DESEMPENHO DE CRIANÇAS EM SUBTESTES DA CHILDREN S MEMORY SCALE: UMA ANÁLISE DA MEMÓRIA OPERACIONAL VISUAL

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1 DESEMPENHO DE CRIANÇAS EM SUBTESTES DA CHILDREN S MEMORY SCALE: UMA ANÁLISE DA MEMÓRIA OPERACIONAL VISUAL Ellen Marise Lima (IC) e Camila Cruz Rodrigues (Orientadora) Apoio: PIBIC Mackenzie Resumo A memória operacional (MO) é a capacidade de conservação e manipulação de informações por um curto período de tempo. É importante que seja realizada avaliação da MO na infância, pois seu desenvolvimento perdura até o final da adolescência. Este estudo teve por objetivo investigar a MO visual em crianças de 9 a 11 anos, utilizando os subtestes Dot Locations (DL) e Picture Locations (PL) da Children s Memory Scale (CMS). Participaram desse estudo 60 crianças, sendo 20 de cada faixa etária (G9, G10 e G11), provenientes de escolas públicas e particulares. Observou-se aparente ampliação na capacidade de memória visual conforme o aumento da faixa etária, em ambos os instrumentos utilizados, sendo tais resultados compatíveis com estudos já realizados. Porém, foi possível observar que tal evolução mostrou-se mais consistente no PL, em que as crianças poderiam utilizar-se do recurso de reconverter os estímulos para a forma fonológica, diferente do DL, que se trata de uma tarefa de memória para padrões. Assim, como coloca Gathercole (1998), o substrato neural básico da MO parece já estar formado aos 6 anos entretanto a capacidade, funcionalidade e amplitude de cada subcomponente aumentaria gradualmente até à adolescência, inclusive a do esboço vísuo-espacial, como mostraram os resultados deste estudo. Essa pesquisa colabora com a compreensão do desenvolvimento e funcionamento da MO em seu subcomponente vísuo-espacial, favorecendo a consolidação de conhecimentos a respeito da evolução desse subsistema de memória, bem como de instrumentos que possibilitem sua avaliação, investigação e intervenção. Palavras-chave: memória operacional; esboço vísuo-espacial; Children s Memory Scale (CMS). Abstract Working Memory (WM) is related to the conservation and manipulation of information for a short period of time. It is therefore of great importance that the evaluation be performed in childhood because its development lasts until late adolescence. The main purpose of this study is to investigate the visual WM (visuospatial sketchpad) in 9 to 11-year-old children using subtests Dot Locations (DL) and Picture Locations (PL) from Children's Memory Scale (CMS). About 60 children from both public and private schools took part in this study. They were equally divided into three minor groups with 20 children each, according to their age group (9, 10 and 11-year-old children- G9, G10 and G11) and gender. There was a gradual evolution in performance in both instruments according to the age difference, and the results were consistent with the previous studies and existing literature. However, we observed that this development was more consistent in PL subtest, where children could use the feature to convert the stimuli to phonological form, different from the DL, which is a memory task for standards. This research contributes to the understanding and the development of the operation of working memory in visuospatial subcomponent, favoring the consolidation of knowledge about the evolution of the memory subsystem, as well as the tools that will enable their evaluation and research. Key-words: working memory, visuospatial sketchpad; Children s Memory Scale (CMS). 1

