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1 Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Graduação em Saúde Coletiva Perfil Epidemiológico das vítimas dos acidentes de transporte, registrados nos serviços sentinelas da rede VIVA no município de Cuiabá, 2011 Hellen Patrícia Sebastião da Silva Cuiabá 2014

2 Perfil Epidemiológico das vítimas dos acidentes de transporte, registrados nos serviços sentinelas da rede VIVA no município de Cuiabá, 2011 Hellen Patrícia Sebastião da Silva Trabalho de Conclusão do Curso de Saúde Coletiva apresentado ao Departamento de Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito parcial para a obtenção do Titulo de Bacharel em Saúde Coletiva. Orientadora: Profª Dra. Noemi Dreyer Galvão Co-orientadora: Profª Dra. Ana Paula Muraro Cuiabá 2014

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4 DEDICATÓRIA Aos meus amados pais Solange e Dirceu por todo o amor, apoio e dedicação que me deram durante toda a minha vida e jornada acadêmica, e por todo o incentivo para que eu pudesse iniciar meus estudos na graduação. Aos meus colegas da 1º turma de graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, pessoas estas que contribuíram muito na formação de meu conhecimento, e com quem compartilhei muitas alegrias e tristezas nesses últimos cinco anos.

5 AGRADECIMENTOS A Deus por tudo que tem me proporcionado durante todos os meus anos de vida, e por toda a força dada durante estes anos. Aos meus pais Dirceu e Solange, e ao meu irmão Weslley, por todo o amor e compreensão, que foram essenciais para superar diversos desafios. Aos colegas de curso, que me acompanharam até o final de mais essa jornada, e em especial a Ericka Walleska, por termos partilhados momentos de muita amizade e companheirismo. As professoras Silvia Gugelmin, Neuciani Ferreira, Ingrid Farina e Marina Atanaka, por terem contribuído diretamente na construção de todo este trabalho. A todo o corpo docente do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, por toda a compreensão, e por todos os saberes e ensinamentos. A minha querida amiga Thayana Gayva, pela paciência, carinho e amizade. Aos meus colegas de trabalho, pela compreensão, companheirismo e amizade. A professora Dra. Noemi Dreyer Galvão minha orientadora, que aceitou compartilhar comigo a produção deste trabalho, e por todo o apoio e conhecimento partilhado.

6 A professora Dra. Ana Paula Muraro, minha co-orientadora, pela paciência, presteza, leveza na socialização de saberes e principalmente pela amizade, carinho e compreensão na condução dos trabalhos.

7 RESUMO SILVA, H. P. S da. Perfil Epidemiológico das vítimas dos acidentes de transporte, registrados nos serviços sentinelas da rede VIVA no município de Cuiabá, p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Saúde Coletiva) Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. Introdução: Os acidentes de transporte caracterizam-se hodiernamente como um importante fator de mortalidade, entretanto, as vítimas de pequenas lesões, também são responsáveis por uma grande demanda aos serviços de urgência e emergência. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das vítimas dos acidentes de transporte em Cuiabá atendidas nos serviços sentinelas da Rede de Serviços Sentinela de Vigilância de Violências e Acidentes (Rede VIVA) no ano de Método: Tratase de um estudo descritivo, de corte transversal. Foram utilizados os dados de 241 vítimas de acidentes de transporte, notificadas pelo Projeto VIVA do município de Cuiabá, do ano de Para o processamento dos dados foi utilizado uma planilha de dados. Foram calculadas frequências absolutas e relativas, além da razão de sexo. Resultados: Dentre as vítimas atendidas nas unidades selecionadas em Cuiabá, os acidentes de transporte destacaram-se em número de atendimentos (32,1%), e em sua grande maioria as vítimas eram homens (71,4%), jovens (59 %), de cor da pele preta (76,3%), com 9 a 11 anos de estudo (42,7%) e chegaram até a unidade hospitalar com veículos particulares (48,5%). Dentre as características das ocorrências prevaleceram os condutores (72,0%), motociclistas (73,0%), os acidentes ocorridos no domingo (21,2%), durante o período Vespertino (33,2%), e em vias públicas (95,9%). Na maioria dos acidentes a outra parte envolvida foram os automóveis (38,6%) e os condutores não apresentavam suspeita de uso de álcool (87,6%). Os acidentes de trabalho representaram 28,6% dos atendimentos, a maior parte declarou estar utilizando o capacete (82,8%) e a não utilização de cinto de segurança (55,0%). Sobre as características das lesões/evolução, prevaleceram aqueles com cortes/lacerações (37,8%), com os membros superiores e inferiores mais atingidos (57,5%) e 68,5% receberam alta ao final do tratamento. Discussão e Conclusão: Dentre todas as causas externas, os acidentes de transporte representam grande maioria, dentre estes, destacaram-se os motociclistas. A população jovem desempenhou grande destaque dentre as vítimas. Em relação ao álcool, apesar da pequena proporção de vítimas com suspeita do uso, o sexo masculino destacou-se nesta categoria. As lesões de pequena gravidade foram as mais prevalentes, resultado que pode ter corroborado para grande prevalência de alta ao final do tratamento. Foi possível observar então que a Rede VIVA fornece importantes subsídios para a análise e identificação das vítimas mais suscetíveis aos acidentes de transporte e informações que possibilitam a identificação de alguns fatores de risco, subsidiando assim propostas de formulação de ações de prevenção desses acidentes que possam diminuir o número de acidentes e consequentemente as mortes e internações. Palavras-chaves: Acidentes de trânsito; Sistemas de Informação em Saúde; Rede VIVA, Causas externas.

8 ABSTRACT SILVA, H. P. S da. Epidemiological Profile of victims of traffic accidents, recorded in sentinel VIVA network services in the city of Cuiabá, p. Completion of course work (Undergraduate Public Health) Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. Introduction: Road accidents in are characterized as an important factor of mortality, however, the victims of small lesions, are also responsible for a large demand on emergency care services. Objective: To describe the epidemiological profile of victims of traffic accidents in Cuiabá attended at sentinel urgency and emergency services Surveillance System for Violence and Accidents (VIVA) in 2011 Method: This is a descriptive, cross-sectional study. We analyzed the 241 victims of traffic accidents reported by the VIVA Project of Cuiabá in the year For data processing Microsoft Office Excel 2007 software was used. Absolute and relative frequencies were calculated, also the sex ratio. Results: Among the victims treated in the units selected in Cuiabá, transportation accidents highlighted in number of visits (32.1%), and mostly the victims were men (71.4%), young (59 %), the black skin color (76.3%), with 9-11 years of education (42.7%) and reached the hospital in private vehicles (48.5%). Among the features of the occurrences prevailed drivers (72.0%), motorcyclists (73.0%), accidents occurring on Sunday (21.2%), during the Afternoon (33.2%) period, and on public roads (95.9%). In most accidents the other party involved were cars (38.6%) and drivers had no suspicion of alcohol use (87.6%). Work accidents accounted for 28.6% of cases, most said to be using the helmet (82.8%) and non-use of seat belts (55.0%). About lesion characteristics/evolution, prevailed with those cuts/lacerations (37.8%), with the upper and lower limbs most affected (57.5%) and 68.5% were discharged after the treatment. Discussion and Conclusion: We observed that among all external causes, transport accidents account for the large majority among them, stood out motorcyclists. Young people played an important part of the victims. In relation to alcohol, although there were few victims suspected of using, the male stood out in this category. Lesions of low severity were the most prevalent, a result that might have corroborated for large high prevalence of the sudden end of treatment. It was observed then that the VIVA Project provides important informations for the analysis and identification of the most susceptible victims of traffic accidents, enabling the identification of some risk factors, thus creating proposals for formulating actions to prevent such incidents which may decrease the number of accidents and consequently deaths and hospitalizations. Keywords: Traffic accidents; VIVA Project; Information Systems in Health; External Causes.

