A POBREZA E DESIGUALDADE REGIONAL NO BRASIL

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1 1 A POBREZA E DESIGUALDADE REGIONAL NO BRASIL Ariane de Oliveira Saraiva 1 Maurício Aguiar Serra 2 Resumo: O trabalho busca analisar a evolução temporal dos índices de pobreza e desigualdade regional brasileiro, com base nos estudos de alguns dos principais estudiosos no assunto e nos dados disponíveis. Através da análise dos dados, observar a evolução da magnitude entre as regiões do Brasil. A desigualdade no Brasil envolve duas temáticas: a primeira concerne à desigualdade entre pessoas, associadas à elevada variância de indicadores relacionados com a qualidade de vida, definidas geralmente pela renda. A segunda temática é relativa à desigualdade regional, esta é a temática na qual o trabalho pretende aprofundar-se. Para tanto, primeiramente se faz necessário enfocar em questões básicas para se definir e mensurar a pobreza no Brasil, no que se refere por exemplo, ao estabelecimento da linha de pobreza e a sua operacionalização. Abstract: This paper odds to analyze the temporal evolution through the time of the indices of poverty and Brazilian regional inequality. Based in the studies of some of the main studious one in the matter and in the given available. Through the analysis of the facts, observe the evolution of the magnitude and to that facts itself must the variations between the regions of Brazil. The inequality in Brazil involves two themes: to first concerne to the inequality between persons, associated to the elevated variância of indicator related with the quality of life, defined generally by the income. To second thematic it is relative to the regional inequality, this is to thematic in the which the work is going to deepen. For so much, first it is done necessary focus in basic questions for itself defined and mensurar the poverty in Brazil, in what refers for example, to the establishment of the line of poverty and to its operacionalização. 1 Graduanda do 6º período do curso de Ciências Econômicas, UFPR e integrante do PET Economia. 2 Orientador.

2 2 1. INTRODUÇÃO A pobreza é um tema em constante estudo entre os pesquisadores, uma vez que permanece como um grave problema a ser resolvido na maioria dos países. A desigualdade no Brasil envolve duas temáticas: a primeira concerne à desigualdade entre pessoas, associadas à elevada variância de indicadores relacionados com a qualidade de vida, definidas geralmente pela renda, e a segunda é relativa à desigualdade regional. Parte-se do trabalho de BARROS; HENRIQUES E MENDONÇA (1998), que tem como hipótese central que o Brasil não é um país pobre, mas com muitos pobres e que, o determinante dos elevados níveis de pobreza está na estrutura da desigualdade brasileira. 3 Este trabalho procura descrever a situação e a evolução da magnitude da pobreza e do grau de desigualdade de renda no Brasil. Dado que o problema da pobreza no Brasil envolve duas temáticas, propõe-se estudar a desigualdade entre regiões em termos de incidência de pobreza absoluta, o que significa buscar o ponto mais crítico da desigualdade regional. Para tanto, primeiramente se faz necessário enfocar em questões básicas para se definir e mensurar a pobreza no Brasil, no que se refere, por exemplo, ao estabelecimento da linha de pobreza e a sua operacionalização. Pretende-se primeiramente enfocar as questões básicas para se definir e mensurar pobreza no Brasil. São feitas considerações conceituais, no que se refere ao estabelecimento da linha de pobreza e sua operacionalização e do uso complementar do critério de insuficiência de renda e indicadores sociais para delimitar uma subpopulação. Posteriormente busca-se apresentar um breve panorama da questão da pobreza relacionando-a com distribuição de renda no Brasil. Na quarta seção observa-se as disparidades regionais quanto a incidência de pobreza e desigualdade de distribuição de renda. 3 O conceito central de determinação de pobreza aqui utilizado, é o conceito renda. Ou seja, pobre é aquele que não possui renda suficiente para suprir suas necessidades básicas.

