SUBSÍDIOS PARA A DISCUSSÃO ENTRE EDUCAÇÃO E ÉTICA: UMA ANÁLISE SOBRE A AMIZADE EM TOMÁS DE AQUINO (SÉCULO XIII)
|
|
- Aparecida Natália Branco Leão
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 1 SUBSÍDIOS PARA A DISCUSSÃO ENTRE EDUCAÇÃO E ÉTICA: UMA ANÁLISE SOBRE A AMIZADE EM TOMÁS DE AQUINO (SÉCULO XIII) CAVALCANTE, Tatyana Murer OLIVEIRA, Terezinha Em nossa pesquisa de doutoramento, nos propusemos a investigar, no âmbito da educação, relações entre conhecimento e transformações sociais no Ocidente medievo, especialmente na obra de Tomás de Aquino (1224-5?/1274). Compreendemos que as condições históricas variam e, com elas, também os questionamentos e as aspirações humanas. Com isso, as diferentes sociedades criam mecanismos e instituições que têm por objetivo nutrir os homens de conhecimentos, hábitos e valores que lhes pareçam cruciais. Nesse sentido, verificamos que a sociedade medieval passou por profundas modificações (OLIVEIRA, 2005a), a partir do Ano Mil, 1 entre as quais destacamos o renascimento das cidades, do comércio e a ampliação do universo cristão, em decorrência do contato com outras culturas. Essas transformações promoveram a necessidade de questionar o conhecimento estabelecido. No século XIII, o Ocidente criou a Universidade, uma nova instituição destinada não apenas a ensinar, mas principalmente a elaborar novos saberes. O ambiente citadino 2 local de nascimento da Universidade 3 alterou sensivelmente as relações sociais dos homens medievos, tornando-as mais complexas. Muitos fatores colaboraram para o fenômeno, como a nova organização do trabalho (a corporação, criada no século XII) e a multiplicidade de papéis a ela relacionados. 1 Não pretendemos neste trabalho discutir o conjunto dessas transformações. 2 Sabemos que a maior parte das pessoas naquele contexto vivia nos campos: no século XIV, cerca de 20% delas habitava as cidades (LE GOFF, 1998). Entendemos, entretanto, que as cidades foram a referência para a construção dos novos saberes. 3 O presente texto não tem como objetivo debater o nascimento dessa instituição ou a sua organização interna, mas o conhecimento que ela produziu. No entanto, cabe lembrar que sua origem não foi uniforme, havendo diferentes modalidades de organização (ex-consuetudine; ex-privilegio; ex-migratione). Embora reconheçamos que o início da organização das corporações universitárias remete-se ao século XII, assumimos seu nascimento no século XIII, com as bulas de reconhecimento papal. Sendo a Universidade de Paris (ex-consuetudine) o grande centro do debate filosófico a Meca Intelectual do século XIII ela é a nossa referência. Para ter acesso à discussão, consultar as obras de ULLMANN (2000) e VERGER (1990).
2 2 As condições de existência neste período experimentaram melhorias principalmente relacionadas à segurança propiciada pelas cidades, 4 contribuindo para a retomada da preocupação com a vida material. 5 A cidade apresentava novas perspectivas de vida e, ao mesmo tempo, impunha novas necessidades. Como compreender as novas circunstâncias, o novo homem, suas novas atividades e perspectivas, sem perder de vista o objetivo da salvação da alma? No interior da instituição universitária, mestres e discípulos se dedicaram ao debate que, em diferentes áreas do conhecimento, procurou compreender e delimitar os espaços da fé e da razão, da ação divina e humana. O século XIII deixou como legado a produção de um conhecimento profícuo, fruto da busca de entendimento e superação histórica dos homens medievos. As concepções teóricas que vigoravam ao raiar do século XIII assentavam-se na tradição neo-agostiniana do conhecimento, que não mais conseguia responder completamente aos anseios dos homens, motivo pelo qual os pensadores da Universidade precisaram contrapor ao conhecimento estabelecido obras da literatura filosófica antiga (Greco-Romana) e as recém-descobertas obras Árabe e Judaica (VERGER, 1990; ULLMANN, 2000; LAUAND, 2004; OLIVEIRA, 2005). Ao longo do mesmo século, o Ocidente teve acesso a grande parte da obra de Aristóteles que lhe era desconhecida, principalmente por traduções feitas a partir de versões em árabe. Essas traduções contribuíram significativamente para o estabelecimento e o confronto entre bases teóricas distintas de um lado a Teologia Cristã e de outro a Filosofia elaborada a partir da experiência sensível, principalmente aristotélica. Aristóteles foi o autor mais questionado, aclamado e criticado no ambiente universitário e sua obra trouxe expressiva contribuição aos debates acadêmicos (VERGER. 2001). 4 Le Goff (1998) explica que a preocupação das cidades medievas em conter a violência diz respeito, no primeiro momento, apenas à proteção dos habitantes em relação aos perigos externos, que poderiam advir de fora de suas muralhas, que eram rigorosamente vigiadas. No entanto, em seu desenvolvimento e já no século XIII, os citadinos preocuparam-se também com a segurança no interior das muralhas, uma vez que o ambiente urbano acolhia homens em situação social extremamente diversa. 5 As condições de vida na aurora da Idade Média, geridas pela violência e pela força, explicam a necessidade de renegar a vida material (OLIVEIRA, 2005).
3 3 A contraposição entre bases teóricas distintas permitiu àqueles homens questionar o conhecimento estabelecido e criar saberes pertinentes ao seu tempo. Dentre os novos saberes, consideramos essencial a elaboração relativa ao convívio entre os homens. Por esse motivo buscamos, em nossa pesquisa, compreender a legitimidade do reconhecimento do bem-comum na obra de Tomás de Aquino, um dos mais expressivos autores do período, conhecido por elaborar uma proposta conciliatória entre a fé e a razão (VERGER, 1990; ULLMANN, 2000). Os intelectuais que se dedicam ao estudo de Tomás de Aquino afirmam que ele consagrou toda a sua vida ao conhecimento e ao ensino. Nascido em ?, o Mestre de Aquino como também é conhecido produziu sua obra na agitação citadina do século XIII. Segundo Lauand: Os cinqüenta anos da vida de Tomás de Aquino ( ) estão plenamente centrados no século XIII, e não só do ponto de vista cronológico: todas as significativas novidades culturais desse tempo mantêm estreita relação com sua vida e lutas. Ao contrário do clichê que o apresenta como uma época de paz e equilíbrio harmônico, esse século é um tempo de agudas contradições, tanto no plano econômico e social como no do pensamento (LAUAND, 1999, p. 4-5). Ao observarmos, ainda que rapidamente, a biografia do Mestre de Aquino, conseguimos compreender a motivação de Lauand para imbricar nosso autor ao século XIII. Ainda criança, com cerca de 6 anos, o Aquinate foi entregue como oblato à Abadia Beneditina de Monte Cassino. Alguns anos mais tarde, estudou Artes Liberais na Universidade de Nápoles ( ), situação na qual teve acesso aos textos aristotélicos de Lógica e Filosofia Natural, bem como teve oportunidade de conhecer a recém-criada Ordem Dominicana, à qual se integrou em 1244 (TORRELL, 1999). Foi discípulo do Mestre Alberto Magno em Paris (1245/1248) e em Colônia (1248/1252). Iniciou seu trabalho como professor universitário em Paris, em 1252, primeiro como Bacharel Sentenciário (até 1256) e em seguida como Mestre Regente (até 1259). Entre 1260 e 1268 foi convocado a realizar sua tarefa fora de Paris, tendo provavelmente atuado em Nápoles, Orvieto, Roma e Viterbo. Retomou a docência em Paris entre 1269 e De volta à Nápoles, foi Regente de Teologia entre 1272 e Veio a falecer em 1274 (LAUAND, 1999). Dessa forma, desde quando estudou Artes Liberais em Nápoles,
