ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

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1 ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1

2 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 10 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 10 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (25 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 2

3 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 3

4 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 4

5 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 5

6 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 6

7 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 7

8 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 8

9 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 9

10 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 10 µg de Aranesp em 0,4 ml (25 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). 10

11 Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 11

12 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 15 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 15 microgramas de darbepoetin alfa em 0,375 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 12

13 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 13

14 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 14

15 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 15

16 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 16

17 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 17

18 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 18

19 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 19

20 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 20

21 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 15 µg de Aranesp em 0,375 ml (40 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 21

22 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 20 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 20 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 22

23 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 23

24 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina afa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 24

25 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 25

26 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 26

27 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 27

28 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 28

29 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 29

30 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 30

31 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 20 µg de Aranesp em 0,5 ml (40 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 31

32 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 30 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 30 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 32

33 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 33

34 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 34

35 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 35

36 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 36

37 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 37

38 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 38

39 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 39

40 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 40

41 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 30 µg de Aranesp em 0,3 ml (100 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 41

42 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 40 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 40 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 42

43 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 43

44 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 44

45 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 45

46 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 46

47 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 47

48 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 48

49 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 49

50 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 50

51 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 40 µg de Aranesp em 0,4 ml (100 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 51

52 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 50 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 50 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 52

53 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 53

54 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 54

55 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 55

56 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 56

57 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 57

58 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 58

59 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 59

60 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 60

61 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 50 µg de Aranesp em 0,5 ml (100 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 61

62 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 60 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 60 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 62

63 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 63

64 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 64

65 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 65

66 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 66

67 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 67

68 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 68

69 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 69

70 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 70

71 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 60 µg de Aranesp em 0,3 ml (200 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 71

72 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 80 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 80 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 72

73 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 73

74 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 74

75 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 75

76 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 76

77 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 77

78 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 78

79 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 79

80 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 80

81 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 80 µg de Aranesp em 0,4 ml (200 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 81

82 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 100 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 100 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 82

83 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 83

84 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 84

85 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 85

86 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 86

87 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 87

88 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 88

89 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 89

90 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 90

91 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 100 µg de Aranesp em 0,5 ml (200 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 91

92 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 150 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 150 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 92

93 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 93

94 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 94

95 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 95

96 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 96

97 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 97

98 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 98

99 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 99

100 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 100

101 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 150 µg de Aranesp em 0,3 ml (500 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 101

102 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 300 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 300 microgramas de darbepoetin alfa em 0,6 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 102

103 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 103

104 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 104

105 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 105

106 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 106

107 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 107

108 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 108

109 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 109

110 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 110

111 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 300 µg de Aranesp em 0,6 ml (500 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 111

112 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 500 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 500 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 112

113 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 113

114 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 114

115 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 115

116 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 116

117 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 117

118 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 118

119 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 119

120 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 120

121 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 500 µg de Aranesp em 1 ml (500 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 121

122 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 15 microgramas, solução injectável em frascos para injectáveis. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 15 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (15 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em frasco para injectáveis. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 122

123 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 123

124 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 124

125 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 125

126 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 126

127 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 127

128 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 128

129 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, o Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 129

130 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade, Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem de cartão para proteger da luz Para efeitos de utilização em regime ambulatório, Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo um ou quatro frascos para injectáveis com tampa(s) de borracha com uma solução injectável com 15 µg de Aranesp em 1 ml (15 µg/ml). O frasco para injectáveis é feito de vidro tipo I com uma tampa de borracha revestida com polímeros fluorados. Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 130

131 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais do que uma dose por frasco para injectáveis. Qualquer resto de medicamento que permaneça no frasco para injectáveis deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar o frasco para injectáveis do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção de forma a evitar desconforto nos locais da injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 131

132 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 25 microgramas, solução injectável em frascos para injectáveis. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 25 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (25 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em frasco para injectáveis. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 132

133 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 133

134 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 134

135 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 135

136 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 136

137 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 137

138 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 138

139 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, o Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 139

140 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade, Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem de cartão para proteger da luz Para efeitos de utilização em regime ambulatório, Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo um ou quatro frascos para injectáveis com tampa(s) de borracha com uma solução injectável com 25 µg de Aranesp em 1 ml (25 µg/ml). O frasco para injectáveis é feito de vidro tipo I com uma tampa de borracha revestida com polímeros fluorados. Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 140

