: Infração - gravíssima; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada. Art Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança: Infração - leve; Penalidade - multa. Art Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação. Art Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos, água ou detritos: Infração - média;

115 Penalidade - multa. Art. 17. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias: Infração - média; Penalidade - multa. Art Disputar corrida por espírito de emulação: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (três vezes), suspensão do direito de dirigir e a- preensão do veículo; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo. Art Promover, na via, competição esportiva, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo. Parágrafo único. As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos condutores participantes. Art Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir manobra perigosa, arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus: Infração - gravíssima; Penalidade - multa, suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo. Art Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo; II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no local; III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia; IV - de adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por policial ou agente da autoridade de trânsito; V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias à confecção do boletim de ocorrência: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação. Art Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes: Infração - grave; Penalidade - multa. Art Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar providências para remover o veículo do local, quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito: Infração - média; Penalidade - multa. Art Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado: 19 I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; II - nas demais vias: Infração - leve; Penalidade - multa. Art Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo. Art Estacionar o veículo: I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta centímetros a um metro: Infração - leve; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento: Infração - gravíssima; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde que devidamente identificados, conforme especificação do CONTRAN: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior: Infração - leve; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:

116 Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada à entrada ou saída de veículos: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; X - impedindo a movimentação de outro veículo: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; XI - ao lado de outro veículo em fila dupla: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto de embarque ou desembarque de passageiros de transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no intervalo compreendido entre dez metros antes e depois do marco do ponto: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; XIV - nos viadutos, pontes e túneis: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; XV - na contramão de direção: Infração - média; Penalidade - multa; XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com peso bruto total superior a três mil e quinhentos quilogramas: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; XVII - em desacordo com as condições regulamentadas especificamente pela sinalização (placa - Estacionamento Regulamentado): Infração - leve; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido Estacionar): Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Estacionar): Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo. 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do veículo. º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o calço de segurança na via. Art. 18. Parar o veículo: I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal: Infração - média; Penalidade - multa; II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta centímetros a um metro: Infração - leve; Penalidade - multa; III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro: Infração - média; Penalidade - multa; IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código: Infração - leve; Penalidade - multa; V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamento: Infração - grave; Penalidade - multa; VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento e marcas de canalização: Infração - leve; Penalidade - multa; VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres: Infração - média; Penalidade - multa; VIII - nos viadutos, pontes e túneis: Infração - média; Penalidade - multa; IX - na contramão de direção: Infração - média; Penalidade - multa; X - em local e horário proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido Parar): Infração - média; Penalidade - multa. 0

117 Art Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso: Infração - média; Penalidade - multa. Art Transitar com o veículo: I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à direita: Infração - leve; Penalidade - multa; II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo: Infração - grave; Penalidade - multa. Art Quando o veículo estiver em movimento, deixar de conservá-lo: I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamentação, exceto em situações de emergência; II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte: Infração - média; Penalidade - multa. Art Transitar pela contramão de direção em: I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário, respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido contrário: Infração - grave; Penalidade - multa; II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único de circulação: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art Transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação estabelecida pela autoridade competente: I - para todos os tipos de veículos: Infração - média; Penalidade - multa; Art Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando o trânsito: Infração - média; Penalidade - multa. Art Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de passagem devidamente identificada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes: Infração - grave; Penalidade - multa. Art Forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 19. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo: Infração - grave; Penalidade - multa. Art Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (três vezes). Art Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à segurança: Infração - grave; Penalidade - multa. Art Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de trânsito ou de seus agentes: Infração - grave; Penalidade - multa. Art Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação: Infração - grave; Penalidade - multa. Art Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da respectiva mão de direção, quando for manobrar para um desses lados: Infração - média; Penalidade - multa. Art Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado: Infração - média; Penalidade - multa. Art Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai entrar à esquerda: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 00. Ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo ou de escolares, parado para embarque ou desembarque de passageiros, salvo quando houver refúgio de segurança para o pedestre: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 01. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta: Infração - média; Penalidade - multa. 1

118 Art. 0. Ultrapassar outro veículo: I - pelo acostamento; II - em interseções e passagens de nível; Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 03. Ultrapassar pela contramão outro veículo: I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; II - nas faixas de pedestre; III - nas pontes, viadutos ou túneis; IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre circulação; V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua amarela: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 04. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para operação de retorno: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 05. Ultrapassar veículo em movimento que integre cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes: Infração - leve; Penalidade - multa. Art. 06. Executar operação de retorno: I - em locais proibidos pela sinalização; II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis; III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não motorizados; IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da via transversal; V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda que em locais permitidos: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 07. Executar operação de conversão à direita ou à esquerda em locais proibidos pela sinalização: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 08. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 09. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 10. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial: Infração - gravíssima; Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir; Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento do documento de habilitação. Art. 11. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 1. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 13. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva marcha for interceptada: I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas, desfiles e outros: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações militares e outros: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 14. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado: I - que se encontre na faixa a ele destinada; II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo; III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestantes: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja sinalização a ele destinada; V - que esteja atravessando a via transversal para onde se dirige o veículo: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 15. Deixar de dar preferência de passagem: I - em interseção não sinalizada: a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória; b) a veículo que vier da direita; II - nas interseções com sinalização de regulamentação de Dê a Preferência: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 16. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequadamente posicionado para ingresso na via e sem as precauções com a segurança de pedestres e de outros veículos: Infração - média; Penalidade - multa.

119 Art. 17. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 18. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias: (Redação dada pela Lei nº , de 006) I - quando a velocidade for superior à máxima em até 0% (vinte por cento): (Redação dada pela Lei nº , de 006) Infração - média; (Redação dada pela Lei nº , de 006) Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº , de 006) II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 0% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento): (Redação dada pela Lei nº , de 006) Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº , de 006) Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº , de 006) III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinquenta por cento): (Incluído pela Lei nº , de 006) Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº , de 006) Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. (Incluído pela Lei nº , de 006) Art. 19. Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 0. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito: I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles: Infração - gravíssima; Penalidade - multa; II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou gestos; III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou acostamento; IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não sinalizada; V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada; VI - nos trechos em curva de pequeno raio; VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência de obras ou trabalhadores na pista; VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; IX - quando houver má visibilidade; X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, defeituoso ou avariado; XI - à aproximação de animais na pista; XII - em declive; XIII - ao ultrapassar ciclista: Infração - grave; Penalidade - multa; XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 1. Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização e a- preensão das placas irregulares. Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de terceiros, placas de identificação não autorizadas pela regulamentação. Art.. Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 3. Transitar com o farol desregulado ou com o facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. Art. 4. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias providas de iluminação pública: Infração - leve; Penalidade - multa. Art. 5. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para tornar visível o local, quando: I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou permanecer no acostamento; II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retirada imediatamente: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 6. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha sido utilizado para sinalização temporária da via: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 7. Usar buzina: I - em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos; II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; III - entre as vinte e duas e as seis horas; IV - em locais e horários proibidos pela sinalização; V - em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo CONTRAN: Infração - leve; Penalidade - multa. 3

120 Art. 8. Usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. Art. 9. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN: Infração - média; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 30. Conduzir o veículo: I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer outro elemento de identificação do veículo violado ou falsificado; II - transportando passageiros em compartimento de carga, salvo por motivo de força maior, com permissão da autoridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN; III - com dispositivo anti-radar; IV - sem qualquer uma das placas de identificação; V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; VI - com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo; VII - com a cor ou característica alterada; VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança veicular, quando obrigatória; IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante; X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN; XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou inoperante; XII - com equipamento ou acessório proibido; XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de sinalização alterados; XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse aparelho; XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses previstas neste Código; XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas pela legislação; XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104; XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização; XX - sem portar a autorização para condução de escolares, na forma estabelecida no art. 136: Infração - grave; Penalidade - multa e apreensão do veículo; XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais inscrições previstas neste Código; XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com lâmpadas queimadas: Infração - média; Penalidade - multa. XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. 67-A, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de veículo de transporte de carga ou de passageiros: (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) Infração - grave; (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso aplicável; (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) Art. 31. Transitar com o veículo: I - danificando a via, suas instalações e equipamentos; II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via: a) carga que esteja transportando; b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente: Infração - gravíssima; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização; III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN; IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem autorização: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização; V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida pelo CONTRAN: Infração - média; Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou fração de excesso de peso apurado, constante na seguinte tabela: a) até seiscentos quilogramas - 5 (cinco) UFIR; b) de seiscentos e um a oitocentos quilogramas - 10 (dez) UFIR; c) de oitocentos e um a um mil quilogramas - 0 (vinte) UFIR; d) de um mil e um a três mil quilogramas - 30 (trinta) UFIR; e) de três mil e um a cinco mil quilogramas - 40 (quarenta) UFIR; f) acima de cinco mil e um quilogramas - 50 (cinquenta) UFIR; Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da carga excedente; VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela autoridade competente para transitar com dimensões excedentes, ou quando a mesma estiver vencida: 4

121 Infração - grave; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo; VII - com lotação excedente; VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade competente: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo; IX - desligado ou desengrenado, em declive: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo; X - excedendo a capacidade máxima de tração: Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN; Penalidade - multa; Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de carga excedente. Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou excedendo à capacidade máxima de tração, não computado o percentual tolerado na forma do disposto na legislação, somente poderá continuar viagem após descarregar o que exceder, segundo critérios estabelecidos na referida legislação complementar. Art. 3. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código: Infração - leve; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento. Art. 33. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. 13: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. Art. 34. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de identificação do veículo: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 35. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para transbordo. Art. 36. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, salvo em casos de emergência: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 37. Transitar com o veículo em desacordo com as especificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias à sua identificação, quando exigidas pela legislação: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. Art. 38. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 39. Retirar do local veículo legalmente retido para regularização, sem permissão da autoridade competente ou de seus agentes: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 40. Deixar o responsável de promover a baixa do registro de veículo irrecuperável ou definitivamente desmontado: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de Registro e do Certificado de Licenciamento Anual. Art. 41. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de habilitação do condutor: Infração - leve; Penalidade - multa. Art. 4. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de registro, licenciamento ou habilitação: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 43. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de perda total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e documentos: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos documentos. Art. 44. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN; II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda; IV - com os faróis apagados; V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; 5

122 Medida administrativa - Recolhimento do documento de habilitação; VI - rebocando outro veículo; VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para indicação de manobras; VIII transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no o do art. 139-A desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 1.009, de 009) IX efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas: (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) Infração grave; (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) Penalidade multa; (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) Medida administrativa apreensão do veículo para regularização. (Incluído pela Lei nº 1.009, de 009) 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, além de: a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial a ele destinado; b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias; c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança. º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do parágrafo anterior: Infração - média; 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem semi-reboques especialmente projetados para esse fim e devidamente homologados pelo órgão competente.(incluído pela Lei nº , de 00) Penalidade - multa. Art. 45. Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do material. Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. Art. 46. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente: Infração - gravíssima; Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às expensas do responsável, ou, se possível, promover a desobstrução. Art. 47. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão humana e os de tração animal, sempre que não houver acostamento ou faixa a eles destinados: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 48. Transportar em veículo destinado ao transporte de passageiros carga excedente em desacordo com o estabelecido no art. 109: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção para o transbordo. Art. 49. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de posição, quando o veículo estiver parado, para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 50. Quando o veículo estiver em movimento: I - deixar de manter acesa a luz baixa: a) durante a noite; b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública; c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles destinadas; d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores; II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição sob chuva forte, neblina ou cerração; III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite; Infração - média; Penalidade - multa. Art. 51. Utilizar as luzes do veículo: I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de emergência; II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes situações: a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo; b) em imobilizações ou situação de emergência, como advertência, utilizando pisca-alerta; c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar o uso do pisca-alerta: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 5. Dirigir o veículo: I - com o braço do lado de fora; II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas; III - com incapacidade física ou mental temporária que comprometa a segurança do trânsito; IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pedais; V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo; VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular; Infração - média; Penalidade - multa. Art. 53. Bloquear a via com veículo: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; 6

123 Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 54. É proibido ao pedestre: I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzálas onde for permitido; II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde exista permissão; III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim; IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da autoridade competente; V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea; VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica; Infração - leve; Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do valor da infração de natureza leve. Art. 55. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante recibo para o pagamento da multa. CAPÍTULO XVI DAS PENALIDADES Art. 56. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades: I - advertência por escrito; II - multa; III - suspensão do direito de dirigir; IV - apreensão do veículo; V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; VI - cassação da Permissão para Dirigir; VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem. 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito, conforme disposições de lei. º (VETADO) 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo licenciamento do veículo e habilitação do condutor. Art. 57. As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste Código. 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as penalidades de que trata este Código toda vez que houver responsabilidade solidária em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída. º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar. 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo. 4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àquele aferido. 5º O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto total. 6º O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao limite legal. 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o proprietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será considerado responsável pela infração. 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não havendo identificação do infrator e sendo o veículo de propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor é o da multa multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas no período de doze meses. 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do disposto no 3º do art. 58 e no art. 59. Art. 58. As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias: I - infração de natureza gravíssima, punida com multa de valor correspondente a 180 (cento e oitenta) UFIR; II - infração de natureza grave, punida com multa de valor correspondente a 10 (cento e vinte) UFIR; III - infração de natureza média, punida com multa de valor correspondente a 80 (oitenta) UFIR; IV - infração de natureza leve, punida com multa de valor correspondente a 50 (cinquenta) UFIR. 1º Os valores das multas serão corrigidos no primeiro dia útil de cada mês pela variação da UFIR ou outro índice legal de correção dos débitos fiscais. º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste Código. 3º (VETADO) 4º (VETADO) Art. 59. A cada infração cometida são computados os seguintes números de pontos: I - gravíssima - sete pontos; II - grave - cinco pontos; III - média - quatro pontos; IV - leve - três pontos. 1º (VETADO) º (VETADO) 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) Art. 60. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a infração, de acordo com a competência estabelecida neste Código. 7

124 1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa da do licenciamento do veículo serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo CONTRAN. º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa daquela do licenciamento do veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação. 3º (Revogado pela Lei nº 9.60, de 1998) 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no exterior, em trânsito no território nacional, a multa respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o princípio de reciprocidade. Art. 61. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será aplicada, nos casos previstos neste Código, pelo prazo mínimo de um mês até o máximo de um ano e, no caso de reincidência no período de doze meses, pelo prazo mínimo de seis meses até o máximo de dois anos, segundo critérios estabelecidos pelo CONTRAN. 1o Além dos casos previstos em outros artigos deste Código e excetuados aqueles especificados no art. 63, a suspensão do direito de dirigir será aplicada quando o infrator atingir, no período de 1 (doze) meses, a contagem de 0 (vinte) pontos, conforme pontuação indicada no art. 59. (Redação dada pela Lei nº 1.547, de 011) º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de reciclagem. 3o A imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir elimina os 0 (vinte) pontos computados para fins de contagem subsequente. (Incluído pela Lei nº 1.547, de 011) 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) Art. 6. O veículo apreendido em decorrência de penalidade aplicada será recolhido ao depósito e nele permanecerá sob custódia e responsabilidade do órgão ou entidade apreendedora, com ônus para o seu proprietário, pelo prazo de até trinta dias, conforme critério a ser estabelecido pelo CONTRAN. 1º No caso de infração em que seja aplicável a penalidade de a- preensão do veículo, o agente de trânsito deverá, desde logo, adotar a medida administrativa de recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual. º A restituição dos veículos apreendidos só ocorrerá mediante o prévio pagamento das multas impostas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na legislação específica. 3º A retirada dos veículos apreendidos é condicionada, ainda, ao reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório que não esteja em perfeito estado de funcionamento. 4º Se o reparo referido no parágrafo anterior demandar providência que não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável pela apreensão liberará o veículo para reparo, mediante autorização, assinando prazo para a sua reapresentação e vistoria. 5o O recolhimento ao depósito, bem como a sua manutenção, o- correrá por serviço público executado diretamente ou contratado por licitação pública pelo critério de menor preço. (Incluído pela Lei nº 1.760, de 01) Art. 63. A cassação do documento de habilitação dar-se-á: I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo; II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações previstas no inciso III do art. 16 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175; III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, observado o disposto no art º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade na expedição do documento de habilitação, a autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento. º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN. Art. 64. (VETADO) Art. 65. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de defesa. Art. 66. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as respectivas penalidades. Art. 67. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa. 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o acréscimo do valor da multa prevista no 3º do art. 58, imposta por infração posteriormente cometida. º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pedestres, podendo a multa ser transformada na participação do infrator em cursos de segurança viária, a critério da autoridade de trânsito. Art. 68. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo CONTRAN: I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua reeducação; II - quando suspenso do direito de dirigir; III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído, independentemente de processo judicial; IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando em risco a segurança do trânsito; VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. CAPÍTULO XVII DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS Art. 69. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administrativas: I - retenção do veículo; II - remoção do veículo; III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; V - recolhimento do Certificado de Registro; VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; VII - (VETADO) VIII - transbordo do excesso de carga; IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica; X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos. XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) 8

125 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa. º As medidas administrativas previstas neste artigo não elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações estabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar a estas. 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir. 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o disposto nos arts. 71 e 38, no que couber. Art. 70. O veículo poderá ser retido nos casos expressos neste Código. 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação. º Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o veículo poderá ser retirado por condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra recibo, assinalando-se ao condutor prazo para sua regularização, para o que se considerará, desde logo, notificado. 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à autoridade devidamente regularizado. 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será recolhido ao depósito, aplicando-se neste caso o disposto nos parágrafos do art. 6. 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata, quando se tratar de veículo de transporte coletivo transportando passageiros ou veículo transportando produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de segurança para circulação em via pública. Art. 71. O veículo será removido, nos casos previstos neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade competente, com circunscrição sobre a via. Parágrafo único. A restituição dos veículos removidos só ocorrerá mediante o pagamento das multas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na legislação específica. Art. 7. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, quando houver suspeita de sua inautenticidade ou adulteração. Art. 73. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, quando: I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade no prazo de trinta dias. Art. 74. O recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual darse-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, quando: I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; II - se o prazo de licenciamento estiver vencido; III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não puder ser sanada no local. Art. 75. O transbordo da carga com peso excedente é condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da multa aplicável. Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo liberado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de remoção e estada. Art. 76. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) 9 Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação metrológica. (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) Art. 77. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas. (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) 3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº , de 008) Art. 78. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista no art. 09, além da obrigação de retornar ao ponto de evasão para fim de pesagem obrigatória. Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação policial, a a- preensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as estabelecidas no art. 10. Art. 79. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador instantâneo de velocidade e tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro. CAPÍTULO XVIII DO PROCESSO ADMINISTRATIVO Seção I Da Autuação Art. 80. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: I - tipificação da infração; II - local, data e hora do cometimento da infração; III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua identificação; IV - o prontuário do condutor, sempre que possível; V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração; VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da infração. 1º (VETADO) º A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente regulamentado pelo CON- TRAN. 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto no artigo seguinte. 4º O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência.

