Introdução à Obra de Bion. Profa. Dra. Laura Carmilo Granado

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Introdução à Obra de Bion. Profa. Dra. Laura Carmilo Granado"

Transcrição

1 Introdução à Obra de Bion Profa. Dra. Laura Carmilo Granado

2 WILFRED RUPRECHT BION ( ) Nasceu na Índia em 8 de setembro de Pai: engenheiro Mãe: pessoa simples de temperamento instável, mostrava-se frequentemente triste e o garoto sofria muito com estas características da mãe. Irmã: Edna. Bion viveu na Índia até os sete anos sob os cuidados de uma ama indiana (Ayah), senhora que exerceu sobre ele marcante influência. Por volta dos oito anos Wilfred foi enviado para Londres e lá morou sem a família, interno em um colégio onde recebia escassas visitas dos pais. Entre o final da infância e a adolescência, Bion encontrou dificuldades em se adaptar, pois sentia aguda solidão.

3 Aos 19 anos ingressou nas Forças Armadas, onde se destacou devido às suas competências intelectuais e desportivas. Atuou na I Grande Guerra com distinção, chegando a ser condecorado em função de seu desempenho em uma arriscada ação bélica. Na carreira militar atingiu a patente de capitão. Ao término da Guerra foi para a Universidade de Oxford, onde estudou História Moderna, Filosofia e Teologia, licenciando-se em Letras. Ao ler Freud ficou fascinado e resolveu fazer medicina e tornar-se psicanalista. Aos 33 anos: condecorações como cirurgião.

4 Em seguida, envolveu-se com a prática psiquiátrica e empregou-se na Tavistock Clinic. Analisou-se por dois anos com J. Rickmann, quando a II Guerra provocou a interrupção do processo analítico. Bion continuava a trabalhar na Tavistock quando voltou ao exército, em 1940, em plena 2ª Guerra Mundial; neste período-se dedicou à reabilitação dos pilotos do exército. Com o final da Guerra, voltou a trabalhar na Tavistock com grupos. Essas experiências foram relevantes para suas concepções sobre trabalho com grupos.

5 Bion conhece Betty Jardine, famosa atriz de teatro e com ela se casa. Em 1945, então com 48 anos, seu casamento termina com a morte prematura de Betty durante o parto de sua filha Partenope. Este fato o deixa profundamente consternado, levando-o reiniciar sua análise, desta vez com Melanie Klein, processo que durou oito anos. Casou-se pela segunda vez com Francesca, que era pesquisadora e sua assistente na Tavistock. Tiveram um casal de filhos, Julian e Nicola.

6 Partenope se tornou psicanalista na Itália, vindo a falecer, prematuramente, em um acidente de automóvel no final da década de Bion Residiu na Califórnia, onde permaneceu por 11 anos. Em agosto de 1979 decide voltar para a Inglaterra; parece que desejava se reaproximar dos filhos e se preparava para voltar a clinicar quando foi acometido cronicamente por leucemia mielóide aguda. W.R. Bion morreu em questão de dias, com 82 anos, em 08 de novembro de 1979 na cidade de Oxford, na Inglaterra.

7 Referências às suas principais obras Experiências com grupos Fundamentos da Psicoterapia de Grupo. Imago. Rio de janeiro, Janeiro, /1960. Estudos psicanalíticos revisados. (Second thougts). Imago, Rio de Janeiro, O Aprender com a experiência. Imago, Rio de Janeiro, Elementos de psicanálise. 2ª. Ed. Imago, Rio de Janeiro, Transformações. Do aprendizado ao crescimento. 2ª. Ed. Imago, Rio de Janeiro, Atenção e interpretação. 2ª. Ed. Imago, Rio de Janeiro, Conferências brasileiras 1. Ed. Imago, Rio de Janeiro, Uma memória do futuro I. O sonho. Imago, Rio de Janeiro, Uma memória do futuro II. O passado apresentado. Imago, Rio de Janeiro, Uma memória do futuro III. A aurora do esquecimento. Imago, Rio de Janeiro, /1979. Cogitações. Ed. Imago. Rio de Janeiro, (

8 PRÉ-CONCEPÇÃO E REALIZAÇÃO POSITIVA Pré-concepções inatas - a criança conhece o seio porque já nasceu preparada para isso expectativa desse conhecimento Quando a pré-concepção é posta em contato com a realização positiva, o resultado mental é a concepção (um contido mental) com uma qualidade sensório-perceptiva.

9 PRÉ-CONCEPÇÃO E FRUSTRAÇÃO (realização negativa) Pré-concepção do seio e ausência do seio - frustração Presença dolorosa (aumento da necessidade) 1. Evacuar presença má. Cindi-la, etc. 2. Enfrentar objeto mau abdicação à certeza alucinatória e passagem à incerteza do conhecimento Capacidade do ego do lactente de tolerar ódio decorrente destas frustrações. Quando reconhecido como ausência ele é reconhecido como pensamento: descolamento da experiência sensória. Sadia solução do problema a resolver que surge com a primeira noção da ausência do objeto necessitado.

10 PRÉ-CONCEPÇÃO E FRUSTRAÇÃO (realização negativa) Desenvolvimento de aparelho para pensar instrumentalização para enfrentar frustração Torna possível: Ação efetiva leva-se em conta condições externas Lembrança do objeto bom Admissão de que técnicas anteriores falharam

11 APRENDER DA EXPERIÊNCIA 1. Só se consegue chegar à noção de ausência do objeto após tê-lo usufruído. 2. Capacidade de tolerância a frustração: conservar objeto ausente e explicitar-lhe a ausência Capacidade de rêverie de outrem pode ajudar nessa luta-aprendizagem permitindo aprender da experiência

12 PENSAMENTO Primeiro pensamento útil (alfa) surge quando se aceita a dor da frustração, em vez de simplesmente evacuar a presença interna do não-seio sob a forma de elementos beta. Pensamento: só ele é capaz de transformar a experiência emocional intolerável em algo tolerável (ZIMERMAN, 2011).

13 REPRESENTAÇÃO Representação: tornar presente de novo. Tornar presente o ausente presença boa no passado, tornada presente de novo.

14 NO INÍCIO Impressões sensoriais (visão, audição, tato, etc.) Emoções (prazer ou dor) Em estado original Pré-verbal, não-simbólico

15 No início da vida mental os estímulos se apresentam: De forma caótica Avassaladora Estão dispersos Fragmentados

16 Função alfa Caso ela seja bem-sucedida vai transformar as impressões sensoriais (visão, audição, tato, etc.) e as primeiras experiências emocionais (prazer ou dor) em elementos alfa. Elemento alfa: tudo que foi digerido e tornado apto a ser usado pelo psiquismo.

17 FUNÇÃO ALFA Concreto psíquico (abstrato) Transformação do estímulo concreto num significado

18 CONTINENTE CONTIDO Vínculo assume feições definidas que podem representar tomando a relação de um continente com o seu contido. Indivíduo primeiro é contido: feto no útero, bebê pela maternagem.

19 CONTINENTE E CONTIDO Relação interpsíquica Alguém (mãe) compreende o que foi expelido Volta melhor. Torna-se suportável pela mediação materna. Aquilo passa a possuir um sentido. Rêverie e a identificação projetiva Continente lugar onde um objeto é projetado. Contido objeto que pode ser projetado no interior do continente.

