4. Experimentos em Blocos aleatorizados, quadrados latinos e experimentos relacionados. 4.4 Experimentos em Blocos Incompletos Balanceados

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "4. Experimentos em Blocos aleatorizados, quadrados latinos e experimentos relacionados. 4.4 Experimentos em Blocos Incompletos Balanceados"

Transcrição

1 4. Experimentos em Blocos aleatorizados, quadrados latinos e experimentos relacionados 4.4 Experimentos em Blocos Incompletos Balanceados (EBIB) Em certos experimentos que usam blocos aleatorizados, podemos não ser capazes de rodar todas as combinações de tratamento em todos os blocos. Razões para isso podem ser por escassez do aparato experimental, tamanho físico do bloco, etc. Suponha no exemplo dos enxertos vasculares (veias) que cada lote de material é suficiente para testar apenas três níveis de pressão. Neste exemplo usou-se 4 níveis de pressão. É possível usar experimentos em blocos aleatorizados no qual nem todo tratamento está presente em cada bloco. EBIB 1

2 Quando todas as comparações de tratamento são igualmente importantes, as combinações de tratamento usadas em cada bloco são selecionadas de modo balanceado tal que cada par de tratamentos ocorra junto o mesmo número de vezes tanto quanto qualquer outro par. Um EBIB é um experimento em blocos incompletos no qual quaisquer dois tratamentos aparecem juntos um número igual de vezes. Suponha que existam a tratamentos diferentes e que há uma restrição de apenas k (k < a) tratamentos em cada bloco. Um EBIB pode ser construído tomando-se b = ( a ) blocos e, designando uma combinação k diferente de tratamentos para cada bloco. 2

3 Suponha a = 5 (número de tratamentos) e k = 3 (número de tratamentos ( ) em cada bloco). 5 Neste caso usaríamos = 10(= b) blocos, 3 a saber, O número de observações pode ser calculado como bk = 10 3 = 30 (número de blocos vezes o número de tratamentos em cada bloco). 3

4 Observe que neste exemplo, cada tratamento ocorre um mesmo número r de vezes, a saber, r = 6 e, cada par de tratamentos fixado ocorre o mesmo número de vezes λ que qualquer outro par, a saber, λ = 3 vezes. Observe também que o número de observações pode ser calculado como ar = 5 6 = 30 (número de tratamentos vezes o número de vezes que cada tratamento ocorre). Observação: O balanceamento ( ) pode ser obtido a com menos do que blocos. k Tabelas de EBIB s são fornecidas em Fisher (1953), Davies (1956) e Cochran e Cox(1957). 4

5 Exemplo: Suponha que um engenheiro químico ache que o tempo de reação em um processo químico dependa do tipo de catalisador empregado. Quatro catalisadores estão sendo investigados. O experimento consiste na seleção de um lote de matéria-prima, no carregamento da planta piloto e na observação do tempo de reação. Devido a variações no lote de matéria-prima o engenheiro decide usar os lotes como blocos. Porém, cada lote é grande o suficiente para permitir três catalisadores. Os dados obtidos estão na tabela a seguir. A ordem na qual os catalisadores são usados é aleatória. Neste exemplo temos a = b = 4 (número de níveis de tratamento e número de blocos) e k = 3 (número de níveis de tratamento em cada bloco). 5

6 Observe que com esses parâmetros, concluímos que r = 3, pois bk = ar. Assim, cada tratamento aparece três vezes ao longo dos quatro blocos. 6

7 Seja r, r < b, o número de vezes que cada tratamento aparece ao longo dos blocos. Então, o número total de observações feitas será dado por N = b k }{{} trat. s em cada bloco = a num. blocos em que cada trat. aparece {}}{ r. Além disso, o número de vezes que cada par de tratamentos aparece ao longo dos blocos é λ = r(k 1) a 1 Neste exemplo λ = = 2. No exemplo anterior λ = 6(2) 4 = 3, com r = 6, k = 3 e a = 5. 7

8 O parâmetro λ deve ser um número inteiro. De fato, para obter a relação para λ, considere qualquer tratamento, a saber, o tratamento 1. Como este tratamento aparece em r blocos e existem k 1 outros tratamentos em cada um destes r blocos, existem r(k 1) observações nos blocos que contêm o tratamento 1, excluindo-se as observações do tratamento 1. Essas r(k 1) observações também devem representar os a 1 tratamentos restantes λ vezes. Portanto, λ(a 1) = r(k 1). 8

9 Análise estatística do EBIB Como de praxe assumimos que existem a tratamentos e b blocos. Além disso, supomos que cada bloco contém k tratamentos (k < a), que cada tratamento ocorre r vezes no plano (r < b), e que existem N = ar = bk observações no total. Finalmente, o número de vezes que cada par de tratamentos ocorre em blocos diferentes r(k 1) é λ = a 1. Se a = b o plano é dito ser simétrico. O modelo estatístico é Y ij = µ + τ i + β j + ɛ ij em que Y ij é a observação do i-ésimo tratamento no j-ésimo bloco, µ é a média global, τ i s representam os efeitos de tratamento, β j s representam os efeitos de bloco e ɛ ij NID(0, σ 2 ) são os componentes de erro aleatório. 9