141 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais do que uma dose por frasco para injectáveis. Qualquer resto de medicamento que permaneça no frasco para injectáveis deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar o frasco para injectáveis do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção de forma a evitar desconforto nos locais da injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 141

142 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 40 microgramas, solução injectável em frascos para injectáveis. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 40 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em frasco para injectáveis. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 142

143 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 143

144 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 144

145 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 145

146 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 146

147 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 147

148 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 148

149 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, o Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 149

150 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade, Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem de cartão para proteger da luz Para efeitos de utilização em regime ambulatório, Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo um ou quatro frascos para injectáveis com tampa(s) de borracha com uma solução injectável com 40 µg de Aranesp em 1 ml (40 µg/ml). O frasco para injectáveis é feito de vidro tipo I com uma tampa de borracha revestida com polímeros fluorados. Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 150

151 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais do que uma dose por frasco para injectáveis. Qualquer resto de medicamento que permaneça no frasco para injectáveis deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar o frasco para injectáveis do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção de forma a evitar desconforto nos locais da injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 151

152 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 60 microgramas, solução injectável em frascos para injectáveis. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 60 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (60 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em frasco para injectáveis. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 152

153 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 153

154 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 154

155 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 155

156 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 156

157 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 157

158 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 158

159 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, o Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 159

160 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade, Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem de cartão para proteger da luz Para efeitos de utilização em regime ambulatório, Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo um ou quatro frascos para injectáveis com tampa(s) de borracha com uma solução injectável com 60 µg de Aranesp em 1 ml (60 µg/ml). O frasco para injectáveis é feito de vidro tipo I com uma tampa de borracha revestida com polímeros fluorados. Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 160

161 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais do que uma dose por frasco para injectáveis. Qualquer resto de medicamento que permaneça no frasco para injectáveis deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar o frasco para injectáveis do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção de forma a evitar desconforto nos locais da injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 161

162 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 10 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 10 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (25 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 162

163 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 163

164 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 164

165 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 165

166 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 166

167 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 167

168 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 168

169 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 169

170 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 10 µg de Aranesp em 0,4 ml (25 µg/ml). 170

171 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 171

172 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 15 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 15 microgramas de darbepoetin alfa em 0,375 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 172

173 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 173

174 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 174

175 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 175

176 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 176

177 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 177

178 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 178

179 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 179

180 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 15 µg de Aranesp em 0,375 ml (40 µg/ml). 180

181 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 181

182 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 20 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 20 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 182

183 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 183

184 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 184

185 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 185

186 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 186

187 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 187

188 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 188

189 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 189

190 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 20 µg de Aranesp em 0,5 ml (40 µg/ml). 190

191 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 191

192 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 30 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 30 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 192

193 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 193

194 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 194

195 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 195

196 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 196

197 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 197

198 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 198

199 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 199

200 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 30 µg de Aranesp em 0,3 ml (100 µg/ml). 200

201 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 201

202 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 40 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 40 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 202

203 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 203

204 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 204

205 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 205

206 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 206

207 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 207

208 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 208

209 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 209

210 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 40 µg de Aranesp em 0,4 ml (100 µg/ml). 210

211 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 211

212 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 50 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 50 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 212

213 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 213

214 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 214

215 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 215

216 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 216

217 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 217

218 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 218

219 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 219

220 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 50 µg de Aranesp em 0,5 ml (100 µg/ml). 220

221 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 221

222 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 60 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 60 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 222

223 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 223

224 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 224

225 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 225

226 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 226

227 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 227

228 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 228

229 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 229

230 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 60 µg de Aranesp em 0,3 ml (200 µg/ml). 230

231 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 231

232 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 80 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 80 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 232

233 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 233

234 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 234

235 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 235

236 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 236

237 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 237

238 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 238

239 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 239

240 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 80 µg de Aranesp em 0,4 ml (200 µg/ml). 240

241 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 241

242 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 100 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 100 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 242

243 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 243

244 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 244

245 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 245

246 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 246

247 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 247

248 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 248

249 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 249

250 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 100 µg de Aranesp em 0,5 ml (200 µg/ml). 250

251 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 251

252 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 150 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 150 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 252