126 Seção II Do Julgamento das Autuações e Penalidades Art. 81. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível. Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente: I - se considerado inconsistente ou irregular; II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação. (Redação dada pela Lei nº 9.60, de 1998) Art. 8. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da imposição da penalidade. 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do veículo será considerada válida para todos os efeitos. º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira e de representações de organismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao Ministério das Relações Exteriores para as providências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa. 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a condutor, à exceção daquela de que trata o 1º do art. 59, a notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu pagamento. 4º Da notificação deverá constar a data do término do prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, que não será inferior a trinta dias contados da data da notificação da penalidade. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu valor. (Incluído pela Lei nº 9.60, de 1998) Art. 83. (VETADO) Art. 84. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por cento do seu valor. Parágrafo único. Não ocorrendo o pagamento da multa no prazo estabelecido, seu valor será atualizado à data do pagamento, pelo mesmo número de UFIR fixado no art. 58. Art. 85. O recurso previsto no art. 83 será interposto perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias. 1º O recurso não terá efeito suspensivo. º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis subsequentes à sua apresentação, e, se o entender intempestivo, assinalará o fato no despacho de encaminhamento. 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo. Art. 86. O recurso contra a imposição de multa poderá ser interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor. 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o estabelecido no parágrafo único do art. 84. º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por índice legal de correção dos débitos fiscais. Art. 87. Se a infração for cometida em localidade diversa daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da residência ou domicílio do infrator. Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a penalidade acompanhado das cópias dos prontuários necessários ao julgamento. Art. 88. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto, na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da publicação ou da notificação da decisão. 1º O recurso será interposto, da decisão do não provimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de provimento, pela autoridade que impôs a penalidade. Art. 89. O recurso de que trata o artigo anterior será apreciado no prazo de trinta dias: I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou entidade de trânsito da União: a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis meses, cassação do documento de habilitação ou penalidade por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN; b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta; II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente. Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quando houver a- penas uma JARI, o recurso será julgado por seus próprios membros. Art. 90. A apreciação do recurso previsto no art. 88 encerra a instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades. Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no RENACH. CAPÍTULO XIX DOS CRIMES DE TRÂNSITO Seção I Disposições Gerais Art. 91. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 6 de setembro de 1995, no que couber. 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 6 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº , de 008) I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº , de 008) II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº , de 008) III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº , de 008) o Nas hipóteses previstas no 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. (Incluído pela Lei nº , de 008) Art. 9. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta como penalidade principal, isolada ou cumulativamente com outras penalidades. Art. 93. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. 30

127 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional. Art. 94. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção. Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo. Art. 95. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente. Art. 96. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº , de 008) Art. 97. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime. 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo. º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 5 do Código Penal. 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado. Art. 98. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração: I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas; III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo; V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga; VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante; VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres. Art. 99. (VETADO) Art (VETADO) Art Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela. Seção II Dos Crimes em Espécie Art. 30. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente: I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. Art Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior. Art Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves. Art Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 1.760, de 01) Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Incluído pela Lei nº 1.760, de 01) I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 1.760, de 01) II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº 1.760, de 01) o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. (Incluído pela Lei nº 1.760, de 01) 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Incluído pela Lei nº 1.760, de 01) Art Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código: Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no 1º do art. 93, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. 31

128 Art Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada: Penas - detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Art Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 1.619, de 01) Art Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 31. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere. CAPÍTULO XX DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art O Poder Executivo promoverá a nomeação dos membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da publicação deste Código. Art O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta dias a partir da publicação deste Código para expedir as resoluções necessárias à sua melhor execução, bem como revisar todas as resoluções anteriores à sua publicação, dando prioridade àquelas que visam a diminuir o número de acidentes e a assegurar a proteção de pedestres. Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até a data de publicação deste Código, continuam em vigor naquilo em que não conflitem com ele. Art O Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e quarenta dias contado da publicação, estabelecer o currículo com conteúdo programático relativo à segurança e à educação de trânsito, a fim de atender o disposto neste Código. Art O prazo de notificação previsto no inciso II do parágrafo ú- nico do art. 81 só entrará em vigor após duzentos e quarenta dias contados da publicação desta Lei. Art Os órgãos e entidades de trânsito concederão prazo de até um ano para a adaptação dos veículos de condução de escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do art. 136 e art. 154, respectivamente. Art (VETADO) Art Enquanto não forem baixadas novas normas pelo CON- TRAN, continua em vigor o disposto no art. 9 do Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº 6.17, de 16 de janeiro de Art. 30. A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Parágrafo único. O percentual de cinco por cento do valor das multas de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de trânsito. Art. 31. (VETADO) Art. 3. (VETADO) Art. 33. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo percentuais de tolerância, sendo durante este período suspensa a vigência das penalidades previstas no inciso V do art. 31, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por duzentos quilogramas ou fração de excesso. Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refere este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 5 de novembro de Art. 34. (VETADO) Art. 35. As repartições de trânsito conservarão por cinco anos os documentos relativos à habilitação de condutores e ao registro e licenciamento de veículos, podendo ser microfilmados ou armazenados em meio magnético ou óptico para todos os efeitos legais. Art. 36. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada anualmente no período compreendido entre 18 e 5 de setembro. Art. 37. A partir da publicação deste Código, somente poderão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam aos limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei, ressalvados os que vierem a ser regulamentados pelo CONTRAN. Parágrafo único. (VETADO) Art. 38. Os veículos apreendidos ou removidos a qualquer título e os animais não reclamados por seus proprietários, dentro do prazo de noventa dias, serão levados à hasta pública, deduzindo-se, do valor arrecadado, o montante da dívida relativa a multas, tributos e encargos legais, e o restante, se houver, depositado à conta do ex-proprietário, na forma da lei. Art. 39. Os condutores dos veículos de que tratam os arts. 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão apresentar, previamente, certidão negativa do registro de distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada cinco anos, junto ao órgão responsável pela respectiva concessão ou autorização. Art Os estabelecimentos onde se executem reformas ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou desmontem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir livros de registro de seu movimento de entrada e saída e de uso de placas de experiência, conforme modelos aprovados e rubricados pelos órgãos de trânsito. 1º Os livros indicarão: I - data de entrada do veículo no estabelecimento; II - nome, endereço e identidade do proprietário ou vendedor; III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem; IV - nome, endereço e identidade do comprador; V - características do veículo constantes do seu certificado de registro; VI - número da placa de experiência. º Os livros terão suas páginas numeradas tipograficamente e serão encadernados ou em folhas soltas, sendo que, no primeiro caso, conterão termo de abertura e encerramento lavrados pelo proprietário e rubricados pela repartição de trânsito, enquanto, no segundo, todas as folhas serão autenticadas pela repartição de trânsito. 3

129 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas correspondentes, podendo os veículos irregulares lá encontrados ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos para sua completa regularização. 4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo, entretanto, retirálos do estabelecimento. 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a multa prevista para as infrações gravíssimas, independente das demais cominações legais cabíveis. Art Até a nomeação e posse dos membros que passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamento dos recursos administrativos previstos na Seção II do Capítulo XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará a cargo dos órgãos ora existentes. Art. 33. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do CONTRAN, CETRAN e CON- TRANDIFE, em serviço, todas as facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a execução de quaisquer serviços e deverão atender prontamente suas requisições. Art O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte dias após a nomeação de seus membros, as disposições previstas nos arts. 91 e 9, que terão de ser atendidas pelos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários para exercerem suas competências. 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão prazo de um ano, após a edição das normas, para se adequarem às novas disposições estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste artigo. º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados exercerão as competências previstas neste Código em cumprimento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo respectivo CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal ou da União, passando a integrar o Sistema Nacional de Trânsito. Art As ondulações transversais existentes deverão ser homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo de um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser retiradas em caso contrário. Art (VETADO) Art Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e obedecidos os padrões internacionais. Art Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE, do Distrito Federal. Art As montadoras, encarroçadoras, os importadores e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da comercialização do respectivo veículo, manual contendo normas de circulação, infrações, penalidades, direção defensiva, primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro. Art Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial no valor de R$ ,00 (duzentos e sessenta e quatro mil, novecentos e cinquenta e quatro reais), em favor do ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas decorrentes da implantação deste Código. Art Este Código entra em vigor cento e vinte dias após a data de sua publicação. Art Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 1 de setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.80, de 10 de novembro de 197, 6.14, de 5 de outubro de 1974, 6.308, de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 7 de outubro de 1976, 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de 0 de setembro de 198, 7.05, de 0 de dezembro de 198, 8.10, de 10 de dezembro de 1990, os arts. 1º a 6º e 11 do Decreto-lei nº 37, de 8 de fevereiro de 1967, e os Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de 1969, 91, de de outubro de 1969, e.448, de 1 de julho de ANEXO I DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições: ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento. AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo, originário dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei nº 1.760, de 01) AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive o condutor. AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada. BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os elementos rigidamente fixados ao mesmo. BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor. BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento de bicicletas. BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre trilhos. BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos. CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro. CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga com peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas. CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo compartimento. CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como separador de duas pistas de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício). CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de geração e multiplicação de momento de força e resistência dos elementos que compõem a transmissão. CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos automotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de protesto cívico ou de uma classe. CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas cargas. CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte de carga. 33

130 CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato). CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao transporte de pessoas. CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana. CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica. CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinquenta quilômetros por hora. CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum. CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à direita, de mudança da direção original do veículo. CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha a função específica de proporcionar maior segurança ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que possam colocar em risco sua integridade física e dos demais usuários da via, ou danificar seriamente o veículo. ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros. ESTRADA - via rural não pavimentada. ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 1.760, de 01) FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, delimitada por lei específica e sob responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito competente com circunscrição sobre a via. FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores. FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas neste Código. FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou impedimento de locomoção na faixa apropriada. FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso de um reboque, se este se encontra desengatado. FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de serviço. FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a diminuição da marcha do veículo ou pará-lo. GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou norma constante deste Código. GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução brusca de velocidade ou parada. ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção. INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito. INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para atender circunstância momentânea do trânsito. LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações do proprietário de veículo, comprovado por meio de documento específico (Certificado de Licenciamento Anual). LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, parques, áreas de lazer, calçadões. LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas para os veículos de carga, ou número de pessoas, para os veículos de passageiros. LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e que com elas se limita. LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma grande distância do veículo. LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que venham em sentido contrário. LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que o condutor está aplicando o freio de serviço. LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo destinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor tem o propósito de mudar de direção para a direita ou para a esquerda. LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de marcha à ré. LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de pó. LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indicar a presença e a largura do veículo. MANOBRA - movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o veículo está no momento em relação à via. MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas, marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas, apostos ao pavimento da via. MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para até vinte passageiros. MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou sem side-car, dirigido por condutor em posição montada. MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posição sentada. MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas. NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o nascer do sol. ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em virtude de adaptações com vista à maior comodidade destes, transporte número menor. 34

131 OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com circunscrição sobre a via. OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir as interferências tais como veículos quebrados, acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e condutores. PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros. PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria. PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via. PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de pedestres ou veículos. PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres. PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas. PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural. PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação. PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semireboque ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques. PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em caráter de advertência, destinada a indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência. PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou legendas préreconhecidas e legalmente instituídas como sinais de trânsito. POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes. PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens opostas de uma superfície líquida qualquer. REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor. REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de regulamentação pelo órgão ou entidade competente com circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de direção, tipo de estacionamento, horários e dias. REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada ao uso de pedestres durante a travessia da mesma. RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados. RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. RETORNO - movimento de inversão total de sentido da direção original de veículos. RODOVIA - via rural pavimentada. SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apóia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação. SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres. SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam. SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para orientar ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres, sobrepondo-se ou completando sinalização existente no local ou norma estabelecida neste Código. TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades turísticas como alojamento, ou para atividades comerciais. TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres. TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma faixa demarcada para outra. TRATOR - veículo automotor construído para realizar trabalho agrícola, de construção e pavimentação e tracionar outros veículos e equipamentos. ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem. UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora de estrada. VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados, sendo um deles automotor. VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico). VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o condutor. VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido fabricado há mais de trinta anos, conserva suas características originais de fabricação e possui valor histórico próprio. VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem ou pavimentação. VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado ao transporte de carga com peso bruto total máximo superior a dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte passageiros. 35

132 VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte de pessoas e suas bagagens. VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiro. VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível. VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. VIA RURAL - estradas e rodovias. VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão. VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias destinadas à circulação prioritária de pedestres. VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno ou servir de passagem superior. RESOLUÇÃO Nº 160, DE DE ABRIL DE 004. Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 1º. Fica aprovado o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, anexo a esta Resolução. Art. º Os órgãos e entidades de trânsito terão até 30 de junho de 006 para se adequarem ao disposto nesta Resolução. Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação. ANEXO ANEXO II DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - CTB 1. SINALIZAÇÃO VERTICAL É um subsistema da sinalização viária cujo meio de comunicação está na posição vertical, normalmente em placa, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, através de legendas e/ou símbolos préreconhecidos e legalmente instituídos. A sinalização vertical é classificada de acordo com sua função, compreendendo os seguintes tipos: - Sinalização de Regulamentação; - Sinalização de Advertência; - Sinalização de Indicação SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO Tem por finalidade informar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias. Suas mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui infração Formas e Cores A forma padrão do sinal de regulamentação é a circular, e as cores são vermelha, preta e branca: Características dos Sinais de Regulamentação Forma OBRIGAÇÃO / RESTRIÇÃO PROIBIÇÃO Fundo Símbolo Tarja Orla Letras Cor Branca Preta Vermelha Vermelha Preta Constituem exceção, quanto à forma, os sinais R-1 Parada Obrigatória e R- Dê a Preferência, com as características: Sinal Forma Código R-1 R- Cor Fundo Orla interna Orla externa Letras Fundo Orla Vermelha Branca Vermelha Branca Branca Vermelha Dimensões Mínimas Devem ser observadas as dimensões mínimas dos sinais, conforme o ambiente em que são implantados, considerando-se que o aumento no tamanho dos sinais implica em aumento nas dimensões de orlas, tarjas e símbolos. a) sinais de forma circular Diâmetro Tarja mínima Orla mínima Via mínimo (m) (m) (m) Urbana 0,40 0,040 0,040 Rural (estrada) 0,50 0,050 0,050 Rural (rodovia) 0,75 0,075 0,075 Áreas protegidas por legislação especial(*) 0,30 0,030 0,030 (*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural b) sinal de forma octogonal R-1 Via Lado mínimo (m) Orla interna branca mínima (m) Orla externa vermelha mínima (m) Urbana 0,5 0,00 0,010 Rural (estrada) 0,35 0,08 0,014 Rural (rodovia) 0,40 0,03 0,016 Áreas protegidas por legislação especial(*) 0,18 0,015 0,008 (*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural 36

133 c) sinal de forma triangular R- Lado mínimo Orla mínima Via (m) (m) Urbana 0,75 0,10 Rural (estrada) 0,75 0,10 Rural (rodovia) 0,90 0,15 Áreas protegidas por legislação especial(*) 0,40 0,06 (*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural As informações complementares, cujas características são descritas no item 1.1.5, possuem a forma retangular. R-6c Proibido parar e estacionar R-7 Proibido ultrapassar R-8a Proibido mudar de faixa ou pista de trânsito da esquerda para a direita Dimensões Recomendadas a) sinais de forma circular Via Diâmetro (m) Tarja (m) Orla (m) Urbana (de trânsito rápido) 0,75 0,075 0,075 Urbana (demais vias) 0,50 0,050 0,050 Rural (estrada) 0,75 0,075 0,075 Rural (rodovia) 1,00 0,100 0,100 b) sinal de forma octogonal R-1 R-8b Proibido mudar de faixa ou pista de trânsito da direita para a esquerda R-11 Proibido Trânsito de veículos de tração animal R-9 Proibido trânsito de caminhão R-1 Proibido trânsito de bicicletas R-10 Proibido trânsito de veículos automotores R-13 Proibido trânsito de tratores e máquinas de obras c) sinal de forma triangular R- R-14 Peso bruto total máximo permitido R-15 Altura permitida máxima R-16 Largura permitida máxima Conjunto de Sinais de Regulamentação R1- Parada Obrigatória R- Dê a preferência R3- Sentido proibido R-17 Peso máximo permitido por eixo R-18 Comprimento máximo permitido R-19 Velocidade máxima permitida R4a- Proibido virar à esquerda R4b- Proibido virar à direita R5a- Proibido retornar à esquerda R-0 Proibido acionar buzina ou sinal sonoro R-1 Alfândega R- Uso obrigatório de corrente R5b- Proibido retornar à direita R6a- Proibido estacionar R6b- Estacionamento Regulamentado R-3 Conserve-se direita à R-4a Sentido de circulação de via/pista R-4b Passagem obrigatória 37

134 R-5a Vire à direita R-5d Siga em frente ou à direita R-5b Vire à direita R-6 Siga em frente R-5c Siga em frente ou à esquerda R-7 Ônibus, caminhões e veículos de grande porte mantenham-se à direita uso do veículo, condições de estacionamento, além de outras, deve ser utilizada uma placa adicional ou incorporada à placa principal, formando um só conjunto, na forma retangular, com as mesmas cores do sinal de regulamentação. Características das Informações Complementares Cor Fundo Branca Orla interna (opcional) Vermelha Orla externa Branca Tarja Vermelha Legenda Preta Não se admite acrescentar informação complementar para os sinais R-1 - Parada Obrigatória e R- - Dê a Preferência. Nos casos em que houver símbolos, estes devem ter a forma e cores definidas em legislação específica. Exemplos: R-8 Duplo sentido de circulação R-9 Proibido trânsito de pedestres R-30 Pedestre, ande pela esquerda R-31 Pedestre, ande pela direita R-3 Circulação exclusiva de ônibus R-33 Sentido de circulação na rotatória R-34 Circulação exclusiva de bicicletas R-35a Ciclista, transite à esquerda R-35b Ciclista, transite à direita R-36a Pedestres à direita, ciclistas à esquerda R-36b Pedestres à esquerda, ciclistas à direita R-37 Proibido trânsito de motocicletas, motonetas e ciclomotores R-38 Proibido trânsito de ônibus R-39 Circulação exclusiva de caminhão R-40 Trânsito proibido a carros de mão Informações Complementares Sendo necessário acrescentar informações para complementar os sinais de regulamentação, como período de validade, características e 38

135 A-1a Curva acentuada à esquerda A-1b Curva acentuada à direita A-a Curva à esquerda A-13b Confluência à direita A-14 Semáforo à frente A-15 Parada obrigatória à frente A-b Curva à direita A-3a Pista sinuosa à esquerda A-3b Pista sinuosa à direita A-16 Bonde A-17 Pista irregular A-18 Saliência ou lombada A-4a Curva acentuada em S à esquerda A-4b Curva acentuada em S à direita A-5a Curva em S à esquerda A-19 Depressão A-0a Declive acentuado A-0b Aclive acentudo A-5b Curva em S à direita A-6 Cruzamento de vias A-7a Via lateral à esquerda A-1a Estreitamento de pista ao centro A-1b Estreitamento pista à esquerda de A-1c Estreitamento pista à direita de A-7b Via lateral à direita A-3 Interseção em T A-9 Bifurcação em Y A-1d Alargamento de pista à esquerda A-1e Alargamento de pista à direita A- Ponte estreita obli- A-10a Entroncamento quo à esquerda A-10b Entroncamento obliquo à direita A-11a Junções sucessivas contrárias, primeira à esquerda A-3 Ponte móvel A-4 Obras A-5 Mão dupla adiante A-11b Junções sucessivas contrárias, primeira à direita A-1 Interseção em círculo A-13a Confluência à esquerda A-6a Sentido único A-6b Sentido duplo A-7 Área com desmoronamento 39

136 A-8 Pista escorregadia A-9 Projeção de cascalho A-30a Trânsito de ciclistas A-30b Passagem sinalizada de ciclistas A-30c Trânsito compartilhado por ciclistas e pedestres A-31 Trânsito de tratores ou maquinário agrícola A-3a Trânsito de pedestres A-3b Passagem sinalizada de pedestres A-33a Área escolar 1.. Sinalização de Advertência Tem por finalidade alertar os usuários da via para condições potencialmente perigosas, indicando sua natureza. A-33b Passagem sinalizada de escolares A-36 Animais selvagens A-39 Passagem de nível sem barreira A-34 Crianças A-37 Altura limitada A-40 Passagem de nível com barreira A-35 Animais A-38 Largura limitada Formas e Cores A forma padrão dos sinais de advertência é quadrada, devendo uma das diagonais ficar na posição vertical. À sinalização de advertência estão associadas as cores amarela e preta. Características dos Sinais de Advertência Forma Constituem exceções: Fundo Símbolo Orla interna Orla externa Legenda Cor Amarela Preta Preta Amarela Preta quanto à cor: - o sinal A-4 Obras, que possui fundo e orla externa na cor laranja; - o sinal A-14 Semáforo à Frente, que possui símbolo nas cores preta, vermelha, amarela e verde; - todos os sinais que, quando utilizados na sinalização de obras, possuem fundo na cor laranja. quanto à forma, os sinais A-6a Sentido Único, A-6b Sentido Duplo e A-41 Cruz de Santo André. Sinal Cor Forma Código A-6a A-6b Fundo Orla interna Orla externa Seta Amarela Preta Amarela Preta A-41 Fundo Amarela Orla interna Orla externa Preta Amarela A Sinalização Especial de Advertência e as Informações Comple-

137 mentares, cujas características são descritas nos itens 1..4 e 1..5, possuem a forma retangular Dimensões Mínimas Devem ser observadas as dimensões mínimas dos sinais, conforme a via em que são implantados, considerando-se que o aumento no tamanho dos sinais implica em aumento nas dimensões de orlas e símbolos. a) Sinais de forma quadrada Lado mínimo Via (m) Orla externa mínima (m) Orla interna mínima (m) Urbana 0,45 0,010 0,00 Rural (estrada) 0,50 0,010 0,00 Rural (rodovia) 0,60 0,010 0,00 Áreas protegidas por 0,30 0,006 0,01 legislação especial(*) (*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural Obs.: Nos casos de placas de advertência desenhadas numa placa adicional, o lado mínimo pode ser de 0,300 m. b) Sinais de forma retangular Lado Lado Orla Orla Via maior menor externa interna mínimo mínimo mínima mínima (m) (m) (m) (m) Urbana 0,50 0,5 0,010 0,00 Rural (estrada) 0,80 0,40 0,010 0,00 Rural (rodovia) 1,00 0,50 0,010 0,00 Áreas protegidas Por legislação especial(*) 0,40 0,0 0,006 0,01 (*) relativa a patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico e natural c) Cruz de Santo André Parâmetro Variação Relação entre dimensões de largura e comprimento dos braços de 1:6 a 1:10 Ângulos menores formados entre os dois braços entre 45º e 55º Conjunto de Sinais de Advertência Sinalização Especial de Advertência Estes sinais são empregados nas situações em que não é possível a utilização dos sinais apresentados no item O formato adotado é retangular, de tamanho variável em função das informações nelas contidas, e suas cores são amarela e preta: Características da Sinalização Especial de Advertência Cor Fundo Símbolo Orla interna Orla externa Legenda Tarja Amarela Preta Preta Amarela Preta Preta b) Sinalização Especial para Pedestres c) Sinalização Especial de Advertência somente para rodovias, estradas e vias de trânsito rápido Informações Complementares Havendo necessidade de fornecer informações complementares aos sinais de advertência, estas devem ser inscritas em placa adicional ou incorporada à placa principal formando um só conjunto, na forma retangular, admitida a exceção para a placa adicional contendo o número de linhas férreas que cruzam a pista. As cores da placa adicional devem ser as mesmas dos sinais de advertência. Características das Informações Complementares Cor Fundo Amarela Orla interna Preta Exemplos: Orla externa Legenda Tarja Amarela Preta Preta Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa devem ser na cor laranja. Exemplos: a) Sinalização Especial para Faixas ou Pistas Exclusivas de Ô- nibus 41