10 A variação total nos dados é dada por SQ T ot = i j y 2 ij y2.. N SQ T ot pode ser particionada em SQ T ot = SQ T rat.aj + SQ Bl + SQ Res, em que a soma de quadrados de tratamento é ajustada para separar os efeitos de tratamento e de bloco. Este ajuste é necessário porque cada tratamento está representado em um conjunto diferente dos r blocos tal que as diferenças entre totais de tratamento não ajustados y 1., y 2.,...,y a. são afetadas por diferenças entre blocos. 10

11 A soma de quadrados devida aos blocos é SQ Bl = 1 k j y 2.j y2.. N em que y.j é o total no j-ésimo bloco. SQ Bl tem b 1 graus de liberdade. A soma de quadrados de tratamento ajustada é SQ T rat.aj = a k Q 2 i i=1 λa em que Q i é o total ajustado para o i-ésimo tratamento, e é calculado como Q i = y i. 1 k bj=1 n ij y.j com n ij = { 1, se o trat. i aparece no bloco j 0, caso contrário 11

12 Os totais de tratamento ajustados somam zero. SQ T rat.aj tem a 1 graus de liberdade. SQ Res = SQ T ot SQ T rat.aj SQ Bl com N a b + 1 graus de liberdade. A estatística apropriada para testar a hipótese de ausência de efeito de tratamento é dada por F 0 = QM T rat.aj QM Res A tabela ANOVA correspondente é apresentada a seguir. 12

13 Q i = y i. 1 k bj=1 n ij y.j com n ij = { 1, se o trat. i aparece no bloco j 0, caso contrário 13

14 Exemplo 4.5: Verifique se há efeito de tratamento no experimento dos catalisadores. Os dados estão no arquivo catalisador.txt. SQ T ot = i j y2 ij = = 81, 00. SQ Bl = 1 3 ( ) = 55, 00 Q 1 = (n 11y.1 + n 12 y.2 + n 13 y.3 + n 14 y.4 ) = 9 3 Q 2 = 7 3, Q 3 = 4 3 e Q 4 = Assim, SQ T rat.aj = k i Q2 i λa = 22, 75 e, SQ Res = SQ T ot SQ T rat.aj SQ Bl = 3,

15 A tabela ANOVA é FV gl SQ QM F P-valor Trat.aj 3 22,75 7,58 11,66 0,0107 Bloco 3 55,00 Erro 5 3,25 0,65 Total 11 81,00 15

16 Se o fator em estudo é fixo, testes sobre médias dos tratamentos individuais podem ser de interesse. Se contrastes ortogonais são usados, os contrastes amostrais devem ser calculados usandose os totais de tratamento ajustados Q i no lugar de y i.. Neste caso, SQ C = k c i Q i i λa c 2 i i são os coeficientes do contraste. 2 em que os c i s Outros métodos de comparações múltiplas podem ser usados para comparar todos os pares de tratamento, nos quais os efeitos de tratamento são estimados por ˆτ i = k i Q i λa com erro padrão S = kqmres λa subseção

17 Na análise que acabamos de realizar, SQ T ot foi decomposta em SQ T rat.aj + SQ Bl + SQ Res. Pode ser que estejamos interessados em avaliar os efeitos de bloco. Para isso, uma outra decomposição da soma de quadrados total terá que ser usada, a saber, SQ T rat + SQ Bl.aj + SQ Res. Os totais ajustados por bloco são dados por Q j = y.j 1 r i n ij y i., j = 1, 2,..., b. Na tabela a seguir apresenta-se um sumário completo da tabela ANOVA. Observe que SQ T ot SQ T rat + SQ Bl + SQ Res. 17

18 18

19 Estimação de mínimos quadrados ˆµ = ȳ.. ˆτ i = kq i λa, i = 1, 2,..., a No exemplo em questão tem-se ˆτ 1 = 9/8, ˆτ 2 = 7/8, ˆτ 3 = 4/8 e ˆτ 4 = 20/8. Exercícios recomendados do capítulo 4: a 19

20 Exercício 4.38: Um experimentador deseja comparar 4 tratamentos em blocos de tamanho 2. Determine um EBIB para este experimento, usando 6 blocos. Solução: ( 4 Temos a = 4 e k = 2. Fazendo b = = 6, 2 implica que r = 3 (número de vezes que cada tratamento ocorre). Nesse caso λ = r(k 1) a 1 = = 1. Uma solução é dada por Trat. Bl. 1 Bl. 2 Bl. 3 Bl. 4 Bl. 5 Bl. 6 1 X X X 2 X X X 3 X X X 4 X X X ) 20

21 Exercício 4.39: Um experimentador deseja comparar 8 tratamentos em blocos de 4 observações. Determine um EBIB para esse experimento com λ = 3. Temos a = 8, k = 4 e λ = 3. Nesse caso o número de blocos deve ser o dobro do número de vezes que cada tratamento ocorre (ar = bk) e, como λ = r7 3 segue que uma escolha adequada para r é 7, levando b = 14. Não saia tentando montar a tabela por sua conta, pois possivelmente, no final, você perceberá que algum dos parâmetros fixados terá sido violado. Em geral exitem tabelas prontas para serem selecionadas. A partir dos capítulos 6,7 e 8 será, de fato, possível, propor um EBIB com essas condições. A seguir apresentamos um plano possível para essas condições. 21

22 x x x x x x x 2 x x x x x x x 3 x x x x x x x 4 x x x x x x x 5 x x x x x x x 6 x x x x x x x 7 x x x x x x x 8 x x x x x x x 22

