MATEMÁTICA INTERGALÁCTICA: A MEDIAÇÃO E AS IDENTIDADES INTERCULTURAIS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MATEMÁTICA INTERGALÁCTICA: A MEDIAÇÃO E AS IDENTIDADES INTERCULTURAIS"

Transcrição

1 MATEMÁTICA INTERGALÁCTICA: A MEDIAÇÃO E AS IDENTIDADES INTERCULTURAIS GARDETE, Cláudia (gardete80@gmail.com) Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa CÉSAR, Margarida (macesar@fc.ul.pt) Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa RESUMO Uma população escolar multicultural trouxe para a Escola vivências e culturas diversificadas. Assim, também as experiências de aprendizagem deveriam ser diversificadas. Contudo, apesar de recomendada nos documentos de política educativa, essa diversificação e adaptação nem sempre acontecem, nomeadamente na disciplina de matemática, dificultando que os alunos se identifiquem com ela, existindo uma elevada taxa de insucesso e rejeição. Assim, urge modificar a representação social da matemática, enquanto mediadora das aprendizagens, para que os alunos possam construir padrões culturais positivos, facilitando a transição entre as suas culturas e a cultura académica. Esta investigação insere-se no nível de investigação-acção do projecto Interacção e Conhecimento 1. O trabalho em díade foi implementado durante um ano lectivo. Os participantes foram os alunos de uma turma do 7º ano (n=29), três observadores e a professora/investigadora. Os instrumentos de recolha de dados explorados nesta comunicação foram a observação, questionários e protocolos dos alunos baseados numa personagem intergaláctica TinMix que, não estando sujeita às leis físicas da Terra, permitiu explorações matemáticas dos conteúdos programáticos previstos, mas interessantes para adolescentes. Os resultados iluminam que, quando se alia a matemática a personagens como a TinMix, estes sentem-se mais motivados para resolver as tarefas, encontrando estratégias de resolução diversificadas e criativas, apropriando conhecimentos matemáticos de forma rigorosa e a que atribuem sentidos. A análise de diversos exemplos ilumina as potencialidades mediadoras deste tipo de tarefas bem como a contribuição destas para a construção do sentido de identidade de turma num ambiente multicultural e promovendo o sucesso em matemática. 1 O projecto Interacção e Conhecimento foi parcialmente subsidiado pelo IIE, em 1996/97 e 1997/98, e pelo CIEFCUL, desde 1996 até 2005/06. O nosso profundo agradecimento aos alunos que tornaram possível este trabalho, bem como aos colegas da equipa de investigação, que nos têm acompanhado neste percurso.

2 PALAVRAS-CHAVE Identidades; Cultura; Apropriação de conhecimentos; Tarefas matemáticas. Introdução São várias as características que podemos observar existirem nas escolas portuguesas, que não existiam há alguns anos atrás. Entre elas encontram-se a crescente multiculturalidade, o abandono escolar precoce e as elevadas taxas de insucesso a disciplinas como a matemática (Oliveira & César, 2005). Apesar das tentativas para ultrapassarmos estes problemas, a Escola continua a usar preferencialmente um código elaborado que condiciona fortemente o que se aprende e como se aprende e que favorece as crianças cujo ambiente e culturas familiares estão na continuidade deste código e limitando aqueles que não o dominam porque pertencem a classes com códigos linguísticos restritos (Leite, 2002 p. 207). Assim, criam-se barreira à inclusividade, persistindo formas de exclusão diversas, por vezes bastante subtis, mas que marcam a vida de muitos alunos, dentro e fora da escola (César & Ainscow, 2006). Sendo os alunos pertencentes a culturas muito afastadas da cultura dominante particularmente afectados pelo abandono escolar precoce e pelo insucesso académico (César & Oliveira, 2005), deve-se procurar valorizar as diversas culturas, em cenário de sala de aula e ter em conta as representações sociais que os alunos desenvolveram ao longo dos anos, acerca das diversas disciplinas. Estas são variadas e, no caso da matemática, estendem-se num ao longo de um continuum que varia entre o pensarem que esta disciplina é fácil e apelativa, considerando que a aprendem facilmente, e o pensarem que é dificil e com pouca utilidade, considerando que nem vale a pena tentarem aprender porque as suas capacidades não o permitem (Piscarreta, 2002). Estas representações sociais são configuradas quer pelos discursos e actuações dos encarregados de educação quer pelos media, que reforçam a noção de que a matemática é selectiva e apenas acessível a alguns, poucos, alunos muito competentes (Gardete & César, 2006; Teles & César, 2007). A valorização das culturas e das representações sociais pode facilitar a atribuição de sentidos às aprendizagens (Bakhtin, 1929/1981), ou seja, estas valorizações associadas ao contrato didáctico estabelecido e à natureza das tarefas propostas aos alunos, são mediadores essenciais das aprendizagens académicas. Assim, como afirmam Abrantes, Serazina e Oliveira (1999), os alunos devem ser Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 2

3 confrontados com experiências de aprendizagem ricas e diversificadas. Mas, para que isso aconteça, devem-se também alterar as práticas de sala de aula que, geralmente, ainda se encontram bastante centradas no trabalho individual. O recurso ao trabalho colaborativo, nomeadamente em díade e em pequenos grupos, pode actuar como um facilitador das aprendizagens, possibilitando que os alunos confrontem estratégias de resolução (César, 2003; César & Santos, 2006). O papel do professor deixa, assim, de ser apenas o de mero transmissor de conhecimento, assumindo o papel de mediador e orientador das aprendizagens dos alunos (Vygostsky, 1932/1978). Apesar de o trabalho colaborativo permitir a apropriação de conhecimentos e a mobilização/desenvolvimento de competências, não pode passar despercebido que cada individuo é participa em diversas culturas, que o identificam e distinguem, mas que, incluído numa turma, se torna parte de um grupo mais lato, que apenas terá a beneficiar se, tanto a escola como os professores, construírem espaços onde se possam partilhar experiências, permitindo viver, ao mesmo tempo que se aprende significativamente, num cenário de interacções culturais (Leite, 2002). Devendo as experiências de aprendizagem ser adaptadas às características de cada aluno (Bishop, 1988) e sabendo que a natureza das tarefas configura os desempenhos matemáticos dos alunos (César, Oliveira, & Teles, 2004), é importante que haja uma diversificação das mesmas, bem como uma componente de marcação social (Doise & Mugny, 1981) de modo a que se possam construir pontes entre o conhecimento que já se apropriou e aquele que é necessário apropriar (Teles & César, 2007). Para além disso, deve-se tentar fomentar o desenvolvimento de um sentido de identidade de turma (Oliveira, 2007) que permita com que os alunos se conheçam e aprendam com as experiências de cada um e a partir de cada uma das culturas existentes na turma. Deste modo, neste estudo tentamos encontrar respostas a perguntas como Qual o papel da criação de tarefas baseadas numa personagem intergaláctica e com características dos elementos da turma, no processo de construção e adesão a um sentido de identidade de turma? e Qual o papel destas tarefas na apropriação de conhecimentos matemáticos bem como na mobilização e desenvolvimento de competências? para que possamos tentar compreender como este processo se desenvolve. Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 3