3 3 2. POBREZA: COMO MEDIR? Conforme ROCHA (1996), considerando que amplas parcelas da população não dispõem dos meios necessários para suprir suas necessidades básicas, o conceito de pobreza relevante é o de pobreza absoluta. A evolução pobreza e a indigência no Brasil pode ser reconstruída a partir da análise das Pesquisas Nacionais por Amostras de Domicílios (PNADs) do IBGE. Essas pesquisas anuais permitem construir uma diversidade de indicadores sociais que retratam entre outros, a evolução da estrutura da distribuição dos padrões de vida e da apropriação de renda dos indivíduos e das famílias brasileiras (BARROS; HENRIQUES e MENDONÇA, 2001). Pesquisas anuais da Pnad mostram que, em 1999, cerca de 14% da população brasileira vivem em famílias com renda inferior à linha de indigência 4 e 34% em famílias com renda inferior à linha de pobreza, e cerca de 22 milhões de brasileiros estão na condição de indigentes e 53 milhões na condição de pobres 5. (BARROS; HENRIQUES; MENDONÇA, 2001) Uma vez considerado pobre todo aquele que não possui renda suficiente para suprir suas necessidades básicas, estabelece-se então um mínimo de renda abaixo do qual todos são pobres. Esse mínimo de renda é usualmente denominado linha de pobreza. Na operacionalização do conceito faz-se necessário a incorporação de itens que embora não indispensáveis à sobrevivência física, podem ser consideradas como o mínimo necessário para o funcionamento dos indivíduos em determinado contexto sócio-econômico. O valor relativo a este mínimo, é a linha de pobreza, que por sua vez, é estabelecida por várias opções metodológicas, as quais dependem da disponibilidade de dados e dos objetivos operacionais. (ROCHA,1996) No caso do Brasil, ROCHA (1996) destaca que a determinação de linha de pobreza contém algumas observações necessárias para que se evite 4 A linha de indigência, endogenamente construída, refere-se somente à estrutura de custos de uma cesta alimentar, regionalmente definida, que atenda as necessidades de consumo calórico mínimo do individuo. A linha de pobreza é calculada como múltiplo da linha de indigência, considerando também vestuário, habitação, transporte, entre outros. 5 A população indigente está incluída no conjunto da população pobre.

4 erros e vieses nos dados, dada a dimensão espacial do Brasil. Podemos destacar três aspectos a serem considerados. O primeiro aspecto a ser considerando são as diferenciações locais de nível de desenvolvimento social e produtivo de nível de desenvolvimento social e produtivo. Recomenda-se desenvolver linhas de pobreza locais refletindo o custo de vida para os pobres, e evitando assim vieses indesejáveis na análise em cross section dos índices de pobreza enquanto insuficiência de renda. O segundo aspecto consiste no fato de a determinação da linha de pobreza tornar-se secundária para uma determinada área que se considere relativamente homogênea, pois o que se deseja é um parâmetro operacional para acompanhar a evolução da incidência da pobreza e das características da população pobre daquela área ao longo do tempo. O terceiro aspecto refere-se ao padrão de consumo compatível com o valor monetário estabelecido pela linha de pobreza, a ser garantido aos mais pobres. Este valor da cesta observada nutricionalmente adequada, tradicionalmente utilizada como ponto de partida para o estabelecimento das linhas de pobreza, vem se tornando cada vez mais altas. Os dados mostram que a evolução do consumo alimentar tornou-se progressivamente menos ótima dada a redução com gastos alimentares na renda global. A questão das dificuldades conceituais para determinar o valor da linha de pobreza relativa a uma área num período de tempo, torna recomendável que se considere a sensibilidade dos indicadores de pobreza à variações percentuais. De acordo com ROCHA (1998, pág.6), há duas premissas básicas condicionantes: a renda é uma proxy adequada de bem-estar e níveis de renda inferiores aos definidos pelas linhas de pobreza utilizadas indicariam incapacidade das pessoas para desfrutar de condições de vida aceitáveis tendo em vista o padrão brasileiro. 4 3 DETERMINANTES DA POBREZA Conforme posto por BARROS; HENRIQUES E MENDONÇA (2001), a pobreza não pode ser definida de forma única e universal, mas, pode-se afirmar ao menos, que ela se refere à situação de carência que impossibilita