138 Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa devem ser na cor laranja SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO Tem por finalidade identificar as vias e os locais de interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos, as distâncias e os serviços auxiliares, podendo também ter como função a educação do usuário. Suas mensagens possuem caráter informativo ou educativo. As placas de indicação estão divididas nos seguintes grupos: Placas de Identificação Posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou com relação a distâncias ou ainda aos locais de destino. a) Placas de Identificação de Rodovias e Estradas Características das Placas de Identificação de Rodovias e Estradas Pan-Americanas Forma Cor Fundo Orla interna Orla externa Legenda Dimensões mínimas (m) Altura 0,45 Chanfro Inclinado 0,14 Largura Superior 0,44 Largura Inferior 0,41 Orla Interna 0,0 Orla Externa 0,01 Branca Preta Branca Preta Características das Placas de Identificação de Rodovias e Estradas Federais Forma Cor Exemplos: Fundo Orla interna Orla externa Tarja Legendas Dimensões mínimas (m) Largura 0,40 Altura 0,45 Orla interna 0,0 Orla externa 0,01 Tarja 0,0 Branca Preta Branca Preta Preta Características das Placas de Identificação de Rodovias e Estradas Estaduais Forma Cor Fundo Branca Orla interna Orla externa Legendas Preta Branca Preta Exemplos: Dimensões mínimas (m) Largura 0,51 Altura 0,45 Orla interna 0,0 Orla externa 0,01 b) Placas de Identificação de Municípios Características das Placas de Identificação de Municípios Forma Cor Fundo Azul Retangular, com lado maior na horizontal Orla interna Orla externa Legenda Dimensões mínimas (m) Altura das letras 0,0 (*) Orla interna 0,0 Orla externa 0,01 Branca Azul Branca (*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquitetônico, etc.), podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os critérios de legibilidade Exemplos: FLORIANÓPOLIS GOIÂNIA c) Placas de Identificação de Regiões de Interesse de Tráfego e Logradouros A parte de cima da placa deve indicar o bairro ou avenida/rua da cidade. A parte de baixo a região ou zona em que o bairro ou avenida/rua estiver situado. Esta parte da placa é opcional. Características das Placas de Identificação de Regiões de Interesse de Tráfego e Logradouros Forma Retangular Fundo Orla interna Orla externa Tarja Legendas Cor Dimensões mínimas (m) Altura das letras 0,10 Orla interna 0,0 Orla externa 0,01 Tarja 0,01 Azul Branca Azul Branca Branca 4

139 Exemplos: f) Placas de Identificação de Limite de Municípios / Divisa de Estados / Fronteira / Perímetro Urbano Características das Placas de Identificação de Limite de Municípios / Divisa de Estados / Fronteira / Perímetro Urbano d) Placas de Identificação Nominal de Pontes, Viadutos, Túneis e Passarelas Características das Placas de Identificação Nominal de Pontes, Viadutos, Túneis e Passarelas Forma Retangular, com lado maior na horizontal Exemplos: Fundo Orla interna Orla externa Tarja Legendas Cor Dimensões mínimas (m) Altura das letras 0,10 Orla interna 0,0 Orla externa 0,01 Tarja 0,01 Azul Branca Azul Branca Branca Forma Retangular, com lado maior na horizontal Exemplos: Fundo Orla interna Orla externa Tarja Legendas Cor Dimensões mínimas (m) Altura das letras 0,1 Orla interna 0,0 Orla externa 0,01 Tarja 0,01 Azul Branca Azul Branca Branca e) Placas de Identificação Quilométrica Características das Placas de Identificação Quilométrica Forma Cor Fundo Azul Retangular, com lado maior na vertical Orla interna Orla externa Tarja Legendas Dimensões mínimas (m) Altura da letra 0,150 Altura da letra (ponto cardeal) 0,15 Altura do algarismo 0,150 Orla interna 0,00 Orla externa 0,010 Tarja(*) 0,010 Branca Azul Branca Branca g) Placas de Pedágio Características das Placas de Pedágio Forma Fundo Retangular, com lado maior na horizontal Orla interna Orla externa Tarja Legendas Seta Cor Dimensões mínimas (m) Altura das letras 0,0 Orla interna 0,0 Orla externa 0,01 Tarja 0,01 Azul Branca Azul Branca Branca Branca (*) quando separar a informação adicional do ponto cardeal Na utilização em vias urbanas as dimensões devem ser determinadas em função do local e do objetivo da sinalização. Exemplos: 43

140 Exemplos: Placas de Orientação de Destino Indicam ao condutor a direção que o mesmo deve seguir para atingir determinados lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias. a) Placas Indicativas de Sentido (Direção) Características das Placas Indicativas de Sentido Forma Retangular, com lado maior na horizontal Altura das letras Mensagens de Localidades Cor Mensagens de Nomes de Rodovias/Estradas ou Associadas aosseus Símbolos Cor Fundo Verde Fundo Azul Orla interna Orla externa Branca Verde Orla interna Orla externa Branca Azul Tarja Branca Tarja Branca Branca Legendas Legendas Branca Setas Branca Setas Branca Símbolos - De acordo com a rodovia / estrada Dimensões mínimas (m) VIA URBANA 0,15(*) VIA RURAL 0,150(*) Orla interna 0,00 Orla externa 0,010 Tarja 0,010 (*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquitetônico, etc.), podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os critérios de legibilidade Exemplos: b) Placas Indicativas de Distância Características das Placas Indicativas de Distância Forma Retangular, com lado maior na horizontal Mensagens de Localidades Mensagens de Nomes de Rodovias/Estradas ou Associadas aos seus Símbolos Cor Cor Fundo Verde Fundo Azul Orla interna Branca Orla interna Branca Orla externa Verde Orla externa Azul Tarja Branca Tarja Branca Legendas Branca Legendas Branca Símbolos - De acordo com a rodovia / estrada Altura das letras Dimensões mínimas (m) VIA URBANA 0,15(*) VIA RURAL 0,150(*) Orla interna 0,00 Orla externa 0,010 Tarja 0,010 (*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquitetônico, etc. ), podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os critérios de legibilidade Exemplos: 44

141 c) Placas Diagramadas Características das Placas Diagramadas Forma Retangular, com lado maior na horizontal Altura das letras Mensagens de Localidades Mensagens de Nomes derodovias/estradas ou Associadas aos seus Símbolos Cor Cor Fundo Verde Fundo Azul Orla interna Branca Orla interna Branca Orla externa Verde Orla externa Azul Tarja Branca Tarja Branca Legendas Branca Legendas Branca Setas Branca Setas Branca Símbolos - De acordo com a rodovia / estrada Dimensões mínimas (m) VIA URBANA 0,15(*) VIA RURAL 0,150(*) Orla interna 0,00 Orla externa 0,010 Tarja 0,010 Características das Placas Educativas Forma Cor Fundo Retangular Altura da letra(placas paracondutores) Orla interna Orla externa Tarja Legendas Pictograma Dimensões mínimas (m) Branca Preta Branca Preta Preta Preta VIA URBANA 0,15(*) VIA RURAL 0,150(*) Altura das letras (placas para pedestres) 0,050 Orla interna 0,00 Orla externa 0,010 Tarja 0,010 Pictograma 0,00 x 0,00 (*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquitetônico, etc.), podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os critérios de legibilidade Exemplos: (*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquitetônico, etc. ), podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os critérios de legibilidade Exemplos: Placas de Serviços Auxiliares Indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos podem dispor dos serviços indicados, orientando sua direção ou identificando estes serviços. Quando num mesmo local encontra-se mais de um tipo de serviço, os respectivos símbolos podem ser agrupados numa única placa Placas Educativas Tem a função de educar os usuários da via quanto ao seu comportamento adequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que reforcem normas gerais de circulação e conduta. a) Placas para Condutores Características das Placas de Serviços Auxiliares para Condutores Forma Cor Fundo Azul Quadro interno Branca Placa: retangular Seta Branca Quadro interno: quadrada Legenda Branca Fundo Branca Pictograma Figura Preta Constitui exceção a placa indicativa de Pronto Socorro onde o Símbolo deve ser vermelho. 45

142 Quadro interno Dimensões mínimas (m) VIA URBANA 0,0 x 0,0 VIA RURAL 0,40 x 0,40 Exemplos de Pictogramas: S-1 Área de estaciona mento S- Serviço telefônico S-3 Serviço mecânico S-4 Abasteci mento Placas de Atrativos Turísticos Indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos podem dispor dos atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua direção ou identificando estes pontos de interesse. S-5 Pronto socorro S-6 Terminal rodoviário S-7 Restaurante S-8 Borracheiro Exemplos de Pictogramas: Atrativos Turísticos Naturais S-9 Hotel S-10 Área de campismo S-11 Aeroporto S-1 Transporte sobre água TNA-01 Praia TNA-0 Cachoeira e Quedas d água TNA-03 Patrimônio Natural TNA-04 Estância Hidromineral Atrativos Históricos e Culturais S-13 Terminal ferroviário S-14 Ponto de parada S-15 Informação turística S-16 Pedágio Exemplos de Placas: THC-01 Templo THC-0 Arquitetura Histórica THC-03 Museu THC-04 Espaço cultural Área Para a Prática de Esportes Obs.: Os pictogramas podem ser utilizados opcionalmente nas placas de orientação. TDA-1 Aeroclube TDA- Marina TDA-3 Área para esportes náuticos b) Placas para Pedestres Características das Placas de Serviços Auxiliares para Pedestres Forma Cor Fundo Azul Retangular, lado maior na horizontal Orla interna Orla externa Pictograma Tarja Legendas Seta Fundo Figura Branca Azul Branca Branca Branca Branca Preta Áreas de Recreação TAR-01 Área de descanso TAR-0 Barco de passeio TAR-03 Parque Locais para Atividades de Interesse Turístico Dimensões mínimas (m) Altura das letras 0,05 Orla interna 0,0 Exemplos: Orla externa 0,01 Tarja 0,01 Pictograma 0,0 x 0,0 TIT-01 FestasPopulares TIT-04 Artesanato TIT-0 Teatro TIT-05 Zoológico TIT-03 Convenções TIT-06 Planetário 46

143 Exemplos: TIT-07 Feira Típica TIT-08 Exposição agropecuária TIT-09 Rodeio TIT-10 Pavilhão de feirase exposições a) Placas de Identificação de Atrativo Turístico Características das Placas de Identificação de Atrativo Turístico Forma Cor Retangular Exemplos de Placas: Fundo Orla interna Orla externa Legendas Fundo Pictograma Figura Dimensões mínimas (m) Altura das letras 0,10 Marrom Branca Marrom Branca Branca Preta Pictograma 0,40 x 0,40 Orla interna 0,0 Orla externa 0,01 b) Placas Indicativas de Sentido de Atrativo Turístico Características de Placas Indicativas de Sentido Forma Retangular Cor Fundo Orla interna Orla externa Tarja Legendas Setas Fundo Pictograma Figura Marrom Branca Marrom Branca Branca Branca Branca Preta c) Placas Indicativas de Distância de Atrativos Turísticos Características das Placas Indicativas de Distância de Atrativos Turísticos Forma Retangular Altura da letra (placas paracondutores) Cor Fundo Orla interna Orla externa Legendas Fundo Pictograma Figura Dimensões mínimas (m) Marrom Branca Marrom Branca Branca Preta VIA URBANA 0,15(*) VIA RURAL 0,150(*) Altura da letra (placas para pedestres) 0,050 Pictograma 0,00 x 0,00 Orla interna 0,00 Orla externa 0,010 (*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquitetônico, etc), podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os critérios de legibilidade Exemplos: Dimensões mínimas (m) Altura da letra VIA URBANA 0,15(*) (placas paracondutores) VIA RURAL 0,150(*) Altura da letra (placas para pedestres) 0,050 Pictograma 0,00 x 0,00 Orla interna 0,00 Orla externa 0,010 Tarja 0,010 (*) áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquitetônico, etc), podem apresentar altura de letra inferior, desde que atenda os critérios de legibilidade 47. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL É um subsistema da sinalização viária que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos sobre o pavimento das vias. Têm como função organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria, topografia ou frente a obstáculos; complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação. Em casos específicos, tem poder de regulamentação.

144 .1. CARACTERÍSTICAS A sinalização horizontal mantém alguns padrões cuja mescla e a forma de coloração na via definem os diversos tipos de sinais Padrão de Traçado Seu padrão de traçado pode ser: - Contínuo: são linhas sem interrupção pelo trecho da via onde estão demarcando; podem estar longitudinalmente ou transversalmente apostas à via. - Tracejado ou Seccionado: são linhas interrompidas, com espaçamentos respectivamente de extensão igual ou maior que o traço. - Símbolos e Legendas: são informações escritas ou desenhadas no pavimento, indicando uma situação ou complementando sinalização vertical existente..1.. Cores A sinalização horizontal se apresenta em cinco cores: - Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos opostos; na delimitação de espaços proibidos para estacionamento e/ou parada e na marcação de obstáculos. - Vermelha: utilizada para proporcionar contraste, quando necessário, entre a marca viária e o pavimento das ciclofaixas e/ou ciclovias, na parte interna destas, associada à linha de bordo branca ou de linha de divisão de fluxo de mesmo sentido e nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz). - Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido; na delimitação de trechos de vias, destinados ao estacionamento regulamentado de veículos em condições especiais; na marcação de faixas de travessias de pedestres, símbolos e legendas. - Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas portadoras de deficiência física, em áreas especiais de estacionamento ou de parada para embarque e desembarque. - Preta: utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a pintura. Para identificação da cor, neste documento, é adotada a seguinte convenção: SIMPLES SECCIONADA DUPLA CONTINUA DUPLA CONTINUA/SECCIONADA DUPLA SECCIONADA - Largura das linhas: mínima 0,10 m máxima 0,15 m - Distância entre as linhas: mínima 0,10 m máxima 0,15 m - Relação entre A e B: mínima 1: máxima 1:3 - Cor: amarela Exemplos de Aplicação: ULTRAPASSAGEM PERMITIDA PARA OS DOIS SENTIDOS ULTRAPASSAGEM PERMITIDA SOMENTE NO SENTIDO B.. CLASSIFICAÇÃO A sinalização horizontal é classificada em: - marcas longitudinais; - marcas transversais; - marcas de canalização; - marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada; - inscrições no pavimento...1. Marcas Longitudinais Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da pista destinada normalmente à circulação de veículos, a sua divisão em faixas, a separação de fluxos opostos, faixas de uso exclusivo de um tipo de veículo, reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem e transposição. De acordo com a sua função, as marcas longitudinais são subdivididas nos seguintes tipos: a) Linhas de Divisão de Fluxos Opostos Separam os movimentos veiculares de sentidos contrários e regulamentam a ultrapassagem e os deslocamentos laterais, exceto para acesso à imóvel lindeiro. SÍMPLES CONTÍNUA ULTRAPASSAGEM PROIBIDA PARA OS DOIS SENTIDOS b) Linhas de Divisão de Fluxo de Mesmo Sentido Separam os movimentos veiculares de mesmo sentido e regulamentam a ultrapassagem e a transposição. CONTÍNUA SECCIONADA 48

145 A B - Largura da linha: mínima 0,10 m máxima 0,0 m - Demarcação de faixa exclusiva no fluxo Largura da linha: mínima 0,0 m máxima 0,30 m - Relação entre A e B: mínima 1: máxima 1:3 - Cor: branca Exemplos de Aplicação: TRACEJADA - Largura da linha: a mesma da linha à qual dá continuidade - Relação entre A e B = 1:1 - Cor branca, quando dá continuidade a linhas brancas; cor amarela, quando dá continuidade a linhas amarelas. Exemplo de Aplicação: Proibida a ultrapassagem e a transposição de faixa entre A-B-C Permitida a ultrapassagem e a transposição de faixa entre D-E-F c) Linha de Bordo Delimita a parte da pista destinada ao deslocamento de veículos. CONTÍNUA - Largura da linha: mínima 0,10 m máxima 0,30 m - Cor: branca Exemplos de Aplicação: PISTA DUPLA..3. Marcas Transversais Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade e indicam travessia de pedestres e posições de parada. Em casos específicos têm poder de regulamentação. De acordo com a sua função, as marcas transversais são subdivididas nos seguintes tipos: a) Linha de Retenção Indica ao condutor o local limite em que deve parar o veículo. - Largura da linha: mínima 0,30 m máxima 0,60 m - Cor: branca Exemplo de Aplicação: PISTA ÚNICA DUPLO SENTIDO DE CIRCULAÇÃO d) Linha de Continuidade Proporciona continuidade a outras marcações longitudinais, quando há quebra no seu alinhamento visual. 49 b) Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade Conjunto de linhas paralelas que, pelo efeito visual, induzem o condutor a reduzir a velocidade do veículo.

146 TIPO PARALELA - Largura da linha: mínima 0,0 m máxima 0,40 m - Cor: branca Exemplo de Aplicação Antecedendo um Obstáculo Transversal c) Linha de Dê a Preferência Indica ao condutor o local limite em que deve parar o veículo, quando necessário, em locais sinalizados com a placa R-. - Largura da linha - A: mínima 0,30 m máxima 0,40 m - Distância entre as linhas - B: mínima 0,30 m máxima 0,80 m - Largura da faixa - C: em função do volume de pedestres e da visibilidade mínima 3,00 m recomendada 4,00 m - Largura da linha - D: mínima 0,40 m máxima 0,60 m - Largura da faixa - E: mínima 3,00 m recomendada 4,00 m branca E D branca Cor: branca Exemplos de Aplicação: - Largura da linha: mínima 0,0 m máxima 0,40 m - Relação entre A e B: 1:1 - Dimensões recomendadas: A = 0,50 m B = 0,50 m - Cor: branca amarela amarela amarela Exemplo de Aplicação: d) Faixas de Travessia de Pedestres Regulamentam o local de travessia de pedestres. TIPO ZEBRADA 50

147 e) Marcação de Cruzamentos Rodocicloviários Regulamenta o local de travessia de ciclistas. CRUZAMENTO EM ÂNGULO RETO - Largura das linhas internas - B: mínima 0,10 m - Espaçamento entre os eixos das linhas internas - C: mínimo 1,00 m - Cor: amarela Exemplo de Aplicação: CRUZAMENTO OBLÍQUO - Lado do quadrado ou losango: mínimo 0,40 m máximo 0,60 m - Relação: A = B = C - Cor: branca Exemplo de Aplicação: g) Marcação de Área de Cruzamento com Faixa Exclusiva Indica ao condutor a existência de faixa(s) exclusiva(s). f) Marcação de Área de Conflito Assinala aos condutores a área da pista em que não devem parar e estacionar os veículos, prejudicando a circulação. - Lado do quadrado: mínimo 1,00 m - Cor: amarela - para faixas exclusivas no contra-fluxo branca - para faixas exclusivas no fluxo Exemplo de Aplicação:..4. Marcas de Canalização Orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando a circulação de veículos. Regulamentam as áreas de pavimento não utilizáveis. Devem ser na cor branca quando direcionam fluxos de mesmo sentido e na proteção de estacionamento e na cor amarela quando direcionam fluxos de sentidos opostos. SEPARAÇÃO DE FLUXO DE TRÁFEGO DE SENTIDOS OPOSTOS - Largura da linha de borda externa - A: mínima 0,15 m 51

148 SEPARAÇÃO DE FLUXO DE TRÁFEGO DO MESMO SENTIDO ILHAS DE CANALIZAÇÃO E REFÚGIO PARA PEDESTRES CANTEIRO CENTRAL FORMADO COM MARCAS DE CANALIZA- ÇÃO COM CONVERSÃO À ESQUERDA Dimensões Circulação Área de proteção de estacionamento Largura da linha lateral A mínima 0,10 m mínima 0,10 m Largura da linha lateral B mínima 0,30 m mínima 0,10 m máxima 0,50 m máxima 0,40 m Largura da linha lateral C mínima 1,10 m mínima 0,30 m máxima 3,50 m máxima 0,60 m MARCA DE ALTERNÂNCIA DO MOVIMENTO DE FAIXAS POR SENTIDO Exemplos de Aplicação: ORDENAÇÃO DE MOVIMENTOS EM TREVOS COM ALÇAS E FAIXAS DE ACELERAÇÃO / DESACELERAÇÃO TA ILHAS DE CANALIZAÇÃO ENVOLVENDO OBSTÁCULOS NA PIS- SENTIDO ÚNICO SENTIDO DUPLO ORDENAÇÃO DE MOVIMENTO EM RETORNOS COM FAIXA ADI- CIONAL PARA O MOVIMENTO ACOMODAÇÃO PARA INÍCIO DE CANTEIRO CENTRAL SENTIDO DUPLO 5