4 Metodologia Este estudo decorreu no âmbito do projecto Interacção e Conhecimento onde se visava estudar e promover as interacções sociais em cenários de educação formal (5º ao 12º ano de escolaridade). Este projecto estava dividido em três níveis, sendo o Nível 2 de investigação-acção, onde se implementa o trabalho em díade e em pequenos grupos durante, pelo menos, um ano lectivo (César & Hamido, in press), tal como aconteceu neste estudo. Pretendemos estudar como as tarefas, baseadas numa personagem intergaláctica, com características de todos os alunos de uma turma, promovem a construção do sentido de identidade de turma (Oliveira, 2007) e a inclusão dos alunos, em cenários de educação formal, numa turma multicultural, com marcas de exclusão social e académica. Para além disso, pretendíamos também estudar os seus contributos para a apropriação de conteúdos matemáticos de um modo rigoroso e formal. Participantes Os participantes deste estudo são os alunos de uma turma do 7º ano de escolaridade (n=29), pertencentes a uma escola básica no concelho de Sintra. Esta escola foi escolhida devido a ter uma população escolar diversificada incluindo alunos provindos de outras culturas e outros países. Foi escolhida uma turma do 7º ano de escolaridade pois, sendo uma turma de início de ciclo, ainda não se conheciam previamente, aspecto que fez emergir barreiras não só à criação de um sentido de identidade de turma, como também à apropriação dos conteúdos matemáticos, por considerarem esta disciplina bastante difícil. Para além dos alunos, participaram também três observadores e a professora/investigadora. Convém salientar que, por uma questão de ética e de forma a garantir o anonimato dos alunos, os nomes utilizados são fictícios. Instrumentos de recolha de dados Para a recolha dos dados foram utilizados, entre outros, os instrumentos da 1ª semana de aulas pertencentes ao projecto IC: uma tarefa de inspiração projectiva (TIP1), um questionário (Q1) e um instrumento de avaliação de competências (IAC). Estes instrumentos serviram não só para conhecermos as representações sociais dos alunos (TIP1) e quais os seus gostos pessoais e opiniões acerca da matemática, do papel do professor e do aluno na sala de aula (Q1), mas também para tentarmos perceber quais as competências que já mobilizavam ou já tinham desenvolvido e aquelas que ainda necessitavam de mobilizar/desenvolver (IAC). Por se tratar de uma investigação-acção, os outros instrumentos de recolha de dados foram a observação Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 4

5 participante, realizada pelos observadores presentes nas aulas, registadas em relatórios (R), as observações da professora/investigadora, anotadas num diário de bordo (DB), recolha documental (D) e protocolos dos alunos (PA), nomeadamente, fichas de trabalho, mini-testes realizados em díade, relatórios e provas de avaliação. Procedimentos Tendo sido adoptada práticas de sala de aula baseadas no trabalho colaborativo, que os alunos desconheciam, na primeira aula foi-lhes explicado como iriam funcionar as díades, que iriam trabalhar colaborativamente, qual o tipo de tarefas que iríamos implementar, quais os critérios de avaliação e como eram realizados os mini-testes. Além disso, os alunos sabiam que, no início do 2º período, poderiam decidir se queriam continuar a trabalhar colaborativamente. Para conhecer melhor os alunos e podermos adaptar as tarefas matemáticas às suas necessidades, interesses e características, na primeira semana de aulas os alunos responderam a uma tarefa de inspiração projectiva, um questionário e um instrumento de avaliação de competências cujos dados, depois de analisados, serviam de base para decidirmos a planta da sala. Além de os alunos trabalharem colaborativamente durante todo o ano lectivo e visto que alguns deles pareciam não estar a aderir às tarefas propostas, optámos por implementar tarefas baseadas numa personagem intergaláctica que apresentava diversas características dos elementos da turma: a TinMix. Essa personagem foi utilizada não só nas tarefas matemáticas, mas também nos mini-testes, provas de avaliação sumativas individuais, trabalhos de grupo e problemas. Assim, a criação e desenvolvimento desta personagem e das tarefas que lhe estão conectadas constituiu um aspecto essencial deste estudo, sendo objecto de um trabalho colaborativo, em relação a algumas das tarefas, com outros elementos do projecto Interacção e Conhecimento, num processo reflexivo e colaborativo, que caracteriza as práticas deste projecto. Resultados Vamos apresentar o caso do Hélder, um aluno vindo de Cabo Verde no ano anterior a este estudo e que apresentava indícios da fraca inclusão na escola. Os professores caracterizavam-no como apresentando dificuldades linguísticas, bem como na mobilização e desenvolvimento de competências. A turma onde o Hélder foi inserido tinha, inicialmente 28 alunos. Contudo, pouco tempo depois, uma das alunas emigrou para França e outros dois alunos, um de origem Cabo-Verdiana e outra do Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 5

6 Brasil foram incluídos na turma, passando o total de alunos a ser 29, com idades entre os 12 e os 14 anos. Por ser um ano de início de ciclo, a maioria destes alunos não provinha da mesma turma ou escola, o que dificultava as relações interpessoais, nomeadamente a colaboração entre os alunos nas tarefas propostas. Apesar de, quando questionados, diversos alunos terem respondido que gostavam de matemática, eles consideravam-se alunos médios ou fracos a esta disciplina, de acordo com os dados do questionário inicial (Q1), relatando que as classificações dos anos anteriores não podiam ser consideradas elevadas. No caso do Hélder, apesar de indicar que a disciplina é muito bom (Q1, p. 1), não a considera como a sua preferida e salienta que os conteúdos desta são complicados o que o torna, a seu ver, um aluno médio. Também as representações sociais que estes alunos desenvolveram, em relação à matemática, são bastante tradicionais, focando o papel central do professor, a não colaboração entre os alunos e a resolução de exercícios de aplicação. O Hélder não é excepção pois, na tarefa de inspiração projectiva, escreve que a disciplino de matemático é muito bom porque é no disciplino de matemático que aprendemos a fazer contas (TIP1, grafia do aluno), indicando que não considera a possibilidade de os conteúdos da disciplina de matemática serem trabalhados sem ser unicamente através de exercícios de aplicação. No que diz respeito ao papel do professor e dos alunos, gostaríamos de salientar que, para este aluno, o papel dos alunos é aprender e o dos professores é explicar aos alunos. Contudo, quando desenha o que é para si a aula de matemática é curioso salientar que, tanto o professor como os alunos, são inexistentes. Este aluno opta, ao invés destes actores principais, por colocar um cabide com mochilas separadas e que não se tocam (ver Figura 1), perto da porta, o que pode indicar o seu desejo de sair da aula e das dificuldades que sente, nesta disciplina. Figura 1: Representação social da Matemática (Helder, TIP 1, Setembro de 2005) Este desenho é importante visto ilustrar o isolamento que o aluno sente existir na aula de matemática, onde nem sequer as mochilas podem estar colocadas umas ao pé das outras. A não existência dos actores, a quem dá tanta importância nos Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 6

7 questionários, parece indicar que a aula de matemática é apenas um local de passagem, onde as pessoas colocam os seus pertences e onde não consegue atribuir sentidos (Bakhtin, 1929/1981) para o que lá se faz. Segundo os dados recolhidos no instrumento de avaliação de competências, apesar de ter revelado que poderia estar a desenvolver o raciocínio abstracto, a resolução das restantes tarefas iluminam a necessidade de se desenvolverem competências tais como o espírito crítico, o raciocínio geométrico, ou a interpretação de enunciados. A necessidade de se desenvolver a capacidade de interpretar enunciados poderá advir da dificuldade que o Hélder sente em falar e compreender a língua portuguesa, por esta não ser a sua língua materna. Deste modo, ao sentir dificuldades em compreender o que é dito nas aulas e o que está escrito nos manuais, não consegue apropriar os conteúdos explorados nem atribuir sentidos. Tendo em conta estas características, optámos por escolher como primeiro par a Alda, uma aluna extrovertida, com capacidade de comunicação e que mobilizava competências complementares às que o Hélder conseguia mobilizar, para além de outras que o Hélder necessitava desenvolver. Contudo, por ser tímido e por a Alda não tentar que ele participasse na elaboração de estratégias de resolução das tarefas, fazendo tudo sozinha, optámos por trocar o par do Hélder. A escolha recaiu sobre a Mariana, por ter uma personalidade menos dominante que a Alda. Esta aluna já perguntava ao Hélder a sua opinião acerca do caminho a seguir e incentivava-o a participar nas discussões gerais. Com esta mudança de díade, o Hélder conseguiu melhorar o seu desempenho na segunda prova de avaliação individual sumativa, passando de uma classificação de 27% (1ª prova) para 42% (2ª prova). Contudo, e após cuidada observação e análise dos comportamentos e opiniões dos alunos, percebemos que estes, apesar de estarem a aderir ao trabalho colaborativo, ainda não atribuíam sentidos a esta disciplina, continuando a considerá-la complicada. No caso do Hélder, quando questionado, em Janeiro, sobre o que pensava da matemática e do trabalho em díade, salientou que esta disciplina vai ser mais difícil (Q2, p. 1) e que o trabalho em díade para além de ser muito bom para quem tem dificuldade, deve-se trabalhar com cilencio (Q2, p. 2, grafia do aluno). Já ao associar uma palavra à disciplina de matemática ele responde que penso em contas (Q2, p. 3), o que ilustra que ainda não havia começado a modificar as suas representações sociais. Observámos também que, para além dos grupos naturais com afinidades específicas, não havia interacção entre os alunos fora da sala de aula. Sentimos, então, a Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 7