5 um individuo manter um padrão mínimo de vida condizente com sua realidade social, em determinado contexto histórico. Segundo BARROS; HENRIQUES; MENDONÇA (2001) a pobreza responde a dois determinantes imediatos: a escassez agregada de recursos e a má distribuição dos recursos existentes. A partir desses pressupostos, partem para a investigação dessas relações. Há duas forças básicas que afetam o grau de pobreza de um país: o crescimento econômico e a desigualdade de renda. Que por sua vez determinam a baixa renda per capta e o grau de desigualdade. Investigando a contribuição dos dois principais determinantes da relativamente baixa renda per capita brasileira: a produtividade média; e a razão de dependência. Os resultados mostram que o primeiro fator tem um peso bastante superior ao do segundo, uma vez que cerca de 90% do diferencial de renda existente entre o Brasil e os países desenvolvidos são explicados pela menor produtividade do trabalhador brasileiro. De acordo com trabalho de pesquisadores técnicos do IPEA em uma coletânea de produções ao longo de 1000 publicações encontra-se a seguinte afirmação: A pobreza, da mesma forma que ocorre com a desigualdade de renda, para diversos autores está intimamente relacionada ao funcionamento do mercado de trabalho. Entretanto, os estudos sobre pobreza têm-se debruçado sobre outros fatores determinantes para além do mercado de trabalho. A partir disso desenvolvem um arcabouço analítico afim de identificar empiricamente os determinantes da pobreza, atentos principalmente para a razão de dependência demográfica, o acesso a programas sociais e ao mercado de trabalho, a qualidade dos postos de trabalho e a qualificação da força de trabalho. Em estudos subseqüentes mostram que a pobreza no Brasil não resulta da falta de trabalho, mas que a pobreza resulta muito mais da baixa produtividade de certos trabalhadores, sobre a qual atuam tanto a baixa qualidade dos postos de trabalhos a que têm acesso como sua baixa qualificação. Tal situação, entretanto, vem mudando desde 1997, quando um aumento sem precedentes na taxa de desemprego fez que a relação entre desemprego e pobreza passasse a ser muito mais forte do que se observa historicamente (...). (IPEA, TD 1000) 5

6 6 4. UM PANORAMA GERAL DA POBREZA NO BRASIL Qual o tamanho da pobreza no Brasil? A evolução da pobreza e da indigência pode ser construída a partir das PNADs anuais do IBGE. Estas retratam, entre outros indicadores sociais, a evolução da apropriação de renda dos indivíduos. Podemos afirmar que pobreza refere-se a situações de carência em que os indivíduos não conseguem manter um padrão mínimo de vida condizente com as referências socialmente estabelecidas em cada contexto histórico. (BARROS; HENRIQUES E MENDONÇA, 2001: pg. 2) O aspecto mais adverso, como destaca ROCHA (1998), não é o nível de renda, mas a desigualdade de sua distribuição: os 50% mais pobres da população e o 1% mais rico tinham participação idêntica na renda total 13,3%. 6 Vive-se assim uma espécie de simetria sócia em que os 10% mais ricos se apropriam de 50% do total da renda das famílias e, como espelhamento, os 50% mais pobres da população possuem pouco mais de 10 % da renda. Podemos observar isso pela tabela a seguir. Tabela 1 6 Trata-se da distribuição das pessoas de 10 anos e mais com renda pessoal positiva[ibge/pnad (1995)].

7 Nas últimas décadas, como observou Barros et al. (2001), a intensidade da pobreza demonstrou comportamento de relativa estabilidade, com percentagem de pobres oscilando entre 40% e 45% da população, com duas pequenas contrações em dois momentos, o de implementação dos Planos Cruzado e Real, fazendo a percentagem de pobres cair abaixo dos 30% e 35% respectivamente. Considerando o período de 1977 e 1999, vemos que a percentagem de pobres diminuiu de aproximadamente 40% em 77 para 34% em Em decorrência do processo de crescimento populacional, apesar da queda observada, o número de pobres cresceu cerca de 13 milhões, passando de aproximadamente 41 milhões em 77 para 53 milhões em (BARROS; HENRIQUES E MENDONÇA, 2001) Entre os pobres e indigentes é perceptíveis uma redução não desprezível na distribuição de renda, embora pareça não ter se alterado de forma significativa quando a referência é toda a população. Essa redução parece acompanhar o mesmo padrão já descrito para os outros indicadores: brusca queda no ano imediatamente posterior ao Plano Real, um patamar relativamente estável entre 1996 e 1999, levemente superior ao nível atingido em 1999 e aumento em Os dados apontam que o Plano Real não unicamente reduziu o percentual da população indigente e pobre de forma menos permanente, senão que parece ter beneficiado os mais vulneráveis entre esse conjunto da população. Há a crença de um agravamento da pobreza no período 1981/90, quando o produto per capita se manteve quase estagnado. Porém, comparando os indicadores de pobreza como insuficiência de renda, usando as linhas de pobreza e de indigência apresentadas não dão suporte a esta crença. Na verdade verificam-se evoluções diferenciadas por região. Houve melhorias nos indicadores no Nordeste, em São Paulo e no Centro-Oeste. Nas demais regiões verificara-se uma pequena piora, exceto no Rio de Janeiro, onde o agravamento da pobreza foi significativo. 7 7 PNADs de 1977 a 1999.