23 Exercício 4.42: Verifique que um EBIB com parâmetros a = 8, r = 8, k = 4 e b = 16 não existe. Observe que essas condições implicariam r(k 1) λ = a 1 = 8(3) 7 = 24 7 que não é um número inteiro. Logo, um experimento em blocos incompletos balanceado com esses parâmetros não existe. 23

24 Exercício(s) do capítulo 4 para entregar na aula do dia 20/10. aluno nome exercícios 1 Aline 33 2 Andre 29 3 Carolina 28 4 Felipe 23 5 Fernanda 21 6 Igor 20 7 Laura 20 8 Mariana 21 9 Michele Pedro Sandra Veronica Priscila Dimas Thaís 33 24

5.3 Experimentos fatoriais a dois fatores. Ambos os fatores são supostos fixos e os efeitos de tratamento são definidos como desvios da média tal que

5.3 Experimentos fatoriais a dois fatores. Ambos os fatores são supostos fixos e os efeitos de tratamento são definidos como desvios da média tal que 5. Experimentos Fatoriais 5.3 Experimentos fatoriais a dois fatores. Modelo de Efeitos Y ijk = µ+τ i +β j +(τβ) ij +ɛ ijk, i = 1, 2,..., a j = 1, 2,..., b k = 1, 2,..., n Ambos os fatores são supostos

Leia mais

4. Experimentos em Blocos aleatorizados, quadrados latinos e experimentos relacionados

4. Experimentos em Blocos aleatorizados, quadrados latinos e experimentos relacionados 4. Experimentos em Blocos aleatorizados, quadrados latinos e experimentos relacionados 4.2 Quadrados Latinos (QL) Suponha que um experimentador esteja estudando o efeito de 5 formulações diferentes de

Leia mais

2 ou mais fatores são de interesse.

2 ou mais fatores são de interesse. 5. Experimentos Fatoriais 5.1 Definições e Princípios Básicos 2 ou mais fatores são de interesse. Experimentos Fatoriais: em cada replicação do experimento todas as combinações dos níveis de tratamento

Leia mais

Planejamento de Experimentos

Planejamento de Experimentos Planejamento de Experimentos 6. Os Modelos fatoriais 2 k Trataremos agora de um caso especial de experimentos fatoriais no qual todos os fatores têm apenas dois níveis. Tais níveis podem ser quantitativos

Leia mais

Planejamento de Experimentos. 7 Blocagem e Confundimento(Superposição) nos Planos 2 k

Planejamento de Experimentos. 7 Blocagem e Confundimento(Superposição) nos Planos 2 k Planejamento de Experimentos 7 Blocagem e Confundimento(Superposição) nos Planos 2 k 7.1 Introdução Em muitas situações é impossível rodar todas as combinações de tratamento num plano 2 k sob condições

Leia mais

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Delineamento Casualizado em Blocos

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Delineamento Casualizado em Blocos Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo Delineamento Casualizado em Blocos Estatística Experimental 5 de Outubro de 2016 1 / 20 DBC: Introdução Parcelas similares Delineamento

Leia mais

Planejamento de Experimentos. 13. Experimentos com fatores aleatórios

Planejamento de Experimentos. 13. Experimentos com fatores aleatórios Planejamento de Experimentos 13. Experimentos com fatores aleatórios Até aqui assumimos que os fatores nos experimentos eram fixos, isto é, os níveis dos fatores utilizados eram níveis específicos de interesse.

Leia mais

DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS (DBC)

DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS (DBC) DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS (DBC) Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha Universidade Estadual de Londrina Departamento de Estatística 08 de julho de 2017 DBC O delineamento em

Leia mais

3. Experimentos a um único fator: Análise de Variância (ANOVA) 3.7 Comparações entre médias de tratamento

3. Experimentos a um único fator: Análise de Variância (ANOVA) 3.7 Comparações entre médias de tratamento 3. Experimentos a um único fator: Análise de Variância (ANOVA) 3.7 Comparações entre médias de tratamento Suponha que a hipótese nula, de médias de tratamento iguais, tenha sido rejeitada em favor da hipótese

Leia mais

Experimentos Fatoriais

Experimentos Fatoriais Experimentos Fatoriais Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha 14 de março de 2019 Londrina Nos experimentos mais simples comparamos níveis (tratamentos) de apenas um fator; Nos experimentos

Leia mais

5.3 Experimentos fatoriais a dois fatores (Revisando...)

5.3 Experimentos fatoriais a dois fatores (Revisando...) 5. Experimentos Fatoriais 5.3 Experimentos fatoriais a dois fatores (Revisando...) Modelo de Efeitos Y ijk = µ+τ i +β j +(τβ) ij +ɛ ijk, i = 1, 2,..., a j = 1, 2,..., b k = 1, 2,..., n Ambos os fatores

Leia mais

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DE UM CRITÉRIO (DIC)

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DE UM CRITÉRIO (DIC) ANÁLISE DE VARIÂNCIA DE UM CRITÉRIO (DIC) Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ Universidade Estadual de Londrina 11 de dezembro de 2017 Uma análise de variância expressa uma medida

Leia mais

Lucas Santana da Cunha de outubro de 2018 Londrina

Lucas Santana da Cunha de outubro de 2018 Londrina e Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ 17 de outubro de 2018 Londrina 1 / 31 Obtenção de uma amostra Há basicamente duas formas de se obter dados para uma pesquisa

