Notas de Aula TE050 - ELETRÔNICA DIGITAL I. Parte 1 Sistemas de Numeração, Códigos Binários, Álgebra Lógica e Funções Lógicas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Notas de Aula TE050 - ELETRÔNICA DIGITAL I. Parte 1 Sistemas de Numeração, Códigos Binários, Álgebra Lógica e Funções Lógicas"

Transcrição

1 UNIVERSIE FEERL O PRNÁ SETOR E TENOLOGI EPRTMENTO E ENGENHRI ELÉTRI Notas de ula TE050 - ELETRÔNI IGITL I Parte 1 Sistemas de Numeração, ódigos inários, Álgebra Lógica e Funções Lógicas demar Luiz Pastro 2017

2 ELETRÔNI IGITl I SISTEMS E NUMERÇÃO INTROUÇÃO Os sistemas digitais envolvem circuitos eletrônicos nos quais existem somente dois estados, normalmente representados por dois níveis diferentes de tensão. Toda a operação dos circuitos digitais está fundamentada neste conceito de dois estados, caracterizando desta maneira um sistema binário. ssim sendo, para entender os princípios da eletrônica digital é necessária uma familiarização com o sistema binário de numeração Representação de um número Em um sistema numérico de base b qualquer, um número positivo é representado pelo polinômio: N (b) = a q-1 b q-1 a q-2 b q-2... a 1 b 1 a 0 b 0 a -1 b -1 a -2 b a -p b -p = a i= p Sendo: b = ase (ou raiz) do sistema de numeração (inteiro >1) a i = Inteiro no intervalo (0 a i b-1): são os dígitos do número p = Número de dígitos da parte fracionária do número q = Número de dígitos da parte inteira do número. sequência de dígitos a q-1 a q-2...a 1 a 0, representa a parte inteira do número, enquanto a sequência de dígitos a -1 a -2...a -p, representa a parte fracionária do numero N. O dígito a -p é o dígito menos significativo e a q-1 é o dígito mais significativo do número N. ssim, um número decimal pode ser representado através de um polinômio de potências de 10, enquanto um número binário pode ser representado por um polinômio de potências de 2. Por exemplo, o número decimal 38275,618 pode ser representado pelo polinômio: 38275,618 = Nesse polinômio, número 10 representa a base (ou raiz) do sistema decimal. q 1 i ib onversão de ases Quando se trabalha com sistemas de numeração de bases diferentes, com freqüência é necessário converter um número representado em um determinado sistema de numeração, para o seu equivalente em outro sistema de numeração. Esta operação é denominada conversão de bases. Existem três métodos que podem ser utilizados para converter um número de uma base b 1 para uma base b Método do polinômio Esse método consiste em representar o numero N como um polinômio de potências da base b 1 (base de origem) e utilizar a aritmética da base b 2 (base de destino) para calcular o valor deste polinômio. Exemplo: onverter para base 10 os números 537,24 (8) e 11010,101 (2) respectivamente. Representação dos polinômios: demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

3 ELETRÔNI IGITl I 3 537,24 (8) = 5x8 2 3x8 1 7x8 0 2x8-1 4x8-2 = 351,3125 (10) 11010,101 (2) = 1x2 4 1x2 3 0x2 2 1x2 1 0x2 0 1x2-1 0x2-2 1x2-3 = 26,625 (10) É importante observar que, em ambas as conversões, as operações aritméticas para o cálculo do valor do polinômio foram realizadas na base 10 que é a base de destino (b 2 ). onverter o número 327 (8) para a base 5: 327 (8) = 3x8 2 2x8 1 7x8 0 = = 1330 (5) Observe que no último exemplo, o método de conversão é o mesmo das conversões anteriores porém, é necessário utilizar a aritmética da base 5 para efetuar o cálculo do polinômio, o que para nós representa uma dificuldade, visto que não estamos habituados a trabalhar com uma base diferente da base 10. Portanto, pode-se deduzir que o método do polinômio, embora possa ser utilizado em qualquer conversão, é adequado somente quando a base de destino for a base 10, pois nessa situação as operações aritméticas são efetuadas no sistema decimal. Exercícios: onverter os números abaixo para o sistema decimal: a) 2043,14 (5) ; b) 627,73 (8) ; c) ,1101 (2) ; d) 10231,312 (4) Método das divisões e multiplicações sucessivas Nesse método, os cálculos são feitos utilizando a aritmética da base b 1, que é a base de origem. s conversões das partes inteira e fracionária do número, são efetuadas separadamente. Seja N (b1 ) um número inteiro. omo já vimos, sua representação na base b 2 é dada pelo polinômio: N (b1 ) = a q-1 b 2 q-1 a q-2 b 2 q-2... a 1 b 2 1 a 0 b 2 0 ividindo ambos os lados da igualdade por b 2 teremos: N (b1 )/b 2 = a q-1 b 2 q-2 a q-2 b 2 q-3... a 1 a 0 /b 2 Fazendo: a q-1 b 2 q-2 a q-2 b 2 q-3... a 1 = Q 0 (Quociente da divisão) N (b1 )/b 2 = Q 0 a 0 /b 2 Então: a 0 = N (b1 ) - b 2 Q 0, que é o resto da divisão de N (b1 ) por b 2. Portanto, o resto da primeira divisão de N por b 2, representa o dígito menos significativo do número N (b2 ) isto é, o dígito a 0. O próximo dígito significativo (a 1 ), é obtido dividindo-se o quociente obtido na divisão anterior (Q 0 ) novamente por b 2. Q 0 /b 2 = a q-1 b 2 q-3 a q-2 b 2 q-4... a 2 a 1 /b 2 O resto desta segunda divisão, representa o segundo dígito menos significativo (a 1 ). demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

4 ELETRÔNI IGITl I 4 obtenção dos demais dígitos é feita através de divisões sucessivas dos quocientes obtidos, até que o quociente seja zero. O número N (b2 ) é composto pelos restos das divisões efetuadas, lembrando que o resto da primeira divisão é o dígito menos significativo do número. parte fracionária do número, é representada por: N (b1 ) = a -1 b 2-1 a -2 b a -p b 2 -p O dígito mais significativo (a -1 ) pode ser obtido multiplicando o polinômio por b 2 : b 2.N (b1 ) = a -1 a -2 b a -p b 2 -p1 Se o produto obtido nesta multiplicação for menor do que 1, então o dígito a -1 é igual a zero. Se o produto for maior do que 1, então o dígito a -1 é igual à parte inteira do produto. O próximo dígito é obtido multiplicando a parte fracionária do produto anterior novamente por b 2 e determinando a parte inteira deste novo produto, e assim sucessivamente. Este processo não necessariamente termina, visto que nem sempre é possível representar a fração na base b 2 com um número finito de dígitos. Exemplo: converter o número 435,78125 (10) para a base 4. a) Parte inteira (divisões sucessivas): 435 4_ _ _ 3 6 4_ 2 1 4_ 1 0 b) Parte fracionária (multiplicações sucessivas): 0, , ,50000 x 4 x 4 x 4 3, , ,00000 ssim: 0,78125 (10) = 0,302 (4) ssim: 435 (10) = (4) Portanto: 435,78125 (10) = 12303,302 (4) Exercícios: Efetuar as conversões de base indicadas abaixo: 795,1875 (10) para base 8; 349,36 (10) para base 8; 187,0625 (10) para base 2; 109,85 (10) para base Método da substituição direta O método de conversão de bases por substituição direta pode ser utilizado quando uma das bases for potência inteira da outra. onsidere por exemplo, dois sistemas de numeração de bases b 1 = 2 e b 2 = 4. Representando os 4 dígitos do sistema base 4 e seus respectivos valores equivalentes no sistema base 2 temos a seguinte tabela de conversão: demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

5 ELETRÔNI IGITl I 5 base 4 base omo se observa, cada dígito do sistema base 4 corresponde à dois dígitos do sistema base 2. esta forma, a conversão de um número de uma base para outra pode ser feita através da simples substituição de um dígito do sistema base 4 por dois dígitos do sistema base 2, e vice versa Exemplos: a) (8) base (8) = (2) b) (3) base (3) = (9) Exercícios: Efetuar as conversões indicadas abaixo: a) , (2) para base 4; b) ,3201 (4) para base 2; c) (8) para base 4; Operações aritméticas É possível efetuar operações aritméticas em sistemas de numeração de qualquer base, da mesma forma que as operações são efetuadas no sistema decimal. baixo estão mostrados exemplos das operações de soma e subtração em outros sistemas de numeração que não o decimal. Soma: (5) 32704,316 (8) (4) (5) 26105,405 (8) (4) (5) 61011,723 (8) (4) Subtração: (7) 51042,314 (6) (8) (7) ,231 (6) (8) (7) 30151,043 (6) (8) Exercícios: Efetuar as operações indicadas abaixo: (9) 12041,432 (5) (7) (4) (9) 20432,231 (5) (7) (4) SISTEM E NUMERÇÃO INÁRIO No sistema binário, a base é 2 e são utilizados somente 2 dígitos para representar um número qualquer: os dígitos utilizados são 0 e 1. ada um dos dígitos utilizados para representar valores no sistema binário (0 e 1) é denominado bit, que é uma contração das palavras binary digit onversão de números do sistema binário para decimal conversão de um número do sistema binário para o sistema decimal é feita utilizando o método do polinômio. Exemplo: onverter o número ,1101 (2) para decimal. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

6 ELETRÔNI IGITl I 6 Representando o número na forma de polinômio temos: 1x2 7 1x2 6 0x2 5 1x2 4 1x2 3 0x2 2 1x2 1 0x2 0 1x2-1 1x2-2 0x2-3 1x2-4 alculando o valor do polinômio, temos: ,5 0,25 0 0,0625 = 218,8125 Portanto: ,1101 (2) = 218,8125 (10) onversão de números do sistema decimal para binário conversão de um número do sistema decimal para o sistema binário é feita utilizando o método das divisões e multiplicações sucessivas. Exemplo: onverter o número 185, (10) para binário. parte inteira do número deve ser dividida sucessivamente por 2 até se chegar a um quociente zero, e a parte fracionária do mesmo deve ser multiplicada sucessivamente por 2 até se chegar a um produto igual a 0. Parte Inteira: Parte Fracionária: , , , x 2 x 2 x , , , , , , x 2 x 2 x , , , Portanto: 185, (10) = , (2) Nem sempre a conversão de um número do sistema decimal para o sistema binário pode ser feita de forma exata. Existem situações em que a parte fracionária do número tem que ser aproximada, como se observa no exemplo abaixo: onverter o número 137,475 (10) para binário ,475 0,950 0,900 0,800 0,600 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 0,950 1,900 1,800 1,600 1,200 0,200 0,400 0,800 0,600 0,200 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 0,400 0,800 1,600 1,200 0,400 demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