4 4 nosso autor se dedicou ao conhecimento e ao ensino na vida citadina, ou seja, esteve em condições de integrar-se aos debates travados no seio universitário. Como resultado de sua dedicação, o Mestre de Aquino produziu uma vasta obra, da qual a Suma de Teologia, 6 composta entre 1265 e 1273, em diversas cidades e sob diferentes situações, é a principal (TORRELL, 1999). Assim como a Universidade, o estilo literário conhecido como suma (em Latim summa) foi uma criação do século XIII, das entranhas dessa instituição, como esforço de compreensão teórica daqueles homens. A suma tinha como objetivo resumir (que podemos traduzir por dizer tudo sobre ) determinada disciplina. Organizava-se internamente em questões e estas em artigos, que eram construídos a partir de uma pergunta dialética. Entender a composição do artigo é essencial, pois nele verificamos como os mestres universitários utilizavam suas fontes, nomeadas na época de autoridades. Os artigos eram iniciados por duas séries de argumentos, apoiadas em citações de autoridades, que se contrapunham. Era comum que o autor apresentasse, na série inicial, o grupo de argumentos dos quais discordaria. Em seguida constava a parte mais importante do artigo, conhecida por corpo do artigo, que consistia na resposta (ou solução) do problema e determinava a posição do autor. Nos textos de Tomás de Aquino, verificamos que muitas vezes ele concordava em parte ou de certa forma, com alguns dos argumentos iniciais. A última parte do artigo era dedicada ao esclarecimento ou à refutação de cada um dos argumentos iniciais (KENNY; PINBORG, 1984). Se o objeto da Suma de Teologia de Tomás de Aquino é resumir a teologia, seu objetivo é maior, é pedagógico, conforme nos esclarece o próprio autor, no prólogo da obra: tratar do conhecimento teológico de maneira ordenada, clara e sucinta, no interesse da formação dos iniciantes. Apenas esse objetivo seria suficiente para dedicarmos estudos históricos à obra. Entretanto, a compreensão de nosso autor sobre a Teologia nos apresenta motivos adicionais, uma vez que segundo o Mestre de Aquino, ela não se restringe ao conhecimento de Deus em si mesmo. Nas palavras dele: 6 O nome mais antigo e mais atestado desta obra é Summa Theologiae, em português, Suma de Teologia. Hoje é mais conhecida pelo nome Suma Teológica, em latim Summa Theologica. Esta segunda forma aparece menos vezes e mais recentemente na literatura Medieval, motivo pelo qual preferimos nos referir à obra como Suma de Teologia (TORRELL, 1999, p. 173).
5 5 O objetivo principal da doutrina sagrada está em transmitir o conhecimento de Deus não apenas quanto ao que ele é em si mesmo, mas também enquanto é o princípio e o fim das coisas, especialmente da criatura racional, como ficou demonstrado. No intento de expor esta doutrina, havemos de tratar: 1. de Deus; 2. do movimento da criatura racional para Deus; 3. do Cristo, que, enquanto homem, é para nós o caminho que leva a Deus (TOMÁS DE AQUINO, ST, I a, q. 2, prólogo 7 ). Por tratar do movimento humano que leva a Deus essa obra nos interessa profundamente. Nela está explícita a preocupação com a formação moral cristã e pode causar a impressão de voltar-se para uma discussão global acerca do tema. Entretanto, ao avançarmos na leitura, compreendemos que a análise do movimento que leva a Deus engendra por caminhos que debatem as ações que os homens realizam. A obra parte de questões mais abstratas, mas avança para a compreensão das condições concretas da experiência humana. Martin Grabmann (1944), ao explicitar o plano da Suma de Teologia, esclarece que a primeira parte da obra trata de Deus em si mesmo e da procedência das criaturas, enquanto a segunda volta-se ao homem, considerado livre para escolher e agir; a terceira parte, por sua vez, destina-se ao estudo do exemplo vivido por Cristo, enquanto modelo de caminho a ser tomado. Como nosso interesse neste estudo dirige-se ao bem-comum, cerceamos o olhar à segunda parte, visto que essa preocupação está relacionada a determinadas escolhas humanas, objetivadas em ações. Segundo Grabmann: A segunda parte da Suma teológica considera o homem enquanto ser livre moral e, como tal, podendo tender para Deus como seu fim último, mas também afastar-se deste fim supremo. Em conjunto, o objeto desta segunda parte da Suma pode assim definir-se: os fins últimos da vida humana e os meios que para lá conduzem. Estes meios podem ser considerados em geral e em particular. O estudo do fim último e dos meios em geral faz o objeto da primeira secção da Secunda, que se chama Prima Secundae ; o estudo dos meios em particular é o objeto da segunda secção da Secunda, a Secunda Secundae, a mais extensa (GRABMANN, 1944, p. 137). Na segunda parte da obra, Tomás de Aquino traça o caminho para a realização do fim último do homem. Por esse motivo, analisa as virtudes e, em oposição a elas, os vícios. 7 Sabemos que a norma para a referência em citação obedece ao padrão AUTOR, data, página; entretanto, para textos medievais utilizamos AUTOR, obra, localização da citação no interior da obra.
6 6 O autor apresenta essa discussão de maneira geral na primeira seção e de maneira particular na segunda: Depois do tratado geral das virtudes e dos vícios e de outros dados referentes à moral, é necessário considerar cada ponto em particular. Porque, na moral, as generalidades são pouco úteis, já que as ações se realizam em situações particulares (TOMÁS DE AQUINO, ST, II a II ae, prólogo Grifos nossos). Assim, como buscamos compreender as relações entre o conhecimento e as transformações sociais, nos interessamos pelas situações reais. Considerando os limites deste trabalho, decidimos pela análise da questão A amizade ou afabilidade, da segunda seção da segunda parte, constante no tópico dedicado à justiça 8 (q ). Segundo Torrell (1999) essa parte da obra provavelmente foi composta entre 1271 e 1272, durante a segunda regência de Tomás de Aquino em Paris. A amizade ou afabilidade (ST, II a, II ae, q. 114) é discutida imediatamente após as questões destinadas a tratar dos pecados sociais contra a verdade (q ), uma vez que, como afirma Grabmann, para Tomás de Aquino homem tem o dever de dar-se ao próximo tal qual ele é (1944, p. 148). Tomás de Aquino considera o homem do ponto de vista teológico/filosófico, o que equivale a dizer que suas elaborações filosóficas sobre o homem guardam uma profunda relação com os preceitos teológicos. Essa relação será apresentada com mais clareza ao longo do texto. Ao debater se a verdade é parte da justiça, afirma Tomás de Aquino: [...] deve-se dizer que por ser um animal racional, o homem deve a outro, pela própria natureza, aquilo que é indispensável à conservação da sociedade humana. Ora, os homens não poderiam conviver se não acreditassem uns nos outros, como pessoas que mutuamente dizem a verdade. Por conseguinte, de certa maneira, a virtude da verdade atende à razão de dívida (ST, II a II ae, q. 113, a. 3, Ad1m). Ora, discutir os pecados sociais contra a verdade nos remete à necessidade de explicitar que o Aquinate trabalha com duas possibilidades distintas de verdade: a humana e a divina. Essa proposição dupla nos permite supor a mutabilidade do conhecimento 8 São quatro as virtudes morais ou cardiais: prudência, justiça, coragem e temperança. Tomás de Aquino aborda todas elas na segunda parte da obra, além, é, claro de dedicar-se às virtudes teologais (fé, esperança e caridade).
