Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser

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1 Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser ª PROVA SUBSTITUTIVA DE PORTUGUÊS Aluno(a): Nº Ano: 6º Turma: Data: 12/09/2017 Nota: Professor(a): Paula Querino Valor da Prova: 30 pontos Orientações gerais: 1) Número de questões desta prova: 11 2) Valor das questões: Abertas (4): 4,0 pontos cada. Fechadas (7): 2,0 pontos cada. 3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão. 4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e conceituação comprometida. 5) Tópicos desta prova: - Textos e interpretação - Livro: Cupido e Psiquê - Substantivo - Adjetivo - Verbo 1ª Questão: A escolha de um nome para um filho é um momento especial que pode gerar muitas histórias, muitas explicações e, às vezes, até muitas reclamações...no texto abaixo, o cronista brinca com o critério de escolha dos nomes. História de um nome No capítulo de nomes difíceis tem acontecido coisas das mais pitorescas. Ou é um camarada chamado Mimoso, que tem físico de mastodonte, ou é um sujeito fraquinho e insignificante, chamado Hércules. Os nomes difíceis, principalmente os nomes tirados de adjetivos condizentes com seus portadores, são raríssimos e é por isso que minha avó a paterna dizia: - Gente honesta, se for homem, deve ser José, se for mulher, deve ser Maria. (...) Mas deixemos de lado as birras de minha avó velhinha que Deus tenha em sua santa glória e passemos para o estranho caso da família Veiga, que morava pertinho de minha casa, em tempos idos. Seu Veiga, amante da boa leitura e cuja cachaça era colecionar livros, embora colecionasse também filhos, talvez com a mesma paixão, levou sua mania ao extremo de batizar os rebentos com nomes que tivessem relação com livros. Assim o mais velho chamou-se Prefácio da Veiga; o segundo, Prólogo; o terceiro, Índice, e, sucessivamente, foram nascendo o Tomo, o Capítulo e, por fim, Epílogo da Veiga, caçula do casal. Lembro-me bem dos filhos do Seu Veiga, todos excelentes rapazes, principalmente o Capítulo, sujeito prendado na confecção de balões e papagaios. Até hoje (é verdade que não me tenho dedicado muito na busca) não encontrei ninguém que fizesse um papagaio tão bem quanto Capítulo. Nem balões. Tomo era um bom extrema-direita e Prefácio pegou o vício do pai vivia comprando livros. Era, aliás, o filho querido de Seu Veiga, pai extremoso, que não admitia piadas. Não tinha o menor senso de humor. Certa vez ficou mesmo de relações estremecidas com meu pai, por causa de uma 2ª PS de Português / 6º ano / Paula Querino/ Pág. 1

2 brincadeira: Seu Veiga ia passando pela nossa porta, levando a família para o banho de mar. Iam todos armados de barracas de praia, toalhas etc. Papai estava na janela e, ao saudá-lo, fez a graça: - Vai levar a biblioteca para o banho? Seu Veiga ficou queimado durante muito tempo. Dona Odete por alcunha A Estante -, mãe dos meninos, sofria o desgosto de ter tantos filhos homens e não ter uma menina para me fazer companhia como costumava dizer. Acreditava, inclusive, que aquilo era castigo de Deus, por causa da ideia do marido de botar aqueles nomes nos garotos. Por isso, fez uma promessa: se ainda tivesse uma menina, havia de chamá-la Maria. As esperanças já estavam quase perdidas. Epilogozinho já tinha oito anos, quando a vontade de Dona Odete tornou-se uma bela realidade, pesando cinco quilos e mamando uma enormidade. Os Vizinhos comentaram que Seu Vaiga não gostou, ainda que se conformasse, com a vinda de mais um herdeiro, só porque lhe faltavam palavras relacionadas a livros para denominar a criança. Só depois, na hora do batizado, o pai foi informado da antiga promessa. Ficou furioso com a mulher, esbravejou, bufou, mas bom católico acabou concordando em parte. E assim, em vez de receber somente o suave nome de Maria, a garotinha foi registrada no livro da paróquia, após a cerimônia batismal, como Errata Maria da Veiga. Estava cumprida a promessa de Dona Odete, estava de pé a mania de Seu Veiga. (In: Sérgio Porto. São Paulo, Abril Educação, 1981.p.75. Coleção Literatura Comentada) a) O que há em comum entre os nomes de todos os filhos do Seu Veiga? (1,0) b) Por que Dona Odete, a mãe, tinha o apelido de A Estante? (1,0) c) Quando nasceu a última filha do Seu Veiga, surgiu um problema. Por quê? Como foi resolvida a questão? (1,0) d) O autor afirma que nomes tirados de adjetivos condizentes com seus portadores são raríssimos, ou seja, há alguns nomes que não combinam com seus portadores. Copie o trecho do texto que confirme essa afirmação. (1,0) 2ª Questão: (...) minha avó velhinha que Deus tenha em sua santa glória (...) São numerosas as expressões que, em português, se referem à morte, algumas de forma respeitosa, como a destacada no texto, outras com irreverência, deboche. 2ª PS de Português / 6º ano / Paula Querino/ Pág. 2