7 ELETRÔNI IGITl I 7 Fica claro que, não é possível chegar a um resultado zero na multiplicação, o que significa que o número não tem representação exata no sistema binário. ssim: 137,475 (10) = , (2) Nesta situação, o grau de aproximação vai depender do número de bits que estão disponíveis para representar o número binário SISTEM E NUMERÇÃO HEXEIML O sistema de numeração hexadecimal é utilizado para simplificar a representação de números binários. través do sistema hexadecimal, pode-se compactar um conjunto de bits, que representa o número no sistema binário, em um conjunto menor de dígitos do sistema hexadecimal. aracterísticas: ase = 16; 16 dígitos para representar um número; dígitos 0 a 9, para representar os valores de 0 a 9; dígitos a F, para representar os valores de 10 a 15. Um byte representa a unidade básica de dados em um sistema digital, sendo formado por um conjunto de 8 bits. ividindo-se o byte em duas partes, temos dois grupos de 4 bits que são denominados nibbles. om os 4 bits que compõem cada nibble é possível formar 16 combinações distintas, sendo que, cada uma destas combinações corresponde à um dígito do sistema hexadecimal. ssim, o conteúdo de um byte pode ser representado por 2 dígitos hexadecimais. conversão de um número do sistema binário para o sistema hexadecimal não envolve nenhuma operação aritmética. Para esta conversão é utilizado o método da substituição direta, onde cada grupo de 4 bits corresponde a um dígito hexadecimal. tabela abaixo mostra a conversão do sistema binário para o sistema hexadecimal: ecimal inário Hexadecimal ecimal inário Hexadecimal E F onversão binário hexadecimal Para converter um número do sistema binário para o hexadecimal, basta formar grupos de 4 bits(nibbles) da direita para a esquerda, completando com zeros o último grupo à esquerda, se for necessário. ada um dos grupos de 4 bits formados, corresponde à um dígito hexadecimal. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

8 ELETRÔNI IGITl I 8 Exemplos: a) onverter para hexadecimal o número binário Separando em grupos: E Portanto, (2) = 4E583 (16) b) onverter para hexadecimal o número binário Separando em grupos: F E Portanto, (2) = 180FE (16) onversão hexadecimal binário Para converter um número do sistema de numeração hexadecimal para o sistema binário, simplesmente tomamos cada dígito hexadecimal e representamos através de um grupo de 4 bits. Exemplos: a) onverter para binário o número hexadecimal _ Número binário equivalente: b) onverter para binário o número hexadecimal 5F07E 5 F 0 7 E Número binário equivalente: SISTEM E NUMERÇÃO OTL O sistema de numeração octal tem a mesma finalidade do sistema hexadecimal, ou seja, simplificar a representação de números binários. diferença é que, ao invés de grupos de 4 bits como no sistema hexadecimal, são considerados grupos de 3 bits. Tomando-se um grupo de 3 bits, é possível formar 8 combinações diferentes, sendo que, cada uma destas combinações corresponde à um dígito do sistema octal. aracterísticas: ase = 8 8 dígitos para representar um número dígitos: 0 a 7 a mesma forma que no sistema hexadecimal, a conversão de um número do sistema binário para o sistema octal não envolve nenhuma operação aritmética. Existe simplesmente uma correspondência entre cada grupo de 3 bits e um digito octal onversão binário octal Para converter um número do sistema binário para o sistema octal, basta formar grupos de 3 bits da direita para a esquerda, completando com zeros o último grupo à esquerda se for necessário. À cada um dos grupos formados, temos um dígito do sistema octal. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

9 ELETRÔNI IGITl I 9 Exemplos: a) onverter para octal o número binário Separando em grupos: (2) = (8) b) onverter para octal o número binário Separando em grupos: (2) = (8) onversão octal binário Para converter um número do sistema de numeração octal para o sistema binário, simplesmente tomamos cada dígito octal e representamos através de um grupo de 3 bits. Exemplos: a) onverter para binário o número octal Representando cada dígito pelos 3 bits, temos: (8) = (2) b) onverter para binário o número octal onvertendo cada dígito, temos: (8) = (2) Exercícios: Efetuar as conversões indicada abaixo: a) (2) para hexadecimal b) 5389 (16) para binário c) (2) para octal d) (8) para binário e) (8) para hexadecimal f) 30F5 (16) para octal RITMÉTI INÁRI s operações aritméticas no sistema binário são feitas da mesma maneira que nos outros sistemas de numeração, com a diferença que, no sistema binário temos somente os dois dígitos 0 e 1. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

10 ELETRÔNI IGITl I Soma omo existem somente os dígitos 0 e 1, numa soma de dois números binários ocorrem quatro situações possíveis, que são: 0 0 = = = 1 = 0 vai um para a casa seguinte Exemplos de soma: Subtração a mesma forma que na operação de soma, na subtração de dois números binários podem ocorrer somente 4 possíveis situações: 0-0 = = = = 1 empresta um da casa anterior Exemplos de subtração: Multiplicação Para entender o processo de multiplicação de dois números binários, pode-se inicialmente analisar a multiplicação de dois números no sistema decimal, uma vez que o procedimento é idêntico para os dois sistemas. Seja por exemplo, a multiplicação no sistema decimal: Multiplicando x 2735 Multiplicado omo se observa no exemplo, é realizada a multiplicação de cada dígito do multiplicador pelo multiplicando, formando produtos parciais. Observe que cada um dos produtos parciais sofre um deslocamento para a esquerda. O resultado da multiplicação é a soma de todos os produtos parciais obtidos. omo no sistema binário existem somente os dígitos 0 e 1, os produtos parciais são zero, no caso do dígito do multiplicador ser 0, ou o próprio multiplicando no caso do dígito ser 1. Exemplo de multiplicação de dois números binários: demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

11 ELETRÔNI IGITl I Multiplicando x 1011 Multiplicado ivisão o mesmo modo que a multiplicação, a divisão binária é mais simples que a divisão decimal. Seja por exemplo, a divisão de dois números binários: / omo o divisor possui três dígitos (101), perguntamos se o mesmo cabe nos três primeiros dígitos do dividendo (110). omo isto ocorre, o dígito correspondente do quociente é 1, e o divisor é subtraído dos três primeiros dígitos do dividendo. O restante da divisão segue o mesmo procedimento da divisão decimal. No exemplo acima, a divisão tem como resultado um quociente e um resto Representação de números negativos através do complemento de 2 O complemento de 2 de um número binário é definido como: [N] 2 = 2 n (N) 2 Onde: (N) 2 : número binário n : número de bits que formam o número [N] 2 : complemento de 2 do número Seja por exemplo, o número N = (2), em cuja representação são utilizados 8 bits. O complemento de dois deste número é: 2 8 = Uma maneira simples de obter o complemento de dois de um número binário é inverter (ou negar ou complementar) todos os bits do número e depois somar 1. ssim, considerando o número visto anteriormente temos: invertendo somando demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

12 ELETRÔNI IGITl I 12 Uma das formas utilizadas para representar números negativos no sistema binário é através do complemento de 2. Esta forma de representação é muito utilizada em sistemas digitais para o tratamento de operações aritméticas envolvendo números com sinal. Na representação de números negativos através de complemento de 2, os números positivos são representados na sua forma natural, como já foi visto anteriormente. Os números negativos são representados como complemento de 2 do correspondente número positivo. Seja por exemplo, o número binário (2) = 90 (10). O complemento de 2 deste número é: Invertendo: Somando 1: ssim, na representação de números binários negativos através de complemento de 2, o número (2) representa o valor -90 (10) Operação de soma utilizando complemento de 2 Será analisada a seguir a vantagem de se utilizar o complemento de dois, para a realização de operações aritméticas no sistema binário. onsidere uma operação de subtração de dois números binários: a - b Esta operação pode ser escrita como: a - b = a (-b) Ou seja, a operação de subtração pode ser substituída por uma operação de soma, onde é utilizado o valor negativo do subtraendo. Portanto, no sistema binário, uma operação de subtração é feita somando o minuendo com o complemento de 2 do subtraendo. Neste tipo de operação, é importante que seja estabelecido, o número de dígitos que será utilizado para representar todos os números binários, tendo em vista que na operação de soma o último dígito normalmente deve ser ignorado. omo exemplo, vamos efetuar a subtração 106 (10) 39 (10) no sistema binário. Para isto, será estabelecido que os números binários serão representados com 8 bits. 106 (10) = (2) 39 (10) = (2) O complemento de 2 de 39 é: , que representa o número -39. operação a ser realizada é: = 106 (-39) Temos então: (106) (-39) omo foi definido que seriam utilizados 8 bits para representar os números binários, o bit adicional que apareceu no resultado deve ser desprezado. O resultado da operação é portanto , equivalente ao valor 67 decimal, que é o resultado esperado para a operação. Exemplo: Efetuar a operação 115 (10) 77 (10) no sistema binário: demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

13 ELETRÔNI IGITl I = = = operação fica portanto: O resultado da operação é = 38 (10), conforme era esperado. Vejamos agora, a operação: 43 (10) 109 (10). 43 = = = ssim: Se convertermos diretamente o resultado da operação ( ) para decimal, tem-se o valor 190 (10), que não é o resultado esperado da operação, cujo valor correto deveria ser -66. No entanto, tomando-se o complemento de 2 do resultado da operação, tem-se o valor , que corresponde ao valor decimal 66. Observa-se então que, como o resultado da operação é negativo, o mesmo apareceu na forma de complemento de 2. esta forma, pode ser estabelecida a regra para a representação de números positivos e negativos no sistema binário. a) O primeiro bit(bit mais significativo) sempre indica o sinal do número: 0: o número é positivo 1: o número é negativo b) Se o número for positivo, ele está representado na sua forma real. Se for negativo, está representado na forma de complemento de 2. Utilizando esta forma de representação, a operação de soma é realizada normalmente, sendo que o resultado, positivo ou negativo, aparecerá naturalmente. Exemplos: a) 95 ( 44) Eliminando o dígito adicional: = 51 b) 27 ( 79) c) (d) (-47) ( 72) e) Observe na última operação (e), o resultado foi -96, quando o valor correto é 160. Neste caso, ocorreu uma condição de estouro (overflow), ou seja, o resultado da operação não cabe nos 8 bits previamente definidos para isto. Fica claro portanto, que existem limites para os valores que podem ser representados, limites estes que dependem do número de bits que estão sendo utilizando para representar o números. No caso da representação de números binários com 8 bits, estes limites são: = 127 e = -128 demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

