Aula 19. Segurança de trânsito (parte 1 de 4)

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1 Universidade Presbiteriana Mackenzie Escola de Engenharia Depto. de Engenharia Civil 1 0 semestre de Aula 19 Segurança de trânsito (parte 1 de 4)

2 Queda de avião em setembro de 2.006, com 154 mortos

3 Destak, 11.set.12

4 20.abr.03

5 28.mar.05

6 fonte: Veja São Paulo, 20.jul.11

7 O caso Tabata

8 Revista 4 Rodas, Julho de 2.004

9 19.1. Dados gerais sobre acidentes, segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS 1,2 milhão de adultos, jovens e crianças morreram no mundo em em conseqüência dos acidentes de trânsito 60% das vítimas mundiais de acidentes em 2002 tinham entre 15 e 44 anos diante desses números, a OMS determinou que 2004 fosse o ano dedicado à redução de acidentes de trânsito Mudou alguma coisa?

10 19.1. Dados gerais sobre acidentes, segundo a Organização Mundial da Saúde OMS (cont.)

11 19.2. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no mundo Fonte: Irtad

12 19.2. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no mundo (cont.) Ordenamento dos Países Segundo Taxas de Óbito por Acidentes de Transporte Ano: Último Disponível fonte: Mapa da Violência 2011 Os Jovens do Brasil (Min. da Justiça)

13 19.2. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no mundo (cont.) em 1996, pessoas morreram nas estradas americanas em acidentes (população estimada em 1996: 250 milhões) mais americanos morreram em acidentes de trânsito nos Estados Unidos do que em todas as guerras das quais o país participou em sua história (fonte: McShane et alli) na Europa estima-se que cada acidente fatal de trânsito custa 1,79 milhão de euros para a sociedade

14 19.3. Investimentos em tecnologia: o ITS e a segurança a tendência atual é o uso intenso dos recursos mais avançados da eletrônica para aumentar a interação entre os elementos homem, via, veículo e ambiente para reduzir os acidentes de trânsito o uso do ITS procura aumentar a previsibilidade dos incidentes e tomar ações preventivas para evitar suas consequências já se usa a expressão vision zero (ao lado, revista recém lançada sobre o tema) cuja meta é a busca da máxima redução das fatalidades

15 19.3. Investimentos em tecnologia: o ITS e a segurança (cont.) as fotos abaixo trazem exemplos das novas tecnologias: postes absorvedores de impacto; visores noturnos e monitoração de pontos faciais anti-sono ao volante Fonte: Vision Zero

16 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil A matança

17 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) Folha de São Paulo, 7 de novembro de 2.008

18 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) Folha de São Paulo, 29.out.11

19 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) Jornal Destak, 21 de agosto de 2.009

20 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) A dificuldade de obtenção de dados confiáveis sobre a matança

21 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) fonte: IPEA

22 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) fonte: ANTP Comentário: os dados não batem com o anterior!

23 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) Os custos e os prejuízos com a matança

24 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) 63% dos leitos hospitalares são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito (Volvo do Brasil, 1993) os custos sociais e materiais devido aos acidentes e vítimas no trânsito foram estimados pelo Ministério dos Transportes em, aproximadamente, 5 bilhões de dólares (Folha de S. Paulo, 11/7/93) o Ministério da Saúde esperava arrecadar em um ano com o CPMF, 4 bilhões de dólares (Revista Veja, 17/7/96)

25 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) Jornal Metro, 19.jun.09

26 fonte: IPEA

27 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) fonte: Diário de São Paulo, 07.dez.11

28 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) fonte: Folha de S. Paulo, 17.jan.12

29 fonte: Folha de S.Paulo, 26.dez.11

30 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) A aplicação correta de recursos pode reduzir a tragédia

31 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) fonte: Folha de S. Paulo, 04.ago.08

32 19.4. Dados gerais sobre acidentes de trânsito no Brasil (cont.) Ordenamento das Capitais por Taxas de Óbito e Acidentes de Transporte (em 100 Mil) na População Total São Paulo, com a maior frota e a maior população entre as capitais do país ocupa posições baixas nos ordenamentos ao lado resultado de investimentos em Engenharia de Tráfego fonte: Mapa da Violência 2011 Os Jovens do Brasil (Min. da Justiça)

33 19.5. Dados gerais sobre acidentes de trânsito na cidade de São Paulo fonte: CET

34 19.5. Dados gerais sobre acidentes de trânsito na cidade de São Paulo (cont.) Folheto educativo sobre segurança no trânsito distribuído pela CET em agosto de na porta do Mackenzie

35 19.5. Dados gerais sobre acidentes de trânsito na cidade de São Paulo (cont.) levantamento da Secretaria de Estado da Saúde com dados do segundo semestre de mostra que 43% dos mortos em acidentes de trânsito tinham ingerido bebidas alcoólicas além do permitido homens solteiros, entre 20 e 29 anos são as principais vítimas

36 19.5. Dados gerais sobre acidentes de trânsito na cidade de São Paulo (cont.) Mortes por tipo de usuário em São Paulo fonte: CET

37 19.5. Dados gerais sobre acidentes de trânsito na cidade de São Paulo (cont.) Jornal da Tarde 30.mar.04

38 19.6. O estudo de segurança de trânsito Os estudos sobre segurança de trânsito tem quatro etapas principais: detecção análise intervenção acompanhamento

39 19.6. O estudo de segurança de trânsito (cont.) Detecção Potencial Periculosidade Efetiva Análise Intervenção Planejamento Acompanhamento Tipos de Intervenções

