Indicadores de Sustentabilidade à escala local a realidade Portuguesa
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- Gabriela Salvado Farinha
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1 I. Breve caracterização da realidade Portuguesa: A implementação de Indicadores Locais de Sustentabilidade Indicadores de Sustentabilidade à escala local a realidade Portuguesa II. Os Indicadores têm contribuido para alterar práticas de governação local em prol da sustentabilidade? III. Os Indicadores têm sido efetivamante usados? Se sim, como? Sara Moreno Pires Universidade de Coimbra sarap@fd.uc.pt Câmara Municipal de Oeiras A implementação de Indicadores Locais de Sustentabilidade em Portugal I. Breve caracterização da realidade Portuguesa: A implementação de Indicadores Locais de Sustentabilidade - Questionário enviado, em 2008, a todas as 308 Câmaras Municipais de Portugal respostas foram recolhidas ( 52% de todos os municípios). Câmaras Municipais que responderam ao questionário
2 Nº de C.M. respondentes, por habitante C.M. respondentes, com Indicadores de Sustentabilidade desenvolvidos localmente Indicadores Locais de Sustentabilidade, por regiões NUTSII Indicadores Locais de Sustentabilidade, por principal força motriz Muitas respostas ao questionário revelaram uma falta de conhecimento sobre o significado de Indicadores de Sustentabilidade; Embora a maioria dos municípios (81%) não tenha desenvolvido um sistema de indicadores abrangente, para monitorizar o desenvolvimento sustentável, dispõe de sistemas de indicadores parcelares para avaliar planos setoriais (proteção das florestas; desenvolvimento social; revisão de PDMs; etc.); 10% ignoram a sua própria participação em projetos de IS como o ECOXXI; As poucas experiências (30 casos) com IS locais são bastante recentes: a maioria (> 50%) ainda estava a ser desenvolvida (como o caso de Oeiras) ou tinha sido implementada em 2008/2009. Sendo que 47% pertencem a pequenos municípios e apenas 23% a cidades maiores (> hab.);
3 Estudo mais aprofundado foi desenvolvido em 7 Municípios Portugueses: Localização dos 7 Casos de Estudo, malha urbana e de transportes Municipíos que começaram a desenvolver os seus IS antes de 2005/2006; Alguma evidência de sucesso, no seu desenvolvimento ou implementação; Distintos entre si (dimensão da população, localização, força motriz, etc.) Diferentes fontes de informação: (1) Questionário nacional; (2) Diversos contactos formais e informais; (3) Entrevistas a políticos e técnicos locais; (4) Observação Direta; (5) Documentos oficiais e não oficiais. Fonte: DGOTDU (2007) Os casos de estudo e os seus Indicadores de Sustentabilidade Município Redondo Mindelo Aveiro Oeiras Mora Palmela Matriz de Indicadores Sistema de Sistema de Nome do Indicadores de Indicadores de Indicadores do Locais de Monitorização da Monitorização do Sistema de Sustentabilidade de Sustentabilidade do ECOXXI Sistema de Gestão Desenvolvimento Qualidade de Vida Ordenamento do Indicadores Redondo Mindelo Integrado Sustentável Urbana Território Data Última atualização II. Os Indicadores têm contribuido para alterar práticas de governação local em prol da sustentabilidade? Planeamento e Força Motriz Agenda Local 21 Agenda Local 21 Plano Local do Ambiente e DS Projeto ECOXXI Projeto Urban Audit Sistemas de Gestão monitorização do ordenamento do território População N.º Empregados (C.M.) 324 (2009) / 659 (2008) 1886 (2010) (2008) 139 (2009) 1027 (2009) Fundos Municipais em / Partido Político que iniciou projeto Anos no poder do Presidente da Câmara em 2009 Independente / PS Independente PSD/CDS PCP PCP >12 / ** >12 8 >12 8
4 Responsabilidade pelo Sistema Ind. Compromisso Político Sensibilidade À Mudança Coordenação Governamental Setorial Regional Formação Envolvimento de Stakeholders Múltiplos Atores Mecanismos de Participação Sentimento de Posse A destacar. Envolvimento de Stakeholders Múltiplos Stakeholders Mecanismos de Participação Sensação de Posse Fraco. Centrado nos peritos, quase sem Fraco. Apenas uma discussão dentro do Muito Fraco. Ninguém responsável nem Redondo outros atores envolvidos. CE21. empenhado em continuar o projeto. Fraco. Centrado nos peritos e equipa de Fraco. Poucos esforços para desenvolver Fraco. Responsabilidades pouco claras, e Mindelo coordenação, quase sem outros atores debate participativo sobre os indicadores. sem ninguém empenhado em continuar o envolvidos. projeto. Natureza do Sistema de Indicadores Âmbito Cobertura Temporal O processo de definição, implementação e utilização de Indicadores de Sustentabilidade Ligação com Planos ou Estratégias Locais Desempenho dos Indicadores Financiamento Aveiro Oeiras Mora Fraco. De início, centrado nos peritos, mais tarde contou com o envolvimento de diferentes técnicos da C.M. Fraco. Indicadores definidos externamente pelo projeto ECOXXI. Fraco. Trabalho interno (peritos e diferentes ténicos da C.M..) Fraco. Trabalho interno (peritos e diferentes ténicos da C.M.). Fraco. Apenas debate interno com os técnicos locais. Fraco. Indicadores definidos externamente pelo projeto ECOXXI. Fraco. Mecanismos tradicionais e internos, sem debates fora da C.M. Fraco. Mecanismos