Palavras Chave: Ceticismo, Subjetividade, Montaigne, Descartes

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Palavras Chave: Ceticismo, Subjetividade, Montaigne, Descartes"

Transcrição

1 Entre a subjetividade como auto-retrato em Montaigne e como consciência de si em Descartes Edgard Vinícius Cacho Zanette Mestrando em Filosofia - Unioeste/ Campus de Toledo Bolsista CAPES/ CNPq edgardzanette@hotmail.com Resumo: Neste trabalho propomos aproximar duas leituras distintas sobre a noção de subjetividade. Na primeira temos em Montaigne, sobretudo na obra Apologia de Raymond Sebond, um ceticismo neo-pirrônico em íntima relação com o fideísmo. A imersão de Montaigne no ceticismo o levou a radicalizar a máxima socrática: conhecete a ti mesmo para a proposição cética: que sei eu? Este modo de formular o problema do que é possível ao homem conhecer, traz o discurso filosófico para uma estreita discussão em primeira pessoa, em que o expediente retórico perpassa não mais uma objetividade, mas antes que essa possibilidade, há que perpassar uma experiência de auto-retrato. Já na segunda, Descartes escrevendo em primeira pessoa usa o ceticismo como um mecanismo de destruição dos prejuízos, para que emerja, a partir deste primeiro momento cético, a descoberta de si mesmo, do cogito, como pura consciência de si. Vemos assim que a dúvida metódica cartesiana também, ao seu modo, é uma experiência de auto-retrato. Contudo, essa experiência será a desconstrução mesma de toda uma experiência de vida para uma outra. Neste caso o manuseio dos argumentos céticos por parte de Descartes faz que o seu discurso cético promova um abandono de uma experiência alicerçada sobre o engano. Assim, esse mergulhar na experiência do ceticismo não será uma imediata experiência de auto-retrado como em Montaigne, mas a procura metódica em abandonar completamente uma imagem de si mesmo e do mundo com vistas à descoberta de uma outra compreensão que supere àquela, agora não mais uma imagem de si mesmo mas a fundação indubitável da verdade de si mesmo. Ao aproximarmos Montaigne e Descartes, ambos considerados no limiar mesmo do nascimento da filosofia moderna, propomos apontar uma oposição entre ambos diante do desenvolvimento de uma noção em comum: a constituição da subjetividade a partir do ceticismo. Palavras Chave: Ceticismo, Subjetividade, Montaigne, Descartes Ceticismo e Subjetividade em Montaigne Nos três livros que compõem os Ensaios de Montaigne temos a complexa exposição de vários temas filosóficos. Há um emaranhado de teses se apresentando e se contrapondo de forma assistemática, tornando difícil determinar uma única estrutura textual. Essa forma de tratar os assuntos filosóficos não é acidental, mas é o percurso mesmo da proposta montaigniana. Os Ensaios dificilmente podem ser bem compreendidos por um único tema ou fio condutor que perpassa e justifica toda a ISSN PPG-Fil - UFSCar

2 investigação. Todo contato com o texto, diante dessa sua característica, sempre será um encontro entre íntimos, no caso, o escritor e o leitor, e não uma exposição de dominação, em que um âmbito do discurso toma para si toda a significação do texto. Apesar desta proposta de aproximação entre escritor e leitor, ainda assim, Montaigne adverte que o texto é escrito para ele mesmo, mostrando seus defeitos, sua intimidade, procurando despir-se de todos os seus enfeites, para então pintar a si mesmo. Se houvesse almejado os favores do mundo, ter-me-ia enfeitado e me apresentaria sob uma forma mais cuidada, de modo a produzir melhor efeito. Prefiro, porém, que me vejam na minha simplicidade natural, sem artifício de nenhuma espécie, porquanto é a mim mesmo que pinto. (Montaigne, 1979, p. 13) Essa famosa passagem que abre os Ensaios faz emergir vários problemas interpretativos. Iremos considerar aqui um deles, que se refere à apresentação da proposta da obra. Notamos nesta passagem que ela justifica o exercício da escrita do livro, em sentido próprio e particular, diante de uma escolha. Montaigne afirma que escrever esse livro é uma escolha individual sua, assumindo a liberdade de despir-se de tudo o que for inútil para pintar, desse modo, a si mesmo por inteiro e nu. Neste caso, esse livro assume que a sua matéria é aquele mesmo que o escreve, para si mesmo e para alguns íntimos. Essa proposta de se auto-retratar não é, de modo algum, uma separação entre duas imagens que se opõem, como veremos em Descartes, entre aquele que decide se despir daquilo que ele mesmo é diante daquele outro que emergiria dessa mesma superação. Em Montaigne o uso da dúvida cética não promove uma dissolução entre o sujeito da dúvida, imerso nos prejuízos da tradição, para o emergir de um sujeito do conhecimento, que após a dúvida cética a superaria. Não havendo uma sobreposição entre aquele que passou por um filtro, descartando um outro que foi um meio para um fim determinado, Montaigne procura mostrar que a pintura de si mesmo é um processo conjunto e indissolúvel entre aquele que se despe ao mesmo tempo em que se esculpe. [ ] a subjetividade montaigniana não se arquiteta em conceitos claros e distintos, pela perspectiva da justificação dos conhecimentos a que temos acesso, e tampouco segundo a exigência de justificação da Nova Ciência (cujo método experimental se oferece como promessa renovada para produção de conhecimento, particularmente no que tange às ciências físicas). Mas desqualificá-la sob a alegação de um atraso histórico seria cegar-se para a importância que pode ter essa ISSN PPG-Fil - UFSCar

