APOSTILA TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217

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1 APOSTILA TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Professor: Márcio Garcia 1º Semestre de 2012

2 Apresentação do curso Conteúdo complemento de Macro I, com ênfase em política macroeconômica em duas etapas: economia fechada e economia aberta; Livros espera-se que, ao fim da sequência Macro I e II, o conteúdo de dois livros-texto (Dornbusch & Fischer e o Blanchard) esteja totalmente coberto. 2

3 Regras Monitorias complemento natural das aulas, conteúdo obrigatório; listas de exercícios Material didático aulas preparadas em ppt e listas de exercícios Sistema de Aprovação critério 4 de avaliação de disciplinas Provas nos dias: 12/abril, 17/maio, 21/junho e 28/junho. 3

4 Referência básica O.Blanchard, capítulo 6 A questão chave da macroeconomia é: O que determina o nível do produto agregado e outras variáveis-chave, como inflação e desemprego? 1) Demanda Agregada 2) Produto Potencial 3) Determinantes de longo prazo da oferta agregada Qual das três é a resposta correta? 4

5 Todas as três respostas estão corretas: cada uma para um horizonte distinto. No curto prazo, a demanda agregada determina os movimentos do produto agregado. No médio prazo, a oferta agregada predomina. O produto tende a oscilar em torno do produto potencial. No longo prazo, predomina o produto potencial cujos determinantes são o estoque de capital, a tecnologia e a força de trabalho. 5

6 Nesta unidade, complementaremos o curso de Macro I, no qual a ênfase era no curto prazo, (IS-LM, Oferta Agregada e Demanda Agregada) com o estudo dos determinantes do produto no médio prazo. Estes capítulos do Blanchard serão a referência: Cap. 6: Mercado de Trabalho Cap. 7: Modelo OA-DA - equilíbrio no mercado de bens, no mercado financeiro e no mercado de trabalho Caps. 8 e 9: usam tal modelo para explicar diversas questões de política macroeconômica, como a relação entre o produto e inflação e o papel das políticas fiscais e monetárias no curto e no médio prazo. 6

7 Capítulo 6 - Equilíbrio no mercado de trabalho - Taxa natural de desemprego - Produto potencial Quando usamos o modelo IS-LM para determinar o nível de produto, estamos pressupondo, implicitamente, que as firmas podem produzir o que for demandado sem alterar o nível de preços. No curto prazo isto é aceitável. No médio prazo, contudo, uma sequência de eventos altera o nível dos preços (inflação), o que afeta o produto agregado. 7

8 A sequência pode ser a seguinte: - maior demanda requer aumento da produção, a qual requer um aumento no emprego; - menor desemprego pressiona os salários para cima; - maiores salários representam maiores custos de produção, fazendo com que as firmas, ao tentarem repassá-los, aumentem os preços dos produtos; -preços maiores levam os trabalhadores a demandarem maiores salários e assim por diante. Vemos neste exemplo que, nesta ótica, o mercado de trabalho representa um papel central no processo. 8

9 Demanda Produção Emprego Desemprego Salários Preços Salários

10 Conceitos básicos do mercado de trabalho: PIA população em idade ativa (exclui as crianças e os idosos; razão de dependência). IBGE (jan/2012) = 42,08 milhões (6 maiores regiões metropolitanas) PEA (Labor Force) procura de emprego; parte da PIA que está empregada ou à PNAD (2009) = 95,4 milhões (Todo o Brasil) PME (jan/2012) = 23,83 milhões (6 maiores regiões metropolitanas) Taxa de participação (das RMs) PEA 56,63% (jan/2012) PIA Taxa de desemprego no. de desempregados PEA 10

11 Dependency Ratio Definition A measure of the portion of a population which is composed of dependents (people who are too young or too old to work). The dependency ratio is equal to the number of individuals aged below 15 or above 64 divided by the number of individuals aged 15 to 64, expressed as a percentage. A rising dependency ratio is a concern in many countries that are facing an aging population, since it becomes difficult for pension and social security systems to provide for a significantly older, non-working population. 11

12 por 100 adultos Razão de Dependência - Brasil [UNPD 2008] Total Crianças Idosos 12

13 Assim: Taxa de desemprego = PEA - E = 1 - E PEA PEA - desligamentos - voluntários (quits) - demissões (layoffs) - duração do desemprego menor que 3 meses no Brasil -relação desemprego x nível de atividade 13

14 13% Relação PIB Vs Desemprego 9,00% 8,00% 11% 7,00% 6,00% 9% 5,00% 4,00% 7% 3,00% 2,00% 5% 1,00% 0,00% 3% -1,00% Desemprego PIB (YoY %a.a.) Fonte : IBGE e BCB 14

15 IBC-BR (taxa acumulada em 12 meses) Desemprego (média dos últimos 12 meses) 14,0% IBC-Br Vs Desemprego 13% 11,5% 12% 9,0% 11% 6,5% 10% 4,0% 9% 1,5% 8% -1,0% 7% -3,5% 6% -6,0% 5% IBC-BR Desemprego Fonte: IBGE e BCB

16 MERCADO DE TRABALHO - BRASIL Fluxos médios mensais, OCUPADOS DESEMPREGADOS FORA DA PEA Fonte: Neri M. et alli, Aspectos Dinâmicos do Desemprego e da Posição na Ocupação, Estudos Econômicos, vol.27, nº especial, pp ,

17 milhões de pessoas 24,5 PEA e pessoas ocupadas 23,5 22,5 21,5 20,5 19,5 18,5 17,5 16,5 Pessoas Ocupadas PEA Fonte : IBGE 17

18 DETERMINAÇÃO DOS SALÁRIOS: 2 elementos comuns que permitem a criação de uma teoria geral de determinação dos salários 1. Os trabalhadores recebem acima de seu salário de reserva. A maior parte dos trabalhadores recebe um salário ao qual eles preferem estar empregados a estarem desempregados. 2. Os salários dependem do estado do mercado de trabalho. Quanto menor a taxa de desemprego, maior o salário que o trabalhador pode obter, menor o risco que corre de ficar desempregado e maior a dificuldade de reposição do trabalhador. 18

19 Como explicar tais fatos? Com sindicatos fortes, é compreensível, que os processos de negociação coletiva possam explorar os efeitos da união dos trabalhadores para aumentar o poder de barganha. Mas mesmo sendo a negociação coletiva uma exceção e não a regra, os trabalhadores sempre têm algum poder de barganha. É do interesse das firmas pagarem mais do que o mínimo aceitável. Por quê? Vamos explorar essas duas explicações, uma de cada vez. 19