253 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 253

254 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 254

255 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 255

256 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 256

257 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 257

258 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 258

259 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 259

260 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 150 µg de Aranesp em 0,3 ml (500 µg/ml). 260

261 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 261

262 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 300 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 300 microgramas de darbepoetin alfa em 0,6 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 262

263 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 263

264 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 264

265 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 265

266 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 266

267 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 267

268 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 268

269 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 269

270 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 300 µg de Aranesp em 0,6 ml (500 µg/ml). 270

271 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 271

272 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 500 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 500 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.a via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção: 272

273 Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentarse a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-huepo duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-huepo uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-huepo (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-huepo por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina 11 g/dl (6,8 mmol/l). 273

274 A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-huepo ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o 274

275 fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-huepo, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for 275

276 administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-huepo. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-huepo. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r- HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção. 276

277 A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Comum (> 1%, 10%) Cefaleia Central/Sistema Nervoso Periférico Cardiovascular Comum (> 1%, 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rhuepo ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia. 277

278 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-huepo) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-huepo e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os 278

279 valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-huepo, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (V ss ) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico 279

280 esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2 C - 8 C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 500 µg de Aranesp em 1 ml (500 µg/ml). 280

281 A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/ DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY 281

282 ANEXO II A. FABRICANTES DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 282

283 A. FABRICANTES DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE Nome e endereço dos fabricantes da substância activa de origem biológica Amgen Inc. Building 7 One Amgen Center Drive Thousand Oaks, CA E.U.A. Amgen Inc Nelson Road Longmont, CO E.U.A. Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote no EEE Amgen Europe B.V. Amgen European Logistics Center (ELC) Minervum ZK Breda Países Baixos B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E À UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Medicamento de receita médica restrita (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, 4.2.). OUTRAS CONDIÇÕES O titular desta autorização de introdução no mercado deve informar a Comissão Europeia sobre os planos de comercialização do medicamento autorizado pela presente decisão. 283

284 ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO 284

285 A. ROTULAGEM 285

286 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (10 µg) Aranesp 10 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 10 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/001 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 286

287 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (10 µg) Aranesp 10 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 10 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/002 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 287

288 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (10µg) Aranesp 10 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,4 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (10 µg) Aranesp 10 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V. 288

289 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (10 µg) Aranesp 10 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 10 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/033 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (10 µg) Aranesp 10 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V. 289

290 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (15 µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,375 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/003 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 290

291 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (15 µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,375 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/004 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 291

292 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (15µg) Aranesp 15 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,375 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (15 µg) Aranesp 15 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,375 ml Amgen Europe B.V. 292

293 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (15 µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,375 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/034 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (15 µg) Aranesp 15 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,375 ml Amgen Europe B.V. 293

294 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (20 µg) Aranesp 20 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 20 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/005 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 294

295 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (20 µg) Aranesp 20 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 20 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/006 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 295

296 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (20µg) Aranesp 20 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,5 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (20 µg) Aranesp 20 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V. 296

297 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (20 µg) Aranesp 20 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 20 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/035 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (20 µg) Aranesp 20 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V. 297

298 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (30 µg) Aranesp 30 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 30 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/007 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 298

299 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (30 µg) Aranesp 30 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 30 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/008 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 299

300 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (30 µg) Aranesp 30 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,3 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (30 µg) Aranesp 30 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V. 300

301 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (30 µg) Aranesp 30 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 30 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/036 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (30 µg) Aranesp 30 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V. 301

302 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (40 µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/009 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 302

303 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (40 µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/010 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 303

304 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (40µg) Aranesp 40 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,4 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (40 µg) Aranesp 40 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V. 304

305 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (40 µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/037 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (40 µg) Aranesp 40 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V. 305

306 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (50 µg) Aranesp 50 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 50 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/011 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 306

307 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (50 µg) Aranesp 50 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 50 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/012 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 307

308 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (50 µg) Aranesp 50 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,5 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (50 µg) Aranesp 50 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V. 308

309 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (50 µg) Aranesp 50 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 50 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/038 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (50 µg) Aranesp 50 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V. 309

310 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/013 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 310

311 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/014 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 311

312 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (60 µg) Aranesp 60 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,3 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (60 µg) Aranesp 60 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V. 312