7 7 humano, bem como a legitimidade das transformações sociais produzidas pelos homens. De maneira geral, verificamos que as verdades e os saberes eram questionados no século XIII. Para compreendermos melhor o posicionamento de Tomás de Aquino em relação às diferentes verdades, cabe apresentar as considerações feitas por Oliveira (2005a): 9 [...] Ora, se a verdade está no intelecto humano e é esse intelecto que define a verdade, no momento em que esse intelecto não reconhece mais uma coisa como verdadeira, ela deixa de ser verdade para ser falsa, pois que a verdade está em conformidade com aquilo que reconhecemos como tal. Desse modo, como o intelecto humano se modifica, a verdade para os homens é algo mutável, ou seja, Santo Tomás reconhece que no âmbito do intelecto humano, nas relações humanas, as verdades podem sofrer alterações. Os homens, portanto são passíveis de promover mudanças. Todavia, o intelecto divino, como possui em si a verdade única e suprema, a verdade não se modifica, ela é única e imutável (OLIVEIRA, 2005a, p.54). Com essa prerrogativa, podemos adentrar a questão, que é breve quando comparada a outras da mesma obra. Subdivide-se em apenas dois artigos, que questionam se a amizade é uma virtude especial (1º) e se ela faz parte da justiça (2º). O primeiro artigo debate a possibilidade da amizade ser um vício e não uma virtude, enquanto o segundo assegura-a enquanto virtude ligada à justiça. Apresentaremos os dois com mais detalhes. No primeiro artigo (A amizade é uma virtude especial?) o autor esclarece que toda virtude é ordenada para algum bem e, para que haja um bom convívio social é necessário que os homens atuem de maneira conveniente. Afirma: Ora, é preciso que as relações entre os homens se ordenem harmoniosamente num convívio comum, tanto em ações quanto em palavras, ou seja, é necessário que cada um se comporte com relação aos outros de maneira conveniente (TOMÁS DE AQUINO, ST, II a II ae, q. 114, c.). Em seguida, ao responder aos argumentos iniciais, nosso autor aprofunda suas idéias acerca do convívio harmonioso entre os homens. Mas especificamente, o terceiro argumento inicial, pautado numa citação aristotélica, afirmava que qualquer virtude era um meio-termo determinado pelo sábio, tornando necessário precaver-se contra o 9 Nesse trecho da obra, Oliveira discute a questão que Tomás de Aquino dedica à Verdade, na Primeira Parte da Suma de Teologia (ST, I a, q. 16).
8 8 prazer, tomado como algo contrário à sabedoria. Ou seja, a amizade previa um convívio harmonioso compreendido como prazeroso que poderia ameaçar a ação virtuosa, ao invés de colaborar para ela. Contra esse argumento, afirma Tomás de Aquino: Pertence aos sábios trazer prazer para aqueles de cujo convívio participam. Não o prazer lascivo que a virtude recusa, mas o prazer honesto (...). Algumas vezes, porém, para conseguir um bem ou afastar-se do mal, o homem virtuoso não terá medo de entristecer seus companheiros, como diz Aristóteles. (TOMÁS DE AQUINO, ST, II a II ae, q. 114, a. 1, Ad3m.). Ora, nosso autor compreende que tratar os demais homens com cordialidade em gestos e palavras, evitando confrontos verbais e físicos, ou seja, viver bem coletivamente é uma ação sábia. Mas tratar cordialmente não significa adular, submeter-se aos outros cegamente. A virtude da amizade consiste no bem-viver consciente. É necessário, portanto, conhecer os homens como eles realmente são e também as verdades da fé para agir sabiamente. Muito embora nossa intenção seja analisar a questão A amizade ou afabilidade, por relacionar-se à justiça e, portanto, às relações entre os homens, não podemos deixar de considerar que Tomás de Aquino discute o conceito de amizade também em outro trecho da obra, ao tratar da virtude teologal da Caridade. Essa discussão é apresentada na questão A caridade em si mesma (ST, II a II ae, q. 23, a. 1), na qual o autor considera a amizade a partir de outro ponto de vista, vinculada ao amor benevolente, ao amor pelo qual queremos bem a quem amamos (q. 23, a. 1, c.), ou seja, a partir da relação entre o homem e Deus. Ele defende certa comunhão, certa amizade entre o homem e a divindade, em razão do homem participar espiritualmente da bem-aventurança divina. Para compreendermos esse pensamento com exatidão é fundamental trazermos à tona o conceito de participação. Lauand assim o define, ao discutir a relação entre verdade de conhecimento na obra do Aquinate: [o sentido profundo e decisivo da participação]... é expresso pela palavra grega metékhein, que indica um ter com, um co-ter, ou simplesmente um ter em oposição a ser, um ter pela dependência (participação) com o outro que é. (...) Tomás, ao tratar da Criação, utiliza este conceito: a criatura tem o ser, por participar do ser de Deus, que é ser. E a graça nada mais é do que ter por participação na
9 9 filiação divina que é em Cristo a vida divina que é na Santíssima Trindade (LAUAND, 1999, p.56-57). Ainda na questão que relaciona a amizade à caridade, Tomás de Aquino esclarece que o homem pode amar, em virtude do amor divino, até os pecadores, sem que a amizade perca o caráter de uma virtude honesta. Para fazer essa consideração, o autor compreende que os homens estão ligados entre si por obra divina. Por participarem do amor divino, os homens podem amar aos outros homens, porque, antes de tudo, amam a Deus e, por conseqüência, podem amar aquilo que o amado ama. Assim, os aspectos intelectuais dos homens se dão por analogia a Deus, seja na relação homem/divindade, seja na relação homem-a-homem. Depois de consultarmos a relação entre a caridade e a amizade, podemos retomar a análise da questão que liga a amizade à justiça, em seu segundo artigo, intitulado Esta amizade é parte da justiça? Isso porque anteriormente o autor associou, pela amizade, o homem a Deus, tratando-a como uma virtude ligada à caridade. Agora Tomás de Aquino precisa investigar se pode também considerar a amizade como prerrogativa entre os homens, como parte da virtude cardeal da justiça. Mais uma vez, precisamos consultar outra parte da obra, na qual Tomás de Aquino elabora o conceito de justiça. Trata-se do primeiro artigo da primeira questão dedicada a ela (É conveniente a definição: a justiça é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o seu direito?). Nele a justiça é entendida como ato virtuoso relativo a outrem, como dar ao outro o que lhe é devido. O mesmo artigo esclarece também que o ato virtuoso é necessariamente voluntário, estável e firme (ST, II a, II ae, q. 58, a. 1, c.). O propósito do segundo artigo da questão sobre a amizade consiste, portanto, em verificar na relação entre os homens, se a amizade pode proporcionar a justiça, ou seja, se por meio dela o homem pode dar a outro o que é de seu direito. Em primeiro lugar, o autor responde que a amizade liga-se à justiça, uma vez que a amizade também é relativa ao outro (se tem amizade pelo outro). Adiante, ainda na resposta geral, o Aquinate nos permite avançar no significado dessas relações.