Leia mais

Lucas Santana da Cunha de outubro de 2018 Londrina

Lucas Santana da Cunha de outubro de 2018 Londrina e Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ 22 de outubro de 2018 Londrina 1 / 24 Obtenção de uma amostra Princípios básicos da experimentação Há basicamente duas

Leia mais

Esquema Fatorial. Esquema Fatorial. Lucas Santana da Cunha 06 de outubro de 2018 Londrina

Esquema Fatorial. Esquema Fatorial. Lucas Santana da Cunha   06 de outubro de 2018 Londrina Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha 06 de outubro de 2018 Londrina Nos experimentos mais simples comparamos níveis (tratamentos) de apenas um fator; Nos experimentos mais simples comparamos

Leia mais

ESQUEMA FATORIAL. Lucas Santana da Cunha Universidade Estadual de Londrina Departamento de Estatística

ESQUEMA FATORIAL. Lucas Santana da Cunha   Universidade Estadual de Londrina Departamento de Estatística ESQUEMA FATORIAL Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha Universidade Estadual de Londrina Departamento de Estatística 22 de julho de 2017 Esquema Fatorial Nos experimentos mais simples

Leia mais

Análise de Variância com mais de duas variáveis independentes (mais de dois fatores) Na aula do dia 17 de outubro (aula #08) introduzimos

Análise de Variância com mais de duas variáveis independentes (mais de dois fatores) Na aula do dia 17 de outubro (aula #08) introduzimos Análise de Variância com mais de duas variáveis independentes (mais de dois fatores) Na aula do dia 17 de outubro (aula #08) introduzimos a técnica de Análise de variância (ANOVA) a um fator, que resulta

Leia mais

Delineamento e Análise Experimental Aula 5

Delineamento e Análise Experimental Aula 5 Aula 5 Castro Soares de Oliveira Delineamentos Experimentais Delineamento experimental ou desenhos experimentais é o plano utilizado para realizar o experimento. Esse plano implica na maneira como os diferentes

Leia mais

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DE DOIS CRITÉRIOS (DBC)

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DE DOIS CRITÉRIOS (DBC) ANÁLISE DE VARIÂNCIA DE DOIS CRITÉRIOS (DBC) Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ Universidade Estadual de Londrina 13 de dezembro de 2017 ANAVA dois critérios A análise de variância

Leia mais

Planejamento de Experimentos Suposições do Modelo e Comparações Múltiplas

Planejamento de Experimentos Suposições do Modelo e Comparações Múltiplas 1 / 30 Planejamento de Experimentos Suposições do Modelo e Comparações Múltiplas Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2 / 30 Exemplo típico: Resistência de uma nova fibra sintética

Leia mais

Testes de Hipóteses sobre a média: Várias Amostras

Testes de Hipóteses sobre a média: Várias Amostras Testes de Hipóteses sobre a média: Várias Amostras Na aula de hoje veremos como comparar mais de duas populações, baseados em dados fornecidos por amostras dessas populações. A Análise de Variância (ANOVA)

Leia mais

Esquema Fatorial. Lucas Santana da Cunha Universidade Estadual de Londrina

Esquema Fatorial. Lucas Santana da Cunha    Universidade Estadual de Londrina Esquema Fatorial Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ Universidade Estadual de Londrina 22 de junho de 2016 Muitos experimentos envolvem o estudo dos efeitos

Leia mais

Delineamento em Quadrado Latino (DQL)

Delineamento em Quadrado Latino (DQL) Delineamento em Quadrado Latino () Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha 14 de março de 2019 Londrina Na Seção anterior introduziu-se o delineamento em blocos ao acaso como um delineamento

Leia mais

MAE Planejamento e Pesquisa II

MAE Planejamento e Pesquisa II MAE0327 - Planejamento e Pesquisa II EXPERIMENTOS/ESTUDOS NÃO-BALANCEADOS COM FATORES FIXOS - PARTE 1 7 de agosto de 2016 Denise A Botter MAE0327 7 de agosto de 2016 1 / 1 PLANEJAMENTO E PESQUISA I Estudos

Leia mais

Delineamento e Análise Experimental Aula 3

Delineamento e Análise Experimental Aula 3 Aula 3 Castro Soares de Oliveira Teste de hipótese Teste de hipótese é uma metodologia estatística que permite tomar decisões sobre uma ou mais populações baseando-se no conhecimento de informações da

Leia mais

Cap. 9 Comparação entre tratamentos

Cap. 9 Comparação entre tratamentos Estatística para Cursos de Engenharia e Informática Pedro Alberto Barbetta / Marcelo Menezes Reis / Antonio Cezar Bornia São Paulo: Atlas, 004 Cap. 9 Comparação entre tratamentos APOIO: Fundação de Apoio

Leia mais

DELINEAMENTO EM BLOCOS AO ACASO

DELINEAMENTO EM BLOCOS AO ACASO DELINEAMENTO EM BLOCOS AO ACASO Sempre que não houver condições experimentais homogêneas, devemos utilizar o principio do controle local, instalando Blocos, casualizando os tratamentos, igualmente repetidos.