149 SENTIDO ÚNICO É opcional o uso destas sinalizações quando utilizadas junto ao marco do ponto de parada de transporte coletivo. PROTEÇÃO DE ÁREAS DE ESTACIONAMENTO - Largura da linha: mínima 0,10 m máxima 0,0 m - Cor: amarela..5 Marcas de Delimitação e Controle de Estacionamento e/ou Parada Delimitam e propiciam melhor controle das áreas onde é proibido ou regulamentado o estacionamento e a parada de veículos, quando associadas à sinalização vertical de regulamentação. Em casos específicos, tem poder de regulamentação. De acordo com sua função as marcas de delimitação e controle de estacionamento e parada são subdivididas nos seguintes tipos: a) Linha de Indicação de Proibição de Estacionamento e/ou Parada Delimita a extensão da pista ao longo da qual aplica-se a proibição de estacionamento ou de parada e estacionamento estabelecida pela sinalização vertical correspondente. Exemplos de Aplicação: MARCA DELIMITADORA PARA PARADA DE ÔNIBUS EM FAIXA DE TRÂNSITO MARCA DELIMITADORA PARA PARADE DE ÔNIBUS EM FAIXA DE ESTACIONAMENTO - Largura da linha: mínima 0,10 m máxima 0,0 m - Cor: amarela Exemplo de Aplicação: MARCA DELIMITADORA PARA PARADE DE ÔNIBUS FEITA EM REENTRÂNCIA DE CALÇADA b) Marca Delimitadora de Parada de Veículos Específicos Delimita a extensão da pista destinada à operação exclusiva de parada. Deve sempre estar associada ao sinal de regulamentação correspondente. 53

150 MARCA DELIMITADORA PARA PARADA DE ÔNIBUS EM FAIXA DE TRÂNSITO COM AVANÇO DE CALÇADA NA FAIXA DE ESTACIO- NAMENTO - Cor: branca Em ângulo: - Linha contínua MARCA DELIMITADORA PARA PARADA DE ÔNIBUS COM SU- PRESSÃO DE PARTE DA MARCAÇÃO - Dimensões: A = mínima 0,10 m máxima 0,0 m B = largura efetiva da vaga C = comprimento da vaga D = mínima 0,0 m máxima 0,30 m B e C, estabelecidas em função das dimensões dos veículos a utilizar as vagas. - Cor: branca Exemplos de Aplicação: ESTACIONAMENTO PARALELO AO MEIO FIO c) Marca Delimitadora de Estacionamento Regulamentado Delimita o trecho de pista no qual é permitido o estacionamento estabelecido pelas normas gerais de circulação e conduta ou pelo sinal R- 6b. Paralelo ao meio-fio: - Linha simples contínua ou tracejada MARCA COM DELIMITAÇÃO DA VAGA MARCA SEM DELIMITAÇÃO DA VAGA - Largura da linha: mínima 0,10 m máxima 0,0 m - Relação: 1:1 54

151 ESTACIONAMENTO EM ÂNGULO - Comprimento da seta: Fluxo veicular: mínimo 5,00 m máximo 7,50 m Fluxo pedestre (somente seta Siga em Frente com parte da haste suprimida): mínimo,00 m máximo 4,00 m - Cor: branca INDICATIVO DE MUDANÇA OBRIGATÓRIO DE FAIXA ESTACIONAMENTO EM ÁREAS ISOLADAS - Comprimento da seta: mínimo 5,00 m máximo 7,50 m - Cor: branca INDICATIVO DE MOVIMENTO EM CURVA (USO EM SITUAÇÃO DE CURVA ACENTUADA) - Comprimento da seta: mínimo 4,50 m - Cor: branca..6 Inscrições no Pavimento Melhoram a percepção do condutor quanto às condições de operação da via, permitindo-lhe tomar a decisão adequada, no tempo apropriado, para as situações que se lhe apresentarem. São subdivididas nos seguintes tipos: a) Setas Direcionais Exemplos de Aplicação: 55

152 - Dimensões: comprimento mínimo 3,60 m máximo 6,00 m - Cor: branca "CRUZ DE SANTO ANDRÉ" INDICATIVO DE CRUZAMENTO RODOFERROVIÁRIO - Comprimento: 6,00 m - Cor: branca "BICICLETA" INDICATIVO DE VIA, PISTA OU FAIXA DE TRÂNSITO DE USO DE CICLISTAS Cor: branca "SERVIÇOS DE SAÚDE" INDICATIVO DE ÁREA OU LOCAL DE SERVIÇOS DE SAÚDE - Dimensão: diâmetro mínimo 1,0 m - Cor: conforme indicado DEFICIENTE FÍSICO INDICATIVO DE LOCAL DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS QUE TRANSPORTAM OU QUE SEJAM CONDUZIDOS POR PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS FÍSICAS b) Símbolos Indicam e alertam o condutor sobre situações específicas na via "DÊ A PREFERÊNCIA" INDICATIVO DE INTERSEÇÃO COM VIA QUE TEM PREFERÊN- CIA - Dimensão: lado mínimo 1,0 m - Cor: conforme indicado Exemplos de Aplicação: CRUZAMENTO RODOFERROVIÁRIO 56

153 CRUZAMENTO COM VIA PREFERENCIAL c) Legendas Advertem acerca de condições particulares de operação da via e complementam os sinais de regulamentação e advertência. 3. DISPOSITIVOS AUXILIARES Dispositivos Auxiliares são elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos próximos, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via. São constituídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou não de refletividade, com as funções de: - incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da via ou de obstáculos à circulação; - reduzir a velocidade praticada; - oferecer proteção aos usuários; - alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial ou que requeiram maior atenção. Os Dispositivos Auxiliares são agrupados, de acordo com suas funções, em: - Dispositivos Delimitadores; - Dispositivos de Canalização; - Dispositivos de Sinalização de Alerta; - Alterações nas Características do Pavimento; - Dispositivos de Proteção Contínua; - Dispositivos Luminosos; - Dispositivos de Proteção a Áreas de Pedestres e/ou Ciclistas; - Dispositivos de Uso Temporário DISPOSITIVOS DELIMITADORES São elementos utilizados para melhorar a percepção do condutor quanto aos limites do espaço destinado ao rolamento e a sua separação em faixas de circulação. São apostos em série no pavimento ou em suportes, reforçando marcas viárias, ou ao longo das áreas adjacentes a elas. Podem ser mono ou bidirecionais em função de possuírem uma ou duas unidades refletivas. O tipo e a(s) cor(es) das faces refletivas são definidos em função dos sentidos de circulação na via, considerando como referencial um dos sentidos de circulação, ou seja, a face voltada para este sentido. Obs: Para legendas curtas a largura das letras e algarismos podem ser maiores. - Comprimento mínimo: Para legenda transversal ao fluxo veicular: 1,60 m Para legenda longitudinal ao fluxo veicular: 0,5 m - Cor: branca Exemplos de Legendas: Tipos de Dispositivos Delimitadores: Balizadores - unidades refletivas mono ou bidirecionais, afixadas em suporte. - Cor do elemento refletivo: branca para ordenar fluxos de mesmo sentido; amarela para ordenar fluxos de sentidos opostos; vermelha em vias rurais, de pista simples, duplo sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor vermelha, junto ao bordo da pista ou acostamento do sentido oposto. Exemplo: 57 Balizadores de Pontes, Viadutos, Túneis, Barreiras e Defensas unidades refletivas afixadas ao longo do guarda-corpo e/ou mureta de obras de arte, de barreiras e defensas. - Cor do elemento refletivo: branca para ordenar fluxos de mesmo sentido; amarela para ordenar fluxos de sentidos opostos; vermelha em vias rurais, de pista simples, duplo sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor vermelha, afixados no guarda-corpo ou mureta de obras de arte, barreiras e defensas do sentido oposto.

154 Exemplo: Tachas elementos contendo unidades refletivas, aplicados diretamente no pavimento. - Cor do corpo: branca ou amarela, de acordo com a marca viária que complementa. - Cor do elemento refletivo: branca para ordenar fluxos de mesmo sentido; amarela para ordenar fluxos de sentidos opostos, vermelha em rodovias, de pista simples, duplo sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor vermelha, junto à linha de bordo do sentido oposto. - Especificação mínima: Norma ABNT. Cilindros Delimitadores Exemplo: Exemplos: Exemplo de aplicação: - Cor do Corpo: preta - Cor do Material Refletivo: amarela. Tachões elementos contendo unidades refletivas, aplicados diretamente no pavimento. - Cor do corpo: amarela - Cor do elemento refletivo: branca para ordenar fluxos de mesmo sentido; amarela para ordenar fluxos de sentidos opostos; vermelha em rodovias, de pista simples, duplo sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor vermelha, junto à linha de bordo do sentido oposto. - Especificação mínima: Norma ABNT. 3.. DISPOSITIVOS DE CANALIZAÇÃO Os dispositivos de canalização são apostos em série sobre a superfície pavimentada. Tipos de Dispositivos de Canalização: Prismas tem a função de substituir a guia da calçada (meiofio) quando não for possível sua construção imediata. - Cor: branca ou amarela, de acordo com a marca viária que complementa. Exemplo: Exemplos: 58 Segregadores tem a função de segregar pistas para uso exclusivo de determinado tipo de veículo ou pedestres. - Cor: amarela.

155 Exemplo: RELAÇÃO DE LADOS: 1: DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO DE ALERTA São elementos que têm a função de melhorar a percepção do condutor quanto aos obstáculos e situações geradoras de perigo potencial à sua circulação, que estejam na via ou adjacentes à mesma, ou quanto a mudanças bruscas no alinhamento horizontal da via. Possuem as cores amarela e preta quando sinalizam situações permanentes e adquirem cores laranja e branca quando sinalizam situações temporárias, como obras. Tipos de Dispositivos de Sinalização de Alerta: Marcadores de Obstáculos unidades refletivas apostas no próprio obstáculo, destinadas a alertar o condutor quanto à existência de obstáculo disposto na via ou adjacente a ela. Obstáculos com passagem só pela direita Obstáculos com passagem por ambos os lados Obstáculos com passagem só pela esquerda Marcador de Perigo indicando que a passagem poderá ser feita tanto pela direita como pela esquerda RELAÇÃO DE LADOS: 1:3 Marcadores de Alinhamento unidades refletivas fixadas em suporte, destinadas a alertar o condutor do veículo quando houver alteração do alinhamento horizontal da via. Exemplo de aplicação: Marcadores de Perigo unidades refletivas fixadas em suporte destinadas a alertar o condutor doveículo quanto a situação potencial de perigo. Marcador de Perigo indicando que a passagem deverá ser feita pela direita Marcador de Perigo indicando que a passagem poderá ser feita tanto pela direita como pela esquerda Marcador de perigo indicando que a passagem deverá ser feita pela esquerda 3.4. ALTERAÇÕES NAS CARACTERÍSTICAS DO PAVIMENTO São recursos que alteram as condições normais da pista de rolamento, quer pela sua elevação com a utilização de dispositivos físicos colocados sobre a mesma, quer pela mudança nítida de características do próprio pavimento. São utilizados para: - estimular a redução da velocidade; - aumentar a aderência ou atrito do pavimento; - alterar a percepção do usuário quanto a alterações de ambiente e uso da via, induzido-o a adotar comportamento cauteloso; - incrementar a segurança e/ou criar facilidades para a circulação de pedestres e/ou ciclistas DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTÍNUA São elementos colocados de forma contínua e permanente ao longo da via, confeccionados em material flexível, maleável ou rígido, que têm como objetivo: - evitar que veículos e/ou pedestres transponham determinado local; - evitar ou dificultar a interferência de um fluxo de veículos sobre o fluxo oposto. Tipos de Dispositivos para Fluxo de Pedestres e Ciclistas: Gradis de Canalização e Retenção Devem ter altura máxima de 1,0 m e permitir intervisibilidade entre veículos e pedestres. Exemplos: 59

156 Dispositivos de Contenção e Bloqueio Exemplo: 3.6. DISPOSITIVOS LUMINOSOS São dispositivos que se utilizam de recursos luminosos para proporcionar melhores condições de visualização da sinalização, ou que, conjugados a elementos eletrônicos, permitem a variação da sinalização ou de mensagens, como por exemplo: - advertência de situação inesperada à frente; - mensagens educativas visando o comportamento adequado dos usuários da via; - orientação em praças de pedágio e pátios públicos de estacionamento; - informação sobre condições operacionais das vias; - orientação do trânsito para a utilização de vias alternativas; - regulamentação de uso da via. Tipos de Dispositivos Luminosos: Painéis Eletrônicos Exemplos: Tipos de Dispositivos para Fluxo Veicular: Defensas Metálicas Especificação mínima: Norma ABNT Exemplos: Painéis com Setas Luminosas Exemplos: Barreiras de Concreto Especificação mínima: Norma ABNT Exemplos: 3.7. DISPOSITIVOS DE USO TEMPORÁRIO São elementos fixos ou móveis diversos, utilizados em situações especiais e temporárias, como operações de trânsito, obras e situações de emergência ou perigo, com o objetivo de alertar os condutores, bloquear e/ou canalizar o trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, equipamentos, etc. Aos dispositivos de uso temporário estão associadas as cores laranja e branca. Dispositivos Anti-ofuscamento Especificação mínima: Norma ABNT Exemplo: Tipos de Dispositivos de Uso Temporário: Cones Especificação mínima: Norma ABNT Exemplo: 60

157 Cilindro Especificação mínima: Norma ABNT Exemplo: DESMONTAVEIS Balizador Móvel Exemplo: Barreiras Exemplos: Fixas Tambores Exemplos: MÓVEIS Fita Zebrada Exemplo: Cavaletes Exemplos: ARTICULADOS Cancelas Vista Frontal Vista Lateral 61

158 PLÁSTICAS Tapumes Exemplos: Gradis Exemplos: Bandeiras Exemplos: Faixas Exemplos: Elementos Luminosos Complementares Exemplos: 6 4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas alternada ou intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos.

159 Existem dois () grupos: - a sinalização semafórica de regulamentação; - a sinalização semafórica de advertência. Formas e Dimensões SEMÁFORO DESTINADO A Movimento Veicular Movimento de Pedestres e Ciclistas FORMA DO FOCO DIMENSÃO DA LENTE Circular Quadrada Diâmetro: 00 mm ou 300 mm Lado mínimo: 00 mm 4.1. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE REGULAMENTAÇÃO A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o controle do trânsito num cruzamento ou seção de via, através de indicações luminosas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres. - Com símbolos, que podem estar isolados ou integrando um semáforo de três ou duas indicações luminosas. Exemplos: DIREÇÃO CONTROLADA Características Compõe-se de indicações luminosas de cores preestabelecidas, a- grupadas num único conjunto, dispostas verticalmente ao lado da via ou suspensas sobre ela, podendo neste caso ser fixadas horizontalmente Cores das Indicações Luminosas As cores utilizadas são: a) Para controle de fluxo de pedestres: - Vermelha: indica que os pedestres não podem atravessar. - Vermelha Intermitente: assinala que a fase durante a qual os pedestres podem atravessar está a ponto de terminar. Isto indica que os pedestres não podem começar a cruzar a via e os que tenham iniciado a travessia na fase verde se desloquem o mais breve possível para o local seguro mais próximo. - Verde: assinala que os pedestres podem atravessar. b) Para controle de fluxo de veículos: - Vermelha: indica obrigatoriedade de parar. - Amarela: indica atenção, devendo o condutor parar o veículo, salvo se isto resultar em situação de perigo. - Verde: indica permissão de prosseguir na marcha, podendo o condutor efetuar as operações indicadas pelo sinal luminoso, respeitadas as normas gerais de circulação e conduta. b) Para Pedestres CONTROLE OU FAIXA REVERSÍVEL DIREÇÃO LIVRE Tipos a) Para Veículos: - Compostos de três indicações luminosas, dispostas na sequência preestabelecida abaixo: O acendimento das indicações luminosas deve ser na sequência verde, amarelo, vermelho, retornando ao verde. 4.. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE ADVERTÊNCIA A sinalização semafórica de advertência tem a função de advertir da existência de obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante Características Compõe-se de uma ou duas luzes de cor amarela, cujo funcionamento é intermitente ou piscante alternado, no caso de duas indicações luminosas. Para efeito de segurança recomenda-se o uso de, no mínimo, dois conjuntos de grupos focais por aproximação, ou a utilização de um conjunto de grupo focal composto de dois focos vermelhos, um amarelo e um verde - Compostos de duas indicações luminosas, dispostas na sequência preestabelecida abaixo. Para uso exclusivo em controles de acesso específico, tais como praças de pedágio e balsa. 63 No caso de grupo focal de regulamentação, admite-se o uso isolado da indicação luminosa em amarelo intermitente, em determinados horários e situações específicas. Fica o condutor do veículo obrigado a reduzir a velocidade e respeitar o disposto no Artigo 9, inciso III, alínea C.

160 5. SINALIZAÇÃO DE OBRAS A Sinalização de Obras tem como característica a utilização dos sinais e elementos de Sinalização Vertical, Horizontal, Semafórica e de Dispositivos e Sinalização Auxiliares combinados de forma que: - os usuários da via sejam advertidos sobre a intervenção realizada e possam identificar seu caráter temporário; - sejam preservadas as condições de segurança e fluidez do trânsito e de acessibilidade; - os usuário sejam orientados sobre caminhos alternativos; - sejam isoladas as áreas de trabalho, de forma a evitar a deposição e/ou lançamento de materiais sobre a via. Na sinalização de obras, os elementos que compõem a sinalização vertical de regulamentação, a sinalização horizontal e a sinalização semafórica têm suas características preservadas. A sinalização vertical de advertência e as placas de orientação de destino adquirem características próprias de cor, sendo adotadas as combinações das cores laranja e preta. Entretanto, mantém as características de forma, dimensões, símbolos e padrões alfanuméricos: Sinalização vertical de Cor utilizada para Sinalização Advertência ou de Indicação de Obras Fundo Laranja Símbolo Preta Orla Tarjas Setas Letras Preta Preta Preta Preta Os dispositivos auxiliares obedecem as cores estabelecidas no capítulo 3 deste Anexo, mantendo as características de forma, dimensões, símbolos e padrões alfanuméricos. São exemplos de sinalização de obras: Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que cortem ortogonalmente a direção indicada pelos braços estendidos, qualquer que seja o sentido de seu deslocamento. Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que cortem ortogonalmente a direção indicada pelo braço estendido, qualquer que seja o sentido de seu deslocamento Ordem de diminuição da velocidade Braços estendidos horizontalmente com a palma da mão para a frente. Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para frente, do lado do trânsito a que se destina. Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo, fazendo movimentos verticais. Ordem de parada para os veículos aos quais a luz é dirigida 6. GESTOS a) Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito As ordens emanadas por gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito prevalecem sobre as regras de circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito. Os gestos podem ser: Braço estendido horizontalmente, agitando uma luz vermelha para um determinado veículo. Significado Ordem de parada obrigatória para todos os veículos. Quando executada em interseções, os veículos que já se encontrem nela não são obrigados a parar. Sinal Ordem de seguir Braço levantado verticalmente, com a palma da mão pra a frente. 64 Braço levantado, com movimento de antebraço para a retaguarda e a palma da mão voltada para trás.