2 VII Jornada de Iniciação Científica INTRODUÇÂO A memória é a capacidade de modificar o comportamento em função de experiências anteriores, dependendo de diferentes estruturas do sistema nervoso (HELENE e XAVIER, 2003). Está estritamente relacionada a diversas outras funções neuropsicológicas, como, por exemplo, inteligência, linguagem, flexibilidade cognitiva, atenção, dentre outras. Tal função cognitiva não é unitária, mas sim composta por distintos subsistemas integrados por processos conduzidos por diferentes circuitos neurais (XAVIER, 1996) e que se desenvolvem com a maturação e desenvolvimento das estruturas do sistema nervoso, bem como com a aquisição de experiências. Dessa forma, é importante que os diferentes tipos de memória sejam avaliados por meio de instrumentos neuropsicológicos (ALCHIERI, 2007). Um dos instrumentos utilizados descritos na literatura é a Children s Memory Scale (CMS) (COHEN, 1997), que possibilita a investigação de todos os subsistemas de memória, incluindo a do esboço vísuo-espacial da memória operacional, objetivo desse estudo. Sendo assim, este projeto teve por objetivo analisar a memória operacional visual em crianças de 9 a 11 anos e investigar o desenvolvimento de tal memória ao longo dessas faixas etárias, utilizando-se subtestes da CMS que averigúem o esboço vísuo-espacial da memória operacional. No Brasil, ainda não há instrumentos adequados, validados e padronizados para avaliação da memória em crianças e essa bateria poderia auxiliar a suprir essa carência. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. Memória A memória trata-se de uma das mais complexas funções neuropsicológicas e cognitivas (ABREU E MATTOS, 2010), que possibilita ao indivíduo manipular e compreender o mundo, associando o contexto com as experiências individuais e, dessa forma, permitindo a interação do homem com seu meio e sendo fundamental a esta (SQUIRE e KANDEL, 2003). Várias distinções entre modelos de sistemas de memórias têm sido propostos (ABREU e MATTOS, 2010). A dicotomia mais antiga distingue memória de longo prazo e de curto prazo (XAVIER, 1996), referindo-se ao tempo de armazenamento de memórias. A memória de longo prazo corresponde ao sistema de memória de capacidade ilimitada, que trabalha formando e consolidando informações, podendo retê-las e evocá-las por um período de tempo que varia de minutos a décadas. O hipocampo e o córtex para-hipocampal 2

3 são estruturas críticas que estão envolvidas na memória de longo prazo (ATKINSON et al., 2002). Tal subsistema de memória ilimitado é subdividido em mais dois sistemas: a memória implícita, também denominada de não declarativa, e a memória explícita, ou memória declarativa, que possui, por sua vez, como subsistemas a memória semântica e a episódica (ATKINSON et al., 2002). Vale ressaltar que nenhum dos subsistemas de memória opera isoladamente de outras formas de memória: todos trabalham integradamente, ainda que especificamente (SQUIRE e KANDEL, 2003). Já a memória de curto prazo, por sua vez, é aquela em que há armazenamento transitório de informações, em quantidade limitada e por tempo limitado (de 15 a 30 segundos). Esse modelo de memória de curto prazo, assim denominada devido à capacidade de armazenamento transitório, foi ampliado por Baddeley e Hitch em 1974 (BADDELEY e HITCH, 1976), pois tal modelo tornou-se relativamente simples para explicar os componentes presentes no registro imediato e no uso da informação, que passariam a ser compreendidos dentro do modelo de memória operacional (ABREU e MATTOS, 2010, p. 81). Tal ampliação ocorreu pelo desenvolvimento do conceito de memória operacional, que, em 1994, foi novamente ampliado, referindo-se a ele como um sistema de memória de curto prazo que permite o armazenamento temporário e a manipulação de uma quantidade limitada de informações durante a execução de uma série de atividades cognitivas, tais como compreensão, atenção, aprendizagem, raciocínio e funções executivas (BADDELEY e HITCH, 1994; BADDELEY, 2003; COHEN, 1997) Memória Operacional A memória operacional é, portanto, um subsistema da memória que permite que se utilize, gerencie e organize a informação (ABREU e MATTOS, 2010), efetuando simultaneamente a conservação dessa informação enquanto se realiza outra atividade cognitiva. Tal sistema de memória ultrapassa, portanto, a abrangência da memória de curto prazo e é composta por quatro subsistemas. Um deles e ao qual os outros três subordinam-se e são recrutados quando necessários é o executivo central, cuja estrutura crítica envolvida em sua função é o córtex pré-frontal dorsolateral. Responsável pelo processamento cognitivo e pela capacidade atencional, não possui especificidade para tipos de estímulos. Além de realizarem armazenamento temporário, possuem responsabilidade pela integração temporal e pela manipulação de vários tipos de informações com importância imediata (BUENO e OLIVEIRA, 2004). 3