8 necessidade de implementar tarefas que melhorassem as interacções entre os alunos e que também tivesse impactes fora da aula de matemática, para que a turma criasse um sentido de identidade, que não conseguira construir. Assim, construímos tarefas baseadas numa personagem com características de cada aluno da turma para que, cada um se identificasse com ela. Tornámo-la intergaláctica porque, para além de os alunos se interessarem por ficção científica, não sendo do planeta Terra, não estaria cingida às leis físicas que nos regem, tornando possível explorar conteúdos que, de outra forma, não seria possível. Implementámos, em primeiro lugar, duas pequenas tarefas para tentar perceber qual a aderência dos alunos. Tendo os alunos aderido fortemente à personagem, elaborámos mais tarefas baseadas nela, que explorassem outros conteúdos. A primeira abordava os números racionais e a segunda as equações. Na primeira tarefa, o Hélder e a Mariana conseguiram compreender, na Questão 1, quantos quadrados representaria cada fracção de chocolate e, na Questão 3, qual a parte do chocolate que correspondia às fracções existentes no enunciado (ver Figura 2). Já ao nível da discussão geral, observámos que o Hélder colocava muitas vezes a mão no ar, para tentar participar, dizendo a sua opinião sustentada. Tendo pedido para discutir a Questão 4, salientou que a TinMix não podia concordar com os amigos porque todos comera a mesma fatia de bolo e ilustrou a sua afirmação fazendo 2:5=0,4 e 4:10=0,4. Figura 2: Correspondência fracção/desenho nas Questões 1 e 3 Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 8

9 Salientemos que, tendo reparado que os mini-testes eram baseados na TinMix, os alunos mostraram a sua aprovação dizendo que era fixe. Também observámos o Hélder a debater com a Mariana uma estratégia de resolução que, após a superação de algumas dificuldades, foi aplicada com sucesso (ver Figura 3). Figura 3: Resolução do mini-teste sobre números racionais Relativamente à segunda tarefa, que explorava os conteúdos das equações, o Hélder também participou activamente na procura de estratégias de resolução. Um exemplo foi a proposta de resolução que o Hélder sugeriu para o primeiro desafio (ver Figura 4), onde era pedido que descobrissem os pesos a colocar em cada balança, para as equilibrar. Figura 4: Estratégia de resolução Hélder - Desafio 1 Figura 5: Mini-teste 2º P estratégia de resolução Hélder e Mariana Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 9

10 Observámos também uma participação activa do Hélder na tentativa de elaborar estratégias de resolução para os restantes mini-testes, baseados na TinMix. Por exemplo, no desafio da Figura 5 que, apesar de ser mais complexo que os anteriores, conseguiram compreender o que era pedido e encontrar uma estratégia de resolução para o problema. Analisando as classificações que o Hélder conseguiu obter após a implementação da TinMix, observamos que melhoraram. Num primeiro teste de avaliação sumativo, após o recurso à TinMix, o Hélder obteve a classificação de 62%. Esta classificação não se manteve depois, devido às dificuldades na língua portuguesa e na interpretação de enunciados. Os dados observacionais recolhidos iluminam, também, uma melhoria das interacções entre o Héldere o seu par, bem como com os colegas, durante as discussões gerais, onde começou a participar mais. Para além disso, nos intervalos interagia e brincava com os colegas, situação que não acontecia no 1º período. Quando questionado acerca do trabalho em díade e da implementação destas tarefas, o Hélder indica que esta forma de trabalho é muito bom para quem tem dificuldade e, apesar de salientar que ele próprio tem mais dificuldade, menciona que em díade para trabalhar todos tem que dar o seu opinião e que a palavra que mais associa ao que fez na aula foi trabalho de grupo. Quanto à turma onde foi inserido, a sua resposta foi as turmas são muito simpático, algo que ele não afirmava quando questionado no final do 1º período. Considerações finais A matemática tem vindo a ser considerada como um instrumento de selecção no que diz respeito ao futuro académico dos alunos, pervertendo a relação dos jovens com esta disciplina e fazendo com que eles a vejam como um obstáculo difícil de transpor (Ponte, 2003). Os alunos oriundos de outros países e culturas não são a excepção a esta regra e para que se consiga modificar esta representação social que a maioria dos alunos tem da matemática é importante que se assuma e reconheça que a aprendizagem é culturalmente situada, estando interrelacionada com processos sociais e comportamentos muito específicos (Moreira, 2007, p. 8). Os professores não devem considerar a diversidade cultural como um entrave, mas sim como um recurso enriquecedor das aprendizagens, devido a desenvolver competências para o viver e conviver com o diferente (Leite, 2002). Assim, a educação matemática deve ser Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 10

11 adaptada às culturas que estão representadas na sala de aula (Favilli, Oliveras & César, 2003), fazendo com que a educação intercultural tenha um papel de relevo como meio de promoção da partilha de conhecimentos entre as diversas culturas (Teles & César, 2007). Deve-se, então, reflectir sobre as práticas e promover cenários de educação formal mais inclusivos que se adaptem aos interesses, características e necessidades dos diversos públicos existentes nas escolas (César, 2003; César & Santos, 2006). Bibliografia ABRANTES, P.; SERRAZINA, L. & OLIVEIRA, I. (1999). A matemática na educação básica. Lisboa: DEB/ME. BAKHTIN, M. (1929/1981). The dialogical imagination (M. Holquist, Ed.) (M. Holquist, & C. Emerson, Trads.). Austin: University of Texas Press. [Trabalho original publicado em russo, em 1929]. BISHOP, A. J. (1988). Mathematical enculturation: A cultural perspective on mathematics education. Dorderecht: Kluwer Publishers. CÉSAR, M. (2003). A escola inclusiva enquanto espaço-tempo de diálogo de todos e para todos. In D. Rodrigues (ed.). Perspectivas sobre a inclusão: Da educação à sociedade. Porto: Porto Editora, pp CÉSAR, M. & AINSCOW, M. (eds.) (2006). European Journal of Psychology of Education, XXI(3). CÉSAR, M.; OLIVEIRA, A. & TELES, L. (2004). Sharing learning about geometry: Peer work in maths classes. In J. Giménez; G. E. FitzSimons & C. Hahn (eds.). A challenge for mathematics education: To reconcile commonalities and differences CIEAEM54. Barcelona: Graó, pp CÉSAR, M. & SANTOS, N. (2006). From exclusion into inclusion: Collaborative work contributions to more inclusive learning settings. European Journal of Psychology of Education, XXI(3), pp DOISE, W., & MUGNY, G. (1981). Le development social de l intelligence. Paris: Interéditions. FAVILLI, F.; OLIVERAS, M. L. & CÉSAR, M. (2003). Bridging mathematical knowledge from different cultures: Proposals for an intercultural and interdisciplinary curriculum. In N. A. Paterman; B. J. Dougherty & J. Zilioux (eds.). PME 27 Proceedings (vol. 2). Honolulu, Hi: University of Hawaii, pp Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 11

12 GARDETE, C. & CÉSAR, M. (2006). Equação (im)possível: Um caminho para a sua solução. In APM (eds.), Actas do XVII seminário de investigação em educação matemática. Setúbal: APM. [Suporte CdRom]. HAMIDO, G. & CÉSAR, M. (in press). Surviving within complexity: A meta-systemic approach to research on social interactions in formal educational scenarios. In K. Kumpulainen; C. Hmelo-Silver & M. César (eds.), Investigating classroom interactions: Methodologies in action. Rotterdam: Sense Publishers. LEITE, C. (2002). O currículo e o multiculturalismo no sistema educativo português. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. MOREIRA, D. (2007). Infilling the gap between global and local mathematics. In CERME 5 (Eds.), CERME 5 Proceedings. Retirado em Dezembro 28, 2007 de OLIVEIRA, I. (2007). Do currículo, das interacções e da aprendizagem como construção identitária. Interacções, 3(6), pp [On line: PISCARRETA, S. (2002). Malmequer, bem-me-quer, muito, pouco ou nada: Representações sociais da Matemática em alunos do 9º ano de escolaridade. Lisboa: APM. PONTE, J. P. (2003). O ensino da Matemática em Portugal: Uma prioridade educativa? In CNE (eds.). O ensino da Matemática: Situação e perspectivas. Lisboa: Conselho Nacional de Educação, pp TELES, L. (2005). Matemática com arte: Um microprojecto intercultural adaptado a alunos da escola de dança do conservatório nacional. Lisboa: APM. TELES, L. & CÉSAR, M. (2007). Matemática com arte: A construção de identidades dialógicas através de microprojectos colaborativos. Interacções, 3(6), pp [On line: VYGOTSKY, L.S. (1932/1978). Mind and society: The development of higher psychological processes. Cambridge, MA: Harvard University Press [Trabalho original publicado em russo, em 1932]. Matemática intergaláctica: A mediação e as identidades interculturais 12