313 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/039 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (60 µg) Aranesp 60 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V. 313

314 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (80 µg) Aranesp 80 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 80 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/015 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 314

315 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (80 µg) Aranesp 80 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 80 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/016 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 315

316 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (80 µg) Aranesp 80 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,4 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (80 µg) Aranesp 80 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V. 316

317 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (80 µg) Aranesp 80 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 80 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/040 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (80 µg) Aranesp 80 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V. 317

318 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (100 µg) Aranesp 100 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 100 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/017 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 318

319 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (100 µg) Aranesp 100 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 100 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/018 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 319

320 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (100µg) Aranesp 100 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,5 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (100 µg) Aranesp 100 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V. 320

321 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (100 µg) Aranesp 100 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 100 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/041 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (100 µg) Aranesp 100 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V. 321

322 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (150 µg) Aranesp 150 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 150 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/019 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 322

323 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (150 µg) Aranesp 150 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 150 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/020 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 323

324 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (150µg) Aranesp 150 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,3 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (150 µg) Aranesp 150 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V. 324

325 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (150 µg) Aranesp 150 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 150 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/042 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (150 µg) Aranesp 150 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V. 325

326 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (300 µg) Aranesp 300 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,6 ml contem 300 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/021 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 326

327 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (300 µg) Aranesp 300 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,6 ml contem 300 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/022 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 327

328 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (300µg) Aranesp 300 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,6 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (300 µg) Aranesp 300 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,6 ml Amgen Europe B.V. 328

329 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (300 µg) Aranesp 300 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,6 ml contem 300 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/043 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (300 µg) Aranesp 300 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,6 ml Amgen Europe B.V. 329

330 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (500 µg) Aranesp 500 microgramas Solução injectável em seringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 1 ml contem 500 microgramas de darbepoetin alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/031 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 330

331 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (500 µg) Aranesp 500 microgramas Solução injectável em seringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 1 ml contem 500 microgramas de darbepoetin alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/032 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 331

332 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (500µg) Aranesp 500 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP.: IV/SC Lote: 1 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (500 µg) Aranesp 500 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V. 332

333 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (500 µg) Aranesp 500 microgramas Solução injectável em seringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 1 ml contem 500 microgramas de darbepoetin alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/044 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (500 µg) Aranesp 500 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V. 333

334 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 1 FRASCO-AMPOLA (15µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato80 e água para injectáveis. 1 frasco para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/023 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 334

335 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 4 FRASCOS-AMPOLA (15µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 frascos para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/024 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 335

336 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS RÓTULO DO FRASCO-AMPOLA (15µg) Aranesp 15 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V. 336

337 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 1 FRASCO-AMPOLA (25µg) Aranesp 25 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 25 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 frasco para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/025 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 337

338 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 4 FRASCOS-AMPOLA (15µg) Aranesp 25 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 25 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 frascos para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/026 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 338

339 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS RÓTULO DO FRASCO-AMPOLA (25µg) Aranesp 25 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V. 339

340 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 1 FRASCO-AMPOLA (40µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 frasco para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/027 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 340

341 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 4 FRASCOS-AMPOLA (40 µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 frascos para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/028 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 341

342 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS RÓTULO DO FRASCO-AMPOLA (40 µg) Aranesp 40 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V. 342

343 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 1 FRASCO-AMPOLA (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 frasco para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/029 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 343

344 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 4 FRASCOS-AMPOLA (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 frascos para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/030 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. 344

345 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS CONTENTORAS RÓTULO DO FRASCO-AMPOLA (60 µg) Aranesp 60 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V. 345

346 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 10 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,4 ml contem 10 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/045 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 10 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,4 ml Amgen Europe B.V. 346

347 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 15 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,375 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/046 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 15 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,375 ml Amgen Europe B.V. 347

348 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 20 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,5 ml contem 20 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/047 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 20 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,5 ml Amgen Europe B.V. 348

349 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 30 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,3 ml contem 30 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/048 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 30 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,3 ml Amgen Europe B.V. 349

350 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 40 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,4 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/049 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 40 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,4 ml Amgen Europe B.V. 350

351 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 50 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,5 ml contem 50 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/050 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 50 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,5 ml Amgen Europe B.V. 351