Leia mais

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Testes de Comparações Múltiplas

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Testes de Comparações Múltiplas Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo Testes de Comparações Múltiplas Professora Renata Alcarde Sermarini Piracicaba Agosto 2016 Renata Alcarde Sermarini Estatística

Leia mais

Planejamento de Experimentos Experimento com um fator aleatório

Planejamento de Experimentos Experimento com um fator aleatório 1 / 12 Planejamento de Experimentos Experimento com um fator aleatório Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2 / 12 Modelo Estatístico para Efeitos Fixos Y ij = µ + τ i + ɛ ij em que

Leia mais

Experimentos em Parcelas Subdivididas

Experimentos em Parcelas Subdivididas Experimentos em Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha 08 de novembro de 2018 Londrina Tal como no caso de fatorial, o termo parcelas subdivididas não se refere a um tipo de delineamento

Leia mais

Planejamento de Experimentos Introdução - Teste t

Planejamento de Experimentos Introdução - Teste t 1/22 Planejamento de Experimentos Introdução - Teste t Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/22 Introdução - Planejamento de Experimentos Experimento:

Leia mais

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM DOIS FATORES E O PLANEJAMENTO FATORIAL

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM DOIS FATORES E O PLANEJAMENTO FATORIAL PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM DOIS FATORES E O PLANEJAMENTO FATORIAL Dr Sivaldo Leite Correia CONCEITOS E DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS Muitos experimentos são realizados visando

Leia mais

DELINEAMENTO EM QUADRADO LATINO (DQL)

DELINEAMENTO EM QUADRADO LATINO (DQL) DQL DELINEAMENTO EM QUADRADO LATINO (DQL) Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha Universidade Estadual de Londrina Departamento de Estatística 08 de julho de 2017 DQL Na Seção anterior

Leia mais

Experimentos Balanceados com Dois Fatores

Experimentos Balanceados com Dois Fatores Experimentos Balanceados com Dois Fatores Experimentos com dois fatores cruzados fixos Exemplo1. Objetivo. Investigar os efeitos do preço de venda e do tipo de campanha promocional nas vendas de certo

Leia mais

UFRJ - CCMN - IM - Departamento de Métodos Estatísticos Planejamento de Experimentos - P2 Turma: MAA

UFRJ - CCMN - IM - Departamento de Métodos Estatísticos Planejamento de Experimentos - P2 Turma: MAA UFRJ - CCMN - IM - Departamento de Métodos Estatísticos Planejamento de Experimentos - P2 Turma: MAA 18-06-2012 1. (Montgomery e Runger) Quatro fatores influenciam o sabor de um refrigerante, a saber,

Leia mais

Delineamento e Análise Experimental Aula 4

Delineamento e Análise Experimental Aula 4 Aula 4 Castro Soares de Oliveira ANOVA Significativa Quando a aplicação da análise de variância conduz à rejeição da hipótese nula, temos evidência de que existem diferenças entre as médias populacionais.

Leia mais

TESTE DE COMPARAÇÃO MÚLTIPLA

TESTE DE COMPARAÇÃO MÚLTIPLA SUMÁRIO 1 TESTE DE COMPARAÇÃO MÚLTIPLA Quando a aplicação da análise de variância conduz à rejeição da hipótese nula, temos evidência de que existem diferenças entre as médias populacionais. Mas, entre

Leia mais

Análise de Dados Longitudinais Aula

Análise de Dados Longitudinais Aula 1/35 Análise de Dados Longitudinais Aula 08.08.2018 José Luiz Padilha da Silva - UFPR www.docs.ufpr.br/ jlpadilha 2/35 Sumário 1 Revisão para dados transversais 2 Como analisar dados longitudinais 3 Perspectiva

Leia mais

Planejamento de Experimentos

Planejamento de Experimentos Planejamento de Experimentos 1 6.4 Os Modelos fatoriais 2 k : o caso geral. O modelo estatístico para um plano 2 k inclui k ( k 2 ( k ) ) efeitos principais efeitos de interação de ordem 2 efeitos de interação

Leia mais

Ralph S. Silva

Ralph S. Silva ANÁLISE ESTATÍSTICA MULTIVARIADA Ralph S Silva http://wwwimufrjbr/ralph/multivariadahtml Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Revisão:

Leia mais

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia 1 / 44 Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia Análise de Variância - ANOVA Referência: Cap. 12 - Pagano e Gauvreau (2004) - p.254 Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2 / 44

Leia mais

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Parte II

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Parte II PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Parte II Prof.ª Sheila Regina Oro Projeto Recursos Educacionais Digitais Autores: Bruno Baierle e Maurício Furigo TESTE PARA UMA PROPORÇÃO H0: p = p 0

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIENCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE V

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIENCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE V MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIENCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE V DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS (DBC) Profª Railene Hérica Carlos Rocha 1. Introdução

Leia mais

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM BLOCOS ALEATORIZADOS

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM BLOCOS ALEATORIZADOS PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM BLOCOS ALEATORIZADOS Dr. Sivaldo Leite Correia DIFERENTES FORMAS DE variailidade Em qualquer projeto experimental, pertuações originadas por fatores

Leia mais

DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS COM REPETIÇÕES. Profª. Sheila Regina Oro

DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS COM REPETIÇÕES. Profª. Sheila Regina Oro DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS COM REPETIÇÕES Profª. Sheila Regina Oro Delineamento em Blocos Casualizados com Repetições (DBCr) Utilizado quando temos mais de uma repetição de cada tratamento dentro

Leia mais

Inferência para várias populações normais análise de variância (ANOVA)