20 CONTINENTE E CONTIDO Mãe capaz de conter as angústias do bebê e ao mesmo tempo prover as necessidades de leite, calor, amor, paz. Tanto a realizações positivas quanto as negativas são utilizadas para o aprender com a experiência. O qual requer o enfrentamento e a modificação da dor e para promover o crescimento mental.

21 CONTINENTE E CONTIDO Relação intra-psíquica Introjeção da continência. Relação do continente com seu contido é ingerida e passa a integrar indivíduo. Mente e seus contidos.

22 Função alfa Conversão da matéria bruta em alimento, em abstração. Essa função modifica o que há de concreto na experiência em direção à formação do pensamento simbólico. Abstração articulação de elementos alfa

23 Após ter sido processado pela função alfa: Impressões sensoriais e emoções elementos capazes de ser acumulados para ser empregados para as seguintes finalidades: Pensamentos oníricos Pensamentos inconscientes da vigília Produção de sonhos Memórias e funções intelectivas

24 POSIÇÃO ESQUIZO-PARANÓIDE Posição esquizo-paranóide: desintegração. Contidos: caoticamente dispersos Vivência persecutória A qual exige elaboração Ausência de satisfação pensamento: tarefa gigantesca

25 PASSAGEM DA POSIÇÃO ESQUIZO- PARANÓIDE PARA DEPRESSIVA Ausência do objeto: através da palavra, do símbolo supera-se até certo grau a dependência da presença das coisas. nome possibilita invocar o ausente tornando-o presente até certo grau Seio mau presente seio ausente Formação de símbolos substituem e representam todas as perdas inevitáveis no curso do desenvolvimento. Permite capacidade de generalização, abstração e criatividade.

26 Ex. - mamãe - chocolate acabou Ambas compreenderam diálogo apesar de não haver chocolate presente

27 Presença sincrônica e interativa de etapas no curso de qualquer indivíduo. Princípio do prazer e realidade EP D Possibilitou dividir o psiquismo em uma parte protomental (não-simbólica) e uma mental (simbólica). Parte psicótica e não-psicótica da personalidade. Posição intermediária entre ambas.

28 Barreira de contato Função alfa: transforma impressões sensoriais ligadas a uma experiência emocional em elementos-alfa. Estes se agrupam à medida que se proliferam para formar uma barreira de contato. Barreira de contato demarca tanto um contato com a separação entre: Consciente e inconsciente Entre o mundo real externo e interno Impedindo que um invada o outro.

29 RÊVERIE Capacidade da mãe de acolher afetivamente a emissão do bebê. Capacidade do bebê de acatar de volta o elemento assim transformado que passa a começar a ter um sentido.

30 RÊVERIE rêverie : capacidade de sonhar Hoje voltei a suspeitar que os eventos reais da sessão com X estejam sendo transformados em um sonho, quando, num certo ponto, suspeitei que minha interpretação estivesse sendo convertida em um sonho. [...] Tenho a impressão de que o deslocamento etc. de Freud seja relevante; mas ele levou em conta apenas a atitude negativa, o sonho escondendo algo, e não o modo pelo qual o sonho necessário é construído (Bion - COGITAÇÕES)

31 RÊVERIE...o que Freud queria dizer com trabalho onírico era que o material inconsciente, que de outro modo seria perfeitamente compreensível, estava sendo transformado em um sonho, e que o trabalho onírico precisava ser desfeito para fazer com que o sonho, então incompreensível, fosse compreensível. [...] O que eu entendo é que o material consciente tem que ser submetido ao trabalho onírico para tornar-se adequado ao armazenamento e à seleção; portanto, passível de sofrer transformação da posição esquizoparanóide para a posição depressiva... O sonho sonhado pelo analista durante a sessão ganhará o status de conceito e será denominado de rêverie um dos fatores da função-alfa.

32 Mãe - bebê Capacidade de transformar os contidos que capta do filho ou que se expressam na mãe como referindo-se ao bebê. Sustentação psíquica e emocional de um outro. Os próprios contidos maternos importam muito: amor.

33 Não-continência Cargas emocionais resultantes das realizações negativas, e que foram projetadas na mãe, se não encontrarem um continente adequado serão reintrojetadas pela criança sob a forma de um terror sem nome que leva a uma evitação da dor depressiva, que seria um importante fator do crescimento psíquico.

34 BION E AS PSICOSES

35 FRUSTRAÇÃO E PSICOSES Modificação da frustração ou FUGA COM RELAÇÃO A ELA. Capacidade de pensar é substituída pela onipotência. Aprendizado com a experiência é substituído pela onisciência (crença de que tudo sabe). Reconhecimento da dependência e fragilidade é substituído pela prepotência.

36 FRUSTRAÇÃO E PSICOSES Impedimento do desenvolvimento de aparelho para pensar. Desenvolvimento hipertrofiado do aparelho para identificação projetiva. Paciente parte da ideia de que tudo sabe, pode e controla.

37 Personalidade psicótica: Baixíssimo limiar de tolerância às frustrações. Por isso evitam frustrações no lugar de modificá-las. Enorme dificuldade em ingressar na posição depressiva.

38 Não- continência Amor materno se expressa pela reverie, é a função alfa da mãe que permite desfazer angústias que lhe foram projetadas. Introjeção da função alfa da mãe - que permite perceber e pensar a ausência do objeto que torna possível a capacidade de simbolizar e, portanto, sonhar. (Zimerman, 2011)

39 Não-continência Psicótico falta de introjeção de um bom rêverie materno não desenvolveu a capacidade de simbolizar e seus sonhos não são elaborativos. Se não houver continente adequado, criança reintrojetará ansiedades projetadas, as quais, muitas vezes acrescidas com angústias próprias da mãe, se constituem sob a forma de um terror sem nome. (Zimerman, 2011)

40 TELA BETA Elementos beta se proliferam sob a forma de uma aglomeração sem integração e vinculação entre si. Não possibilita distinção entre consciente e inconsciente, entre fantasia e realidade, nem permite elaboração dos sonhos Estados confusionais. Tela beta tem a propriedade de suscitar no outro justamente o tipo de resposta emocional que o paciente deseja.

41 Função alfa perturbada: Representação coisa- (Freud). representação palavra Pensamento verbal: elemento essencial para entrar em contato com realidade.

42 Impressões sensoriais ou emocionais não modificadas: elementos beta Impressões sensoriais não trabalhadas pela função alfa, permanecem sem modificações. Permanecem sem modificações, me seu estado nascente, bruto: Matéria não digerida tóxica Resíduos Eventos que pedem compreensão

43 Impressões sensoriais ou emocionais não modificadas: elementos beta Intensidade pode tornar inevitável expelir estímulos para diminuir-lhes a pressão: evacuação (desprazer): Identificação projetiva Atuação Pensamento concreto

44 Esquizofrenia Impossibilidade de colocar experiências em pensamentos sob a forma de palavras, aglomeração e superposição dos elementos beta salada de palavras. Pensamento vazio que predomina nos psicóticos relaciona-se ao fato de que os primórdios protomentais do pensamento ainda não adquiriram um significado, uma simbolização, um sentido e, muito menos, um nome. Angústia: terror sem nome

45 REVERSÃO DA FUNÇÃO ALFA Função alfa já teve início, mas enfrenta tal dor psíquica que recua e produz elementos beta, diferentes dos elementos beta originais, pois guardam vestígios do superego e do ego e, por isso, estão mais relacionados ao conceito de objetos bizarros. Elementos beta resultantes da reversão da função alfa tem três destinos: Descarregam no corpo (somatizações, sintomas das crianças hiperativas) Pelos órgãos dos sentidos (alucinações) Ação (actings ou conversas sem sentido, por exemplo) (ZIMERMAN, 2011)

46 OBJETOS BIZARROS NA PSICOSE Objeto é percebido como sendo dividido em pedaços diminutos, cada um contendo uma parte violentamente hostil do ego. (Fragmentação não é divisão coerente ou divisão limpa - tidy split ). Provocam pensamentos e sentimentos persecutórios. Aumento da percepção penosa Objetos bizarros (resultado da identificação projetiva) Mutilação penosa do aparelho perceptual

47 Identificação Projetiva Excessiva e Realista

48 Identificação projetiva Mecanismo para lidar com elementos beta Comunicação de ansiedades, de elementos préverbais e não simbólicos tratados como se fossem coisas, não transformáveis Porém podem ser atiradas, projetadas. Com a possibilidade de reintrojeção.