10 10 Segundo nosso autor, o caráter especial da amizade não está vinculado a alguma lei ou a alguma dívida gerada por benefício recebido, que o homem tenha que honrar, como as demais virtudes sociais. Ao invés, considera a vinculação do sujeito mais em relação a ele mesmo, como uma característica de pessoa honrada. Em suas palavras: a amizade leva em conta apenas uma dívida de honra que é muito mais própria do virtuoso do que do outro, levando-o a fazer para o outro o que convém (ST, II a II ae, q. 114, a. 2, c.). Dessa forma, a amizade se revela como uma virtude especial, na medida em que considera de um lado o sujeito que se dedica à honra e, de outro, o outro homem que recebe a ação virtuosa. Em relação a esse artigo, ainda nos interessam as respostas individuais aos argumentos iniciais, especialmente ao primeiro e ao terceiro. Na resposta ao primeiro argumento, verificamos com maior propriedade a elaboração tomasiana, uma vez que o argumento referido negava que a amizade pudesse pertencer à justiça, justificando que fazer do convívio com outros homens algo agradável não implica em dar ao outro o que lhe é devido. Assim responde o Aquinate: QUANTO AO 1º, portanto, deve-se dizer que o homem é, por natureza, um animal social e deve com honestidade manifestar a verdade aos outros homens, sem o que a sociedade humana não poderia durar. Ora, assim como o homem não poderia viver numa sociedade sem verdade, assim também não poderia viver numa sociedade sem prazer. Aristóteles diz: ninguém consegue passar um dia inteiro com uma pessoa triste e sem atrativos. Por isso o homem é obrigado, por uma espécie de dívida natural de honestidade, a tornar agradáveis as relações com os outros, a menos que, por um motivo particular, seja necessário contristar outros para o próprio bem deles (TOMÁS DE AQUINO, ST, II a II ae, q. 114, a. 1, Ad1m.). Nosso autor explicita claramente a necessidade da verdade e do prazer intelectual, bem como estabelece claramente a definição de amizade: ela é necessariamente honesta, ou seja, em nenhum momento inclina-se aos vícios, aos pecados. Por fim, o Mestre de Aquino responde ao terceiro argumento. Esse afirmava que a amizade não era uma virtude especial ligada à justiça, pois, segundo a definição aristotélica, a amizade supunha tratar desiguais como iguais, conhecidos como desconhecidos, sendo contrária à justiça. Assim nosso autor responde ao argumento e completa a análise da questão:
11 11 QUANTO AO 3º, deve-se dizer que não se deve interpretar esta palavra de Aristóteles como se alguém devesse oferecer o mesmo tratamento aos conhecidos e desconhecidos. E ele próprio acrescenta: Não convém tratar da mesma maneira familiares e estranhos, quando se trata de participar das alegrias ou das tristezas. A semelhança consiste, pois, em que se deve tratar a todos como convém (TOMÁS DE AQUINO, ST, II a II ae, q. 114, a. 1, Ad1m.). A exposição e discussão dos artigos da questão A amizade ou afabilidade, aliada as definições procedentes de outros momentos da obra, bem como da análise de autores que nos são contemporâneos, nos permite compreender um pouco do pensamento ético de Tomás de Aquino. Quando o autor estabelece que a amizade tem como função principal junto à justiça tornar o convívio social agradável, sem perder de vista que o condicionante maior do homem é a busca da verdade, o Mestre de Aquino afirma claramente que o conhecimento, o bem-comum e a bem-aventurança estão estreitamente condicionados. Ora, o conhecimento da verdade (enquanto fim último do homem), aliado a busca do bem-viver cotidiano (que pressupõe o conhecimento dos homens e das realidades como elas são), não apenas torna possível, mas sobretudo desejável a oposição dos homens às situações que sabiamente podem avaliar como ruins, ou seja, naquelas situações em que a conservação da sociedade humana, enquanto caminho para alcançar A Verdade (Deus), está em risco. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao vislumbrarmos o conceito de amizade discutido por Tomás de Aquino ao longo desta questão, compreendemos que para nosso autor ela é essencial ao estabelecimento de boas relações sociais no cotidiano dos homens. É claro que a preocupação do Mestre de Aquino era a salvação da alma. Mas precisamos compreender que, do ponto de vista teórico, é justamente a possibilidade de partilhar o amor divino definido como caridade que aproximava os homens nesse autor: os homens estariam ligados entre si porque estavam ligados a Deus. A virtude da amizade, ao solicitar o bom convívio com os outros, abria espaço para a discussão acerca do bem-comum. O vínculo da amizade não mais fazia referência às pessoas mais próximas, conhecidos e familiares, não se restringia ao domínio privado,
12 12 mas visava um novo espaço, que implicava na convivência com estranhos poderíamos arriscar: num domínio mais público? Para nosso autor, a educação era condição absolutamente necessária para que os homens pudessem conviver harmoniosamente, uma vez que não possuíam um conhecimento natural da Verdade, do Bem, compreendido como conhecimento de Deus. Para entender a necessidade de viverem bem com os outros homens, necessitavam compreender o que seriam as virtudes e os vícios. O conhecimento possibilitaria distinguir as diferentes situações reais, bem como as boas escolhas nos usos de palavras e ações. Do contrário, como os homens poderiam discernir quando concordar e quando se opor às ações alheias? Muito embora reconheçamos que as condições históricas atuais sejam muito diversas daquelas vividas pelos homens do Ocidente no século XIII, entendemos que as elaborações teóricas daqueles pensadores podem nos ajudar a discutir os problemas que nossa época nos impõe. Com isso, não pensamos que as respostas por eles encontradas possam ser soluções para os nossos problemas que são outros mas compreendemos que alguns assuntos tratados por aqueles autores continuam atuais. Tomás de Aquino, entre outros importantes pensadores do século XIII, ao buscar nos autores da Antiguidade conhecimentos que lhe propiciassem compreender melhor o seu tempo, não os leu de modo servil: procurou verificar em que medida ainda poderiam ser instrumento de análise teórica da realidade e, em que medida as condições de sua sociedade clamavam por interpretações mais complexas. A produção intelectual desses autores nos instiga a avaliar os usos que fazemos de nossos referenciais teóricos: em que medida estamos atentos às suas verdades históricas e, portanto, provisórias? Por outro lado, precisamos também avaliar que questões ainda nos parecem relevantes e de que forma nos posicionamos em relação a elas: algo que se assemelhe ao bemcomum nos interessa? Finalmente, cabe questionar se não naturalizamos demais as relações humanas, a ponto de desconsiderarmos a importância da educação para a vida social?
13 13 REFERÊNCIAS GRABMANN, M. Plano da Suma Teológica. In: GRABMANN, M. Introdução à Suma Teológica de Sto. Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, p KENNY, A; PINBORG, J. The Cambridge Historia of Late Medieval Philosofy: from de Rediscobery af Aristotle to the Desintefration of Scholasticism, Cambridge University Press, 1984, p LAUAND, J. Introdução e estudos introdutórios. In: TOMÁS DE AQUINO. Sobre o ensino (De magistro) e Os sete pecados capitais. 2ª. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004 p. VII-XII; LAUAND, J. Tradução, estudos introdutórios e notas. In: TOMÁS DE AQUINO. Verdade e Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, p.1-80; p LE GOFF, J. Por amor às cidades. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, OLIVEIRA, T. Escolástica. São Paulo/Porto: Mandruvá/ Univ. do Porto, OLIVEIRA, T. As Universidades na Idade Média (séc. XIII). São Paulo/Porto: Mandruvá/Univ. do Porto, 2005a. TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo: Loyola, TOMÁS DE AQUINO. A caridade em si mesma (ST, II a II ae, q. 23, a. 1). In: TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo: Loyola, v. V, p TOMÁS DE AQUINO. É conveniente a definição: a justiça é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o seu direito? (ST, II a II ae, q. 58, a. 1). In: TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo: Loyola, v. VI, p TOMÁS DE AQUINO. A verdade faz parte da justiça? (ST, II a II ae, q. 113, a. 3). In: TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo: Loyola, v. VI, p TOMÁS DE AQUINO. A amizade ou afabilidade (ST, II a II ae, q. 114). In: TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo: Loyola, v. VI, p TORRELL, J-P. Iniciação a Santo Tomás de Aquino: sua pessoa e sua obra. São Paulo: Loyola, ULLMANN, R. A universidade medieval. 2ª ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, VERGER, J. Cultura, ensino e sociedade no Ocidente nos séculos XII e XIII. Bauru, SP: EDUSC, VERGER, J. As universidades na Idade Média. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1990.
ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO
1 ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO A ESCOLÁSTICA E OS PRINCIPAIS REPRESENTANTES ALBERTO MAGNO TOMÁS DE AQUINO Buscaram provar a existência de Deus utilizando argumentos racionais. 2 A UNIDADE ENTRE A FÉ
Leia maisClóvis de Barros Filho
Clóvis de Barros Filho Sugestão Formação: Doutor em Ciências da Comunicação pela USP (2002) Site: http://www.espacoetica.com.br/ Vídeos Produção acadêmica ÉTICA - Princípio Conjunto de conhecimentos (filosofia)
Leia maisVALORIZAÇÃO DA VIDA MATERIAL E DO ENSINO NO OCIDENTE MEDIEVAL: AÇÃO E CONTEMPLAÇÃO NA FORMULAÇÃO ÉTICA DE TOMÁS DE AQUINO (SÉC.