Inferência para várias populações normais análise de variância (ANOVA) Inferência para várias populações normais análise de variância (ANOVA) Capítulo 15, Estatística Básica (Bussab&Morettin, 8a Edição) 9a AULA 11/05/2015 MAE229 - Ano letivo 2015 Lígia Henriques-Rodrigues

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br CARACTERIZAÇÃO o Em alguns experimentos pode-se ter fatores que estão interferindo na variável resposta,

Leia mais

MAE Planejamento e Pesquisa I

MAE Planejamento e Pesquisa I MAE0317 - Planejamento e Pesquisa I COMPARAÇÕES DE MÉDIAS - 1 FATOR FIXO 1 de abril de 2014 Denise A. Botter MAE0317 1 de abril de 2014 1 / 55 INTRODUÇÃO Testamos H 0 : µ 1 =... = µ r. Se H 0 não é rejeitada,

Leia mais

Planejamento de Experimentos Medidas Repetidas

Planejamento de Experimentos Medidas Repetidas 1 / 27 Planejamento de Experimentos Medidas Repetidas Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG Exemplo: 2 / 27 3 / 27 Em outras aplicações, a resposta de cada unidade experimental é medida

Leia mais

DELINEAMENTO FATORIAL. Profª. Sheila Regina Oro

DELINEAMENTO FATORIAL. Profª. Sheila Regina Oro DELINEAMENTO FATORIAL Profª. Sheila Regina Oro Existem casos em que vários fatores devem ser estudados simultaneamente para que possam nos conduzir a resultados de interesse. Experimentos fatoriais: são

Leia mais

CE219 - Controle Estatístico de Qualidade

CE219 - Controle Estatístico de Qualidade CE219 - Controle Estatístico de Qualidade Cesar Augusto Taconeli 30 de maio, 2017 Cesar Augusto Taconeli CE219 - Controle Estatístico de Qualidade 30 de maio, 2017 1 / 14 Aula 8 - Análise da capacidade

Leia mais

Aula 2 Uma breve revisão sobre modelos lineares

Aula 2 Uma breve revisão sobre modelos lineares Aula Uma breve revisão sobre modelos lineares Processo de ajuste de um modelo de regressão O ajuste de modelos de regressão tem como principais objetivos descrever relações entre variáveis, estimar e testar

Leia mais

25 a 30 de novembro de 2013

25 a 30 de novembro de 2013 em em Introdução à Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agronômica ESALQ/USP 25 a 30 de novembro de 2013 Parte 3 - Conteúdo em em 1 em 2 em em em Permite estudar como uma (simples)

Leia mais

09 de setembro de 2013

09 de setembro de 2013 Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agronômica ESALQ/USP 09 de setembro de 2013 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Conteúdo Contexto Quando o F da ANOVA está sendo utilizado para testar diferenças

Leia mais

EXPERIMENTOS EM PARCELAS SUBDIVIDIDAS

EXPERIMENTOS EM PARCELAS SUBDIVIDIDAS EXPERIMENTOS EM PARCELAS SUBDIVIDIDAS Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha Universidade Estadual de Londrina Departamento de Estatística 29 de julho de 2017 Parcelas Subdivididas Tal

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda.perticarrari@unesp.br INTRODUÇÃO Um dos principais objetivos da estatística é a tomada de decisões a respeito da população,

Leia mais

Aula inaugural do curso Análise de Regressão

Aula inaugural do curso Análise de Regressão Aula inaugural do curso Prof a Silvia Nagib Elian Sala 215 - Bloco A Instituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo Agenda 1. Exemplo 2. Introdução 3. Modelo de regressão linear simples

Leia mais

CE219 - Controle Estatístico de Qualidade

CE219 - Controle Estatístico de Qualidade CE219 - Controle Estatístico de Qualidade Cesar Augusto Taconeli 06 de junho, 2018 Cesar Augusto Taconeli CE219 - Controle Estatístico de Qualidade 06 de junho, 2018 1 / 15 Aula 8 - Análise da capacidade

Leia mais

EXPERIMENTOS COM INTERAÇÕES

EXPERIMENTOS COM INTERAÇÕES EXPERIMENTOS COM INTERAÇÕES Na maioria dos experimentos, os tratamentos são de efeitos fixos. Mas também são realizados experimentos em que os efeitos dos tratamentos são aleatórios. 1 Para saber se, em

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br INTRODUÇÃO Um dos principais objetivos da estatística é a tomada de decisões a respeito da população,

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br TESTES PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS O teste F permite tirar conclusões muito gerais relacionadas com os

Leia mais

Análise de Regressão EST036

Análise de Regressão EST036 Análise de Regressão EST036 Michel Helcias Montoril Instituto de Ciências Exatas Universidade Federal de Juiz de Fora Regressão sem intercepto; Formas alternativas do modelo de regressão Regressão sem

Leia mais

Planejamento e Análise de Experimentos

Planejamento e Análise de Experimentos Planejamento e Análise de Experimentos Aula 3 Felipe Campelo http://www.cpdee.ufmg.br/~fcampelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Belo Horizonte Agosto de 2011 ANOVA para Fator Único Análise

Leia mais

Delineamento e Análise Experimental Aula 7. Anderson Castro Soares de Oliveira

Delineamento e Análise Experimental Aula 7. Anderson Castro Soares de Oliveira Aula 7 Castro Soares de Oliveira Experimentos Fatoriais Nos experimentos mais simples comparamos tratamentos de apenas um tipo ou fator. Em algumas situações existem vários fatores envolvidos em um experimento,