352 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 60 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,3 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/051 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 60 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,3 ml Amgen Europe B.V. 352

353 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 80 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,4 ml contem 80 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/052 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 80 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,4 ml Amgen Europe B.V. 353

354 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 100 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,5 ml contem 100 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/053 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 100 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,5 ml Amgen Europe B.V. 354

355 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 150 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,3 ml contem 150 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/054 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 150 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,3 ml Amgen Europe B.V. 355

356 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 300 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,6 ml contem 300 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/055 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 300 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,6 ml Amgen Europe B.V. 356

357 INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE- CARREGADA Aranesp 500 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 1 ml contem 500 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2 C 8 C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/056 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 500 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 1 ml Amgen Europe B.V. 357

358 B. FOLHETO INFORMATIVO 358

359 FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico assistente ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Neste folheto 1. O que é o Aranesp e para que é utilizado 2. Antes de utilizar o Aranesp 3. Como utilizar o Aranesp 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação do Aranesp 6. Informação sobre como administrar o medicamento a si próprio Aranesp 10 microgramas Aranesp 15 microgramas Aranesp 20 microgramas Aranesp 30 microgramas Aranesp 40 microgramas Aranesp 50 microgramas Aranesp 60 microgramas Aranesp 80 microgramas Aranesp 100 microgramas Aranesp 150 microgramas Aranesp 300 microgramas Aranesp 500 microgramas solução injectável em seringa pré-carregada darbepoetin alfa O Aranesp é fornecido em seringas pré-carregadas contendo 10, 15, 20, 30 40, 50, 60, 80, 100, 150, 300 ou 500 microgramas da substância activa: darbepoetin alfa. O Aranesp também contém fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. O Aranesp está disponível em embalagens de 1 e 4 seringas pré-carregadas (podem não estar comercializadas todas as embalagens). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). Quem é responsável pelo Aranesp? A empresa autorizada a fabricar e comercializar o Aranesp é: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 359

360 1. O QUE É O ARANESP E PARA QUE É UTILIZADO O seu médico prescreveu-lhe Aranesp (um antianémico) para o tratamento da sua anemia. A anemia manifesta-se quando o seu sangue não contém o número suficiente de glóbulos vermelhos e os sintomas podem ser fadiga, fraqueza e dificuldade em respirar. Aranesp actua exactamente como a hormona natural eritropoietina. A eritropoietina é produzida nos rins e estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos. A substância activa de Aranesp é a darbepoetin alfa produzida por tecnologia genética em células do ovário do hamster chinês (CHO-K1). Se tiver insuficiência renal crónica O Aranesp é utilizado no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica (mau funcionamento do rim) em adultos e crianças a partir dos 11 anos de idade. Na insuficiência renal, o rim não produz a quantidade suficiente da hormona natural eritropoietina, que pode frequentemente provocar anemia. O seu corpo demorará algum tempo a produzir mais glóbulos vermelhos, pelo que levará cerca de quatro semanas até notar algum efeito. A sua rotina normal de diálise não afectará a capacidade do Aranesp tratar a sua anemia. Se estiver a ser submetido a quimioterapia Aranesp é utilizado para tratar a anemia sintomática em doentes oncológicos adultos doença maligna não-mielóide que estão a ser submetidos a quimioterapia. Um dos principais efeitos secundários da quimioterapia é o de parar a produção da quantidade suficiente de células sanguíneas pela medula óssea. Inicialmente, somente os glóbulos brancos parecem ser afectados. Este facto é devido a os eritrócitos terem uma duração de vida muito mais longa no sangue circulante. Para o fim do seu tratamento de quimioterapia, especialmente se tiver recebido muita quimioterapia, a contagem de glóbulos vermelhos pode diminuir, fazendo com que fique anémico. 2. ANTES DE UTILIZAR O ARANESP Não utilize o Aranesp: se a sua tensão arterial estiver mal controlada, ou se é alérgico ao Aranesp (darbepoetin alfa), r-huepo ou a qualquer outro ingrediente do Aranesp. Por favor diga ao seu médico Se sofre ou já sofreu de: pressão arterial elevada que não está a ser controlada com outros medicamentos prescritos pelo seu médico; anemia das células falciformes; ataques epilépticos (convulsões); 360