8 8 5. A EVOLUÇÃO POR REGIÃO A pobreza no Brasil tem um forte componente regional, as proporções de pobres são mais elevadas no Nordeste e no Norte, ao passo que há um declínio em direção às regiões Sul e Centro-Oeste. Em 1990 os pobres nordestinos representavam 45% do total dos pobres brasileiros naquele ano. Ao longo da década de 70 e 80 o crescimento da renda per capta em cada décimo da distribuição compensou o aumento no grau de desigualdade e levou a um declínio da pobreza. Na década de 80,houve redução no nível geral de renda acompanhado por um crescimento acentuado na desigualdade, levando a uma queda na renda dos décimos mais ricos e na renda dos décimos mais pobres sendo mais substancial nesta última. (BARROS, MENDONÇA E DUARTE, 1997). Pretende-se agora saber quanto esta observação da distribuição de renda aplica-se em cada região. Segundo tabela elaborada por Barros e Mendonça (1995), em 1970 há em todas as regiões, um crescimento na renda acompanhado por um pequeno crescimento na desigualdade. Já em 1980, a renda decresce em todos os décimos da distribuição, mas a diminuição é mais acentuada na renda dos mais pobres que nos décimos mais ricos, levando a uma piora no grau de desigualdade. Uma exceção é o comportamento observado na distribuição de renda no Rio de Janeiro, pois na década de 70 o crescimento foi pouco expressivo e o declínio na década de 80 acentuado causando portanto, na década de 90, uma renda em níveis muito próximos ou até abaixo dos respectivos valores em Em 1970 o Rio de Janeiro possuía o primeiro lugar em nível de bem estar e menor grau de pobreza. Já em 1980, havia perdido sua posição para São Paulo e este, ao longo da década de 80, foi ultrapassado pela região sul. Sendo seguidos nesta década pelas regiões de fronteiras que atingiram uma posição similar. Já nas regiões mais pobres e de mais alto grau de desigualdade (Nordeste e Sudeste) os grupos de distribuição (quarto e quinto décimos) são os que menos se beneficiaram no período. Enquanto os décimos com renda igual ou inferior a Cr$ (aproximadamente o valor do salário mínimo em

9 9 1990) foram os mais protegidos, devido ao papel desempenhado pelo salário mínimo de proteger a renda destes durante a década de 80. (BARROS, MENDONÇA E DUARTE, 1997). Podemos observar ainda as disparidades regionais entre ricos e entre pobres. Nas décadas de 70 e 80, apesar da disparidade regional ser mais intensa nos primeiros décimos da distribuição, porém existe pouca diferença nos décimos intermediários e nos décimos mais ricos. Resumindo, há portanto dois aspectos das disparidades que são constantes no tempo: o alto grau de disparidade regional nos dois ou três primeiros décimos da distribuição o baixo grau de disparidade regional nos dois últimos décimos da distribuição Nas regiões mais ricas a renda média da classe média permaneceu quase constate, enquanto nas regiões mais pobres a classe média sofreu uma queda de renda substancial. Conforme as Tabelas 1, 2 e 3 abaixo, observamos que as quedas mais significativas na incidência de pobres e indigentes em termos de proporção populacional se deram na região sul, uma vez caiu 7 e 4 pontos percentuais respectivamente. Seguida pela região norte em indigentes e pela região centrooeste em proporção de pobres. Quanto a concentração de renda observa-se uma gradual queda a partir de 2001, sendo a região sul novamente a que mais se destaca. Tabela 1 Pobreza - pessoas indigentes (P0) Periodicidade:Anual Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Unidade: (%) CO - Região Centrooeste N - Região Norte NE - Região Nordeste Regiões ,08 0,08 0,07 0,08 0,06 0,20 0,19 0,19 0,20 0,17 0,31 0,31 0,29 0,31 0,28

10 10 S - Região Sul SE - Região Sudeste 0,10 0,08 0,07 0,07 0,06 0,07 0,08 0,07 0,08 0,06 Tabela 2 Pobreza - pessoas pobres (P0) Periodicidade:Anual Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Unidade: (%) Comentário: Percentual de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a linha de pobreza. Metodologia Linhas de pobreza e indigência Regiões CO - Região Centro-oeste N - Região Norte NE - Região Nordeste S - Região Sul SE - Região Sudeste 26% 0,25 0,24 0,26 0,22 0,47 0,46 0,47 0,48 0,46 0,61 0,60 0,59 0,61 0,58 0,27 0,24 0,23 0,23 0,20 0,22 0,23 0,22 0,24 0,22 Tabela 3 Renda - desigualdade - índice de Gini Periodicidade:Anual Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Comentário: Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima Regiões CO - Região Centrooeste 0,593 0,598 0,595 0,581 0,572 N - Região Norte 0,565 0,565 0,564 0,542 0,539 NE - Região Nordeste 0,605 0,600 0,595 0,585 0,583 SUL - Região Sul 0,562 0,548 0,530 0,531 0,522 SE - 0,559 0,568 0,563 0,557 0,542