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REFERENCIAL TEÓRICO AS CAUSAS EXTERNAS ACIDENTES DE TRANSPORTE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Rede VIVA Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes JUSTIFICATIVA OBJETIVOS GERAL ESPECÍFICOS METODOLOGIA DELINEAMENTO DO ESTUDO LOCAL DO ESTUDO POPULAÇÃO, FONTES E COLETA DE DADOS E PERÍODO DO ESTUDO VÁRIAVEIS SELECIONADAS PROCESSAMENTO E ANALISE DE DADOS ASPECTOS ÉTICOS RESULTADOS CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ACIDENTES DE TRANSPORTE ACIDENTES DE MOTOCICLETAS DISCUSSÃO CONCLUSÃO... 56

10 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ANEXO I - Ficha de notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violências ANEXO II - Ficha de notificação de acidentes e violências em serviços sentinelas de urgência e emergência ANEXO III Autorização para utilização do banco de dados do VIVA, Cuiabá,

11 LISTA DE TABELAS Tabelas Títulos Pág. Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % e Razão de sexo) segundo características das vítimas. Cuiabá, Mato Grosso, Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % e Razão de sexo) segundo tipo de transporte e outro parte envolvida no acidente. Cuiabá, Mato Grosso, Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % e Razão de sexo) segundo dia e horário da ocorrência. Cuiabá, Mato Grosso, Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % e Razão de sexo) segundo suspeita de uso de álcool, acidente de trabalho e utilização de equipamentos de segurança. Cuiabá, Mato Grosso, Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % E Razão de sexo) segundo natureza e local da lesão, e evolução dos atendimentos. Cuiabá, Mato Grosso, Distribuição das vítimas de acidentes de transporte com motocicleta, segundo características das vítimas. Cuiabá, Mato Grosso, Distribuição das vítimas de acidentes de transporte com motocicleta, segundo meio de locomoção utilizado para chegar ao serviço de saúde e Outra parte envolvida no acidente. Cuiabá, Mato Grosso,

12 Tabela 8 Distribuição das vítimas de acidentes de transporte com motocicleta, segundo natureza da lesão e parte do corpo atendida. Cuiabá, Mato Grosso,

13 LISTA DE FIGURAS Figuras Título Pág. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Atendimentos de acidentes de transporte (%) do Projeto VIVA, segundo sexo e tipo de vítima. Cuiabá, Mato Grosso, Atendimentos de acidentes de transporte (%) do Projeto VIVA, segundo dias da semana da ocorrência. Cuiabá, Mato Grosso, Atendimentos de acidentes de motocicletas (%) do Projeto VIVA, segundo evolução. Cuiabá, Mato Grosso,

14 LISTA DE ABREVIATURAS APVP CGDANT CID 10 CNM DASIS DETRAN IBGE IDH MS OMS PIB SAMU SIH SIM SMS SVS VIVA Anos Potenciais de Vida Perdidos Coordenação Geral de Doenças e Agravos não Transmissíveis Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde Décima Revisão Confederação Nacional de Municípios Departamento de Análise de Situação em Saúde Departamento de Trânsito Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Índice de Desenvolvimento Humano Ministério da Saúde Organização Mundial de Saúde Produto Interno Bruto Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Sistema de Informações Hospitalares Sistema de Informações sobre Mortalidade Secretaria Municipal de Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Vigilância de Violências e Acidentes

15 13 1 INTRODUÇÃO No Brasil, a forma como a sociedade se organiza, e as grandes mudanças pelas quais está passando, vem impondo para o setor saúde a extensão de seu enfoque de atuação para além das doenças transmissíveis. Novas epidemias emergem neste cenário, principalmente aquelas relacionadas ao estilo de vida da coletividade urbana (BRASIL, 2001). Nesse cenário, a morbimortalidade por causas externas (acidentes e violência) destaca-se como importante problema devido a sua magnitude e aos diversos impactos sociais, econômicos e de qualidade de vida a que as pessoas estão suscetíveis. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, as mortes, as internações e os efeitos originários destes, atingem essencialmente populações jovens, sadias e economicamente ativas (OMS, 2003). Proporcionalmente, as causas externas caracterizam-se como a segunda maior causa de mortalidade na população brasileira, responsável por 117 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes, perdendo apenas para as doenças do aparelho circulatório (BRASIL, 2010a). Dentre as causas externas, os acidentes de transporte destacam-se como importante fator de morbidade e mortalidade, e apesar da redução do número de mortes nas estradas, em muitos países estas mortes continuam inaceitavelmente altas (OMS, 2013). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de 1,2 milhões de pessoas morrem e entre 20 e 50 milhões sofrem lesões não fatais devido a essa causa. Soma-se a isso que cerca de 90% destes óbitos ocorrem em países de média e baixa

16 14 renda, inclusive no Brasil, que ao todo contam com menos de 48% do total da frota mundial de veículos (OMS, 2004 e 2009). Agrega-se a isso que, apenas 28 países, representando 449 milhões de pessoas (7% da população mundial), têm leis adequadas que atendem todos os cinco principais fatores de risco para estes acidentes: velocidade, ingestão de bebida alcoolica, capacete, cinto de segurança e sistemas de retenção para crianças (OMS, 2013). Em Cuiabá, a situação não é diferente. Estudo realizado em 2008 apontou que os acidentes de transporte correspondiam a segunda maior causa de atendimento nas unidades de urgência e emergência na capital matogrossense em 2005, representando 21,8% do total dos atendimentos. Considerando a faixa etária, a de 20 a 29 anos foi predominante, chegando a 40% dos total dos atendimentos (OLIVEIRA e JORGE, 2008). Com a crescente demanda por atendimentos nas unidades de saúde, principalmente aquelas de urgência e emergência que caracterizam-se como a porta de entrada do sistema para as vítimas dos acidentes de transporte, justifica-se a importância da vigilância desses atendimentos, a partir de outras ferramentas, não apenas aquelas ligadas às mortes e internações. Dessa forma este estudo pretende descrever o perfil das vítimas dos acidentes de transporte atendidas nos serviços sentinelas da Rede VIVA, em Cuiabá, no ano de 2011.

17 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 AS CAUSAS EXTERNAS As causas externas (acidentes e violências) são um conjunto de agravos à saúde, que pode ou não levar a óbito, no qual se incluem as causas ditas acidentais devidas ao trânsito, trabalho, quedas, envenenamentos, afogamentos e outros tipos de acidentes e as causas intencionais agressões e lesões autoprovocadas (BRASIL, 2001, p.3) Essas causas recebem uma classificação, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10) sendo as causas externas correspondentes ao capitulo XX (OMS, 2008). Dentro deste capítulo são encontradas subdivisões, com os seguintes códigos: Acidentes V01-X59: Lesões autoprovocadas intencionalmente X60-X84; Agressões X85-Y09; Eventos com intenção indeterminada Y10-Y34; Intervenções legais e operações de guerra Y35-Y36; Complicações de assistência médica e cirúrgica Y40-Y84; Sequelas de causas externas de morbidade e mortalidade Y85-Y89;

18 16 Fatores suplementares relacionados com as causas de morbidade e mortalidade classificadas em outra parte Y90-Y98. De acordo com a OMS (2003, p. 5) as violências correspondem às situações em que há o uso proposital de força ou de poder, real ou em ameaça, contra si mesmo, outra pessoa ou de um grupo ou comunidade, que resulte ou tenha uma alta probabilidade de causar lesão, morte, dano psicológico, prejuízos no desenvolvimento ou privação. Já os acidentes são conceituados como eventos não intencionais e evitáveis, causadores de lesões físicas e emocionais, no âmbito doméstico ou nos outros ambientes sociais, como o do trabalho, do trânsito, da escola, de esporte e o de lazer (BRASIL, 2001, p. 3). Por se tratarem de causas que em sua quase totalidade poderiam ser evitadas com ações de promoção e atenção/cuidado adequado, caracterizam-se como um relevante problema de saúde pública (OMS, 2004). Desde a década de 1980, as causas externas representam a segunda causa de mortalidade no Brasil e a primeira para as crianças e os indivíduos jovens e adultos. (SANTOS et al., 2008). Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), somente em 2011, ocorreram óbitos por causas externas em todo o território nacional correspondendo a 12,4% dos óbitos ocorridos do país. Assinala-se ainda que estas causas são as principais responsáveis pelos anos potenciais de vida perdidos (APVP) entre o grupo dos adultos e jovens, por serem estes os mais atingidos (BARROS et al., 2001; REICHENHEIN e WERNECK, 1994). Na população masculina, onde essa causa apresenta os maiores coeficientes, dados do IBGE (2009) apontam que, no ano de 2005, dentre todas as causas de mortalidade no Brasil, as causas externas eram as primeiras responsáveis pelos anos

19 17 potenciais de vida perdidos, em média uma perda de 3,4 anos potenciais de vida. Na Região Centro Oeste os valores ultrapassam a média nacional, com 3,6 anos potenciais de vida perdidos. Os custos destas causas são extremamente elevados. Em 2004, por exemplo, estimativas apontavam um gasto de 2.2 bilhões de reais em tratamentos para essas vítimas, o que equivaleria a cerca de 4% dos gastos totais com saúde pública naquele ano (RODRIGUES et al., 2009). 2.2 ACIDENTES DE TRANSPORTE Os acidentes de transporte são entendidos, de acordo com a Classificação Internacional das Doenças (OMS, 2008, p. 20), como todo acidente que envolve um veículo destinado, ou usado no momento do acidente, principalmente para o transporte de pessoas ou de mercadorias de um lugar para o outro. Este grupo também apresenta subdivisões, que... refletem o meio de transporte utilizado pela vítima, e são subdivididos para especificar o papel da vítima ou as circunstâncias do acidente (OMS, 2008, p. 21): Pedestre traumatizado - V01 a V09; Ciclista traumatizado - V10 a V19; Motociclista traumatizado - V20 a V29; Ocupante de triciclo motorizado traumatizado - V30 a V39; Ocupante de um automóvel traumatizado - V40 a V49;