40 19.7. Detecção coleta de dados - cadastrais (19.7.1) - sistemática (19.7.2) tratamento dos dados - classificação (19.7.3) - atribuição de pesos (19.7.4) - densidade de acidentes (19.7.5) - priorização (19.7.5)

41 19.7. Detecção (cont.) Coleta de dados cadastrais São as destinadas a montar um banco de dados do município ou região estudada, com as principais informações sobre os elementos urbanos que possam interferir no trânsito, como: tipologia de vias localização de escolas hospitais e outros polos geradores de tráfego feiras-livres itinerários de transporte coletivo etc O objetivo é servir como dados iniciais de caracterização de qualquer ponto a ser estudado futuramente

42 19.7. Detecção (cont.) Exemplo de levantamento cadastral (fonte: Denatran)

43 19.7. Detecção (cont.) Coleta de dados sistemática São as rotineiras, de alimentação contínua de um outro banco de dados, cujo principal exemplo é o de acompanhamento de acidentes Deve-se estabelecer um procedimento de coleta diária dos registros de acidentes junto à fonte emissora, para mapeamento e identificação de tendências e crescimentos abruptos de índices

44 19.7. Detecção (cont.) Fontes dos dados Delegacias Policiamento Compilação/ Consistência Estudos de segurança Hospitais

45 19.7. Detecção (cont.) Tratamento dos dados - classificação Os registros de acidentes coletados devem ser classificados de acordo com sua gravidade. A ordem crescente de gravidade adotada de um modo geral no Brasil é: - acidente sem vítima (sem feridos) - acidente com vítima - atropelamento

46 19.7. Detecção (cont.) Tratamento dos dados atribuição de pesos Para melhor representar a periculosidade de um local, são atribuídos pesos aos acidentes, conforme sua gravidade. Existem diferentes valores para esses pesos na literatura técnica. O DENATRAN recomenda os valores abaixo: - acidente sem vítima PESO 1 - acidente com vítima PESO 4 - atropelamento PESO 10

47 Tratamento dos dados densidade de acidentes fonte: CET Os valores são absolutos qual é a via mais perigosa?

48 Tratamento dos dados densidade de acidentes (cont.) o que torna uma via mais ou menos perigosa não é seu número absoluto de acidentes, mas sim a razão entre eles e o volume veicular quanto maior o volume de uma via, maior a tendência de ocorrerem acidentes sendo assim, deve-se estabelecer uma metodologia para ponderar esses dois intervenientes, a fim de se estabelecer a periculosidade relativa dos locais

49 Tratamento dos dados densidade de acidentes (cont.) a partir dos valores absolutos deve-se medir o índice de periculosidade das vias e estabelecer uma ordem de estudo (priorização) nem sempre a via com maior número de acidentes é a mais perigosa deve-se considerar a periculosidade relativa das vias

50 Tratamento dos dados densidade de acidentes/priorização (cont.) Periculosidade Relativa de locais onde ocorrem acidentes Local Freqüência de Volume Índice de periculosidade acidentes/ano (veíc/ano) (acidentes/10 5 veículos) Portanto, o Local 1 é o mais perigoso, embora tenha o menor valor absoluto de acidentes

51 Tratamento dos dados densidade de acidentes/priorização (cont.) Comparação entre os índices de atropelamentos (I.A.) em 1991 de cinco corredores da cidade de São Paulo Corredor Atrop. Extensão Fluxo (*) I.A. Priorid. Cruzeiro do Sul 132 3,6 Km ,69 4 o Rebouças 106 4,0 Km ,65 5 o Rio Branco 103 1,8 Km ,26 1 o Ibirapuera 93 3,5 Km ,21 3 o Fco. Matarazzo 75 2,1 Km ,30 2 o fonte: CET (*)Fluxo Médio Diário (v.e.)

52 Tratamento dos dados densidade de acidentes/priorização (cont.) Em relação à tabela anterior, o Índice de Atropelamentos (I.A.) foi obtido da seguinte forma: (I.A.) = número de atropelamentos x x extensão da via x fluxo médio diário Existem diversas outras formas de cálculo da densidade, levando-se em conta outros dados, como o número total de acidentes, por exemplo

53 19.8. Detecção outros métodos Auditoria de segurança técnica de prevenção de acidentes elaborada por equipe com visão independente do projeto avaliação prévia do impacto de um projeto ou empreendimento em termos de segurança na área ou para a comunidade é aplicada antes do empreendimento ou projeto ser entregue, de modo que os custos das eventuais modificações propostas é muito menor

54 Auditoria de segurança (cont.) Exemplo de problema que poderia ser evitado com a auditoria de segurança fonte: Folha de S. Paulo, 19.out.2010

55 19.8. Detecção outros métodos (cont.) Estudo dos conflitos de tráfego técnica de prevenção de acidentes avaliação da periculosidade através da observação dos quase acidentes de um local permite avaliações imediatas, sem o ônus da ocorrência de muitos acidentes para se observar o impacto de uma intervenção depende de uma nacionalização dos parâmetros para ser aplicada mais intensamente no Brasil

56 Estudo dos conflitos de tráfego (cont.) Exemplos de conflitos veiculares Exemplo 1: conflito de direção à direita com conversão à esquerda Exemplo 2: conflito de direção à direita com movimento em frente fonte: CET

57 fonte: S. Almqvist & C. Haydén Estudo dos conflitos de tráfego (cont.) Exemplo de intervenção geométrica tomada após análise de conflitos

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