3 Entre essas expressões respeitosas podemos citar, EXCETO: a) Entregar a alma para Deus. b) Adormecer no Senhor. c) Passar desta para melhor. d) Esticar a canela. e) Falecer. 3ª Questão: Releia: Vai levar a biblioteca para o banho? Podemos dizer que: a) Esta fala do texto pertence ao pai do narrador. b) O narrador do texto é também personagem da história, é vizinho de Seu Veiga. c) Essa frase caracteriza o discurso direto, isto é, a própria personagem fala. d) Vem introduzida de travessão, mas também poderia ter sido transcrita entre aspas. e) Todas as afirmativas acima estão corretas. 4ª Questão: A) Marido e mulher estão conversando. De repente, o marido diz uma destas frases: (1,0) Sua ideia de viajar me é simpática. Sua ideia de viajar não me é simpática. Sua ideia de viajar me é antipática. a) Qual dessas frases daria a entender que o marido é totalmente favorável à ideia de viajar? b) E qual delas dá a entender que é totalmente desfavorável? B) Observe o emprego do adjetivo destacado nestas duas frases: (1,0) Aquela moça é muito bonita. Nossa! Como você está bonita! Qual a diferença entre ser bonita e estar bonita? C) O jogo O Estádio lotou. Juiz apitou e o jogo começou. O jogador chutou. Outro cabeceou. O goleiro agarrou. Chutou. Escanteio. A torcida vibrou. Falta. O juiz marcou. O tempo passou. O 1 tempo terminou. Intervalo. O jogo voltou. O jogador lançou. Outro driblou. Chegou perto do gol. O goleiro caiu. O jogador chutou. Fez o gol. Ele comemorou. O jogo parou. Juiz apitou e o jogo recomeçou. Chute pra cá e chute pra lá. Nenhum outro gol. O jogo terminou. O campeão comemorou. A torcida se encantou. É festa no Maracanã. a) Sobre o que o texto trata? (0,5) 2ª PS de Português / 6º ano / Paula Querino/ Pág. 3

4 b) Qual foi o placar do jogo? Onde foi? (0,5) C) Passe o primeiro tempo do jogo para o presente e o segundo tempo para o futuro. (1,0) 5ª Questão: O dono da bola (Ruth Rocha) O nosso time estava cheio de amigos. O que nós não tínhamos era a bola de futebol. Só bola de meia, mas não é a mesma coisa. Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca. Mas, toda vez que nós íamos jogar com Caloca, acontecia a mesma coisa. E era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo: Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola! Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo... Espírito esportivo, nada! berrava Caloca. E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto! E assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo. A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no campeonato do nosso bairro. Nós precisávamos treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo. Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto estava sempre procurando encrenca: Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo! Se eu não for o capitão do time, vou embora! Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola! E quando não se fazia o que ele queria, já sabe, levava a bola embora e adeus, treino. Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer uma reunião: Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o treino. Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva: A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser! Pois é isso mesmo! disse o Beto, zangado. É por isso que nós não vamos ganhar campeonato nenhum! Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que nem bola tem. E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço. Aí, Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho. Nós passávamos pela casa dele e víamos. Ele batia bola com a parede. Acho que a parede era o único amigo que ele tinha. Mas eu acho que jogar com a parede não deve ser muito divertido. Porque, depois de três dias, o Carlos Alberto não aguentou mais. Apareceu lá no campinho. Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola. Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava caso com ninguém. E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se abraçou gritando: Viva o Estrela-d Alva Futebol Clube! 2ª PS de Português / 6º ano / Paula Querino/ Pág. 4

5 Viva! Viva o Catapimba! Viva! Viva o Carlos Alberto! Viva! Então o Carlos Alberto gritou: Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem me chamar de Caloca! a) Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal da história?(0,5) b) Quem narra a história participa dela ou não? Temos narrador-personagem ou narrador-observador? (0,5) c) Carlos Alberto costumava fazer chantagem e impor condições para emprestar sua bola de couro. Comprove a afirmação com uma frase retirada do texto. (1,0) d) Qual era a finalidade da reunião que Catapimba, o secretário do time, resolveu fazer? (1,0) e) Ao final, o time saiu campeão. Se Carlos Alberto tivesse continuado com o mesmo comportamento de antes, o time sairia vitorioso? Justifique sua resposta. (1,0) 6ª Questão: Relacione as ações às reações dos personagens: (1) O juiz marca falta. (2) Catapimba fez uma reunião para resolver o problema. (3) Caloca se arrepende e pede para voltar ao time. (4) O time conquista a vitória no campeonato. ( ) Caloca retira-se do time, isolando-se dos colegas. ( ) Todos se abraçam e gritam viva. ( ) Caloca grita: Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola! ( ) Os colegas recebem Caloca de volta ao time. A relação correta é: a) 4, 2, 1, 3 b) 2, 4, 1, 3 c) 4, 2, 3, 1 d) 2, 4, 3, 1 e) 3, 1, 4, 2 2ª PS de Português / 6º ano / Paula Querino/ Pág. 5