NEGOCIAR PARA APRENDER: O CONTRATO DIDÁCTICO ENQUANTO

NEGOCIAR PARA APRENDER: O CONTRATO DIDÁCTICO ENQUANTO NEGOCIAR PARA APRENDER: O CONTRATO DIDÁCTICO ENQUANTO FERRAMENTA MEDIADORA DAS APRENDIZAGENS VENTURA, Cláudia (cventura3@gmail.com) Escola Secundária de Albufeira & Faculdade de Ciências da Universidade

Leia mais

Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) Experiências na promoção da educação inclusiva Dec. Lei n.º 54 /2018 de 6 de julho

Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) Experiências na promoção da educação inclusiva Dec. Lei n.º 54 /2018 de 6 de julho Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) Experiências na promoção da educação inclusiva Dec. Lei n.º 54 /2018 de 6 de julho Carlos Simões carlosasimoes@gmail.com Leiria, 23 março 2019

Leia mais

Elisabete Pereira (2003) Análise do Software Eu Aprendo Ciências da Natureza 6º Ano

Elisabete Pereira (2003) Análise do Software Eu Aprendo Ciências da Natureza 6º Ano Elisabete Pereira (2003) Análise do Software Eu Aprendo Ciências da Natureza 6º Ano Trabalho realizado no âmbito da disciplina As TIC no Ensino das Ciências e da Matemática. Departamento de Educação da

Leia mais

Acção n.º 42 A Gestão e resolução de conflitos/promover ambientes de aprendizagem e cidadania

Acção n.º 42 A Gestão e resolução de conflitos/promover ambientes de aprendizagem e cidadania Acção n.º 42 A Gestão e resolução de conflitos/promover ambientes de aprendizagem e cidadania Modalidade: Oficina de Formação; Destinatários: Docentes dos grupos 110, 200, 210, 220, 230, 240, 250, 260,

Leia mais

CAPÍTULO 5 PLANO DE FORMAÇÃO

CAPÍTULO 5 PLANO DE FORMAÇÃO CAPÍTULO 5 PLANO DE FORMAÇÃO Desde sempre, existiram divergências entre o que os investigadores educacionais propõem e o que os professores fazem. Muitos professores consideram irrelevantes os resultados

Leia mais

Uma iniciativa para a promoção da literacia científica na disciplina de Ciências Físico-Químicas do 3.º ciclo do ensino básico

Uma iniciativa para a promoção da literacia científica na disciplina de Ciências Físico-Químicas do 3.º ciclo do ensino básico Uma iniciativa para a promoção da literacia científica na disciplina de Ciências Físico-Químicas do 3.º ciclo do ensino básico José Mendes Escola Básica Sebastião da Gama - Estremoz, Portugal ja.mendes@sapo.pt

Leia mais

DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO A Aprendizagem da Matemática através da Resolução de Problemas Acção 28 / 2009

DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO A Aprendizagem da Matemática através da Resolução de Problemas Acção 28 / 2009 1 DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO A Aprendizagem da Matemática através da Resolução de Problemas Acção 28 / 2009 N.º Acreditação: CCPFC/ACC-53051/08 Modalidade: Oficina de Formação Total de horas conjuntas:

Leia mais

PLANO DE ACTIVIDADES 2018/2019

PLANO DE ACTIVIDADES 2018/2019 PLANO DE ACTIVIDADES 2018/2019 OUTUBRO/2018 Na procura de um lugar que vise contribuir para o crescimento e desenvolvimento da pessoa humana, potenciando todas as capacidades e tendo em consideração que

Leia mais

CONCLUSÃO ESE de Setúbal Relatório de Auto-avaliação da Licenciatura em Ensino Básico 1º Ciclo

CONCLUSÃO ESE de Setúbal Relatório de Auto-avaliação da Licenciatura em Ensino Básico 1º Ciclo 1 CONCLUSÃO 2 Ao iniciar esta conclusão, assumida pela equipa responsável por este relatório sobre o Curso de licenciatura em Ensino Básico-1ºCiclo como uma reflexão crítica, torna-se importante diferenciar

Leia mais

CAI RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO

CAI RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO 2008-2009 RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO CAI COMISSÃO DE AVALIAÇÃO INTERNA DOMÍNIOS DE AVALIAÇÃO Funcionamento e Organização dos Apoios Educativos. Contributo dos

Leia mais

Educar para a Cidadania Contributo da Geografia Escolar

Educar para a Cidadania Contributo da Geografia Escolar Iª JORNADAS IGOT DOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA Educar para a Cidadania Contributo da Geografia Escolar Maria Helena Esteves 7 de Setembro de 2013 Apresentação O que é a Educação para a Cidadania Educação

Leia mais

MATEBATIKANDO: UM MICROPROJECTO... QUATRO ESTUDOS DE CASO

MATEBATIKANDO: UM MICROPROJECTO... QUATRO ESTUDOS DE CASO MATEBATIKANDO: UM MICROPROJECTO... QUATRO ESTUDOS DE CASO TELES, Lucília (lrrt@hotmail.com) Universidade de Lisboa CÉSAR, Margarida (macesar@fc.ul.pt) 1 Universidade de Lisboa RESUMO Os índices de abandono

Leia mais

ANO LECTIVO 2008/2009 1º ANO. As Propostas de Formação

ANO LECTIVO 2008/2009 1º ANO. As Propostas de Formação PROFISSIONALIZAÇÃO EM SERVIÇO ANO LECTIVO 2008/2009 1º ANO As Propostas de Formação O projecto da ESE de Setúbal para o 1º ano da Profissionalização em Serviço tem em conta a legislação em vigor, que data

Leia mais

NOVO PROGRAMA DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO BÁSICO ENSINAR A DESAFIAR

NOVO PROGRAMA DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO BÁSICO ENSINAR A DESAFIAR NOVO PROGRAMA DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO BÁSICO ENSINAR A DESAFIAR António Lúcio Dezembro, 2010 ÍNDICE Ensino da Matemática Programa de Matemática do Ensino Básico Números e Operações Geometria e Medida

Leia mais

Representações Matemáticas e a Prática Profissional do Professor em dois contextos: Portugal e Brasil

Representações Matemáticas e a Prática Profissional do Professor em dois contextos: Portugal e Brasil Representações Matemáticas e a Prática Profissional do Professor em dois contextos: Portugal e Brasil Aluska Dias Ramos de Macedo Universidade Estadual da Paraíba aluskamacedo@hotmail.com Introdução O

Leia mais

Fibonacci: A Ciência no Ensino Básico e Pré-escolar. Relatório 2011

Fibonacci: A Ciência no Ensino Básico e Pré-escolar. Relatório 2011 Fibonacci: A Ciência no Ensino Básico e Pré-escolar Relatório 2011 Fibonacci: A Ciência no Ensino Básico e Pré-escolar Paula Cristina Neves Machado E.B.1 Sofia de Carvalho - Algés 1º ciclo do Ensino Básico

Leia mais

Ano Lectivo 2007/08. Agrupº. Escolas Padre Vítor Melícias

Ano Lectivo 2007/08. Agrupº. Escolas Padre Vítor Melícias Ano Lectivo 2007/08 Agrupº. Escolas Padre Vítor Melícias FR: Luísa Chedas Competências De acordo com os princípios do Decreto lei 6/2001, o Ministério da Educação define um conjunto de competências que

Leia mais

Avaliação formativa e desenvolvimento de competências no Ensino Superior: um estudo no primeiro ciclo de Bolonha