3 reflexão sobre a subjetividade no limiar da constituição dessa problemática moderna. (Luiz Eva, p. 495) O desenvolvimento da reflexão de Montaigne sobre a questão da subjetividade não segue a clareza e a distinção, a luz natural, ou mesmo a firmeza do eu cartesiano. Mas se a filosofia moderna é considerada por muitos como o resultado da descoberta cartesiana do cogito, estamos diante de uma aporia. Pois, se Montaigne é anterior a Descartes e a filosofia moderna, caracterizada por muitos como nascendo da compreensão de que o cogito cartesiano é uma filosofia do sujeito ou da subjetividade, como falarmos de uma filosofia da subjetividade anterior ao próprio nascimento dessa questão filosófica? Diante deste paradoxo, como a própria citação de Luiz Eva defende, acreditamos que aceitar sem uma maior problematização que somente em Descartes nasce a compreensão moderna da subjetividade nada mais seria que manter-se cego diante da importância filosófica da abordagem montaigniana. Sendo assim, procurando elucidar, ou ao menos problematizar melhor esta questão, cabe investigarmos a noção de subjetividade em Montaigne, contrapondo-a, em seguida, ao que Descartes compreende ser a subjetividade a partir do seu uso do ceticismo. Na Apologia de Raymond Sebond Montaigne realiza uma discussão composta por vários temas conflitantes. Entre eles, fideísmo e ceticismo compõem um único todo, em que a defesa do fideísmo, considerando a superioridade da fé diante da razão, se vale de uma abordagem do ceticismo pirrônico para destruir a possibilidade da razão superar a fé. Nossa razão deve amparar a nossa fé, sempre com a reserva de não imaginar que por si só, pela força que pode alcançar, lhe seja dado adquirir essa ciência sobrenatural que provém de Deus (Montaigne, 1979, p ). Como a fé é a base e a razão é limitada, a fé justifica a sua superioridade ao mesmo tempo em que se apropria do ceticismo. Mas esta apropriação não se manifesta como dominação, pois em um segundo momento, o ceticismo parece ganhar força, e em certo momento do texto, até mesmo supera o fideísmo, na medida em que é o ceticismo neo-pirrônico de Montaigne que desenvolverá um ataque massivo à razão e não a fé. Neste caso, se a fé é o grande apoio para a existência humana, sem a assimilação do ceticismo pirrônico a razão e os argumentos dos ateus, diante da fé, permenecerão intocáveis. Desse modo, é pela destruição cética que a fé pode erquer-se como o sentido da finitude humana. E o ceticismo, por sua vez, é a filosofia que permite a Montaigne a radicalização da experiência da finitude, diante da crítica que ela empreende à soberba da razão. ISSN PPG-Fil - UFSCar

4 Ceticismo e Subjetividade em Descartes A dúvida metódica cartesiana aparece pela primeira vez na obra Discurso do Método de Descartes, em Mas a sua versão mais refinada e completa é aquela que abre a obra metafísica mais importante de Descartes, as Meditações (1641). O ceticismo foi escolhido por Descartes como o primeiro grande inimigo a ser superado, ao mesmo tempo em que o uso dos argumentos céticos serão decisivos para a descoberta de uma verdade indubitável. Após superar os argumentos céticos, a dúvida cartesiana acredita que será posssível, de algum modo, resolver o conflito entre as várias filosofias e os prejuízos das opiniões mal assentadas. Há, por parte de Descartes, uma grande preocupação em desenvolver uma nova fundação do conhecimento ao invés de reformálo. Para Descartes não cabe realizar uma restauração das antigas ruinas do saber, das antigas teses dos filósofos gregos e escolásticos, mas será útil, primeiramente, dedicarse a duvidar de tudo. Descartes acredita que a dúvida é útil. Assim, é por meio de sua utilidade, de seu uso, que é possível acostumar-se a duvidar de tudo, e, sobretudo, das coisas corporais. Essa afirmação é forte e define em linhas gerais o papel do ceticismo para a filosofia cartesiana. A descoberta da verdade terá como preâmbulo o abandono dos prejuízos. Por ser um instrumento, é pela dúvida que antes de afirmar qualquer tese, cabe duvidar de tudo o que se acreditava saber, para que reste tão somente, o resultado mesmo da dúvida mais radical, que por ser radical, deixa de ser dúvida e traz para si a sua própria antítese, que é a verdade indubitável, a verdade mesma que superou os mais radicais argumentos céticos. É importante destacar que a dúvida cartesiana, diferente da dúvida montaigniana, não mistura dois âmbitos: a prática da vida e a busca pela verdade. Para Descartes a dúvida metódica não é existencial. Não é a experiência de vida, da vida particular de um homem, com suas angústias, em que as questões da fé e os problemas de saber como viver e como morrer estariam em jogo. Por outro lado, Descartes insiste que todo aquele que procura pensar por ordem em filosofia, deve empreender por si mesmo, ao menos uma vez em sua vida, o percurso estabelecido pelas Meditações. Em nome do sujeito meditador, ou a pretexto deste personagem fundamental à investigação cartesiana, são apresentados alguns conjuntos de opiniões como a base mesma de todo o conhecimento que ele possui. O sujeito meditador é aquele que se experiencia como produto das dúvidas mais radicais, visando inicialmente promover um rompimento entre ISSN PPG-Fil - UFSCar

5 as suas opiniões que foram recolhidas antes da dúvida diante das outras que serão adquiridas após a dúvida cética. Se essas opiniões foram recolhidas ao longo de uma vida, e representam, desse modo, a experiência de um personagem que procura despirse de toda aquela experiência anterior, Descartes promove com a dúvida cética uma cisão entre duas experiências. 1) uma experiência de vida antes da dúvida cética; 2) o resultado de uma decisão filosófica, que levará a uma outra compreensão de conhecimento de si mesmo, que, contudo, refere-se ao plano da filosofia primeira e não à prática da vida. Diante desta distinção percebe-se que o papel da dúvida cartesiana não é o de promover uma dúvida moral, mas o de preparar o fundamento indubitável da verdade, que após ter superado a dúvida mais radical, estabelece-se como o fundamento inabalável da Mathesis Universalis, da ciência universal almejada por Descartes. A dúvida metódica desenvolve três argumentos céticos visando destruir todas as opiniões que mostrarem o menor indício de dúvida. Mas é no último argumento, é no terceiro grau da dúvida com o argumento do gênio maligno que se coloca a possibilidade de que o sujeito meditador não tenha mãos, que todo o seu corpo não passa de ilusões que surgem no ato dele estar sendo manipulado por esse grande enganador onipotente para o embuste. Diante deste grande poder para o engano e para a falsidade, poder este que é alheio ao meditador e que o confronta diretamente, o condutor da dúvida se persuadiu de que não não existem céu nem terra, que não há um mundo externo real, e que mesmo as operações matemáticas que sempre foram consideradas um modelo de certeza são duvidosas. Ocorre que diante de todo o poder desse grande enganador, as evidências matemáticas perdem a sua validade, pois quem sabe ele não faz que nos enganamos quando consideramos que o resultado da operação 2+3=5 seria na verdade 2+3=6? Assim, após a mais extravagante hipótese cética, aquele que procurou expurgar o erro de si mesmo mergulhou no mais universal e perigoso engano. Mas pode este grande enganador fazer com que eu, aquele que decidiu duvidar, aquele que pensou todas essas hipóteses não seja algo enquanto este grande enganador me engana sobre todas essas coisas? Certamente não, eu existia sem dúvida, se é que me persuadi, ou apenas pensei alguma coisa. Mas há algum, não sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que emprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. Não há, pois, dúvida alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais que me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. (AT IX, p. 19; Meditações, 1979, p. 92). ISSN PPG-Fil - UFSCar