49 Identificação Projetiva: Anormal (excessiva): Evacuar com violência e ódio um estado mental penoso. Ingresso forçado em um objeto, na fantasia, para alcançar alívio imediato e, amiúde, com o objetivo de controle intimidador do objeto. Há violência também na cisão (sensação de estar em pedaços). Excessiva - excesso de crença na onipotência e portando de fusão do self com o objeto defesa contra separação, necessidade e inveja. Quantidade de ego perdida. Prejuízo à capacidade de pensar os pensamentos.

50 Identificação Projetiva: Normal (realista): Introduzir no objeto um estado mental como meio de comunicar-se com ele a respeito desse estado. estruturante Empatia Criança: pode reintrojetar função contenedora da mãe e função alfa da mesma. Evacuação X Comunicação pode haver mistura delas.

51 Estados psicóticos Elementos beta atuados por identificação projetiva: reação emocional ou reação concreta de alguém no ambiente parece confirmar a formulação em questão. Psicótico usa excessivas identificações projetivas não só como descarga de sentimentos e ideias intoleráveis, mas também como primitiva linguagem não-verbal, para produzir no analista os efeitos daquilo que o paciente não consegue verbalizar, uma vez que é portador de angústias que ainda não têm nome nem significação. Parece que o psicótico provoca reações, mesmo sem ter feito nada pra isso confirmando a articulação delirante.

52 Identificação Projetiva A contra-transferência deveria capacitar o analista a diferenciar a ocasião em que é objeto de uma identificação projetiva daquela em que ele não é. O analista sente estar sendo manipulado de maneira a estar desempenhando um papel na fantasia de outra pessoa. Com falta de insight do analista, os sentimentos intensos são reconhecidos como inteiramente e satisfatoriamente justificados por uma experiência objetiva.

53 Identificação Projetiva Duas fases: Sensação de que, seja o que for que tenha feito, certamente não se deu uma interpretação correta. Sensação de ser-se um tipo particular de pessoa, em uma situação emocional particular. Requisito primordial : capacidade de livrar-se do sentimento de realidade Bion (1961, p. 149).

54 Identificação projetiva O outro é aquilo que se lhe atribui Condição emocional do analista: tolerar e acolher elementos primitivos e caóticos sem rejeitá-los modificando identificações projetivas: Possibilidade de gerar significados Paciente pode introjetar uma função.

55 Parte psicótica da personalidade Núcleos primitivos enquistados na personalidade de qualquer indivíduo, sem nenhuma conotação psiquiátrica. Todo psicótico também tem uma parte de natureza neurótica. Aspecto quantitativo (também com relação à severidade da psicose).

56 Ensinar a pensar Consiste em auxiliar o paciente a mudar a necessidade de evacuar o seio mau pela presença de um seio bom pensante, isto é, mudar a identificação projetiva excessiva pela capacidade de conter e pensar. Psicanalista: tarefa mais importante dele talvez seja capacitar seu paciente a não evadir frustrações, mas sim tentar modifica-las. (Zimerman, 2011)

57 Identificação Projetiva Ex. jogo Aceitei Resultado do jogo: você é caixa fechada Interpretação

58 TODA A RESPONSABILIDADE É DA MÃE? PSICOSE: Disposição inata à destrutividade, ao ódio e à inveja excessivas. (demandas pulsionais INATAS excessivas) Meio ambiente que nega ao paciente o emprego de mecanismos de cisão e identificação projetiva (BION, 1959, p. 106) (mãe externa real). Continente-contido.

59 Assim, TODA A RESPONSABILIDADE É DA MÃE? Bebê com alta capacidade de tolerância à frustração poderá sobreviver à penosa prova de ter uma mãe incapaz de rêverie. Lactente incapaz de tolerar a frustração não pode sobreviver sem uma crise, apesar da experiência de identificação projetiva com uma mãe capaz de rêverie.

60 Bibliografia: Biografias: WILFRED RUPRECHT BION. In: Bion, W. (1961) Experiências em Grupos. Trad. J. Salomão. Rio: Imago, Bion, W. (1959) Ataque ao elo. In: Estudos Psicanalíticos Revisados. Trad. P. D. Corrêa.Rio:Imago, BLÉANDONU, G. Wilfred R. Bion: a vida e a obra. Trad: Laurice Levy Hoory e Marcela Mortara. Rio de janeiro, Imago, FERRO, A. Marcella: da sensorialidade explosiva à capacidade de pensar. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul; V. 24 n. 3, p , SALVITTI, A. Função-alfa e estilo de pensamento em Bion: uma aproximação por meio da experiência da alteridade Percurso, v. 37, SILVA, M. E. Pensando o pensar uma introdução a W. R. Bion. Campinas, SP: Flama Editora, São Paulo: Casa do Psicólogo, Imagens:

WILFRED RUPRECHT BION ( )

WILFRED RUPRECHT BION ( ) Concepções de Bion WILFRED RUPRECHT BION (1897-1979) Nasceu na Índia em 8 de setembro de 1897. Pai: engenheiro Mãe: pessoa simples de temperamento instável, mostrava-se frequentemente triste e o garoto

Leia mais

W. R. Bion. Vida e Obra. Caminhos da Psicanálise

W. R. Bion. Vida e Obra. Caminhos da Psicanálise W. R. Bion Vida e Obra Caminhos da Psicanálise Meu Caminho Luta Diária O Câncer O trabalho O Homem Relação Intima Relação Medico - Paciente A Dor e o Sofrimento As Duvidas e as Crises Psicanálise Sigmund

Leia mais

O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu o entend

O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu o entend A CLÍNICA DA PSICOSE Profª Ms Sandra Diamante Dezembro - 2013 1 O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu

Leia mais

BION A CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE A PSICOTERAPIA DE GRUPO

BION A CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE A PSICOTERAPIA DE GRUPO BION A CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE A PSICOTERAPIA DE GRUPO BIOGRAFIA Nasceu em 1897 na Índia, filho de ingleses Com 8 anos foi p\ Inglaterra Oficial na I e na II Guerra Mundial iniciou primeiras experiências

Leia mais

Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico

Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico Para Freud, a personalidade é centrada no crescimento interno. Dá importância a influência dos medos, dos desejos e das motivações inconscientes

Leia mais

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE GRUPO

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE GRUPO FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE GRUPO PRINCIPAIS AUTORES Joseph H. Pratt Americano, Médico Tisiologista; 1905 criou o método de classes coletivas; 1ª experiência clínica de atendimento grupal, com pacientes tuberculosos;