161 b) Gestos de Condutores Obs.: Válido para todos os tipos de veículos. Significado Dobrar à esquerda Sinal NOÇÕES BÁSICAS DE MECÂNICA AUTOMOTIVA 01 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA Segurança A manutenção preventiva do veículo garante a segurança no trânsito. Estudo inédito realizado no Brasil revela que 7% dos acidentes são causados por falta de manutenção do veículo. Os itens de segurança (direção, freios, suspensão, pneus e rodas) quando não estão em boas condições podem colocar em risco a segurança do motorista, ocupantes e terceiros. É importante fazer manutenção regular desses itens em uma oficina de sua confiança. Economia A manutenção preventiva do veículo é a forma mais econômica de mantê-lo em bom estado de conservação, fator importante para a valorização na hora da revenda. Além disso, levar o veículo periodicamente à oficina de sua confiança permite que as revisões sejam programadas, evitando quebras inesperadas que podem afetar o seu orçamento. Assim como a sua saúde, a do seu carro deve ser feita de forma preventiva. Assim você e sua família estão em segurança. Veículo que não está com o motor regulado e com peças desgastadas consome mais combustível que o normal e perde desempenho. Por isso, se o consumo de combustível aumentou acima da média pode ser um sinal de que está na hora de levar o carro para revisão em uma oficina de sua confiança. Ecologia A manutenção preventiva do veículo também garante a melhoria da qualidade do ar que respiramos. Cuidar do carro também é uma ação ecologicamente correta. Com o tempo de uso, as peças sofrem desgaste natural e devem ser substituídas por outras de qualidade que estejam de acordo com as especificações do fabricante e que sejam de procedência conhecida. Veículo mal conservado polui mais e consome mais combustível. Seja solidário com o meio ambiente, cuidando bem do seu carro. Oficinas Para garantir que o veículo esteja em bom estado de conservação, é importante levá-lo em uma oficina de sua confiança. O motorista deve conversar com mecânico e explicar a forma como conduz o veículo e em quais condições o mesmo é submetido. Esses fatores são importantes para avaliação personalizada do veículo. O mecânico deve ser um consultor, assim como a relação de médico e paciente. Quanto mais informações ele tiver, melhor será o diagnóstico do problema, além de prever possíveis falhas. Dobrar à direita Diminuir a marcha ou parar 7. SINAIS SONOROS Sinais de apito Significado Emprego um silvo breve siga liberar o trânsito em direção / sentido indicado pelo agente. dois silvos breves pare indicar parada obrigatória um silvo longo diminuir a quando for necessário fazer marcha diminuir a marcha dos veículos. Os sinais sonoros somente devem ser utilizados em conjunto com os gestos dos agentes. NOÇÕES ELEMENTARES SOBRE MECÂNICA BÁSICA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. 65 Peças de qualidade e de procedência conhecida Quando o motorista precisa trocar uma peça do carro na oficina de sua confiança, é importante que exija do mecânico o item que foi substituído e a embalagem do novo componente. Só utilize peças de qualidade que estejam de acordo com as especificações do fabricante e de procedência conhecida. Lojas Em caso de comprar peças diretamente em lojas especializadas, o motorista deve optar por estabelecimentos conhecidos e sempre deve pedir a nota fiscal. Desconfie de preços muito baixos que podem ser sinal de que o componente não é de qualidade compatível com as especificações do fabricante do veículo. Verifique se a embalagem está intacta e lacrada. A caixa do produto deve identificar a peça, o nome, o telefone e o CNPJ do fabricante. Analise o componente e confira se ele realmente tem aparência de novo. Peça um catálogo e veja se as especificações da peça são compatíveis com o modelo do carro. Fonte: Itens de Manutenção preventiva Pneus e Direção: a) Verificar o desgaste e se há avarias na estrutura (bolhas ou cortes): a cada km b) Calibrar todos os pneus periodicamente: a cada km c) Fazer o rodízio conforme o indicado no manual do proprietário: a cada km d) Fazer balanceamento de todas as rodas, inclusive do estepe: a cada km e) Checar a geometria e verificar as torres: a cada km f) Verificar o nível do fluido da direção hidráulica: a cada km Freios: a) Verificar o nível do fluido de freio: a cada km b) Substituir o fluido de freio: conforme orientação do manual do proprietário c) Verificar as pastilhas nos freios a disco, substituindo-as quando houver desgaste: a cada km d) Verificar o estado dos discos de freio, substituindo-os quando necessário: a cada km e) Verificar o estado das lonas de freio e se há vazamentos nos cilindros de rodas: a cada km f) Avaliar o servo-freio pelo acionamento do pedal: a cada km g) Checar o freio de estacionamento e regular se necessário: a cada km Motor: a) Reapertar tampa de válvulas e tampa do cárter para evitar vazamentos: a cada km b) Trocar correia dentada: a cada km preventivamente c) Verificar nível do óleo: semanalmente d) Trocar óleo do motor: conforme orientação do manual do proprietário e) Substituir o filtro de óleo: a cada troca de óleo ou a cada km

162 Sistema de transmissão: a) Checar óleo do câmbio e trocar conforme orientações do fabricante: a cada km b) Chegar o sistema e o acionamento da transmissão: a cada km c) Verificar cabo, folga e funcionamento da embreagem: a cada km Sistema de emissões de gases: a) Verificar a integridade do sistema de escapamento: a cada km b) Avaliar integridade e eficiência do catalisador e da sonda lambda: a cada km Sistema de alimentação de combustível: a) Limpar o bico ou bicos injetores: a cada km b) Limpar e regular carburador: a cada km c) Checar estado das velas de ignição e substituir se necessário: a cada km d) Troque o filtro de combustível, se necessário: a cada km e) Substitua o filtro de ar: a cada km Suspensão e rodas: a) Verificar a existência de vazamentos ou batentes danificados nos amortecedores: a cada km b) Checar estado dos calços e das molas helicoidais: a cada km c) Checar estado e a existência de folgas nos pivôs, buchas e terminais: a cada km d) Verificar ruídos e folgas nos rolamentos das rodas: a cada km e) Verificar as juntas homocinéticas, substituindo-as quando apresentarem vazamentos: a cada km Sistema de arrefecimento: a) Verificar nível do líquido: semanalmente b) Verificar estado das mangueiras e possíveis vazamentos: a cada km c) Verificar o funcionamento da ventoinha: a cada km d) Drenar e limpar o sistema: a cada km e) Trocar o líquido e o aditivo do reservatório de expansão ou radiador: a cada km b) Verificar nível de água dos limpadores, adicionar aditivo de limpeza dos vidros: mensalmente c) Lubrificar fechaduras: a cada km Fonte: FUNCIONAMENTO BÁSICO DOS MOTORES O MOTOR A QUATRO TEMPOS Pontos Mortos e Curso: Durante seu movimento no interior do cilindro, o pistão atinge dois pontos extremos que são o Ponto Morto Alto (PMA) e o Ponto Morto Baixo (PMB). A distância entre os dois pontos mortos chama-se Curso. 1. Funcionamento do Motor a Quatro Tempos O motor a pistão não parte por si só. É preciso girá-lo algumas vezes até ocorrer a primeira combustão no cilindo. O funcionamento do motor ocorre através da repetição de ciclos. Um ciclo é formado pela sequência de quatro etapas denominadas tempos, durante os quais ocorrem as chamadas seis fases.. Primeiro Tempo: ADMISSÃO O primeiro tempo chama-se "admissão" e corresponde ao movimento do pistão do PMA (Ponto Morto Alto) para o PBM (Ponto Morto Baixo) com a válvula de admissão aberta. Nesse tempo, ocorre a primeira fase, que chama-se também "admissão", porque o pistão aspira a mistura de ar e combustível para dentro do cilindro. Quando o pistão chega ao PMB, a válvula de admissão fecha-se, e a mistura fica presa dentro do cilindro. O mecanismo que abre e fecha as válvulas chama-se sistema de comando de válvulas! Correias: Verificar o estado e ajustar a tensão se necessário das correias: a) bomba d'água: a cada km b) alternador: a cada km c) direção hidráulica: a cada km Ar-condicionado: a) Verificar estado e tensão da correia do compressor: a cada km b) Verificar funcionamento e limpeza do sistema: a cada km Sistema elétrico: a) Regulagem dos faróis: a cada km b) Verificar se há lâmpadas ou fusíveis queimados: mensalmente c) Testar o funcionamento de comandos e equipamentos elétricos: a cada km d) Verificar nível d'água da bateria (se necessário) e avaliar carga: a cada Outros itens: a) Trocar as palhetas dos limpadores de pára-brisas: a cada km Segundo Tempo: COMPRESSÃO O segundo tempo chama-se "compressão", e corresponde ao movimento do pistão do PMB para o PMA com as duas válvulas fechadas. Neste tempo ocorre a segunda fase, que também chama-se "compressão", porque o pistão comprime a mistura de ar e combustível que ficou presa dentro do cilindro. À primeira vista a compressão parece ser um

163 desperdício de trabalho, mas sem a mesma, a combustão produziria pouca potência mecânica e a energia do combustível perder-se-ia sob forma de calor. 4. Terceiro Tempo: TEMPO MOTOR Antes do 3º tempo, ocorre a terceira fase, denominada "ignição", quando a vela produz uma faísca, dando início à quarta fase, que é a "combustão". O 3º tempo (Tempo Motor) corresponde à descida do pistão do PMA para o PMB, provocada pela forte pressão dos gases queimados que se expandem. Essa é a quinta fase de funcionamento do motor, e chama-se "expansão". O motor pode agora funcionar sozinho, pois o impulso dado é suficiente para mantê-lo girando até a próxima combustão.. Primeiro Tempo: Admitindo que o motor já esteja em funcionamento, o pistão sobe comprimindo a mistura no cilindro e produzindo um rarefação no cárter. Aproximando-se do ponto morto alto, dá-se a ignição e a combustão da mistura. Ao mesmo tempo, dá-se a admissão da mistura nova no cárter, devido à rarefação que se formou durante a subida do pistão. 5. Quarto Tempo: EXAUSTÃO O 4º tempo chama-se "escapamento", "escape" ou "exaustão" e corresponde à subida do pistão do PMB para o PMA com a válvula de escapamento aberta. Nesse tempo ocorre a sexta fase, que chama-se também "exaustão", porque os gases queimados são expulsos do cilindro pelo pistão. Quando este chega ao PMA, a válvula de exaustão fecha-se, encerrando o primeiro ciclo, e então tudo se repete, na mesma sequência. 3. Segundo Tempo: Neste tempo, os gases da combustão se expandem, fazendo o pistão descer, comprimindo a mistura no cárter. Aproximando-se o ponto morto baixo, o pistão abre a janela de exaustão, permitindo a saída do gases queimados. A seguir abre-se a janela de transferência, e a mistura comprimida no cárter invade o cilindro, expulsando os gases queimados. Notas: Tempo é o conjunto das fases que ocorrem quando o pistão percorre um curso. O MOTOR A DOIS TEMPOS 1. O motor a dois tempos recebe esse nome porque seu ciclo é constituído por apenas dois tempos, conforme veremos no item seguinte. Mecanicamente ele é bastante simples e possui poucas peças móveis. O próprio pistão funciona como válvula deslizante, abrindo e fechando janelas, por onde a mistura é admitida e os gases queimados são expulsos. Nota: Durante o ciclo de dois tempos ocorrem também seis fases como no motor a quatro tempos, das quais quatro (admissão, compressão, ignição e combustão) ocorrem no primeiro tempo e duas (expansão e exaustão) no segundo tempo Vantagens e desvantagens: O motor a dois tempos é mais simples, mais leve e mais potente que o motor a quatro tempos, porque produz um tempo motor em cada volta do eixo de manivelas. Além disso, seu custo é menor, sendo por isso muito utilizado em aviões ultra-leves e autogiros. Contudo, não é usado nos aviões em geral, devido às seguintes desvantagens: a) É pouco econômico, porque uma parte da mistura admitida no cilindro foge juntamente com os gases queimados; b) Após o escampamento, uma parte dos gases queimados permanece no cilindro, contaminando a mistura nova admitida;

164 c) O motor a dois tempos se aquece mais, porque as combustões ocorrem com maior frequência; d) A lubrificação é imperfeita, porque é preciso fazê-la através do óleo diluído no combustível; e) O motor é menos flexível do que o de quatro tempos, isto é, a sua eficiência diminui mais acentuadamente quando variam as condições de rotação, altitude, temperatura, etc... fonte: CICLO DE UM MOTOR DIESEL A. No primeiro estágio do ciclo de combustão, chamado indução, o ar é aspirado para o interior do cilindro, penetrando nele através da válvula de entrada. B. Durante o segundo estágio, a compressão, o pistão sobe e comprime o ar dentro do cilindro, em proporção muito mais elevada do que num motor a gasolina comum. C. Na ignição, o combustível é injetado no ar comprimido a alta temperatura, entrando em combustão espontânea e forçando o movimento do pistão para baixo. D. No último estágio, denominado exaustão, os gases que se formaram na fase anterior são expelidos do interior do cilindro pelo movimento ascendente do pistão. No motor diesel a descida do pistão não aspira mistura combustível; somente ar puro entra no cilindro. E, quando o pistão se desloca para cima, apenas esse ar sofre compressão. A compressão interna no cilindro atinge um grau muito mais elevado que nos motores a gasolina - suas taxas de compressão vão de 14:1 a 5:1. Em consequência, a temperatura do ar comprimido eleva-se consideravelmente, chegando a ultrapassar os 700º. À medida que o pistão se aproxima do limite máximo de seu curso, um fino jato de combustível é impulsionado para o interior do cilindro. Devido à alta compressão, o ar fica tão quente que, ao receber o combustível, faz este entrar em combustão espontânea, dispensando a presença da vela de ignição (ou ignição eletrônica). Fonte.portal são Francisco. da temperatura provocado pela compressão da mistura inflamável. As principais diferenças entre o motor a gasolina e o motor diesel são as seguintes: enquanto o motor a gasolina funciona com a taxa de compressão que varia de 8:1 a 1:1, no motor diesel esta varia de 14:1 a 5:1. Dai a robustez de um relativamente a outro. Enquanto o motor a gasolina aspira a mistura - ar + combustível - para a câmara de combustão e queima a partir de uma faísca elétrica fornecida pela vela de ignição no momento de máxima compressão. No motor diesel não existe uma aspiração, mas sim uma injeção de óleo (combustível) no momento de máxima compressão, a alta taxa de oxigênio faz com que o óleo entre em combustão, produzindo a explosão sem a necessidade da ignição elétrica. O Engenheiro Rudolf Diesel, chegou a esse método quando aperfeiçoava máquinas a vapor INJEÇÃO ELETRÔNICA Injeção Eletrônica Devido à rápida evolução dos motores dos automóveis, além de fatores como controle de emissão de poluentes e economia de combustível, o velho carburador que acompanhou praticamente todo o processo de evolução automotiva, já não supria as necessidades dos novos veículos. Foi então que começaram a ser aprimorados os primeiros sistemas de injeção eletrônica de combustível, uma vez que desde a década de 50 já existiam sistemas "primitivos", para aplicações específicas. Para que o motor tenha um funcionamento suave, econômico e não contamine o ambiente, ele necessita receber a perfeita mistura ar/combustível em todas as faixas de rotação. Um carburador, por melhor que seja e por melhor que esteja sua regulagem, não consegue alimentar o motor na proporção ideal de mistura em qualquer regime de funcionamento. Os sistemas de injeção eletrônica têm essa característica de permitir que o motor receba somente o volume de combustível que ele necessita. O motor a diesel ou motor de ignição por compressão é um motor de combustão interna inventado pelo engenheiro alemão Rudolf Diesel ( ), em que a combustão do combustível se faz pelo aumento 68 Sistema single-point

165 Sistema multi-point Mais do que isto, os conversores catalíticos - ou simplesmente catalizadores - tiveram papel decisivo no desenvolvimento de sistemas de injeção eletrônicos. Para que sua eficiência fosse plena, seria necessário medir a quantidade de oxigênio presente no sistema de exaustão e alimentar o sistema com esta informação para corrigir a proporção da mistura. O primeiro passo neste sentido, foram os carburadores eletrônicos, mas cuja difícil regulagem e problemas que apresentaram, levaram ao seu pouco uso. Surgiram então os primeiros sistemas de injeção single-point ou monoponto, que basicamente consistiam de uma válvula injetora ou bico, que fazia a pulverização do combustível junto ao corpo da borboleta do acelerador. Basicamente o processo consiste em que toda vez que o pedal do acelerador é acionado, esta válvula (borboleta), se abre admitindo mais ar. Um sensor no eixo da borboleta, indica o quanto de ar está sendo admitido e a necessidade de maior quantidade de combustível, que é reconhecida pela central de gerenciamento e fornece o combustível adicional. Para que o sistema possa suprir o motor com maiores quantidades de combustível de acordo com a necessidade, a linha de alimentação dos bicos (injetores) é pressurizada e alimentada por uma bomba de combustível elétrica, a qual envia doses maiores que as necessárias para que sempre o sistema possa alimentar adequadamente o motor em qualquer regime em que ele funcione. O excedente retorna ao tanque. Nos sistemas single point a alimentação é direta ao bico único. No sistema multi-point, em que existe um bico para cada cilindro, localizado antes da válvula de admissão, existe uma linha de alimentação única para fornecer combustível para todos os injetores. Seja no caso de sistemas single-point ou multi-point, os bicos injetores dosam a quantidade de combustível liberada para o motor pelo tempo em que permanecem abertos. As válvulas de injeção são acionadas eletromagneticamente, abrindo e fechando através de impulsos elétricos provenientes da unidade de comando. Quando e por quanto tempo devem ficar abertas estas válvulas, depende de uma série de medições feitas por diversos sensores distribuídos pelo veículo. Assim, não são apenas o sensor no corpo da borboleta e a sonda lambda que determinam o quanto de combustível deve ser liberado a mais ou a menos, mas também os itens que se seguem: UNIDADE CENTRAL DE INJEÇÃO - Também chamado corpo de borboleta engloba vários componentes e sensores. Montado no coletor de admissão, ele alimenta os cilindros do motor. Na unidade central de injeção encontram-se a válvula de injeção, o potenciômetro da borboleta, o atuador de marcha lenta, o regulador de pressão e o sensor de temperatura do ar. SONDA LAMBDA - Funciona como um nariz eletrônico. A sonda lambda vai montada no cano de escape do motor, em um lugar onde se atinge uma temperatura necessária para a sua atuação em todos os regimes de funcionamento do motor. A sonda lambda fica em contato com os gases de escape, de modo que uma parte fica constantemente exposta aos gases provenientes da combustão e outra parte da sonda lambda fica em contato com o ar exterior. Se a quantidade de oxigênio não for ideal em ambas as partes, será gerada 69 uma tensão que servirá de sinal para a unidade de comando. Através deste sinal enviado pela sonda lambda, a unidade de comando pode variar a quantidade de combustível injetado. SENSOR DE PRESSÃO - Os sensores de pressão possuem diferentes aplicações. Medem a pressão absoluta no tubo de aspiração (coletor) e informam à unidade de comando em que condições de aspiração e pressão o motor está funcionando, para receber o volume exato de combustível. POTENCIÔMETRO DA BORBOLETA - O potenciômetro da borboleta de aceleração está fixado no corpo da borboleta e é acionado a- través do eixo da borboleta de aceleração. Este dispositivo informa para a unidade de comando todas as posições da borboleta de aceleração. Desta maneira, a unidade de comando obtém informações mais precisas sobre os diferentes regimes de funcionamento do motor, utilizando-as para influenciar também na quantidade de combustível pulverizado. MEDIDOR DE MASSA DE AR - O medidor de massa de ar está instalado entre o filtro de ar e a borboleta de aceleração e tem a função de medir a corrente de ar aspirada. Através dessa informação, a unidade de comando calculará o exato volume de combustível para as diferentes condições de funcionamento do motor. MEDIDOR DE FLUXO DE AR - Tem como função informar à unidade de comando a quantidade e a temperatura do ar admitido, para que tais informações influenciem na quantidade de combustível pulverizada. A medição da quantidade de ar admitida se baseia na medição da força produzida pelo fluxo de ar aspirado, que atua sobre a palheta sensora do medidor, contra a força de uma mola. Um potenciômetro transforma as diversas posições da palheta sensora em uma tensão elétrica, que é enviada como sinal para a unidade de comando. Alojado na carcaça do medidor de fluxo de ar encontra-se também um sensor de temperatura do ar, que deve informar à unidade de comando a temperatura do ar admitido durante a aspiração, para que esta informação também influencie na quantidade de combustível a ser injetada. ATUADOR DA MARCHA LENTA - O atuador de marcha lenta funciona tem a função de garantir uma marcha lenta estável, não só na fase de aquecimento, mas em todas as possíveis condições de funcionamento do veículo no regime de marcha lenta. O atuador de marcha lenta possui internamente duas bobinas (ímãs) e um induzido, onde está fixada uma palheta giratória que controla um bypass de ar. Controlado pela unidade de comando, são as diferentes posições do induzido, juntamente com a palheta giratória, que permitem uma quantidade variável de ar na linha de aspiração. A variação da quantidade de ar é determinada pelas condições de funcionamento momentâneo do motor, onde a unidade de comando, através dos sensores do sistema, obtém tais informações de funcionamento, controlando assim o atuador de marcha lenta. SENSOR DE TEMPERATURA - Determina o atingimento da temperatura ideal de funcionamento e corrige a quantidade de mistura enviada ao motor. SENSOR DE VELOCIDADE DO MOTOR - Este sensor determina a que rotação o motor opera instantaneamente. Entre outras razões, geralmente esta leitura é cruzada com a dos aceleradores eletrônicos para determinar a "vontade" do motorista e dosar as quantidades necessárias de mistura, de acordo com as curvas de torque e potência ideais do motor. A evolução dos sistemas de injeção de combustível, possibilitou não apenas as características e vantagens acima descritas, como também propiciou a incorporação do sistema de ignição. Desta forma os modernos sistemas de injeção, também são responsáveis pelo gerenciamento do ponto de ignição. Alguns dos principais itens nesta tarefa, são: SENSOR DE ROTAÇÃO - Na polia do motor está montada uma roda dentada magnética com marca de referência. A unidade de comando calcula a posição do virabrequim e o número de rotações do motor, originando o momento correto da faísca e da injeção de combustível. SENSOR DE DETONAÇÃO - Instalado no bloco do motor, o sensor de detonação converte as vibrações do motor em sinais elétricos. Estes sinais permitem que o motor funcione com o ponto de ignição