VALORIZAÇÃO DA VIDA MATERIAL E DO ENSINO NO OCIDENTE MEDIEVAL: AÇÃO E CONTEMPLAÇÃO NA FORMULAÇÃO ÉTICA DE TOMÁS DE AQUINO (SÉC. XIII) CAVALCANTE, Tatyana Murer (UEM) OLIVEIRA, Terezinha (Orientadora/UEM)
Leia maisFILOSOFIA MEDIEVAL: ESCOLÁSTICA 3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP
3ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO DRUMMOND 2017 PROF. DOUGLAS PHILIP Por Filosofia Escolástica entende-se a filosofia dominante no período compreendido entre os séculos IX e XIV XV, ensinada comumente nas escolas,
Leia mais22/08/2014. Tema 7: Ética e Filosofia. O Conceito de Ética. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes
Tema 7: Ética e Filosofia Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes O Conceito de Ética Ética: do grego ethikos. Significa comportamento. Investiga os sistemas morais. Busca fundamentar a moral. Quer explicitar
Leia maisO conceito ética. O conceito ética. Curso de Filosofia. Prof. Daniel Pansarelli. Ética filosófica: conceito e origem Estudo a partir de Aristóteles
Curso de Filosofia Prof. Daniel Pansarelli Ética filosófica: conceito e origem Estudo a partir de Aristóteles O conceito ética Originado do termo grego Ethos, em suas duas expressões Êthos (com inicial
Leia maisPROVA FINAL DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À TEOLOGIA BÍBLICA
INSTITUTO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA EVANGÉLICA[1] PROVA FINAL DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À TEOLOGIA BÍBLICA SISTEMA EAD DE NATUREZA JURÍDICA LIVRE ALUNO (A): MAT: 000/2014 MATÉRIA: INTRODUÇÃO À TEOLOGIA
Leia maisFILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA
COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA Mais uma vez a UFPR oferece aos alunos uma prova exigente e bem elaborada, com perguntas formuladas com esmero e citações muito pertinentes. A prova de filosofia da UFPR
Leia maisCONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia
CONCEPÇÕES ÉTICAS Mito, Tragédia e Filosofia O que caracteriza a consciência mítica é a aceitação do destino: Os costumes dos ancestrais têm raízes no sobrenatural; As ações humanas são determinadas pelos
Leia maisPLANEJAMENTO Jeitos de explicar a origem do universo. O que diz a ciência sobre a criação. Campanha da Fraternidade 2016
Disciplina: Ensino Religioso Série: 6º ano Prof.: Cristiano Souza 1ªUNIDADE EIXOS COGNITIVOS CONTEÚDOS HABILIDADES O homem e sua relação com Deus e com a Criação CRIAÇÃO O início do universo Tomar consciência
Leia maisUnidade 2: História da Filosofia. Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes
Unidade 2: História da Filosofia Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes Períodos Históricos da Filosofia Filosofia Grega ou Antiga (Séc. VI a.c. ao VI d.c.) Filosofia Patrística (Séc. I ao VII) Filosofia
Leia maisESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ - ESALQ/USP
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ - ESALQ/USP CAIO HENRIQUE AMPARO ROSATELI JOÃO PEDRO BACCHIN MILANEZ PEDRO INNOCENTE COLLARES VINÍCIUS HORSTMANN FERNANDES SÃO TOMÁS DE AQUINO Piracicaba
Leia maisAMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano)
AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano) a) Manter uma identidade pessoal e uma identidade para o casamento > Dependência exagerada - A identidade do cônjuge é um reflexo do seu
Leia maisCrendo em Deus, reconhecendo Sua justiça. Aula 15/03/2015 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira
Crendo em Deus, reconhecendo Sua justiça Aula 15/03/2015 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira O Que é Justiça? Justiça vem do latim iustitia (justitia), com significado base de equidade, mas possui conceito
Leia maisTeorias éticas. Capítulo 20. GRÉCIA, SÉC. V a.c. PLATÃO ARISTÓTELES
GRÉCIA, SÉC. V a.c. Reflexões éticas, com um viés político (da pólis) _ > como deve agir o cidadão? Nem todas as pessoas eram consideradas como cidadãos Reflexão metafísica: o que é a virtude? O que é
Leia maisO desafio de amar Desafios #7 1 Jo 4: 9-21
1 Direitos reservados Domingos Sávio Rodrigues Alves Uso gratuito, permitido sob a licença Creative Commons O desafio de amar Desafios #7 1 Jo 4: 9-21 9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco:
Leia maisCONTRIBUIÇÕES DE TOMÁS DE AQUINO PARA A EDUCAÇÃO: AS VIRTUDES CARDEAIS E O BEM COMUM
CONTRIBUIÇÕES DE TOMÁS DE AQUINO PARA A EDUCAÇÃO: AS VIRTUDES CARDEAIS E O BEM COMUM CAVALCANTE, Tatyana Murer (UEM) OLIVEIRA, Terezinha (Orientadora/UEM) Agência Financiadora CAPES Introdução A discussão
Leia maisFundamentação da ética
Fundamentação da ética Objeto da ética Problemas: O que é a ética? Que tipo de problemas ela tenta resolver? Por que o ser humano deve ser guiado pela ética e não pelos instintos? Que elemento nos distingue
Leia maisÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2
ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 Índice 1. Ética Geral...3 1.1 Conceito de ética... 3 1.2 O conceito de ética e sua relação com a moral... 4 2 1. ÉTICA GERAL 1.1 CONCEITO DE ÉTICA Etimologicamente,
Leia maisAristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33.
91 tornar-se tanto quanto possível imortal Aristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33. 92 5. Conclusão Qual é o objeto da vida humana? Qual é o seu propósito? Qual é o seu significado? De todas as respostas
Leia mais2º bimestre 1ª série 12 - Era Medieval Formação e consolidação da Igreja Caps. 3.2, 3.3 e 7. Roberson de Oliveira Roberson de Oliveira
2º bimestre 1ª série 12 - Era Medieval Formação e consolidação da Igreja Caps. 3.2, 3.3 e 7 Roberson de Oliveira Roberson de Oliveira 1 Igreja na Era Medieval Importância: 1. Único poder universal. 2.
Leia mais27/02/2017. CUIDADO Algumas pessoas não conseguem entender o que significa fé. O que é fé e por que ela é importante? O QUE AS PESSOAS DIZEM
FÉ: Primeiro você coloca o pé, depois Deus coloca o chão. CUIDADO Algumas pessoas não conseguem entender o que significa fé. O que é fé e por que ela é importante? O QUE AS PESSOAS DIZEM Para muitos, a
Leia maisÉTICA ARISTOTÉLICA A ÉTICA EM ARISTÓTELES
A ÉTICA EM ARISTÓTELES ÉTICA ARISTOTÉLICA - A Ética aristotélica faz parte do saber prático: distingue-se do saber teórico porque seu objetivo não é o conhecimento de uma realidade determinada, mas do
Leia mais9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II PROFESSOR DANILO BORGES
9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II PROFESSOR DANILO BORGES DAVID HUME - COMPAIXÃO Nascimento: 7 de maio de 1711 Edimburgo, Reino Unido. Morte: 25 de agosto de 1776 (65 anos) Edimburgo, Reino Unido. Hume nega
Leia maisO caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura
O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura Jean Carlos Demboski * A questão moral em Immanuel Kant é referência para compreender as mudanças ocorridas
Leia maisFILOSOFIA MEDIEVAL E OUTROS TEMAS PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II
FILOSOFIA MEDIEVAL E OUTROS TEMAS PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II FILOSOFIA NA IDADE MEDIEVAL A IDADE MÉDIA INICIOU-SE NA Europa com as invasões germânicas ou bárbaras no
Leia maisA Filosofia e a Sociologia: contribuições para a Educação
A Filosofia e a Sociologia: contribuições para a Educação Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação Semana I Prof. Ms. Joel Sossai Coleti O que é? O que é? Filosofia: disciplina que tem como objeto
Leia maisDeus fala através do trovão
Deus fala através do trovão Já havia dois dias que os israelitas, acampados próximo ao Sinal, estavam se preparando para a grande teofania. No terceiro dia, Deus enviou tão impressionantes sinais que o
Leia mais«Jesus, lembra-te de mim quando entrares no Teu reino». Ele respondeu-lhe : «Em verdade te digo : Hoje estarás comigo no Paraíso».(Lc.23,42-43).