20 Poder de Barganha O poder de barganha do trabalhador depende de dois fatores: Quão difícil (custoso) é para a firma repor alguém em seu lugar; e Quão difícil (custoso) é para o trabalhador achar um novo emprego. Quão mais custoso for para firma substituir o trabalhador e quão mais fácil for para o trabalhador encontrar um novo emprego, mais poder de barganha terá o trabalhador. O custo de substituir o trabalhador depende da natureza do trabalho (trabalhadores do McDonald s x bons economistas da PUC); O poder de barganha do trabalhador depende das condições do mercado de trabalho. Quando este está mais aquecido, mais difícil é para a empresa substituir o trabalhador e mais fácil é para o trabalhador encontrar outro emprego. Consequentemente, maior será seu poder de barganha. 20

21 SALÁRIO EFICIÊNCIA Turnover é alto caso se pague apenas o salário de reserva; pagar mais pode incentivar os bons trabalhadores a ficarem e isso pode baixar a rotatividade da mão-de-obra e aumentar a produtividade via redução do shirking e melhora da satisfação do trabalhador. Ex: Henry Ford mais do que dobrou os salários, conseguindo reduzir a taxa de rotatividade de 370% para 16% a.a. e a taxa de demissões de 62% para zero em dois anos. A produtividade aumentou de 30 a 50% no ano do aumento e os lucros aumentaram. 21

22 SALÁRIO EFICIÊNCIA A teoria de salário eficiência, tal como a de poder de barganha, ligam o salário à natureza do emprego e às condições do mercado de trabalho. 1.O trabalhador qualificado tem mais poder de barganha. 2. Menor desemprego afeta positivamente o salário. Vamos formalizar estas idéias. 22

23 Equação de determinação dos salários: W = P e.f(u,z) (6.1) W = salário nominal, P e =nível esperado de preços, u = taxa de desemprego, z = outros fatores (qualificação, seguro desemprego,salário mínimo etc.) dw/du <0, dw/dz >0 23

24 DETERMINAÇÃO DE PREÇOS: Para determinar os preços dados os salários, temos que olhar para a função de produção: Y = A.N - trabalho é o único fator de produção; - a produtividade do trabalho é constante igual a A; Simplificando ainda mais: A = 1. Y = N (6.2) (6.2) implica que o custo de produzir uma unidade adicional de produto é o custo do salário, W. O custo marginal de produção é W. Se considerarmos concorrência perfeita: P = CMg = W. Mas geralmente os mercados não estão em concorrência perfeita, assim: P = (1 + µ).w (6.3). onde µ é o poder de mercado das empresas (mark-up). 24

25 DETERMINAÇÃO DE SALÁRIOS A relação de determinação de salários vem da eq. (6.1), substituindo o nível esperado de preços pelo nível realizado de preços: W = P. F(u -, z + ) Dividindo ambos os lados pelo nível de preços, W = F(u -,z + ) (6.4) P Esta é a relação de determinação de salários (WS). 25

26 DETERMINAÇÃO DE PREÇOS Pela relação de determinação de preços: Logo, P = (1 + µ ) (6.5) W W = 1 (6.6) P (1 + µ) W/P 1 (1+µ) A PS WS u 26

27 Dois tipos de fatores provocam a mudança de salários e preços de equilíbrio no modelo Fatores que deslocam o salário eficiência, são os fatores que deslocam a variável z: mudanças de regras que alterem o custo de busca por emprego seguro desemprego, maior informação. Fatores que deslocam o poder de mercado das empresas, dado o nível de demanda: legislação de proteção ao consumidor, concorrência, controles de preços e outros fatores que desloquem a variável µ. 27

28 RESULTADO MACROECONÔMICO: SALÁRIO REAL DE EQUILÍBRIO, EMPREGO E DESEMPREGO Equilíbrio no mercado de trabalho requer que o salário real implicado pela determinação de salários (WS) seja igual ao implicado pela determinação dos preços (PS). F(u n,z) = 1 (1 + µ) A taxa u n que resolve esta equação é a taxa de desemprego de equilíbrio denominada taxa natural de desemprego. W/P A PS WS Un U 28

29 Considere dois exemplos de como a relação de determinação de salários (WS) e a relação de determinação de preços (PS) dependem tanto de z quanto de µ. 1. Aumento do seguro-desemprego (aumento em z, ou seja, nas variáveis que aumentam o poder de barganha ou baixam o custo do desemprego para o trabalhador) Aumenta o salário para um mesmo nível de preços e desemprego. W/P A A` PS WS` WS Un Un U 29

30 2. Endurecimento da legislação antitruste: O poder de mercado diminui reduzindo o mark-up. W/P _1_ 1+μ A` PS` _1_ A 1+μ WS PS Un Un U 30

31 DO DESEMPREGO PARA O PRODUTO Associada à taxa natural de desemprego está a taxa natural de emprego, N n : u U = L N = 1 N L L L Rearranjando os termos, N = L(1 u) N n = L(1 u n ) E como trabalho é o único fator de produção no modelo, o nível natural de produto é: Y n = N n = L(1 u n ) Notem que tais taxas devem satisfazer a relação: F( 1 Y n, z) = 1 (6.8) L (1 + µ) 31

32 Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo A curva de determinação de salários parece com uma oferta de trabalho; à medida que aumenta o nível de emprego, o salário real pago aos trabalhadores também aumenta; 32

33 Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.) Entretanto, o salário correspondente a um dado nível de emprego na curva de fixação de salários é o resultado de um processo de barganha entre trabalhadores e firmas, ou produto da fixação unilateral dos salários pelas firmas. 33

34 Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.) Já a comparação entre a curva de determinação de preços com a demanda por trabalho é estranha. A curva é horizontal, não respondendo ao aumento do salário real com a diminuição do emprego. A razão é a hipótese simplificadora de retornos constantes na produção. Com rendimentos decrescentes, a curva de fixação de preços seria decrescente. À medida que o emprego cresce, o custo marginal de produzir também cresce, forçando as firmas a aumentarem seus preços dado o salário nominal. Em outras palavras, o salário real implicado pela fixação de preços seria decrescente com o aumento do emprego. 34

35 Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.) A demanda por trabalho padrão gera o nível de emprego contratado pelas firmas para um dado salário real. Essa relação é feita supondo que as firmas estão em mercados competitivos de bens e de trabalho, e, portanto, tomam o salário e o nível de preços como dados: F (L)=W/P 35

36 Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.) Já a curva de fixação de preços pressupõe que as firmas têm algum poder de mercado (concorrência monopolista ao invés de concorrência perfeita). Fatores como o grau de competição no mercado de bens afeta a relação de fixação de preços através de sua influência sobre o mark-up. Tais fatores inexistem na derivação da demanda de trabalho padrão. 36