4 VII Jornada de Iniciação Científica Os outros três subsistemas da memória operacional, cada qual possuindo suas vias e modos de estoque e manipulação específicos para suas respectivas informações, são: a alça fonológica, o esboço vísuo-espacial - ambos específicos para certos tipos de estímulos e independentes entre si - e o buffer episódico (COHEN, 1997; BADDELEY, 2000). A alça fonológica, que apresenta o lobo parietal inferior esquerdo como estrutura fundamental à sua função, é organizada de forma temporal e seqüencial, codificando informações fonéticas, mantendo-as por curto período e reciclando-as através de um subcomponente, a alça articulatória, executada pelo córtex pré-motor, córtex pré-motor suplementar e área de Broca. A informação contida no armazenador fonológico [...] perde-se rapidamente em poucos segundos, a menos que a alça articulatória a mantenha através de reverberação (ANDRADE, SANTOS e BUENO, 2004, p. 139). O esboço vísuo-espacial, por sua vez, codifica conteúdos visuais e espaciais, e possui dois modos de reverberação: movimentos implícitos dos olhos e reverberação baseada na atenção. As estruturas críticas envolvidas no armazenamento desse subsistema são os lobos pré-frontal inferior direito, occipital anterior direito e parietal posterior direito, enquanto que, para reverberação deste, a estrutura principal é o córtex pré-motor, em integração com os lobos já citados (ANDRADE, SANTOS e BUENO, 2004). O quarto componente da memória operacional é o buffer episódico, sistema de capacidade limitada responsável pelo armazenamento temporário de informação contida num código multimodal, capaz de agrupar as informações provindas dos sistemas subsidiários e da memória de longo prazo, numa representação episódica unitária (BADDELEY, 2000). Tem como via de acesso consciente o executivo central e é responsável também pela integração do meio ambiente e da memória de longo prazo com a memória operacional, tendo papel fundamental no processo de lembrança e trazendo as memórias de longo prazo para a de curto, a fim de que possam ser manipuladas Desenvolvimento da Memória Operacional Na infância, a memória operacional e seus subsistemas são importantes em situações novas e que exigem flexibilidade cognitiva, em estratégias e velocidade de funcionamento, em capacidade atencional, em controle e em resoluções de problemas, dentre outras responsabilidades. Os fatores de desenvolvimento e de ampliação da capacidade da memória operacional incluem a manutenção da informação nessa memória, a reverberação, e, com o passar da idade, um aumento da velocidade com que os itens são articulados na evocação, o que implica uma redução no declínio dos itens mantidos na memória operacional (GATHERCOLE, 1998). 4

5 As características desenvolvimentais da memória operacional na criança apresentam uma tendência de evolução com o decorrer dos anos, principalmente da infância para a adolescência (SANTOS e MELLO, 2004), sendo a mielinização dos neurônios nessa etapa da vida importante para essa evolução, bem como para o desenvolvimento de outras habilidades cognitivas (GOLDBERG, 2002) Avaliação da Memória e Children s Memory Scale É importante que os diferentes tipos de memória sejam avaliados por meio de instrumentos neuropsicológicos (ALCHIERI, 2007). Um dos instrumentos utilizados descritos na literatura é a Children s Memory Scale (CMS) (COHEN, 1997). A CMS é uma bateria de testes que fornece uma medida de aprendizagem e memória para crianças de 5 a 16 anos. O desenvolvimento deste instrumento visa aperfeiçoar os instrumentos que têm por objetivo averiguar todos os subsistemas da memória em crianças (COHEN, 1997). Tal bateria proporciona uma melhor compreensão das mudanças na memória