Responsabilidade: Professora Maria do Rosário Partidário Docentes: Doutora Delta Silva e Doutora Margarida Monteiro de Barros

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1 UC: Ciências Sociais e Ambiente (CSA) Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente 2º Ano, 2º Semestre Responsabilidade: Professora Maria do Rosário Partidário Docentes: Doutora Delta Silva e Doutora Margarida Monteiro de Barros Objetivos de aprendizagem Pretende-se que no final do semestre os alunos possuam os conceitos fundamentais das ciências sociais, bem como os métodos e técnicas de pesquisa social, necessários para a compreensão e análise integrada dos sistemas ambientais, reconhecendo a relação com os sistemas sociais. As ciências sociais procuram entender a realidade através dos fenómenos, estruturas, dinâmicas, evoluções, interações, e normas sociais, adotando metodologias, métodos e ferramentas com forte componente qualitativa e quantitativa. O objetivo é compreender, de forma sistémica, integrada e aplicada, a relação entre os sistemas sociais e os sistemas ambientais, a entrega de perspetivas sobre este relacionamento e como essa inter e intra-dependência, quando relevante, pode influenciar o contexto e a prática da engenharia do ambiente. São objetivos específicos da unidades curricular: Entendimento crítico sobre a identificação dos aspetos sociais e a relevância das perspetivas no entendimento do que é ambiente, e como a construção social do ambiente pode limitar ou potenciar a prática de engenharia do ambiente em contextos empresarias, industriais, na administração pública nacional e local. Exploração de competências em ciências sociais para que, em conjunto com as competências técnicas adquiridas, os alunos desenvolvam um entendimento prático e relevante dos sistemas sociais e das suas relações com os sistemas ambientais, traduzindo-se numa perspetiva cautelar e construtiva em sistemas sócio-ambientais ou sócio-ecológicos, atendendo igualmente à percepção do risco, desastre e vulnerabilidade. Criação de competências através de metodologias, métodos e instrumentos para análise social adequados à engenharia do ambiente, e de estratégias metodológicas de participação pública e envolvimento ativo de agentes interessados. Docentes / Lecturers Responsabilidade Professora Maria do Rosário Partidário (MRP) Contacto: mariapartidario@tecnico.ulisboa.pt, ext gabinete (Alameda) Horário de dúvidas: quinta-feira, 14-15h Docentes convidadas Doutora Delta Silva (DS), delta@lnec.pt Doutora Margarida Monteiro de Barros (MMB), margaridambarros@tecnico.ulisboa.pt 1

2 Avaliação contínua Tipo Entregáveis % Média Individual 5 s (igual peso, sem nota mínima cada um), cada mini-teste vale 5, só contam os melhores 4 Participação aulas 10% min 45% >= 9,5 Grupo Projeto (desenvolvimento e apresentação) 45% >= 9,5 Exame Apenas em 2ª chamada (min 7,5 para ir a exame) 100% >= 9,5 Bibliografia Principal Conceitos e Métodos em ciências sociais Ghiglione R., Matalon B. (1993), O Inquérito, teoria e prática. Oeiras: Celta Editora. (LIVRO) Burns T., Flam H. (2000) "Actores, acção social e sistemas", Sistemas de Regras Sociais. Oeiras, Celta Editora. Sistemas socio-ecológicos Binder, C. R., J. Hinkel, P. W. G. Bots, and C. Pahl-Wostl Comparison of frameworks for analyzing social-ecological systems. Ecology and Society 18(4): Vulnerabilidade ao risco Birkmann (2006) Measuring vulnerability to promote disaster-resilient societies: conceptual frameworks and definitions, in J. Birkmann (eds) Measuring vulnerability to natural hazards. New York-: United Nations University Press. dimtecrisk.ufs.ac.za/e-learning/vulnerability/joern_i.pdf Planeamento participativo Healey, Patsy (2003) Collaborative Planning in Perspective. Planning Theory 2; 101 DOI: / ( Inovação social Howaldt, J., Butzin, A., Domanski, D., & Kaletka, C. (2014). Theoretical approaches to social innovation - a critical literature review. A deliverable of the SI-DRIVE project. Dortmund: Sozialforschungsstelle Secundária Conceitos e Métodos em ciências sociais 2

3 Coffey, A; Atkinson, P (1996) Making sense of qualitative analysis. Sage Publications (LIVRO) Dunlap R., Jones R. E. (2002) Environmental concern: conceptual and measurement issues, in R. Dunlap, W. Michelson (eds), Handbook of environmental sociology. Westport: Greenwood Press. (LIVRO) Krlev, G., Bund, E., & Mildenberger, G. (2014). Measuring what matters indicators of social innovativeness on the national level. Information Systems Management, 31(3), Sistemas socio-ecológicos Berkes, F., and C. Folke. (2003). Navigating social-ecological systems : building resilience for complexity and change. New York: Cambridge University Press. Berkes F. and C. Folke, eds Linking Social and Ecological Systems: Management Practices and Social Mechanisms for Building Resilience. Cambridge, UK: Cambridge Univ. Press. Gunderson, L., and C. S. Holling. (2002). Panarchy: Understanding Transformations in Human and Natural Systems. Washington: Island Press. McCarthy, D A Critical Systems Approach to Socio-Ecological Systems: Implications for social learning and governance. PhD Thesis. Waterloo: Waterloo University, Ontario, Canada (TESE) Walker, B., C. S. Holling, S. R. Carpenter, and A. Kinzig Resilience, adaptability and transformability in social ecological systems. Ecology and Society 9(2): 5. [online] URL: Vulnerabilidade ao risco Adger N (2006) Vulnerability, Global Environmental Change, 16, Silva, D.S. (2011) Desastre, recuperação e mudança, o caso do sismo do Faial de Tese de doutoramento em sociologia, Lisboa: ISCTE/IUL. (TESE) Planeamento participativo Healey, Patsy (1997) Collaborative Planning. Shaping Places in Fragmented Societies. MacMillan Press. Inovação social Westley, F; Zimmerman, B and Patton, MQ (2006), Getting to Maybe, Random House: Waterloo, Canada (LIVRO) Sites: UNECE United Nations Economic Commission for Europe (Aarhus Conventions) ( EEA European Environment Agency ( European Commission various legal texts: European Commission environment ( European Commission sustainable development / Resilience Alliance, Social-Ecological Systems