37 Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.) No arcabouço padrão de oferta e demanda por trabalho, os desempregados estão nessa situação porque querem. Ao salário real vigente, eles poderiam estar trabalhando se quisessem. Já no arcabouço de fixação de saláriosdeterminação de preços, o desemprego é provavelmente involuntário. Esta característica Keynesiana parece adequar-se melhor à realidade. 37

38 Conclusão Mostramos como o equilíbrio no mercado de trabalho determina a taxa de desemprego de equilíbrio que, por sua vez, determina o nivel de produto de equilíbrio. Então, para que serviu o curso de Macro 1 e o estudo do modelo IS-LM, que mostrava que o produto era determinado por fatores como política monetária, política fiscal, etc? 38

39 Conclusão (continuação) A equação de equilíbrio no mercado de trabalho supõe que P=P e. Isso não necessariamente será verdade no curto prazo. Contudo, é improvável que as expectativas estejam sistematicamente ao longo do tempo. erradas no médio prazo. Portanto, devemos esperar um retorno do produto para o seu nível natural 39

40 A Curva de Beveridge Relação entre postos vagos de trabalho e a taxa de desemprego da economia. Uma melhora nas condições econômicas faz com que as firmas expandam investimentos e abram mais postos de trabalho. Como existem fricções no mercado de trabalho, a taxa de desemprego tenderá a cair ao longo do tempo. Nas recessões, a curva de Beveridge tende a se deslocar paralelamente para baixo menos vagas para o mesmo nível de desemprego que em seguida se traduzirá em um aumento do desemprego. E o que pode estar acontecendo quando as vagas aumentam e o desemprego também? 40

41 4,5 vagas EUA: Curva de Beveridge 4,0 De dezembro de 2000 a julho de ,5 3,0 Pós janeiro de ,5 2,0 1,5 De agosto de 2007 a dezembro de ,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 Desemprego

42 42

43 Objetivo: explorar os efeitos da correção dos preços sobre o nível de atividade Fatores a serem explorados: surpresas para cima do nível de preços (P-P e )>0 fazem com que haja, a curto prazo, mais emprego do que seria justificado pelo salário real resultante do estado da demanda por bens e por mão de obra. 43

44 MODELO OA DA: JUNTANDO TODOS OS MERCADOS Diferença entre a determinação do produto e do emprego no curto prazo e no médio prazo resulta em possíveis inconsistências entre as variáveis. 44

45 Para podermos examinar a causa dessas inconsistências e o que pode resultar das correções, vamos agregar todos os mercados através de duas relações: 1) Oferta Agregada (OA): equilíbrio no mercado de trabalho 2) Demanda Agregada (DA): equilíbrio nos mercados de bens e de moeda (financeiro). 45

46 A OFERTA AGREGADA (OA) A relação de oferta agregada captura o efeito do nível de produto sobre o nível de preços. O ponto de partida de sua derivação foi o equilíbrio no mercado de trabalho. 46

47 Revendo a derivação da OA a partir da determinação de salários e preços, W = P e.f(u,z) P = (1 + µ )W Obtivemos P = P e.(1 + µ ).F(u,z) (7.1) 47

48 O nível de preços é uma função do nível esperado de preços e da taxa de desemprego (nível de atividade), dados o mark-up e os fatores estruturais que reduzem o custo do desemprego para o trabalhador. 48

49 A OFERTA AGREGADA (OA) Para conveniência, vamos trocar a taxa de desemprego pelo nível de produto, seguindo a relação: u U = 1 N = 1 Y L L L 49

50 Assim, a relação de oferta agregada expressa em termos de produto é: P = P e.(1 + µ ).F(1 Y/L, z) (7.2) 50

51 A OFERTA AGREGADA (OA) Observe-se na equação acima que: 1) P e P na mesma proporção. Como funciona? Se as firmas e trabalhadores (wage setters) esperam preços maiores, o resultado é aumento de salários nominais pretendidos. Este reajuste, por sua vez, leva a um aumento de preços: P e W P 51

52 A OFERTA AGREGADA (OA) 2) Um aumento no produto requer um aumento no nível de preços: Y P 52

53 Como funciona? Y N u W P P OA P e A Yn Y 53

54 CARACTERÍSTICAS DA OA É monotonicamente crescente (para um dado preço esperado, um aumento de produto leva a um aumento do nível de preços), ou seja, P/ Y > 0. 54

55 o Passa pelo ponto A, no qual Y = Y n e P = P e. Portanto, se não houver surpresa na realização dos preços esperados, P = P e o emprego é compatível com o produto ao seu nível natural Y n.. 55

56 Esta conclusão é consequência da definição de u n taxa de desemprego que prevalece quando P = P e e da definição de Y n como o produto correspondente a u n. 56

57 CARACTERÍSTICAS DA OA Tais características implicam que: 1) Quando Y > Y n P > P e : trata-se de um movimento ao longo da curva de oferta agregada OA, ou seja, reações da oferta a deslocamentos da demanda. P OA P P e Y n Y Y 57

58 2) Um aumento em P e desloca a curva OA: P e OA P OA` P e` OA P e Y n Y 58

59 DEMANDA AGREGADA (DA) A demanda agregada captura o efeito do nível de preços no produto. É derivada, como foi visto em Macro I, a partir do equilíbrio no mercado de bens e nos mercados financeiros: 59

60 Mercado de Bens: IS Y = C(Y T) + I(Y,i) + G Mercado Financeiro: LM M/P = Y. L( i ) 60

61 Lembrar: Movimentos ao longo da curva de demanda agregada refletem, assim, os efeitos contracionistas de aumentos do nível geral de preços. 61

62 A queda da liquidez real, ou seja excesso de demanda por moeda que contrai a LM, aumentando a taxa de juros requerida para equilibrar, a cada nível de produto, o mercado financeiro. 62

63 Fatores de deslocamento da curva de DEMANDA AGREGADA (DA) Exemplo: aumento do índice de confiança do consumidor, ou do investimento autônomo, resultam no deslocamento da curva IS para direita 63

64 OUTRO EXEMPLO DE DESLOCAMENTO DA DA Uma operação contracionista de open-market. 64

65 65

66 DEMANDA AGREGADA (DA) A DA pode ser descrita algebricamente por: Y = Y( M, G, T) P com Y / (M/P) > 0, Y / G > 0, Y / T < 0. 66

67 PRODUTO DE EQUILÍBRIO NO CURTO PRAZO Examinemos agora o efeito conjunto de oferta e demanda agregada: A CURTO PRAZO, DADO P e OA : P = P e.(1 + µ ).F(1 Y/L, z) DA : Y = Y(M/P, G, T) 67

68 Produto e o Nível de Preços de equilíbrio (ponto A): mercados de bens, financeiro e trabalho em equilíbrio. 68

69 P OA P A P e B DA Y n Y 69

70 Modelo OA DA Dinâmica do Produto e do Preço No curto prazo, o produto pode diferir do produto natural: P e P. Nesse caso, o salário real que estava por trás dos contratos celebrados com salários nominais pode não se realizar. 70