Leia mais

Decio Tenenbaum

Decio Tenenbaum Decio Tenenbaum decio@tenenbaum.com.br Fator biográfico comum: Patologia dos vínculos básicos ou Patologia diádica Papel do vínculo diádico: Estabelecimento do espaço de segurança para o desenvolvimento

Leia mais

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A PSICOTERAPIA PSICANALÍTICA COM PACIENTES PSICOSSOMÁTICOS Marina Gregório Menita* Este trabalho tem como objetivo propiciar alguma reflexão frente algumas experiências experimentadas

Leia mais

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA Profa. Dra. Laura Carmilo granado Pathos Passividade, paixão e padecimento - padecimentos ou paixões próprios à alma (PEREIRA, 2000) Pathos na Grécia antiga Platão

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 2ª aula Diferenciação

Leia mais

2º Semestre de Aluno: Renata de Novaes Rezende. Ciclo IV Quarta-feira (manhã) Título: Uma breve reflexão sobre o filme Divertida Mente

2º Semestre de Aluno: Renata de Novaes Rezende. Ciclo IV Quarta-feira (manhã) Título: Uma breve reflexão sobre o filme Divertida Mente 2º Semestre de 2015 Aluno: Renata de Novaes Rezende Ciclo IV Quarta-feira (manhã) Título: Uma breve reflexão sobre o filme Divertida Mente O filme Divertida Mente, que tem como título original Inside Out,

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Unidade Universitária Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - 040 Curso: Psicologia Disciplina: Psicanálise II Professor(es) e DRTs Carmen Silvia de Souza Nogueira DRT: 112426-1 Fernando Genaro Junior

Leia mais

Eva Maria Migliavacca

Eva Maria Migliavacca N Eva Maria Migliavacca este trabalho serão abordados alguns aspectos que podem ser observados no decorrer do processo terapêutico psicanalítico e desenvolvidas algumas reflexões a respeito. O trabalho

Leia mais

MECANISMOS DE DEFESA DO EGO. Prof. Domingos de Oliveira

MECANISMOS DE DEFESA DO EGO. Prof. Domingos de Oliveira MECANISMOS DE DEFESA DO EGO Prof. Domingos de Oliveira O método psicológico ou psicanalítico afirma que a origem da doença mental é decorrente de estados de perturbação afetiva ligada à história de pessoa.

Leia mais

Dinâmica de Grupo. As contribuições da Psicanálise

Dinâmica de Grupo. As contribuições da Psicanálise As contribuições da Psicanálise Profª: Daniela Campos Bahia Moscon danielamoscon@yahoo.com.br Freud não se ocupou diretamente da teoria de grupos centro-se nos estudos das massas ou multidões; Suas conclusões

Leia mais

C U R S O D E F O R M A Ç Ã O PSICANÁLISE

C U R S O D E F O R M A Ç Ã O PSICANÁLISE C U R S O D E F O R M A Ç Ã O PSICANÁLISE PSICOPATOLOGIA 1 Dr FRANCIS BITTENCOURT OLIVEIRA 2015 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A CATEGORIA PARA FINS DIDÁTICOS 1) PSICOSES; 2) ESTADOS PSICÓTICOS; 3) CONDIÇÕES PSICÓTICAS.

Leia mais

Ementa: A disciplina estuda fundamentos psicanalíticos do desenvolvimento da personalidade

Ementa: A disciplina estuda fundamentos psicanalíticos do desenvolvimento da personalidade Unidade Universitária Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - 040 Curso Psicologia Disciplina: Psicanálise II Código da Disciplina Professor(es) e DRTs Carmen Silvia de Souza Nogueira DRT: 112426-1

Leia mais

O Corpo na Transferência

O Corpo na Transferência O Corpo na Transferência É preciso muito bem esquecer para experimentar a alegria de novamente lembrar-se. Tantos pedaços de nós dormem num canto da memória, que a memória chega a esquecer-se deles. E

Leia mais

Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana

Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana PALAVRAS-CHAVE Análise da Psique Humana Sonhos Fantasias Esquecimento Interioridade A obra de Sigmund Freud (1856-1939): BASEADA EM: EXPERIÊNCIAS PESSOAIS

Leia mais

FUNDAMENTOS TEÓRICOS E TÉCNICOS DOS GRUPOS PROCESSOS GRUPAIS REGINA CÉLIA FIORATI

FUNDAMENTOS TEÓRICOS E TÉCNICOS DOS GRUPOS PROCESSOS GRUPAIS REGINA CÉLIA FIORATI FUNDAMENTOS TEÓRICOS E TÉCNICOS DOS GRUPOS PROCESSOS GRUPAIS REGINA CÉLIA FIORATI HISTÓRICO PRATT- tuberculosos- salas de aula MORENO- Psicodrama-1930 KURT LEWIN- 1936- EUA Dinâmica de grupo FOULKES- Gestalt-

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Unidade Universitária CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - 040 Curso Psicologia Disciplina: PSICANÁLISE II Professor(es) e DRTs Carmen Silvia de Souza Nogueira - 112426-1 Claudio Bastidas - 113206-6

Leia mais

A Técnica na Psicoterapia com Crianças: o lúdico como dispositivo.

A Técnica na Psicoterapia com Crianças: o lúdico como dispositivo. A Técnica na Psicoterapia com Crianças: o lúdico como dispositivo. *Danielle Vasques *Divani Perez *Marcia Thomaz *Marizete Pollnow Rodrigues *Valéria Alessandra Santiago Aurélio Marcantonio RESUMO O presente

Leia mais

Processos Psicológicos Básicos II. Prof.ª Melissa Fernanda Fontana Aula 2

Processos Psicológicos Básicos II. Prof.ª Melissa Fernanda Fontana Aula 2 Processos Psicológicos Básicos II Prof.ª Melissa Fernanda Fontana Aula 2 Estado que permite a expressão de todos os processos mentais (atenção, memória, pensamento e respostas aprendidas a estímulos sensoriais).

Leia mais

Alguns resumos de trabalhos que serão apresentados na Jornada

Alguns resumos de trabalhos que serão apresentados na Jornada Boletim da Jornada nº 2 SOCIEDADE PSICANALÍTICA DO RECIFE XXII Jornada de Psicanálise da SPRPE XVIII Encontro de Psicanálise da Criança e do Adolescente 21, 22 e 23 de setembro Mar Hotel Recife-PE Tema:

Leia mais

Freud e a Psicanálise

Freud e a Psicanálise Freud e a Psicanálise Doenças mentais eram originadas de certos fatos passados na infância dos indivíduos; Hipnose (para fazer com que seus pacientes narrassem fatos do seu tempo de criança); Hipnose:

Leia mais

III SEMINÁRIO DE PRÁTICA DE PESQUISA EM PSICOLOGIA ISSN: Universidade Estadual de Maringá 23 de Novembro de 2013

III SEMINÁRIO DE PRÁTICA DE PESQUISA EM PSICOLOGIA ISSN: Universidade Estadual de Maringá 23 de Novembro de 2013 O CONCEITO DE FANTASIA NA TEORIA DAS POSIÇÕES DE MELANIE KLEIN Wesley Carlos Marques Caldeira (Departamento de Psicologia, Universidade Estadual de Maringá). Talitha Priscila Cabral Coelho (Departamento

Leia mais

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos Luis Fernando de Souza Santos Trabalho semestral - ciclo II (terças 19h30) A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios Se

Leia mais

Patrícia Poppe XIII Encontro Luso-Brasileiro e XV Congresso Nacional da SPGPAG O Grupo: Espelho de Afetos; Construção de vínculos Lisboa,

Patrícia Poppe XIII Encontro Luso-Brasileiro e XV Congresso Nacional da SPGPAG O Grupo: Espelho de Afetos; Construção de vínculos Lisboa, O Grupo de Pais na Escola Mudanças e Enriquecimento de Vínculos Patrícia Poppe XIII Encontro Luso-Brasileiro e XV Congresso Nacional da SPGPAG O Grupo: Espelho de Afetos; Construção de vínculos Lisboa,

Leia mais

A psicanálise surgiu na década de 1890, com Sigmund Freud

A psicanálise surgiu na década de 1890, com Sigmund Freud PSICANÁLISE A psicanálise surgiu na década de 1890, com Sigmund Freud médico neurologista interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos, principalmente histéricos.