20 18 Ocupante de uma caminhonete traumatizado - V50 a V59; Ocupante de um veículo de transporte pesado traumatizado - V60 a V69; Ocupante de um ônibus traumatizado - V70 a V79; Outros acidentes de transporte - V80 a V99. Estes acidentes constituem-se em importante causa de traumatismos na população mundial. No Brasil, onde o trânsito é considerado um dos piores do mundo, revelam-se indicadores elevados. Por exemplo, em 2008, o coeficiente de mortalidade por acidentes foi cerca de 2,5 vezes maior que nos Estados Unidos da América EUA (CNM, 2009). Estes acidentes destacam-se dentro das causas externas em termos de magnitude, tanto de mortes, com óbitos no Brasil para o ano de 2010 (BRASIL, 2010a), quanto de feridos, com internações no Brasil no ano de 2010 (BRASIL, 2010b). Cuiabá apresenta fundamental importância nesse cenário, revelada pelo seu quadro de mortalidade. Entre os anos de 1991 e 2000, a cidade aparece dentre as sete capitais brasileiras que tiveram crescimento nos indicadores de mortalidade (BRASIL, 2005). Diversos estudos apontam os homens jovens como principais vítimas dos acidentes de transporte (BASTOS et al., 2005; BONILHA, 2012; BRASIL, 2005; GONSAGA et al., 2012; MARCHESE et al., 2008; OLIVEIRA e JORGE, 2008; SOARES et al., 2009.). Também destacam que o principal meio de locomoção das vítimas dos acidentes é a motocicleta (BASTOS et al., 2005; MARCHESE et al.,

21 ; MASCARENHAS et al., 2009a; OLIVEIRA e JORGE, 2008; SOARES et al., 2009.). Diante deste contexto, o setor saúde percebeu a necessidade da criação de uma política, que contribua de forma efetiva na diminuição da morbidade e da mortalidade tanto dos acidentes como das violências. Em 2001, o Ministério da Saúde (MS), publicou a Portaria nº 737, que estabeleceu a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências, tendo por objetivo diminuir a morbimortalidade por estes agravos mediante o desenvolvimento de ações articuladas e sistematizadas, concentradas no fortalecimento de ações de prevenção e promoção as vítimas das causas externas (BRASIL, 2001). A partir dessa política diversas ações foram implementadas, como: Política Nacional de Atenção as Urgências do Ministério da Saúde, em 2003, fortalecimento do SAMU, Estruturação da Rede Nacional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde, em 2004, elaboração da Agenda da Vigilância, em 2005 e por fim a Política Nacional de Promoção da Saúde (2006) (SOARES, 2008). Somente a partir da Política Nacional de Promoção da Saúde foram definidas ações que contribuíram efetivamente com a promoção e prevenção das causas externas (acidentes e violências), atuando sobre os principais condicionantes e determinantes desses agravos (SOARES, 2008). Diante de todo esse cenário, o Ministério da Saúde, como apontado por SOARES et al., (2009, p. 266)... enquanto acompanha a crescente morbimortalidade por causas externas no país, mobiliza-se para, efetivamente, incluir a prevenção dos acidentes e violências em sua agenda e ampliar a compreensão da

22 20 necessidade do enfrentamento desse problema, tradicionalmente restrito a outros setores, a exemplo do Transporte, Segurança e Justiça. 2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Considerando que para o estudo de um agravo o primeiro passo a ser dado deve ser a descrição exata e detalhada de como ele acontece na população, com vistas a entender quem, onde e porque estas pessoas são acometidas por ele (BARATA, 1999), os sistemas de informação aparecem como ferramentas de extrema importância para o monitoramento e avaliação desses agravos e dos serviços de saúde. No caso das informações sobre mortalidade e morbidade dos acidentes de transporte, os dados estão disponíveis no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Ressalta-se que no SIM Sistema de informações de Mortalidade estão presentes todos os óbitos devidamente registrados, entretanto, no SIH Sistema de Informações Hospitalares, são registrados apenas as internações de unidades do Sistema Público ou de unidades credenciadas a este sistema, o que não permiti um levantamento real da morbidade desse agravo. Porém, no caso dos acidentes e violências, uma parte considerável dos acidentados procura as unidades ambulatoriais, de menor complexidade, devido às pequenas extensões das lesões (OLIVEIRA, 2006). Então, muito embora os dados disponíveis no SIM e SIH sejam úteis para monitorar e proceder à vigilância das

23 21 causas externas, esses sistemas não fornecem dados sobre estas lesões, que não necessariamente implicariam em mortes ou internações (casos estes notificados pelos sistemas SIM e SIH), mas que também são responsáveis por boa parte da procura por atendimento nos serviços de urgência e emergência (OLIVEIRA e JORGE, 2008; MASCARENHAS et al., 2009b; MARCHESE et al., 2008; MASCARENHAS et al., 2009c). Faz-se necessário então que se aprofunde cada vez mais o amplo aspecto de informações a respeito dos agravos e das características dos usuários que recorrem ao atendimento em unidades de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde, usuários estes que não são internados e muito menos chegam ao óbito. Uma das opções que se apresenta para este aprofundamento é a utilização de bases de dados de inquéritos e pesquisas, realizados nesses serviços, como por exemplo, os dados provenientes da Rede Viva Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes Rede VIVA Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes A Rede VIVA (Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes), implantada pelo Ministério da Saúde (MS) em 2006, aparece então como estratégia que pretende complementar os sistemas de informações existentes (SIM e SIH/SUS) para a vigilância dos acidentes e violências. Esta rede dividiu-se em dois componentes: o VIVA Contínuo, que faz a vigilância das violências domésticas, sexual e/ou outras violências; e o VIVA Inquérito, que caracteriza-se pela vigilância dos acidentes e

24 22 violências em serviços sentinelas de urgência e emergência (ANDRADE et al., 2012). O VIVA Inquérito objeto deste estudo possibilita o acesso às informações sobre os acidentes e violência, que são importantes fatores de morbimortalidade na população. Entre as vantagens que podem ser citadas encontram-se: a qualidade da informação; implantação mais rápida e a agilidade no aprimoramento do sistema (GAWRYSZEESKI et al. 2006). Além disso, devido às unidades de saúde que este projeto abrange, as lesões de menor gravidade são também avaliadas na amostra, o que possibilita ao gestor informações a respeito dessa demanda importante do serviço de saúde. Até hoje, já foram realizados cinco inquéritos: em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2011 (BRASIL, 2013). Dadas às características de cada um dos componentes da Rede VIVA, são empregados instrumentos diferentes para coleta de dados. Para a coleta do VIVA Contínuo, utiliza-se a Ficha de Notificação de Violência Doméstica, Sexual e/ou outras Violências (ANEXO I), e no VIVA Inquérito a Ficha de Notificação de Acidentes e Violências em Serviços Sentinelas de Urgência e Emergência (ANEXO II) (GAWRYSZEESKI et al. 2006). A ficha do VIVA Inquérito, é composta por cinco grandes grupos de variáveis, que contêm informações gerais (município de notificação, unidade de saúde, data, dia e hora do atendimento, além da concordância em participar da pesquisa), sobre a pessoa atendida (identificação, idade, sexo, cor da pele, escolaridade, meio de locomoção até a unidade hospitalar); sobre residência (país/estado/município/bairro de residência, naturalidade, e forma de contato); dados das ocorrências (data, horário e local da ocorrência, tipo da ocorrência) dados sobre a

25 23 violência ou acidente (queimadura, acidente de transporte, queda, lesão autoprovocada e agressão/maus-tratos/intervenção por ag. legal público), Uso de álcool e equipamentos de segurança, acidente de trabalho; e dados sobre a lesão/evolução do caso (natureza da lesão, parte do corpo atingida e evolução na emergência). Vale destacar que, por se referirem aos fatores de risco para os acidentes de transporte, algumas informações desta ficha são extremamente importantes, como por exemplo, em relação à utilização de álcool, utilização de equipamentos de segurança e local de ocorrência (GAWRYSZEESKI et al. 2006). Essas informações podem não apenas auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas no setor como também permitir o acompanhamento dos resultados e avaliar projetos de prevenção de acidentes de trânsito e de promoção da saúde (BRASIL, 2002).

26 24 3 JUSTIFICATIVA Perante o contexto apresentado, justifica-se o presente trabalho, devido à necessidade de conhecer o perfil das vítimas dos acidentes de transporte, de menor gravidade, atendidas nos serviços de urgência e emergência, por meio dos dados do inquérito realizado nos serviços selecionados da Rede VIVA, pois constituem-se uma demanda invisível para o Sistema Único de Saúde. A partir dessa análise poderão ser elaboradas propostas para o atendimento dessa demanda, que visem a redução das sequelas desses acidentes e, além disso, políticas de prevenção dos acidentes com vistas às especificidades dos grupos populacionais mais vulneráveis a estes agravos.