6 Diante da dúvida global e da falência da razão, a descoberta do cogito supera a dúvida e promove uma nova situação, em que aquele que mergulhou na dúvida descobre-se como res cogitans, como uma coisa pensante. De sorte que, após ter pensado bastante nisto e de ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito. (AT IX, p. 19; Meditações, 1979, p. 92). O cogito cartesiano emerge na investigação de sua própria natureza. Neste exercício de descoberta de si mesmo, por meio desse exame o sujeito pensante tomou consciência de que os seus pensamentos são a garantia mesma de ter superado a dúvida cética. O sujeito pensante, sobre esse aspecto que lhe é próprio, pode acessar os seus próprios pensamentos sem nenhuma outra barreira entre o ato de acessá-los e a consciência que decorre desse acesso. Ser sujeito, neste sentido, é ser sujeito dos atos de pensamento que emergem em toda ação sua, que é a de pensar. Essa firmeza do cogito foi interpretada por vários estudiosos da filosofia, entre eles, Kant, Hegel, Heidegger e Husserl, como a descoberta mesma da subjetividade, da fundação de um novo modo de compreender a filosofia, a partir do sujeito, que após a dúvida mais radical, descobre a verdade de si mesmo. Conclusão Diante destas duas imagens da subjetividade moderna, uma paradigmática como a de Descartes, e a outra trabalhada como uma possibilidade interpretativa, ou quem sabe de confrontação daquele paradigma, Descartes e Montaigne não desenvolvem por si mesmos uma teoria do sujeito ou da subjetividade. São as nossas interpretações extemporâneas destes filósofos que os definem como pensadores desta questão. Apesar desta polêmica interpretativa que não está nos limites do presente trabalho resolvê-la, Montaigne e Descartes possuem algumas semelhanças e oposições em suas abordagens da questão do sujeito que iremos resumidamente apresentar como possibilidades interpretativas. Para Montaigne o ceticismo lida com a diversidade da existência humana, diante de sua finitude, para realizar um exame de si mesmo, ao invés de uma descoberta absoluta e indubitável daquilo que se é. A subjetividade em Montaigne, ISSN PPG-Fil - UFSCar

7 considerada neste plano da investigação contínua e sempre incompleta, jamais realizará uma única e inabalável verdade de si mesmo, pois o homem, finito e estando lançado no devir, vive a mudança, vive a passagem. Enquanto que pela fé, de algum modo, agarra uma possibilidade de encontrar algo de eterno e fixo. Assim, para Montaigne fideísmo e ceiticismo complementam dois âmbitos da existência humana. O primeiro é o da fé, em que o homem pode aspirar ser tocado por Deus e participar dessa dádiva. O outro é aquele do ceticismo, em que a fé ataca a soberba da razão e realiza a partir da própria mudança uma experiência de construção contínua de um auto-retrato. Para Descartes a dúvida metódica é o caminho pelo qual o condutor da dúvida, após a superar a possibilidade da dúvida total e da falência absoluta da razão, descobre a sua própria natureza como res cogitans. A verdade de si mesmo é a superação completa da dúvida. Não há, na perspectiva cartesiana, como descobrir aquilo que se é senão a partir de uma única e inabalável verdade de si mesmo. O cogito cartesiano, depois de descoberto, jamais será refutado ou modificado em sua essência, que é a de ser uma coisa pensante. Desse modo, a subjetividade em Descartes considerada pela estabilidade do cogito é resultante de uma única investigação, que realizada uma única vez, estabelece o que Descartes procurava: um princípio absolutamente indubitável. Neste caso, a experiência da dúvida cética e a descoberta do cogito, compreendidos como uma realização de um auto-retrato, é o estabelecimento de uma verdade a partir da negação metódica de uma experiência de si mesmo para uma outra, que ao superar a primeira a justificaria como a verdadeira imagem de si mesmo. Referências Bibliográficas DESCARTES, R. Œuvres. Paris: Vrin, vol. Publiées par Charles Adam et Paul Tannery, Discurso do método; Meditações; Objeções e respostas; As paixões da alma; Cartas. 2 ed. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, Obras filosóficas: objeciones e los princípios de la filosofia. Introducción: Étienne Gilson. Versão espanhola: Manuel de La Revilla. Buenos Aires: Editorial El Ateneu, ISSN PPG-Fil - UFSCar

8 MONTAIGNE, Michel. Ensaios. Tradução: Sérgio Milliet. 1. ed. São Paulo: Abril Cultural, BIRCHAL, T. S. O cogito como representação e como presença: duas perspectivas da relação de si a si em Descartes. In:.Discurso. São Paulo, v. 31, 2000, p EVA, Luiz. A figura do filósofo: ceticismo e subjetividade em Montaigne. São Paulo: Edições Loyola, ONG-VAN-KUNG K. (Org.). Descartes et la question du sujet. Paris: Presses Universitaires de France, POPKIN, Richard H. História do ceticismo de Erasmo a Spinosa. Tradução: Danilo Marcondes de Souza Filho. Rio de Janeiro: Francisco Alves, ISSN PPG-Fil - UFSCar

Filosofia. IV Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica 1. DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ACTIVIDADE COGNOSCITIVA JOÃO GABRIEL DA FONSECA

Filosofia. IV Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica 1. DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ACTIVIDADE COGNOSCITIVA JOÃO GABRIEL DA FONSECA Filosofia IV Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica 1. DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ACTIVIDADE COGNOSCITIVA JOÃO GABRIEL DA FONSECA 1.2 Teorias Explicativas do Conhecimento René Descartes

Leia mais

Descartes e Hobbes: A questão da subjetividade como ponto de encruzilhada

Descartes e Hobbes: A questão da subjetividade como ponto de encruzilhada 177 Descartes e Hobbes: A questão da subjetividade como ponto de encruzilhada Edgard Vinícius Cacho Zanette * RESUMO Em Descartes, a ligação entre res cogitans e ser sujeito é complexa. A referência a

Leia mais

Resenha HOBBES CONTRA DESCARTES

Resenha HOBBES CONTRA DESCARTES Resenha HOBBES CONTRA DESCARTES CURLEY, Edwin 1. Hobbes contre Descartes. IN: Descartes Objecter et répondre. (Org.) J. -M. Beyssade; J. - L. Marion. 1994. - p. 149-162. Edgard Vinícius Cacho Zanette 2

Leia mais

Racionalismo. René Descartes Prof. Deivid

Racionalismo. René Descartes Prof. Deivid Racionalismo René Descartes Prof. Deivid Índice O que é o racionalismo? René Descartes Racionalismo de Descartes Nada satisfaz Descartes? Descartes e o saber tradicional Objetivo de Descartes A importância