Leia mais

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X A PSICOSE DO COTIDIANO: ALGUMAS CONSTRIBUIÇÕES DE W. R. BION PARA PENSAR A CLÍNICA CONTEMPORÂNEA Angelica Calaresi Wolff Cristina Vilela de Carvalho Paulo José da Costa Introdução A psicanálise vem procurando,

Leia mais

O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT

O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT Carla Maria Lima Braga Inicio a minha fala agradecendo o convite e me sentindo honrada de poder estar aqui nesta mesa com o Prof. Rezende

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 6ª aula Psicopatologia

Leia mais

Psicanálise: as emoções nas organizações

Psicanálise: as emoções nas organizações Psicanálise: as emoções nas organizações Objetivo Apontar a importância das emoções no gerenciamento de pessoas Definir a teoria da psicanálise Descrever os niveis da vida mental Consciente Subconscinete

Leia mais

Psicose e ética do pensador na

Psicose e ética do pensador na Psicose e ética do pensador na clínica de Bion: panorama dos artigos dos anos 50 Psychosis and the thinker s ethics in Bion s clinic: a scenario of papers from the fifties Resumo Na década de 1950, Wilfred

Leia mais

Prof. Me. Renato R. Borges. facebook.com/prof. Renato.Borges -

Prof. Me. Renato R. Borges. facebook.com/prof. Renato.Borges  - 1961 Prof. Me. Renato R. Borges A minha alma descansa somente em Deus; dele vem a minha salvação. Salmos 62:1 facebook.com/prof. Renato.Borges 1 Carl Gustav Jung nasceu em Kesswyl, na Suíça em julho de

Leia mais

Profª Maúcha Sifuentes dos Santos

Profª Maúcha Sifuentes dos Santos Desenvolvimento cognitivo Profª Maúcha Sifuentes dos Santos Desenvolvimento cognitivo: o que é? Desenvolvimento cognitivo: mudanças na capacidade mental (aprendizagem, memória, raciocínio, pensamento e

Leia mais

NOTAS PSICANALÍTICAS SOBRE GRUPOS, TRANSFERÊNCIAS E TRANSFORMAÇÕES Elsa Vera Kunze Post Susemihl 1

NOTAS PSICANALÍTICAS SOBRE GRUPOS, TRANSFERÊNCIAS E TRANSFORMAÇÕES Elsa Vera Kunze Post Susemihl 1 Ensaio NOTAS PSICANALÍTICAS SOBRE GRUPOS, TRANSFERÊNCIAS E TRANSFORMAÇÕES Elsa Vera Kunze Post Susemihl 1 Agradeço o convite do BOLETIM! Ocuparei este espaço com reflexões a respeito do tema do próximo

Leia mais

Curso de Psicologia Componente Curricular: Técnicas Psicoterápicas I Professor: Sócrates Pereira

Curso de Psicologia Componente Curricular: Técnicas Psicoterápicas I Professor: Sócrates Pereira Curso de Psicologia Componente Curricular: Técnicas Psicoterápicas I Professor: Sócrates Pereira socratespferreira@hotmail.com O Primeiro Contato A Entrevista Inicial Critérios de Analisibilidade Contrato

Leia mais

O BRINCAR ENTRE A CRIANÇA, O ANALISTA E A INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL PRIMÁRIA

O BRINCAR ENTRE A CRIANÇA, O ANALISTA E A INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL PRIMÁRIA O BRINCAR ENTRE A CRIANÇA, O ANALISTA E A INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL PRIMÁRIA Matheus Fernando Felix Ribeiro 1 ; Marcela Reda Guimarães2; Angela Maria Resende Vorcaro 3 1 Graduando em psicologia pela Universidade

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina EDU210 Psicologia da Educação I

Programa Analítico de Disciplina EDU210 Psicologia da Educação I 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Educação - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 4 0 4

Leia mais

O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL

O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL VIEIRA, Rosângela M 1. Resumo O tema em questão surgiu da experiência do atendimento em grupo, com crianças de três a cinco anos, no ambiente escolar.

Leia mais

Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade

Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade Estrutura Neurótica Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade fusional, em que não existe ainda

Leia mais

INTERVENÇÃO PRECOCE NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ: UM TRABALHO PARA FAVORECER O ACONTECER DO VÍNCULO

INTERVENÇÃO PRECOCE NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ: UM TRABALHO PARA FAVORECER O ACONTECER DO VÍNCULO INTERVENÇÃO PRECOCE NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ: UM TRABALHO PARA FAVORECER O ACONTECER DO VÍNCULO Marcela G. A. Alves Psicóloga e candidata a psicanalista do Centro de Estudos Antônio Franco Ribeiro da Silva

Leia mais

CONFLITO. Processo onde as partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses.

CONFLITO. Processo onde as partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses. CONFLITO Conceito de Conflito Processo onde as partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses. Fator inevitável seja na dinâmica pessoal ou organizacional. Existem

Leia mais

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL. Profa. Fátima Soares

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL. Profa. Fátima Soares PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL Profa. Fátima Soares Definições: A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais do ser humano e todos os animais. Psicologia como ciência A psicologia

Leia mais

VYGOTSKY Teoria sócio-cultural. Manuel Muñoz IMIH

VYGOTSKY Teoria sócio-cultural. Manuel Muñoz IMIH VYGOTSKY Teoria sócio-cultural Manuel Muñoz IMIH BIOGRAFIA Nome completo: Lev Semynovich Vygotsky Origem judaica, nasceu em 5.11.1896 em Orsha (Bielo- Rússia). Faleceu em 11.6.1934, aos 37 anos, devido

Leia mais

O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL

O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL Letícia Tiemi Takuschi RESUMO: Percebe-se que existe nos equipamentos de saúde mental da rede pública uma dificuldade em diagnosticar e, por conseguinte, uma

Leia mais

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade)

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade) Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 1.1 Corpo, cérebro e mente 1.2 Sensação e percepção 1.2.1 Características das sensações 1.2.2 Fatores que afetam a percepção 1.2.3 Fenômenos

Leia mais

Programa da Formação em Psicoterapia

Programa da Formação em Psicoterapia Programa da Formação em Psicoterapia Ano Programa de Formação de Especialidade em Psicoterapia Unidades Seminários Tópicos Programáticos Horas dos Módulos Desenvolvimento Pessoal do Psicoterapeuta > Construção