361 doenças do fígado; ou Ausência de resposta significativa a fármacos utilizados para tratar a anemia Precauções especiais Foram reportados casos de aplasia eritróide pura causada por anticorpos anti-eritropoietina em doentes tratados com proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetin alfa. Aplasia eritróide pura significa que o organismo parou ou reduziu a produção de glóbulos vermelhos. Esta situação causa anemia grave, que pode originar sintomas como cansaço pouco habitual e falta de energia. Se sentir estes sintomas deve contactar o seu médico. Se o seu organismo produzir anticorpos neutralizantes, o seu médico irá interromper o tratamento com Aranesp e determinar a melhor forma para tratar a sua anemia (ver secção 4. Efeitos secundários possíveis). O uso indevido por pessoas saudáveis pode causar problemas de coração ou de circulação sanguínea que podem pôr em risco a vida. Se é um doente oncológico, fique ciente que Aranesp pode actuar como factor de crescimento. Por favor, fale sobre este assunto com o seu médico. Utilizar o Aranesp com alimentos e bebidas Os alimentos e as bebidas não afectam o Aranesp. Gravidez e aleitamento O Aranesp não foi testado em mulheres grávidas. É importante que informe o seu médico se: estiver grávida; pensa poder estar grávida; ou planeia engravidar Não se sabe se a darbepoetin alfa é excretada no leite humano. Deve interromper o aleitamento se for utilizar o Aranesp. Condução de veículos e utilização de máquinas O Aranesp não deve afectar a capacidade de condução ou de utilização de máquinas. Utilizar o Aranesp com outros medicamentos Como com todos os medicamentos, informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. Os resultados clínicos obtidos até ao momento não indicam a existência de nenhuma interacção medicamentosa com Aranesp. No entanto, a ciclosporina e o tacrolimus podem ser afectados pelo número de glóbulos vermelhos no seu sangue. É importante que diga ao seu médico se estiver a tomar algum destes medicamentos. 361

362 3. COMO UTILIZAR O ARANESP Após análises de sangue, o seu médico decidiu que precisa de Aranesp. Ele determinará a quantidade correcta de Aranesp que irá tomar. Se tiver insuficiência renal crónica O Aranesp é administrado por uma única injecção, quer uma vez por semana, uma vez de duas em duas semanas, ou uma vez de mês a mês: sob a pele (subcutânea); ou dentro da veia (intravenosa). O seu médico decidirá a melhor via de administração para si. Com o objectivo de corrigir a sua anemia, a sua dose inicial será quer 0,75 microgramas (uma vez de duas em duas semanas) quer 0,45 microgramas (uma vez por semana) de Aranesp por quilograma do seu peso corporal. O seu médico tirar-lhe-á regularmente amostras de sangue para avaliar como a sua anemia está a responder e poderá ajustar a sua dose uma vez de 4 em 4 semanas conforme seja necessário. Uma vez que a sua anemia esteja corrigida, o seu médico continuará a controlar regularmente o seu sangue e a sua dose pode ser ajustada de forma a manter o controle da sua anemia a longo prazo. Se tiver estado a receber uma dose de Aranesp de duas em duas semanas, o seu médico pode alterar-lhe a dose para uma única administração de mês a mês. A sua pressão arterial será também controlada regularmente, particularmente no início do seu tratamento. Em alguns casos, o seu médico poderá pedir-lhe que tome um suplemento de ferro. O seu médico poderá decidir alterar a forma como a injecção lhe é administrada (sob a pele ou dentro da veia). Neste caso, começará com a nova via de administração na mesma dose que tem vindo a tomar e o seu médico tirará amostras de sangue para assegurar que a sua anemia continua a ser correctamente tratada. Se o seu médico decidiu alterar o seu tratamento de r-huepo (eritropoietina produzida por engenharia genética) para Aranesp, a dose inicial de Aranesp (microgramas por semana) pode ser calculada dividindo a sua dose total semanal de r-huepo (UI por semana) por 200. A via de administração é a mesma de r-huepo e o seu médico dir-lhe-á quanto deve tomar. Se estiver a ser submetido a quimioterapia Aranesp é administrado através de uma injecção única sob a pele (via subcutânea), quer uma vez por semana, quer uma vez de duas em duas semanas Com o fim de corrigir a sua anemia, a dose inicial será quer 6,75 microgramas (uma vez de três em três semanas) quer 2,25 microgramas (uma vez por semana) de Aranesp por quilograma do peso corporal. O seu médico tirar-lhe-á regularmente amostras de sangue para avaliar como a sua anemia está a responder ao tratamento e poderá ajustar a sua dose conforme necessário. O seu tratamento continuará até aproximadamente 4 semanas após o fim da quimioterapia. O seu médico dir-lhe-á exactamente quando pode parar de tomar Aranesp. O seu valor de hemoglobina não deve exceder as 13 g/dl. 362