Leia mais

Filosofia Prof. Frederico Pieper Pires

Filosofia Prof. Frederico Pieper Pires Filosofia Prof. Frederico Pieper Pires Teoria do conhecimento em Descartes Objetivos Compreender as principais escolas da teoria do conhecimento da modernidade. Abordar a epistemologia cartesiana. Introdução

Leia mais

Descartes. Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31)

Descartes. Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) Descartes René Descartes ou Cartesius (1596-1650) Naceu em La Haye, França Estudou no colégio jesuíta de La Flèche Ingressa na carreira militar Estabeleceu contato com Blayse Pascal Pai da filosofia moderna

Leia mais

CORRENTES DE PENSAMENTO DA FILOSOFIA MODERNA

CORRENTES DE PENSAMENTO DA FILOSOFIA MODERNA CORRENTES DE PENSAMENTO DA FILOSOFIA MODERNA O GRANDE RACIONALISMO O termo RACIONALISMO, no sentido geral, é empregado para designar a concepção de nada existe sem que haja uma razão para isso. Uma pessoa

Leia mais

Descartes e o Raciona. Filosofia 11ºAno Professor Paulo Gomes

Descartes e o Raciona. Filosofia 11ºAno Professor Paulo Gomes Descartes e o Raciona Filosofia 11ºAno Professor Paulo Gomes http://sites.google.com/site/filosofarliberta/ O RACIONALISMO -O Racionalismo é uma corrente que defende que a origem do conhecimento é a razão.

Leia mais

PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO

PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO Questão Problema: O conhecimento alcança-se através da razão ou da experiência? (ver página 50) Tipos de conhecimento acordo a sua origem Tipos de juízo de acordo com

Leia mais

A REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV.

A REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. A REVOLUÇÃO CARTESIANA Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. Descartes (1596-1650) foi educado por jesuítas. Ele iniciou a filosofia moderna com um

Leia mais

DESCARTES E A FILOSOFIA DO. Programa de Pós-graduação em Educação UEPG Professora Gisele Masson

DESCARTES E A FILOSOFIA DO. Programa de Pós-graduação em Educação UEPG Professora Gisele Masson DESCARTES E A FILOSOFIA DO COGITO Programa de Pós-graduação em Educação UEPG Professora Gisele Masson René Descartes (1596 1650) 1650) Ponto de partida - Constatação da crise das ciências e do saber em

Leia mais

CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES

CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES Guilherme Devequi Quintilhano Orientador: Prof. Dr. Eder Soares Santos RESUMO Nesta comunicação será apresentada uma crítica de Martin Heidegger, filósofo contemporâneo,

Leia mais

PLATÃO E O MUNDO IDEAL

PLATÃO E O MUNDO IDEAL Introdução: PLATÃO E O MUNDO IDEAL - A importância do pensamento de Platão se deve justamente por conseguir conciliar os mundos: dos Pré-Socráticos, com suas indagações sobre o surgimento do Cosmo (lê-se:

Leia mais

A teoria do conhecimento

A teoria do conhecimento conhecimento 1 A filosofia se divide em três grandes campos de investigação. A teoria da ciência, a teoria dos valores e a concepção de universo. Esta última é na verdade a metafísica; a teoria dos valores

Leia mais

RESUMO. Filosofia. Psicologia, JB

RESUMO. Filosofia. Psicologia, JB RESUMO Filosofia Psicologia, JB - 2010 Jorge Barbosa, 2010 1 Saber se o mundo exterior é real e qual a consciência e o conhecimento que temos dele é um dos problemas fundamentais acerca do processo de

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO 30 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 31 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO

Leia mais

PROGRAMA ANUAL DE CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL II - 7ª SÉRIE PROFESSOR EDUARDO EMMERICK FILOSOFIA

PROGRAMA ANUAL DE CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL II - 7ª SÉRIE PROFESSOR EDUARDO EMMERICK FILOSOFIA FILOSOFIA 1º VOLUME (separata) FILOSOFIA E A PERCEPÇÃO DO MUNDO Unidade 01 Apresentação O Começo do Pensamento - A coruja é o símbolo da filosofia. - A história do pensamento. O que é Filosofia - Etimologia

Leia mais

Trabalho sobre: René Descartes Apresentado dia 03/03/2015, na A;R;B;L;S : Pitágoras nº 28 Or:.Londrina PR., para Aumento de Sal:.

Trabalho sobre: René Descartes Apresentado dia 03/03/2015, na A;R;B;L;S : Pitágoras nº 28 Or:.Londrina PR., para Aumento de Sal:. ARBLS PITAGORAS Nº 28 Fundação : 21 de Abril de 1965 Rua Júlio Cesar Ribeiro, 490 CEP 86001-970 LONDRINA PR JOSE MARIO TOMAL TRABALHO PARA O PERÍODO DE INSTRUÇÃO RENE DESCARTES LONDRINA 2015 JOSE MARIO

Leia mais

O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel

O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel 1 O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel ELINE LUQUE TEIXEIRA 1 eline.lt@hotmail.com Sumário:Introdução; 1. A dialética hegeliana; 2. A concepção

Leia mais

REGRAS DO MÉTODO encontrar por si mesmo uma solução evidente que permita reorganizar nossos juízos e separar neles o falso do verdadeiro;

REGRAS DO MÉTODO encontrar por si mesmo uma solução evidente que permita reorganizar nossos juízos e separar neles o falso do verdadeiro; René Descartes REGRAS DO MÉTODO Primeira parte: encontrar por si mesmo uma solução evidente que permita reorganizar nossos juízos e separar neles o falso do verdadeiro; REGRAS DO MÉTODO Método: Meta por,

Leia mais

A FORÇA DA DÚVIDA E A RESISTÊNCIA DO COGITO NA METAFÍSICA DE DESCARTES THE FORCE OF DOUBT AND THE COGITO RESISTANCE IN THE METAPHYSICS OF DESCARTES

A FORÇA DA DÚVIDA E A RESISTÊNCIA DO COGITO NA METAFÍSICA DE DESCARTES THE FORCE OF DOUBT AND THE COGITO RESISTANCE IN THE METAPHYSICS OF DESCARTES RevistaAmbiente:GestãoeDesenvolvimento3Volume9,n.2,Dezembro/2016 ISSNONLINE:198134127 A FORÇA DA DÚVIDA E A RESISTÊNCIA DO COGITO NA METAFÍSICA DE DESCARTES THE FORCE OF DOUBT AND THE COGITO RESISTANCE

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2017 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos do Curso de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. Marco Aurélio Werle Prof. Dr. Moacyr Ayres Novaes Filho

Leia mais

SERGIO LEVI FERNANDES DE SOUZA. Principais mudanças da revolução copernicana e as antinomias da razão pura.