Leia mais

TEORIAS DA APRENDIZAGEM

TEORIAS DA APRENDIZAGEM TEORIAS DA APRENDIZAGEM Professora Mônica Caetano Vieira da Silva UNIDADE DE ESTUDO 08 HENRI WALLONS E A PSICOGÊNESE DA PESSOA Henri Wallon nasceu na França em 1879. Dedicou-se ao estudo da medicina, filosofia

Leia mais

A PSICOSE UM ENCONTRO ENTRE AS TEORIAS DE BION E A METODOLOGIA RORSCHACH DÉBORA SOLANGE LOPES MACEDO

A PSICOSE UM ENCONTRO ENTRE AS TEORIAS DE BION E A METODOLOGIA RORSCHACH DÉBORA SOLANGE LOPES MACEDO Transtorno de Stress Pós-traumático e Risco de Suicídio: o Papel Moderador da Depressão A PSICOSE UM ENCONTRO ENTRE AS TEORIAS DE BION E A METODOLOGIA RORSCHACH DÉBORA SOLANGE LOPES MACEDO Orientador de

Leia mais

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Para que se possa compreender de forma mais ampla o tema da afetividade na educação infantil, entendemos que primeiramente faz-se necessário

Leia mais

INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES

INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES SUMÁRIO PREFÁCIO - 11 INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES DEFINIÇÃO E HISTÓRICO...14 OBSERVAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIAL E PSÍQUICO...19 A AMPLIDÃO DO FENÔMENO ADICTIVO...24 A ADICÇÃO VISTA PELOS

Leia mais

A sexualidade na relação materno-infantil 1

A sexualidade na relação materno-infantil 1 A sexualidade na relação materno-infantil 1 Falar sobre sexualidade do ponto de vista psicanalítico requer, antes de mais nada, que se estabeleça sua distinção com o sexo no seu sentido mais comum. Em

Leia mais

8. Referências bibliográficas

8. Referências bibliográficas 8. Referências bibliográficas ABRAM, J. (2000). A Linguagem de Winnicott. Revinter, Rio de Janeiro. ANDRADE, V. M. (2003). Um diálogo entre a psicanálise e a neurociência. Casa do Psicólogo, São Paulo.

Leia mais

A VIOLÊNCIA DO COTIDIANO. DAVID LEO LEVISKY - Taquara, RS, 16/8/2018

A VIOLÊNCIA DO COTIDIANO. DAVID LEO LEVISKY - Taquara, RS, 16/8/2018 DAVID LEO LEVISKY - Taquara, RS, 16/8/2018 - TRÂNSITO - ORGANIZAÇÕES - FAMÍLIAS - ESCOLAS - CYBERBULLYING - ÀS DIFERENÇAS - AUTO INFRINGIDAS BRASIL: UM DOS 10 PAÍSES MAIS VIOLENTOS GUERRA DE FACÇÕES: 63

Leia mais

ANÁLISE DIDÁTICA. ceevix.com. Prof Me. Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico Analista Diadata

ANÁLISE DIDÁTICA. ceevix.com. Prof Me. Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico Analista Diadata ANÁLISE DIDÁTICA ceevix.com Prof Me. Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico Analista Diadata 27 992246450 O QUE É ANÁLISE DIDÁTICA? Todo psicanalista deve passar pelo processo das análise clínicas e didáticas;

Leia mais

ABORDAGEM JUNGUIANA PSICOLOGIA CURSO DE

ABORDAGEM JUNGUIANA PSICOLOGIA CURSO DE CURSO DE PSICOLOGIA ABORDAGEM Torne se uma Analista Junguiano, empreendendo na jornada mais importante da sua vida, a sua jornada pessoal, a busca da compreensão de si mesmo, uma vivencia profunda, um

Leia mais

Principais correntes psicológicas do Século XX. Profª Bianca Werner Psicologia

Principais correntes psicológicas do Século XX. Profª Bianca Werner Psicologia Principais correntes psicológicas do Século XX Profª Bianca Werner Sigmund Freud Freud, judeu, nasceu em Viena no ano de 1856, onde formou-se em medicina. Ao terminar o curso, tornou-se aluno de neurologia

Leia mais

SEQUENCIA EMOCIONAL. Freud

SEQUENCIA EMOCIONAL. Freud SEQUENCIA EMOCIONAL Freud Sequência Emocional - Introdução Dentro da terapia psicanalítica a sequência emocional assume importante papel na análise dos problemas e sintomas trazidos pelo paciente. Ela

Leia mais

Dr. Cleto Rocha Pombo Filho. Médico Psiquiatra Especialista Psicoterapia Psicanalítica USP-SP

Dr. Cleto Rocha Pombo Filho. Médico Psiquiatra Especialista Psicoterapia Psicanalítica USP-SP Dr. Cleto Rocha Pombo Filho Médico Psiquiatra Especialista Psicoterapia Psicanalítica USP-SP Wilfred Ruprecht BION (1897-1979) Nasceu em Muttra na índia, onde viveu até os 7 anos. Aos 18 anos alistou-se

Leia mais

Winnicott chegou à psicanálise a partir da pediatria. Embora lamentasse muito

Winnicott chegou à psicanálise a partir da pediatria. Embora lamentasse muito 38 1. 4. Winnicott: a influência do ambiente Winnicott chegou à psicanálise a partir da pediatria. Embora lamentasse muito não ter tido um filho, tinha uma enorme preocupação com as crianças e a infância,

Leia mais

10. TRANSFORMAÇÕES: CAMINHANDO DO FINITO AO INFINITO 12. ENRIQUECIDOS PELO FRACASSO: NOVAS TRANSFORMAÇÕES

10. TRANSFORMAÇÕES: CAMINHANDO DO FINITO AO INFINITO 12. ENRIQUECIDOS PELO FRACASSO: NOVAS TRANSFORMAÇÕES SUGESTÕES DE SUBTEMAS. EIXO TEÓRICO 1. DESCONSTRUÇÕES E RECONSTRUÇÕES NO TRANSCURSO DA OBSERVAÇÃO DE BEBÊS MÉTODO ESTHER BICK. 2. A OBSERVAÇÃO DE BEBÊS MÉTODO ESTHER BICK TRANSFORMA A IDENTIDADE ANALÍTICA?

Leia mais

SIGMUND FREUD ( )

SIGMUND FREUD ( ) SIGMUND FREUD (1856-1939) Uma lição clínica em La Salpêtrière André Brouillet (1887) JOSEF BREUER (1842-1925) médico e fisiologista tratamento da histeria com hipnose JOSEF BREUER (1842-1925) método catártico

Leia mais

EXISTE UM LUGAR PARA OS PAIS REAIS: RELEXÕES SOBRE O LUGAR DOS PAIS E DO ANALISTA REAL NA PSICANÁLISE DE ORIENTAÇÃO KLEINIANA

EXISTE UM LUGAR PARA OS PAIS REAIS: RELEXÕES SOBRE O LUGAR DOS PAIS E DO ANALISTA REAL NA PSICANÁLISE DE ORIENTAÇÃO KLEINIANA RESUMO Muitas críticas são feitas à teoria kleiniana. Ela tem sido criticada por conferir espaço privilegiado ao mundo interno, negligenciando o papel que o mundo externo os pais reais teria sobre o desenvolvimento

Leia mais

O CORPO NA PSICOSE. Julia Scuissiatto Bueno José Henrique Volpi RESUMO

O CORPO NA PSICOSE. Julia Scuissiatto Bueno José Henrique Volpi RESUMO O CORPO NA PSICOSE Julia Scuissiatto Bueno José Henrique Volpi RESUMO A psicose é um transtorno recorrente em pacientes, principalmente em hospitais e clínicas psiquiátricas. A falta de compreensão dos