27 25 4 OBJETIVOS 4.1 GERAL Descrever o perfil epidemiológico das vítimas dos acidentes de transporte em Cuiabá atendidas nos serviços sentinelas da Rede VIVA no ano de ESPECÍFICOS Caracterizar as vítimas dos acidentes de transporte de acordo com as variáveis sócio-demográficas e de ocorrência. Identificar os desfechos/evoluções dos casos das vítimas atendidas nos serviços sentinelas de Cuiabá. Descrever o meio de locomoção mais prevalente dentre os acidentes de transporte.

28 26 5 METODOLOGIA 5.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO Foi realizado um estudo descritivo, de corte transversal, com dados secundários. Este tipo de estudo caracteriza-se por ser um retrato da população de estudo, pois, diversas informações são coletadas em um momento pontual. Também possibilita a descrição de variáveis e seus padrões de evolução, sendo o único que permite a identificação de prevalência de um dado agravo/doença. Dentre suas principais vantagens podem ser citados: o baixo custo para realização e a menor quantidade de perdas. Devido à pontualidade temporal, o estudo permite ao pesquisador a rápida coleta dos dados e a ausência de necessidade de acompanhamento (ROUQUAYROL, 2013). 5.2 LOCAL DO ESTUDO O estudo foi realizado com dados do município de Cuiabá, capital do estado do Mato Grosso, situado na região Centro-Oeste do Brasil, e foi fundado em 8 de abril de Possui em todo o seu território uma área de 3.495,424 km². Fazendo divisa com o município, encontramos as cidades de Acorizal, Chapada dos

29 27 Guimarães, Campo Verde, Rosário Oeste, Santo Antonio do Leverger e Várzea Grande. (IBGE, 2013). No ano de 2011 o município contava com uma população estimada de pessoas (BRASIL, 2011). Possui também, de acordo com dados até julho de 2013 do DETRAN-MT (MATO GROSSO, 2013) uma frota de veículos em circulação. Quanto à malha rodoviária, diversas rodovias estaduais e municipais cortam o município, dentre elas: as rodovias federais BR-364, BR-163 e BR-070, e as rodovias estaduais, MT-010, MT-040, MT-251/020 (CUIABÁ, 2007). 5.3 POPULAÇÃO, FONTES E COLETA DE DADOS E PERÍODO DO ESTUDO Neste estudo foram avaliados os 241 casos de acidentes de transporte selecionados do banco de dados do VIVA Inquérito 2011, dados estes que foram disponibilizados por meio da Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. Serão utilizados os dados do ano de 2011, pois correspondem à última pesquisa feita pelo projeto VIVA Inquérito. A Secretaria forneceu os dados por meio de um arquivo digital, em formato de planilha de dados. Estes dados encontravam-se codificados de acordo com as informações da Ficha de Notificação de Acidentes e Violências em Serviços Sentinelas de Urgência e Emergência (ANEXO II).

30 28 O projeto VIVA inquérito foi realizado em Cuiabá, nos serviços que tinham grande influência local nos atendimentos de urgência e emergência, número de atendimentos realizados, complexidade e resolutividade do serviço, e a referência destes serviços para as causas externas (BRASIL, 2013). Participaram da pesquisa três serviços, sendo eles: Policlínica do Verdão, Policlínica do Planalto e Pronto Socorro Municipal da cidade. A população do projeto VIVA Inquérito foi constituída pelas vítimas dos acidentes de transporte que buscaram o atendimento pela primeira vez nos serviços sentinelas de urgência e emergência, selecionados no município. A coleta das informações se deu por meio da Ficha de Notificação de Acidentes e Violências em Serviços Sentinelas de Urgência e Emergência (ANEXO II), preenchida para todo o atendimento ocorrido nos turnos de 12 horas selecionados mediante sorteio probabilístico, durante um período de 30 dias consecutivos entre setembro e outubro de Esta ficha é composta por cinco grandes grupos de variáveis, que são elas: dados gerais, dados da pessoa atendida, dados de residência, dados específicos da ocorrência e sobre a lesão/evolução do caso. Os responsáveis pela coleta dos dados foram treinados por membros das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde do município, e estes por sua vez, receberam o treinamento de uma equipe da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Coordenação Geral de Doenças e Agravos não Transmissíveis (CGDANT) do Departamento de Análise de Situação em Saúde (DASIS) da SVS. Ao final, os dados foram previamente digitados na Vigilância Epidemiológica de cada município, e posteriormente transferidos para o Ministério da Saúde (BRASIL, 2013).

31 VÁRIAVEIS SELECIONADAS Dentre as variáveis disponíveis na ficha de notificação, foram selecionadas para avaliação neste estudo algumas delas, sendo: a) Dados da pessoa atendida: idade, sexo, cor da pele, escolaridade e o meio de locomoção utilizado para chegar até a unidade de urgência e emergência; b) Dados específicos da ocorrência: dia da semana, horário e local da ocorrência, tipo de ocorrência, tipo de vítima, tipo de transporte e outra parte envolvida no acidentes, utilização ou não de equipamentos de segurança, ocorrência ou não de acidente de trabalho e utilização de álcool nas últimas 6 horas; c) Lesão/evolução do caso: natureza da lesão, parte do corpo atingida e evolução na emergência. Após a seleção destas variáveis, foram elaboradas categorizações para cada uma delas, que seguem: a) Faixa etária: 7 grupos, sendo eles: 0 a 9 anos, 10 a 19 anos, 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 anos ou mais; b) Cor da pele: branca, preta e amarela, visto que não houve notificações de outras categorias; c) Sexo: masculino e feminino; d) Escolaridade: sem escolaridade, de 1 a 8 anos, de 9 a 11 anos, 12 anos e mais de estudo, não se aplica e ignorados; e) Horário da ocorrência: Matutino (6:00h 11:59h), Vespertino (12:00h 17:59h), Noturno (18:00h 23:59h) e Madrugada (00:00h 5:59h).

32 30 f) Uso de álcool, utilização de equipamentos de segurança e acidente de trabalho: serão tratadas de forma dicotômicas (sim/não). g) Tipo de ocorrência foram selecionados apenas os acidentes de transporte. h) O meio de locomoção da vítima até a unidade de urgência e emergência: a pé, veiculo particular, viatura policial, SAMU, ambulância e transporte coletivo. i) Local de ocorrência: residência, habitação coletiva, escola, área de recreação, bar ou similar, via pública, comércio/serviços, indústrias/construções, outros e ignorado. j) Dia da semana: domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira e Sábado. k) Tipo da vítima: pedestre, condutor e passageiro. l) Tipo de transporte da vítima: a pé, automóvel, motocicleta, bicicleta, transporte coletivo, outros e em branco. m) Outra parte envolvida nos acidentes: automóvel, motocicleta, transporte coletivo, bicicleta, objeto fixo, animal, outros, ignorado e em branco. n) Natureza da lesão: Sem lesão física, contusão, corte/laceração, entorse/luxação, fratura, traumatismo crânio-encefálico, politraumatismo, queimadura e ignorado. o) Parte do corpo atingida: boca/dentes, cabeça/face, pescoço, coluna/medula, tórax/dorso, abdome/quadril, membros superiores e inferiores, múltiplos orgãos/regiões e não se aplica. p) Evolução dos atendimentos: alta, encaminhamento ambulatorial, internação hospitalar, encaminhamento para outro serviço e ignorado.

33 31 Estas variáveis e suas categorizações foram utilizadas tanto para análise geral, quanto para análise do meio de transporte mais prevalente. 5.5 PROCESSAMENTO E ANALISE DE DADOS Para o processamento dos dados foi utilizada uma planilha de dados, onde foram construídas todas as análises e cálculos necessários. Os resultados foram avaliados mediante distribuição de frequências absolutas e relativas das variáveis. A razão de sexo foi calculada por meio da divisão do número de homens pelo de mulheres. Os dados estão apresentados a partir de gráficos e tabelas, para assim proporcionar o entendimento da extensão do agravo e o perfil das vítimas dos acidentes de transporte em Cuiabá. 5.6 ASPECTOS ÉTICOS O projeto VIVA Inquérito foi aprovado pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi substituída pelo consentimento verbal, obtido do paciente ou de seu responsável (BRASIL, 2013).

34 32 O presente estudo segue as orientações estabelecidas pela Resolução Nº 466, de 12 de Dezembro de 2012, e por se tratar de estudo realizado com dados secundários, para sua realização foi solicitada autorização à Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS) para utilização dos dados (ANEXO III).