11 11 Região Sudeste Pode-se identificar 2 áreas básicas de concentração da pobreza no Brasil, apresenta-se sensivelmente mais elevadas nas áreas rurais, embora em São Paulo e no Rio de Janeiro, as regiões mais urbanizadas do país, a pobreza seja um fenômeno essencialmente metropolitano 8, que juntos concentram mais de 50% dos pobres metropolitanos; e a pobreza nordestina, cuja maior concentração é na área não metropolitana e rural. Os dois conjuntos somam dois terços dos pobres brasileiros em Há a crença de um agravamento da pobreza no período 1981/90, quando o produto per capita se manteve quase estagnado. Porém, comparando os indicadores de pobreza como insuficiência de renda, usando as linhas de pobreza e de indigência apresentadas não dão suporte a esta crença. Na verdade verificam-se evoluções diferenciadas por região. Houve melhorias nos indicadores no Nordeste, em São Paulo e no Centro-Oeste. Nas demais regiões verificaram-se uma pequena piora, exceto no Rio de Janeiro, onde o agravamento da pobreza foi significativo. Os principais fatores a que se deve o não agravamento da pobreza, do ponto de vista da renda, foi a redução da natalidade e maior inserção de trabalhadores secundários no mercado de trabalho, numa estratégia bem sucedida de evitar a deterioração da renda familiar num contexto de salários declinantes(?). Para o conjunto do país, embora a proporção de pobres se mantenha ainda elevada em áreas rurais (25%), os pobres urbanos já são largamente a maioria dos pobres brasileiros. 8 Deve-se isso a dois motivos, primeiro porque a proporção de pobres é mais elevada na metrópole que nas demais áreas e segundo, devido a alta taxa de urbanização, respectivamente 93% e 95%

12 12 6 CONCLUSÃO Este trabalho procurou descrever a situação e a evolução da magnitude da pobreza e do grau de desigualdade de renda no Brasil e posteriormente dar ênfase à desigualdade regional. Entende-se primeiramente que o Brasil não é um país pobre, mas um país extremamente desigual em sua distribuição, gerando assim muitos pobres. Portanto, a desigualdade está na origem da pobreza. Desigualdade esta que nos surpreende por sua intensidade e também por sua estabilidade, que se mantém resistindo às mudanças conjunturais das últimas décadas. O ano mais adverso quanto à incidência de pobreza corresponde ao de menor desigualdade (1983). É em 1986 que a redução da pobreza absoluta e da desigualdade atinge níveis recordes. O ano de 1995 pode ser considerado o melhor ano, teria ocorrido de forma combinada baixos incidência de pobreza e declínio da desigualdade regional. Há evidencias que nos últimos 50 anos essas desigualdades tenham se mantido com estabilidade. Os índices apresentam que na última década, de forma incipiente, houve pequena redução em seus níveis. Em geral, a situação dos pobres melhora de forma significativa com o Plano Real, e apresenta pequena deterioração em 1996, conservando esse patamar até 2001, ano no qual se volta registrar leve deterioração.

13 13 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BARROS, R.; HENRIQUES, R. E DUARTE, R. Bem-Estar, Pobreza e Desigualdade de Renda: Uma Avaliação Histórica das Disparidades Regionais. IPEA, Rio de Janeiro, jun BARROS, R.; HENRIQUES, R. E MENDONÇA, R. Estabilidade inaceitável. IPEA, Rio de Janeiro, jun ROCHA, S. Desigualdade Regional e pobreza no Brasil. IPEA, Rio de Janeiro, jun ROCHA, S. Pobreza no Brasil: Fatos Básicos e implicações para política social. Economia e Sociedade nº. 6, jun./96 ROCHA, S. Pobreza no Brasil. Principais tendências da espacialização. Economia e Sociedade nº. 10, jun./98 LAVINAS, L., GARCIA, E., AMARAL, M. R. Desigualdades regionais e a retomada do crescimento num quadro de integração econômicas. IPEA, Rio de Janeiro, março de 1997.

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