tradicionais e internos, sem debates fora da C.M. Fraco. Divisão de Ambiente não se sente responsável, por falta de apoio político e financeiro. Forte. Forte empenho de técnicos locais da área do Ambiente. Muito Forte. Muito forte por parte da equipa de coordenação. Muito Forte. Muito forte por parte da equipa de coordenação. Coerência Comunicação com a sociedade Ligação com Redes (Inter)Nacionais Palmela Fraco. Trabalho interno (peritos e diferentes ténicos da C.M.). Fraco. Mecanismos tradicionais e internos, sem debates fora da C.M. Muito Forte. Muito forte por parte da equipa de coordenação. Comunicação Aprendizagem Muito Fraco Fraco Moderado Forte Muito Forte A destacar. Comunicação com a Sociedade Redondo Mindelo Aveiro Oeiras Muito Fraco. Não foi discutida, definida ou aplicada nenhuma estratégia de comunicação. Fraco. - Foram definidos alguns aspetos da comunicação pela equipa de peritos, mas nunca foram postos em prática. Fraco. Foram definidos alguns aspetos da comunicação pela C.M., mas nunca foram postos em prática. Moderado. Disseminação nacional anual do índice final pela ABAE, e publicação nos meios de comunicação locais. Forte. Diversos canais de comunicação (relatórios, w ebsite, seminários e conferências), mas apenas durante os primeiros anos do projeto ( ). Atualmente em revisão geral. III. Os Indicadores são efetivamante usados? Se sim, como? Mora Fraco. Sem estratégia geral, apenas alguns mecanismos para apresentar relatórios de indicadores específicos (principalmente os exigidos por lei). Palmela Fraco. Embora algumas tentativas, estas nunca foram postas em prática. Atualmente em revisão geral. Muito Fraco Fraco Moderado Forte Muito Forte
5 A utilização de Indicadores de Sustentabilidade pelos diferentes Casos de Estudo Pensamentos finais Usos instrumentais Usos Conceptuais Usos Simbólicos Obstáculos que impediram a operacionalização dos Indicadores: Redondo SEM usos específicos Muito superficiais SEM usos específicos Mindelo SEM usos específicos Muito -superficiais SEM usos específicos Aveiro SEM usos específicos Muito superficiais SEM usos específicos Oeiras Mora Palmela Usos diversos, embora maioritariamente no Dep. de Ambiente Usos diversos Usos diversos Usos diversos SEM usos específicos Difícil de avaliar* - Alguns Difícil de avaliar* Problemas associados ao funcionamento dos governos locais, longe de problemas mais complexos de governação: - Fraco compromisso e apoio político - Problemas na clarificação das responsabilidades atribuídas aos indicadores - Fraca coordenação setorial interna nas Câmaras Municipais - Falta de financiamento estável (pouca relação com capacidade financeira das C.M.) - Pouca formação ministrada na área do desenvolvimento sustentável - O poder do conhecimento cientifico sobre outros tipos de conhecimento - Fraco sentimento de pertença dos técnicos municipais face aos indicadores - Desconfiança no papel do INE - Ausência de recomendações e de qualquer tipo de apoio por parte do Governo Central para a construção deste tipo de indicadores a nível local. * Nâo foi possível avaliar o discurso dos políticos sobre os indicadores. Pensamentos finais Obstacles that prevented the most successful cases from further steering Obstáculos que impediram os casos de maior sucesso de desafiar governance arrangements for sustainable development: mais o contexto de governação para o desenvolvimento sustentável : Fraca comunicação com a sociedade Frágil envolvimento de atores locais na construção e/ou operacionalização dos indicadores Fraca ligação com metas ou objetivos locais concretos e pouca relação com metas ou planos regionais ou nacionais. Fraca coordenação regional Fraca/Insuficiente ligação a redes semelhantes ou a outros projetos de indicadores nacionais ou internacionais Pensamentos finais Resultados positivos e principais usos dos indicadores: Major Outcomes and Uses of Local Sustainability Indicators: Novas capacidades de gestão de informação local (nas C.M.) Melhores estruturas organizativas e maior integração horizontal (nas C.M.) Mais ligações a outras redes ou projetos semelhantes Melhoria da perceção do papel dos Indicadores na formação e aprendizagem para os complexos desafios do desenvolvimento sustentável Diversos usos concretos ou instrumentais aferidos (desde alterações de procedimentos, decisões administrativas a mudanças em ações operacionais ou programação de novas estratégias ou planos). Menor impacto no uso conceptual e restrito às C.M. e técnicos/políticos envolvidos. O uso simbólico foi o menos aferido mas sobretudo associado à utilização dos indicadores para diversas reuniões e discursos políticos.
6 A construção de Indicadores de Sustentabilidade permite gerar processos dinâmicos que potenciam a capacidade das cidades para Some Recommendations: lidar com a diversidade, complexidade e incerteza do DS. e porque não através da criação de uma Plataforma Nacional de Indicadores de Sustentabilidade? Indicadores de Sustentabilidade à escala local a realidade Portuguesa OBRIGADA PELA ATENÇÃO! Sara Moreno Pires Universidade de Coimbra sarap@fd.uc.pt Câmara Municipal de Oeiras
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