166 o mais adiantado possível, conseguindo maior potência sem prejuízo para o motor. BOBINAS PLÁSTICAS - As bobinas plástica têm como função gerar a alta tensão necessária para produção de faíscas nas velas de ignição, como as tradicionais bobinas asfálticas. Dimensões mais compactas, menor peso, melhor resistência às vibrações, mais potência, são algumas das vanta-gens oferecidas pelas bobinas plásticas. A- lém disso, as bobinas plásticas possibilitaram o aparecimento dos sistemas de ignição direta, ou seja, sistemas com bobinas para cada vela ou par de velas, eliminando dessa forma a necessidade do distribuidor. Com suas características inovadoras, as bobinas plásticas garantem um perfeito funcionamento dos atuais sistemas de ignição, em função da obtenção de tensões de saída mais elevadas. O sistema de lubrificação típico de um motor é composto por diversos componentes que fazem circular óleo no sistema, controlam a pressão do mesmo e fazem a sua filtragem de maneira que ocorra uma lubrificação adequada em todas as áreas de atrito, sob todas as condições de funcionamento. Os principais componentes que influem no funcionamento adequado do sistema são: Filtro de sucção Bomba de óleo Válvula aliviadora de pressão Filtro de óleo Galerias principais e tributárias Canais de lubrificação de mancais e bielas Vale salientar que tanto para o sistema de injeção, como o de ignição, a lista de componentes (sensores e atuadores), costuma ser um tanto mais extensa e que varia tanto de acordo com o fabricante como também de um modelo para outro. Sistemas mais recentes e sofisticados podem conter mais de uma centena de elementos e realizar outra centena de operações, interagindo com o sistema de ar-condicionado, direção hidráulica, câmbio automático, controles de tração e de estabilidade, entre outros. O gerenciamento de todas as leituras efetuadas pelos diversos sensores, de forma a determinar basicamente quando e em que quantidades o combustível deve ser fornecido ao motor e, em que momento deve ocorrer a faísca (nos sistemas que incorporam a ignição), fica a cargo da ECU (Eletronic Control Unit), ou Unidade de Controle Eletrônico. Para tanto, utiliza-se de um programa que visa "decidir" o que fazer em cada situação e de acordo com a "vontade" do motorista, visando proporcionar o melhor rendimento possível, dentro de parâmetros adequados de consumo e de poluição. Fonte: www. envenenado.com.br W.J SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO; O sistema de lubrificação do motor garante que todas as suas peças móveis - especialmente pistões, virabrequins, eixo do comando de válvulas, bielas e tuchos - funcionem sem que as superfícies de contato entre eles e demais componentes realizem muito atrito entre si, diminuindo assim os desgaste elevado e superaquecimento. O óleo que circula dentro do motor fica depositado na parte baixa do bloco, conhecida como cárter, já que neste ponto - não apenas por razões físicas - ele mantém-se mais resfriado em relação ao que circula pelo motor. Do cárter, o óleo é sugado pela bomba de óleo através de um tudo coletor - que tem em sua extremidade um filtro de malha grossa (filtro de sucção) para retenção das partículas maiores de metal e outros possíveis fragmentos que possam danificar a bomba, além de realizar uma filtragem preliminar. A bomba, por pressão força o lubrificante através do filtro de óleo, que tem por função reter as partículas menores que estejam em suspensão no óleo e que poderiam interferir em sua viscosidade adequada, bem como aumentariam o atrito e até mesmo a abrasividade no contato das partes móveis. O lubrificante que sai do filtro segue por diversas passagens (pequenos canais perfurados ou criados na fundição do bloco), atingindo todos os componentes que precisam lubrificação. O primeiro fluxo chega à chamada galeria principal de óleo, disposta longitudinalmente ao bloco, com o justo objetivo de atingir assim toda a sua extensão. Desta galeria, derivam outros canais ou orifícios (conforme o motor) que atingem primeiramente o virabrequim, atuando sobre os mancais principais. Aqui também podem haver variações de um motor para outro, mas em geral por meio de pequenos canais perfurados no virabrequim, o óleo é conduzido aos casquilhos das bielas. Estas por sua vez, também através de canais que ligam a cabeça ao pé da biela ou apenas uma passagem em sua cabeça, esguicham óleo dentro do corpo do pistão e nas paredes do cilindro. Seja qual for a forma de lubrificação do cilindro, o anel inferior do pistão (anel de óleo) "raspa" a sua parede no movimento de descida, com o objetivo de que o lubrificante não seja queimado na combustão. 70

167 05 - ARREFECIMENTO; Sistemas de arrefecimento Karim Nice Introdução Os motores a gasolina melhoraram um bocado em seus mais de 100 anos de vida, mas ainda não são muito eficientes na transformação de energia química em força mecânica. A maior parte da energia na gasolina (talvez 70%) se converte em calor, e o trabalho do sistema de arrefecimento é controlar esse calor. Para ter uma ideia, o sistema de arrefecimento de um carro rodando numa estrada dissipa calor suficiente para aquecer duas casas de tamanho médio! A tarefa principal do sistema de arrefecimento é transferir calor para o ar, impedindo que o motor superaqueça, mas o sistema também tem outras tarefas importantes. O motor em seu carro roda melhor numa temperatura média. Quando ele está frio, seus componentes se desgastam mais rapidamente, o motor é menos eficiente e emite mais poluentes. Cabe aos sistemas de arrefecimento permitir que o motor se aqueça com a maior velocidade possível e, então, mantê-lo numa temperatura constante. Além de suprir algum óleo ao virabrequim, bielas e pistões, a galeria principal tem derivações (como efluentes de um rio), chamadas de sangrias ou tributárias, que tem o papel de distribuir fluido ao sistema de comando de válvulas. Uma outra sangria também alimenta as corrente ou engrenagens sincronizadoras do comando de válvulas, em motores que utilizam este sistema de sincronização. A pressão gerada pela bomba de óleo, geralmente varia bastante durante os diversos regimes de funcionamento de um motor, já que seu acionamento é feito pelo virabrequim ou pelo comando, condicionando maiores pressões apenas quando são mais elevadas as rotações do motor, justamente quando aumenta a exigência de lubrificação. Por estas razões que motores (carburados) que tem marcha lenta irregular, apresentam indicações de baixa pressão de óleo. Um motor frio por outro lado costuma registrar maior pressão de óleo do que um quente, em função do aumento de viscosidade, que faz com que a bomba encontre maior dificuldade para fazer o óleo passar pelas estreitas galerias e pelo filtro, além de explicar porque o indicador de pressão de óleo se acende toda vez que se dá partida em um motor frio. Para evitar danos a bomba nestas ou em outras situações em que a pressão suba demasiadamente, é que existe a válvula aliviadora de pressão, que faz parte do óleo retornar ao cárter. Apesar do sistema de vedação dos pistões, quando estes não estão devidamente ajustados, estão gastos ou quebrados, ou ainda em regimes extremos de funcionamento, parte dos gases escapa entre as paredes de cilindros e pistões, aumentando a pressão do sistema. Para resolver este problema, existe um sistema de emissão do cárter ou de respiro, que consiste de uma mangueira que liga o sistema ao carburador ou filtro de ar e retornando ao motor para queima. Esta mangueira conduz os gases liberados por uma válvula de uma via, que se abre toda vez que a pressão dos gases do motor aumenta demais. Pressão do óleo muito baixa Indica que pode haver vazamento de óleo, problemas com a bomba ou insuficiência de óleo. Qualquer que seja a razão, pare o carro imediatamente e chame um mecânico. Prosseguir rodando nestas condições, pode acarretar danos sérioso por lubrificação inadequada ou inexistente de diversas partes do motor! Pressão do óleo muito alta Indica que o filtro de óleo pode estar demasiadamente sujo ou até mesmo entupido, a válvula de alívio pode ter problemas ou alguma galeria entupida. Apesar ser um pouco menos grave, da mesma forma providencie reparo urgente, pois se for caso de entupimento de galerias, os riscos serão tão graves como na situação anterior. Fonte: 71 Fundamentos básicos O combustível é queimado constantemente no motor do seu carro. Muito do calor dessa combustão sai diretamente pelo sistema de escapamento, mas um pouco dele é absorvido pelo motor, aquecendo-o. O motor funciona melhor quando o seu líquido arrefecedor está a aproximadamente 90ºC (00ºF). A esta temperatura: a câmara de combustão está quente o suficiente para vaporizar completamente o combustível, permitindo melhor combustão e reduzindo as emissões; o óleo usado para lubrificar o motor fica menos viscoso (mais fino), por isso as partes do motor se movem mais livremente e ele desperdiça menos força movendo seus próprios componentes; as partes de metal se desgastam menos. Há dois tipos de sistemas de arrefecimento encontrados em carros: arrefecimento a líquido e arrefecimento a ar. Arrefecimento a líquido O sistema de arrefecimento a líquido faz circular um fluido por mangueiras e partes do motor. Ao passar pelo motor quente o líquido absorve calor, resfriando o motor. Depois que o fluido deixa o motor ele passa por um trocador de calor, ou radiador, que transfere o calor do fluido para o ar que passa pelo radiador. Arrefecimento a ar Alguns carros mais antigos (o Fusca e seus derivados, por exemplo) e uns poucos contemporâneos usam motores refrigerados a ar. Em vez de haver um líquido circulando pelo motor, o bloco e o cabeçote são dotados de aletas que aumentam a área de absorção de calor e de contato com o ar, conduzindo o calor para longe do motor. Uma potente ventoinha força o ar sobre essas aletas, que resfriam o motor ao acelerar a transferência de calor para o ar. Quando o motor é exposto ao fluxo de ar, como nas motocicletas, a ventoinha pode ser dispensada. Como a maioria dos carros é arrefecida a líquido, neste artigo daremos atenção a esse sistema. Tubulação Há muitos tubos, mas não só isso, no sistema de arrefecimento de um carro. Vamos começar pela bomba d'água, nesta página, e seguir por todo o sistema nas próximas seções. A bomba d'água manda para o bloco do motor o fluido, que passa ao redor dos cilindros e depois pelo cabeçote do motor, por passagens existentes para esse fim. Há uma válvula termostática (sensível à temperatura) no ponto de saída do fluido. Se a válvula termostática está fechada, o sistema de mangueiras ao redor dela manda o fluido diretamente de volta à bomba d'água, para circular pelo bloco e cabeçote apenas; se aberta, o fluido passa pelo radiador primeiro e então volta para a bomba d'água. Há também um circuito separado para o sistema de aquecimento (popularmente chamado de ar quente). Esse circuito pega o fluido do cabeçote e o faz passar pelo núcleo do aquecedor antes de voltar à bomba d'água.

168 Enquanto gira, a bomba d'água usa força centrífuga para mandar fluido para fora, fazendo o líquido ser puxado do centro continuamente. A entrada para a bomba está localizada perto do centro para que o fluido que retorna do radiador bata nas pás da bomba, e essas lancem o fluido para fora da bomba, de onde pode seguir para o motor. O fluido que sai da bomba passa primeiro pelo bloco do motor, pelo cabeçote, pelo radiador e finalmente volta para a bomba Em alguns motores mais modernos o fluxo começa pelo cabeçote, a parte mais quente, e só depois continua pelo bloco. Motor O bloco e o cabeçote do motor têm muitas passagens, moldadas durante a fundição ou usinadas, para permitir que o fluido corra livremente, chegando às partes mais críticas do motor. Em carros com câmbio automático também há um circuito separado, dentro do radiador, para resfriar o fluido do câmbio. O óleo do câmbio é bombeado para um segundo trocador de calor dentro do radiador. Fluido Os carros rodam em regiões muito diversas em alguns lugares a temperatura pode ficar abaixo de 0; em outros, muito acima de 40º C. Por isso, qualquer fluido usado no arrefecimento do motor precisa ter um ponto de congelamento muito baixo, um ponto de ebulição muito alto e deve ter a capacidade de armazenar muito calor. A água é um dos fluidos mais eficazes na conservação de calor, mas ela congela numa temperatura muito alta para ser usada em motores de automóveis. O fluido que a maioria dos carros usa é uma mistura de água e etileno-glicol (CH6O), também conhecido como aditivo de radiador ou anticongelante. Adicionando-se etileno-glicol à água, os pontos de ebulição e de congelamento melhoram significativamente. Água pura 50/50 CH6O/Água Ponto de congelamento 0º C -37º C -55º C Ponto de ebulição 100º C 106º C 113º C 70/30 CH6O/Água A temperatura do líquido de arrefecimento pode chegar, às vezes, de 11º C a 135º C. Mesmo com a adição do etileno-glicol, essas temperaturas ferveriam o líquido de arrefecimento; logo, algo mais tem de ser feito para elevar o ponto de ebulição. O sistema de arrefecimento usa pressão para elevar ainda mais o ponto de ebulição do líquido de arrefecimento. Assim como a temperatura de ebulição é mais alta numa panela de pressão, a temperatura do líquido de arrefecimento ficará mais alta se o sistema for pressurizado. A maioria dos carros tem um limite de pressão de 14 a 15 libras por polegada quadrada (lb/pol²), ou 0,96 a 1,03 bar, o que aumenta o ponto de ebulição outros 5º C, permitindo que o líquido de arrefecimento suporte as altas temperaturas. O anticongelante também contém aditivos para resistir à corrosão. Bomba d'água A bomba d'água é uma simples bomba centrífuga acionada por uma correia conectada ao virabrequim. A bomba faz o fluido circular sempre que o motor está ligado. Note que as paredes do cabeçote são finas e que o bloco do motor é praticamente oco As temperaturas na câmara de combustão do motor podem chegar a.500º C, o que torna vital resfriar a área ao redor do cabeçote. As áreas ao redor das válvulas de escapamento são especialmente importantes, e quase todos os espaços do cabeçote ao redor das válvulas que não têm função estrutural são preenchidos com o líquido de arrefecimento. Se o motor ficar sem refrigeração por muito tempo, ele pode fundir. Quando isto acontece, é porque o metal se aqueceu tanto que o pistão se soldou ao cilindro e geralmente o motor é destruído. O cabeçote também tem grandes condutos para o líquido de arrefecimento passar Uma maneira interessante de reduzir as demandas para o sistema de arrefecimento é reduzir a quantidade de calor que é transferida da câmara de combustão para as partes metálicas do motor. Por isso, alguns motores têm a parte interna do topo do cabeçote revestida com uma fina camada de cerâmica, que não conduz bem o calor. Dessa maneira menos calor é transferido ao metal, e mais calor vai para fora pelo escapamento. 7 Radiador Um radiador é uma espécie de trocador de calor. Ele é projetado para transferir calor do líquido de arrefecimento quente que ali circula para o ar que é jogado nele por uma ventoinha ou pelo ar que passa por ele estando veículo em velocidade superior a 60 km/h em média. Os carros mais modernos usam radiadores de alumínio, feitos pela soldagem de finas aletas de alumínio a tubos achatados do mesmo metal. O líquido de arrefecimento flui da entrada até a saída por muitos tubos montados num arranjo paralelo. As aletas conduzem o calor dos tubos e o transferem para o ar que passa pelo radiador.

169 Algumas vezes os tubos têm um tipo de palheta inserida neles chamada de agitador, o que aumenta a turbulência do fluido em circulação. Se o fluxo de fluido fosse muito suave, somente o fluido tocando os tubos seria resfriado diretamente. A quantidade de calor transferida para os tubos pelo fluido circulando através deles depende da diferença de temperatura entre o tubo e o fluido que o toca. Se o fluido em contato com o tubo esfria rapidamente, menos calor será transferido. Criando uma turbulência dentro do tubo, todo o fluido se mistura, mantendo alta a temperatura do fluido que toca os tubos, e assim mais calor pode ser extraído - e todo o fluido dentro do tubo é usado de forma eficaz. temperaturas baixas, essa passagem é completamente bloqueada, forçando todo o líquido arrefecedor contido no motor a circular somente dentro dele, com o que ele se aquece rapidamente. Uma vez que a temperatura do líquido atinja de 80 C a 90 C, a válvula termostática começa a abrir, permitindo que o líquido seja enviador para o radiador. Quando o líquido chega a 93~103 C, a válvula está totalmente aberta. Caso a combinação de baixa temperatura ambiente e pouca ou nenhuma utilização de potência faça o líquido arrefecedor esfriar demais, a válvula termostática se fecha, mantendo o motor em temperatura normal. Foto do radiador mostrando o tanque lateral com arrefecedor Normalmente, os radiadores têm um tanque de cada lado - e dentro do tanque pode haver um arrefecedor de câmbio. A foto acima mostra a entrada e a saída do óleo do câmbio. O arrefecedor de câmbio é como um radiador dentro do radiador, mas em vez de trocar calor com o ar, o óleo troca calor com o líquido de arrefecimento no radiador. Tampa do radiador A tampa do radiador aumenta o ponto de ebulição do líquido arrefecedor (que o povo chama de água do radiador) em até 5º C (45º F). Como uma simples tampa faz isso? Do mesmo jeito que uma panela de pressão aumenta a temperatura de ebulição da água. A tampa é, na verdade, uma válvula de alívio de pressão (como o peso calibrado das panelas de pressão). Em carros, essa tampa normalmente é regulada para 15 lb/pol² ou 1,03 bar. O ponto de ebulição da água aumenta quando colocada sob pressão. Uma válvula termostática fechada e aberta Se você quiser, pode fazer uma experiência prática para ver uma válvula termostática em ação parece mágica. É só colocar uma válvula numa panela com água fervente. Quando a temperatura da válvula chegar ao ponto certo ela vai se abrir uns cm. Lojas de autopeças vendem válvulas termostáticas bem baratas. O segredo da válvula termostática está num pequeno cilindro localizado na parte da peça virada para o motor. O cilindro é preenchido com uma cera que começa a derreter em torno de 80º C (as válvulas podem se abrir a temperaturas diferentes, mas a de 80º C é a mais comum). Uma haste conectada à válvula pressiona a cera. Quando a cera derrete, ela se expande significativamente, empurrando a haste para fora do cilindro e abrindo a válvula. Se você leu Como funcionam os termômetros e fez a experiência com a garrafa e a palha, você viu este processo em ação. Porém, a cera se expande um pouco mais porque está mudando de estado sólido para líquido, além de se expandir por causa do calor. Esta mesma técnica é usada na abertura automática de janelas em estufas de plantas e clarabóia Ventoinha Assim como o termostato, a ventoinha precisa operar de modo a permitir ao motor manter uma temperatura constante. Carros com tração dianteira têm ventoinhas elétricas porque normalmente o motor é montado transversalmente, o que significa que a saída do motor é voltada para a lateral do carro. As ventoinhas são controladas por um interruptor termostático ou pela central eletrônica do motor e são ligadas quando a temperatura do líquido de arrefecimento sobe acima do ponto estabelecido, desligando quando a temperatura cai abaixo desse ponto. Quando o fluido no sistema de arrefecimento esquenta, ele se expande e faz aumentar a pressão. A tampa é o único lugar por onde a pressão pode escapar. A mola na tampa determina a pressão máxima no sistema de arrefecimento. Quando a pressão chega a 15 lb/pol²/1,03 bar, ela empurra e faz a válvula se abrir, permitindo que o líquido de arrefecimento escorra pelo tubo do vaso de expansão para o fundo dele. Isto mantém o ar fora do sistema. Quando o líquido do radiador esfria, um vácuo é criado no sistema de arrefecimento, abrindo outra válvula com mola e sugando de volta a água do vaso de expansão para substituir a água que tinha sido expelida. Válvula termostática O principal trabalho da válvula termostática é permitir que o motor chegue rapidamente à temperatura ideal e então mantê-la constante. Ele faz isto regulando a quantidade de água que atravessa o radiador. Em 73 Ventoinha de arrefecimento com acoplamento viscoso Carros de tração traseira com motores longitudinais normalmente têm ventoinhas de arrefecimento acionadas pelo motor. Essas ventoi-