Leia mais

6 Referências bibliográficas

6 Referências bibliográficas 6 Referências bibliográficas ANZIEU, D. O Eu-Pele. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1988.. O Pensar do Eu-Pele ao Eu-Pensante. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. AULAGNIER, P. A Violência da Interpretação

Leia mais

Escola Secundária de Carregal do Sal

Escola Secundária de Carregal do Sal Escola Secundária de Carregal do Sal Área de Projecto 2006\2007 Sigmund Freud 1 2 Sigmund Freud 1856-----------------Nasceu em Freiberg 1881-----------------Licenciatura em Medicina 1885-----------------Estuda

Leia mais

ENTRE A INTERNAÇÃO E O AMBULATÓRIO: A EXPERIÊNCIA DE CONTINUIDADE DO VÍNCULO TERAPÊUTICO COM UMA PACIENTE PSIQUIÁTRICA

ENTRE A INTERNAÇÃO E O AMBULATÓRIO: A EXPERIÊNCIA DE CONTINUIDADE DO VÍNCULO TERAPÊUTICO COM UMA PACIENTE PSIQUIÁTRICA ENTRE A INTERNAÇÃO E O AMBULATÓRIO: A EXPERIÊNCIA DE CONTINUIDADE DO VÍNCULO TERAPÊUTICO COM UMA PACIENTE PSIQUIÁTRICA Fernanda de Sousa Vieira e Fernanda Kimie Tavares Mishima INTRODUÇÃO A psicoterapia

Leia mais

Nota: Este enunciado tem 6 páginas. A cotação de cada pergunta encontra- se no início de cada grupo.

Nota: Este enunciado tem 6 páginas. A cotação de cada pergunta encontra- se no início de cada grupo. PROVA PARA AVALIAÇÃO DE CAPACIDADE PARA FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS MAIORES DE 23 ANOS 2014/2015 Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Licenciatura em Psicologia Componente Específica de Psicologia

Leia mais

PROVA PARA AVALIAÇÃO DE CAPACIDADE PARA FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS MAIORES DE 23 ANOS 2013/2014. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

PROVA PARA AVALIAÇÃO DE CAPACIDADE PARA FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS MAIORES DE 23 ANOS 2013/2014. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais PROVA PARA AVALIAÇÃO DE CAPACIDADE PARA FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS MAIORES DE 23 ANOS 2013/2014 Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Licenciatura em Psicologia Componente Específica de Psicologia

Leia mais

Na década de 80(denominada a década do cérebro)se intensificaram.os estudos dirigido ao cérebro,estas investigações levaram a determinar Que as

Na década de 80(denominada a década do cérebro)se intensificaram.os estudos dirigido ao cérebro,estas investigações levaram a determinar Que as Na década de 80(denominada a década do cérebro)se intensificaram.os estudos dirigido ao cérebro,estas investigações levaram a determinar Que as emoções exercem um papel fundamental e definitivo na capacidade

Leia mais

Introdução à Psicanálise Prof Irisomar Fernandes. Psicanalista Clínico e Didata (vivo)

Introdução à Psicanálise Prof Irisomar Fernandes. Psicanalista Clínico e Didata (vivo) Introdução à Psicanálise Prof Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico e Didata 27-992 246 450 (vivo) psicocetapes@gmail.com Disciplinas comuns Módulos clínicos Introdução à psicanálise (a) Teoria Psicanalítica

Leia mais

A CRIANÇA E O DIVÓRCIO

A CRIANÇA E O DIVÓRCIO A CRIANÇA E O DIVÓRCIO Colégio Cosme e Damião Maio 2013 Formadora: Dra. Ana Filipa Mendes A Criança e o divórcio Como explicar o divórcio aos filhos? Quanto tempo dura o sofrimento da criança? Como vai

Leia mais

ANEXO 1- Teste do Desenho da Família

ANEXO 1- Teste do Desenho da Família ANEXOS ANEXO 1- Teste do Desenho da Família 1º MOMENTO DE AVALIAÇÃO 2º MOMENTO DE AVALIAÇÃO ANEXO 2- Carta da paciente à terapeuta APÊNDICES APÊNDICE 1- síntese dos dois momentos da avaliação psicodinâmica

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES DE AMOR NAS PRIMEIRAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES DE AMOR NAS PRIMEIRAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 1 A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES DE AMOR NAS PRIMEIRAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL José Henrique Volpi Maria Beatriz de Paula Volpi: Em sua opinião, qual a importância da amamentação no primeiro ano

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO PROCESSO TERAPÊUTICO COM CRIANÇAS, UM DIÁLOGO ENTRE A PSICANÁLISE WINNICOTTIANA E A ANÁLISE BIOENERGETICA

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO PROCESSO TERAPÊUTICO COM CRIANÇAS, UM DIÁLOGO ENTRE A PSICANÁLISE WINNICOTTIANA E A ANÁLISE BIOENERGETICA A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO PROCESSO TERAPÊUTICO COM CRIANÇAS, UM DIÁLOGO ENTRE A PSICANÁLISE WINNICOTTIANA E A ANÁLISE BIOENERGETICA Nadja Nunes de Lima Perisson Dantas do Nascimento RESUMO Esse trabalho

Leia mais

DISCIPLINA: PSICOLOGIA METODOLOGIA - CIENCIA - PESQUISA ABORDAGEM TEÓRICA

DISCIPLINA: PSICOLOGIA METODOLOGIA - CIENCIA - PESQUISA ABORDAGEM TEÓRICA DISCIPLINA: PSICOLOGIA METODOLOGIA - CIENCIA - PESQUISA ABORDAGEM TEÓRICA DOSCENTE: PROFª MsC. ANA LÚCIA BRAZ RIOS PEREIRA PSICOLOGIA Etimologicamente, a palavra Psicologia significa estudo ou ciência

Leia mais

O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de

O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de idade, surgiram queixas de dispersão na atenção em sala

Leia mais

Esquizofrenia. O Que Você Precisa Saber

Esquizofrenia. O Que Você Precisa Saber Esquizofrenia O Que Você Precisa Saber O que é Esquizofrenia? A esquizofrenia é uma doença mental crônica, que se manifesta na adolescência ou no início da idade adulta. Sua freqüência na população em

Leia mais

SOCIEDADES E ASSOCIAÇÕES DE PSICOTERAPIA PROTOCOLADAS SOCIEDADE PORTUGUESA DE PSICANÁLISE

SOCIEDADES E ASSOCIAÇÕES DE PSICOTERAPIA PROTOCOLADAS SOCIEDADE PORTUGUESA DE PSICANÁLISE SOCIEDADES E ASSOCIAÇÕES DE PSICOTERAPIA PROTOCOLADAS SOCIEDADE PORTUGUESA DE PSICANÁLISE Apresentação da psicoterapia e do(s) modelo(s) teórico(s) subjacente(s) A Psicanálise é um método de investigação

Leia mais

PSICOLOGIA DA SAÚDE. Conceitos, Personalidade, Comportamento e Transtornos Mentais no Trabalho

PSICOLOGIA DA SAÚDE. Conceitos, Personalidade, Comportamento e Transtornos Mentais no Trabalho PSICOLOGIA DA SAÚDE Conceitos, Personalidade, Comportamento e Transtornos Mentais no Trabalho Boas vindas e Objetivo Contribuir com os Participantes no Desenvolvimento de Mudanças e Repertorio técnico