14 ELETRÔNI IGITl I 14 omo regra geral, temos os seguintes limites: -(2 n-1 ) N 2 n-1-1 onde: n é o número de bits utilizados para representar o número. 2 - ÓIGOS INÁRIOS Nos sistemas digitais existem situações em que é necessário, ou desejável, a representação dados que não sejam números binários, tais como strings de caracteres alfanuméricos ou numéricos. Vários tipos de códigos foram desenvolvidos com esta finalidade, podendo se enquadrados em duas principais categorias: ódigos numéricos: utilizados para representar valores numéricos; ódigos não numéricos: utilizados para representar caracteres alfanuméricos ÓIGOS NUMÉRIOS ódigo O código -inary oded ecimal (ecimal odificado em inário) é um código numérico, utilizado para representar números decimais, sendo muito utilizado na interface entre dispositivos digitais. O código nada mais é o do que o próprio código binário, com os valores limitados ao intervalo de 0 a 9, utilizando portanto 4 bits para cada dígito decimal. O código é também denominado -8421, pelo fato dos 4 bits que formam o código terem pesos de 8, 4, 2 e 1 respectivamente. Na tabela abaixo é mostrada a correspondência entre cada dígito decimal e sua representação no código. ecimal ecimal Para representar um número decimal no código, representa-se cada um dos dígitos através de um conjunto de 4 bits. Exemplo: representar o número no código. Substituindo cada dígito decimal por um grupo de 4 bits, temos: demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

15 ELETRÔNI IGITl I ódigo 3-em-excesso O código 3-em-excesso é formado adicionando-se 3 ao código (ou binário). Trata-se de um código não ponderado, visto que existe um peso para cada um dos 4 bits que forma o código. Na tabela abaixo, temos a correspondência entre os códigos decimal, e 3-em-excesso: ecimal 3-em-excesso ecimal 3-em-excesso ódigo GRY O código Gray é um código cíclico, cuja característica é a mudança de somente um bit entre dois valores consecutivos. evido a esta característica, o código Gray é muito utilizado em codificadores(encoders) pois, o fato de existir somente um bit diferente entre valores consecutivos diminui a probabilidade da ocorrência de erros. tabela abaixo mostra a correspondência entre os códigos decimal, binário e Gray de 4 bits: ecimal inário Gray ecimal inário Gray ódigo Johnson O código Johnson é um código numérico, gerado a partir do contador Johnson. O número de valores possíveis depende da quantidade de bits utilizados para representar estes valores. Para representar os 10 dígitos decimais, são necessários 5 bits no código Johnson. Na tabela abaixo, está representado o código Johnson de 5 bits: ecimal Johnson ecimal Johnson demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

16 ELETRÔNI IGITl I etecção e correção de erros Um eventual erro em um dado binário qualquer, significa um valor incorreto em um ou mais bits que formam este dado. Podemos ter um erro simples quando existe somente um bit incorreto e um erro múltiplo quando mais de um bit está incorreto. Erros podem ser causados por falhas de hardware, ruído ou interferência externa ou outro evento indesejado. Os códigos vistos até agora para representar valores numéricos, embora adequados para a representação dos dígitos decimais, são sensíveis a erros de qualquer natureza. Na prática, existe sempre a probabilidade da ocorrência de um erro simples. probabilidade da ocorrência de um erro múltiplo é mais baixa ódigos de detecção de erros Em um código binário, a ocorrência de um erro em um dos bits de um dado pode resultar em outro dado válido, porém incorreto. onsideremos como exemplo, os dois dispositivos e mostrados na figura abaixo, conectados através de uma interface, através da qual trafegam dados no formato. Supondo que, em determinado instante, o dispositivo enviou através da interface, a seqüência de bits 0101, que corresponde ao dígito decimal 5 no código Supondo ainda que, devido à uma interferência externa qualquer (ruído), o segundo bit (da direita para a esquerda) da sequência enviada, foi corrompido, passando de 0 para 1. esta forma, o dispositivo recebe o dado 0111, que corresponde à um valor válido (digito 7), porém diferente daquele que foi enviado pelo dispositivo. ssim, enviou o dígito 5 e recebeu o dígito 7 tratando este valor como sendo correto, pois não possui nenhum mecanismo para detectar que ocorreu o erro, pois o código não tem capacidade para detectar o erro. É possível tornar o código capaz de detectar um erro simples, adicionando ao mesmo um bit de paridade, que pode ser par ou ímpar. Paridade par : o número de bits 1, incluindo o bit de paridade, deve ser par. Paridade ímpar : o número de bits 1, incluindo o bit de paridade, deve ser ímpar. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

17 ELETRÔNI IGITl I 17 Na tabela abaixo está mostrado o código, acrescido de um bit de paridade: Paridade par Paridade ímpar ecimal 8421 P 8421 P O propósito do bit de paridade é adicionar um bit extra ao código, de modo a fazer com que o número total de bits 1 seja par ou ímpar, conforme o tipo de paridade desejada. om isto, é possível detectar um erro simples do tipo descrito acima. onsiderando o exemplo visto e supondo uma paridade par, o dispositivo envia o dígito 5 que corresponde a 01010, sendo que o dispositivo por sua vez, recebe o dado o verificar a paridade do valor recebido, o dispositivo, percebe a existência de 3 bits 1 no número recebido, o que, considerando a paridade par está incorreto ódigo 2-entre-5 Outro código numérico utilizado para representar os dígitos decimais e que possui a capacidade de detectar a ocorrência de um erro simples é o código 2-entre-5, que é um código de 5 bits. O código 2-entre-5 é formado pelas 10 possíveis combinações de 5 bits, onde 2 dos 5 bits são iguais a 1 e 3 são iguais a 0. detecção de um erro é feita contando-se o número de bits iguais a 1 existentes na seqüência de bits do código. Sempre que este número for diferente de 2, existe um erro. tabela abaixo mostra a configuração do código 2-entre-5: ecimal 2-entre-5 ecimal 2-entre demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

18 ELETRÔNI IGITl I istância de um código binário distância entre duas palavras(valores) quaisquer, em um código binário, representa o número de bits que precisam ser alterados para tornar um valor válido em outro valor válido. Por exemplo, a distância entre as palavras 1010 e 0100 é três, visto que os dois valores possuem 3 bits diferentes. distância mínima de um código binário, representa o menor número de bits diferentes entre dois valores quaisquer. ssim, nos códigos e 3-em-excesso, a distância mínima é um, enquanto que no código 2-entre-5, a distância mínima é dois. Para que um código possua a capacidade de detectar um erro simples, é necessário que a distância mínima seja maior ou igual a dois. 2.2 ÓIGOS NÃO NUMÉRIOS Os códigos não numéricos são utilizados para representar dados que não são numéricos. Por exemplo, um computador tem a capacidade de armazenar e trabalhar tanto com dados numéricos como com dados alfanuméricos. Para que isto seja possível, é necessária a utilização de um código capaz de representar os dados alfanuméricos ódigo SII O código SII (merican Standard ode for Information Interchange) é um código não numérico, amplamente utilizado na indústria de computadores. É um código utilizado para representar um conjunto de caracteres alfanuméricos, através de combinações pré-definidas de bits. TEL SII (7 bits) ec Hex aracter ec Hex aracter ec Hex aracter ec Hex aracter 0 00 NUL SP ` 1 01 SOH 33 21! a 2 02 STX b 3 03 ETX # c 4 04 EOT $ d 5 05 ENQ % E e 6 06 K & F f 7 07 EL ' G g 8 08 S ( H h 9 09 HT ) I i 10 0 LF 42 2 * 74 4 J j 11 0 VT K k 12 0 FF 44 2, 76 4 L l 13 0 R M m 14 0E SO 46 2E. 78 4E N 110 6E n 15 0F LF 47 2F / 79 4F O 111 6F o LE P p Q q R r S s T t 25 NK U u SYN V v ET W w N X x demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

19 ELETRÔNI IGITl I EM Y y 26 1 SU 58 3 : 90 5 Z z 27 1 ES 59 3 ; 91 5 [ { 28 1 FS 60 3 < 92 5 \ GS 61 3 = 93 5 ] } 30 1E RS 62 3E > 94 5E ^ 126 7E ~ 3F US 63 3F? 95 5F _ 127 7F EL TEL SII EXTENI demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

20 ELETRÔNI IGITl I ódigo EI O código EI Extended inary oded ecimal Interchange ode, foi desenvolvido pela IM no início da década de 60. É um código de 8 bits, onde cada caracter é representado através uma combinação específica destes 8 bits. ódigo EI demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

21 ELETRÔNI IGITl I ÁLGER LÓGI OU ÁLGER OOLEN 3.1 ONEITO E FUNÇÃO LÓGI Variáveis e funções Estamos normalmente familiarizados com o conceito de variável e de função, sob o ponto de vista da álgebra tradicional. entro deste conceito, o campo de existência de uma variável, isto é, o intervalo de variação dos valores que podem ser assumidos por uma variável x qualquer, pode ser especificado de diversas maneiras, dependendo do contexto em que a função está definida. Por exemplo: x é um número real, com - < x < x é um número real, com -1 x 1 x é um inteiro, com 20 < x < 50 x é um inteiro com 0 x 5 Uma função pode ser definida como uma regra, de acordo com a qual podemos determinar o valor de uma variável chamada variável dependente, a partir de uma ou mais variáveis chamadas variáveis independentes. enominando y a variável dependente e x a variável independente, a relação de dependência entre as variáveis pode ser escrita como: y = f(x). Supondo que desejamos determinar o valor da variável y a partir da variável x, de acordo com a seguinte regra: a variável x deve ser multiplicada por ela mesma, este produto deve ser multiplicado por 2 e o resultado destas duas operações deve ser somado à constante -7. relação entre as variáveis y e x pode ser representada algebricamente através da equação: y = 2x 2-7 No exemplo acima, considerando que o domínio da variável x seja - < x <, determinamos o valor de y através da aplicação de operações algébricas de exponenciação, multiplicação e soma. No entanto, se considerarmos que o número de valores possíveis para a variável x seja pequeno, é possível especificar uma função através da elaboração de uma tabela na qual colocamos todos os possíveis valores para a variável x e os respectivos valores para a variável y. Supondo que na função vista acima, (y = 2x 2-7), o domínio da variável x seja -2 x 2, com x inteiro. Nesta situação, considerando que existem apenas cinco valores diferentes para as variáveis x e y, é possível representar o relacionamento entre as variáveis através de uma tabela, como está mostrado abaixo: x y = f(x) demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