170 nhas costumam ter embreagem de acoplamento tipo viscoso O sistema é posicionado no cubo da ventoinha, no fluxo de ar vindo através do radiador, e é semelhante ao acoplamento viscoso às vezes encontrado em carros de tração nas quatro rodas. s. Só que nesses dispositivos a cera derrete a uma temperatura mais baixa. Ar quente Diz a sabedoria popular (com razão) que se o carro está superaquecendo todas as janelas devem ser abertas e o ar quente deve ser acionado na máxima temperatura. Isso pode ajudar porque o sistema de aquecimento é, na verdade, um sistema de arrefecimento secundário que espelha o sistema principal do carro. Tubulação do sistema de ar quente A parte central do ar quente, localizada no painel do carro, é na verdade um pequeno radiador. O ventilador do aquecedor sopra ar por esse radiador em direção à cabine do carro. O conjunto de peças usadas para ligar e desligar o motor do sistema de transmissão e efetuar a progressão do torque do motor permitindo uma partida suave do veículo, chama-se embreagem, e localiza-se entre a caixa de mudanças e o volante do motor. A embreagem é um dispositivo muito usado no veículo. A cada mudança de marcha, ela é acionada. Seus componentes são passíveis de desgaste e podem apresentar inconvenientes que devem ser imediatamente solucionados para não estendê-los a outras partes do motor, como o câmbio. O câmbio permite as mudanças de marchas de forma suave e segura. Na manutenção da caixa de câmbio, não esqueça de verificar o nível de óleo e a data da troca do mesmo. O óleo recomendado é o de base mineral, multiviscoso, e deve conter aditivo de extrema pressão. Esses óleos são indicados para engrenagens com alta solicitação de carga. Fique atento para o sistema de transmissão do seu veículo - Engates de marchas difíceis, dificuldade de subir ladeiras, pedal de embreagem duro, alto consumo de combustível, são alguns sinais de que a embreagem está no final de sua vida útil. - Se a embreagem estiver patinando não viaje com o veículo e evite efetuar ultrapassagens. - A troca correta de marchas é importante para a conservação e desempenho do veículo, por isso o câmbio deve ser movimentado com firmeza, sem forçar a penetração das marchas evitando assim danos ao mecanismo seletor. - Ao reduzir a velocidade mantenha o veículo engrenado para aumentar a vida útil de pastilhas e lonas. - Não descanse o pé no pedal da embreagem e não segure o carro nos aclives com a embreagem, evitando desgaste prematuro de todo conjunto SUSPENSÃO; O sistema de suspensão tem uma função importantíssima no automóvel. É ela que absorve por meio dos seus componentes todas as irregularidades do solo e não permite que trancos e solavancos cheguem até os usuários. Também é responsável pela estabilidade do automóvel. Os principais componentes do sistema de suspensão são: Molas; Amortecedores; Barras estabilizadoras; Pinos esféricos (pivôs); Bandejas de suspensão. O núcleo do sistema de ar quente se parece com um pequeno radiador O radiador do ar quente recebe líquido de arrefecimento vindo do cabeçote e o devolve à bomba, o que permite ao sistema funcionar esteja a válvula termostática aberta ou fechada TRANSMISSÃO; A transmissão é um conjunto de dispositivos utilizados para transmitir a força produzida no motor às rodas motrizes, para que o veículo entre movimento. O sistema é composto pela embreagem, caixa de marchas, diferencial, semi-árvores, homocinéticas e rodas. Esses componentes estão ligados e possuem interdependência de funcionamento. Num automóvel com motor dianteiro, a transmissão passa por todos estes componentes. Eles impõem às rodas a potência do motor transformada em energia mecânica. Quando colocamos um carro em movimento, inicialmente, pisamos na embreagem para engrenar uma marcha. O movimento é transmitido ao diferencial que movimentará as rodas através das semi-árvores. Sem as molas e os amortecedores que permitem a movimentação controlado do sistema, o desconforto seria muito grande, principalmente em pisos irregulares. Isso sem falar na vida útil do veículo, que diminuiria muito com os fortes impactos sofridos. Com os impactos transferidos para o veículo, há sofrimentos tanto do usuário como para o automóvel. No automóvel podem vir a causar trincas na sua estrutura, que praticamente comprometeria todo o veículo. Outro problema seria aqueles incômodos ruídos do painel do automóvel, que com a vibração e os impactos sofridos, aumentariam em muito. E todos nós sabemos como é chato esse barulho. Para quem já andou num carrinho feito com rolamentos na juventude sabe muito bem o que é um veículo sem suspensão. Molas e amortecedores trabalham em conjunto. A mola absorve os impactos sofridos pelas rodas e os amortecedores seguram a sua distensão brusca, evitando oscilações no veículo. Nos veículos leves, a maioria das suspensões utilizam a mola helicoidal, que é formada por uma barra de aço enrolado em forma de espiral. Existem também outros tipos de molas, como as barras de torção 74

171 (utilizado nos veículos VW como o Fusca, a Brasília, etc) e as semielípticas (utilizadas em veículos de carga). A mola helicoidal pode trabalhar tanto na dianteira como na traseira do veículo. Seu posicionamento na suspensão depende da sua construção e estrutura. Entre os tipos de suspensões mais utilizadas no Brasil estão as do tipo Mc Phearson e as de duplo triângulos, ambos suspensões independentes. Fonte: DIREÇÃO; Chama-se direção o conjunto de órgãos que permite ao motorista conduzir o veículo na direção desejada. É composta em geral do volante, da coluna, da caixa, dos braços e das barras de direção. A caixa de direção, composta de uma árvore sem-fim e um setor dentado, é o mecanismo responsável pela mudança na direção da rotação que se dá ao volante e pela redução da força necessária a virar as rodas. Nos veículos mais pesados e nos automóveis mais caros também podem ser encontradas direções hidráulicas que reduzam em até quarenta por cento o esforço do motorista FREIOS; Destinam-se os freios a reduzir a velocidade, parar ou manter parados os veículos. O de estacionamento é mecânico, usando alavancas e excêntricos para forçar as sapatas contra os tambores traseiros. A recomendação dos especialistas é que a calibragem seja feita a cada quinze dias, inclusive do estepe. O ideal é calibrar o pneu quando ele estiver frio. Pode parecer exagero, mas é muito importante a manutenção da pressão. Vários fatores podem causar a perda de pressão, como furos, um prego que ficou no furo, uma válvula que não funciona direito, uma roda amassada etc. Isso compromete a performance do pneu, destaca o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Pirelli, Roberto Falkenstein. Sobre o nível de pressão, Falkenstein ressalta que se deve seguir as recomendações especificadas no manual do carro. Essa calibragem ideal é buscada em testes e é a que permite obter o melhor equilíbrio, afirma o diretor da Pirelli. O excesso de pressão também é prejudicial. De acordo com o gerente de produtos e serviços técnicos da Continental Pneus, Gilberto Viviani, nesse caso, o pneu tem contato com o solo apenas por meio da parte central da banda de rodagem e se desgasta com muito mais rapidez. As distâncias de frenagem também são maiores. Na hora do rodízio O rodízio aumenta a vida útil do pneu. A operação deve ser feita a cada 10 mil quilômetros e os pneus devem ser calibrados logo em seguida. Roberto Falkenstein, da Pirelli, recomenda que o proprietário faça também o alinhamento da rodas. Aproveite para fazer verificar também a cambagem (o ângulo de inclinação das rodas), reforça. Os freios de serviço, porém, são hidráulicos, pois os mecânicos exigiam demasiado esforço do motorista e não eram eficientes com o aumento da velocidade. Um cilindro-mestre cheio de fluido para freios é ligado aos cilindros das rodas por meio de tubulações. Ao se pressionar o pedal do freio, ele comprime o fluido do cilindro-mestre e, pelos princípios da hidrostática, este esforço é transferido, multiplicado, para os cilindros das rodas, os quais pressionam as sapatas contra os tambores de freio. O atrito das sapatas no tambor transforma a energia mecânica em energia térmica, que se dissipa na atmosfera. Com o progressivo aumento de velocidade, os freios a tambor se mostraram deficientes por causa do aquecimento excessivo em caso de uso prolongado. Assim, generalizaram-se os freios a disco, que são permanentemente refrigerados pela corrente de ar PNEUS Toda a tecnologia implantada no desenvolvimento de um pneu pode ser comprometida se ele não for calibrado. Se as condições de pressão não forem adequadas, além de comprometer a segurança do veículo a estabilidade diminui e o condutor perde a capacidade de manejo o carro consumirá mais combustível. Por isso, é muito importante a manutenção constante dos pneus. Se o carro roda com 30 libras, e você deixa com 0% a menos, na cidade pode nem perceber, mas na estrada faz uma enorme diferença. Aqueles 3% de economia de combustível que se consegue com o desenvolvimento de pneus com baixa resistência ao rolamento se perdem. Além disso, o pneu perde até 30% de vida útil e a segurança fica comprometida, afirma o gerente de marketing de produto de pneus de passeio e caminhonete da Michelin América do Sul, Renato Silva. 75 Segundo Falkenstein, essa é a oportunidade de observar o pneu, principalmente para checar a existência de cortes ou furos. É recomendável ainda examinar o estado dos pneus a cada três meses, já que um desgaste irregular pode indicar necessidade de alinhamento ou calibragem. Dependendo das condições do carro, pode-se perder o pneu muito antes dos dois anos, diz o diretor da Pirelli. Para verificar o desgaste, observe periodicamente o indicador de desgaste da rodagem (TWI), que existe em todo pneu e mostra o limite certo para se efetuar a troca. Pneu novos na frente ou atrás? No caso dos carros com tração dianteira, um erro muito comum feito no Brasil é a colocação de pneus novos na frente, deixando os antido na parte de trás. Nesse caso, apesar de ser maior o desgaste dos pneus dianteiros, segundo o gerente da Michelin, o certo é deixar os pneus novos na parte traseira do carro, porque ela precisa mais de aderência, uma vez que não conta com a força motriz. Apesar de a troca parcial dos pneus ser mais econômica, o certo mesmo, segundo Renato Silva, é trocar todos os pneus antigos por novos ao mesmo tempo. Ao longo da vida eles ficam com a mesma concentração de desgaste e comportamento similar, afirma. O sulco da borracha do pneu movimenta, se os quatro pneus estão com a mesma profundidade, os sulcos mexem por igual, acrescenta. Fonte: Noticias/Carros/ A ELETRICIDADE NO AUTOMÓVEL Com o avanço tecnológico dos componentes eletrônicos dos veículos e o surgimento de tantos outros ligados diretamente a sua mecânica, bem como outros instrumentos como computadores de bordo, a parte elétrica passou a ser de fundamental importância para o bom funcionamento de todo o sistema, juntamente com o alternador.

172 Dentro do sistema elétrico do veículo, podemos destacar a bateria, que é o coração de todo o sistema, ela é um acumulador de energia, que faz toda a parte elétrica do veículo funcionar. O nome correto da bateria, é bateria de acumuladores, pois é essa a sua função, ela acumula energia química que se transformará em energia elétrica. A grosso modo, o alternador do veículo é o responsável em produzir a energia elétrica para todo o veículo (inclusive recarregar a bateria), mas só funciona quando o motor estiver ligado, ficando a bateria como a responsável em produzir essa energia quando o veículo estiver com o seu motor desligado. Dentro da bateria existe uma solução de 0% de ácido sulfúrico e 80% de água destilada, chamada de eletrólitos, solução essa que deverá cobrir as placas da bateria. As placas são isoladas entre si e estão dentro de vasos que são ligados em série (cada vaso possui normalmente volts) alternando a sua polaridade e possuem a função de realizar a reação química que produzirá a energia elétrica, a esse conjunto nós chamamos de elementos da bateria. A bateria esta ligada aos outros sistemas, através de cabos que são presos em dois pinos, um positivo e outro negativo, na sua parte externa e para facilitar a identificação, o pólo positivo (+) é o mais grosso e o negativo (-) o mais fino. O pólo negativo é o terra. Na água destilada estão ausentes os sais minerais e outras substância que existem na água comum, como os sais podem, em algum momento, colocar em contato uma placa positiva com outra negativa, que podem estragar a bateria ou diminuir acentuadamente o seu tempo de vida, é aconselhável que só se use água destilada para completar a solução. CUIDADOS NO MANUSEIO COM A BATERIA Toda bateria produz gases explosivos, dessa forma evite provocar fogo, produzir faíscas ou fumar próximo a bateria, mesmo sendo a probabilidade pequena, o acidente pode acontecer; Como a bateria possui solução ácida que é bastante corrosiva, evite inclina-la de modo a que essa solução vaze pelas rolhas de colocação de água destilada; Mantenha sempre fora do alcance de crianças; Leia o manual de instruções de cada bateria, ele possui informações importantes; Quando uma bateria se descarrega, ela precisa de 4 horas para recarregar (recarregadores) ou de algumas horas contínuas de uso do veículo. SAIBA COMO AUMENTAR O TEMPO DE VIDA DA SUA BATERIAS Não deixe luzes, equipamentos de som ou outro equipamento que consuma energia ligado (ou por muito tempo ligado), quando o veículo estiver desligado, pois a energia utilizada será exclusivamente a da bateria; Uma bateria descarregada pode ser identificada por dificuldade da partida do motor, luzes fracas (ou se apagam quando se tenta ligar o motor), problemas relacionados ao regulador de voltagem, correias frouxas ou fio terra solto; Não permita que testem a bateria fechando o curto- circuito entre os pólos, pois além de não ser confiável esse procedimento, a bateria pode ferver (o que não caracteriza defeito) e/ou estragar. A constatação de defeitos só pode ser feita através de aparelhos que testam todos os elementos da bateria. Efeito batedeira Os vários tipos de ruídos podem ser agrupados em três categoria: os originados por interferência dos componentes elétricos do motor; aqueles gerados pelas chamadas interferências de RF (sinal de rádio frequência); e finalmente os que tem origem de má regulagem de alguns equipamentos. O tal "efeito batedeira", por exemplo, é um típico ruído da primeira categoria. Um problema desse tipo, cuja origem está na parte elétrica do motor, acontece quando o dispositivo de isolamento de um ou mais componentes elétricos falha, deixando escapar o campo eletromagnético gerado por eles. Com frequência o "vazamento" é forte o bastante para vencer a malha de proteção dos cabos que integram o sistema de áudio. A interferência vira ruído e vai parar nos alto-falantes. 76 "Componentes como a bomba elétrica, os vários sensores do motor e a injeção eletrônica trabalham com pontos de tensão diferentes", explica o instalador Eduardo Rahal Tavares, consultor técnico da Revista Car Stéreo Brasil. "Se não estiver tudo muito bem blindado e aterrado, o campo magnético pode facilmente causar interferência diretamente no pré-amplificador do equipamento". Cabos RCA muito próximos de cabos elétricos do automóvel são vítimas frequentes das interferências vindas do motor. Bateria Se você vai deixar seu carro parado por mais de um mês é aconselhável desligar os dois cabos da bateria. Não desligar os terminais com o motor funcionando. Não recarregar a bateria sem desligar os terminais. Carregar a bateria com um carregador: Respeite as instruções do fabricante de carregador de baterias. Desligar a bateria começando pelo terminal (-). Ao voltar a ligar começar pelo terminal (+). Verificar que os terminais da bateria e as respectivas braçadeiras estão limpos. Se estiverem com uma massa branca ou esverdeada, é importante limpa-los. A alimentação elétrica permanente é necessária para abastecer os sistemas eletrônicos. Depois de ter desligado e religado a bateria, ligue a chave e espere 15/0 segundos antes de virar o motor de arranque. Fazer uma "chupeta", colocar o motor para funcionar partindo de uma bateria auxiliar : - ligar o cabo vermelho aos terminais (+) das duas baterias. - ligar uma das extremidades do outro cabo (preto) ao terminal (-) da bateria auxiliar. - ligar a outra extremidade do cabo a um ponto da massa do veiculo avariado o mais longe possível da bateria. - acionar o motor e deixar trabalhar, espere voltar a marcha lenta e desligue os cabos. Como funciona o Sistema de Ignição Para que a mistura de combustível+ar se queime no interior do cilindro do motor, produzindo assim a força mecânica que o movimenta, é preciso um ponto de partida. Este ponto de partida é uma faísca que inflama a mistura, e que é produzida por uma série de dispositivos que formam o sistema de ignição. A finalidade do sistema de ignição é gerar uma faísca nas velas, para que o combustível seja inflamado. Os sistemas de ignição utilizam diversos componentes que vêm passando por alterações no decorrer dos tempos. Assim, o sistema tradicional tem a configuração mostrada na foto abaixo. A bateria, neste sistema, é a fonte primária de energia, fornecendo uma tensão em torno de 1V nos veículos modernos (nos tipos mais antigos podíamos encontrar também sistemas de 6V e nos mais modernos chegaremos aos 36V). Esta tensão, muito baixa, não pode produzir faíscas. Para que ocorra uma faísca ou centelha é preciso que a eletricidade rompa a rigidez dielétrica do ar. Explicamos o que é isso: o ar, em condições normais é um isolante, mas se a tensão elétrica subir muito, ele não consegue mais isolá-la e uma centelha é produzida. Esta centelha consiste na passagem da eletricidade pelo próprio ar, que momentaneamente se torna condutor. Para o ar seco, em condições normais, a rigidez dielétrica é da ordem de volts por centímetros. Isso significa que para produzir uma faísca de um centímetro precisamos de v, e para centímetros precisamos de 0 000v e assim por diante. Para o caso das velas do automóvel uma faísca com menos de 0,5 cm é suficiente para inflamar a mistura, de modo que uma tensão da ordem de 4000 a 5000 volts é mais que suficiente. Ora, existe uma boa diferença entre os 1v da bateria e os 5000 volts que precisamos para produzir a faísca. Para elevar a tensão da bateria usamos então dois componentes básicos: o platinado e a bobina. A bobina de ignição é na realidade um transformador que possui dois enrolamentos de fio de cobre num núcleo de ferro. O primeiro enrolamento, denominado "primário", consiste em poucas voltas de fio grosso, já que nele vai circular uma corrente intensa sob o regime de baixa tensão (os 1v da bateria). A corrente normal para um veículo de passeio

173 está em torno de 3 ampères. Bobinas especiais para carros de corrida ou "preparados" podem operar com correntes maiores. O enrolamento secundário, por outro lado, consiste em milhares de voltas de um fio muito fino, já que agora temos um regime de alta tensão e baixa corrente. A bobina possui como função elevar os 1 volts da bateria para uma tensão em torno de volts, que são transmitidos para as velas. No funcionamento, quando por um breve instante circula uma corrente pelo primário, um forte campo magnético é criado no núcleo de metal ferroso onde está enrolada esta bobina. Este campo tem suas linhas de força em expansão, o que causa uma indução de alta tensão no secundário que está enrolado no mesmo núcleo. Num transformador, a tensão que obteremos no secundário depende da relação de espiras entre os dois enrolamentos. Isso significa, que no secundário tivermos voltas de fio e no primário 100 voltas (uma relação de 500 para 1), e se aplicarmos 1 volts, teremos na saída 1 x 500 = 6000 volts, o que é suficiente para produzir uma boa faísca. Por outro lado a corrente ficará reduzida na mesma proporção, de modo que o produto tensão x corrente, que determina a potência se mantém constante. Importante no funcionamento de um transformador, como a bobina de ignição, é que ele só consegue operar com variação de corrente, o que significa que a corrente de uma bateria que é contínua, não é apropriada para este dispositivo. Para que a corrente seja modificada e para que a bobina só entre em funcionamento nos instantes em que precisamos de faísca, entra em ação o platinado, que nada mais é do que um contato elétrico controlado pela própria rotação do motor. Numa bobina, só ocorre a indução de tensão no secundário pelos breves instantes em que a corrente é estabelecida ou desligada do primário. Quando a corrente é estabelecida, a variação de sua intensidade de zero até o máximo é responsável pelo aparecimento de linhas de força de um campo magnético que se expande. Este campo corta as espiras do enrolamento secundário, provocando a indução de alta tensão no enrolamento secundário. Quando a corrente é desligada, novamente teremos a indução, pois as linhas de força do campo magnético vão se contrair até zero, cortando novamente as espiras do enrolamento secundário. Veja então que os processos de indução de alta tensão para as faíscas nas velas é um processo dinâmico que exige interrupção e o estabelecimento da corrente em momentos certos. Para um motor de quatro tempos, quatro cilindros portanto, como o de um carro comum, a cada volta do eixo devem ser produzidas faíscas em posições bem determinadas de cada pistão, para haver o funcionamento correto. O platinado é então acionado por um eixo excêntrico de modo a ligar e desligar 4 vezes a corrente, produzindo assim 4 pulsos no enrolamento primário da bobina de ignição que resultam em 4 pulsos de alta tensão no secundário e nas velas. No sistema de ignição do carro encontramos, um outro elemento importante que é o distribuidor, onde está localizado o platinado. A finalidade do distribuidor é levar a cada vela a alta tensão no momento em que ela deve entrar em ação. O distribuidor consiste num sistema de contatos móveis, que gira comandado pela própria rotação do motor, de modo a 'distribuir' a alta tensão entre as velas. Outro item visto no interior do distribuidor também é o rotor que serve de ponte de condução do cabo da bobina até o cabo das velas. O elo final da cadeia é formado por um conjunto de velas. Como já vimos, a finalidade das velas é produzir as faíscas que inflamam a mistura de ar com combustível no interior dos cilindros. Limitações Este sistema de ignição é o convencional, sendo utilizado na maioria dos veículos. Além de ter um desempenho razoável dentro de certos limites, como utiliza poucos elementos é bastante confiável. No entanto, alguns pequenos defeitos existem, e é justamente na tentativa de eliminá-los que são criados sistemas mais avançados e sofisticados, principalmente com base em dispositivos eletrônicos. Um primeiro problema a ser considerado é que a intensidade da faísca depende do tempo de abertura do platinado. Entre o instante em 77 que o platinado fecha (ou abre) existe um tempo mínimo para que as linhas de força do campo magnético se expandam totalmente (ou contraiam). Isso significa que ele deve permanecer por um bom tempo mínimo fechado para que haja possibilidade da corrente na bobina subir de zero até o seu valor máximo e assim o campo magnético se expandir totalmente com a máxima transferência de energia para o secundário na forma de alta tensão. Nas baixas rotações do motor isto não é problema, pois o platinado consegue o tempo de fechamento necessário para obter o máximo de energia para a faísca, mas nas altas rotações a indutância da bobina começa a fazer efeito. Esta indutância é a "oposição à variação da corrente" que justamente impede que ela cresça rapidamente até o valor máximo. Nas altas rotações, a energia da faísca tende a decrescer, e a principal consequência disso é a perda do rendimento do motor, pois a mistura começa a não ser totalmente queimada. Com menor faísca temos uma combustão incompleta, havendo uma redução na potência do motor, além de manifestar uma tendência a maior consumo de combustível (acelera-se mais para compensar a perda do rendimento). Outro problema vem do fato da corrente controlada pelo platinado num sistema convencional ser muito intensa, atuando ainda sobre uma carga fortemente indutiva (a bobina). Cada vez que o platinado abre seus contatos, a contração do forte campo magnético da bobina gera uma alta tensão "de retorno" também no primário, e que "volta" ao platinado produzindo uma pequena faísca. Mesmo com a presença de um "condensador" (capacitor), cuja finalidade é amortecer esta alta tensão de retorno, ainda assim, a energia envolvida na faísca é suficiente para queimar, com o tempo, os contatos do platinado. Sistemas Modernos O uso de dispositivos eletrônicos permite uma melhora considerável no desempenho de um sistema de ignição. Existem diversos sistemas de ignição "eletrônicos" que são amplamente usados, com resultados sempre melhores que os sistemas tradicionais. Exemplos: a) Ignição assistida: Este é o sistema mais simples que faz uso de componentes eletrônicos melhorando muito o desempenho de qualquer veículo. Os transistores funcionam como "chaves eletrônicas", controlando a corrente intensa da bobina a partir de uma corrente de comando muito menor, que circula pelo platinado. Podemos reduzir em até 100 vezes a corrente do platinado, o que significa, em princípio, uma durabilidade muito maior para este elemento já que não existem mais as faíscas que causam sua deterioração. O transistor que controla praticamente toda corrente da bobina deve ter características especiais; deve ser capaz de ligar e desligar rapidamente, o que significa que deve ser um dispositivo de "comutação" rápida, e além disso, deve ser capaz de suportar a alta tensão de "retorno" que a bobina produz. Transistores de pelo menos 5 ampéres de corrente de coletor e tensões máximas da ordem de 500V ou mais são os recomendados para este tipo de sistema, devendo ainda ser montados em bons radiadores de calor. Conforme podemos ver, sua adaptação aos veículos que possuem ignição tradicional é bastante simples. Apenas em alguns casos, em que existe resistência limitadora em série com a bobina, é que temos um pouco mais de trabalho com sua eliminação. b) Ignição por descarga capacitativa: Este é sem dúvida, o sistema mais moderno e mais utilizado nos veículos, inclusive de linha, tanto pelo seu ótimo desempenho como pela sua confiabilidade. O sistema de ignição por descarga capacitativa tem um circuito básico. Numa primeira etapa temos um circuito inversor, em que dois transistores oscilam em contrafase de modo a elevar a bobina de 1V para