Avaliação formativa e desenvolvimento de competências no Ensino Superior: um estudo no primeiro ciclo de Bolonha Jornadas Práticas de qualidade no ensino e aprendizagem Universidade de Aveiro Aveiro 10 de outubro de 2012 Avaliação formativa e desenvolvimento de competências no Ensino Superior: um estudo no primeiro

Leia mais

Seminário de Psicologia da Educação. Braga, 4 de novembro 2018

Seminário de Psicologia da Educação. Braga, 4 de novembro 2018 Seminário de Psicologia da Educação Braga, 4 de novembro 2018 Taxa de escolarização em Portugal 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 1961 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

Leia mais

Relatório Final de Avaliação. Ação n.º 5/2011. Gestão e Resolução de Conflitos/Promover Ambientes de Aprendizagem e Cidadania

Relatório Final de Avaliação. Ação n.º 5/2011. Gestão e Resolução de Conflitos/Promover Ambientes de Aprendizagem e Cidadania Centro de Formação de Escolas dos Concelhos de Benavente, Coruche e Salvaterra de Magos Relatório Final de Avaliação Ação n.º 5/2011 Gestão e Resolução de Conflitos/Promover Ambientes de Aprendizagem e

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO ESTRATÉGICA A - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

PLANO DE ACÇÃO ESTRATÉGICA A - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA PLANO DE ACÇÃO ESTRATÉGICA A - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 1. Dados gerais Código DGAE: 160714 Designação: Escola-Sede: Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo Escola Secundária

Leia mais

formar grupos e entregar uma atividade;

formar grupos e entregar uma atividade; RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA EXPERIÊNCIA COM DIVISÃO Edilaine Regina dos Santos 1 Docente da Rede Pública de Ensino SP edilaine.santos@yahoo.com.br Resumo: O presente

Leia mais

Plano de Melhoria. Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral

Plano de Melhoria. Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral julho 2015 Introdução O presente Plano de Melhoria insere-se no âmbito do Relatório elaborado pela Equipa de Avaliação Externa da IGEC, em resultado

Leia mais

QUE COMPETÊNCIAS PRIVILEGIAR?

QUE COMPETÊNCIAS PRIVILEGIAR? APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA QUE COMPETÊNCIAS PRIVILEGIAR? A quem compete definir as competências-chave necessárias a todos para viver no século XXI? Um especialista não pode limitar-se a apresentar um

Leia mais

PLANO DE MELHORIA

PLANO DE MELHORIA PLANO DE MELHORIA 2013 2015 1 - Introdução Entende-se por Plano de Melhoria da Escola um conjunto de procedimentos e estratégias organizadas e implementadas com o objetivo de promover a melhoria dos processos

Leia mais

Plano de Trabalho. Ano lectivo 2010/2011

Plano de Trabalho. Ano lectivo 2010/2011 Plano de Trabalho Ano lectivo 2010/2011 1. Identificação do agrupamento de escolas/escola Nome agrupamento de escolas/escola: Agrupamento de Escolas Dona Joana de Castro Morada: Avenida de Angola, 2530-114

Leia mais

Educação para a Cidadania Global e flexib curricular: O poder transformador dos constrangime. Sandra Fernandes, Pedro e Carolina

Educação para a Cidadania Global e flexib curricular: O poder transformador dos constrangime. Sandra Fernandes, Pedro e Carolina Educação para a Cidadania Global e flexib curricular: O poder transformador dos constrangime Sandra Fernandes, Pedro e Carolina Enquadramento legal do PAFC e ECG Dimensões da ECG e o PAFC do CMCG O PAFC

Leia mais

VER E INOVAR: ACTIVIDADES EXPERIMENTAIS EM CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS

VER E INOVAR: ACTIVIDADES EXPERIMENTAIS EM CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS VER E INOVAR: ACTIVIDADES EXPERIMENTAIS EM CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS SILVA, M.A., & CÉSAR, M. 1 Universidade de Lisboa, Centro de Investigação em Educação da Faculdade de Ciências. OBJECTIVOS Nos últimos

Leia mais

promovam a reflexão sobre temáticas fundamentais relacionadas com a aprendizagem da Matemática.

promovam a reflexão sobre temáticas fundamentais relacionadas com a aprendizagem da Matemática. Áreas prioritárias no apoio ao sistema educativo 1º ciclo área da Matemática Perspectivas sobre o trabalho a ser desenvolvido na área da Matemática Proposta Enquadramento A visão de que o ensino da Matemática,

Leia mais

O Facebook como rede social de aprendizagem e ensino de língua inglesa

O Facebook como rede social de aprendizagem e ensino de língua inglesa O Facebook como rede social de aprendizagem e ensino de língua inglesa Adriena Casini da Silva Esta pesquisa foi desenvolvida no Curso de Línguas Aberto à Comunidade (CLAC), projeto de extensão voltado

Leia mais

Escola inclusiva: Do possível ao inadiável!

Escola inclusiva: Do possível ao inadiável! Universidade de Lisboa Centro de Investigação em Educação da Faculdade de Ciências Escola inclusiva: Do possível ao inadiável! Relatório final Agosto de 2009 I Informação geral Título do projecto: Escola

Leia mais

Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da ESEG

Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da ESEG Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da ESEG De acordo com o documento orientador de 2005 e o An para o 1º e 2º anos, 2 B elaborados pela Comissão de

Leia mais

GEOGRAFIA A. Edição Questões de Exames Nacionais (10. o e 11. o anos)

GEOGRAFIA A. Edição Questões de Exames Nacionais (10. o e 11. o anos) GEOGRAFIA A Questões de Exames Nacionais 2012-2018 (10. o e 11. o anos) Edição 2018-2019 Com Resoluções e Explicação das Respostas aos Itens de Escolha Múltipla ÍNDICE Apresentação... 5 Questões de exames

Leia mais

UM ESTUDO DAS POSSIBILIDADES PARA MELHORAR OS RESULTADOS DE ANÁLISE MATEMÁTICA I PARA ENGENHARIA DE POLÍMEROS

UM ESTUDO DAS POSSIBILIDADES PARA MELHORAR OS RESULTADOS DE ANÁLISE MATEMÁTICA I PARA ENGENHARIA DE POLÍMEROS UM ESTUDO DAS POSSIBILIDADES PARA MELHORAR OS RESULTADOS DE ANÁLISE MATEMÁTICA I PARA ENGENHARIA DE POLÍMEROS Natascha van Hattum, Estelita Vaz e Rosa Maria Vasconcelos Todos os cursos de Engenharia têm

Leia mais

ESTRATÉGIA DE CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO

ESTRATÉGIA DE CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO Página1 ESTRATÉGIA DE CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO 2018/2019 (Com a introdução das alterações pelo DL Nº 55/2018 de 6 de julho) Documento de trabalho elaborado 2017/2018 aprovado em CP de 25/10/2017 Documento

Leia mais

Escola B 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo. Critérios de Avaliação em Língua Estrangeira. (3º ciclo)

Escola B 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo. Critérios de Avaliação em Língua Estrangeira. (3º ciclo) Escola B 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo Critérios de Avaliação em Língua Estrangeira (3º ciclo) Departamento de Língua Estrangeira Ano Lectivo 2009/2010 1. Considerações Gerais 1. Pretende-se que a avaliação

Leia mais

PENSAMENTO CRÍTICO EM REDE NO ENSINO SUPERIOR: REFLEXÕES DE UM PROJETO DE PARTILHA E DIVULGAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS EM INOVAÇÃO DIDÁTICA

PENSAMENTO CRÍTICO EM REDE NO ENSINO SUPERIOR: REFLEXÕES DE UM PROJETO DE PARTILHA E DIVULGAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS EM INOVAÇÃO DIDÁTICA REFLEXÕES DE UM PROJETO DE PARTILHA E DIVULGAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS EM INOVAÇÃO DIDÁTICA Caroline Dominguez (carold@utad.pt); Rita Payan-Carreira; Gonçalo Cruz; Maria M. Nascimento; Helena Silva; Eva Morais;

Leia mais

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório. Agrupamento de Escolas de Resende

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório. Agrupamento de Escolas de Resende PROGRAMA ACOMPANHAMENTO ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório Agrupamento de Escolas de Resende Setembro 2017 Introdução A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), no âmbito das atividades que