conforme a idade e do desenvolvimento dos processos de memória, além de permitir comparações significativas com testes de inteligência que incluem a memória como um de seus aspectos, como, por exemplo, a Escala de Inteligência Wechsler para Crianças III (WISC-III) (WECHSLER, 2002), e também com escalas específicas de memória, como, por exemplo, a Escala Wechsler de Memória-III (WMS-III) (WECHSLER, 1997) (COHEN, 1997; HORTON, 2001). A CMS apresenta-se como um teste de memória eficaz e válido tanto para uso acadêmico, de pesquisa, de investigação, quanto para uso clínico, com fins diagnósticos. (HORTON, 2001). Especificamente com relação ao desenvolvimento do esboço vísuo-espacial da memória operacional e de forma a obter uma avaliação do desenvolvimento desse subsistema, é conveniente usar tarefas de memória em que os estímulos não possam ser facilmente reconvertidos para a forma fonológica. A tarefa de memória para padrões é um exemplo de tarefa de avaliação de memória, e consiste em detectar a localização de formas que faltam num padrão de quadrados anteriormente apresentados, alguns dos quais estavam preenchidos com diferentes tipos de formas, atividade similar ao subteste Dot Locations, da CMS (COHEN, 1997). Através deste tipo de tarefa, a maioria dos estudos indica um aumento da amplitude de memória visual entre os 5 e os 11 anos (GATHERCOLE, 1998; CARNEIRO, 2008). Vale ressaltar a carência de testes que avaliem a memória operacional visual em crianças no Brasil, e essa escala poderia ajudar a suprir esse déficit, colaborando para a investigação e obtenção de conhecimento a respeito dos sistemas que compõem a memória. 5

6 VII Jornada de Iniciação Científica OBJETIVO 3.1. Objetivo Geral Investigar a memória operacional, sub-componente esboço vísuo-espacial, em crianças de 9 a 11 anos Objetivos Específicos Analisar o desempenho de crianças brasileiras nos subtestes Dot Locations e Picture Locations, ambos pertencentes à bateria Children s Memory Scale (CMS), e compreender o desenvolvimento da memória operacional visual. 4. MÉTODO 4.1. Participantes Foram avaliados 80 indivíduos, sendo que destes 60 preencheram os critérios de inclusão da pesquisa, os quais envolveram: nível de inteligência médio ou acima da média, não apresentar alterações sensoriais graves, neurológicas, psiquiátricas e/ou neuropsicomotoras, bem como ter nascido após a 36ª semana de gestação e com, no mínimo, 2 kg. Dessa forma, foram incluídos neste estudo esses 60 indivíduos, com idade entre 9 e 11 anos, e média de idade de 10,31 (±0,96), sendo 20 crianças de cada faixa etária, e das quais 10 crianças 5 meninos e 5 meninas - eram estudantes de escolas públicas e 10, com mesma divisão por sexo, de escolas particulares. Ambas as escolas são da cidade de São Paulo Instrumentos Nesse estudo foram utilizados como instrumentos para averiguar e avaliar os itens dos critérios de inclusão, o teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven Escala Especial e o Questionário de Anamnese respondido pelos responsáveis pelo participante. Para a investigação da memória operacional, foram utilizados os subtestes Dot Locations e Picture Locations, ambos da Children s Memory Scale (COHEN, 1997). Os instrumentos citados, os quais foram usados, estão descritos abaixo: Questionário de Anamnese: Elaborado para este estudo, foi entregue aos responsáveis e respondido por eles, a fim de obter informações acerca da gestação, do 6

7 nascimento e do desenvolvimento da criança, bem como de seus antecedentes escolares e de suas condições socioeconômicas Matrizes Progressivas Coloridas de Raven Escala Colorida (RAVEN, 1988): Instrumento de avaliação dos processos intelectuais de crianças na faixa de 4 anos e 9 meses a 11 anos e 8 meses. Foi construída para a averiguação da capacidade de edução de relações, considerada como um dos principais componentes da inteligência geral. Esse teste é constituído por 36 itens, impressos com fundo colorido vivo, divididos em 3 séries de 12, identificadas como: A, AB e B Dot Locations (COHEN, 1997): Subteste da