35 33 6 RESULTADOS 6.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ACIDENTES DE TRANSPORTE Em 2011 foram registrados no município de Cuiabá 750 atendimentos por causas externas nas unidades de urgência e emergência do Projeto VIVA. Destes, destaca-se com o maior número de ocorrências os acidentes de transporte com 241 (32,1%) do total dos atendimentos, seguido respectivamente por, outros acidentes com 220 (29,3%) atendimentos, Quedas com 193 (25,7%), Agressões/maus tratos com 61 (8,13%), Queimaduras com 20 (2,6%), Lesões autoprovocadas com 12 (1,6%) e Intervenções por agentes legais públicos com 3 (0,4%) ocorrências. Dentre os acidentes de transporte, 196 (81,3%) vítimas eram residentes da própria capital, o restante era residente de outras 12 cidades do estado de Mato Grosso (Acorizal, Brasnorte, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Guarantã do Norte, Lucas do Rio Verde, Nova Olímpia, Planalto da Serra, Santo Antonio do Leverger, Sapezal, Várzea Grande e Vila Bela da Santíssima Trindade). Esses atendimentos foram distribuídos entre o Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, Policlínica do Planalto e Policlínica do Verdão com, respectivamente, 150 (62,2%), 61 (25,3%) e 30 (12,4%) atendimentos por unidade. A maioria das vítimas era do sexo masculino (71,4%), com uma razão de sexo (M/F) de 2,5 homens vítimas de acidentes de transporte para cada mulher. Grande parte dos acidentes ocorreu em vias públicas (95,9%). Em relação à faixa etária, a maioria dos atendimentos compreendeu pessoas de 20 a 29 anos (35,3%),

36 34 seguidas de 30 a 39 anos (23,7%) e 10 a 19 anos (14,5%). Destaca-se a população masculina mais prevalentes, nas faixas de 20 a 29 anos (38,4%), 30 a 39 anos (22,7%) e a faixa de 40 a 49 anos (12,2%). A maior diferença na razão de sexo (M/F) ficou na faixa de 50 a 59 anos (13,0), outras grandes diferenças encontraram-se nas faixas de 20 a 29 anos, e 40 a 49 anos, sendo as duas com uma razão de 3,5 homens para cada vítima mulher (Tabela 1). No que concerne à cor da pele, 76,3% relataram cor preta, 22,8% branca e 0,8% amarela, com distribuição percentual semelhante para homens e mulheres. Para a cor da pele amarela as vítimas foram apenas homens (N= 02). Quanto à escolaridade, 42,7% informaram ter entre 9 a 11 anos de estudo, 34,0% entre 1 a 8 anos, 10,8% com 12 anos ou mais, 1,2% sem escolaridade, além de 7,1% com informação ignorada. Destaca-seque apenas homens (N= 03) relataram não terem nenhuma escolaridade (Tabela 1). Como apresentado na Tabela 1, os meios de locomoção mais utilizados pelas vítimas para chegarem até as unidades de urgência e emergência do Projeto VIVA, foram respectivamente, veículo particular (48,5%), SAMU (34,4%) e ambulância (11,2%). Evidenciou-se que, em relação ao deslocamento a pé, foram notificadas apenas mulheres (N= 02).

37 35 Tabela 1 Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % e Razão de sexo) segundo faixa etária, cor da pele, escolaridade e meio de locomoção até a unidade de urgência e emergência das vítimas. Cuiabá, Mato Grosso, Sexo Razão Total Características Masculino Feminino de sexo N % N % N % M/F Faixa Etária (anos) , ,1 15 6,2 1, , , ,5 1, , , ,3 3, , , ,7 2, ,2 06 8, ,2 3, ,6 01 1,4 14 5,8 13,0 60 ou ,5 02 2,9 08 3,3 3,0 Total , , ,0 2,5 Cor da pele Branca 37 21, , ,8 2,1 Negra , , ,3 2,6 Amarela 02 1, ,8 - Total , , ,0 2,5 Escolaridade (anos de estudo) Sem escolaridade 03 1, ,2-1 a 8 anos 60 34, , ,0 2,7 9 a 11 anos 76 44, , ,7 2,8 12 anos e mais 16 9, , ,8 1,6 Não se aplica 05 2,9 05 7,2 10 4,1 1,0 Ignorado 12 7,0 05 7,2 17 7,1 2,4 Total , , ,0 2,5 Meio de Locomoção até a unidade de urgência e emergência A pé ,9 02 0,8 - Veículo Particular 86 50, , ,5 2,8 Viatura Policial 02 1,2 01 1,4 03 1,2 2,0 SAMU 59 34, , ,4 2,5 Ambulância 19 11, , ,2 2,4 Transporte Coletivo 06 3,5 03 4,3 09 3,7 2,0 Total , , ,0 2,5

38 36 Quando analisados o tipo das vítimas em relação ao sexo, entre os homens predominaram-se os condutores (80,8%) seguidos dos passageiros (12,8%) e pedestres (5,8%), no sexo feminino, predominaram-se também as condutoras (49,3%), as passageiras (36,2%) e 14,5% para as pedestres, sendo essas duas últimas categorias maior entre as mulheres, quando comparadas aos homens (Figura 1). Entretanto, na avaliação da razão M/F, os homens representaram a maioria entre os condutores, com um razão de aproximadamente 1,5 vezes mais vítimas do que as mulheres, e também a minoria entre os passageiros, com uma razão 2,5 menor. Figura 1 Atendimentos de acidentes de transporte (%) do Projeto VIVA, segundo sexo e tipo de vítima. Cuiabá, Mato Grosso, 2011.

39 37 Conforme a Tabela 2, o tipo de transporte predominante foram às motocicletas (73,0 %), seguida por bicicletas (8,7%) e a pé (8,3%). Ao discriminar por sexo, o masculino foi o mais prevalentes dentre as motocicletas (76,7%), bicicletas (8,1%) e a pé e automóvel, ambos com 5,8%. Já para o sexo feminino, os tipos de transporte mais frequentes foram a motocicleta (63,8%), a pé (14,5%) e a bicicleta (10,1%). Sobre a razão de sexo, os homens destacaram-se em relação a utilização de motocicletas (3,0), automóveis (2,5) e bicicletas (2,0). Já as mulheres foram mais prevalentes quanto ao transporte coletivo (0,3). Já no que diz respeito à outra parte envolvida no acidente, na maioria dos acidentes foram os automóveis (38,6%), seguidos de objetos fixos 1 (19,1%), outros (17,4%) e ignorados (10,4%). Ressalta-se que dentre a categoria outros (N= 42), o tipo de transporte mais prevalente foi a motocicleta (76,2%), sendo que a maior parte delas se envolveu em derrapagens (53,1%) e quedas (37,5%). Importante também a razão de sexo desta mesma categoria, que foi de 4,3 homens para cada mulher (Tabela 2). No tocante ao dia da semana de ocorrência, os acidentes foram mais prevalentes no domingo (21,2%) e na quinta-feira (19,1%). Pode-se observar pouca diferença entre a terça-feira e quarta-feira, ambas com 13,7%, e sábado com 13,3% (Figura 2). 1 Objeto fixo: muros, postes, árvores, carros estacionados, entre outros

40 38 Tabela 2 - Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % e Razão de sexo) segundo tipo de transporte e outro parte envolvida no acidente. Cuiabá, Mato Grosso, Características Sexo Razão Total Masculino Feminino de sexo N % N % N % M/F Tipo de transporte da vítima A pé 10 5, ,5 20 8,3 1,0 Automóvel 10 5,8 04 5,8 14 5,8 2,5 Motocicleta , , ,0 3,0 Bicicleta 14 8, ,1 21 8,7 2,0 Transporte Coletivo 01 0,6 03 4,3 04 1,7 0,3 Outro 04 2,3 01 1,4 05 2,1 4,0 Em branco 01 0, ,4 - Total , , ,0 2,5 Outra parte envolvida Automóvel 68 39, , ,6 2,7 Motocicleta 13 7,6 09 5,2 22 9,1 1,4 Transporte Coletivo 02 1, ,8 - Bicicleta 03 1,7 02 1,2 05 2,1 1,5 Objeto Fixo* 32 18,6 14 8, ,1 2,3 Animal 03 1,7 02 1,2 05 2,1 1,5 Outro 34 19,8 08 4, ,4 4,3 Ignorado 16 9,3 09 5, ,4 1,8 Em branco 01 0, ,4 - Total , , ,0 2,5 *Objeto fixo: muros, postes, árvores, carros estacionados. Sobre o horário, a maioria dos acidentes ocorreu no período vespertino (33,2%), seguidos de noturno (28,6%), matutino (25,3%), e a madrugada, que foi o período com o menor número de acidentes (10,8%) (Tabela 3).

41 39 Figura 2 Atendimentos de acidentes de transporte (%) do Projeto VIVA, segundo dias da semana da ocorrência. Cuiabá, Mato Grosso, Houve a suspeita de uso de álcool em 12,0% dos atendimentos (Tabela 4), que foi mais elevada no sexo masculino (Razão de sexo M/F= 8,7). Do total dos acidentes, 28,6% ocorreram durante ou no trajeto para o trabalho. Proporcionalmente, os homens representaram a maioria desse total, com uma razão de 4,3 homens/mulher.