Leia mais

ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL

ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL ESTUDO DE VARIABILIDADE DOS DADOS EXPERIMENTAIS Prof. Miguel Toledo del Pino, Eng. Agrícola (Dr.) INTRODUÇÃO Realizamos experimentos para compararmos os efeitos de tratamentos

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Princípios de Bioestatística Análise de Variância Enrico A. Colosimo Departamento de Estatística Universidade Federal de Minas Gerais http://www.est.ufmg.br/~enricoc 2011 1 / 25 Introdução Existem muitas

Leia mais

Análise de Dados Longitudinais Modelos de Regressão - Perspecitva Histórica

Análise de Dados Longitudinais Modelos de Regressão - Perspecitva Histórica 1/41 Análise de Dados Longitudinais Modelos de Regressão - Perspecitva Histórica Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Revisão para Dados Transversais 1 Características Informações amostrais

Leia mais

DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO e CASUALIZADOS

DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO e CASUALIZADOS DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO e DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS Prof. Anderson Rodrigo da Silva anderson.silva@ifgoiano.edu.br 1. Objetivos Estudar o procedimento de instalação e análise de

Leia mais

ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL. ANOVA. Aula 05

ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL. ANOVA. Aula 05 ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL ANOVA. Aula 05 Introdução A ANOVA ou Análise de Variância é um procedimento usado para comparar a distribuição de três ou mais grupos em amostras independentes. A análise de variância

Leia mais

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo Regressão Polinomial e Análise da Variância Piracicaba Setembro 2014 Estatística Experimental 18 de Setembro de 2014 1 / 20 Vimos

Leia mais

Instituto Federal Goiano

Instituto Federal Goiano Instituto Federal Goiano Conteúdo 1 2 A correlação mede apenas o grau de associação entre duas variáveis, mas não nos informa nada sobre a relação de causa e efeito de uma variável sobre outra Na correlação,

Leia mais

Blocos incompletos Balanceados (BIB) 8 de maio de 2017

Blocos incompletos Balanceados (BIB) 8 de maio de 2017 Introdução Blocos incompletos Balanceados (BIB) 8 de maio de 2017 Em algumas sistuações experimentais o número de tratamentos pode ser numeroso, inviabilizando a formação de blocos completos homogêneos.

Leia mais

(a) 0,90 (b) 0,67 (c) 1,0 (d) 0,005

(a) 0,90 (b) 0,67 (c) 1,0 (d) 0,005 359$'((67$7Ë67,&$6(/(d 0(675$'80*,QVWUXo}HVSDUDDSURYD D&DGDTXHVWmRUHVSRQGLGDFRUUHWDPHQWHYDOHSRQWR E4XHVW}HV GHL[DGDV HP EUDQFR YDOHP ]HUR SRQWRV QHVVH FDVR PDUTXH WRGDV DV DOWHUQDWLYDV F &DGDTXHVWmRUHVSRQGLGDLQFRUUHWDPHQWHYDOHSRQWR

Leia mais

Técnicas Experimentais Aplicadas

Técnicas Experimentais Aplicadas Técnicas Experimentais Aplicadas em Ciência do Solo Mario de Andrade Lira Junior lira.pro.br/wordpress 7/4/010 1 Principais delineamentos Inteiramente casualizado Segundo mais comum Blocos completos Normalmente

Leia mais

EXPERIMENTOS EM PARCELAS SUBDIVIDIDAS

EXPERIMENTOS EM PARCELAS SUBDIVIDIDAS EXPERIMENTOS EM PARCELAS SUBDIVIDIDAS Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ Universidade Estadual de Londrina 06 de julho de 2016 Nos experimentos fatoriais, todas

Leia mais

Experimentos em parcelas subdivididas e procedimentos para a aplicação dos testes de comparação de médias

Experimentos em parcelas subdivididas e procedimentos para a aplicação dos testes de comparação de médias MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DISCIPLINA: ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL Experimentos em parcelas subdivididas e procedimentos para a aplicação

Leia mais

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Programa do curso: Semana Conteúdo 1 Apresentação da disciplina. Princípios de modelos lineares

Leia mais

Instituto Federal Goiano

Instituto Federal Goiano e simples e Instituto Federal Goiano e Conteúdo simples 1 2 3 4 5 simples 6 e simples Associação entre duas variáveis resposta Exemplos: altura de planta e altura da espiga, teor de fósforo no solo e na

Leia mais

Probabilidade e Estatística

Probabilidade e Estatística Probabilidade e Estatística Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva http://paginapessoal.utfpr.edu.br/ngsilva Introdução A análise de variância (Anova) é utilizada para comparar médias de três ou mais populações.

Leia mais

DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO. Profª. Sheila Regina Oro

DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO. Profª. Sheila Regina Oro DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO Profª. Sheila Regina Oro Delineamento experimental Para planejar um experimento é preciso definir os tratamentos em comparação e a maneira de designar os tratamentos

Leia mais

SUMÁRIO. 2 Tabelas 10

SUMÁRIO. 2 Tabelas 10 SUMÁRIO 1 Regressão na análise de variância 2 1.1 Polinômio Ortogonal................................ 2 1.1.1 Constraste Polinomial............................ 5 1.1.2 Regressão por polinômio ortogonal.....................