Children s Memory Scale, avalia a memória de operacional vísuo-espacial. Ao examinando é mostrado uma páginas de estímulos composta de pontos azuis, dispostos em diversos locais na página. Esse estímulo é apresentado à criança por 5 segundos, e então o item de estímulo é removido da vista, e o examinando é convidado a colocar peças azuis, similares aos pontos, no tabuleiro de respostas (colocado em frente ao examinando antes da apresentação do estímulo), nos mesmos locais em que os pontos azuis apareceram no item de estímulo. Após três apresentações de estímulos e realização da atividade, um novo item de estímulo é apresentado, mas com pontos vermelhos. O teste é realizado de mesmo modo, porém apenas uma vez. Na última etapa, finalmente, para as tarefas de recordação imediata, o examinando é convidado a colocar as peças de resposta no tabuleiro de resposta, nos mesmos locais em que os pontos azuis apareceram no primeiro estímulo apresentado, no início da aplicação do teste Picture Locations (COHEN, 1997): avalia a memória operacional visual e não verbal para a localização espacial dos objetos retratados, além de processos atencionais e de concentração. Nesse subteste da Children s Memory Scale (COHEN, 1997), é apresentado ao examinando uma página de estímulos com figuras (animais ou veículos) colocadas em várias posições dentro de um retângulo. A página de estímulos é removida da vista do participante após 2 segundos, e ele é convidado a colocar peças azuis em um tabuleiro de respostas, indicando o lugar em que o sujeito recorda ser o local correto em que a imagem apareceu na página de estímulo Procedimentos O projeto foi enviado ao Comitê de Ética da Universidade Presbiteriana Mackenzie para aprovação. Realizada essa etapa e tendo recebido a aprovação para realização, foi feito o contato com as escolas, apresentando-se o projeto de pesquisa e obtendo a autorização com a direção, por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pela 7

8 VII Jornada de Iniciação Científica Instituição, e enviando os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido aos responsáveis pelas crianças para a participação na pesquisa, bem como o Questionário de Anamnese. Este processo foi realizado em duas escolas diferentes, uma particular e outra pública, sendo ambas da cidade de São Paulo. Após a autorização dos responsáveis pela criança e caso esta se enquadrasse nos critérios de inclusão na pesquisa avaliados pelo Questionário de Anamnese, iniciou-se a aplicação dos testes. Foi aplicado o teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven Escala Especial e os subtestes da CMS Dot Locations e Picture Locations, em uma sessão única, de aproximadamente 40 minutos, em uma sala individual e com aplicação também individual, na própria escola. A ordem de aplicação dos testes deu-se de maneira randomizada, ou seja, na amostra completa das 60 crianças, metade delas realizou primeiramente o Dot Locations e, posteriormente, o Picture Locations; a outra metade realizou a aplicação em ordem inversa. O teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven Escala Especial teve aplicação efetuada entre a dos dois subtestes Análise Estatística Utilizou-se, para a devida análise dos resultados, o programa Statistical Package for the Social Sciences. Inicialmente, foi realizada análise descritiva dos dados, por meio da qual se calcularam as médias e os desvios-padrão. Os dados foram analisados pelo Teste Kolmogorov-Smirnov, para que se verificasse se eles seguiam uma curva normal. Com base nisso, utilizaram-se Teste t-student ou Mann- Whitney para as variáveis numéricas, em concordância com os dados obtidos na curva normal, e Qui-quadrado para as variáveis nominais. Foi realizada também análise estatística dos dados de desempenho dos grupos por meio do Modelo Linear Geral, Análise da Variância (ANOVA), seguido de teste a posteriori de Tukey. Para todos os testes estatísticos, o nível de significância adotado foi de 5%. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram estabelecidos os grupos conforme a faixa etária, ou seja, 3 grupos de análise: 9 anos, 10 anos e 11 anos. Tais grupos foram pareados por sexo (p=1) e tipo de escola (p=1). Assim, é possível observar, na tabela 2, a homogeneidade dos grupos no que tange essas variáveis, já que o teste Qui-quadrado não aponta diferenças significativas. A média de 8