SERGIO LEVI FERNANDES DE SOUZA. Principais mudanças da revolução copernicana e as antinomias da razão pura. SERGIO LEVI FERNANDES DE SOUZA Principais mudanças da revolução copernicana e as antinomias da razão pura. Santo André 2014 INTRODUÇÃO Nunca um sistema de pensamento dominou tanto uma época como a filosofia

Leia mais

Filosofia Moderna. Artigo sobre o Erro de Descartes. ogia-sabedoria/16/artigo

Filosofia Moderna. Artigo sobre o Erro de Descartes.  ogia-sabedoria/16/artigo Filosofia Moderna Antecedentes e pensamento cartesiano (epistemologia racionalista) Artigo sobre o Erro de Descartes. http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideol ogia-sabedoria/16/artigo181214-1.asp Filosofia

Leia mais

SOBRE A NOÇÃO DE MORAL PROVISÓRIA EM DESCARTES 1

SOBRE A NOÇÃO DE MORAL PROVISÓRIA EM DESCARTES 1 SOBRE A NOÇÃO DE MORAL PROVISÓRIA EM DESCARTES 1 Fabiano Pereira Dos Santos 2, Maciel Antoninho Viera 3. 1 Ensaio teórico acerca de estudos sobre moral provisória de René Descartes 2 Graduando do curso

Leia mais

CONHECIMENTO, CETICISMO E CIÊNCIA. Organizadores: Artur Bezzi Günther, Eduardo Antonielo de Avila e Maria Eugênia Zanchet Bordignon.

CONHECIMENTO, CETICISMO E CIÊNCIA. Organizadores: Artur Bezzi Günther, Eduardo Antonielo de Avila e Maria Eugênia Zanchet Bordignon. CONHECIMENTO, CETICISMO E CIÊNCIA Artur Bezzi Gunther Organizadores: Artur Bezzi Günther, Eduardo Antonielo de Avila e Maria Eugênia Zanchet Bordignon. 1. Duração: 02 horas e 15 minutos. 2. Recursos didáticos:

Leia mais

Processo Seletivo/UFU - abril ª Prova Comum - PROVA TIPO 1 FILOSOFIA QUESTÃO 01

Processo Seletivo/UFU - abril ª Prova Comum - PROVA TIPO 1 FILOSOFIA QUESTÃO 01 FILOSOFIA QUESTÃO 01 Considere as seguintes afirmações de Aristóteles e assinale a alternativa correta. I -... é a ciência dos primeiros princípios e das primeiras causas. II -... é a ciência do ser enquanto

Leia mais

Teorias do conhecimento. Profª Karina Oliveira Bezerra

Teorias do conhecimento. Profª Karina Oliveira Bezerra Teorias do conhecimento Profª Karina Oliveira Bezerra Teoria do conhecimento ou epistemologia Entre os principais problemas filosóficos está o do conhecimento. Para que investigar o conhecimento? Para

Leia mais

IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA?

IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA? Matheus Silva Freire IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA? Introdução Em resumo, todos têm costumes e coisas que são passadas de geração para geração, que são inquestionáveis. Temos na nossa sociedade

Leia mais

FILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA

FILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA Mais uma vez a UFPR oferece aos alunos uma prova exigente e bem elaborada, com perguntas formuladas com esmero e citações muito pertinentes. A prova de filosofia da UFPR

Leia mais

TEORIA DO CONHECIMENTO Immanuel Kant ( )

TEORIA DO CONHECIMENTO Immanuel Kant ( ) TEORIA DO CONHECIMENTO Immanuel Kant (1724-1804) Obras de destaque da Filosofia Kantiana Epistemologia - Crítica da Razão Pura (1781) Prolegômenos e a toda a Metafísica Futura (1783) Ética - Crítica da

Leia mais

Unidade 2: História da Filosofia. Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes

Unidade 2: História da Filosofia. Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes Unidade 2: História da Filosofia Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes Períodos Históricos da Filosofia Filosofia Grega ou Antiga (Séc. VI a.c. ao VI d.c.) Filosofia Patrística (Séc. I ao VII) Filosofia

Leia mais

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2).

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2). EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março Prova Escrita de Filosofia 11.º Ano de Escolaridade Prova 714/2.ª Fase 8 Páginas Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30

Leia mais

Introdução ao pensamento de Marx 1

Introdução ao pensamento de Marx 1 Introdução ao pensamento de Marx 1 I. Nenhum pensador teve mais influência que Marx, e nenhum foi tão mal compreendido. Ele é um filósofo desconhecido. Muitos motivos fizeram com que seu pensamento filosófico

Leia mais

PROCESSO SELETIVO 2011

PROCESSO SELETIVO 2011 PROCESSO SELETIVO 2011 Anos 06/12/2010 INSTRUÇÕES 1. Confira, abaixo, o seu número de inscrição, turma e nome. Assine no local indicado. 2. Aguarde autorização para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar

Leia mais

NIETZSCHE E A HISTÓRIA: A RELAÇÃO COM O PASSADO

NIETZSCHE E A HISTÓRIA: A RELAÇÃO COM O PASSADO NIETZSCHE E A HISTÓRIA: A RELAÇÃO COM O PASSADO Dagmar Manieri Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); professor Adjunto de História (Teoria da História) da Universidade

Leia mais

Para despertar o interesse dos alunos para o tema abordado, será proposto o seguinte exercício:

Para despertar o interesse dos alunos para o tema abordado, será proposto o seguinte exercício: Plano de Aula de Filosofia para o Ensino Médio Tema: Empirismo e Criticismo Nesta aula espera-se que através das atividades reflexivas e investigações textuais, os alunos possam desenvolver, além dos conceitos

Leia mais

Fonte: SARAT, M.. Fundamentos Filosóficos de Educação Infantil. Maringá: EDUEM Editora da Universidade Estadual de Maringá, p.