6 7ª Questão: I) Complete as lacunas abaixo com as palavras do quadro a seguir. Os romanos, grandes, invadiram a Península Ibérica, região hoje ocupada por Portugal e Espanha, na época habitada por povos que falavam diferentes, e aí permaneceram por mais de duzentos anos. Na época dos romanos, existiam o latim (quase sempre escrito) e o latim vulgar (usado na conversação do dia a dia). Nas terras conquistadas, os romanos exigiam que seu idioma fosse a falada em sociedade. Como na conversação usavam o latim, foi essa modalidade que deu origem, nas diferentes regiões conquistadas, ao português, espanhol, italiano e francês. vulgar / língua / literário / idiomas / conquistadores Das palavras do quadro, que usou para completar as lacunas do item anterior, indique: a) quais delas são substantivos. (0,5) b) quais delas são adjetivos. (0,5) II- Observe a pequena biografia do autor do texto História de um nome: Sérgio Porto, jornalista e cronista muito conhecido pelo pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, nasceu no Rio de Janeiro em 1923 e faleceu em Entre suas obras mais conhecidas estão alguns volumes de crônicas. A crônica que você leu faz parte de seu primeiro livro de crônicas O Homem ao lado. a) Reescreva a biografia substituindo todos os substantivos grifados por outros substantivos a sua escolha, fazendo as adaptações necessárias. (2,0) b) Agora copie só os verbos, indicando o infinitivo de cada um deles. Assim: (1,0) nasceu - nascer 8ª Questão: No primeiro parágrafo do texto História de um nome, aparecem as palavras pitorescas, portadores e dizia. Elas são, respectivamente, caracterizadas como: a) adjetivo, substantivo, verbo. b) verbo, artigo, adjetivo. c) advérbio, verbo, substantivo. d) interjeição, verbo, adjetivo. e) adjetivo, substantivo, pronome. 2ª PS de Português / 6º ano / Paula Querino/ Pág. 6

7 Todos os povos, em toda parte e em todos os tempos, têm seu repertório de narrativas, passadas de geração a geração, de boca em boca. São histórias ou contos de vários tipos, chamados fábulas, mitos ou lendas. Quando essas histórias, nascidas da imaginação coletiva, ganham forma escrita, além de perdurar no tempo, atravessando os séculos, elas encontram seu público muito além de seu lugar de origem. No livro Cupido e Psiquê, encontramos saborosos mitos da Grécia antiga, lendas muito poéticas de índios brasileiros, um conto popular da Alemanha entre outros. É que o prazer de narrar e ouvir histórias é universal, uma característica invariável do ser humano, em todos os tempos e em toda parte. 9ª Questão: Leia o trecho a seguir atentamente. Então ele compreendeu que tinha chegado à casa de uma feiticeira, mas, como estava escuro e ele não poderia prosseguir viagem nem tinha medo, entrou. A velha estava sentada em sua poltrona junto à lareira e examinou os estranhos com seus olhos vermelhos. De qual história é o trecho apresentado? a) "Cupido e Psiquê." b) "O bicho Manjaléu." c) "O enigma." d) "A Riqueza e a Morte." e) "A festa no céu." 10ª Questão: Sobre o texto "O bicho Manjaléu", assinale a alternativa que apresenta a(s) personagem(ns) que não faz(em) parte da narrativa. a) Caçadores. b) Rei dos peixes. c) Rei dos carneiros. d) Rei dos pombos. e) Rei dos macacos. 11ª Questão: Com relação ao conto Comadre Morte, podemos dizer que: I- O homem do conto rejeita ter Deus como compadre porque, segundo ele, Deus dá a uns a riqueza e a outros a pobreza. II- Ele aceita a morte como comadre porque ela trata todos de forma igual. III- A morte quis enriquecer o homem. IV- O homem tentou enganar a morte por uma única vez. V- O homem, no final, foi mais esperto que a morte. Estão corretas as afirmativas: a) I, II, III b) I, III, IV c) I, IV, V d) II, III, IV e) II, IV, V 2ª PS de Português / 6º ano / Paula Querino/ Pág. 7