9 idade, variável que determinava os grupos, mostra diferença estatisticamente significativa (p<0,001) por meio do teste t-student. O percentil de classificação do nível de inteligência no teste Matrizes Coloridas de Raven não apresentou diferença significativa estatisticamente entre os grupos (p=0,06). Tabela 1. Caracterização da Amostra (DP= Desvio Padrão e p=nível de significância) Grupos G9 G10 G11 p Sexo Feminino (n) Masculino (n) Idade (Média±DP) Tipo de Particular Escola (n) ,23±0,21 10,34±0,29 11,4±0,36 0, Pública (n) Raven Percentil Geral (Média±DP) 82,7±12,43 80,2±12,63 72±15,84 0,06 Os resultados referentes à caracterização da amostra expostos acima indicam que os grupos são diferentes em relação à idade e semelhantes no que diz respeito ao tipo de escola, ao sexo e ao nível de inteligência. Dessa forma, acreditamos que as variáveis escolhidas para pareamento dos grupos etários possibilitaram uma análise mais confiável das tarefas de memória da CMS, já que esses fatores (sexo, tipo de escola e inteligência) poderiam interferir diretamente no desempenho cognitivo, uma vez que o desenvolvimento se dá a partir da interação entre fatores genéticos, biológicos, orgânicos e ambientais, como coloca Kaefer (2006). Por meio do Modelo Linear Geral, pode-se inferir também que, nos testes neuropsicológicos da Children s Memory Scale, o desempenho da memória e a capacidade de utilizar-se da memória operacional visual e seus substratos neurais não está relacionado ao gênero (p=0,25), como outros estudos já apresentaram como resultado, mas sim considerar a idade como fator importante para o desenvolvimento da memória (GATHERCOLE, 1998). De mesmo modo, o tipo de escola, particular ou pública, não discrimina nem diferencia (p=0,6) o desempenho das crianças em atividades de memória operacional visual. Os desempenhos e as variáveis dos subtestes Dot Locations (DL) e Picture Locations (PL) da CMS (tabela 2) foram analisados por meio do Teste t-student. Foi observada aparente ampliação da capacidade da memória operacional em ambas as tarefas, entretanto, essas diferenças não foram estatisticamente significativas (p>0,05) Esse dado encontrado de ocorrência de uma evolução na amplitude da memória operacional visual e de seu gradual 9

10 VII Jornada de Iniciação Científica desenvolvimento conforme o aumento da faixa etária foi também descrito e apresentado em outros estudos (GATHERCOLE, 1998; MENEZES, GODOY e SEABRA, 2009; CARNEIRO, 2008; SANTOS e MELLO, 2004; STENBERG, 2008). Tabela 2: Descrição da pontuação média e desvio padrão nos subtestes da CMS DL e PL (PB=Pontos Brutos/ p= nível de significância) Grupos 9 anos 10 anos 11 anos P PB Dot Locations 1 TRIAL 1 (Máx. 8) PB Dot Locations 1 TRIAL 2 (Máx. 8) PB Dot Locations 1 TRIAL 3 (Máx. 8) Estímulo Interferência/Distrator (Máx 8) 5±1,21 4,95±1,43 4,9±1,37 pa= 0,9 pb= 0,8 pc=0,91 5,35±1,42 5,5±1,19 5,75±1,11 pa=0,72 pb=0,32 pc=0,49 6,05±1,05 6,1±1,48 6,35±1,22 pa=0,9 pb=0,41 pc=0,58 5,05±1,14 5,3±1,12 4,7±1,08 pa=0,4 pb=0,32 pc=0,09 PB Learning (Máx. 24) 16,4±2,98 16,55±3,103 17±2,42 pa=0,87 pb=0,48 pc=0,61 PB Recordação Imediata (Máx. 8) PB Total Dot Locations 1 (Máx. 32) Dot Locations 2 Rec. Tardia (Máx. 8) % Retenção (Rec. Tardia/Rec. Imed.)X100 Picture Locations (Máx. 72) a= entre 9 e 10 anos por teste t-student b=entre 9 e 11 anos por teste t-student c= entre 10 e 11 anos por teste t-student 5,55±1,63 5,55±1,19 5,8±1,19 pa=1 pb=0,58 pc=0,51 21,95±4,31 22,1±3,76 22,80±3,33 pa=0,9 pb=0,49 pc=0,53 5,25±1,41 5±1,25 5,2±1,6 pa=0,55 pb=0,91 pc=0,66 97,24±18,05 92,06±23,22 90,21±22,06 pa=0,49 pb=0,27 pc=0,79 59,95±5,28 61,4±4,3 61,7±4,94 pa=0,34 pb=0,28 pc=0,83 Analisando os desempenhos ilustrados na tabela 2, no subteste Dot Locations foi possível observar um