71 o Mas o que ocorre ao longo do tempo, do curto para o médio prazo? o Vamos supor que o produto esteja maior que o seu nível natural e que as demais variáveis exógenas permaneçam constantes. 71

72 o Para estudar a dinâmica de Y e P, precisamos analisar como as expectativas se comportam. P e pode variar ao longo do tempo. Se o nível de preços do período anterior não correspondeu à expectativa, este erro deve ser levado em consideração ao se formular as expectativas para o período corrente. 72

73 Modelo OA DA Dinâmica do Produto e do Preço Vamos pressupor que P e = P t-1. Logo, teremos: Oferta Agregada P t = P t-1 (1 + µ) F(1 Y t, z) L 73

74 o Demanda Agregada Y t = Y(M, G, T) P t 74

75 Modelo OA DA Dinâmica do Produto e do Preço Supondo Y>Yn no período t. Sob nossa hipótese sobre os preços, P e t=p t-1. Então, no ponto B, temos (Yn, P t-1 ), e no ponto A, (Y t, P t ). 75

76 o No período t+1, a curva OA deve se deslocar para cima, pois teremos o novo nível P e t+1= P t. A curva se desloca para cima e atingimos os pontos B (Yn, P e t+1 = P t ), e A (Y t+1, P t+1 ). 76

77 MODELO OA DA DINÂMICA DO PRODUTO E DO PREÇO Observe que a demanda agregada não se desloca, apenas há um deslocamento ao longo desta curva. Como P t+1 é maior que P t e Y t+1 é menor que Y t, A está mais próximo do produto natural. 77

78 78

79 Modelo OA DA Dinâmica do Produto e do Preço Mas o que ocorre entre t e t+1? Como em t o produto está acima do nível natural, o nível de preços está acima do esperado. No ano t+1, o preço esperado é maior, o que eleva o preço em t+1. Um preço maior reduz o estoque de moeda real o que aumenta o nível de juros e reduz a demanda por bens em t+1. 79

80 o Em t+2, ainda temos Y>Yn, assim, P e t+2=p t+1. A OA se desloca para cima novamente, repetindo o mesmo processo descrito anteriormente. o Enquanto o produto corrente for maior que o natural, o nível de preços continua crescendo e o produto continua decrescendo até que Y alcance Yn, e não haja mais pressão sobre os preços. 80

81 Modelo OA DA Dinâmica do Produto e do Preço 81

82 Modelo OA DA Dinâmica do Produto e do Preço Conclusão: No curto prazo, o produto pode estar acima ou abaixo do produto natural, mas no médio prazo, o produto retorna para seu nível natural. O ajuste é feito via preços. Se o produto estiver acima do natural, os preços aumentam até que o produto alcance o nível natural. 82

83 Características do ajuste via OA Dado que a variável de ajuste que vai fazer o nível de emprego se ajustar é o nível de preços, a direção do ajuste será dada pelo que acontece com o salário real no processo. 83

84 o Se o emprego em A for maior do que o natural, por exemplo, preços superiores fazem cair o salário real, e assim diminuem a oferta de emprego, deslocando a oferta global. 84

85 Até aqui vimos o arcabouço OA-DA que nos mostrou a dinâmica diferenciada da economia no curto prazo e no médio prazo. No curto prazo, o produto pode tanto estar acima quanto abaixo de seu nível natural. Mudanças em qualquer das variáveis que entram na relação de oferta ou na relação de demanda agregada levam a mudanças no produto e no nível de preços. 85

86 o No médio prazo, entretanto, o produto tende a retornar para o seu nível natural. Quando o produto está acima de seu nível natural, o nível de preços aumenta. Preços maiores diminuem a demanda e o produto. Quando o produto se situa abaixo de seu nível natural, os preços caem, aumentando a demanda e o produto. 86

87 Vamos agora usar o modelo para investigar os efeitos dinâmicos de mudanças causadas pelas políticas macroeconômicas. Veremos três políticas: Operação de Mercado Aberto o Redução no déficit fiscal o Aumento no preço do petróleo 87

88 EFEITOS DE UMA EXPANSÃO MONETÁRIA Quais os efeitos no curto prazo e no médio prazo de um aumento no estoque nominal de moeda de M para M? O AJUSTE DINÂMICO Para um dado nível de preços P t, o aumento em M eleva M/ P t, levando a um aumento no produto (Y). No curto prazo, a economia vai para o ponto A`, com produto e nível de preços maiores. 88

89 No médio prazo, temos o efeito do produto sobre o nível esperado de preços. Vendo que P e, os trabalhadores pedem W. Isto deflagra novos aumentos de P. Conquanto Y > Y n, este processo continua. O equilíbrio no médio prazo é em A, com Y = Y n e P t+j > P to. 89

90 P A AS AS P to A A AD (M > M) Y n Y t AD Y 90

91 EFEITOS DE UMA EXPANSÃO MONETÁRIA Vejamos o que está ocorrendo com o modelo IS-LM subjacente: P A A AS P to A AD (M > M) Y n Y t AD Y i LM i i t A e A A B LM LM Y n Y t Y 91

92 NEUTRALIDADE DA MOEDA Em suma, vimos que: No curto prazo, uma expansão monetária leva a um aumento no produto, e a um aumento no nível de preços. A repartição entre o efeito sobre preços e o efeito sobre o produto dependerá da inclinação da curva AS (OA). Quando se estudou inicialmente o IS-LM, presumiu-se que os preços fossem fixos, isto é, uma OA horizontal. Isto é uma simplificação, mas a evidência empírica indica que o efeito inicial de Y em P é pequeno. 92

93 À medida que o tempo passa, os preços aumentam e os efeitos da expansão monetária sobre o produto e a taxa de juros desaparecem. No médio prazo, o efeito da expansão monetária se reflete só em aumento dos preços. Não há qualquer efeito sobre o produto ou sobre a taxa de juros. 93

94 A ausência de efeitos de médio prazo sobre o produto ou juros de uma variação de M é conhecida como a Neutralidade da moeda no médio prazo. Portanto, para fins de política econômica, pode-se usar a política monetária no curto prazo para, por exemplo, incentivar a economia. Não obstante, é inócuo tentar manter a economia permanentemente super aquecida (Y > Yn) via aumentos em M. 94

95 QUÃO DURADOUROS SÃO OS EFEITOS DE M? Uma forma de responder esta pergunta é recorrer a grandes modelos macroeconométricos que são usados para gerar previsões e estudar efeitos de políticas alternativas. 95