363 Nalguns casos, o seu médico pode recomendar que tome suplementos de ferro. Administrar a si próprio a injecção de Aranesp O seu médico poderá decidir que é melhor para si administrar você mesmo a injecção de Aranesp. Se assim for, o seu médico ou a enfermeira demonstrarão como injectar Aranesp a si próprio. Não tente injectar a si próprio o medicamento se não foi devidamente treinado. Nunca deve injectar a si mesmo o Aranesp numa veia. Leia a Secção 6 no fim deste folheto para obter mais informações sobre como administrar o Aranesp a si mesmo. Se utilizar mais Aranesp do que deveria Não deverá ter problemas graves se tomar mais Aranesp do que o necessário. Contudo, deverá contactar o seu médico, enfermeira ou farmacêutico se tal ocorrer. No caso de se sentir mal deverá contactar imediatamente o seu médico, enfermeira ou farmacêutico. Caso se tenha esquecido de tomar o Aranesp No caso de se esquecer de uma dose de Aranesp deverá contactar o seu médico para decidir quando poderá ser administrada a dose seguinte. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, o Aranesp pode ter efeitos secundários. Se tiver dores de cabeça, nomeadamente enxaqueca súbita e forte, ou começar a sentir-se confuso e com tonturas, deverá informar imediatamente o seu médico. Estes sintomas podem ser o indício de que houve uma subida súbita da pressão arterial e pode necessitar de tratamento urgente. No entanto, é também possível um aumento da pressão arterial ou um agravar da pressão arterial elevada sem estes sintomas. Se estiver a fazer hemodiálise podem formar-se coágulos sanguíneos (trombose) no seu acesso vascular (canal por onde passa o seu sangue). Esta situação ocorre com maior frequência com uma pressão arterial baixa ou se existirem problemas com a sua fistula. Se tiver insuficiência renal crónica pode vir a sentir dor na zona da injecção (unicamente se a injecção for sob a pele). Este efeito adverso foi observado mais frequentemente com o Aranesp do que com r-huepo. Este desconforto é geralmente ligeiro e de curta duração e é mais comum no início do tratamento. Se tiver doença oncológica, o tratamento com Aranesp pode resultar num aumento do risco de dor nas articulações (artralgia), retenção de líquidos (edema periférico), coágulos sanguíneos (formação de trombos) ou dor no local de injecção. Estes efeitos secundários são comuns acontecer em 1 a 10% dos doentes tratados com Aranesp. Embora raras, podem ocorrer, reacções alérgicas que incluem falta de ar (dispneia), vermelhidão ou comichão. Em doentes com insuficiência renal crónica, foram observados casos isolados, durante o tratamento com Aranesp, de formação de anticorpos neutralizantes contra o Aranesp ou outras proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, associados ou não a aplasia eritróide pura (AEP) (ver secção 2. Antes de utilizar o Aranesp). Caso algum destes efeitos persista ou detecte 363