«Jesus, lembra-te de mim quando entrares no Teu reino». Ele respondeu-lhe : «Em verdade te digo : Hoje estarás comigo no Paraíso».(Lc.23,42-43). ********************** Como definição simples, a Graça é
Leia maisTOMÁS DE AQUINO SÉC. XIII AS PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
TOMÁS DE AQUINO SÉC. XIII AS PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS NA SUA OBRA DENOMINADA SUMA TEOLÓGICA, TOMÁS DE AQUINO CONSIDERA CINCO VIAS QUE, POR MEIO DE ARGUMENTOS, CONDUZEM À DEUS, TODAS COM CARACTERÍSTICAS
Leia maisCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - SABER E FÉ
Aviso importante! Esta disciplina é uma propriedade intelectual de uso exclusivo e particular do aluno da Saber e Fé, sendo proibida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, exceto em breves citações
Leia maisA ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO
SOFISTAS Acreditavam num relativismo moral. O ceticismo dos sofistas os levava a afirmar que, não existindo verdade absoluta, não poderiam existir valores que fossem validos universalmente. A moral variaria
Leia maisFilosofia da Arte. Unidade II O Universo das artes
Filosofia da Arte Unidade II O Universo das artes FILOSOFIA DA ARTE Campo da Filosofia que reflete e permite a compreensão do mundo pelo seu aspecto sensível. Possibilita compreender a apreensão da realidade
Leia maisPLATÃO E O MUNDO IDEAL
Introdução: PLATÃO E O MUNDO IDEAL - A importância do pensamento de Platão se deve justamente por conseguir conciliar os mundos: dos Pré-Socráticos, com suas indagações sobre o surgimento do Cosmo (lê-se:
Leia maisMETODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO 1
METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO 1 A Redação Quando se fala em redação, em geral se associa a uma composição literária ou a uma dissertação de tese. No primeiro caso, relaciona-se a um trabalho fantasioso;
Leia maisO CAPITALISMO ESTÁ EM CRISE?
O CAPITALISMO ESTÁ EM CRISE? Nildo Viana Professor da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás; Doutor em Sociologia; Autor de diversos livros, entre os quais, O Capitalismo na Era
Leia maisTOMÁS DE AQUINO SUMA TEOLÓGICA
SUMA TEOLÓGICA 2ª PARTE DA 2ª PARTE QUESTÕES XLVII-LVI QUESTÃO XLVII-LVI Estrutura do texto: 1. Apresenta a questão: ART.... Se... 2. Apresenta respostas à questão: Pois..., Demais... 3. Apresenta uma
Leia maisEis-te aqui! Eis um livro com uma mensagem! - O perdão do teu passado - Um propósito para a tua vida futura - Uma morada no céu
Eis-te aqui! Eis um livro com uma mensagem! Uma mensagem que vai responder à tua pergunta o que posso fazer aqui na terra? Há uma mensagem que responde a todas as tuas perguntas e dúvidas. Este livro demonstra
Leia maisVocê Sem Limites TEMAS PARA CULTO DE JOVENS INTRODUÇÃO. Guia para o jovem Cristão guiaparaojovemcristao.com
INTRODUÇÃO 1 Baseado no livro Sem Limites: Como quebrar todos os seus limites em prol do Reino de Deus de Luan Ribeiro. Ideia Geral da Série: Como viver os seus sonhos? Como ser usado por Deus de maneira
Leia maisPlatão, desiludido com a. escola de filosofia a Academia.
Platão era filho da aristocracia ateniense. Foi discípulo de Sócrates. Sua obra reflete o momento caótico pelo qual passou Atenas no decorrer de sua vida A crise da sociedade ateniense está ligada à guerra
Leia maisLealdade e Fidelidade no ambiente Religioso. ED da IPBut Abril de 2010 Marcos C. Ribeiro
Lealdade e Fidelidade no ambiente Religioso ED da IPBut Abril de 2010 Marcos C. Ribeiro Conceitos Básicos: Lealdade: Respeito aos princípios e regras que norteiam a honra e a probidade. Fidelidade aos
Leia maisS. Tomás de Aquino SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO
SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO. : Index. S. Tomás de Aquino SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO Índice Geral PRIMEIRA QUESTÃO SEGUNDA
Leia maisO QUE DEUS QUER DE MIM? 09 de Dezembro de 2011 Ministério Loucura da Pregação. "ELE te declarou, ó homem, o que é bom;
O QUE DEUS QUER DE MIM? 09 de Dezembro de 2011 Ministério Loucura da Pregação "ELE te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR requer de ti, 1 / 6 senão que pratiques a justiça, e ames a
Leia maisO ORÇAMENTO PÚBLICO MUNICIPAL E OS RECURSOS PARA A INFÂNCIA A ORIGEM DOS RECURSOS E O PLANEJAMENTO PARA O ORÇAMENTO
O ORÇAMENTO PÚBLICO MUNICIPAL E OS RECURSOS PARA A INFÂNCIA A ORIGEM DOS RECURSOS E O PLANEJAMENTO PARA O ORÇAMENTO 1. Qual a origem dos recursos disponíveis no orçamento para a área da INFÂNCIA? Todos
Leia maisÉtica na universidade medieval: a importância da leitura dos clássicos para a elaboração de Tomás de Aquino
Ética na universidade medieval: a importância da leitura dos clássicos Ética na universidade medieval: a importância da leitura dos clássicos Resumo Tatyana Murer Cavalcante* Terezinha Oliveira** O objetivo
Leia maisESCOLA DA FÉ. Paróquia Santo Antonio do Pari. Aula 9: Jesus, o Filho de Deus -4ªparte.
ESCOLA DA FÉ Paróquia Santo Antonio do Pari Aula 9: Jesus, o Filho de Deus -4ªparte. Frei Hipólito Martendal, OFM. São Paulo-SP, 2 de agosto de 2012. revisão da aula anterior. 1- Nota: para o nosso vocabulário
Leia maisBem vindo à Comunidade Presbiteriana Villa-Lobos
Bem vindo à Comunidade Presbiteriana Villa-Lobos Te darei todo louvor Te darei adoração Só a Ti minh alma anseia Meu louvor somente à Ti darei Te darei todo louvor Te darei adoração Só a Ti minh alma anseia
Leia maisCap. 2 - O BEM E A FELICIDADE. Ramiro Marques
Cap. 2 - O BEM E A FELICIDADE Ramiro Marques A maior parte das pessoas identificam o bem com a felicidade, mas têm opiniões diferentes sobre o que é a felicidade. Será que viver bem e fazer o bem é a mesma
Leia maisEMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO
EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO FIL02457 - FILOSOFIA POLÍTICA I (60 h, OBR) O homem e sua ação política. A noção de polis no pensamento grego antigo e seus desdobramentos
Leia mais1 Coríntios 15,4: E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé.
BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER PERGUNTA 30 PERGUNTA 30: Como nos aplica o Espírito a redenção adquirida por Cristo? Resposta: O Espírito aplica-nos a redenção adquirida por Cristo pelo chamado eficaz,
Leia maisResolução da Questão 1 Texto definitivo
Questão A filosofia não é outra coisa senão o exercício preparatório para a sabedoria. Não se trata de opor nem de separar a filosofia como modo de vida, por um lado, e um discurso filosófico
Leia maisAMOR E EDUCAÇÃO EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL
AMOR E EDUCAÇÃO EM TOMÁS DE AQUINO: UM ESTUDO NO CAMPO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL SANTIN, Rafael Henrique (UEM) OLIVEIRA, Terezinha (Orientador/UEM) Agência Financiadora CAPES Introdução Para iniciarmos
Leia maisMas o fruto do Espírito é amor (Gálatas 5:22)
Lição 7 para 18 de fevereiro de 2017 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. (João 15:1-2)
Leia maisPADRÃO DE RESPOSTA - FILOSOFIA - Grupo L
PADRÃO DE RESPOSTA - FILOSOFIA - Grupo L 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Avaliador Revisor No diálogo Fédon, escrito por Platão, seu personagem Sócrates afirma que a dedicação à Filosofia implica que a alma
Leia maisNascido em Estagira - Macedônia ( a.c.). Principal representante do período sistemático.
Aristóteles Nascido em Estagira - Macedônia (384-322 a.c.). Principal representante do período sistemático. Filho de Nicômaco, médico, herdou o interesse pelas ciências naturais Ingressa na Academia de
Leia maisTop 5 de Filosofia: Questões Enem
Top 5 de Filosofia: Questões Enem Top 5 de filosofia: Questões Enem 1. (Enem 2012) Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas
Leia maisTeoria Realista das Relações Internacionais (I)
Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 25 de agosto de 2016 Realismo nas RI Pressuposto central visão pessimista
Leia maisevangelização obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as boas novas a toda criatura.
O Trimestre temático O desafio da evangelização obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as boas novas a toda criatura. O A Igreja foi criada para dar seguimento ao ministério terreno do Nosso Senhor
Leia maisHá muitas razões para lermos a Bíblia nos tempos de hoje
Há muitas razões para lermos a Bíblia nos tempos de hoje A Bíblia é como se fosse um manual de sobrevivência com dicas e relatos escritos por pessoas, assim como nós, normais. Exemplo:- como o advogado
Leia maisInvestigação sobre o conhecimento e a formação de professores Síntese da discussão do grupo temático
Investigação sobre o conhecimento e a formação de professores Síntese da discussão do grupo temático Ana Maria Boavida Escola Superior de Educação de Setúbal Maria de Fátima Guimarães Escola Superior de
Leia maisQUESTIONÁRIO DE FILOSOFIA ENSINO MÉDIO - 2º ANO A FILOSOFIA DA GRÉCIA CLÁSSICA AO HELENISMO
QUESTIONÁRIO DE FILOSOFIA ENSINO MÉDIO - 2º ANO A FILOSOFIA DA GRÉCIA CLÁSSICA AO HELENISMO ESTUDAR PARA A PROVA TRIMESTRAL DO SEGUNDO TRIMESTRE PROFESSORA: TATIANA SILVEIRA 1 - Seguiu-se ao período pré-socrático
Leia maisTRINDADE O DEUS TRIUNO DO CRISTIANISMO
TRINDADE O DEUS TRIUNO DO CRISTIANISMO Jörg Garbers Ms. De Teologia O QUE SIGNIFICA O TERMO? A palavra triuno pode ser facilmente subdividida em duas palavras: tri uno. Três elementos que formam uma unidade.
Leia maisREVISIONAL DE FILOSOFIA Questões de 1 a 10
REVISIONAL DE FILOSOFIA Questões de 1 a 10 1) Hobbes assim define a essência da república ou cidade: Uma cidade (...) é uma pessoa cuja vontade, pelo pacto de muitos homens, há de ser recebida como sendo
Leia maisCap. 6: PREGAÇÃO PURITANA. PROPOSTA: Tentar ir além do texto. Sugestões de respostas. Debate.
Cap. 6: PREGAÇÃO PURITANA PROPOSTA: Tentar ir além do texto. Sugestões de respostas. Debate. Introdução As pessoas gostavam muito do sermão puritano. Por quê? (capítulo responde essa pergunta (?); até
Leia maisO que é arrependimento
1 O que é arrependimento É muito importante entendermos bem o que é arrependimento. Nós estamos rodeados de conceitos do mundo e de conceitos religiosos que não definem exatamente nosso problema com Deus.
Leia mais2 A Concepção Moral de Kant e o Conceito de Boa Vontade
O PRINCÍPIO MORAL NA ÉTICA KANTIANA: UMA INTRODUÇÃO Jaqueline Peglow Flavia Carvalho Chagas Universidade Federal de Pelotas 1 Introdução O presente trabalho tem como propósito analisar a proposta de Immanuel
Leia maisO Contratualismo - Thomas Hobbes
O Contratualismo - Thomas Hobbes 1. Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o estado de natureza descrito por Thomas Hobbes,
Leia maisO ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel
1 O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel ELINE LUQUE TEIXEIRA 1 eline.lt@hotmail.com Sumário:Introdução; 1. A dialética hegeliana; 2. A concepção
Leia maisLIÇÃO 9 A MISSÃO ENSINADORA DA IGREJA. Prof. Lucas Neto
LIÇÃO 9 A MISSÃO ENSINADORA DA IGREJA Prof. A GLÓRIA É DE DEUS INTRODUÇÃO O MINISTÉRIO TRÍPLICE DE JESUS Jesus Cristo em seu ministério tríplice pregou, curou e ensinou, mas o ensino foi a atividade mais
Leia maisA ORIGEM DA FILOSOFIA
A ORIGEM DA FILOSOFIA UMA VIDA SEM BUSCA NÃO É DIGNA DE SER VIVIDA. SÓCRATES. A IMPORTÂNCIA DOS GREGOS Sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental tomou uma direção diferente da oriental. A filosofia
Leia maisANIMAÇÃO BÍBLICA DA PASTORA: uma nova mentalidade
ANIMAÇÃO BÍBLICA DA PASTORA: uma nova mentalidade Tanto o Documento de Aparecida (248) como a Exortação Apostólica Verbum Domini (73) se referem à uma nova linguagem e a um novo passo na questão bíblica:
Leia maisUM ESTUDO SOBRE SÃO BOAVENTURA DE BAGNOREGIO
doi: 10.4025/10jeam.ppeuem.04012 UM ESTUDO SOBRE SÃO BOAVENTURA DE BAGNOREGIO SANTIAGO, Viviane Paes (PIBIC/ Fundação Araucáruia-UNESPAR/FAFIPA) PERIN, Conceição Solange Bution (FAFIPA-GTSEAM) Introdução
Leia maisFixando o Conhecimento Módulo Relações Humanas
Fixando o Conhecimento Módulo Relações Humanas 1. O homem, através de sua racionalidade, busca conhecer a si e ao mundo que o cerca. Neste sentido, a ética: a) Não ajuda em nada o ser humano b) É um dos
Leia maisInvocai o nome de Deus, nosso libertador
Invocai o nome de Deus, nosso libertador www.facebook.com/mensageiro sdeanguera Paz e Fogo, amados irmãos! Chegamos ao capítulo 12 do livro de Isaías, vemos aqui que o profeta louva a Deus pela libertação.
Leia maisTEORIA DOS VALORES. Quais são os valores que você mais preza? Introdução
TEORIA DOS VALORES Quais são os valores que você mais preza? Introdução Os filósofos tentaram determinar a boa conduta segundo dois princípios fundamentais: considerando alguns tipos de conduta bons em
Leia maisA caridade divina em São Tomás de Aquino
RICARDO FIGUEIREDO A caridade divina em São Tomás de Aquino segundo o Comentário ao Evangelho de São João Índice Lista de siglas e abreviaturas 9 Prefácio, Professor Doutor José Jacinto Ferreira de Farias
Leia maisMENSAGEM DO BISPO AUXILIAR DOM LAMPRA CÁ ALUSIVA AO ANO 2017
MENSAGEM DO BISPO AUXILIAR DOM LAMPRA CÁ ALUSIVA AO ANO 2017 Caros irmãos em Cristo, Hoje celebramos a Solenidade da Maternidade Divina de Maria, o Dia Mundial da Paz e o Primeiro dia do Ano Civil 2017.