96 o A figura a seguir mostra o efeito de um aumento em 3% da oferta monetária ao longo do tempo, no modelo construído por John Taylor Stanford University. O aumento da moeda ocorre durante 4 trimestres (0.1%, 0.6%, 1.2% e 1.1%, respectivamente). 96

97 o O produto cresce e atinge um pico após os 4 períodos. O preço vai aumentando ao longo dos anos. Após 4 anos, o preço aumentou 2.5% enquanto o produto retornou ao nível natural. 97

98 Expansão Monetária no Modelo Taylor 98

99 QUÃO DURADOUROS SÃO OS EFEITOS DE M? Esses modelos macroeconométricos requerem decisões sobre diversas variáveis e inclusões de equações. Um método mais simples seria olhar para a resposta do produto em relação a mudanças na moeda, utilizando econometria (regressões). Problema: A moeda pode estar afetando o produto ou o produto pode estar afetando a política monetária. Em seu trabalho, Mishkin separa os movimentos na oferta monetária entre antecipados e não antecipados e observa a resposta do produto em relação aos dois tipos de movimentos. Apesar dos resultados serem diferentes, apresentam as mesmas propriedades. Ambos os exercícios confirmam que o efeito da política monetária sobre o produto não pode ser sustentado no médio prazo. 99

100 Efeitos de uma expansão monetária de 1% sobre o produto (%) Trimestres Mudança Antecipada na moeda Mudança não antecipada na moeda

101 REDUÇÃO NO DÉFICIT FISCAL Vimos o que ocorre com a Política Monetária (LM). Vejamos agora o efeito de uma contração na política fiscal (IS): P A A A OA OA DA DA (G < G) Y n Y i LM LM A i LM B i t A Y t Y n IS IS Y 101

102 REDUÇÃO NO DÉFICIT FISCAL Resumindo os efeitos da política fiscal: Y = C(Y T) + I(Y, i) + G No curto prazo, G (mantendo M constante) leva a Y, e talvez a I. No médio prazo, Y volta a Yn, e i cai permanentemente. Desse modo, I aumenta inequivocamente. Se considerássemos os efeitos de longo prazo, G I e Y 102

103 Mudanças nos Preços do Petróleo Em 1973 o preço do petróleo subiu drasticamente. A formação da OPEC fez com que a oferta de petróleo fosse reduzida aumentando seu preço. Este preço quase triplicou entre 1970 e 1982 em relação ao PPI. Mas, como se espera de um jogo de coalizão, as quotas de produção foram sendo abandonadas e a oferta de petróleo foi crescendo causando uma redução no preço. Observe que o petróleo não entra nem na oferta nem na demanda agregada, já que pressupomos que o único fator de produção é o trabalho. Poderíamos incluir diretamente a energia como fator de produção. Mas vale a pena manter o nosso modelo e considerar que o choque do petróleo correspondeu a um aumento no mark-up, µ. 103

104 jan/67 jan/68 jan/69 jan/70 jan/71 jan/72 jan/73 jan/74 jan/75 jan/76 jan/77 jan/78 jan/79 jan/80 jan/81 jan/82 jan/83 jan/84 jan/85 jan/86 jan/87 jan/88 jan/89 jan/90 jan/91 jan/92 jan/93 jan/94 jan/95 jan/96 jan/97 jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 Preço do Barril (USD) Preços de Petróleo Petróleo Brent (US$/Barril) - Fim de Período 160, , , ,000 80,000 60,000 40,000 20,000 0,000 Preço do Barril à vista Preço deflacionado Fonte: Saint Louis FED 104

105 Mudanças nos Preços do Petróleo Do capítulo 6, tínhamos que o mercado de trabalho era dado pelo gráfico abaixo. Um aumento no mark-up faz com que a curva de salário real (determinação de preços) se desloque para baixo o que aumenta a taxa de desemprego natural de equilíbrio. W P A PS A PS u n u n WS 105

106 Mudanças nos Preços do Petróleo O aumento da taxa de desemprego natural leva a uma queda do produto natural, ou seja, o aumento do preço do petróleo leva a uma queda do produto natural. Vamos então supor que inicialmente a economia está num ponto como A tal que temos (Y n, P t =P t-1 ). Um aumento no preço do petróleo leva a uma queda em Yn para Yn. Pela oferta agregada, um aumento no mark-up aumenta P t para um dado nível de Y t, ou seja, a oferta se desloca para cima, no curto prazo. P t = P t-1 (1 + µ) F(1 Y t, z) L 106

107 Mudanças nos Preços do Petróleo Após o aumento no preço do petróleo, a nova curva de oferta passa pelo ponto B onde temos (Yn, P t-1 ). Assim, a nova oferta é dada por OA`. No curto prazo a economia se desloca para A. O aumento do preço do petróleo aumenta os preços que as firmas cobram em seus produtos, o que reduz a demanda e o produto. Observe que a demanda não se desloca neste modelo. Vários efeitos poderiam induzir um deslocamento da demanda, mas vamos considerar que esses efeitos se cancelam. Vale ressaltar que num choque de demanda negativo, tínhamos como resultado um produto menor e um nível de preços menor. Num choque de oferta, o produto é menor e o preço é maior. 107

108 Mudanças nos Preços do Petróleo Ao longo do tempo, no ponto A a economia ainda está acima de Yn, então os preços aumentam até que a economia alcance o novo equilíbrio em A. 108

109 OA` OA` A OA P t-1 B A A DA Yn Yn 109

110 EXPANSÃO MONETÁRIA Resumo CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO PRODUTO JUROS PREÇOS PRODUTO JUROS PREÇOS AUMENTO REDUÇÃO AUMENTO SEM MUDANÇA SEM MUDANÇA AUMENTO REDUÇÃO DO DÉFICIT FISCAL REDUÇÃO REDUÇÃO REDUÇÃO SEM MUDANÇA REDUÇÃO REDUÇÃO CHOQUE DO PREÇO DO PETRÓLEO REDUÇÃO AUMENTO AUMENTO REDUÇÃO AUMENTO AUMENTO 110

111 Choques e Mecanismos de Propagação As flutuações do produto (às vezes chamadas de ciclos econômicos) são variações do produto em torno de sua tendência. A economia é constantemente afetada por choques na oferta agregada, na demanda agregada ou em ambas. Cada choque tem efeitos dinâmicos sobre o produto e seus componentes. Esses efeitos são chamados de mecanismo de propagação do choque. 111

112 Uma descrição do ciclo econômico neste modelo Expansão: suponhamos um choque de demanda (expansão temporária de M, por exemplo) deslocamentos de preços e quantidades ao longo da curva de oferta, aumento temporário de emprego, com preços esperados constantes. Propagação expansionista se esgota quando os preços convergem de volta para o valor esperado (ancorado, por exemplo, em uma tradição de estabilidade de preços). Choques com média zero gerariam oscilações em torno da taxa natural. 112