42 40 Tabela 3 - Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % e Razão de sexo) segundo dia e horário da ocorrência. Cuiabá, Mato Grosso, Características Sexo Razão Masculino Feminino Total de sexo N % N % N % M/F Horário da ocorrência Matutino (6:00-11:59h) 45 26, , ,3 2,8 Vespertino (12:00-17:59h) 55 32, , ,2 2,2 Noturno (18:00-23:59h) 49 28, , ,6 2,5 Madrugada (00:00-5:59h) 19 11,0 7 10, ,8 2,7 Em branco 4 2,3 1 1,4 5 2,1 4,0 Total , , ,0 2,5 Consoante a utilização dos equipamentos de segurança, dos 20 atendimentos relativos a pessoas que deveriam utilizar cinto de segurança, 55,0% declararam não estar utilizando-o na hora do acidente. No sexo feminino, aquelas que não utilizavam o cinto de segurança foram mais prevalentes (71,4%), entretanto todas elas eram passageiras no momento do acidente, dentre os homens que não utilizavam o equipamento (N= 7), os passageiros representaram 66,7% das vítimas. Quanto ao capacete, dentre as vítimas elegíveis (N= 198), 82,8% declararam a utilização, com uma razão de M/F de 3,0 homens para cada mulher (Tabela 4). Na tabela 5, pode-se observar a natureza das lesões, a maioria das vítimas sofreu cortes/laceração (37,8%), entorses/luxação (22,0%), contusões (21,6%) e fraturas (11,2%). Houve maior diferença na razão M/F em fraturas (5,8), politraumatismos (5,0), traumatismo crânio-encefálico (3,0) e contusões (3,0), todos com um percentual maior de homens. Contrapondo estes resultados, encontra-se a

43 41 categoria sem lesão física com um percentual de duas vezes mais mulheres do que homens (M/F = 0,5). Tabela 4 - Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % e Razão de sexo) segundo suspeita de uso de álcool, acidente de trabalho e utilização de equipamentos de segurança. Cuiabá, Mato Grosso, Características Sexo Razão Total Masculino Feminino de sexo N % N % N % M/F Suspeita do Uso do álcool Sim 26 15,1 03 4, ,0 8,7 Não , , ,6 2,2 Ignorado ,4 01 0,4 - Total , , ,0 2,5 Acidente de Trabalho Sim 56 32, , ,6 4,3 Não , , ,3 2,0 Não se aplica 01 0,6 01 1,4 02 0,8 1,0 Ignorado 03 1, ,2 - Total , , ,0 2,5 Utilização de equipamentos de segurança Cinto Sim 07 53, , ,0 3,5 Não 06 46, , ,0 1,2 Total , ,0 20* 100,0 1,86 Capacete Sim , , ,8 3,0 Não 19 12, , ,6 1,9 Ignorado 05 3, ,5 - Total , ,0 198** 100,0 2,9 * Referente às vítimas de veículos do tipo automóvel, transporte coletivo e outros, excluída categoria vazia (n= 1) **Referente às vítimas de veículos do tipo motocicleta, bicicleta e outros. Os membros inferiores (37,2%), membros superiores (20,3%) e múltiplos órgãos/regiões (12,9%) foram às regiões do corpo mais frequentemente atingidas.

44 42 Para o sexo masculino, os membros superiores (21,5%) e inferiores (36,6%) e cabeça/face (14,0%) foram os locais mais atingidos. Para o sexo feminino a distribuição manteve semelhante à geral (Tabela 5). Ainda em relação ao local das lesões, verificou-se uma grande diferença entre homens e mulheres. Dentre os locais mais atingidos (Tabela 5), o tórax/dorso apresentou uma alta prevalência dentre a população masculina (Razão M/F= 14,0) seguidos de cabeça/face (4,8) e coluna/medula (4,0). Já no sexo feminino prevaleceram as lesões no pescoço (0,7). Sobre a evolução dos casos, 68,5% das vítimas atendidas receberam alta, 13,3% necessitaram de internação hospitalar e 10% receberam encaminhamento ambulatorial. No período do estudo não houve nenhum óbito notificado (Tabela 5). Tabela 5 - Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % E Razão de sexo) segundo natureza e local da lesão, e evolução dos atendimentos. Cuiabá, Mato Grosso, Características Sexo Razão Total Masculino Feminino de sexo N % N % N % M/F Natureza da lesão Sem lesão física 01 0,6 02 2,9 03 1,2 0,5 Contusão 39 22, , ,6 3,0 Corte/laceração 60 34, , ,8 1,9 Entorse/luxação 39 22, , ,0 2,8 Fratura 23 13,4 04 5, ,2 5,8 Traumatismo crânio-encefálico 03 1,7 01 1,4 04 1,7 3,0 Politraumatismo 05 2,9 01 1,4 06 2,5 5,0 Queimadura ,4 01 0,4 - Ignorado 02 1,2 02 2,9 04 1,7 1,0 Total , , ,0 2,5 Continua

45 43 Tabela 5 - Distribuição dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes de transporte (N, % E Razão de sexo) segundo natureza e local da lesão, e evolução dos atendimentos. Cuiabá, Mato Grosso, Características Continuação Sexo Razão Total Masculino Feminino de sexo N % N % N % M/F Local da lesão Boca/dentes 02 1,2 01 1,4 03 1,2 2,0 Cabeça/face 24 14,0 05 7, ,0 4,8 Pescoço 02 1,2 03 4,3 05 2,1 0,7 Coluna/Medula 04 2,3 01 1,4 05 2,1 4,0 Tórax/dorso 14 8,1 01 1,4 15 6,2 14,0 Abdome/quadril 06 3,5 05 7,2 11 4,6 1,2 Membros superiores 37 21, , ,3 3,1 Membros inferiores 63 36, , ,3 2,3 Múltiplos orgãos/regiões 19 11, , ,9 1,6 Não se aplica 01 5,3 02 2,9 03 1,2 0,5 Total , , ,0 2,5 Evolução Alta , , ,5 2,4 Encaminhamento Ambulatorial 17 9, , ,0 2,4 Internação Hospitalar 25 14, , ,3 3,6 Encaminhamento para outro serviço 07 4,1 04 5,8 11 4,6 1,8 Ignorado 07 4,1 02 2,9 09 3,7 3,5 Total , , ,0 2,5 6.2 ACIDENTES DE MOTOCICLETAS Do total dos atendimentos notificados pelos serviços de urgência e emergência do Projeto VIVA por acidentes de transporte (N= 241), o meio de

46 44 transporte mais prevalente foram às motocicletas, que corresponderam a 73,0% (N= 176) da demanda por atendimento. Em sua maioria, estes acidentes ocorreram em vias públicas (97,7%) e as vítimas eram condutores (83,5%). Também ressalta-se que 92,6% declararam a utilização de capacete no momento do acidente. O sexo masculino foi responsável por 74,9% desses atendimentos, com uma razão de sexo de 3,0 homens para cada mulher vítima dos acidentes. Verificou-se que 42,0% das vítimas tinham entre 20 a 29 anos (Tabela 6). Para essa variável destacaram-se as categorias de 40 a 49, 20 a 29 e 0 a 9 anos, para os homens, com respectivamente as razões M/F (4,2), (3,9) e (3,0). Em relação ao sexo feminino, os acidentes de motocicletas predominaram-se na faixa de 10 a 19 anos (0,8). Vale ressaltar, que dentre os condutores de motocicleta, 6 vítimas eram menores de 18 anos. Sobre a cor da pele, 79,0% dos acidentados ocorreram entre os que relataram cor preta e 19,9% entre brancos. A categoria preta destacou-se em termos de razão de sexo (3,0). Segundo a escolaridade, 47,2% das vítimas tinham de 9 a 11 anos de estudo, enquanto que 31,3% com apenas 1 a 8 anos de estudo, para esta última categoria destacaram-se as vítimas masculinas (4,5) (Tabela 6). O meio de locomoção até o serviço de saúde mais utilizado dentre os motociclistas foram, veículos particulares (52,3%) e SAMU (36,4%). Quanto à outra parte envolvida nos acidentes, 42,0% dos motociclistas se envolveram em ocorrências com automóveis, 19,9% com objetos fixos, 18,2% com outros tipos de envolvimento (Tabela 7). Constatou-se grande diferença na razão M/F dentre a categoria outros (9,7) e automóveis (3,6). Em relação à categoria outros, os tipos de envolvimentos foram derrapagens, problemas mecânicos, pedestres, pedras e quedas.