Fonte: SARAT, M.. Fundamentos Filosóficos de Educação Infantil. Maringá: EDUEM Editora da Universidade Estadual de Maringá, p. por Fonte: SARAT, M.. Fundamentos Filosóficos de Educação Infantil. Maringá: EDUEM Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2005. 150p. (1533-1592) Montaigne viveu em um contexto de transição; Naquele

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2011 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. João Vergílio Gallerani Cuter Prof. Dr. Maurício de Carvalho

Leia mais

Teoria do Conhecimento:

Teoria do Conhecimento: Teoria do Conhecimento: Investigando o Saber O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer,

Leia mais

Tópicos da História da Física Clássica

Tópicos da História da Física Clássica Tópicos da História da Física Clássica Descartes Victor O. Rivelles Instituto de Física da Universidade de São Paulo Edifício Principal, Ala Central, sala 354 e-mail: rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/~rivelles

Leia mais

22/08/2014. Tema 6: Ciência e Filosofia. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes. Ciência e Filosofia

22/08/2014. Tema 6: Ciência e Filosofia. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes. Ciência e Filosofia Tema 6: Ciência e Filosofia Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes Ciência e Filosofia Ciência: vem do latim scientia. Significa sabedoria, conhecimento. Objetivos: Conhecimento sistemático. Tornar o mundo compreensível.

Leia mais

Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo!

Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo! Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo! Exercícios de raciocínio lógico-dedutivo a favor de Deus. Primeiramente devemos entender o conceito da dedução lógica, para então, realizarmos o seu exercício.

Leia mais

FILOSOFIA BREVE PANORAMA GERAL FILOSOFIA ANTIGA

FILOSOFIA BREVE PANORAMA GERAL FILOSOFIA ANTIGA FILOSOFIA BREVE PANORAMA GERAL FILOSOFIA ANTIGA SOBRE FILOSOFIA DEFINIÇÃO TRADICIONAL (segundo a perspectiva ocidental) TEOLOGIA CIÊNCIA certezas dúvidas Bertrand Russell (1872-1970) utiliza seus temas

Leia mais

Descartes viveu numa época turbulenta, instável e, por isso, talvez uma das mais

Descartes viveu numa época turbulenta, instável e, por isso, talvez uma das mais A Contextualização de Descartes O século XVI Descartes viveu numa época turbulenta, instável e, por isso, talvez uma das mais profundas da história europeia. Descartes viveu numa época dividida, possuída

Leia mais

Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média:

Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média: EXERCÍCIOS ON LINE 3º BIMESTRE DISCIPLINA: Filosofia PROFESSOR(A): Julio Guedes Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média: NOME: Nº.: Exercício On Line (1) A filosofia atingiu

Leia mais

Introdução a Filosofia

Introdução a Filosofia Introdução a Filosofia Baseado no texto de Ludwig Feuerbach, A essência do homem em geral, elaborem e respondam questões relacionadas a este tema. 1- Quem foi Feuerbach? PERGUNTAS 2- Qual é a diferença

Leia mais

Curso de extensão em Teoria do Conhecimento Moderna

Curso de extensão em Teoria do Conhecimento Moderna MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO Curso de extensão em Teoria do Conhecimento Moderna (Curso de extensão)

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO FIL02457 - FILOSOFIA POLÍTICA I (60 h, OBR) O homem e sua ação política. A noção de polis no pensamento grego antigo e seus desdobramentos

Leia mais

Introdução O QUE É FILOSOFIA?

Introdução O QUE É FILOSOFIA? O QUE É FILOSOFIA? A filosofia não é uma ciência, nem mesmo um conhecimento; não é um saber a mais: é uma reflexão sobre os saberes disponíveis. É por isso que não se pode aprender filosofia, dizia kant:

Leia mais

OS FILÓFOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS

OS FILÓFOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS OS FILÓFOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS São chamados de filósofos da natureza. Buscavam a arché, isto é, o elemento ou substância primordial que originava todas as coisas da natureza. Dirigiram sua atenção e suas

Leia mais

SOBRE A FENOMENOLOGIA E A TENTATIVA DE FUNDAMENTAÇÃO ISSN ELETRÔNICO

SOBRE A FENOMENOLOGIA E A TENTATIVA DE FUNDAMENTAÇÃO ISSN ELETRÔNICO ISSN ELETRÔNICO 2316-8080 185 SOBRE A FENOMENOLOGIA E A TENTATIVA DE FUNDAMENTAÇÃO DE UMA CIÊNCIA RIGOROSA. Estanislau Fausto (Bolsista COPES UFS. Membro do NEPHEM.) RESUMO: Edmund Husserl tentou realizar

Leia mais

A ORIGEM DA FILOSOFIA

A ORIGEM DA FILOSOFIA A ORIGEM DA FILOSOFIA UMA VIDA SEM BUSCA NÃO É DIGNA DE SER VIVIDA. SÓCRATES. A IMPORTÂNCIA DOS GREGOS Sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental tomou uma direção diferente da oriental. A filosofia

Leia mais

Husserl, Heidegger e a

Husserl, Heidegger e a Husserl, Heidegger e a fenomenologia Mariângela Areal Guimarães, professora de Filosofia do Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ, Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

O corpo físico é mau e inferior à alma?

O corpo físico é mau e inferior à alma? O corpo físico é mau e inferior à alma? Compreendendo a natureza humana por Paulo Sérgio de Araújo INTRODUÇÃO Conforme a teoria das idéias (ou teoria das formas ) do filósofo grego Platão (428-347 a.c.),

Leia mais

Resolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2

Resolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2 Resolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2 Resolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2 (UFPR 2007) As questões 1, 2 e 3 referem-se ao texto a seguir. bem

Leia mais

Unesp PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PARA A CIÊNCIA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS. Plano de Ensino

Unesp PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PARA A CIÊNCIA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS. Plano de Ensino Unesp PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PARA A CIÊNCIA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS Plano de Ensino Designação da Disciplina: Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência Domínio Específico ( X )

Leia mais

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO 1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO P á g i n a 1 QUESTÃO 1 - Admitindo que a história da filosofia é uma sucessão de paradigmas, a ordem cronológica correta da sucessão dos paradigmas na história

Leia mais

SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE

SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE SARTRE: FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO LIBERDADE E RESPONSABILDIADE Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências Jean Paul Sartre Jean-Paul Sartre - Paris, 1905 1980.

Leia mais

Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015

Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 Aula Véspera UFU 2015 Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 NORTE DA AVALIAÇÃO O papel da Filosofia é estimular o espírito crítico, portanto, ela não pode

Leia mais

AULA 01 Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos

AULA 01 Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos 1 AULA 01 Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos Ernesto F. L. Amaral 08 de março de 2012 Metodologia (DCP 033) Fonte: Severino, Antônio Joaquim. 2007. Metodologia do trabalho científico.