113 Tentativa de Recuperação do emprego via política monetária expansionista. Com preços esperados constantes, podese explicar uma oscilação da economia em torno da taxa natural de desemprego. Com preços esperados influenciados pelos erros, pode-se gerar espiral de salários e preços. 113

114 Com correção das expectativas Como podem ser corrigidas? Com mecanismos de correção a partir dos erros passados (adaptativas). A partir de projeções quanto aos efeitos finais esperados das mudanças no ambiente. Novas trajetórias de equilíbrio podem resultar de expectativas que são formadas olhando-se para o futuro ( forward-looking ). 114

115 Correções de expectativas Correções de expectativas poderiam ocorrer, por exemplo, como resultado da tentativa de sustentação da expansão monetária, o que converteria um choque temporário de demanda em permanente. A curva de oferta move-se para o alto e para a esquerda (noroeste), via correção de expectativas, a taxa natural a médio prazo permanece constante (neutralidade da moeda) e o nível de preços subiria de forma permanente. Salários e preços subiriam provocados pela tentativa de usar o estímulo monetário para alterar a taxa natural de desemprego. 115

116 Exemplos de choques Efeitos de uma redução permanente do déficit deslocamento temporário recessivo do produto, pela queda da demanda; propagação expansionista da oferta global por queda dos preços, que permitem aumento da oferta do emprego por aumento dos salários reais. Choques de oferta positivos melhorias na produtividade (modelar via quedas do mark-up). 116

117 Tema: Curva de Phillips Referência básica (Capítulo 8 O. Blanchard)

118 Curva de Phillips O artigo de Phillips de 1958 identificou uma relação negativa entre aumentos de salários e desemprego para a economia inglesa através de uma longa série de dados ( ). Dois anos depois, Samuelson e Solow (1960) reaplicam o exercício para os EUA, substituindo aumentos de salários por taxa de inflação e batizam a relação de Curva de Phillips. 118

119 Curva de Phillips A relação empírica deu a impressão de que os países podiam escolher entre inflação e desemprego, ou seja, determinar sua posição na curva. A Curva de Phillips seria um menu explorável de alternativas para a política macroeconômica. Em 1968, Milton Friedman e Edmond Phelps crítica aos fundamentos irracionalidade dos contratos nominais, dependência dos erros permanentes. 119

120 Curva de Phillips Depois dos choques do início dos anos 70, entretanto, a estagflação pôs em cheque esta possibilidade de tradeoff, e reviveu as críticas de Friedman e Phelps. Nova relação surge: o que pode ser escolhido é entre a taxa de desemprego e a variação na taxa de inflação. Hoje em dia, não se acredita que um desemprego elevado leve a uma inflação baixa, mas a uma redução na inflação. Estudaremos a relação entre a Oferta Agregada e a Curva de Phillips e de que forma as mutações na Curva de Phillips foram compatibilizadas com o processo pelo qual pessoas e firmas formam expectativas. 120

121 Da curva de Oferta à Curva de Phillips Fazendo a álgebra, seja F(u t,z)= 1- u t +z então, P t =P t e (1+ )(1- u t +z) => P t /P t-1 = P t e /P t-1 (1+ )(1- u t +z) Como P t /P t-1 = 1+ (P t - P t-1 )/P t-1 =1+ t, temos que 1+ t =(1+ t e )(1+ )(1- u t +z) => (1+ t)/[(1+ t e )(1+ )]= 1- u t +z Se t, t e, não forem muito elevados, uma boa aproximação será 1+ t - t e - =1- u t +z => t= t e + ( +z)- u t (8.1) Intuição: Inflação depende positivamente da inflação esperada e negativamente do desemprego. Dada a inflação esperada, quanto maior o markup escolhido pelas firmas,, ou maior o valor de z, maior a inflação. 121

122 A Curva de Phillips Reconstruída A novidade agora é que quanto maior o desemprego, menor a inflação, dada a inflação esperada. Comparando as versões empíricas da Curva de Phillips: A primeira versão refletia uma economia com inflação zero (na média) irreal nos dias de hoje. Agentes que determinam os salários escolhem os salários nominais para o ano seguinte (período contratual) tendo de prever a inflação do período seguinte. Assim, como a média da inflação passada é zero, é razoável supor: t e =0 122

123 Substituindo na eq.(8.1), obtém-se: t=( +z) - u t Que é exatamente a relação que Phillips, Samuelson e Solow encontraram para o Reino Unido e para os EUA com os dados até a década de 50. Intuição: Dados os preços esperados, os quais são tomados pelos trabalhadores como iguais aos preços do ano anterior, baixo desemprego leva a salários mais altos. Salários mais altos levam a preços mais altos quando comparados aos preços do ano anterior, isto é, elevam a inflação. Este mecanismo é a espiral de preços e salários. 123

124 Evolução da Curva de Phillips modelando os fatos empíricos e a evolução da conjuntura Década de 60 a queda do desemprego provoca aumento de inflação. Década de 70 a relação é quebrada. Por quê? A economia americana foi atingida duas vezes pelo aumento no preço do petróleo. Ou seja, aumenta, o que implica P mais alto para um dado nível de desemprego. Mas a razão principal não foi esta. Os agentes responsáveis pela determinação dos salários (wagesetters) empresários e trabalhadores alteraram o processo de formação de expectativas. Após 1960, a inflação fica constantemente positiva e mais persistente, sugerindo que o anterior processo de formação de expectativas pudesse ter ficado obsoleto. A persistência da inflação promoveu uma mudança na formação de expectativas. Vejamos os gráficos das curvas de Phillips para diferentes períodos. 124

125 Inflação e Desemprego

126 Inflação e Desemprego

127 Curva de Phillips Aceleracionista Suponha que as expectativas sejam formadas da seguinte forma: t e = t-1 Quanto maior, maior efeito de t-1 sobre t e. No período estudado por Samuelson e Solow, tínhamos t e =0, com bem próximo de zero. Com o aumento e a persistência da inflação, foi crescendo. Nos anos 70, a evidência era de que =1. Implicações do crescimento de : Substituindo t e = t-1 na equação 8.1; t= t-1 + ( +z) - u t Com =0, obtemos a curva de Phillips original. Quando >0, a inflação não depende só de u t. Quando =1, a relação se torna: t - t-1= ( +z) - u t (8.4). Ou seja, com =1, a taxa de desemprego afeta diretamente não a taxa de inflação, mas, sim, a variação (1ª diferença) da taxa de inflação. Desemprego elevado leva à inflação decrescente, não necessariamente baixa, e desemprego baixo leva à inflação crescente, não necessariamente alta. 127