Leia mais

Educação em Ciências TIC e Articulação no Ensino

Educação em Ciências TIC e Articulação no Ensino Educação em Ciências TIC e Articulação no Ensino Mestrandas: Andreia Milene Salomé Oliveira Docentes: Prof. Doutor Rui Marques Vieira Doutor Francislê Souza Investigadora: Mestre Cecília Guerra índice

Leia mais

Plano de Acção do Departamento do 1.º Ciclo 2010 / 2011

Plano de Acção do Departamento do 1.º Ciclo 2010 / 2011 Plano Agrupamento Plano de Acção do Departamento do 1.º Ciclo 2010 / 2011 Prioridades Objectivos Estratégias ACÇÕES METAS AVALIAÇÃO P.1. Obj. 1 E.1 Ao 3.º dia de ausência do aluno, efectuar contacto telefónico,

Leia mais

O trabalho de projecto e a relação dos alunos com a Matemática

O trabalho de projecto e a relação dos alunos com a Matemática O trabalho de projecto e a relação dos alunos com a Matemática A experiência do Projecto MAT 789 Paulo Abrantes 1994 Mestrado em Educação - Didáctica da Matemática - 2005/2007 Desenvolvimento Curricular

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

1. INTRODUÇÃO 2. CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO 1/20 1. INTRODUÇÃO Os critérios de avaliação do 1.º CEB, aprovados pelo Conselho Pedagógico em 19 de outubro de 2016, serão, no decorrer do presente ano letivo, operacionalizados pelo Professor Titular

Leia mais

Acção n.º 41 Oficina de Escrita (Criativa) Modalidade: Oficina de Formação; Destinatários: Docentes dos grupos 110, 200, 210, 220 e 300

Acção n.º 41 Oficina de Escrita (Criativa) Modalidade: Oficina de Formação; Destinatários: Docentes dos grupos 110, 200, 210, 220 e 300 Acção n.º 41 Oficina de Escrita (Criativa) Modalidade: Oficina de Formação; Destinatários: Docentes dos grupos 110, 200, 210, 220 e 300 Esta oficina de formação visava desenvolver técnicas de criatividade

Leia mais

A Estatística ao serviço da Matemática na nossa escola

A Estatística ao serviço da Matemática na nossa escola A Estatística ao serviço da Matemática na nossa escola Cristina Cruchinho, Escola Secundária Filipa de Vilhena Sílvia Semana, Escola Secundária Filipa de Vilhena Introdução A Matemática é usada nas mais

Leia mais

Formação continuada de educadores de infância Contributos para a implementação do trabalho experimental de ciências com crianças em idade pré-escolar

Formação continuada de educadores de infância Contributos para a implementação do trabalho experimental de ciências com crianças em idade pré-escolar Formação continuada de educadores de infância Contributos para a implementação do trabalho experimental de ciências com crianças em idade pré-escolar Maria José Rodrigues [1]; Rui Marques Vieira [2] [1]

Leia mais

Desenvolvimento de competências no Ensino Superior: a importância da avaliação formativa

Desenvolvimento de competências no Ensino Superior: a importância da avaliação formativa II Encontro do LEIP Ensinar Português hoje: problemas e desafios Universidade de Aveiro Aveiro 6 de julho de 2012 Desenvolvimento de competências no Ensino Superior: a importância da avaliação formativa

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ANADIA Critérios Gerais de Avaliação 1º Ciclo do Ensino Básico 2011/2012. Critérios Gerais de Avaliação 1º CEB

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ANADIA Critérios Gerais de Avaliação 1º Ciclo do Ensino Básico 2011/2012. Critérios Gerais de Avaliação 1º CEB Critérios Gerais de Avaliação 1º CEB 0 Introdução No Ensino Básico A avaliação constitui um processo regulador das aprendizagens, orientador do percurso escolar e certificador das diversas aquisições realizadas

Leia mais

Projecto RISE Roma Inclusive School Experiences

Projecto RISE Roma Inclusive School Experiences Projecto RISE Roma Inclusive School Experiences jan.2018-dez.2019 21 de março de 2019 Equipa: Maria José Casa-Nova (coord.), Maria Alfredo Moreira, Daniela Silva, Júlia Rodrigues e Ana Laura Ribeiro Formação

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. ANTÓNIO FERREIRA GOMES. Escola Básica 2,3 D. António Ferreira Gomes. AÇÃO 1 A Matemática no 1º Ciclo Resolução de problemas

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. ANTÓNIO FERREIRA GOMES. Escola Básica 2,3 D. António Ferreira Gomes. AÇÃO 1 A Matemática no 1º Ciclo Resolução de problemas AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. ANTÓNIO FERREIRA GOMES Escola Básica 2,3 D. António Ferreira Gomes AÇÃO 1 A Matemática no 1º Ciclo Resolução de problemas ENQUADRAMENTO TEÓRICO Segundo o Currículo Nacional do

Leia mais

PROJETO CURRICULAR. Desenvolvimento do Planeamento Curricular

PROJETO CURRICULAR. Desenvolvimento do Planeamento Curricular PROJETO CURRICULAR Desenvolvimento do Planeamento Curricular A ESQM consolidará o seu projeto visando a promoção de um ensino de qualidade que permita uma sólida formação teórica dirigida para um ensino

Leia mais

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia ActivALEA ative e atualize a sua literacia N.º 26 A FREQUÊNCIIA RELATIIVA PARA ESTIIMAR A PROBABIILIIDADE Por: Maria Eugénia Graça Martins Departamento de Estatística e Investigação Operacional da FCUL

Leia mais

RIPA & REPA. e as rotinas de avaliação ao serviço das aprendizagens

RIPA & REPA. e as rotinas de avaliação ao serviço das aprendizagens RIPA & REPA e as rotinas de avaliação ao serviço das aprendizagens 0. Princípios da avaliação Ensino Básico Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril Despacho Normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril Registo,

Leia mais

Grade de Cotação. Tabela 1 Especificar os aspectos que os professores consideram essenciais, para a inclusão de alunos com N.E.E.

Grade de Cotação. Tabela 1 Especificar os aspectos que os professores consideram essenciais, para a inclusão de alunos com N.E.E. ANEXO III 160 Grade de Cotação Tabela 1 Especificar os aspectos que os professores consideram essenciais, para a inclusão de alunos com N.E.E. PER 1º Ciclo A A Políticas Educativas 1º Ciclo D não são tomadas

Leia mais

Metodologia de Avaliação

Metodologia de Avaliação Metodologia de Avaliação Disciplina de Formação Pessoal e Social (FPS) Professor Humberto Santos Ano-Lectivo 27/8 Escola Secundária de Achada Grande Praia/Cabo Verde Com o objectivo de responsabilizar

Leia mais

Escola Secundária c/ 3º ciclo do Fundão. Palavras-chave: objectivos, instrução, empenhamento motor, tentativas, exemplificação, feedback s e clima.

Escola Secundária c/ 3º ciclo do Fundão. Palavras-chave: objectivos, instrução, empenhamento motor, tentativas, exemplificação, feedback s e clima. Escola Secundária c/ 3º ciclo do Fundão Quinta-feira 11 De Fevereiro de 2010 Turma: 12º CSEAV --» Aula do professor estagiário Frederico Dias. Palavras-chave: objectivos, instrução, empenhamento motor,

Leia mais

Índice. Capítulo I Introdução 1. Capítulo II O professor 17. Objectivo e questões do estudo 2. O contexto do estudo 9

Índice. Capítulo I Introdução 1. Capítulo II O professor 17. Objectivo e questões do estudo 2. O contexto do estudo 9 Capítulo I Introdução 1 Objectivo e questões do estudo 2 O contexto do estudo 9 Capítulo II O professor 17 O conhecimento profissional do professor 19 O professor é um profissional 19 A natureza do conhecimento

Leia mais

Projecto de Plano de Actividades do CNE para Em 2008, a actividade do CNE centrar-se-á em quatro grandes áreas de intervenção:

Projecto de Plano de Actividades do CNE para Em 2008, a actividade do CNE centrar-se-á em quatro grandes áreas de intervenção: Projecto de Plano de Actividades do CNE para 2008 Em 2008, a actividade do CNE centrar-se-á em quatro grandes áreas de intervenção: - A escola, as suas finalidades, os seus contextos e parceiros; - Currículo