364 efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico, enfermeira ou farmacêutico. 5. CONSERVAÇÃO DO ARANESP Conservar de 2 C a 8 C (no frigorífico), não congelar. Não utilizar o Aranesp se pensa que este foi congelado. Pode retirar o Aranesp do frigorífico e mantê-lo à temperatura ambiente (até 25 ºC) por um período não superior a 7 dias. Uma vez que uma seringa pré-carregada é retirada do frigorífico e atingiu a temperatura ambiente (até 25 ºC) deve ser utilizada dentro dos próximos 7 dias ou eliminada. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior para proteger da luz. A data de validade do Aranesp encontra-se gravada na caixa e no rótulo da seringa. Não utilize Aranesp após essa data, isto é, após o último dia do mês em referência. Tal como qualquer outro medicamento, deverá manter Aranesp longe da vista e do alcance das crianças. 6. INFORMAÇÃO SOBRE COMO ADMINISTRAR O MEDICAMENTO A SI PRÓPRIO Esta secção contém informação sobre como deve injectar o Aranesp a si próprio. É importante salientar que não deve tentar injectar-se se não tiver recebido o devido treino por parte do seu médico ou enfermeira. É também importante que elimine a seringa usada num recipiente próprio que não seja perfurável. Se tiver alguma dúvida sobre a auto-administração deve contactar o seu médico ou enfermeira para obter os esclarecimentos necessários. Como injecto o Aranesp a mim próprio? Você necessitará de administrar a si próprio uma injecção quer uma vez por semana, quer uma vez de duas em duas semanas, uma vez de três em três semanas, ou uma vez por mês, sempre no mesmo dia e no tecido sob a pele. Este processo é conhecido como uma injecção subcutânea. O seu médico ou enfermeira informam-no sobre qual a dose de Aranesp de que necessita e com que frequência devem ser administradas as injecções. Equipamento de que necessita Para administrar a si próprio uma injecção irá necessitar de: Uma seringa pré-carregada de Aranesp; Compressas embebidas em álcool ou similar; Um contentor resistente (recipiente de plástico fornecido pelo hospital ou farmácia) para deitar fora de forma segura as seringas. O que devo fazer antes de administrar a mim próprio uma injecção subcutânea de Aranesp? 1. Retirar a seringa pré-carregada de Aranesp do frigorífico. 2. Não agitar a seringa pré-carregada. 3. Verificar se tem a dose correcta que o seu médico lhe prescreveu. 364

365 4. Verificar a data de validade no rótulo da seringa pré-carregada (EXP:). Não utilize se a data já tiver expirado, isto é, se já tiver passado o último dia do mês em referência. 5. Verificar o aspecto do Aranesp. O Aranesp deve ser um líquido transparente, ou com um ligeiro tom pérola. Se estiver turvo ou com partículas no interior, não deverá utilizá-lo. 6. Para uma administração mais confortável da injecção, deixe ficar a seringa pré-carregada durante 30 minutos à temperatura ambiente ou segure cuidadosamente a seringa na sua mão por alguns minutos. Não aqueça o Aranesp de outra forma que não as indicadas (por exemplo no microondas ou em água quente). 7. Não remover a protecção da seringa até estar pronto para a injecção. 8. Lavar bem as mãos. 9. Instale-se num local confortável, bem iluminado, e coloque tudo o que necessita ao seu alcance (a seringa pré-carregada de Aranesp, as compressas embebidas em álcool e o contentor para eliminação da seringa). Como devo preparar a minha injecção de Aranesp? Antes de injectar Aranesp deve seguir os seguintes passos: 1. Segure no canhão da seringa e retire suavemente a protecção da agulha sem torcer. Puxe a direito tal como mostram as figuras 1 e 2. Não toque na agulha nem empurre o êmbolo. 2. Pode existir uma pequena bolha de ar no interior da seringa précarregada. Não tem de remover a bolha de ar antes da injecção. É inofensivo injectar a solução com a bolha de ar. 3. Poderá agora utilizar a seringa pré-carregada. Onde devo administrar a injecção? Como administro a injecção? Os locais ideais para administrar a si próprio a injecção são os seguintes: na parte superior das ancas; e no abdómen, excepto a zona à volta do umbigo. Alterne os locais onde administra a injecção de forma a não ficar dorido em nenhuma delas. Se for outra pessoa a administrar a injecção, esta poderá ser administrada também na parte de trás do braço. 1. Desinfecte a pele, limpando com uma compressa embebida em álcool, e agarre a pele entre o dedo polegar e o indicativo sem apertar. 2. Espete a agulha na pele como demonstrado pelo seu enfermeiro ou médico. 3. Puxe levemente o êmbolo de forma a verificar que não perfurou nenhuma veia. Se entrar sangue para dentro da seringa retire a agulhe e espete-a num sítio diferente. 365

ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. NOME DO MEDICAMENTO Aranesp 10 microgramas solução injetável em seringa pré-cheia. Aranesp 15 microgramas solução injetável em seringa pré-cheia.

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