128 (8.4) é conhecida como: Curva de Phillips modificada, ou curva de Phillips com expectativas ou Curva de Phillips Aceleracionista. Vamos nos referir à (8.4) como a Curva de Phillips e à (8.2) como Curva de Phillips original. Em suma, Curva de Phillips Aceleracionista Curva de Phillips original: u t sobe, t cai. Curva de Phillips (modificada): u t sobe, ( t- t-1) cai. Isso nos mostra o que ocorreu nos anos 70. Conforme aumentou de tamanho, a relação entre inflação e desemprego desapareceu. A relação relevante passou a ser entre o desemprego e a variação da inflação. 128

129 Variação na Inflação e Desemprego

130 Curva de Phillips e Taxa Natural de Desemprego Pela Curva de Phillips original, não existe uma taxa natural de desemprego. Qualquer desemprego poderia ser atingido se o país estivesse disposto a assumir a (elevada) inflação necessária, e poder-se-ia manter desemprego baixo permanentemente. A taxa natural de desemprego é definida como a taxa à qual P t =P t e ou t= t e. Usando isso em (8.1), t= t e + ( +z)- u t,tem-se: 0=( +z) - u n, ou u n =( +z)/ (8.6) Se aumenta, u n aumenta e se z aumenta, u n aumenta. Agora, de (8.6) [( +z)/ =u n ] e substituindo de volta em (8.1), temos: t- t e = - (u t -u n ) (8.7) t- t-1= - (u t -u n ) (8.8) 130

131 Curva de Phillips e Taxa natural de Desemprego t- t-1 = - (u t -u n ) (8.8) A equação 8.8 nos dá outra forma de pensar sobre a Curva de Phillips. Agora, a variação na inflação depende da diferença entre a taxa de desemprego e a taxa de desemprego natural. Quando u t >u n, inflação cai. Quando u t <u n, inflação sobe Quando u t =u n, inflação está estabilizada. Ou seja, a taxa natural de desemprego pode ser vista também como a taxa de desemprego que mantém a inflação constante (Nonaccelerating inflation rate of unemployment - NAIRU). 131

132 Como calcular a NAIRU? Qual a Taxa natural de desemprego nos EUA desde 1970? Fazer t = t-1 e isolar u n => u n = 6% (linha de regressão, ver gráfico slide 129). - A evidência sugere que a taxa de desemprego necessária para manter a inflação constante era de cerca de 6%. - No entanto, a taxa média de desemprego entre foi de 4,7% sem aumento da taxa de inflação, o que sugere que a NAIRU ao final da década de 90 devia estar abaixo de 6%. - Esta foi uma das evidências que levou Greenspan a relaxar a política monetária sem medo de elevar a inflação. Outros efeitos colaterais, entretanto, ocorrreram. 132

133 Observações A relação entre desemprego e inflação varia entre países e ao longo do tempo. Por que as taxas naturais de desemprego variam entre países? Dado a equação (8.6) u n =( +z)/, temos que a taxa natural de desemprego depende das variáveis,z e que diferem entre países. Como u n não é observado diretamente, mas, por hipótese, a economia flutua em torno dela, podemos estimar a taxa de desemprego natural como uma taxa média de desemprego ao longo de uma década. Ex: Japão (2%) x EUA (6,1%) dados a partir de No entanto, em 2000, o Japão teve uma taxa de desemprego de 4,7% contra 4% dos EUA. Isso deveu-se a uma recessão no Japão com u t >u n e vice versa nos EUA. Qual o motivo para a taxa natural ser menor no Japão? Basicamente, menores fluxos de desligamentos e contratações. 133

134 Variações da Nairu ao longo do tempo Até agora consideramos ( + z) como uma constante. O que não é verdade na realidade, pois o poder de monopólio das empresas, a estrutura das negociações salariais e o sistema de seguro-desemprego tendem a mudar com o tempo, alterando a taxa natural de desemprego (u n ). Há ainda incertezas sobre os fatores que podem estar inclusos em z e o efeito de cada fator sobre o desemprego natural. Pode ser que uma variação em implique, também, mudanças em z. Ex: Quando sobe, nos modelos de negociação trabalhista, os trabalhadores podem aceitar um corte de salário para evitar o aumento da taxa de desemprego, reduzindo z de modo que u n fique inalterada. 134

135 Variações da Nairu ao longo do tempo As variações de u n são difíceis de medir. Por quê? Porque u n não é observado, apenas u t. No entanto, podemos observar tendências a partir da comparação da taxa média de desemprego ao longo das décadas. Ex: Nos EUA, a taxa de desemprego médio caiu na década de 90 e em 2000 era de 4% quase sem aumento da inflação. No entanto, a partir de 2001, a taxa de desemprego começou a subir, ultrapassando 6%. Podemos concluir que a taxa natural caiu e depois subiu? R: Não. Pois a economia americana entrou em recessão em 2001/2. 135

136 11% Taxa de Desemprego - EUA 10% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 136

137 Como distinguir entre uma taxa de desemprego alta de uma taxa natural alta? R: Examinando a variação da inflação dada pela equação t - t-1 = - (u t -u n ) (8.8). Se a inflação está em queda é sinal que o desemprego real está acima do nível natural. Já se a inflação está estável e o desemprego real está alto, isso indica que a taxa natural está elevada. Ex: União Européia A curva de Phillips entre a variação da inflação e a taxa de desemprego aponta um aumento contínuo da taxa natural de desemprego desde

138 Processo inflacionário e a Curva de Phillips A regra de formação de expectativas pode mudar e também podem ocorrer mudanças institucionais. Quando a inflação está muito elevada, em geral, sua variabilidade aumenta. Os trabalhadores evitam contratos de trabalho que fixem os salários por muito tempo. Nestes casos, os contratos são firmados por um curto período de tempo e a indexação dos salários prevalece. Essas mudanças implicam aumento da resposta da inflação ao desemprego. Vamos ver isso remodelando nossa economia supondo agora que haja 2 tipos de contratos de trabalho: Uma proporção desses contratos tem salário nominal indexado (salário nominal variam de acordo com o preço realizado no período) e uma proporção 1- de salários não indexados (salários são baseados nas expectativas de inflação). 138

139 Indexação dos salários = proporção de contratos indexados. t= [ t+ (1- ) t-1 ]- (u t -u n ) Se =0 voltamos a equação (8.8). Para >0, temos: t- t-1= -( /(1- ))(u t -u n ) Quanto maior, maior o efeito do desemprego sobre a inflação. Intuição: Com indexação, um desemprego menor aumenta os salários não somente no próximo mas também neste período. E assim, maior o efeito sobre inflação. Se tende a um, pequenas variações em u t causam grandes variações em t- t-1 139