Leia mais

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO Agrupamento de Escolas Marinhas do Sal Rio Maior ANO LETIVO 2018/2019 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO Regime geral de avaliação Artigo 16.º Objeto da avaliação 1 A avaliação incide sobre as aprendizagens

Leia mais

Competências Digitais para Professores. 3ª Edição. Ana Reto

Competências Digitais para Professores. 3ª Edição. Ana Reto Competências Digitais para Professores 3ª Edição Ana Reto Artefacto 2 Resolução de situações Problemáticas aplicadas ao dia-a-dia. PROBLEMA DO MÊS Resolução de situações Problemáticas na disciplina de

Leia mais

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PARTICIPAR PARA VER: AS INTERACÇÕES SOCIAIS NAS AULAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA, COMO UMA PRÁTICA INCLUSIVA DE ALUNOS CEGOS, NO 2º CICLO

Leia mais

De Par em Par na U.Porto

De Par em Par na U.Porto De Par em Par na U.Porto Ano letivo 2012/13 Reitoria da U.Porto J. P. Pêgo 06 de novembro de 2012 09-11-2012 Estrutura Módulo 1 - Sessão de formação presencial (2h) Módulo 2 - Observação de aulas (5h)

Leia mais

A ARTE DE BRINCAR COMO MODO E PRÁTICA DE EDUCAR

A ARTE DE BRINCAR COMO MODO E PRÁTICA DE EDUCAR A ARTE DE BRINCAR COMO MODO E PRÁTICA DE EDUCAR Luana da Mata (UEPB) luanadesenhodedeus@hotmail.com Patrícia Cristina de Aragão Araújo (UEPB) cristina=aragao21@hotmail.com RESUMO Este artigo tem como objetivo

Leia mais

Exposição M. C. Escher Arte e Matemática

Exposição M. C. Escher Arte e Matemática RELATÓRIO DE ACTIVIDADE Exposição M. C. Escher Arte e Matemática Serpentes, xilogravura, 1969 Confrontando os enigmas que nos rodeiam e considerando e analisando as observações que fazia, terminei nos

Leia mais

1º Ciclo. Competências Gerais do Ensino Básico

1º Ciclo. Competências Gerais do Ensino Básico 1º Ciclo Ao longo do 1º ciclo do Ensino Básico, todos os alunos devem desenvolver as competências gerais do Ensino Básico. Competências Gerais do Ensino Básico 1. Mobilizar saberes culturais, científicos

Leia mais

Agrupamento Vertical de Escolas Ramalho Ortigão

Agrupamento Vertical de Escolas Ramalho Ortigão Agrupamento Vertical de Escolas Ramalho Ortigão Agrupamento TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária): elevado insucesso escolar absentismo e abandono precoce preocupantes Avaliação externa

Leia mais

Investigação Narrativa

Investigação Narrativa Metodologia de Investigação I Investigação Narrativa Ana Matos Filomena Barradas Neusa Branco Mestrado em Educação - DEFCUL Nós organizamos a nossa experiência diária e a nossa experiência de acontecimentos

Leia mais

Avaliação numa escola inclusiva

Avaliação numa escola inclusiva Avaliação numa escola inclusiva J O A Q U I M P I C A D O L E I R I A, 3 0-03- 2 0 1 9 Avaliação numa escola inclusiva DL 55/2018, 6 de julho DL 54/2018, 6 de julho Pensei, um dia Inclusão/dignidade humana

Leia mais

...9º ano, o ano antes da grande mudança! O que ter em conta antes de escolher.

...9º ano, o ano antes da grande mudança! O que ter em conta antes de escolher. ...9º ano, o ano antes da grande mudança! O que ter em conta antes de escolher. http://aecc.ccems.pt/index.php/spo spo@aecoelhocastro.pt http://www.facebook.com/spo.fiaes Atualizado em 28.10.2016 9º ano

Leia mais

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL H HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 2.º CICLO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PERFIL DO ALUNO COMPETENTE EM HISTÓRIA NO 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO Situa-se no país e no mundo em que vive, aplicando noções operatórias

Leia mais

AS PREOCUPAÇÕES METODOLÓGICAS. A participação do aluno na elaboração de seu conhecimento é um dos pontos

AS PREOCUPAÇÕES METODOLÓGICAS. A participação do aluno na elaboração de seu conhecimento é um dos pontos AS PREOCUPAÇÕES METODOLÓGICAS A participação do aluno na elaboração de seu conhecimento é um dos pontos fundamentais da concepção atual de aprendizagem. Esta participação deve, porém, ser orientada tendo

Leia mais

Agrupamento de Escolas de São Gonçalo

Agrupamento de Escolas de São Gonçalo Taxa média de retenção no 2.º ano de escolaridade de 12% no ano letivo 2014/2015 e de 11,6% no ano letivo 2015/2016. 1.º e 2.º anos. 3. Designação da Apoio educativo coadjuvante nas turmas de 1.º e 2.º

Leia mais

Questionário aos alunos

Questionário aos alunos Questionário aos alunos Distribuição das respostas, de escolha fechada, aos questionários recebidos pelo sistema informático e no formulário de registo de dados agrupados. 1. Identificação Masculino: 38:

Leia mais

Projecto de Investigação CIIE- FPCEUP

Projecto de Investigação CIIE- FPCEUP Projecto de Investigação CIIE- FPCEUP Em parceria com: Universidade do Minho; Universidade de Lisboa; Universidade de Aveiro Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) A contextualização

Leia mais

UMA DISCUSSÃO SOBRE AS DIFICULDADES DOS ALUNOS DO 7º ANO NA COMPREENSÃO DO CONCEITO DE FRAÇÃO E SUAS OPERAÇÕES

UMA DISCUSSÃO SOBRE AS DIFICULDADES DOS ALUNOS DO 7º ANO NA COMPREENSÃO DO CONCEITO DE FRAÇÃO E SUAS OPERAÇÕES UMA DISCUSSÃO SOBRE AS DIFICULDADES DOS ALUNOS DO 7º ANO NA COMPREENSÃO DO CONCEITO DE FRAÇÃO E SUAS OPERAÇÕES André Rubens Lima Inocêncio Fernandes Balieiro Filho andre.rubens.7@gmail.com balieiro@mat.feis.unesp.br

Leia mais

HISTÓRIAS >NA PRAÇA DOCUMENTO ORIENTADOR

HISTÓRIAS >NA PRAÇA DOCUMENTO ORIENTADOR DOCUMENTO ORIENTADOR 28, 29 E 30 ABRIL Oficina de criação cinematográfica Ensino básico e secundário Coordenação Pedro Sena Nunes Organização AO NORTE DOCUMENTO ORIENTADOR Participar numa História da Praça

Leia mais

AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR. Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho Despacho nº 6478/2017, de 26 de julho

AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR. Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho Despacho nº 6478/2017, de 26 de julho AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho Despacho nº 6478/2017, de 26 de julho Autonomia e Flexibilidade Curricular ( )Estou aqui para ensinar umas coisas e aprender outras.

Leia mais

Nenhum a Menos: Integração de um Povo que viveu debaixo das Estrelas... Comunicação Maria Helena Carvalho Dias Pereira

Nenhum a Menos: Integração de um Povo que viveu debaixo das Estrelas... Comunicação Maria Helena Carvalho Dias Pereira Nenhum a Menos: Integração de um Povo que viveu debaixo das Estrelas... Comunicação Maria Helena Carvalho Dias Pereira Nenhum a Menos: Integração de um Povo que viveu debaixo das Estrelas Objectivo da

Leia mais

4.3 A solução de problemas segundo Pozo

4.3 A solução de problemas segundo Pozo 39 4.3 A solução de problemas segundo Pozo Na década de noventa, a publicação organizada por Pozo [19] nos dá uma visão mais atual da resolução de problemas. A obra sai um pouco do universo Matemático

Leia mais

Plano de Ações de Melhoria

Plano de Ações de Melhoria Plano de Ações de Escola Básica Elias Garcia Escola Básica Miquelina Pombo J. I. da Sobreda 2014/2015 1 INTRODUÇÃO O presente plano de ações de melhoria 2014/15 - resulta da avaliação do plano de ações

Leia mais

Agrupamento de Escolas Verde Horizonte. (Plano Estratégico de Melhoria) Anexo 5 ao Projeto Educativo