Leia mais

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a prática clínica. No interior de sua teoria geral, Winnicott redescreve o complexo de Édipo como uma fase tardia do processo

Leia mais

A auto-sabotagem na mente e no corpo do paciente. Jaime Ferreira da Silva, CBT APAB

A auto-sabotagem na mente e no corpo do paciente. Jaime Ferreira da Silva, CBT APAB an A auto-sabotagem na mente e no corpo do paciente Jaime Ferreira da Silva, CBT APAB A Análise Bioenergética como Psicoterapia Uma psicoterapia é um processo de auto-descoberta, auto-afirmação e auto-conhecimento

Leia mais

COMPORTAMENTO SUICIDA: AVALIAÇÃO E MANEJO MANUAL DO CURSO

COMPORTAMENTO SUICIDA: AVALIAÇÃO E MANEJO MANUAL DO CURSO COMPORTAMENTO SUICIDA: AVALIAÇÃO E MANEJO MANUAL DO CURSO SUMÁRIO DESCRIÇÃO 3 FICHA TÉCNICA 4 OBJETIVOS GERAIS DE APRENDIZAGEM 5 COORDENADOR 5 ESTRUTURA DETALHADA 6 METODOLOGIA 8 CERTIFICAÇÃO 9 2 DESCRIÇÃO

Leia mais

a condição para o surgimento de um verdadeiro símbolo não é de natureza intelectual, mas afetiva. Ferenczi (1913) - Ontogenese dos Símbolos

a condição para o surgimento de um verdadeiro símbolo não é de natureza intelectual, mas afetiva. Ferenczi (1913) - Ontogenese dos Símbolos a condição para o surgimento de um verdadeiro símbolo não é de natureza intelectual, mas afetiva. Ferenczi (1913) - Ontogenese dos Símbolos APRESENTAÇÃO No mês de setembro deste ano de 2018 completaram-se

Leia mais

Sumário. Parte I VISÃO GERAL. Parte II COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO. Introdução A medicina da pessoa...31

Sumário. Parte I VISÃO GERAL. Parte II COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO. Introdução A medicina da pessoa...31 Sumário Introdução...25 Parte I VISÃO GERAL 1. A medicina da pessoa...31 Um pouco de história saúde-doença: evolução do conceito...31 Período pré-histórico...31 Período histórico primórdios...33 O antigo

Leia mais

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO FACULDADE DE MEDICINA USP DEPARTAMENTO DE NEUROCIÊNCIAS E CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO 2017 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Profa Dra Maria Beatriz Martins Linhares Professora Associada Faculdade de Medicina

Leia mais

Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno

Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno Centro de Estudos Psicanalíticos - CEP Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno Laura Maria do Val Lanari Ciclo II, terça-feira à noite O presente trabalho tem por objetivo relatar as primeiras

Leia mais

Obesidade como sintoma psicossomático e como a não simbolização da falta.

Obesidade como sintoma psicossomático e como a não simbolização da falta. Obesidade como sintoma psicossomático e como a não simbolização da falta. Soraia H. S. D Oliveira RESUMO: Este trabalho visa fazer uma pequena reflexão sobre a obesidade, discutindo-a como sintoma psicossomático

Leia mais

ATENÇÃO PLENA PARA PRODUZIR MAIS E VIVER MELHOR

ATENÇÃO PLENA PARA PRODUZIR MAIS E VIVER MELHOR CAFÉ COM INFORMAÇÃO ATENÇÃO PLENA PARA PRODUZIR MAIS E VIVER MELHOR PSICÓLOGA VIVIAN KRATZ CRP 07/27822 NOVEMBRO 2017 Mindfulness Mindfulness = Atenção Plena Prática Estado mental Forma de ver e viver

Leia mais

Os contos de fadas. Contos de fadas, pra quê/por quê? Necessidade de significados na vida : importância dos pais nesta tarefa;

Os contos de fadas. Contos de fadas, pra quê/por quê? Necessidade de significados na vida : importância dos pais nesta tarefa; Os contos de fadas Contos de fadas, pra quê/por quê? Necessidade de significados na vida : importância dos pais nesta tarefa; - Maturidade psicológica grande conquista; - Literatura infantil : apenas manifestação

Leia mais

AUTO-HIPNOSE REPROGRAMAÇÃO MENTAL

AUTO-HIPNOSE REPROGRAMAÇÃO MENTAL AUTO-HIPNOSE REPROGRAMAÇÃO MENTAL INTRODUÇÃO O que é Hipnose? É a ultrapassagem do fator crítico da mente consciente e estabelecimento de um pensamento ou sentimento aceitável e seletivo. Teorias de estado

Leia mais

Colégio Valsassina. Modelo pedagógico do jardim de infância

Colégio Valsassina. Modelo pedagógico do jardim de infância Colégio Valsassina Modelo pedagógico do jardim de infância Educação emocional Aprendizagem pela experimentação Educação para a ciência Fatores múltiplos da inteligência Plano anual de expressão plástica

Leia mais

Experiências de corpo inteiro: Contribuições de Wallon para a educação

Experiências de corpo inteiro: Contribuições de Wallon para a educação Experiências de corpo inteiro: Contribuições de Wallon para a educação Mariana Roncarati Mestranda em Educação - UNIRio/ CAPES; Psicomotricista Uni-IBMR; Especialista em Educação Infantil PUC-Rio m_roncarati@hotmail.com

Leia mais

NEURO UR PLA S ICI C DA D DE cére r bro br é um sis i t s e t ma m ab a e b rto t, o que est s á cons con t s a t n a t n e i t n e t ra r ç a ã ç o

NEURO UR PLA S ICI C DA D DE cére r bro br é um sis i t s e t ma m ab a e b rto t, o que est s á cons con t s a t n a t n e i t n e t ra r ç a ã ç o NEUROPLASTICIDADE O cérebro é um sistema aberto, que está em constante interação com o meio e que transforma suas estruturas e mecanismos de funcionamento ao longo do processo de interação. Aprende atuando!

Leia mais

Podemos considerar Melanie Klein a criadora da principal técnica na análise de

Podemos considerar Melanie Klein a criadora da principal técnica na análise de 18 1.2. Melanie Klein: a técnica do brincar Podemos considerar Melanie Klein a criadora da principal técnica na análise de crianças, a técnica do jogo, ainda que as primeiras publicações sobre técnica

Leia mais

a natureza da vida o luto: dimensão geral o luto: tipos e particularidades

a natureza da vida o luto: dimensão geral o luto: tipos e particularidades Curso de Formação curso acreditado sociedade portuguesa de estudo e intervenção n temas da formação a natureza da vida : dimensão geral : tipos e particularidades 1 Tears in the heaven o que é? quais as

Leia mais

TR EC H O DA A PR E S E N TAÇ ÃO DA TÓ PI CA 1,

TR EC H O DA A PR E S E N TAÇ ÃO DA TÓ PI CA 1, TÓ PIC A N. 9 NOVE MB RO TÓP I C A É UM A PA L AV R A D ER I VA DA DO VOC Á BULO G R EG O TOP OV, O QUA L SI G N I F I C A LUG A R, M AS PO D E TA M BÉM SI G N I F I C A R A M AT ÉR I A DE U M D I SC UR

Leia mais

O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família. Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica

O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família. Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica Lidando com o inesperado O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica Para começar bem Olá! Sejam todos muito bem-vindos!

Leia mais