140 Tema: Efeitos da Política Monetária sobre Produto, Desemprego e Inflação Referência básica (Capítulo 9 O. Blanchard)

141 Efeitos da Política Monetária sobre Produto, Desemprego e Inflação Motivação: Em outubro de 79, a inflação nos EUA andava perto de 14% ao ano, quando o FED decidiu reduzir o crescimento da moeda para derrubar a inflação. Após 5 anos e também depois de uma grande recessão, a inflação estava de volta a 4% a.a. - Como ele conseguiu reduzir a inflação? - Por que houve uma recessão? Ou seja, queremos estudar os efeitos do crescimento monetário na inflação e no nível de atividade. Esta é uma área de muita pesquisa recente, tanto em teoria quanto em econometria. 141

142 Produto, Desemprego e Inflação São três os blocos componentes do nosso arcabouço teórico que nos permite pensar sobre as inter-relações entre produto, desemprego e inflação, a saber: Demanda Agregada: relaciona a taxa de crescimento nominal da moeda ao crescimento do produto; Lei de Okun: relaciona o crescimento do produto à variação no desemprego; Curva de Phillips: relaciona a taxa de desemprego à variação na inflação. 142

143 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego Até aqui, por simplicidade, presumimos que: Y = N Y = N L = constante N = - U Vamos agora abandonar essas hipóteses excessivamente distantes da realidade em favor de outra que a melhor descreve. Por que as abandonar? Porque implicam comportamentos diferente dos observados Se Y=N, 1% de aumento de Y 1% de aumento em N Se N= - U 1% de aumento N/L 1% de queda em U. 143

144 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego Seja g yt a taxa de crescimento do produto. Então, até agora temos que: u t - u t-1 = -g yt (9.1) Ou seja, se o produto cresce a 4%, por exemplo, o desemprego deve cair 4%! Na verdade, isso é uma aproximação, pois: u =U/L = 1-N/L, Com L=constante, u = U/L = - N/L = - ( N/N)(N/L) Assim, se N/L = 0.95, então N/N = 1% causa u = -0.95%. O resultado acima só seria exato se N/L=1. V. sabe a diferença entre um porcento e um ponto porcentual? 144

145 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego Empiricamente, nos EUA, temos: u t u t-1 = -0.4(g yt -3%) (9.2) A equação (9.2) difere da equação (9.1) de duas formas: 1- A taxa de crescimento anual do produto tem que ser de pelo menos 3% para impedir que a taxa de desemprego aumente. (por 9.1 bastava não haver crescimento negativo) Isto ocorre devido a dois fatores: 1.1- A força de trabalho (PEA) nos EUA tem crescido a 1.7% ao ano. Para manter uma taxa constante de desemprego, o emprego precisa crescer à mesma taxa da força de trabalho, 1.7% ao ano. 145

146 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego 1.2- Suponha também que a produtividade do trabalho (o produto por trabalhador) esteja crescendo a 1.3% ao ano. Se o emprego crescer a 1.7% e a produtividade crescer a 1.3%, o produto crescerá a 1.3% + 1.7% = 3%. Em outras palavras, para manter u constante, g y tem que igualar a 3%. Nos EUA, a soma do crescimento da produtividade do trabalho com o crescimento da PEA tem sido, em média, igual a 3% desde Esta é a razão pela qual o número 3% aparece na lei de OKUN. Denominaremos de taxa de crescimento normal do produto aquela necessária para manter uma taxa de desemprego constante. 146

147 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego 2- A segunda diferença entre a equações (9.2) e (9.1) está no coeficiente que relaciona a diferença entre o crescimento do produto e a taxa normal de crescimento com a variação do desemprego. Em (9.2) este coeficiente é de 0.4% em (9.2), em contraste com 1 em (9.1). Isto ocorre por 2 razões: 2.1- As firmas ajustam o emprego em menos do que um para um em resposta a desvios na taxa de crescimento do produto. Por exemplo, se g y está 1% acima do normal por um ano, a taxa de emprego aumenta só em 0.6%. Isto ocorre porque algumas funções não dependem do nível de produção (depto. de contabilidade, por exemplo). Outra razão é que firmas preferem horas-extras, para evitar custos de treinamento (labor hoarding). 147

148 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego 2.2- Um aumento na taxa de emprego não leva a um decréscimo de um para um na taxa de desemprego. Mais especificamente, um aumento de 0.6% na taxa de emprego leva a uma queda de somente 0.4% na taxa de desemprego. A razão é um aumento na taxa de participação. Quando o emprego aumenta nem todas as vagas são preenchidas pelos desempregados. Alguns vêm diretamente de fora da PEA. Outro efeito é que à medida que o mercado de trabalho se aquece, trabalhadores que não estavam mais procurando emprego (portanto fora da PEA) passam a fazê-lo, e passam a ser classificados como desempregados. Por ambos os motivos, o desemprego cai menos do que o aumento do produto. Nem todos os novos postos de trabalho são ocupados pelos desempregados que já estavam no mercado. 148

149 Algebricamente, a Lei de Okun é: u t u t-1 = - (g yt g c y) (9.3) A inclinação ( ) da lei de Okun reflete a organização interna das firmas, bem como as restrições legais e sociais quanto a demissões e contratações. A evidência internacional é : País EUA 0,39 0,42 Reino Unido 0,15 0,51 Alemanha 0,20 0,29 Japão 0,02 0,11 149

150 Lei de Okun:

151 Lei de Okun: Crescimento do produto e variações no desemprego u - u = - β( g - g ) t t- 1 yt y O crescimento do produto acima do normal provoca uma redução da taxa de desemprego; o crescimento do produto abaixo do normal leva a um aumento da taxa de desemprego. Esta é a lei de Okun: g g u u yt y t t 1 g g u u yt y t t 1 151

152 A Curva de Phillips: Desemprego e Mudança na Inflação Na aula passada, derivamos a seguinte relação entre inflação, inflação esperada e desemprego. t = e t - (u t u n ) Supusemos, então, que e t t-1 para os EUA. Com essa hipótese, a relação entre inflação e desemprego passa a ser: t - t-1 = - (u t u n ) Onde: u u u t n t t 1 u t n t t 1 152

153 A Relação de Demanda Agregada: Crescimento Monetário, Inflação e Crescimento do Produto Sabemos que: Y = Y(M/P, G, T), com Y/ (M/P) >0, Y/ G>0 e Y/ T<0 Vamos agora, ignorar outros fatores que não a moeda e adicionar indicadores de tempo: Y t =.(M t /P t ), onde > 0 (9.6) Esta equação nos diz que um aumento em (M/P) causa um aumento proporcional na demanda por bens e, por conseguinte, no produto. Por trás deste efeito está o modelo IS-LM: M/P i I Y 153

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