Leia maisIntrodução O QUE É FILOSOFIA?
O QUE É FILOSOFIA? A filosofia não é uma ciência, nem mesmo um conhecimento; não é um saber a mais: é uma reflexão sobre os saberes disponíveis. É por isso que não se pode aprender filosofia, dizia kant:
Leia maisCurso de Teologia de Leigos
Curso de Teologia de Leigos O MISTÉRIO DA CRIAÇÃO; DEUS MANTÉM E SUSTENTA A CRIAÇÃO; DEUS REALIZA O SEU PROJETO: A DIVINA PROVIDÊNCIA; A DIVINA PROVIDÊNCIA E AS CAUSAS SEGUNDAS; A DIVINA PROVIDÊNCIA E
Leia maisTodos os direitos reservados. E necessária à autorização previa antes de reproduzir ou publicar parte ou esta obra na íntegra.
Todos os direitos reservados E necessária à autorização previa antes de reproduzir ou publicar parte ou esta obra na íntegra. Enquanto os autores fizeram os melhores esforços para preparar este livro,
Leia maisMiguel Nogueira de Brito. Propriedade Privada: Entre o Privilégio e a Liberdade. Ensaios da Fundação
Miguel Nogueira de Brito Propriedade Privada: Entre o Privilégio e a Liberdade Ensaios da Fundação Índice I Princípios básicos 1. A tradição aristotélica e a tradição moderna. 9 2. Justiça comutativa
Leia maisRoteiro 16. Livre-arbítrio. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Programa Filosofia e Ciência Espíritas
Roteiro 16 Livre-arbítrio FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Programa Filosofia e Ciência Espíritas Correlacionar o conceito de livre-arbítrio ao de ética, moral, vontade,
Leia maisATUAÇÃO PROFISSIONAL CRIANÇAS ADOLESCENTES ADULTOS IDOSOS
EDUCADOR SOCIAL ATUAÇÃO PROFISSIONAL CRIANÇAS ADOLESCENTES ADULTOS IDOSOS ÁREAS DE ATUAÇÃO ASSISTÊNCIA SOCIAL SAÚDE EDUCAÇÃO MAIORES DIFICULDADES FALTA DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS NOVA PROFISSÃO REGULAMENTAÇÃO
Leia maisTEXTOS SAGRADOS. Noções introdutórias
TEXTOS SAGRADOS Noções introdutórias A ORIGEM Os Textos Sagrados, via de regra, tiveram uma origem comum: Experiência do sagrado. Oralidade. Pequenos textos. Primeiras redações. Redação definitiva. Organização
Leia maisEvangelho. O maior mandamento Mateus 22:34
Evangelho O maior mandamento Mateus 22:34 :34-40 40 Mateus 22 34 Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se 35 e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo
Leia maisFoucault e a educação. Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nos Currículos da Educação Infantil
Foucault e a educação Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nos Currículos da Educação Infantil Prefácio A educação abrange os processos de ensinar e de aprender e se desenvolve em todos os espaços possíveis:
Leia maisDireito empresarial e. trabalhista. Profa. Dra. Silvia bertani. Profa. Dra. Silvia Bertani 1
Direito empresarial e Profa. Dra. Silvia bertani trabalhista Profa. Dra. Silvia Bertani 1 Profa. Dra. Silvia Bertani 2 Direito empresarial e trabalhista O que vamos estudar? Empresa empresário estabelecimento
Leia maisA Doutrina Espírita e seu Tríplice Aspecto Movimento Espírita Centro Espírita
A Doutrina Espírita e seu Tríplice Aspecto Movimento Espírita Centro Espírita Facilitadora: Mônica Oliveira / Mônica Urbano Data: 22/09/2012 Doutrina = Do latim Doctrina 1 - Conjunto de princípios em que
Leia maisA N I M A D O R E S D E G R U P O S
A N I M A D O R E S D E G R U P O S O animador no grupo de Oração Uma pessoa de muita oração e intimidade com Deus. Servo (antes de ser animador é servo). Alegre Atencioso Equilibrado Motivador Sábio Livre
Leia maisÉTICA E MORAL. O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1
ÉTICA E MORAL O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1 Ética e Moral são indiferenciáveis No dia-a-dia quando falamos tanto usamos o termo ética ou moral, sem os distinguirmos. Também
Leia maisPLANEJAMENTO Disciplina: Ensino Religioso Série: 7º ano Prof.:Cristiano Souza 1ª UNIDADE EIXOS COGNITIVOS CONTEÚDOS HABILIDADES
Disciplina: Ensino Religioso Série: 7º ano Prof.:Cristiano Souza 1ª UNIDADE EIXOS COGNITIVOS CONTEÚDOS HABILIDADES O homem e sua relação com o Transcendente LIDERANÇA CHAMADOS PARA FORMAR UMA NAÇÃO Favorecer
Leia maisFaculdade Zumbi dos Palmares RESUMO SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO E BUROCRACIA O MITO DA EDUCAÇÃO LIBERTADORA
INSTITUTO AFRO BRASILEIRO DE ENSINO SUPERIOR Faculdade Zumbi dos Palmares Faculdade de Pedagogia RESUMO SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO E BUROCRACIA O MITO DA EDUCAÇÃO LIBERTADORA JOYCE MOURÃO RODRIGUES
Leia maisBachelard. A Ciência é contínua?
Texto B Visão Dialética do conhecimento científico Inclui razão e experiência As observações são influenciadas por teorias prévias Visão descontinuísta das Ciências: presença de rupturas com o senso comum
Leia mais14 DE JUNHO DE 2009 FÉ E RAZÃO
14 DE JUNHO DE 2009 FÉ E RAZÃO Para o dicionarista, a definição de fé é a convicção e crença firme e incondicional, alheia a argumentos da razão. Todavia, concebemos como uma espécie de força intrínseca,
Leia maisNOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1
NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 Profa. Gláucia Russo Um projeto de pesquisa pode se organizar de diversas formas, naquela que estamos trabalhando aqui, a problematização estaria
Leia maisSupervisão de Estágios
Supervisão de s Orientações ao estagiários A Coordenação de Curso tem como objetivos, orientar, esclarecer e fazer o encaminhamento documental do estágio, de forma a viabilizar a realização do estágio
Leia maisDATA DE ENTREGA 19/12/2016 VALOR: 20,0 NOTA:
DISCIPLINA: FILOSOFIA PROFESSOR: ENRIQUE MARCATTO DATA DE ENTREGA 19/12/2016 VALOR: 20,0 NOTA: NOME COMPLETO: ASSUNTO: TRABALHO DE RECUPERAÇÃO FINAL SÉRIE: 3ª SÉRIE/EM TURMA: Nº: 01. RELAÇÃO DO CONTEÚDO
Leia maisARISTÓTELES I) TEORIA DO CONHECIMENTO DE ARISTÓTELES
AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos. Todo exemplo citado em aula é, meramente,
Leia maisFRANCIS BACON E A TRADIÇÃO EMPIRISTA. Universidade Estadual de Ponta Grossa Programa de Pós-Graduação em Educação Professora Gisele Masson
FRANCIS BACON E A TRADIÇÃO EMPIRISTA Universidade Estadual de Ponta Grossa Programa de Pós-Graduação em Educação Professora Gisele Masson O pensamento moderno e a crise generalizada de autoridade - A autoridade
Leia maisJorge Teixeira da Cunha. Ética Teológica Fundamental
Jorge Teixeira da Cunha Ética Teológica Fundamental UNIVERSIDADE CATÓLICA EDITORA Lisboa, 2009 In t ro d u ç ã o Esta explicação teológica da ética nasce de algumas preocupações. Esperamos interpretar
Leia mais