4 Programa Datas importantes s:13 e 27 Março, 24 Abril, 15 Maio e aula extra a marcar Apresentação final do trabalho: 29 Maio Entrega do trabalho: 12 de Junho Semana Dia Docentes 10h-12h Ciências sociais e sistemas sociais. Ética ambiental e construção social do ambiente: A relação ambiente-sociedade no quadro da atualidade 1 20 Fev DS e MMB a. Ciências sociais e sistemas sociais: relevância para a engenharia do ambiente b. Sistemas sociais e articulações com o conceito de ambiente: escala, valores, normas, dinâmicas, estrutura, atores. c. O ambiente enquanto recurso d. Novos paradigmas: Sistemas socio-ecológicos 2 06 Mar DS a. Conceitos gerais, perspetivas e paradigmas das ciências sociais - o que tratam as ciências sociais b. Ética ambiental e Construção social do ambiente: preocupação ambiental e problemas ambientais c. Estrutura social-ação-ambiente d. Atitudes sociais e comportamentos em relação ao ambiente; Conceito e formação das atitudes; Medição e escalas de atitudes; Relação atitude-comportamento ambiental Mar MMB Projeto de engenharia social - Aplicação de metodologias, métodos e ferramentas para identificação, caracterização, análise de sistemas sociais Métodos e técnicas de pesquisa em ciências sociais 4 20 Mar DS a. Pesquisa social; Princípios fundamentais da pesquisa em ciências sociais; Fases de uma pesquisa social b. Métodos qualitativos; Modelos de análise/abordagem. O modelo racional e o modelo fenomenológico. Análise interpretativa. Escolha e adequação da metodologia selecionada. A observação participante; Processos de Grupo; A entrevista (intensiva, semi-estruturada e estruturada); Narrativas e histórias; análise de conteúdo Mar DS a. Métodos quantitativos; Técnicas de amostragem. Desenho da amostragem. Condições e elementos das amostras; Fontes de informação documentais e estatísticas; Técnicas de inquérito. Inquérito por questionário; Análise e interpretação dos dados: Operações preliminares, Análise de conteúdo e análise estatística. Ambiente e sociedade de risco 4

5 6 03 Abr DS a. Educação ambiental e educação para a sustentabilidade; Educação formal e não formal. Perceção de risco. b. Risco, vulnerabilidade e desastre: um domínio de investigação entre dois paradigmas c. Perfil do risco na modernidade: dimensões que o paradigma geofísico não cobre 7 17 Abr DS a. Bases de um paradigma alternativo: vulnerabilidade, adaptação e capacidade adaptativa b. Paradigma geofísico e paradigma alternativo: que efeitos na política pública de gestão do risco? Perspetivas disciplinares e contextuais em Ciências Sociais em Ambiente 8 24 Abr MMB a. Economia (economia social), direito (enquadramento social e ambiental) e política (relação social e ambiental e papel da governança), b. Geografia social, demografia (comportamento demográfico relacionando as vulnerabilidades ambientais e sociais) 9 08 Maio MMB c. Sociologia, e comunicação (diferenças especificas da linguagem e na importância da responsabilidade social, da ética e da comunicação na planificação) d. Contextuais: empresariais (e a importância da cadeia-devalor); industriais (e a importância da cadeia-deabastecimento); municipal (e a importância do interface entre sistemas e o cidadão), e administração (a importância de fluxos e distribuição de poder) Mai MMB Miniteste e. Mudanças de paradigmas: empreendedorismo social e a empresa social; inovação social Vs ajustamento social f. Aplicação de metodologias, métodos e Ferramentas para identificação, caracterização, analise de sistemas sociais num projecto de engenharia social Metodologias para Participação Pública e envolvimento ativo de agentes Mai MMB a. Facetas do poder e comportamento político. Sistemas representativos e sistemas deliberativos. Conflito e negociação. Processos de tomada de decisão. Dificuldades de resposta dos processos de decisão tradicionais aos desafios atuais. Razões que contribuem para as controvérsias na decisão ambiental. Atores chave, interesses e valores. Novas formas de cidadania. Formas colaborativas de decisão. 12 Ajustar em função de MMB b. Métodos participativos. Métodos de terceira geração e métodos tradicionais. Problemas complexos e a aula de necessidade de decidir para além dos aspetos substituiçãi meramente técnicos. Novas abordagens à integração e articulação de informação/conhecimento; o modelo DIKW (dados, informação, conhecimento e sabedoria) 5

6 13 29 Mai MRP, MMB e DS Apresentação final do trabalho 6