47 45 Tabela 6 - Distribuição das vítimas de acidentes de transporte com motocicleta, segundo características das vítimas. Cuiabá, Mato Grosso, Características Motocicleta Razão Total Sim Não de sexo N % N % N % M/F Sexo Masculino , , ,4 Feminino 44 25, , ,6 Total , , ,0 Faixa Etária (anos) , ,9 15 6,2 3,0 10 a , , ,5 0, , , ,3 3, , , ,7 2, ,9 06 9, ,2 4, ,7 04 6,2 14 5,8-60 ou ,1 06 9,2 08 3,3 - Total , , ,0 3,0 Cor da pele Branca 35 19, , ,8 2,5 Preta , , ,3 3,1 Amarela 02 1, ,8 - Total , , ,0 3,0 Escolaridade (anos de estudo) Sem escolaridade 02 1,1 01 1,5 03 1,2-1 a 8 anos 55 31, , ,0 4,5 9 a 11 anos 83 47, , ,7 2,6 12 anos e mais 21 11,9 05 7, ,8 1,6 Não se aplica 03 1, ,8 10 4,1 2,0 Ignorado 12 6,8 05 7,7 17 7,1 5,0 Total , , ,0 3,0 Relativo a suspeita de uso de álcool, em apenas 13,6% das vítimas foi perceptível a utilização, entretanto, quando avaliada a razão de sexo M/F, foi

48 46 evidente a prevalência de homens nesta variável (13,0). Quanto à utilização do equipamento de segurança capacete, 92,6% das vítimas declararam estarem utilizando-o no momento do acidente, com razão M/F de 3,0 homens para cada mulher. As ocorrências de trabalho representaram 31,3% do total dos acidentes de motociclistas, com prevalência de homens (razão M/F= 4,0). Tabela 7 Distribuição das vítimas de acidentes de transporte com motocicleta, segundo meio de locomoção utilizado para chegar ao serviço de saúde e outra parte envolvida no acidente. Cuiabá, Mato Grosso, Características Motocicleta Razão Total Sim Não de sexo N % N % N % M/F Meio de locomoção utilizado para chegar ao serviço de saúde A pé 01 0,6 01 1,5 02 0,8 - Veículo Particular 92 52, , ,5 3,2 Viatura Policial 02 1,1 01 1,5 03 1,2 - SAMU 64 36, , ,4 2,8 Ambulância 16 9, , ,2 3,0 Transporte Coletivo 01 0, ,3 09 3,7 - Total , , ,0 3,0 Outra parte envolvida Automóvel 74 42, , ,6 3,6 Motocicleta 10 5, ,5 22 9,1 1,0 Transporte Coletivo 01 0,6 01 1,5 02 0,8 - Bicicleta 03 1,7 02 3,1 05 2,1 2,0 Objeto Fixo 35 19, , ,1 1,9 Animal 04 2,3 01 1,5 05 2,1 1,0 Outro 32 18, , ,4 9,7 Ignorado 17 9, , ,4 2,4 Em branco ,5 01 0,4 - Total , , ,0 -

49 47 O período vespertino (33,0%) e noturno (29,0%) foram os mais prevalentes em número de acidentes. Quanto ao dia da semana, a quinta-feira e o domingo, foram os dias em que mais ocorreram os acidentes, ambos com 20,5% dos atendimentos de motociclistas. Entre o restante dos dias, houve pouca diferença na distribuição. Dentre os motociclistas, a maioria teve lesões dos tipos corte/laceração (31,8%), entorse/luxação (25,0%), contusões (21,0%) e fraturas (13,6%). Atinente a razão de sexo, houve maior frequência de homens nas fraturas (7,0), politraumatismos (4,0) e contusões (3,6). As mulheres representaram maior quantidade do que o sexo masculino apenas na categoria sem lesão (razão M/F= 0,5) (Tabela 8). Tabela 8 Distribuição das vítimas de acidentes de transporte com motocicleta, segundo natureza da lesão e parte do corpo atendida. Cuiabá, Mato Grosso, Características Motocicleta Razão Total Sim Não de sexo N % N % N % M/F Natureza da lesão Sem lesão 03 1, ,2 0,5 Contusão 37 21, , ,6 3,6 Corte/laceração 56 31, , ,8 2,5 Entorse/luxação 44 25, , ,0 3,0 Fratura 24 13,6 03 4, ,2 7,0 Traumatismo crânio-encefálico 04 2, ,7 3,0 Politraumatismo 05 2,8 01 1,5 06 2,5 4,0 Queimadura 01 0, ,4 - Ignorado 02 1,1 02 3,1 04 1,7 1,0 Total , , ,0 3,0 Continua

50 48 Tabela 8 Distribuição das vítimas de acidentes de transporte com motocicleta, segundo natureza da lesão e parte do corpo atendida. Cuiabá, Mato Grosso, Características Continuação Motocicleta Razão Total Sim Não de sexo N % N % N % M/F Local da lesão Boca/dentes 01 0,6 02 3,1 03 1,2 - Cabeça/face 11 6, , ,0 4,5 Pescoço 02 1,1 03 4,6 05 2,1 1,0 Coluna/medula 04 2,3 01 1,5 05 2,1 3,0 Tórax/dorso 14 8,0 01 1,5 15 6,2 13,0 Abdome/quadril 07 4,0 04 6,2 11 4,6 0,8 Membros superiores 40 22, , ,3 3,4 Membros inferiores 74 42, , ,3 3,4 Múltiplos órgãos/regiões 20 11, , ,9 - Não se aplica 03 1, Total , , ,0 3,0 Do total dos atendimentos de motociclistas, 68,2% receberam alta ao final, seguidos daqueles que foram encaminhados a internação hospitalar (15,3%) e que receberam encaminhamento ambulatorial (8,0%) (Figura 3).

51 Figura 3 Atendimentos de acidentes transporte com motocicletas (%) do Projeto VIVA, segundo evolução. Cuiabá, Mato Grosso,

52 50 7 DISCUSSÃO O levantamento do projeto Viva em 2011, foi realizado apenas em unidades de referência para as urgências e emergência em Cuiabá, e especificamente neste ano, o município foi o responsável pelo financiamento do levantamento. Neste ano os acidentes de transporte destacaram-se como importante fator de morbidade, apresentando-se como o mais prevalente agravo entre vítimas atendidas nas unidades de urgência e emergência da Rede Viva, resultado este semelhante aos encontrados em estudo realizado em Mato Grosso no ano de 2008 (GALVÃO et al., 2011) e no município de Alta Floresta no ano de 2006 (MARCHESE et al., 2008), e diferente daqueles encontrados em estudos realizados em Cuiabá no ano de 2005 (OLIVEIRA e JORGE, 2008), em Cuiabá e Várzea Grande no ano de 2006 (SOARES et al., 2009), em 34 municípios e no Distrito Federal em 2006 (MASCARENHAS et al., 2009a) e em 23 capitais e no Distrito Federal em 2009 (ANDRADE et al., 2012). O aumento do número de veículos, a ausência de fiscalização adequada, falta de infraestruturas rodoviárias e de programas de promoção voltados aos grupos de risco são fatores que influenciam no aumento dos acidentes (BRASIL, 2005). Dentre as vítimas desses acidentes, o sexo masculino representou a maioria dos atendimentos, tal resultado corrobora com os observados em diversos outros estudos (MARCHESE et al. 2008; BASTOS et al., 2005; BONILHA, 2012; SOARES et al., 2009; GALVÃO et al., 2011; GONSAGA et al., 2012; OLIVEIRA e JORGE, 2008; OLIVEIRA, 2006). Vale ressaltar que, estimativas populacionais para

53 51 o ano de 2011 apontavam um percentual de 48,8% de homens em relação à população total do município de Cuiabá (BRASIL, 2011). O fato de homens serem os mais prevalentes dentre os acidentes de transporte está intrinsecamente ligado a questões socioculturais (comportamentos mais imprudentes no trânsito, e aqueles ligados aos principais fatores de risco dos acidentes de transporte) e econômicas (empregos precários, como os de motoboys) ainda arraigadas na organização de nossa sociedade, sendo estes os que apresentam (BASTOS et al., 2005). Um exemplo evidenciado neste estudo foram os acidentes de transporte relacionados ao trabalho, dos 69 atendimentos de vítimas de acidentes de trabalho, com predominância de homens. Cabe destacar que a população masculina também predominou dentre aqueles que sofreram acidentes e apresentavam suspeita do uso de bebida alcoólica (89,7%), um dos principais fatores de risco dos acidentes de transporte. Em relação à utilização de equipamentos de segurança, 54,5% dos que relataram não estar utilizando o cinto de segurança e 65,5% que declararam estarem sem capacete no momento do acidente eram do sexo masculino. A realização de ações de promoção feitas de forma coletivas e proativas são as principais ferramentas a serem utilizadas pelos gestores dos diversos setores para o enfrentamento de questões como a utilização do álcool dentre os motoristas (SOARES, 2012; JOMAR, 2011). A análise quanto à faixa etária evidenciou que os adultos jovens (20 a 39 anos) foram as vítimas mais acometidas pelos acidentes de transporte, correspondendo a aproximadamente 60,0% das vítimas, percentual este que foi mais elevado do que em outros estudos que também apresentavam esta categoria como a