22 ELETRÔNI IGITl I 22 esde que seja possível representar uma função através de uma tabela, não é necessário que as variáveis envolvidas sejam numéricas, uma vez que não há necessidade de efetuar nenhuma operação algébrica sobre as mesmas. Esta constatação sugere que é possível definir uma função na qual as variáveis envolvidas não sejam numéricas. Seja por exemplo, uma variável independente x que pode assumir como valores, as cores de um sinal de trânsito em um cruzamento de ruas, e uma outra variável dependente y que representa a possível atitude de um motorista ao se aproximar do cruzamento (supondo um motorista consciente que obedeça as leis de trânsito). O relacionamento entre as variáveis x e y está mostrado na tabela abaixo: x Verde marelo Vermelho y = f(x) Prosseguir tenção Parar omo pode-se observar, os valores assumidos pela variável independente x são expressos através de condições como o sinal está verde ou o sinal está amarelo ou o sinal está vermelho. a mesma forma, os valores assumidos pela variável dependente y também representam condições, como o motorista deve prosseguir ou o motorista deve prestar atenção ou o motorista deve parar onceito de Variável Lógica Uma variável lógica possui as seguintes características: Uma variável lógica pode assumir somente dois valores possíveis; Os valores possíveis de serem assumidos pela variável, representam condições e não valores numéricos; Os dois valores possíveis de serem assumidos pela variável são mutuamente exclusivos. Para efeito de análise, vamos assumir que o sinal de trânsito possui somente as luzes verde e vermelha e excluir a possibilidade de ambas as luzes estarem acesas ou apagadas no intervalo da mudança de uma para outra. Neste caso, a variável x que representa o estado do sinal assume as características de uma variável lógica, visto que: a) Existem somente dois valores possíveis: o sinal está verde ou o sinal está vermelho ; b) Os valores representam condições; c) Os valores são mutuamente exclusivos, pois se o sinal não está verde só pode estar vermelho e vice versa. O valor da variável x, que representa o estado do sinal pode ser representado através das expressões: x = verde, significando que o sinal está verde, ou x = vermelho, significando que o sinal está vermelho. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

23 ELETRÔNI IGITl I 23 onsiderando a condição de mútua exclusividade, pode-se escrever: x = vermelho = não verde = verde x = verde = não vermelho = vermelho O não ou a barra sobre a variável, representa uma negação. função que relaciona a atitude do motorista (y) com o estado do sinal de trânsito (x), é uma função lógica, pois é uma regra que estabelece o relacionamento entre variáveis lógicas. x Verde Vermelho y = f(x) Prosseguir Parar Valores para uma variável lógica Na álgebra tradicional, as variáveis de uma equação algébrica podem representar uma grandeza física qualquer, como temperatura, pressão, distância, velocidade, tempo, corrente, tensão, potência, campo elétrico, campo magnético, etc. o ponto de vista puramente matemático, o que interessa é o relacionamento entre as variáveis e não o que elas representam. ssim, na equação y = 2x 2-7 para x = 3, calculamos o valor de y = 11, independentemente do que x e y representam. a mesma maneira, podemos associar dois nomes quaisquer aos dois valores possíveis de serem assumidos por uma variável lógica, não importando o que esta variável representa. Quaisquer nomes podem ser utilizados, porém é interessante que usemos nomes que ressaltem a condição de mútua exclusividade. ssim, podem ser usados nomes, tais como: Frio e Quente Entrada e Saída lto e aixo Ligado e esligado Verdadeiro e Falso Verde e Vermelho berto e Fechado Num primeiro momento utilizaremos a notação Verdadeiro (V) e Falso (F) para representar os dois valores possíveis para as variáveis lógicas. lém disso, ao invés de representar as variáveis lógicas pelas letras x, y, z, w,..., será utilizada a nomenclatura,,,,..., com objetivo de não causar nenhuma confusão com as funções algébricas tradicionais. ssim, uma função lógica será representada por: Z = f(,,,...) Voltando ao exemplo do sinal de trânsito, pode-se estabelecer o seguinte critério: variável independente, que representa o estado do sinal de trânsito; Z variável dependente, que representa a atitude do motorista. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

24 ELETRÔNI IGITl I 24 om a seguinte nomenclatura: = F, o sinal está vermelho; = V, o sinal está verde; Z = F, o motorista deve parar; Z = V, o motorista deve prosseguir. om estes critérios definidos, o relacionamento entre as variáveis lógicas Z e pode ser representado pela tabela abaixo: F V Z = f() F V Esta tabela, na qual são representadas todas as combinações possíveis para as variáveis lógicas, é denominada tabela verdade FUNÇÕES LÓGIS E UM VRIÁVEL onsiderando que existem somente dois valores possíveis para uma variável lógica, existem quatro resultados possíveis para uma função lógica de uma variável, o que nos dá um número de quatro possíveis funções. F V Z = f() s quatros funções possíveis são: F V Z = f() F F Representação: Z = f ( ) = F F V Z = f() V V Representação: Z = f ( ) = V F V Z = f() F V Representação: Z = f ( ) = F V Z = f() V F Representação: Z = f ( ) = função Z = é denominada Negação ou Inversão ou omplementação. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

25 ELETRÔNI IGITl I FUNÇÕES LÓGIS E US VRIÁVEIS Funções ásicas: E, OU e NÃO Seja uma função Z = f(,) com duas variáveis lógicas independentes e. omo existem quatro combinações possíveis para as variáveis lógicas e, significa que a tabela verdade para esta função possui 4 linhas, como pode ser observado a seguir. Z = f(,) F F F V V F V V Existem portanto, 16 possíveis combinações para a variável dependente Z e, consequentemente, 16 possíveis funções para estas duas variáveis. lgumas destas 16 possíveis funções têm interesse especial, conforme será mostrado a seguir Função E (N) função Z = f(,) definida pela tabela verdade mostrada abaixo é denominada operação lógica E (ou função lógica E), ou N em inglês: Z = f(,) F F F F V F V F F V V V Nesta função, a variável dependente Z é igual a V somente quando e forem iguais a V, daí o nome, operação E. representação da função E é: Z = E, ou Z = N, ou Z =, ou simplesmente Z = Propriedades da operação E: a operação lógica E possui as mesmas propriedades da multiplicação algébrica, que são as propriedades comutativa e associativa. Propriedade comutativa: Z = = Propriedade associativa: Z = () = () demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

26 ELETRÔNI IGITl I 26 Exercício: Provar, através da tabela verdade, a validade da propriedade associativa da operação lógica E. () () () () F F F F F F F F F V F F F F F V F F F F F F V V F F V F V F F F F F F V F V F F F F V V F V F F F V V V V V V V Na tabela verdade acima, pode-se verificar que as colunas correspondentes às operações () e () são idênticas, o que prova a validade da propriedade associativa da operação E Função OU (OR) função Z = f(,) definida pela tabela verdade mostrada abaixo é denominada operação lógica OU (ou função lógica OU), ou OR em inglês: Z = f(,) F F F F V V V F V V V V Na função lógica OU, a variável dependente Z é igual a V se as variáveis ou, ou ambas, forem iguais a V. operação OU é representada por: Z = OU, ou Z = OR, ou Z = Propriedades: a mesma forma que a operação lógica E, a operação OU possui as propriedades comutativa e associativa. omutativa: Z = = ssociativa: Z = ( ) = ( ) Propriedade istributiva: s operações lógicas E e OU em conjunto, possuem também a propriedade distributiva: Z = ( ) = demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

27 ELETRÔNI IGITl I 27 s funções lógicas E, OU e NÃO (N, OR e NOT) são chamadas funções básicas ou funções fundamentais, pois a partir de combinações destas três funções, é possível representar qualquer outra função lógica, independente da complexidade REPRESENTÇÃO TRVÉS NOTÇÃO 0-1 té este ponto foi propositalmente, utilizada a notação Verdadeiro(V) e Falso(F) para representar os dois possíveis valores para uma variável lógica. escolha desta notação foi intencional, com objetivo de caracterizar o fato de não estarmos tratando com valores numéricos e sim com valores lógicos, que representam condições. partir deste ponto será utilizada a notação 0-1 para representar os dois valores possíveis para as variáveis lógicas. evemos estar cientes no entanto que, embora os valores lógicos sejam representados pelos dígitos 0 e 1, estamos tratando de condições e não de valores numéricos. Podemos estabelecer a seguinte correspondência entre os valores: F <=> 0 V <=> 1 om a utilização desta notação, as tabelas verdades correspondentes às funções lógicas E e OU ficam assim representadas: Z = Z = onsiderando a analogia com as operações algébricas de multiplicação e soma, temos as seguintes situações: 0.0 = =0 0.1 = =1 1.0 = =1 1.1 = 1 =1 expressão 1 1 = 1 é importante no sentido de lembrar que não estamos tratando com valores numéricos e sim com condições. 3.5 OUTRS FUNÇÕES E US VRIÁVEIS omo foi visto, para duas variáveis lógicas existem 16 funções distintas, dentre as quais estão as funções básicas E e OU já analisadas. Na tabela abaixo, estão representadas todas as 16 possíveis funções. Observe que todas as funções estão representadas através de uma combinação das funções básicas E, OU e NÃO. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

28 ELETRÔNI IGITl I Função f f = 0 f f = f f = f f = f f = f f = f f = f f = f f = f f = f f = f 1 0 f = f f = f f = f f = f 15 f = 1 lém das funções E e OU vistas acima, existem outras funções neste conjunto, que têm interesse especial, conforme será visto a seguir Função Ou-Exclusivo função f 6 =, cuja tabela verdade está mostrada abaixo, é denominada OU-Exclusivo (em inglês, Exclusive-OR), também conhecida como XOR. Z = f() O resultado da função é 0 quando as duas variáveis forem iguais e 1 quando as duas variáveis forem diferentes. função Ou-Exclusivo é representada pelo símbolo : Z = = Função Equivalência função f 9 =, cuja tabela verdade está mostrada abaixo, é a negação da função OU- Exclusivo, também denominada função Equivalência(ou oincidência). Essa função também é denominada XNOR (Exclusive Not OR). demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