aparente aumento do desempenho relacionado à idade, em todas as etapas da tarefa, com exceção do Trial 1, que consiste na primeira recordação da apresentação do estímulo à criança, em que as crianças mais novas obtiveram um melhor desempenho do que aquele apresentado pelas crianças mais velhas. Já nas duas apresentações seguintes do estímulo, embora não estatisticamente significativo, o aumento da amplitude da memória operacional visual conforme o aumento da idade pôde ser observado, bem como nas pontuações de recordação imediata e na pontuação geral, indicando, novamente, o desenvolvimento do esboço vísuo-espacial com o decorrer dos anos, na infância e nas faixas etárias estudadas (GATHERCOLE, 1998). Caso o estímulo visual pudesse ser reconvertido e codificado para uma forma fonológica, a memória operacional, a partir da alça fonológica, utilizar-se-ia desse recurso para facilitar a manutenção, manipulação e recordação do estímulo e a partir desse recurso possibilitaria 10

11 um aumento no desempenho que segundo Hitch et al (1988), poderia ser observado a partir dos 7 anos. Todavia, quando o estímulo não é passível de ser registrado fonologicamente, como no caso do subteste Dot Locations, tal aumento no desempenho conforme a idade também é observado, relacionado com alterações na capacidade do próprio armazenamento, com a aplicação de estratégias mais eficazes ou ainda com o maior apoio do executivo central, observada por uma ligação mais próxima do executivo central com o esboço vísuo-espacial, ainda que estes se mantenham relativamente independentes entre si. Entretanto, comparando-se o percentual de retenção da localização dos estímulos na recordação imediata com a recordação tardia, as crianças mais velhas apresentaram um desempenho inferior ao das crianças mais novas, indicando uma diminuição gradual conforme a idade dos estímulos relembrados passado um curto período de tempo, em comparação com a quantidade de estímulos relembrados imediatamente após a apresentação deles. Esses dados nos indicam que, nesse estudo, quanto maior a idade da criança mais estímulos ela é capaz de recordar-se logo após os estímulos terem sido apresentados. Porém, após a apresentação de um estímulo distrator e passado um curto intervalo de tempo, as crianças com idade inferior conseguiram se recordar de mais estímulos. Esse dado deve ser avaliado em estudo futuro, por meio de tarefas de atenção, que poderiam justificar a diminuição na capacidade de recordação com o aumento da idade. Com relação ao subteste Picture Locations, a idade pareceu interferir para um melhor desempenho na recordação dos estímulos visuais apresentados, uma vez que houve um aumento progressivo da quantidade de itens mantidos, manipulados e relembrados conforme a faixa etária, como observado também nos estudos de Gathercole (1998; 2004) que afirma que o substrato e a estrutura orgânica neural básica da memória operacional já está formada, aproximadamente aos 6 anos, todavia a capacidade e a funcionalidade de cada componente aumenta linearmente até à adolescência, inclusive a do esboço vísuoespacial, aumentando-se também, assim, a quantidade de estímulos passíveis de sustentação, integração, manipulação e recordação de estímulos nesse subsistema de memória. Assim, os resultados obtidos confirmam que a capacidade de memória operacional parece estar desenvolvida na faixa etária estudada, sendo observadas diferenças, embora não estatisticamente significativas, já que esse processo cognitivo se estabeleceria aos 6 anos de idade (GATHERCOLE, 1998; 2004). 11