Leia mais

Sartre. Filosofia Monitora: Leidiane Oliveira 17 /11/2015. Material de Apoio para Monitoria

Sartre. Filosofia Monitora: Leidiane Oliveira 17 /11/2015. Material de Apoio para Monitoria Sartre 1. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo. I. Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a santidade não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por inspiração sobrenatural,

Leia mais

FILOSOFIA MODERNA (XIV)

FILOSOFIA MODERNA (XIV) FILOSOFIA MODERNA (XIV) CORRENTES EPSTEMOLÓGICAS (I) Racionalismo Inatismo: existem ideias inatas, ou fundadoras, de onde se origina todo o conhecimento. Ideias que não dependem de um objeto. Idealismo:

Leia mais

6. Conclusão. Contingência da Linguagem em Richard Rorty, seção 1.2).

6. Conclusão. Contingência da Linguagem em Richard Rorty, seção 1.2). 6. Conclusão A escolha de tratar neste trabalho da concepção de Rorty sobre a contingência está relacionada ao fato de que o tema perpassa importantes questões da reflexão filosófica, e nos permite termos

Leia mais

KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA. Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense

KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA. Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense marcos_giusti@uol.com.br Resumo: A crítica kantiana à metafísica, diferentemente do que exprimem

Leia mais

O problema do conhecimento

O problema do conhecimento O problema do conhecimento Teoria do conhecimento na Idade Moderna e Contemporânea Aranha, M. L. de A. &, M. H. P. (1986). Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna (165-170). Introdução

Leia mais

Entrelinha 1,5. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Entrelinha 1,5. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta. Teste Intermédio de Filosofia Entrelinha 1,5 Teste Intermédio Filosofia Entrelinha 1,5 (Versão única igual à Versão 1) Duração do Teste: 90 minutos 17.04.2013 11.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 74/2004,

Leia mais

Descartes ( ) a) Quem Era?

Descartes ( ) a) Quem Era? Descartes (1596-1650) a) Quem Era? René Descartes viveu no começo do século XVII, num período por vezes chamado de Revolução Científica, uma era de rápidos avanços nas ciências, O cientista e filósofo

Leia mais

Filosofia Moderna: a nova ciência e o racionalismo.

Filosofia Moderna: a nova ciência e o racionalismo. FILOSOFIA MODERNA Filosofia Moderna: a nova ciência e o racionalismo. Período histórico: Idade Moderna (século XV a XVIII). Transformações que podemos destacar: A passagem do feudalismo para o capitalismo

Leia mais

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 12 Daniel José Crocoli * A obra Sobre ética apresenta as diferentes formas de se pensar a dimensão ética, fazendo

Leia mais

Cap. 2 - O BEM E A FELICIDADE. Ramiro Marques

Cap. 2 - O BEM E A FELICIDADE. Ramiro Marques Cap. 2 - O BEM E A FELICIDADE Ramiro Marques A maior parte das pessoas identificam o bem com a felicidade, mas têm opiniões diferentes sobre o que é a felicidade. Será que viver bem e fazer o bem é a mesma

Leia mais

COLÉGIO CENECISTA DR. JOSÉ FERREIRA LUZ, CÂMERA, REFLEXÃO

COLÉGIO CENECISTA DR. JOSÉ FERREIRA LUZ, CÂMERA, REFLEXÃO COLÉGIO CENECISTA DR. JOSÉ FERREIRA LUZ, CÂMERA, REFLEXÃO UBERABA - 2015 PROJETO DE FILOSOFIA Professor coordenador: Danilo Borges Medeiros Tema: Luz, câmera, reflexão! Público alvo: Alunos do 9º ano do

Leia mais

FILOSOFIA 11º ano O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

FILOSOFIA 11º ano O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA FILOSOFIA 11º ano O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA Governo da República Portuguesa Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva 1.1 Estrutura do ato de conhecer 1.2 Análise

Leia mais

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Prof Bruno Tamancoldi

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Prof Bruno Tamancoldi A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO Prof Bruno Tamancoldi META DA AULA Apresentar conceitos sobre o Conhecimento, partindo da Filosofia, distinguindo Ciência e senso comum. OBJETIVOS conceituar lógica e raciocínio;

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA - FILOSOFIA - Grupo L

PADRÃO DE RESPOSTA - FILOSOFIA - Grupo L PADRÃO DE RESPOSTA - FILOSOFIA - Grupo L 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Avaliador Revisor No diálogo Fédon, escrito por Platão, seu personagem Sócrates afirma que a dedicação à Filosofia implica que a alma

Leia mais

O verdadeiro conhecimento ética utilitarista procede da razão

O verdadeiro conhecimento ética utilitarista procede da razão CONTEÚDO FILOSOFIA Avaliação Mensal Professora Célia Reinaux 6º ANO Módulo Unidade 3 A sombra na madrugada Páginas 34 até 39 Um obstáculo na trilha Páginas 40 até 46 Filósofos trabalhados: René Descartes

Leia mais

ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO

ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO 1 ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO A ESCOLÁSTICA E OS PRINCIPAIS REPRESENTANTES ALBERTO MAGNO TOMÁS DE AQUINO Buscaram provar a existência de Deus utilizando argumentos racionais. 2 A UNIDADE ENTRE A FÉ

Leia mais

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura Jean Carlos Demboski * A questão moral em Immanuel Kant é referência para compreender as mudanças ocorridas

Leia mais

CIENCIA CONCIENCIA Y LUZ Peter Russell

CIENCIA CONCIENCIA Y LUZ Peter Russell CIENCIA CONCIENCIA Y LUZ Peter Russell por: Marouva Fallgatter Faqueti Disciplina: Complexidade, conhecimento e sociedade em redes 1/2016 Professor: Aires José Roverr Peter Russell (1946 - ) Escritor e

Leia mais

FILOSOFIA Conceito e delimitação

FILOSOFIA Conceito e delimitação FILOSOFIA Conceito e delimitação Conceito de Filosofia Filosofia significa philo= amigo, amor, Sophia= sabedoria. A filosofia busca dar profundidade e totalidade à aspectos referentes a vida como um todo;

Leia mais

Versão 1. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Versão 1. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta. Teste Intermédio de Filosofia Versão 1 Teste Intermédio Filosofia Versão 1 Duração do Teste: 90 minutos 17.04.2013 11.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março Na folha de respostas,

Leia mais

26/08/2013. Gnosiologia e Epistemologia. Prof. Msc Ayala Liberato Braga GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO

26/08/2013. Gnosiologia e Epistemologia. Prof. Msc Ayala Liberato Braga GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO Gnosiologia e Epistemologia Prof. Msc Ayala Liberato Braga Conhecimento filosófico investigar a coerência lógica das ideias com o que o homem interpreta o mundo e constrói sua própria realidade. Para a

Leia mais

Professor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio FILOSOFIA MODERNA

Professor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio FILOSOFIA MODERNA Professor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio FILOSOFIA MODERNA 1 Filosofia moderna é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX; começando pelo Renascimento