29 ELETRÔNI IGITl I 29 Z = f() O resultado da função é 1 quando as duas variáveis forem iguais e 0 quando as duas variáveis forem diferentes. função Equivalência é representada pela negação expressão Ou-exclusivo. Z = = Função NN função f 14 = cuja tabela é mostrada a seguir, é a negação da função E, chamada função NÃO E (em inglês, NOT N), abreviada como NN. Z = f() Função NOR função f 8 =, mostrada na tabela abaixo, é a negação da função OU, chamada NÃO OU (em inglês, NOT OR), abreviada como NOR. Z = f() PORTS LÓGIS onceito de Porta Lógica Uma porta lógica é um dispositivo físico que realiza uma operação lógica. onsiderando as três operações lógicas fundamentais E, OU e NÃO, existe uma porta lógica que realiza fisicamente cada uma destas operações. Porta lógica NÃO: é o dispositivo que realiza a operação lógica NÃO; Porta lógica OU: é o dispositivo que realiza a operação lógica OU; Porta lógica E: é o dispositivo que realiza a operação lógica E. forma como uma porta é implementada, depende da tecnologia utilizada na sua fabricação. Na figura abaixo está mostrado o circuito correspondente à uma porta inversora(não) MOS: demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

30 ELETRÔNI IGITl I 30 V Entrada p n Saída Porta inversora MOS Quando uma tensão alta (V ) é aplicada na entrada, o transistor canal p está em corte e o transistor canal n está conduzindo. Nesta situação, a saída está ligada ao terra através do transistor canal n. tensão de saída neste caso é 0V. V V V p 0V 0V p V n n Quando é aplicada uma tensão baixa (0V) na entrada, o transistor canal p está conduzindo e o transistor canal n está em corte, ficando a saída ligada à alimentação através do transistor canal p. tensão de saída nesta situação é V. Na tabela verdade abaixo, estão representadas estas duas condições: Entrada Saída 0 V V 0 omo pode-se observar, esta tabela verdade corresponde à uma operação NÃO, onde 0V corresponde ao valor lógico 0 e V corresponde ao valor lógico 1. onsequentemente, o circuito mostrado acima realiza uma operação lógica NÃO, sendo portanto uma porta lógica NÃO. O circuito MOS que implementa a porta lógica NN está mostrado na figura abaixo: Quando = 0V e = 0V, os transistores p 1 e p 2 estão conduzindo, n 1 e n 2 estão em corte. saída Z está ligada à alimentação através de p 1 e p 2, sendo portanto V. Quando = 0V e = V, o transistor p 1 está conduzindo, p 2 está em corte, n 1 está em corte e n 2 conduzindo. saída está ligada à alimentação através de p 1, sendo portanto V. Quando = V e = 0V, o transistor p 1 está em corte, p 2 está conduzido, n 1 está conduzindo e n 2 em corte. saída está ligada à alimentação através de p 2, sendo portanto V. Quando = V e = V, os transistores p 1 e p 2 estão em corte, n 1 e n 2 estão conduzindo. saída está ligada à terra através de n 1 e n 2, sendo portanto 0V. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

31 ELETRÔNI IGITl I 31 V p 1 p 2 Z n 1 n 2 Porta Lógica NN tabela verdade do circuito está mostrada abaixo e corresponde à tabela verdade da operação lógica NN. Z 0V 0V V V V V 0 V 0V V V V 0 0 O circuito MOS que implementa a porta lógica NOR está mostrado na figura abaixo: V p 1 p 2 Z n 2 n 1 Porta Lógica NOR Quando = 0V e = 0V, os transistores p 1 e p 2 estão conduzindo, n 1 e n 2 estão cortados. saída está ligada à alimentação através de p 1 e p 2, sendo portanto V. Quando = 0V e = V, o transistor p 1 está conduzindo, p 2 está cortado, n 1 está cortado e n 2 conduzindo. saída está ligada à terra através de n 2, sendo portanto 0V. Quando = V e = 0V, o transistor p 1 está cortado, p 2 está conduzido, n 1 está conduzindo e n 2 cortado. saída está ligada à terra através de n 2, sendo portanto 0V. Quando = V e = V, os transistores p 1 e p 2 estão cortados, n 1 e n 2 estão conduzindo. saída está ligada à terra através de n 1 e n 2, sendo portanto 0V. demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

32 ELETRÔNI IGITl I Simbologia das portas lógicas Na representação de um circuito digital cada porta lógica possui uma simbologia. Existe a simbologia padrão NSI/IEEE bem como a simbologia usual utilizada no mercado Porta lógica NÃO: Simbologia: Símbolo usual Padrão NSI/IEEE 1 Na porta NÃO, também chamada porta inversora, o sinal de saída representa a negação (ou inversão ou complementação) do sinal de entrada. No diagrama de tempo abaixo, é mostrado um exemplo de sinais de entrada e saída de uma porta lógica NÃO Porta lógica E: Simbologia: Símbolo usual Padrão NSI/IEEE & Porta lógica OU: Simbologia: Símbolo usual Padrão NSI/IEEE 1 demar Luiz Pastro UFPR-epartamento de Engenharia Elétrica / 2017

ELETRÔNICA DIGITAl I 26

ELETRÔNICA DIGITAl I 26 ELETRÔNI IGITl I 26 ÁLGER E VRIÁVEIS LÓGIS Variáveis e funções Estamos normalmente familiariados com o conceito de variável e de função sob o ponto de vista da matemática tradicional. entro deste conceito

Leia mais

Aula de hoje. Códigos numéricos. Códigos binários. Armazenamento de dados. Armazenamento de dados. Armazenamento de dados

Aula de hoje. Códigos numéricos. Códigos binários. Armazenamento de dados. Armazenamento de dados. Armazenamento de dados SCC 24 - Introdução à Programação para Engenharias Aula de hoje Códigos numéricos Professor: André C. P. L. F. de Carvalho, ICMC-USP Pos-doutorando: Isvani Frias-Blanco Monitor: Henrique Bonini de Britto

Leia mais

Sistemas Numéricos - Aritmética. Conversão de Bases. Prof. Celso Candido ADS / REDES / ENGENHARIA

Sistemas Numéricos - Aritmética. Conversão de Bases. Prof. Celso Candido ADS / REDES / ENGENHARIA Conversão de Bases 1 NOTAÇÃO POSICIONAL - BASE DECIMAL Desde os primórdios da civilização o homem adota formas e métodos específicos para representar números, para contar objetos e efetuar operações aritméticas.

Leia mais

Conversão de Bases. Introdução à Organização de Computadores 5ª Edição/2007 Página 54. Sistemas Numéricos - Aritmética. Prof.

Conversão de Bases. Introdução à Organização de Computadores 5ª Edição/2007 Página 54. Sistemas Numéricos - Aritmética. Prof. Conversão de Bases Introdução à Organização de Computadores 5ª Edição/2007 Página 54 1 NOTAÇÃO POSICIONAL - BASE DECIMAL O SISTEMA DE NUMERAÇÃO É FORMADO POR UM CONJUNTO DE SÍMBOLOS UTILIZADOS PARA REPRESENTAR

Leia mais

Sistemas Digitais Representação Digital de Informação

Sistemas Digitais Representação Digital de Informação Sistemas Digitais Representação Digital de Informação João Paulo Baptista de Carvalho joao.carvalho@inesc-id.pt Representação de números em Base b Base 10: 435 10 = 4 x 100 + 3 x 10 + 5 x 1 = 4 x 10 2

Leia mais

Introdução à Computação

Introdução à Computação Universidade Federal de Campina Grande Centro de Engenharia Elétrica e Informática Unidade Acadêmica de Sistemas e Computação Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Introdução à Computação A Informação

Leia mais

Sistemas de Numeração

Sistemas de Numeração Infra-Estrutura de Hardware Sistemas de Numeração Conversão entre bases Bit e byte ECC Prof. Edilberto Silva www.edilms.eti.br edilms@yahoo.com Sumário Conversão de bases Aritmética binária e hexadecimal

Leia mais

Circuitos Digitais I. Notas de Aula. Sistemas de Representação. Bases e Códigos. Bases

Circuitos Digitais I. Notas de Aula. Sistemas de Representação. Bases e Códigos. Bases Sistemas numéricos Sistemas numéricos 2 Bases Circuitos Digitais I É importante representar valores das informações que desejamos processar; Por exemplo, num sinal amostrado, converter uma amplitude em

Leia mais

IF-UFRJ FIW 362 Laboratório de Física Moderna Eletrônica Curso de Licenciatura em Física Prof. Antonio Carlos

IF-UFRJ FIW 362 Laboratório de Física Moderna Eletrônica Curso de Licenciatura em Física Prof. Antonio Carlos IF-UFRJ FIW 362 Laboratório de Física Moderna Eletrônica Curso de Licenciatura em Física Prof. ntonio Carlos ula 8: istemas de numeração e portas lógicas Este material foi baseado em livros e manuais existentes

Leia mais

Arquitetura e Organização de Computadores. Professor: Lucas Cambuim Aula: Conversão de Bases e Aritmética Computacional

Arquitetura e Organização de Computadores. Professor: Lucas Cambuim Aula: Conversão de Bases e Aritmética Computacional Arquitetura e Organização de Computadores Professor: Lucas Cambuim Aula: Conversão de Bases e Aritmética Computacional 1 Objetivos Entender conceitos básicos de sistemas de numeração como base, valor posicional

Leia mais

Objetivo. Sistemas de Numeração e Códigos. Apresentar técnicas de representação e converção de números em diversos sistemas de numeração.

Objetivo. Sistemas de Numeração e Códigos. Apresentar técnicas de representação e converção de números em diversos sistemas de numeração. Sistemas de Numeração e Códigos Raul Queiroz Feitosa Objetivo Apresentar técnicas de representação e converção de números em diversos sistemas de numeração. 2 1 Conteúdo Introdução Conversão da base 10

Leia mais

Base: número de símbolos empregados no sistema numérico.