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br INTRODUÇÃO Muitas vezes, embora se tenha cuidado no planejamento e Ao planejar um experimento, o pesquisador

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO AGRÁRIA

EXPERIMENTAÇÃO AGRÁRIA EXPERIMENTAÇÃO AGRÁRIA Tema : Delineamentos experimentais básicos (DCC/DBCC/DQL) Delineamento de Blocos Completos Casualizados (DBCC) Quando usar? Quando as unidades experimentais não apresentam características

Leia mais

DELINEAMENTO COMPLETAMENTE CASUALIZADO. Prof. Dra. Janete Pereira Amador

DELINEAMENTO COMPLETAMENTE CASUALIZADO. Prof. Dra. Janete Pereira Amador DELINEAMENTO COMPLETAMENTE CASUALIZADO Prof. Dra. Janete Pereira Amador Análise de Variância Considerando esquematicamente um experimento, tem-se: Tratamentos Unidade Experimental Efeito onde ij são as

Leia mais

ANÁLISE DE VARIÂNCIA. y j = µ + τ i + e i j = µ i + e i j

ANÁLISE DE VARIÂNCIA. y j = µ + τ i + e i j = µ i + e i j SUMÁRIO 1 Análise de Variância 1 1.1 O Teste F...................................... 1.2 Verificando as pressuposições do modelo..................... 5 1.2.1 Verificação de Normalidade.........................

Leia mais

A Importância da Estatística na Pesquisa Científica e na Tomada de Decisão

A Importância da Estatística na Pesquisa Científica e na Tomada de Decisão A Importância da Estatística na Pesquisa Científica e na Tomada de Decisão Ricardo Alves de Olinda Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Centro de Ciências e Tecnologia - CCT Departamento de Estatística

Leia mais

ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA) Prof. Anderson Rodrigo da Silva

ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA) Prof. Anderson Rodrigo da Silva ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA) Prof. Anderson Rodrigo da Silva anderson.silva@ifgoiano.edu.br Exemplo 1 de Introdução Medley & Clements (1998) estudaram o efeito de metais pesados, especialmente zinco, sobre

Leia mais

Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos

Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos Erica Castilho Rodrigues 1 de Setembro de 2014 3 O modelo de regressão linear é dado por Y i = β 0 + β 1 x i + ɛ i onde ɛ i iid N(0,σ 2 ). O erro

Leia mais

ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA. Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM

ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA. Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM UM EXEMPLO DE APLICAÇÃO Digamos que temos 6 métodos de ensino aplicados a 30 crianças

Leia mais

Teste de hipótese de variância e Análise de Variância (ANOVA)

Teste de hipótese de variância e Análise de Variância (ANOVA) Teste de hipótese de variância e Análise de Variância (ANOVA) Prof. Marcos Vinicius Pó Métodos Quantitativos para Ciências Sociais Modelos explicativos estatísticos Modelos estatísticos visam descrever

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br CARACTERIZAÇÃO o Em alguns experimentos pode-se ter fatores que estão interferindo na variável resposta,

Leia mais

Análise de Regressão Linear Simples e

Análise de Regressão Linear Simples e Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Carla Henriques Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Introdução A análise de regressão estuda o relacionamento entre uma variável

Leia mais

Teste de hipótese de variância e Análise de Variância (ANOVA)

Teste de hipótese de variância e Análise de Variância (ANOVA) Teste de hipótese de variância e Análise de Variância (ANOVA) Prof. Marcos Vinicius Pó Métodos Quantitativos para Ciências Sociais Testes sobre variâncias Problema: queremos saber se há diferenças estatisticamente

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br INTRODUÇÃO Um dos principais objetivos da estatística é a tomada de decisões a respeito da população, com

Leia mais

ANOVA - parte I Conceitos Básicos

ANOVA - parte I Conceitos Básicos ANOVA - parte I Conceitos Básicos Erica Castilho Rodrigues 9 de Agosto de 2011 Referências: Noções de Probabilidade e Estatística - Pedroso e Lima (Capítulo 11). Textos avulsos. Introdução 3 Introdução

Leia mais

Análise de Regressão Linear Múltipla IX

Análise de Regressão Linear Múltipla IX Análise de egressão Linear Múltipla I Aula Gujarati e Porter - Capítulo 8 Wooldridge - Capítulo 5 Heij et al., 004 Seção 4..4 Introdução Ao longo dos próximos slides nós discutiremos uma alternativa para

Leia mais

ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL

ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL Delineamento Inteiramente Casualizado - DIC Prof. Miguel Toledo del Pino, Dr. INTRODUÇÃO No DIC a distribuição dos tratamentos às unidades experimentais é feita inteiramente ao

Leia mais

Correlação e Regressão Linear

Correlação e Regressão Linear Correlação e Regressão Linear Prof. Marcos Vinicius Pó Métodos Quantitativos para Ciências Sociais CORRELAÇÃO LINEAR Coeficiente de correlação linear r Mede o grau de relacionamento linear entre valores

Leia mais

Questão 1: Questão 2: Defina tratamentos, fator, nível, parcela, subparcela, coeficiente de variação e interação entre fatores.

Questão 1: Questão 2: Defina tratamentos, fator, nível, parcela, subparcela, coeficiente de variação e interação entre fatores. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR DISCIPLINA: ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL LISTA DE EXERCÍCIOS 3 a AVALIAÇÃO PROFESSOR: ROBERTO QUEIROGA Questão 1: Faça um croqui (disposição

Leia mais