Agrupamento de Escolas Verde Horizonte. (Plano Estratégico de Melhoria) Anexo 5 ao Projeto Educativo Agrupamento de Escolas Verde Horizonte Plano Estratégico de Melhoria 2017-2021 Anexo 5 ao Projeto Educativo (Plano Estratégico de Melhoria) Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, setembro de 2017 1 Índice

Leia mais

Discutir a escola portuguesa a partir da Biblioteca Escolar Perfil dos alunos

Discutir a escola portuguesa a partir da Biblioteca Escolar Perfil dos alunos Discutir a escola portuguesa a partir da Biblioteca Escolar Perfil dos alunos 15 de Janeiro de 2018 A Biblioteca escolar empenhada no debate de ideias! De forma a apoiar as dinâmicas que se venham a criar

Leia mais

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1º CICLO. Ano Letivo 2018 / º ano de escolaridade

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1º CICLO. Ano Letivo 2018 / º ano de escolaridade CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1º CICLO Ano Letivo 2018 / 2019 1º ano de escolaridade Áreas de competência (Perfil dos Alunos à saída da escolaridade obrigatória) A - Linguagens e Textos C - Raciocínio e Resolução

Leia mais

A História da Matemática na Área de Projecto no 8º ano de escolaridade

A História da Matemática na Área de Projecto no 8º ano de escolaridade A História da Matemática na Área de Projecto no 8º ano de escolaridade Ana Ribeiro Braga Silva Paulino anaribeiropaulino@iol.pt Colégio do Sagrado Coração de Maria Fátima Isabel Cabrita Universidade de

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO RESTELO Sede - Escola Secundária do Restelo

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO RESTELO Sede - Escola Secundária do Restelo AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO RESTELO Sede - Escola Secundária do Restelo CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2017/2018 INTRODUÇÃO Os critérios de avaliação do 1º ciclo, aprovados pelo Conselho Pedagógico em 27 de setembro

Leia mais

Tudo começou em. 92 Países 25 Organizações Internacionais. assumiram uma Declaração

Tudo começou em. 92 Países 25 Organizações Internacionais. assumiram uma Declaração Tudo começou em 1990 Conferência Mundial sobre Educação para Todos (Tailândia); 1994 Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais (Salamanca): 92 Países 25 Organizações Internacionais assumiram

Leia mais

O USO DAS TECNOLOGIAS COMO MEIO DE APRENDIZAGEM. Curricular, (ACC) apensar nas tecnologias no processo de ensino aprendizagem,

O USO DAS TECNOLOGIAS COMO MEIO DE APRENDIZAGEM. Curricular, (ACC) apensar nas tecnologias no processo de ensino aprendizagem, DO TRADICIONAL AO DIGITAL O USO DAS TECNOLOGIAS COMO MEIO DE APRENDIZAGEM O Colégio comtempla no seu Projeto Educativo, Atividades de Complemento Curricular, (ACC) apensar nas tecnologias no processo de

Leia mais

Plano de Actividades 2011

Plano de Actividades 2011 Plano de Actividades 2011 Introdução As actividades desenvolvidas pelo Conselho Nacional de Educação têm como referência a sua missão consultiva, instituída no quadro da Lei de Bases do Sistema Educativo

Leia mais

Projeto SAME. «Construção e impacto de um Observatório da Qualidade numa escola TEIP» José Maria de Almeida

Projeto SAME. «Construção e impacto de um Observatório da Qualidade numa escola TEIP» José Maria de Almeida Projeto SAME «Construção e impacto de um Observatório da Qualidade numa escola TEIP» José Maria de Almeida Objeto do estudo Contexto do estudo Objetivos Questão principal Questões secundárias Metodologia

Leia mais

Olhares sobre um plano de formação contínua em Matemática

Olhares sobre um plano de formação contínua em Matemática Olhares sobre um plano de formação contínua em Matemática Manuel Vara Pires, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Bragança, mvp@ipb.pt, Portugal Cristina Martins, Escola Superior de Educação,

Leia mais

Matemática para todos: questões das salas de aula multiculturais

Matemática para todos: questões das salas de aula multiculturais Matemática para todos: questões das salas de aula multiculturais Darlinda Moreira Universidade Aberta ProfMat-2003 Santarém A complexidade da realidade social O mundo foi sempre multicultural, sempre coexistiram

Leia mais

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2018/2019 4º ANO PORTUGUÊS 1

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2018/2019 4º ANO PORTUGUÊS 1 METAS CURRICULARES DEPARTAMENTO DA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA E DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2018/2019 4º ANO PORTUGUÊS 1 ORALIDADE LEITURA - ESCRITA Compreensão Expressão Leitura Escrita

Leia mais

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1.º CICLO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1.º CICLO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1.º CICLO 1. FINALIDADES DA AVALIAÇÃO A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa, permitindo uma recolha sistemática de informações que, uma vez analisadas,

Leia mais

CAI RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO

CAI RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO 2008-2009 RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DOMÍNIOS DE AVALIAÇÃO Comunicação Escola/Família. Condições Físicas, de Higiene e de Segurança. Componente de Apoio à Família.

Leia mais

MATEMÁTICA 3. o Ciclo

MATEMÁTICA 3. o Ciclo MATEMÁTICA. o Ciclo Questões de Provas Finais Nacionais e de Testes Intermédios 2010-2018 Edição 2018-2019 Com Resoluções e Explicação das Respostas aos Itens de Escolha Múltipla ÍNDICE Pág. Apresentação...

Leia mais

PARECER DA ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA ACERCA DO DESENVOLVIMENTO DA AVALIAÇÃO FORMATIVA

PARECER DA ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA ACERCA DO DESENVOLVIMENTO DA AVALIAÇÃO FORMATIVA PARECER DA ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA ACERCA DO DESENVOLVIMENTO DA AVALIAÇÃO FORMATIVA A investigação em educação realizada nas últimas décadas tem evidenciado claramente que a avaliação formativa

Leia mais

ÁREA DE PROJECTO. Cursos Científico-Humanísticos DGIDC/DSEE-DES

ÁREA DE PROJECTO. Cursos Científico-Humanísticos DGIDC/DSEE-DES ÁREA DE PROJECTO Cursos Científico-Humanísticos DGIDC/DSEE-DES Novembro,2006 Constrangimentos do currículo do ensino secundário Limitações da Área-Escola Novas perspectivas de ensino-aprendizagem ÁREA

Leia mais

Na disciplina de Português, o parâmetro da Oralidade encontra-se subdividido em: Apresentações orais: 10%; Desempenho em sala de aula: 10%;

Na disciplina de Português, o parâmetro da Oralidade encontra-se subdividido em: Apresentações orais: 10%; Desempenho em sala de aula: 10%; 1 O presente documento pretende materializar a execução dos princípios orientadores da avaliação, com base nos diplomas que regulam a avaliação dos alunos do ensino secundário, ou seja, da Portaria n.º

Leia mais

Educação Inclusiva: Decreto-Lei nº 54/2018

Educação Inclusiva: Decreto-Lei nº 54/2018 Educação Inclusiva: Decreto-Lei nº 54/2018 O Decreto-Lei nº 54/2018, veio substituir o Decreto-Lei nº3/2008, que regulamentava a educação especial. O novo decreto estabelece o regime jurídico da educação

Leia mais

Critérios Gerais de Avaliação para o Ensino Secundário

Critérios Gerais de Avaliação para o Ensino Secundário Escola Secundária de Felgueiras 2014/2015 Critérios Gerais de Avaliação para o Ensino Secundário (Decreto-Lei 139/2012, de 5 de julho, e Portaria 243/2012, de 10 de agosto) O processo de avaliação de alunos

Leia mais

COMPUTADORES NAS PRÁTICAS LECTIVAS DOS FUTUROS PROFESSORES DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO: TAREFAS COM APLIQUETAS

COMPUTADORES NAS PRÁTICAS LECTIVAS DOS FUTUROS PROFESSORES DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO: TAREFAS COM APLIQUETAS ProfMat 2008 COMPUTADORES NAS PRÁTICAS LECTIVAS DOS FUTUROS PROFESSORES DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO: TAREFAS COM APLIQUETAS Paula Catarino 1 e Maria Manuel da Silva Nascimento 2 pcatarin@utad.pt e mmsn@utad.pt

Leia mais