Base: número de símbolos empregados no sistema numérico. Instituto Federal Catarinense IFC Campus - Sombrio Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio Disciplina: Introdução a Informática e Sistemas Operacionais Professor: Alexssandro C. Antunes

Leia mais

Prof. Leonardo Augusto Casillo

Prof. Leonardo Augusto Casillo UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Aula 1 Sistemas de numeração posicional Aula 2 Modificadores e conectores lógicos Prof. Leonardo Augusto Casillo OBJETIVOS DO CURSO

Leia mais

Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Computação. Representação e aritmética binária

Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Computação. Representação e aritmética binária Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Computação Representação e aritmética binária Prof. Renato Pimentel 1 Tipos de informação Representação por meio de sequências binárias: 8 bits (byte) Também

Leia mais

1 bases numéricas. capítulo

1 bases numéricas. capítulo capítulo 1 bases numéricas Os números são representados no sistema decimal, mas os computadores utilizam o sistema binário. Embora empreguem símbolos distintos, os dois sistemas formam números a partir

Leia mais

Representação de Dados e Sistemas de Numeração

Representação de Dados e Sistemas de Numeração 1 Representação de Dados e Sistemas de Numeração Sistema de numeração decimal e números decimais (base 10) Sistema de numeração binário e números binários (base 2) Conversão entre binário e decimal Sistema

Leia mais

Códigos, Portas Lógicas e Comportamento Elétrico

Códigos, Portas Lógicas e Comportamento Elétrico Códigos, Portas Lógicas e Comportamento Elétrico Prof. Ohara Kerusauskas Rayel Disciplina de Eletrônica Digital - ET75C Curitiba, PR 26 de março de 2015 1 / 32 Códigos Código: Números, letras ou palavras

Leia mais

X. B Y Base do sistema de numeração Dígito do número em questão

X. B Y Base do sistema de numeração Dígito do número em questão INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS SÃO JOSÉ CURSO TÈCNICO INTEGRADO EM TELECOMUNICAÇÕES DISCIPLINA DE ELETRÔNICA DIGITAL PROF. MARIA CLÁUDIA DE ALMEIDA CASTRO 1.1 Introdução Os Números 1. Sistemas

Leia mais

Sistemas de Numeração. Exemplos de Sistemas de Numeração (1) Exemplos de Sistemas de Numeração (2) Sistemas de Numeração

Sistemas de Numeração. Exemplos de Sistemas de Numeração (1) Exemplos de Sistemas de Numeração (2) Sistemas de Numeração Sistemas de Numeração Sistemas de Numeração (Aula Extra) Sistemas de diferentes bases Álgebra Booleana Roberta Lima Gomes - LPRM/DI/UFES Sistemas de Programação I Eng. Elétrica 27/2 Um sistema de numeração

Leia mais

Binário Decimal

Binário Decimal Sistema Binário Existem duas maneiras de representar uma informação eletrônica: analogicamente ou digitalmente. Uma música qualquer, por exemplo, gravada em uma fita K-7 é uma forma analógica de gravação.

Leia mais

Representação Digital da Informação II

Representação Digital da Informação II Representação Digital da Informação II José Costa Introdução à Arquitetura de Computadores Departamento de Engenharia Informática (DEI) Instituto Superior Técnico 2014-09-24 José Costa (DEI/IST) Representação

Leia mais

Aritmética dos Computadores

Aritmética dos Computadores William Stallings Arquitetura e Organização de Computadores Capítulo 4 Aritmética dos Computadores Unidade Lógica e Aritmética Faz os cálculos lógicos e aritméticos. Tudo, num sistema computador, está

Leia mais

Capítulo 6 Aritmética Digital: Operações e Circuitos

Capítulo 6 Aritmética Digital: Operações e Circuitos Capítulo 6 Aritmética Digital: Operações e Circuitos slide 1 Temas abordados nesse capítulo: - Adição, subtração, multiplicação e divisão de dois binários. - Diferença entre soma binária e soma OR. - Vantagens

Leia mais

Baseado nos slides de Anna Tostes SISTEMA NUMÉRICO

Baseado nos slides de Anna Tostes SISTEMA NUMÉRICO Baseado nos slides de Anna Tostes SISTEMA NUMÉRICO 1 Sumário 1. Sistema Numérico 2. Notação Posicional Sistema Decimal Sistema Binário Sistema Octal Sistema Hexadecimal 3. Conversão entre Bases 4. Operações

Leia mais

Capítulo 04 : Sistemas Numéricos

Capítulo 04 : Sistemas Numéricos Departamento de Engenharia Elétrica FEIS - UNESP Capítulo 04 : Sistemas Numéricos 1.1 - Representação de Quantidades Numéricas Analógica Digital 1.2 - Sistemas Numéricos 1. 3 1.2 - Sistemas Numéricos 1.2

Leia mais

Sistemas de Numeração.

Sistemas de Numeração. Sistemas de Numeração. No início deste curso dissemos que computadores só entendem informações em números binários, hexadecimais ou octais. Agora teremos a oportunidade de conhecer mais a fundo esses sistemas

Leia mais

Em um sistema de numeração de base b qualquer, um número positivo é representado pelo polinômio:

Em um sistema de numeração de base b qualquer, um número positivo é representado pelo polinômio: ELETRÔNICA DIGITAl I 1 SISTEMAS DE NUMERAÇÃO INTRODUÇÃO A base dos sistemas digitais são os circuitos de chaveamento (switching) nos quais o componente principal é o transistor que, sob o ponto de vista

Leia mais

Índice. 1.2 Sistemas Numéricos em uma Base B Qualquer

Índice. 1.2 Sistemas Numéricos em uma Base B Qualquer Índice 1. SISTEMAS NUMÉRICOS 1.1 Caracterização dos Sistemas Numéricos 1.2 Sistemas Numéricos em uma Base B Qualquer 1.2.1 Sistema de Numeração Decimal 1.2.2. Sistema de Numeração Binário 1.2.3 Sistema

Leia mais

Circuitos Lógicos. Prof. Odilson Tadeu Valle

Circuitos Lógicos. Prof. Odilson Tadeu Valle Representações Binárias Circuitos Lógicos Prof. Odilson Tadeu Valle Instituto Federal de Santa Catarina IFSC Campus São José odilson@ifsc.edu.br 1/33 Conteúdo programático 1 Sistemas de numeração 2 Conversão

Leia mais

Sistemas de Numeração

Sistemas de Numeração Sistemas de Numeração Objetivos Conhecer representações numéricas para inteiros positivos (naturais) nas bases binária, hexadecimal e octal. Generalizar representações para qualquer base. Manipular fluentemente

Leia mais

ELETRÔNICA DIGITAL SISTEMAS NUMÉRICOS

ELETRÔNICA DIGITAL SISTEMAS NUMÉRICOS ELETRÔNICA DIGITAL SISTEMAS NUMÉRICOS Distinção entre o sistema digital e analógico: As técnicas e os sinais eletrônicos são divididos em dois ramos: Sinal analógico: 1. sinais analógicos 2. sinais digitais

Leia mais

Circuitos Lógicos. Capítulo 9 Aritmérica Digital: Operações e Circuitos

Circuitos Lógicos. Capítulo 9 Aritmérica Digital: Operações e Circuitos UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI Circuitos Lógicos Capítulo 9 Aritmérica Digital: Operações e Circuitos Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno http://www.ufsj.edu.br/nepomuceno nepomuceno@ufsj.edu.br

Leia mais

Sistemas Digitais Representação Digital de Informação

Sistemas Digitais Representação Digital de Informação Sistemas Digitais Representação Digital de Informação João Paulo Baptista de Carvalho (Prof. Auxiliar do IST) joao.carvalho@inesc-id.pt Representação de números em Base b Base 10: 435 10 = 4 x 100 + 3

Leia mais

Sistemas de Numeração

Sistemas de Numeração Sistemas de Numeração IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes Curso Técnico em Infomática Disciplina: Fundamentos de Informática Prof. Maria de Fátima de Freitas Bueno Marcílio Introdução Um sistema de numeração

Leia mais

Lógica Matemática Elementos de Lógica Digital. Sistema de numeração 09/08/2016 1

Lógica Matemática Elementos de Lógica Digital. Sistema de numeração 09/08/2016 1 Sistema de numeração 09/08/2016 1 Você já pensou sobre: Sistema de numeração a) O modo como surgiram os números? b) Como foram as primeiras formas de contagem? c) Como os números foram criados, ou, será

Leia mais

Eletrônica Digital. Instituto Federal de Santa Catarina Campus São José. Área de Telecomunicações. Sistema de Numeração

Eletrônica Digital. Instituto Federal de Santa Catarina Campus São José. Área de Telecomunicações. Sistema de Numeração Instituto Federal de Santa Catarina Campus São José Área de Telecomunicações Curso Técnico Integrado em Telecomunicações Eletrônica Digital Sistema de Numeração INTRODUÇÃO Eletrônica digital trabalha com

Leia mais

CAPÍTULO 1 REVISÃO DE LÓGICA COMBINACIONAL

CAPÍTULO 1 REVISÃO DE LÓGICA COMBINACIONAL 1 CAPÍTULO 1 REVISÃO DE LÓGICA COMBINACIONAL Sumário 1.1. Sistemas de Numeração... 3 1.1.1. Conversão Decimal Binária... 3 1.1.2. Conversão Binária Decimal... 3 1.1.3. Conversão Binária Hexadecimal...

Leia mais

Sistemas de Computação

Sistemas de Computação Sistemas de Computação Práticas Laboratoriais Semana 2 Prof. Bruno Medeiros Prof. Antonio Pina Sumário Sistemas de numeração e conversão de bases Operações aritméticas e lógicas em base 2 Representação

Leia mais

Unidade III ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES. O que quer dizer 14?

Unidade III ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES. O que quer dizer 14? Unidade III 6 CIRCUITOS DIGITAIS 6.1 Sistemas de numeração O que quer dizer 14? Sabemos, por força de educação e hábito, que os algarismos 1 e 4 colocados desta forma representam a quantidade catorze.