174 aproximadamente 600v. Conforme vimos, a tensão contínua na bateria "não passa" por uma bobina, sendo por isso necessário fazer uma transformação em pulsos, o que o que é conseguido com transistores que ligam e desligam alternadamente em grandes velocidades(entre 500 e 5000 vezes por segundo). Os 6000 volts obtidos são retificados e depois usados para carregar um ou mais capacitores de grande valor. Uma carga deste capacitor corresponde ao que precisamos para uma boa faísca na vela do motor, independente da sua velocidade. A seguir, vem a segunda fase em que temos um elemento de disparo que permita a descarga muito rápida do capacitor (ou capacitores) através do enrolamento primário da bobina de ignição. O dispositivo usado chama-se SCR (Silicon Controlled Rectifier ou Diodo Controlado de Silício), e funciona como uma chave que "liga" a corrente entre seu ânodo e cátodo quando um impulso elétrico é aplicado à sua comporta ou "gate". A comporta (gate) é então ligada ao platinado. Na comutação do platinado, uma fraca corrente é suficiente para provocar a condução do SRC e com isso a descarga do capacitor através da bobina de ignição, produzindo então a alta tensão que necessitamos para as faíscas. Veja que, neste sistema, o tempo de descarga não depende do tempo de comutação do platinado, pois uma vez disparado o SRC ele se mantém ligado até a descarga do capacitor. Isso quer dizer que tanto nas baixas como nas altas rotações, a energia da faísca é a mesma e o rendimento do motor se mantém. Além disso, temos que considerar que uma descarga de 6000V na bobina, em lugar de apenas 1V, possibilita uma faísca muito mais eficiente. Só essas enormes vantagens em relação aos sistemas convencionais já justificam o uso da ignição por descarga capacitativa. O circuito, é claro, deve ser muito dimensionado no sentido de que, entre duas faíscas na mais alta rotação, haja tempo suficiente para que o capacitor se carregue completamente. Outra vantagem é a baixíssima corrente de platinado, que além de prolongar a vida útil deste componente permite uma operação com muito maior confiabilidade. De fato, nos sistemas comuns, o acúmulo de capas de óxido nos contatos reduzem a eficiência da comutação, provocando variações da corrente da bobina que refletem na forma das faíscas com energias irregulares. O resultado da irregularidade é um menor rendimento para o motor, além de um consumo maior de combustível. Para completar, este sistema também pode ser facilmente adaptado em veículos que tenham o sistema convencional de ignição. C) Ignição sem platinado A eliminação do platinado possibilita um desempenho ainda melhor do motor, além de maior confiabilidade para o sistema de ignição. Todo o sistema começa a partir de um módulo de comando, que é ligado à bobina e ao distribuidor. Não é preciso observar que a principal vantagem deste sistema está na ausência total de contatos mecânicos, que podem acumular sujeiras ou falhar. Ordem de Ignição É a sequência de combustão nos vários cilindros do motor. Usualmente encontra-se a ordem 134 para os motores de quatro cilindros, pois o virabrequim tende a está em uma posição mais adequada para receber o impacto daquele cilindro. Descreveremos mais adiante em lição única, o sistema de ignição do veículo. Problemas de ignição O desenvolvimento tecnológico dos motores dos automóveis, tornouos de uma fiabilidade e durabilidade impensáveis há poucas décadas atrás. Existem, contudo, alguns pontos que se não borram esta pintura, são suficientes para dar algumas dores de cabeça. Estamos a falar do sistema de ignição, que continua a ser o calcanhar de Aquiles da mecânica automóvel. Quando se fala do sistema de ignição, está implícito que estamos a falar de motores a gasolina. Pois os motores a gasóleo não têm este sistema: a mistura ar/gasóleo é queimada apenas com recurso à compressão dos gases. As velas que estes motores têm, são apenas de préaquecimento das câmaras de combustão do motor. Nos motores a gasolina, para a mistura ar/combustível deflagrar é necessário uma faísca. Essa faísca é produzida pelo sistema de ignição. Este é constituído entre outros, por bobina, interruptor, distribuidor e velas. Interruptor e bobina A partir da década de oitenta, com os avanços da eletrônica, estes dois componentes deixaram de dar grandes problemas. O interruptor necessário para produzir corrente no circuito de alta tensão da bobina, era dantes feito com recurso aos conhecidos platinados. O seu nome deriva de ter os contactos de platina. Hoje em dia os automóveis têm interruptores eletrônicos, dispensando pois os problemáticos platinados. Sendo apenas necessário garantir que nunca chegue umidade aos circuitos eletrônicos. Pois se tal acontecer, apenas resta colocar uma ignição nova. Normalmente este circuito vem protegido por uma capa plástica. Se lhe parecer pouco impermeável, não hesite em recorrer à fita isoladora e a sprays anti-umidade. Distribuidor Nos motores de quatro cilindros, o distribuidor consiste num contato rotativo e quatro contatos fixos no interior de uma tampa de material isolante. Esta tampa deverá estar perfeitamente limpa e seca, tanto por fora como por dentro. O contacto rotativo deverá ser controlado com regularidade, se o seu desgaste for superior a meio milímetro, deverá ser substituído. Estes contatos estão sujeitos a corrosão e incrustações. Com uma escova de cobre dê um pequeno polimento até o metal brilhar. Verifique também o estado das proteções de borracha dos terminais dos cinco fios da tampa do distribuidor. Só borrachas em bom estado podem garantir um correto isolamento e a não penetração da terrível umidade. Quando comprar velas não se esqueça de ver bem se são as indicadas para a sua viatura. Nos motores modernos de injeção, as velas podem aguentar mais de km. Com a atual tendência das marcas em fazer espaçar ao máximo as revisões periódicas dos carros, existem motores que fazem mais de km com as mesmas velas. Tudo isto dentro dos prazos previstos pelos fabricantes. E se na maioria das vezes não acontecem problemas, o que é um fato é que o motor está a perder até 0% do seu rendimento, pelo fato das velas já não estarem em perfeitas condições. Se se fizer as contas: quanto gasta a mais com um aumento de 0% de consumo de gasolina, e que uma vela custa pouco mais de quinhentos escudos. Rapidamente se conclui que o investimento nas velas é amortizado em três vezes que encha o depósito de gasolina. Para além do fato de o motor trabalhar com uma combustão muito mais eficaz, e ter um funcionamento mais regular principalmente a frio. Mudança de velas Como atrás foi salientado apesar de uma vela poder durar várias dezenas de milhares de quilômetros, ela perde rapidamente eficácia. Assim é conveniente cada 5000 km retirá-las, limpá-las com aguarrás e verificar a folga entre o elétrodo central e a massa. Se a vela apresentar-se em mau estado: com incrustações de carvão, fuligem, óleo ou tenham os elétrodos demasiado gastos, é conveniente substituí-la. É óbvio que deverá substituir todas as velas do motor, não apenas as que estão gastas, pois isso provocaria um funcionamento caótico do motor. O ideal é mudar as velas cada km. Como desmontar as velas Desligar os cabos de alta tensão, colocar etiquetas nos cabos para saber a que cilindro pertencem. Se a vela tiver sido bem montada, poderá desapertá-la sem grande esforço. Para evitar que a sujidade penetre no motor, limpe com uma escova macia a superfície em torno da vela. Utilize uma chave de caixa especial de velas. Certifique-se que a chave está bem encaixada, de modo a evitar estalar o isolamento de porcelana, o que inutilizaria a vela. Depois da vela limpa e a sua folga regulada, lubrifique a rosca com óleo antes de a voltar a montar. 78

175 11 - SISTEMA ELÉTRICO. O sistema elétrico é muito importante pois ele afeta diretamente no bom funcionamento das luzes de sinalização dos faróis, da luz de freio e da luz de marcha ré e também afeta o motor. Além dos componentes citados acima, temos: Fiação - Bateria - Alternador - Motor de Partida Bateria A bateria recebe a energia produzida pelo alternador, deixando assim disponível para ligar o motor de partida quando acionado e os equipamentos elétrico. A bateria geralmente está no compartimento do motor. O mau funcionamento e o mau uso de algum destes itens compromete a vida útil da bateria automotiva,podendo gerar sobrecarga, fuga de corrente e outros fatores que prejudicam diretamente a bateria. Motor de Partida É um componente que te a Função de iniciar a partida do carro.ao iniciar a chave para a posição da partida, estamos acionando-o e ele dará o giro inicial para o funcionamento do motor principal do veículo. O motor de partida consome muita energia. Então, se o motor do veículo não "pegar" logo, ficar insistindo só irá descarregar a bateria. Cada tentativa deve durar até 7 segundos, com intervalos de 0 segundo entre uma tentativa e outra.assim, você poderá proteger o veículo de uma possível pane elétrica. Alternador O alternador é um componente gerador de eletricidade, responsável em recarregar a bateria e alimentar os componentes, tais como: bobina distribuidor velas aparelhos de som luz interna lâmpada. Está diretamente ligado ao motor do veículo através de uma correia que transmite o movimento do motor, fazendo gerar eletricidade do tipo alternada, daí a origem do seu nome. A correia do alternador deve estar em bom estado e esticado com a tensão correta, conforme estabelece o fabricante. Motor "pesado", com ruí estranhos, requer pronta revisão de alternador bomba d'aguá, polias e correias. Fiação Elétrica Os fios e cabos elétricos (chicote) são; responsáveis pela condução da eletricidade para os diversos pontos do veículo. O contato de fios desencapados ou soltos com partes metálicas do veículo gera curtocircuito, danifica acessórios, queima fusí e pode até originar incêndios. Deve se evitar ligações improvisadas e adaptações não originais de acessórios elétricos (as tais "gambiarras" ou "quebra galhos"). Fusíveis São elementos de proteção do sistema elétrico que só permitem passagem de corrente elétrica até um valor pré-estabelecido. Quando a corrente elétrica que vai para equipamentos e acessórios sofre uma descarga ou um curto-circuito, o fusível queima e protehe os equipamentos. Se estiver queimado, devemos substituí-lo por outro igual. Se voltar a queimar, cada dispositivo ou acessório elétrico daquele setor terá que ser examinado, para verificação da causa. A falta ou mau funcionamento de luzes, limpador de pará-brisa e buzina afeta diretamente a segurança podendo causar acidentes. E quando a luz acende no painel? Luzes de alerta do painel As luzes indicadoras de alerta se acendem no painel todas as vezes que é ligada a chave de ignição para um prevê diagnóstico e logo após o 79 funcionamento do veículo todas as lâmpadas de indicadores do painel devem se apagar indicando que está tudo correto. Esse alarme visual alerta o condutor ao bom funcionamento ou aos possíveis danos nos componentes de segurança do veículo. Luz do Freio Esta luz acendo toda vez que o sistema de freio está com baixo nível de fluído ou com desgastes excessivos nas pastilhas e lonas de freio, o que pode resultar em perda parcial ou total do freio. É recomendável fazer uma checagem das condições do freio a cada 10 mil quilômetros, ou uma vez ao ano. Luz da Bateria A luz de alerta da bateria acende quando há algum problema no alternador (Recarregador da Bateria), aquele dispositivo responsável por produzir energia elétrica para a autonomia do veículo; lembra? Uma falha no alternador pode provocar até uma parada do motor. Luz do Óleo A luz de pressão do óleo do motor tem uma importante função: avisar o condutor do veículo que é necessário uma parada de emergência, pois a falta de pressão ou até mesmo a falta de óleo lubrificante do motor acarreta em superaquecer e danificar irreversivelmente os componentes do motor, no qual será necessário uma retificação completa. Evite este transtorno e verifique com frequência o nível do óleo do motor. Luz da Temperatura No caso da temperatura, a luz serve para indicar um defeito no sistema de ventilação do motor. O problema pode ser causado por diversos fatores, desde falta de água até um defeito no radiador (trocador de calor). Recomendo que você cheque toda a semana o nível de água. Além disso, é importante verificar se a ventoinha do radiador está funcionando corretamente. Luz do Sistema de Injeção Eletrônica Você deve verificar o funcionamento desta luz no momento da partida e logo após a mesma deverá apagar.a lâmpada permanecendo acesa indica que o gerenciamento elétrico (Injeção Eletrônica) do motor está com alguma avaria. Neste caso é necessário usar um scanner "aparelho de diagnóstico veicular". Faça uma visita a uma oficina de sua confiança. Luz do Freio ABS Esta lâmpada varia de acordo com o modelo do veículo. Quando a mesma permanece acesa, após a partida, indica que o sistema de gerenciamento eletrônico do freio está inoperante, funcionando de uma forma convencional. Se isto ocorre, você deve fazer uma visita à oficina, pois, corre o risco de perda parcial ou total do freio. Luz do Imobilizador O sistema de imobilização do motor tem como finalidade bloquear o funcionamento do carro se a chave não for reconhecida pelo sistema eletrônico. Se este sistema danificar, o sintoma permite um breve funcionamento do motor de aproximadamente segundos e logo após o desligamento acontecerá e ficará a luz do imobilizador piscando. Recomenda-se que o veículo seja levado a uma concessionária para uma nova codificação. Um bom motorista deve ficar atento às indicações da luzes de alerta no painel de seu carro! Ajuste o Farol Quando o farol apresenta regulagem baixa, ele não é capaz de a- presentar a luminosidade adequada. Por outro lado, quando a regulagem é alta demais, os faróis ofuscam a visão do motorista que vem em sentido contrário.

176 A regulagem correta deve ser feita a cada seis meses. Os faróis tendem a ficar desregulados com as trepidações que o veículo sofre no diaa-dia ou, ainda, quando um serviço não é realizado com cuidado, como a troca de pneus. Fonte: SISTEMA DE IGNIÇÃO Como funciona o Sistema de Ignição Para que a mistura de combustível+ar se queime no interior do cilindro do motor, produzindo assim a força mecânica que o movimenta, é preciso um ponto de partida. Este ponto de partida é uma faísca que inflama a mistura, e que é produzida por uma série de dispositivos que formam o sistema de ignição. A finalidade do sistema de ignição é gerar uma faísca nas velas, para que o combustível seja inflamado. Os sistemas de ignição utilizam diversos componentes que vêm passando por alterações no decorrer dos tempos. Assim, o sistema tradicional tem a configuração mostrada na foto abaixo. A bateria, neste sistema, é a fonte primária de energia, fornecendo uma tensão em torno de 1V nos veículos modernos (nos tipos mais antigos podíamos encontrar também sistemas de 6V e nos mais modernos chegaremos aos 36V). Esta tensão, muito baixa, não pode produzir faíscas. Para que ocorra uma faísca ou centelha é preciso que a eletricidade rompa a rigidez dielétrica do ar. Explicamos o que é isso: o ar, em condições normais é um isolante, mas se a tensão elétrica subir muito, ele não consegue mais isolá-la e uma centelha é produzida. Esta centelha consiste na passagem da eletricidade pelo próprio ar, que momentaneamente se torna condutor. Para o ar seco, em condições normais, a rigidez dielétrica é da ordem de volts por centímetros. Isso significa que para produzir uma faísca de um centímetro precisamos de v, e para centímetros precisamos de 0 000v e assim por diante. Para o caso das velas do automóvel uma faísca com menos de 0,5 cm é suficiente para inflamar a mistura, de modo que uma tensão da ordem de 4000 a 5000 volts é mais que suficiente. Ora, existe uma boa diferença entre os 1v da bateria e os 5000 volts que precisamos para produzir a faísca. Para elevar a tensão da bateria usamos então dois componentes básicos: o platinado e a bobina. A bobina de ignição é na realidade um transformador que possui dois enrolamentos de fio de cobre num núcleo de ferro. O primeiro enrolamento, denominado "primário", consiste em poucas voltas de fio grosso, já que nele vai circular uma corrente intensa sob o regime de baixa tensão (os 1v da bateria). A corrente normal para um veículo de passeio está em torno de 3 ampéres. Bobinas especiais para carros de corrida ou "preparados" podem operar com correntes maiores. O enrolamento secundário, por outro lado, consiste em milhares de voltas de um fio muito fino, já que agora temos um regime de alta tensão e baixa corrente. A bobina possui como função elevar os 1 volts da bateria para uma tensão em torno de volts, que são transmitidos para as velas. No funcionamento, quando por um breve instante circula uma corrente pelo primário, um forte campo magnético é criado no núcleo de metal ferroso onde está enrolada esta bobina. Este campo tem suas linhas de força em expansão, o que causa uma indução de alta tensão no secundário que está enrolado no mesmo núcleo. 80 Sistemas Modernos O uso de dispositivos eletrônicos permite uma melhora considerável no desempenho de um sistema de ignição. Existem diversos sistemas de ignição "eletrônicos" que são amplamente usados, com resultados sempre melhores que os sistemas tradicionais. Exemplos: a) Ignição assistida: Este é o sistema mais simples que faz uso de componentes eletrônicos melhorando muito o desempenho de qualquer veículo. Os transistores funcionam como "chaves eletrônicas", controlando a corrente intensa da bobina a partir de uma corrente de comando muito menor, que circula pelo platinado. Podemos reduzir em até 100 vezes a corrente do platinado, o que significa, em princípio, uma durabilidade muito maior para este elemento já que não existem mais as faíscas que causam sua deterioração. O transistor que controla praticamente toda corrente da bobina deve ter características especiais; deve ser capaz de ligar e desligar rapidamente, o que significa que deve ser um dispositivo de "comutação" rápida, e além disso, deve ser capaz de suportar a alta tensão de "retorno" que a bobina produz. Transistores de pelo menos 5 ampéres de corrente de coletor e tensões máximas da ordem de 500V ou mais são os recomendados para este tipo de sistema, devendo ainda ser montados em bons radiadores de calor. Conforme podemos ver, sua adaptação aos veículos que possuem ignição tradicional é bastante simples. Apenas em alguns casos, em que existe resistência limitadora em série com a bobina, é que temos um pouco mais de trabalho com sua eliminação. b) Ignição por descarga capacitativa: Este é sem dúvida, o sistema mais moderno e mais utilizado nos veículos, inclusive de linha, tanto pelo seu ótimo desempenho como pela sua confiabilidade. O sistema de ignição por descarga capacitativa tem um circuito básico. Fonte: DIREÇÃO DEFENSIVA DIREÇÃO PREVENTIVA TRÂNSITO SEGURO É UM DIREITO DE TODOS Em 3 de setembro de 1997 é promulgada pelo Congresso Nacional a Lei no que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, sancionada pela Presidência da República, entrando em vigor em de janeiro de 1998, estabelecendo, logo em seu artigo primeiro, aquela que seria a maior de suas diretrizes, qual seja, a de que o trânsito seguro é um direito de todos e um dever dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. No intuito do aprimoramento da formação do condutor, dados os alarmantes índices de acidentalidade no trânsito, que hoje representam 1,5 milhão de ocorrências, com 34 mil mortes e 400 mil feridos por ano, com um custo social estimado em R$ 10 bilhões, o Código

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