54 52 mais prevalente (BONILHA, 2012; OLIVEIRA e JORGE, 2008; BASTOS et al., 2005; MARCHESE et al. 2008). Este fator é preocupante, pois se trata de pessoas em idade produtiva, podendo repercutir na sociedade com a diminuição significativa de mão de obra, decorrente da perda da capacidade laboriosa, dos óbitos e das seqüelas decorrentes dos acidentes (REICHENHEIN e WERNECK, 1994). A relação entre acidentes de transporte e o consumo de álcool constitui-se outro grande problema em relação à faixa etária de 18 a 39 anos. Observou-se neste estudo que aproximadamente 80% das vítimas atendidas que apresentavam sinais de uso da substância pertenciam a esta faixa de idade. Sabe-se que há uma forte relação entre a utilização do álcool e acidentes de transporte com mortes (MARIN e QUEIROZ, 2000), sendo considerado um fator ainda mais agravante entre os adultos jovens, visto que o consumo de álcool nessa população ocorre mais frequentemente de forma exagerada (VIEIRA et al., 2007). Em relação à cor da pele, houve maior proporção de atendimento entre os de cor preta, entretanto, esses resultados divergem daquele encontrado em estudo realizado em Cuiabá, no ano de 2008 (BONILHA, 2012), que verificou maior proporção de vítimas que relataram ser, respectivamente, da cor branca e parda. As vítimas com escolaridade entre 9 a 11 anos de estudo foram aquelas que mais prevaleceram dentre os atendimentos, diferindo do observado em estudos realizados por MARCHESE et al.(2008) e por BONILHA (2012), onde foram evidenciados maioria das vítimas com até 8 anos de estudo. Grande parte das vítimas dos acidentes de transportes chegaram até as unidades hospitalares com veículos de transporte particular, contrapondo com o

55 53 verificado por LADEIRA e BARRETO (2008), em estudo realizado com vítimas de acidentes de trânsito ocorridos no perímetro de Belo Horizonte - MG e atendidos em um dos três hospitais de referência em Os autores observaram que os serviços de transporte pré-hospitalares (como SAMU e ambulância) foram os meios mais prevalentes de acesso as unidades hospitalares e destaca que dentre essas vítimas a maioria lesões eram de maior gravidade. Aproximadamente 72,0% das vítimas atendidas nas unidades de urgência e emergência da Rede VIVA eram condutores no momento do acidente, corroborando com estudo realizado em 65 serviços de emergência credenciados pelo SUS, onde condutores apresentaram prevalência de 58,2% do total das vítimas (MASCARENHAS et al., 2009a). Além disso, houve maior prevalência de homens dentre os condutores, bem como em estudo realizado em Cuiabá, no ano de 2008 (BONILHA, 2012). Do total de atendimentos, aproximadamente 40% distribuíram-se dentre o domingo e a quinta-feira. Além disso, observou-se a menor prevalência de acidentes na segunda-feira e a existência de uma tendência de aumento dos atendimentos a partir da sexta-feira (11,6%) até o domingo (21,2%), dias estes considerados fins de semana. BASTOS et al.(2005) em estudo realizado com as vítimas de acidentes de trânsito atendidas em serviço pré-hospitalar em cidade do Sul do Brasil, encontrou maior prevalência de acidentes durante o sábado, diferente daquilo evidenciado neste estudo, entretanto, ele também observou uma tendência de elevação do número dos acidentes a partir da sexta-feira. A maior número de acidentes no domingo, pode estar ligado a esse dia caracterizar-se como fim de semana, onde ocorrem festas, e a

56 54 maior concentração de motoristas em bares, e outros tipos de estabelecimentos que oferecem a venda de álcool. Em relação ao horário, semelhante ao encontrado em estudo realizado por BONILHA (2012), o período vespertino foi aquele onde ocorreu o maior número de atendimentos das vítimas dos acidentes de transporte. A maioria das vítimas sofreram lesões do tipo corte/laceração e entorses e luxações. Semelhante ao encontrado por BONILHA (2012) em estudo realizado com vítimas de acidentes de transporte, atendidas nos serviços de urgência e emergência dos municípios de Cáceres, Colíder, Cuiabá, Rondonópolis, Sorriso, e Várzea Grande, onde maioria das vítimas com cortes/perfurações/lacerações. Cabe ressaltar que a maior prevalência de alta ao final do tratamento nos indica que grande parte dessas lesões foi de baixa gravidade. MARCHESE et al. (2008) verificaram maior prevalência de vítimas com lesões dos tipos fraturas. Essas lesões em sua maioria ocorreram nos membros inferiores e os membros superiores foram as regiões onde houve o maior número de lesões, bem como encontrado por MARCHESE et al. (2008) e BONILHA (2012). Além da mortalidade precoce e das sequelas decorrentes dos acidentes de trânsito, deve-se considerar os sofrimentos enfrentados pelas pessoas acometidas por essas condições clínicas e suas famílias. OLIVEIRA e SOUZA (2003) reforçam que as sequelas físicas podem determinar alterações na qualidade de vida de motociclistas vítimas de acidentes de trânsito, trazendo como implicações altos custos diretos e indiretos de ordem econômica e social, tanto para a vítima, quanto para a sociedade. Os motociclistas caracterizam-se como os mais prevalentes dentre os atendimentos por acidentes de transporte, com um percentual maior do que aqueles

57 55 encontrados em diversos outros estudos (BONILHA, 2012; MARCHESE et al., 2008; OLIVEIRA e JORGE, 2008; SOARES et al., 2009). Muitos autores relatam que os motociclistas aparecem dentre as vítimas mais frequentes dos acidentes de transporte devido a questões comportamentais (mais imprudentes no trânsito), físicas, tanto do motociclista (mais expostos que ocupantes de outros tipos de transporte), quanto da motocicleta (veículo pequeno que impede uma boa visualização pelos outros motoristas, e que facilita a circulação em vias de grande movimento) (ANDRADE e JORGE, 2001; OLIVEIRA e JORGE, 2008). Para as vítimas de acidentes de transporte com motocicletas, não houve grandes diferenças em relação ao perfil apresentado para a população geral do estudo. Ressalta-se ainda que o município de Cuiabá não participou da pesquisa realizada em 2009, o que não permitiu a comparação dos resultados deste estudo, com a última pesquisa realizada do projeto VIVA em outros municípios brasileiros.

58 56 8 CONCLUSÃO Existem diversas pesquisas no Brasil que abordam as causas externas, e especificamente os acidentes de transporte, entretanto, especificamente no município de Cuiabá, há necessidade de investigações quanto a esta importante causa de morbidade e mortalidade. Além disso, grande parte desses estudos trabalha apenas sob a ótica das mortes e internações havendo, portanto a lacuna de informações quanto às vítimas com lesões de menor gravidade. Neste estudo foi possível avaliar o perfil epidemiológico das vítimas de acidentes de transporte em Cuiabá, no ano de 2011, sendo observada maior proporção de adultos jovens, do sexo masculino, cor da pele preta, com 9 a 11 anos de estudo e que foram até a unidade hospitalar com veículos particulares. A maioria dos acidentes ocorreu em vias públicas, no período vespertino, durante o domingo, havendo em sua minoria a suspeita de uso de álcool e relação com o trabalho. As vítimas sofreram lesões dos tipos corte/laceração, atingindo majoritariamente os membros superiores e inferiores, e em sua maioria receberam alta ao final do tratamento. Além disso, grande parte destas vítimas eram motociclistas e condutores no momento do acidente. Considerando a necessidade de informações sobre os acidentes de transporte, que contemplem diversas variáveis, inclusive aquelas relacionadas aos fatores de risco dos acidentes de transporte que a Rede VIVA permite levantar, poderia ser muito útil a implementação do SIS-VIVA a ser realizado continuamente em todas as unidades que realizem o atendimentos de acidentados no trânsito.

59 57 Conclui-se, portanto que a Rede VIVA fornece importantes subsídios para a análise e identificação das vítimas mais suscetíveis aos acidentes de transporte, além de informações que possibilitam a identificação de alguns fatores de risco. Este estudo, através da utilização das informações dessa Rede, forneceu uma avaliação do perfil, de alguns fatores de risco e informações sobre as ocorrências destes agravos no município de Cuiabá que podem ser utilizadas para a formulação de ações de prevenção dos acidentes atendendo as especificidades desse grupo identificado.

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66 10 ANEXOS ANEXO I - Ficha de notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violências 64

67 65

68 ANEXO II - Ficha de notificação de acidentes e violências em serviços sentinelas de urgência e emergência 66

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