Leia mais

Sistemas Digitais (SD) Sistemas de Numeração e Códigos

Sistemas Digitais (SD) Sistemas de Numeração e Códigos Sistemas Digitais (SD) Sistemas de Numeração e Códigos Aula Anterior Na aula anterior: Motivação: O que é um Sistema Digital? Onde estão os Circuitos Digitais? Perspectiva histórica: o Dos primórdios da

Leia mais

Sistema Supervisório - IHM

Sistema Supervisório - IHM Faculdade de Tecnologia Pentágono Tecnologia em Mecatrônica Industrial Sistema Supervisório - IHM Aula 2: Sistemas Numéricos, Sinal Digital e Sinal Analógico PROF. MSC. THIAGO ABRAÃO 21 de Agosto de 2017

Leia mais

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO. Introdução à Ciência da Computação ICC0001

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO. Introdução à Ciência da Computação ICC0001 SISTEMAS DE NUMERAÇÃO Introdução à Ciência da Computação ICC0001 2 Histórico Como surgiram os sistemas de numeração? Primeiro: As pessoas precisavam contar... Dias, rebanho, árvores e tudo mais... Segundo:

Leia mais

Cursos: Análise, Ciência da Computação e Sistemas de Informação Laboratório I - Prof. Aníbal Notas de aula 2 SISTEMAS NUMÉRICOS

Cursos: Análise, Ciência da Computação e Sistemas de Informação Laboratório I - Prof. Aníbal Notas de aula 2 SISTEMAS NUMÉRICOS Cursos: Análise, Ciência da Computação e Sistemas de Informação Laboratório I - Prof. Aníbal Notas de aula 2 SISTEMAS NUMÉRICOS Para entender como o computador armazena as informações, é importante conhecer

Leia mais

Sistemas Digitais Módulo 1 Introdução e Sistemas de Numeração

Sistemas Digitais Módulo 1 Introdução e Sistemas de Numeração Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Computação Sistemas Digitais Módulo 1 Introdução e Sistemas de Numeração Graduação em Sistemas de Informação Prof. Dr. Daniel A. Furtado Conteúdo Introdução

Leia mais

Eletrônica Digital. Conversão de base e operações aritméticas com números binários. Professor: Francisco Ary

Eletrônica Digital. Conversão de base e operações aritméticas com números binários. Professor: Francisco Ary Eletrônica Digital Conversão de base e operações aritméticas com números binários Professor: Francisco Ary Introdução Como vimos na aula anterior Circuitos digitais são dispositivos eletrônicos que utilizam

Leia mais

Arquitetura de computadores BASE NUMÉRICAS

Arquitetura de computadores BASE NUMÉRICAS Arquitetura de computadores BASE NUMÉRICAS Base Numérica A base numérica é um conjunto de símbolos (algarismos) usados para representar uma certa quantidade ou número. Notação Posicional Esta notação representa

Leia mais

Sistemas de Numeração

Sistemas de Numeração Sistemas de Numeração UNIDADE 1 PROF. ANTONIO LOPES DE SOUZA, Ph.D. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA / UFRJ Sistemas de Numeração O sistema de numeração com o qual estamos mais familiarizados é o decimal,

Leia mais

Capítulo V Sistemas Numéricos

Capítulo V Sistemas Numéricos Capítulo V Sistemas Numéricos Introdução Em capítulos anteriores estudamos diversas funções lógicas. No próximo capítulo veremos que operações aritméticas como soma e subtração de números binários podem

Leia mais

Arquitetura e Organização de Computadores

Arquitetura e Organização de Computadores UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Arquitetura e Organização de Computadores Aritmética Computacional Prof. Sílvio Fernandes

Leia mais

SISTEMAS DIGITAIS (SD)

SISTEMAS DIGITAIS (SD) SISTEMAS DIGITAIS (SD) MEEC Acetatos das Aulas Teóricas Versão 3.0 - Português Aula N o 02: Título: Sumário: Sistemas de Numeração e Códigos Sistemas de numeração (base 10, base 2, base 8 e 16). Operações

Leia mais

Sistemas de Numeração. Tiago Alves de Oliveira

Sistemas de Numeração. Tiago Alves de Oliveira Sistemas de Numeração Tiago Alves de Oliveira Sumário Sistemas Numéricos Binário Octal Hexadecimal Representação Interna de Caracteres Sistemas Numéricos Sistemas numéricos Sistemas de notação usados para

Leia mais

Organização e Arquitetura de Computadores I

Organização e Arquitetura de Computadores I Organização e Arquitetura de Computadores I Aritmética Computacional Slide 1 Sumário Unidade Lógica e Aritmética Representação de Números Inteiros Representação de Números de Ponto Flutuante Aritmética

Leia mais

Fundamentos de TI. Aula08_Sistemas Numéricos.doc 1

Fundamentos de TI. Aula08_Sistemas Numéricos.doc 1 Aula08_Sistemas Numéricos.doc 1 Sistemas de Numeração Fundamentos de TI Introdução O homem, desde tempos remotos, vem utilizando símbolos (escrita) para registrar e transmitir informações. O alfabeto,

Leia mais

Circuitos Digitais. Prof. Esp. Pedro Luís Antonelli Anhanguera Educacional

Circuitos Digitais. Prof. Esp. Pedro Luís Antonelli Anhanguera Educacional Circuitos Digitais Prof. Esp. Pedro Luís Antonelli Anhanguera Educacional OBJETIVOS DA AULA : Relembrar os conceitos: - Sinais Analógicos e Digitais; - Sistemas de Numeração Decimal, Binário, Octal e Hexadecimal;

Leia mais

S is temas numéricos e a Repres entação Interna dos Dados no Computador

S is temas numéricos e a Repres entação Interna dos Dados no Computador S is temas numéricos e a Repres entação Interna dos Dados no Computador Ricardo Azambuja Silveira INE-CTC-UFSC E-Mail: silveira@inf.ufsc.br URL: http://www.inf.ufsc.br~silveira Material elaborado pelo

Leia mais

William Stallings Arquitetura e Organização de Computadores 8 a Edição

William Stallings Arquitetura e Organização de Computadores 8 a Edição William Stallings Arquitetura e Organização de Computadores 8 a Edição Capítulo 9 Aritmética do computador slide 1 Unidade aritmética e lógica Faz os cálculos. Tudo o mais no computador existe para atender

Leia mais

Home Programa Exercícios Provas Professor Links. 2.1 Representação de um número na base dois. O número binário 101,101 significa, na base dois:

Home Programa Exercícios Provas Professor Links. 2.1 Representação de um número na base dois. O número binário 101,101 significa, na base dois: Curso de Cálculo Numérico Professor Raymundo de Oliveira Home Programa Exercícios Provas Professor Links Capítulo 2 - Representação binária de números inteiros e reais 2.1 Representação de um número na

Leia mais

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO CONVERSÕES ENTRE BASES. Prof. André Rabelo

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO CONVERSÕES ENTRE BASES. Prof. André Rabelo SISTEMAS DE NUMERAÇÃO CONVERSÕES ENTRE BASES Prof. André Rabelo CONVERSÕES ENTRE BASES 2, 8 E 16 As conversões mais simples são as que envolvem bases que são potências entre si. Exemplo(base 2 para base

Leia mais

CAPÍTULO 1 - SISTEMAS DE NUMERAÇÕES

CAPÍTULO 1 - SISTEMAS DE NUMERAÇÕES INSTALAÇÕES ELÉTRICAS - CIRCUITOS DIGITAIS - Prof Nelson M Kanashiro CAPÍTULO 1 - SISTEMAS DE NUMERAÇÕES 1- INTRODUÇÃO : O sistema de numeração mais usual é o decimal, que possui dez símbolos (algarismos

Leia mais

COLÉGIO DO INSTITUTO BATISTA AMERICANO PROF. ABIMAILTON PRATTI DA SILVA Rua Mariana N.º 70 Retiro Volta Redonda Telefone: (24)

COLÉGIO DO INSTITUTO BATISTA AMERICANO PROF. ABIMAILTON PRATTI DA SILVA Rua Mariana N.º 70 Retiro Volta Redonda Telefone: (24) COLÉGIO DO INSTITUTO BATISTA AMERICANO PROF. ABIMAILTON PRATTI DA SILVA Rua Mariana N.º 70 Retiro Volta Redonda Telefone: (24) 33381279 SOLICITAÇÃO Não temos direito autoral reservado para o presente trabalho.

Leia mais

Unidade III. Sistemas Numéricos e o Computador

Unidade III. Sistemas Numéricos e o Computador III.1 - O Sistema Decimal - Base: 10 - Dígitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 Unidade III Sistemas Numéricos e o Computador Raimundo G. Nóbrega Filho - UFPB - CCEN - DI Notas de aula da disciplina Introdução

Leia mais

ARQUITETURA DE COMPUTADORES

ARQUITETURA DE COMPUTADORES Representação de Dados Professor: Airton Ribeiro de Sousa E-mail: airton.ribeiro@faciplac.edu.br 1 Ao longo dos anos, muitos padrões e convenções foram estabelecidas para determinar certos aspectos da

Leia mais

Representação Digital da Informação I

Representação Digital da Informação I Representação Digital da Informação I José Costa Introdução à Arquitetura de Computadores Departamento de Engenharia Informática (DEI) Instituto Superior Técnico 2013-09-25 José Costa (DEI/IST) Representação

Leia mais

Representações de Números Inteiros: Sinal e Magnitude e Representação em Excesso de k

Representações de Números Inteiros: Sinal e Magnitude e Representação em Excesso de k Representações de Números Inteiros: Sinal e Magnitude e Representação em Excesso de k Cristina Boeres Instituto de Computação (UFF) Fundamentos de Arquiteturas de Computadores Material de Fernanda Passos

Leia mais

Arquitetura de Computadores Sistema de Numeração. Apresentado por Prof. Fred Sauer Mat. Elaborado por Prof. Ricardo Quintão

Arquitetura de Computadores Sistema de Numeração. Apresentado por Prof. Fred Sauer Mat. Elaborado por Prof. Ricardo Quintão Arquitetura de Computadores Sistema de Numeração Apresentado por Prof. Fred Sauer Mat. Elaborado por Prof. Ricardo Quintão A base de representação numérica de um número está relacionada com a quantidade

Leia mais

Eletrônica Digital I (EDL I)

Eletrônica Digital I (EDL I) Eletrônica Digital I (EDL I) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - Campus São José Prof. Glauco Cardozo glauco.cardozo@ifsc.edu.br Ementa à Sistemas de numeração. à Funções

Leia mais

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO (Unidade 2)

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO (Unidade 2) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO DISCIPLINA: ELETRÔNICA

Leia mais

Dessa forma pode-se transformar qualquer número em qualquer base para a base 10.