Leia mais

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho Prova Escrita de Filosofia 11.º Ano de Escolaridade Prova 714/1.ª Fase 8 Páginas Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30

Leia mais

AULA FILOSOFIA. O realismo aristotélico

AULA FILOSOFIA. O realismo aristotélico AULA FILOSOFIA O realismo aristotélico DEFINIÇÃO O realismo aristotélico representa, na Grécia antiga, ao lado das filosofias de Sócrates e Platão, uma reação ao discurso dos sofistas e uma tentativa de

Leia mais

QUESTIONAR OU AFIRMAR? EM QUE DEVE SE PAUTAR O PROFESSOR? Elaine Prodócimo FEF-UNICAMP, NEPICC

QUESTIONAR OU AFIRMAR? EM QUE DEVE SE PAUTAR O PROFESSOR? Elaine Prodócimo FEF-UNICAMP, NEPICC QUESTIONAR OU AFIRMAR? EM QUE DEVE SE PAUTAR O PROFESSOR? Elaine Prodócimo FEF-UNICAMP, NEPICC Curiosidade é uma coceira nas idéias (Ruben Alves) As crianças são naturalmente curiosas, querem saber, perguntam,

Leia mais

Introdução. Eduardo Ramos Coimbra de Souza

Introdução. Eduardo Ramos Coimbra de Souza Introdução Eduardo Ramos Coimbra de Souza SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SOUZA, ERC. Introdução. In: Schopenhauer e os conhecimentos intuitivo e abstrato: uma teoria sobre as representações

Leia mais

A ESCRAVIDÃO. O DISCURSO DA LIBERDADE É MÍTICO

A ESCRAVIDÃO. O DISCURSO DA LIBERDADE É MÍTICO A ESCRAVIDÃO. O DISCURSO DA LIBERDADE É MÍTICO Rachel Rangel Bastos 1 Pretendemos aqui discutir a questão da dominação e servidão, independência e dependência, como noções que vinculam o desejo ao desejo

Leia mais

contextualização com a intenção de provocar um melhor entendimento acerca do assunto. HEGEL E O ESPÍRITO ABSOLUTO

contextualização com a intenção de provocar um melhor entendimento acerca do assunto. HEGEL E O ESPÍRITO ABSOLUTO AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos. Todo exemplo citado em aula é, meramente,

Leia mais

Plano de Ensino. EMENTA (parte permanente) PROGRAMA (parte variável)

Plano de Ensino. EMENTA (parte permanente) PROGRAMA (parte variável) Plano de Ensino DISCIPLINA: Ética IV PRÉ-REQUISITOS: HF376 PROFESSOR: Luiz Eva CÓDIGO: HF379 SEMESTRE: 1 / 2013 C.H. TOTAL: 60 C.H. SEMANAL: 04 EMENTA (parte permanente) Estudo de um ou mais autores clássicos

Leia mais

INSTITUTO DE TREINAMENTO E PESQUISA EM GESTALT TERAPIA DE GOIÂNIA-ITGT TEORIA DO CONHECIMENTO

INSTITUTO DE TREINAMENTO E PESQUISA EM GESTALT TERAPIA DE GOIÂNIA-ITGT TEORIA DO CONHECIMENTO TEORIA DO CONHECIMENTO - Embora os filósofos da Antiguidade e da Idade Média tratassem de questões referentes ao conhecimento, não se pode dizer que a teoria do conhecimento existisse enquanto disciplina

Leia mais

APURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES. Laboratório de Iniciação ao Jornalismo Prof. Dr. Dennis de Oliveira

APURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES. Laboratório de Iniciação ao Jornalismo Prof. Dr. Dennis de Oliveira APURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES Laboratório de Iniciação ao Jornalismo Prof. Dr. Dennis de Oliveira RUMORES, VERSÕES E DADOS O jornalismo trabalha com a articulação de outros discursos. O jornalista reconstrói

Leia mais

Disciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I

Disciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I Disciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I 1.1 1.2 1.3 Conhecimento filosófico, religioso, científico e senso comum. Filosofia e lógica. Milagre Grego.

Leia mais

Fundamentação da ética

Fundamentação da ética Fundamentação da ética Objeto da ética Problemas: O que é a ética? Que tipo de problemas ela tenta resolver? Por que o ser humano deve ser guiado pela ética e não pelos instintos? Que elemento nos distingue

Leia mais

Page 1 of 8.

Page 1 of 8. Page 1 of 8 Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia Disciplina: Fundamentos da Filosofia Educador: João Nascimento Borges Filho Descartes

Leia mais

O CONCEITO DE REALIDADE OBJETIVA NA TERCEIRA MEDITAÇÃO DE DESCARTES 1

O CONCEITO DE REALIDADE OBJETIVA NA TERCEIRA MEDITAÇÃO DE DESCARTES 1 NA TERCEIRA MEDITAÇÃO DE DESCARTES 1 ETHEL MENEZES ROCHA Ethel Menezes Rocha UFRJ O objetivo deste texto é problematizar a tese de que a intencionalidade da representação na teoria cartesiana das idéias

Leia mais

A Concepção Moderna do Ser humano

A Concepção Moderna do Ser humano A Concepção Moderna do Ser humano A concepção do ser humano no humanismo Concepção renascentista do Civilização da Renascença Séc. XIV - XVI Idade do humanismo Tradição medieval - crista humanismo cristão

Leia mais

INTRODUÇÃO AO O QUE É A FILOSOFIA? PENSAMENTO FILOSÓFICO: Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior

INTRODUÇÃO AO O QUE É A FILOSOFIA? PENSAMENTO FILOSÓFICO: Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO FILOSÓFICO: O QUE É A FILOSOFIA? Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior INTRODUÇÃO FILOSOFIA THEORIA - ONTOS - LOGOS VER - SER - DIZER - A Filosofia é ver e dizer aquilo que

Leia mais

A CONSCIÊNCIA NA INTRODUÇÃO DA FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO DE HEGEL

A CONSCIÊNCIA NA INTRODUÇÃO DA FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO DE HEGEL A CONSCIÊNCIA NA INTRODUÇÃO DA FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO DE HEGEL Samuel Silva (Bolsista do Grupo PET-Filosofia da UFSJ) Glória Maria Ferreira Ribeiro (Orientadora Tutora do Grupo PET-Filosofia da UFSJ)

Leia mais

O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER

O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER Guilherme Pires Ferreira (Bolsista PET Filosofia) Glória Maria Ferreira Ribeiro (Orientadora - Tutora do Grupo PET Filosofia) Agência financiadora: MEC/SESu Resumo: A indagação

Leia mais