12 VII Jornada de Iniciação Científica CONCLUSÃO O objetivo proposto por este estudo foi de investigar a memória operacional em seu esboço vísuo-espacial em crianças brasileiras de 9 a 11 anos a partir da análise do desempenho destas nos subtestes Dot Locations (DL) e Picture Locations (PL), ambos pertencentes à bateria Children s Memory Scale (CMS), visando compreender os processos de desenvolvimento da memória operacional visual. Considerando os resultados deste estudo, observou-se que a memória operacional visual, analisada tanto em tarefa de memória para padrões, em que os estímulos não são passíveis de serem reconvertidos para a forma fonológica, como o DL, quanto em tarefa de memória operacional de localização de figuras, como o PL, apresenta uma tendência de desenvolvimento gradual e de progressão de acordo com o aumento da faixa etária. Os resultados aqui expostos corroboram com os achados por Gathercole (1998, 2004). Foi possível observar também que tal evolução mostrou-se mais consistente no subteste PL, em que as crianças poderiam utilizar-se do recurso de decodificação dos estímulos para a forma fonológica, diferente do DL, que se trata de uma tarefa de memória para padrões e não permite esse processo de reconversão tão facilmente. Em contrapartida, foi observado que, no subteste DL, após a apresentação de um estímulo distrator e passado um breve período de tempo, as crianças com idade inferior conseguiram se recordar de mais estímulos do que aquelas com faixa etária superior. Tal dado deve ser investigado em outros estudos por meio de instrumentos que avaliem a atenção. Este estudo reafirma outros estudos já realizados e colabora para a compreensão do desenvolvimento e funcionamento da memória operacional em seu componente visual, a partir do desempenho em subtestes da CMS. Este instrumento neuropsicológico quando aplicado em sua totalidade possibilita a avaliação de todos os subsistemas da memória, possibilitando uma compreensão e investigação global dessa fundamental função cognitiva. No Brasil, não possuímos instrumentos padronizados e validados para a avaliação da memória em crianças e essa bateria poderia auxiliar a suprir esse déficit. Concluindo, é necessário que sejam realizados novos estudos, abrangendo amostras maiores e com faixas etárias anteriores das aqui utilizadas, a fim de que o desenvolvimento da memória operacional visual possa ser observado sob um âmbito geral e desde a primeira infância, uma vez que os estudos e a literatura apresentam como resultado um aumento da amplitude de memória visual entre os 5 e os 11 anos (GATHERCOLE, 1998; CARNEIRO, 2008, STENBERG, 2008), e favorecendo também a consolidação de conhecimentos a respeito da evolução desse subsistema de memória e de seus processos, bem como de instrumentos que possibilitem sua avaliação, investigação e intervenção. 12

13 7. REFERÊNCIAS ABREU, N; MATTOS, P. Memória. In MALLOY-DINIZ, LF et al. Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed, ALCHIERI, JC. Avaliação Psicológica: perspectivas e contextos. São Paulo: Vetor Editora Psico-Pedagógica, ANASTASI, A. & URBINA, S. Testagem Psicológica. 7 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, ANDRADE, VM; SANTOS, FH; BUENO, OFA Neuropsicologia Hoje, ARTES MEDICAS, ATKINSON, RL; ATKINSON, RC; SMITH, EE; BEM, DJ; NOLEN-HOEKSEMA, S. Introdução à psicologia de Hilgard. Porto Alegre: Artes Médicas, BADDELEY, A. The episodic buffer: a new component of working memory? Trend in cognitive sciences 4, , BADDELEY, A. Working memory: Looking back and looking forward. Nature Reviews. Neuroscience, 4, , BADDELEY, A. Working memory. Oxford, England: Oxford University Press, BADDELEY, A; HITCH, G. Development in the concept of working memory. Neuropsycology, 8, , BEAR, MF; CONNORS, BW; PARADISO, MA. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, CARNEIRO, MP. Desenvolvimento da memória na criança: o que muda com a idade? Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 21, n. 1, COHEN, MJ. Children s Memory Scale. San Antonio: The Psychological Corporation, COHEN, MJ. Manual for the Children s Memory Scale. San Antonio: The Psychological Corporation, COSENZA, RM; FUENTES, D; MALLOY-DINIZ, LF; CAMARGO, CHP Neuropsicologia Teoria e Pratica. Artmed, GATHERCOLE, SE. The development of memory. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 39, 3-27, GATHERCOLE, SE; PICKERING, SJ; BENJAMIN, A; HANNAH, W. The structure of working memory from 4 to 15 years of age. Developmental Psychology, 40, ,

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