Dessa forma pode-se transformar qualquer número em qualquer base para a base 10. Sistemas de numeração e representação dos números Sistemas de Numeração e Somadores Binários I Base Numérica Um número em uma base qualquer pode ser representado da forma: N = An-1.B n-1 + An-2.B n-2 +...+

Leia mais

Introdução à Computação

Introdução à Computação Universidade Federal de Campina Grande Centro de Engenharia Elétrica e Informática Unidade Acadêmica de Sistemas e Computação Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Introdução à Computação A Informação

Leia mais

Fundamentos de Arquiteturas de Computadores. Representação de números inteiros em complemento a 2

Fundamentos de Arquiteturas de Computadores. Representação de números inteiros em complemento a 2 Fundamentos de Arquiteturas de Computadores Representação de números inteiros em complemento a 2 Representação complemento a 10 Como representar números negativos no sistema decimal com 3 algarismos? Divide

Leia mais

Introdução à Informática

Introdução à Informática Introdução à Informática Sistemas Numéricos Ageu Pacheco e Alexandre Meslin Objetivo da Aula: Partindo da base, ver como operações aritméticas são efetuadas em outras bases; em especial a 2. Adição na

Leia mais

1 Introdução à Lógica Digital. Arquitectura de Sistemas Computacionais

1 Introdução à Lógica Digital. Arquitectura de Sistemas Computacionais 1 Introdução à Lógica Digital Introdução à Lógica Digital ELECTRÓNICA DIGITAL...é o conjunto de determinadas técnicas e dispositivos integrados, de vários graus de complexidade, que se utilizam principalmente

Leia mais

Introdução à Computação: Sistemas de Numeração

Introdução à Computação: Sistemas de Numeração Introdução à Computação: Sistemas de Numeração Beatriz F. M. Souza (bfmartins@inf.ufes.br) http://inf.ufes.br/~bfmartins/ Computer Science Department Federal University of Espírito Santo (Ufes), Vitória,

Leia mais

ARITMÉTICA BINÁRIA. São duas as operações executadas pelo computador:

ARITMÉTICA BINÁRIA. São duas as operações executadas pelo computador: ARITMÉTICA BINÁRIA São duas as operações executadas pelo computador: - A adição - A comparação Todas as outras operações são executadas por meio de adições. Assim, para a subtracção, acha-se o complemento

Leia mais

Computação e Programação

Computação e Programação Computação e Programação 1ª Aula de 2008-2009 Instituto Superior Técnico, Dep. de Engenharia Mecânica - Sistemas O Visual C++ Para Casa (se possível antes da aula!): Veja o video e o screencast que se

Leia mais

Sistemas de Numeração

Sistemas de Numeração Tecnologias de Informação e Comunicação Engenharia Mecânica 1º Ano / 1º Semestre Filipe Caldeira, 2006 Sistema Decimal No sistema decimal existem dez símbolos numéricos, algarismos : 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Leia mais

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Variáveis Lógicas Uma variável lógica é aquela que pode assumir apenas os

Leia mais

Prof. Leonardo Augusto Casillo

Prof. Leonardo Augusto Casillo UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Aula 1 Conceitos necessários Prof. Leonardo Augusto Casillo Sistema de numeração: conjunto de regras que nos permite escrever e ler

Leia mais

1 x 10 3 = x 10 2 = x 10 1 = x 10 0 = 8 + Total

1 x 10 3 = x 10 2 = x 10 1 = x 10 0 = 8 + Total Cursos Técnicos Habilitações Plenas Eletrônica Digital Professor Arnaldo Sistemas de Numeração Bases Numéricas - Conversões Op. Sistema de Numeração Decimal Composto pela Base 10 e pelos Símbolos ( Algarismos

Leia mais

Representação da Informação no Computador

Representação da Informação no Computador Escola de Ciências e Tecnologia UFRN Representação da Informação no Computador Prof. Aquiles Burlamaqui Nélio Cacho Luiz Eduardo Eduardo Aranha ECT3 INFORMÁTICA FUNDAMENTAL Manter o telefone celular sempre

Leia mais

MAT115 Introdução ao Processamento de Dados Professor: Ibirisol Fontes Ferreira DCC: Departamento de Ciência da Computação

MAT115 Introdução ao Processamento de Dados Professor: Ibirisol Fontes Ferreira DCC: Departamento de Ciência da Computação Representação de dados e sistemas de numeração MAT115 Introdução ao Processamento de Dados Professor: Ibirisol Fontes Ferreira DCC: Departamento de Ciência da Computação Todo o material

Leia mais

Aula 7: Representações de Números Inteiros: Sinal e Magnitude e Representação em Excesso de k

Aula 7: Representações de Números Inteiros: Sinal e Magnitude e Representação em Excesso de k Aula 7: Representações de Números Inteiros: Sinal e Magnitude e Representação em Excesso de k Diego Passos Universidade Federal Fluminense Fundamentos de Arquiteturas de Computadores Diego Passos (UFF)

Leia mais

Circuitos Digitais I. Notas de Aula. Sistemas de Representação. Bases e Códigos. Bases. É importante representar valores das informações que desejamos

Circuitos Digitais I. Notas de Aula. Sistemas de Representação. Bases e Códigos. Bases. É importante representar valores das informações que desejamos Sistemas numéricos Sistemas numéricos 2 Bases Circuitos Digitais I Notas de Aula É importante representar valores das informações que desejamos processar; Por exemplo, num sinal amostrado, converter uma

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini   / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: ICO Aula N : 10 Tema: Representação de Dados

Leia mais

1 Introdução à Lógica Digital

1 Introdução à Lógica Digital Introdução à Lógica Digital Introdução à Lógica Digital ELECTRÓNICA DIGITAL...é o conjunto de determinadas técnicas e dispositivos integrados, de vários graus de complexidade, que se utilizam principalmente

Leia mais

Números são números, letras são números e sinais de pontuação, símbolos e até mesmo as instruções do próprio computador são números.

Números são números, letras são números e sinais de pontuação, símbolos e até mesmo as instruções do próprio computador são números. Para o computador, tudo são números. Números são números, letras são números e sinais de pontuação, símbolos e até mesmo as instruções do próprio computador são números. O método ao qual estamos acostumados

Leia mais

PARTE I I: ARITMÉTICA COMPUTACIONAL ARQUITETURA DE COMPUTADORES ANTONIO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR

PARTE I I: ARITMÉTICA COMPUTACIONAL ARQUITETURA DE COMPUTADORES ANTONIO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR PARTE I I: ARITMÉTICA COMPUTACIONAL ARQUITETURA DE COMPUTADORES ANTONIO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR Introdução Como representar números em memória? Como representar números negativos e de ponto flutuante?

Leia mais

Formação dos números: Aplicação da fórmula geral para o numero

Formação dos números: Aplicação da fórmula geral para o numero www.samuelcavalcante.com samuelmbc@gmail.com /5/ SISTEMAS DE NUMERAÇÃO SISTEMA DECIMAL Número de algarismos: Dígitos:,,,,, 5, 6, 7,, 9 Base: n Fórmula geral: a.... a. a. a. Formação dos números: Aplicação

Leia mais

Eletrônica Digital Apresentação e Cap.1 PROF. EDUARDO G. BERTOGNA UTFPR / DAELN

Eletrônica Digital Apresentação e Cap.1 PROF. EDUARDO G. BERTOGNA UTFPR / DAELN Eletrônica Digital Apresentação e Cap.1 PROF. EDUARDO G. BERTOGNA UTFPR / DAELN Conteúdos da Disciplina: Sistemas Numéricos e Códigos; Portas Lógicas e Algebra Booleana; Lógica Combinacional: Expressões

Leia mais

REPRESENTAÇÃO DE NÚMEROS EM BINÁRIO E HEXADECIMAL

REPRESENTAÇÃO DE NÚMEROS EM BINÁRIO E HEXADECIMAL ESCOLA POLITÉCNICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI - EPUSP REPRESENTAÇÃO DE NÚMEROS EM BINÁRIO E HEXADECIMAL 1. Hexadecimal [A1] Hexadecimal é o sistema

Leia mais

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO DISCIPLINA: ELETRÔNICA

Leia mais

Capacidade de Armazenamento. Bit. Binário para Decimal. Decimal para Binário. Operações Aritméticas no Sistema binário.

Capacidade de Armazenamento. Bit. Binário para Decimal. Decimal para Binário. Operações Aritméticas no Sistema binário. Bit = BInary digit Bit Menor unidade de dado, física e/ou sua representação lógica, em um computador digital. Desligado = 0 Ligado = Capacidade de Armazenamento byte = 8 bits Byte(B)...B KiloByte(KB)...024Bou2

Leia mais

Circuitos Digitais. Conteúdo. Soma de Números Binários. Soma de Números Binários. Exemplos. Exemplos. Aritmética Binária

Circuitos Digitais. Conteúdo. Soma de Números Binários. Soma de Números Binários. Exemplos. Exemplos. Aritmética Binária Ciência da Computação Aritmética Binária Prof. Sergio Ribeiro Material adaptado das aulas de Sistemas Digitais do Prof. Dr. Marcelo Andrade da USP Conteúdo Soma de números binários. Soma de números BCD.

Leia mais

Sistemas Digitais Módulo 3 Codificações BCD, Gray e ASCII e Números Fracionários

Sistemas Digitais Módulo 3 Codificações BCD, Gray e ASCII e Números Fracionários Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Computação Sistemas Digitais Módulo 3 Codificações BCD, Gray e ASCII e Números Fracionários Graduação em Sistemas de Informação Prof. Dr. Daniel A. Furtado

Leia mais

Sistemas de Numeração Coletânea. Antonio Carlos dos Santos Souza

Sistemas de Numeração Coletânea. Antonio Carlos dos Santos Souza Sistemas de Numeração Coletânea Antonio Carlos dos Santos Souza www.professores.ifba.edu.br/antoniocarlos Para o computador, tudo são números. n Computador DigitalÞNormalmente a informação a ser processada

Leia mais

Eletrônica Digital Sistemas de Numeração. Prof. Wanderley

Eletrônica Digital Sistemas de Numeração. Prof. Wanderley Eletrônica Digital Sistemas de Numeração Prof. Wanderley Introdução Os sistemas de numeração são uma invenção humana Dentre os sistemas de numeração inventados, destacam-se: O decimal; O binário; O octal;

Leia mais

SISTEMAS DE NÚMERAÇÃO. Números decimais

SISTEMAS DE NÚMERAÇÃO. Números decimais SISTEMAS DE NÚMERAÇÃO Números decimais Números decimais são os que estamos acostumados a lidar na Matemática convencional. Também são conhecidos como números de base 10. Isso porque compreendem dez símbolos

Leia mais